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Agrião

Agrião

Verdura de sabor ligeiramente amargo e bem popular na mesa


brasileira. O agrião é um excelente anti-inflamatório das vias
respiratórias, muito indicado nas bronquites crônicas. Ele também age
contra um mal bem moderno: a nicotina - ainda que, claro, nenhuma
planta apague de vez os seus estragos.

Nome científico: Nasturtium officinalis

Nomes populares: Agrião d´água, agrião-aquático, agrião-do-rio

Fins medicinais: Diurético, anti-inflamatório, pode ser usado para


tratar aftas, gengivites, acne e eczemas, ajuda melhorar a digestão e
tratar a tosse.

Como usar: A simples digestão do agrião libera substâncias


expectorantes que ajudam a limpar as vias respiratórias. Pode ser
consumido em saladas, batido em sucos ou tomado em chás ( 1
colher de sopa de folhas secas para uma xícara de chá de água
fervente, três vezes ao dia)

Atenção! Por ser abortiva, a infusão de agrião não deve ser


consumida por grávidas. Além disso, o excesso costuma irritar a
mucosa do estômago e as vias urinárias. Não deve ser ingerido por
quem tem úlceras e doenças renais inflamatórias
 2. Alfazema

Alfazema

Desde a Antiguidade, a planta era usada em banhos de imersão de


gregos e romanos. Isso provavelmente porque suas flores têm um
delicado aroma calmante. Seu óleo essencial carrega mais de 150
compostos que respondem por seus bons efeitos, que vão desde o
combate à insônia até falta de apetite. Hoje sabe-se que a alfazema
também é eficaz contra cistite, inflamação na bexiga comum em
mulheres.

Nome científico: Lavandula spp

Nomes populares: Lavanda, lavândula

Fins medicinais: Suas folhas são usadas em remédios contra


conjuntivite e as flores funcionam contra tosse, bronquite,
queimaduras e enxaqueca.

Como usar: Misture 100 mililitros de óleo de amêndoa com 40 gotas


de essência de alfazema. Use esse óleo para massagear o corpo -
uma boa ideia é aplicá-lo antes de dormir.

Atenção! Em excesso, o chá de alfazema irrita bastante o estômago.


E há pessoas com alergia ao seu óleo essencial. Mais: a planta não
deve ser confundida com a alfazema-do-brasil ou erva-santa.

 3. Alcaçuz

Alcaçuz

Planta fortemente adocicada conhecida há mais de três mil anos na


Europa e na Ásia. Com seu sabor cerca de 15 vezes mais doce do
que a cana, ela é usada há milênios tanto para combater aquela
coceirinha na garganta que acompanha uma crise de tosse quanto
pelos efeitos contra úlceras gástricas.

Nome científico: Glycyrrhiza glabra

Nomes populares: Alcaçuz-da-europa, madeira-doce, licorice, raiz-


doce

Fins medicinais: É usado contra problemas pulmonares, como


tosses, por ser anti-séptico e anti-inflamatório. Para completar,
pesquisas sugerem sua aplicação nos casos de reações alérgicas,
bronquite e artrite.

Como usar: Use 3 gramas (1 ½ colher de sopa) da raiz seca do


alcaçuz, cortada em pedaços pequenos. Esquente água para 1 xícara
de chá. Desligue o fogo antes de atingir a fervura. Deixe a raiz na
água durante 15 minutos. Faça essa decocção 2 vezes ao dia e beba
antes das refeições.

Atenção! A dose máxima de alcaçuz é de 6 g ao dia - ou corre-se o


risco de a pressão sanguínea subir. A espécie é proibida para quem
tem problemas cardíacos, é hipertenso ou gestante.
 4. Alecrim

Alecrim

Na Grécia antiga, ele era erva para toda obra -- de cosméticos a


incensos, passando por enfeite de coroas. Rico em óleos essenciais
como limoneno e cânfora, hoje seu uso medicinal mais comum é em
compressas para aliviar contusões e hematomas. Diminui as dores
provocadas por doenças reumáticas e articulares.

Nome científico: Rosmarinus officinalis

Nomes populares: Alecrim, alecrim-da-horta, alecrim-de-cheiro,


rosmarino, erva-da-graça, libanotis

Fins medicinais: Há indícios de que seus princípios ativos


combateriam enxaquecas, para lapsos de memória e baixa de
imunidade, diminui dores reumáticas e articulares.

Como usar:Dilua 1 colher de café de óleo essencial de alecrim em 1


xícara de azeite de oliva. Esfregue, então, o óleo na região dolorida
com massagens suaves.

Atenção! Em pessoas sensíveis, pode irritar a pele quando usado


topicamente. Seu óleo jamais deve ser engolido e, em altas dosagens,
é abortivo. Quem é epilético não pode usar a erva, principalmente no
difusor..
 5. Alho

Alho

O alho é tiro-e-queda contra o colesterol alto, atua como expectorante


e antisséptico e, de quebra, é capaz de aumentar a imunidade e aliviar
problemas circulatórios. Está lotado de vitaminas como A, B1, B2 e C,
além de minerais como enxofre e iodo. Quando o bulbo é triturado, um
de seus compostos, o aminoácido aliína, acaba resultando na
produção da alicina, substância que dá o cheiro característico e que,
acredita-se, seja uma das maiores responsáveis pelos seus
propagados poderes.

Nome científico: Allium sativum

Nomes populares: Alho-comum, alho-da-horta, alho-manso

Fins medicinais: Pesquisas recentes sugerem um pontencial


anticancerígeno, desde que consumido sempre cru.
Como usar: Para controlar o colesterol e ajudar na expectoração,
faça uma maceração com 1 colher de café (0,5 g) de alho em 30 ml de
água. Tome 1 cálice desse preparado duas vezes ao dia, antes das
refeições.

Atenção! Há pessoas que podem ser alérgicas ao alho. Ele também


não deve ser usado por quem sofre de gastrite, úlcera, pressão baixa
ou hipoglicemia. Se for fazer uma cirurgia, não use nos dez dias
anteriores porque isso favoreceria hemorragias indesejáveis. Pelo
mesmo motivo, não serve para quem já faz uso de anticoagulantes.
 6. Arnica

Arnica

É raro encontrar quem nunca ouviu falar da famosa pomadinha de


arnica para tratar um machucado, principalmente aqueles que deixam
belas manchas roxas. A fama remonta os tempos das nossas avós e
já ganhou comprovação científica: a arnica funciona mesmo como um
santo remédio nesses casos. Quem responde por seus benefícios é
uma substância chamada quercetina, responsável por aumentar a
resistência dos vasos e a irrigação sanguínea. Por isso o coágulo vai
sendo removido, apagando a mancha roxa. Já inolina, componente
que faz dupla com a quercetina, alivia a dor.

Nome científico: Arnica Montana

Nomes populares: Arnica

Fins medicinais: Também é usada em para tratar problemas de pele


como acne e furunculose. E ajuda a aliviar dores reumáticas, gota e
tendinites.

Como usar: Para tratar contusões, faça a seguinte tintura, que pode
durar até um ano, se for armazenada corretamente: respeite a
proporção de 1 parte de arnica fresca, 5 partes de álcool de cereais
(encontrado em farmácias) e 5 partes de água. Pique a planta e
misture-a com os outros ingredientes. Deixe descansar por pelo
menos 15 dias antes de usar. Deve ser diluída a 10% para uso em
compressas.

Atenção! A planta tem compostos tóxicos e, por isso, sua tintura não
deve ser ingerida de jeito nenhum, nem se fazem chás com suas
folhas e flores. Também não pode ser aplicada sobre feridas abertas.
Seus efeitos colaterais incluem vômitos, aumento da pressão arterial e
aborto. Grávidas e mulheres que amamentam não podem usá-la.Além
disso, a arnica potencializa sangramentos, especialmente se a pessoa
toma remédios anticoagulantes. Nunca a use com outras ervas: a
mistura pode alterar a função das plaquetas.

 7. Babosa

Babosa

A famosa Aloe vera entra na composição de vários xampus e cremes


feitos com a polpa branca de suas folhas. Tudo graças a uma dupla de
princípios ativos, aloeferon e antraquinona. Enquanto o primeiro age
na multiplicação celular e acelera a cicatrização, o outro funciona
como antisséptico. Em alguns casos, é justamente essa propriedade
que evita a queda de cabelos. Ela também ajuda na cicatrização de
feridas.

Nome científico: Aloe vera

Nomes populares: Babosa

Fins medicinais: A babosa também tem sido usada no combate à


caspa, aos piolhos e às lêndeas. Há testes sobre seus efeitos no
tratamento de inflamações e queimaduras.
Como usar: Esfregue folhas de babosa cozidas no couro cabeludo.
Deixe agir durante 15 minutos e enxágue. Outra opção é cortar as
folhas pela base deixando escoar o sumo gosmento. Passe-o então
nos fios. E saiba: ele dura apenas 2 dias na geladeira

Atenção! A babosa nunca deve ser ingerida. Ela tem resinas que
irritam o estômago e o intestino, podendo causar cólicas, hemorragias
e nefrites. Além disso, parece ser tóxica ao fígado.
 8. Boldo-do-chile

Boldo-do-chile

A boldina, principal componente da planta, estimula a secreção de


bile, substância produzida pelo fígado que age na quebra das
gorduras. Por isso a erva melhora a digestão e, indiretamente, as
funções hepáticas. No entanto, suas folhas não podem ser aquecidas
por muito tempo. Se a idéia é dar uma força à digestão, prefira batê-
las com um copo de água e beber na mesma hora. Curiosidade: no
Chile, o fruto dessa espécie também é consumido como alimento. E,
por aqui, tome cuidado: não confunda a espécie com uma versão bem
brasileira e facilmente encontrada em hortas e jardins, o chamado
falso-boldo (Plectranthus barbatus).

Nome científico: Peumus boldus

Nomes populares: Boldo-do-chile, Boldo-verdadeiro

Fins medicinais: O boldo-do-chile também age como anti-inflamatório


inibindo a síntese de prostaglandinas, substâncias envolvidas no
processo de uma inflamação.

Como usar:Para prevenir pedras na vesícula coloque em 1 xícara de


água fervente, ponha 1 colher de sobremesa de folhas picadas. Abafe
por 10 minutos e beba sem perder tempo.

Atenção! Nada de usar o boldo-do-chile a torto e a direito. Tome


somente em casos isolados de mal-estar porque o excesso, em vez
de fazer bem, causa intoxicação hepática. A planta também está
vetada a grávidas e pessoas com asma, distúrbios renais e problemas
do fígado.
 9. Calêndula
Calêndula

De sabor amargo e perfume suave, a famosa mal-me-quer é um bom


cicatrizante. Soldados da guerra civil americana, no século 19,
usavam a planta para tratar feridas nos combatentes. Hoje seus
benefícios à pele são bem conhecidos e ela é largamente empregada
na indústria cosmética. A tintura alivia sintomas de traumatismos e
pomadas e compressas à base de calêndula ajudam a tratar
furúnculos e varizes. Seus efeitos não param por aí: ela também serve
para regular a menstruação e amenizar cólicas.

Nome científico: Calendula officinalis

Nomes populares: Mal-me-quer, margarida-dourada, maravilha-dos-


jardins

Fins medicinais: É usada para tratar fungos, acne e escaras, ajuda a


prevenir assaduras em crianças e pode aliviar queimaduras leves,
inclusive as de sol.

Como usar: Para cólicas menstruais, coloque em 1 xícara de chá de


água fervente, coloque 1 colher de sobremesa das flores de calêndula.
Abafe por 10 minutos e coe. Tome 2 xícaras do preparado diariamente
nos oito dias anteriores à menstruação.
 10. Camomila
Camomila

Uma das plantas mais usadas popularmente, ela tem presença


garantida na grande maioria das chaleiras. Tanto que é um dos chás
considerados mais seguros. A erva é muito usada para acalmar
cólicas e como anti-inflamatória, graças ao camazuleno, óleo
essencial com propriedades anti-inflamatórias. Suas flores são lotadas
de substâncias emolientes, que ajudam a manter a hidratação da pele.
Por isso a camomila é muito usada na indústria de cosméticos em
sabonetes, colônias e xampus.

Nome científico: Matricaria chamomilla

Nomes populares: Camomila-vulgar, camomila-comum

Fins medicinais: É usada com tônico digestivo, facilita a eliminação


de gases e estimula o apetite. A infusão concentrada pode ser usada
em bochechos para tratar inflamação das gengivas. Também alivia
dores musculares, na coluna e ciáticas.

Como usar: Para aliviar irritações de pele use 6 colheres de sopa de


flores frescas de camomila para preparar uma infusão com 1 litro de
água. Aplique o líquido em compressas sobre a área afetada.

Atenção! Algumas pessoas têm alergia à erva. E o excesso sempre


pode causar mal-estar, enjoo e vômitos. Deve ser evitada por grávidas
e por quem estiver tomando remédios anticoagulantes
 11. Canela

Canela

A casca marrom do tronco da canela que chegou a ser a especiaria


mais procurada na Europa no século 16. Muito empregada na culinária
e até na indústria cosmética -- em perfumes e sabonetes --_, ela
também é usada como remédio. Há quatro mil anos, na China, já era
empregada para tratar problemas gastrointestinais e cólicas
menstruais. O óleo essencial, rico em cinamaldeído, age também
contra vários micro-organismos e fungos. E, de quebra, inibe
moléculas envolvidas no processo inflamatório.

Nome científico: Cinnamomum verum

Nomes populares: Aneleira, caneleira-da-índia, caneleira-de-ceilão,


cinamomo, pau-canela

Fins medicinais: Contra gases e má digestão.

Como usar: Faça uma decocção com a casca desidratada usando 1


colher de café para cada xícara de água.

Atenção! Em indivíduos sensíveis, a canela pode despertar reações


alérgicas.
 12. Capim-limão

Capim-limão

Na culinária tailandesa, essa erva de origem asiática aparece como


condimento. Mas na América do Sul é uma das plantas mais usadas
na medicina popular, tanto como analgésico quanto para tratar
problemas gastrointestinais. Ela ainda é ingerida como um sedativo
bem leve. O capim-limão também é conhecido como falsa erva-
cidreira: apesar de serem duas plantas de aparência bem diferente,
acabam sendo confundidas, talvez por causa do forte cheiro cítrico de
ambas.

Nome científico: Cymbopogon citratus

Nomes populares: Capim-catinga, capim-cheiroso, capim-cidreira,


campim-de-cheiro, sidró, vervena

Fins medicinais: O chá de capim-limão também é indicado para


ajudar no trabalho estomacal, para expulsar gases, além de ser
ligeiramente analgésico e anti-reumático.

Como usar: Para diminuir a ansiedade, coloque em 1 xícara de chá


de água fervente, coloque 1 colher de sopa de folhas frescas picadas.
Se quiser, acrescente gotas de limão e adoce com mel.

Atenção! Em geral é seguro, mas não deve ser usado na gravidez


nem para dores abdominais de causa desconhecida.
 13. Carqueja

Carqueja

Extremamente popular no Brasil, ao que parece ela teria sido


introduzida aqui pelos escravos africanos. A planta é uma boa pedida
quando aquela refeição pesada cai mal e o estômago parece de
chumbo: sabe-se que seus óleos essenciais, como o carquejol, atuam
nas células hepáticas aumentando a produção da bile. A carqueja
também está lotada de componentes amargos, o que também
favorece o trabalho do fígado e a digestão. Ela tem ainda um efeito
diurético, ajudando a eliminar toxinas.

Nome científico:Baccharis genistelloides


Nomes populares: Carqueja-amargosa, amargosa, vassoura,
bacanta, carque

Fins medicinais: A carqueja reduz as taxas de açúcar no sangue e


tem propriedades anti-úlcera e anti-inflamatórias, o que ajuda no
tratamento de artrites.

Como usar: Para auxiliar na digestão, prepare um chá com 1 colher


de sopa da erva para cada xícara de água e tome até 3 vezes ao dia.

Atenção! Estudos não apontam toxicidade renal ou hepática, mas há


risco de queda na pressão arterial. Por isso não deve ser usada por
quem tem problemas de pressão baixa ou toma remédios contra a
hipertensão. Também é contraindicada em casos de diarreia crônica.
Por falta de estudos conclusivos, grávidas devem evitá-la,
principalmente no primeiro trimestre.
 14. Cáscara-sagrada

Cáscara-sagrada

Nativa do oeste dos Estados Unidos, essa planta era muito utilizada
pelos indígenas americanos. Mas foram os colonizadores espanhóis
que a batizaram com esse nome. Bem conhecida e bastante indicada
nos casos de prisão de ventre, hoje ela está presente em muitas das
perigosas formulações para emagrecer - dessas, você deve fugir. No
Brasil, é mais fácil encontrá-la na forma de extrato, em casas de
produtos naturais.

Nome científico: Rhamnus purshiana

Nomes populares: Não há registros

Fins medicinais: A planta também serve como tônico digestivo. Mas


não pode ser usada imediatamente após a colheita. É preciso um
processo de envelhecimento de pelo menos um ano, ou ficar na estufa
a 100 graus Celsius por, no mínimo, uma hora. Daí a importância de
só comprá-la em lojas especializadas.

Como usar: Para regular o intestino, coloque em 1 garrafa de vinho


branco ponha 5 colheres de sopa do pó da cascas da cáscara-
sagrada. Deixe macerar por 10 dias e coe. Tome 1 cálice antes de
deitar, até o intestino voltar a funcionar direito. Aí interrompa
imediatamente o uso.

Atenção!A cáscara não pode ser tomada por mais do que alguns
pouquíssimos dias. O uso contínuo prejudica terminações nervosas do
intestino, que deixa de funcionar sozinho. Grávidas, mulheres que
amamentam, portadores de doenças inflamatórias intestinais ou dores
abdominais de origem desconhecida não devem usá-la. O uso
prolongado também pode levar à perda de potássio, que potencializa
arritmias cardíacas. Aliás, não deve ser ingerida por quem toma
medicamentos para o coração e anti-inflamatórios como a
indometacina.
 15. Coentro

Coentro

Esse tempero que empresta seu sabor forte a comidas tipicamente


nordestinas, como o vatapá, foi trazido da África pelos escravos.
Depois se tornou popular em todo o país, principalmente na Bahia.
Mas, ao mesmo tempo que serve para condimentar pratos da nossa
culinária, alguns nem tão leves, ele facilita a digestão e alivia cólicas
estomacais. Tudo graças às suas mucilagens, substâncias capazes de
proteger a mucosa do estômago e do intestino.

Nome científico: Coriandum sativum

Nomes populares: Não Há registros

Fins medicinais: O coentro é apontado como um remédio contra a


ansiedade.

Como usar: Para combater gases e cólicas faça uma tintura com 1
colher de sopa de sementes de coentro secas em 1 xícara de chá de
álcool de cereais a 60%, que pode ser encontrado em farmácias.
Deixe macerar por 5 dias e coe a mistura. Dilua 20 gotas em 1 copo
de água e beba.

Atenção!As folhas usadas como tempero são tóxicas se consumidas


em grandes quantidades - o que seria necessário para obter um efeito
medicinal. Por isso, para aliviar problemas digestivos, recomenda-se
as sementes.
 16. Confrei
Confrei

Na década de 1980 seu chá era muito usado para combater úlceras e
até mesmo ajudar no controle do diabete. Mas a planta caiu em
desgraça após vários relatos de sérios efeitos colaterais. Isso porque
ele é riquíssimo em alcaloides, que podem ser extremamente tóxicos
ao fígado e até causar cirrose. A pecha de vilão ofuscou seus efeitos
benéficos: rico em alantoína, composto que estimula a regeneração
dos tecidos, o confrei é um excelente cicatrizante. Mas vale frisar que
ele não deve ser ingerido de jeito nenhum -- o que, aliás, é proibido
por lei. Só pode ser usado topicamente, em compressas.

Nome científico: Symphytum officinale

Nomes populares: Consólida, erva-do-cardeal, orelha-de-asno

Fins medicinais: Estimula a regeneração dos tecidos e é um ótimo


cicatrizante.

Como usar: Para tratar hematomas, acrescente 1 colher de sopa das


folhas picadas a 1 xícara de chá com água fervente. Tampe. Espere
10 minutos e coe. Embeba uma gaze com o líquido ainda morno e
aplique na mancha roxa durante 30 minutos.

Atenção! As folhas do confrei devem estar bem verdes e frescas,


mantidas em vidros devidamente fechados e longe da umidade. A
espécie é contra-indicada para gestantes e crianças. Além disso, não
é aconselhável usá-la por mais de 10 dias consecutivos.
 17. Cravo-da-índia

Cravo-da-índia

Foram os chineses os primeiros a usar a famosa especiaria, tanto


como condimento quanto na medicina, séculos antes de Cristo. Por
seu aroma, ela também entrava na composição de perfumes e
incensos. No século 16 o cravo se tornou uma mercadoria
extremamente valiosa e virou alvo de disputa entre portugueses e
holandeses. Desembarcou no Brasil pelas mãos dos colonizadores.
Até hoje seu óleo é usado na odontologia como analgésico e anti-
séptico. Rico em eugenol, ele consegue deter a inflamação nas
mucosas e combater inchaços.

Nome científico: Syzygium aromaticum


Nomes populares: Rosa-da-índia, craveiro-da-índia, cravoária

Fins medicinais: Parece ter uma ação anticoagulante pois inibe a


agregação das plaquetas.

Como usar: Para prevenir gengivites, faça um antisséptico bucal:


adicione 1 xícara de chá de água fervente sobre 1 colher de sopa de
cravos e deixe amornar por 10 minutos. Coe e faça bochechos
enquanto ainda estiver morno, de duas a quatro vezes ao dia.

Atenção! Grávidas só devem consumir o cravo-da-índia em porções


comumente usadas na alimentação, porque qualquer excesso é capaz
de provocar contrações no útero. O óleo da planta nunca deve ser
ingerido. Ele também pode irritar a pele.
 18. Dente-de-leão

Dente-de-leão

Suas folhas são amargas e suas flores amarelas podem ser utilizadas
em saladas. Na China antiga, a planta era considerada um poderoso
remédio para doenças nas mamas. Hoje ninguém discute que o chá
da planta alivia distúrbios digestivos. Princípios ativos do dente-de-
leão estimulam a produção da bile, que ajuda digerir gorduras. Além
disso, a planta também está lotada de betacaroteno, fibras e sais
minerais.

Nome científico:Taraxacum officinale

Nomes populares: Alface-de-cão, Soprão, Amargosa, Amor-dos-


homens, Coroa-de-monge, Taraxaco

Fins medicinais: A espécie age como diurético e laxante suave, além


de abrir o apetite.

Como usar: Para distúrbios digestivos faça uma decocção usando 3 a


4 colheres de chá da erva para cada xícara de água

Atenção! Grávidas, mores de 2 anos e quem sofre de cálculos na


vesícula devem ficar longe dela. Pelo efeito diurético, cardíacos e
quem sobre de hipertensão devem ter cautela. Podem ocorrer queda
de pressão, náuseas, vômitos e reações alérgicas.
 19. Erva-cidreira
Erva-cidreira

Também chamada de melissa, esta é uma daquelas ervas que


merecem atenção redobrada na hora da compra. Além de ser muito
confundida o capim-limão ou com a melissa-bastarda, ela é conhecida
popularmente por nomes muito diferentes. Seu chá é ótimo para
combater cólicas e gases. Ele também ajuda a relaxar naqueles dias
mais tensos, graças ao efeito calmante de seus óleos essenciais.

Nome científico: Melissa officinalis

Nomes populares: Melissa, chá-da-frança, cidrilha, citronela, erva-


cidreira-europeia, cidreira-verdadeira, salva-do-brasil

Fins medicinais: Também é analgésico e antiespasmódico, além de


funcionar topicamente (em extrato) contra herpes labial.

Como usar: Para tratar dores de cabeça e cólicas intestinais, coloque


m 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sobremesa de folhas e ramos
frescos. Adicione água fervente. Abafe, espere amornar e coe. Tome
uma xícara de manhã e outra à noite.
 20. Erva-doce

Erva-doce

Conhecida desde os tempos dos antigos egípcios, seu sabor está


presente em alimentos, licores, balas, sabonetes e cremes. Mas além
de emprestar seu perfume a guloseimas e cosméticos, ela é um bom
remédio contra gases e evita contrações dolorosas do estômago e
intestino, as populares cólicas. Isso porque é rica em óleos essenciais
que agem na musculatura abdominal. Suas sementes são facilmente
encontradas nos supermercados.

Nome científico: Pimpinella anisum

Nomes populares: Anis, semente-de-anis, cuminho doce

Fins medicinais: Age contra cólicas infantis, gastrite nervosa,


enxaquecas (especialmente as provocadas por problemas digestivos).
Também é indicada como purificador do hálito.
Como usar: Para aliviar enjoos coloque 3 colheres de sopa da
semente em 1 garrafa de vinho branco. Deixe descansar por dez dias
e coe. Tome um cálice antes das principais refeições.

Atenção! O uso não tem contra-indicações desde que seja nas doses
indicadas. Em altas dosagens, o óleo essencial pode provocar efeitos
tóxicos. Grávidas não devem usá-lo.
 21. Eucalipto

Eucalipto

Ninguém discute que ele dá um verdadeiro respiro aos pulmões. O


eucalipto tem componentes como o eucaliptol e o citronelol que
deixam as secreções mais fluidas e fáceis de ser eliminadas. Seus
taninos, por sua vez, reduzem a quantidade de muco. O eucaliptol
também dilata os brônquios, facilitando a saída do catarro. Por tudo
isso, as folhas dessa árvore perfumada servem de alívio para quem
sofre de problemas respiratórios, como asma e bronquite. A inalação
dos vapores da planta interfere nos vasos das mucosas do nariz,
melhorando a respiração. E o óleo essencial parece barrar a
reprodução da bactéria causadora de tuberculose.

Nome científico: Eucalyptus globulus

Nomes populares: Gomeiro-azul, mogno-branco, árvore-da-febre

Fins medicinais: O chá é usado para abaixar a febre e combater


dores de ciática e gota. Também alivia dores do reumatismo e
estimula as defesas. A planta serve como antisséptico e repelente de
insetos.

Como usar: Para sinusite (inalação), jogue 1 litro de água fervente


sobre 6 ou 8 folhas de eucalipto. Aspire o vapor 2 vezes ao dia.

Atenção! Nos casos de asma seca, pode ter efeito contrário, irritando
mais e piorando o quadro alérgico. Em excesso, pode causar
sonolência, vômitos, transtornos respiratórios e até perda de
consciência. Grávidas, quem tem doenças inflamatórias ou hepáticas
graves não podem usar. Crianças não devem fazer inalação nem usar
o óleo essencial. A planta também interage com vários remédios,
como antidiabéticos e drogas metabolizadas pelo fígado.
 22. Guaco
Guaco

Originária do Sul do Brasil, a planta era muito usada pelos índios para
tratar picadas de cobra. Mas ficou famosa mesmo pelos efeitos contra
males respiratórios, cada vez mais confirmados pela ciência.
Aclamadas por aliviar sintomas de bronquite, asma e tosse, as folhas
de guaco têm ação paliativa nos casos agudos de doenças
respiratórias. Elas diminuem o processo inflamatório e têm ação
antimicrobiana. Além disso, os compostos da planta _entre eles, a
cumarina_ relaxam a musculatura do aparelho respiratório e dilatam
os canais por onde passa o ar.

Nome científico:Mikania glomerata

Nomes populares: Erva-de-cobra, erva-das-serpentes, cipó-catinga,


erva-de-cobra, coração-de-jesus e uaco

Fins medicinais: É usada como cicatrizante de úlceras, feridas e para


tratar varizes, além de funcionar como emoliente em eczemas e
coceiras

Como usar: Para acalmar o peito: despeje 1 xícara de chá de água


fervente sobre 1 colher de sopa de folhas picadas. Abafe por 10
minutos e coe. Tome duas vezes por dia.

Atenção! Não deve ser utilizado por mulheres com menstruação


abundante porque aumenta o fluxo. Doses elevadas podem causar
diarreias, mal-estar e vômitos. Não é indicado para grávidas, crianças
menores de um ano, pessoas com distúrbios de coagulação ou
doenças crônicas do fígado.
 23. Guaraná

Guaraná

Os índios da Amazônia já conheciam as propriedades do guaraná.


Hoje sabe-se que a ele é um poderoso tônico que age contra o
estresse, capaz de melhorar as condições gerais do organismo. É rico
em cafeína e teobromina, substâncias estimulantes que atuam no
sistema nervoso central. As sementes também estão cheias de
taninos, que, além de controlar a oleosidade da pele, conseguem
neutralizar a ação nociva dos radicais livres.

Nome científico: Paulinia cupana


Nomes populares: Uaraná, cupana, naranazeiro, guaranaúva

Fins medicinais: Atenua perturbações gastrointestinais e cólicas e é


ainda usado contra perda de memória e como analgésico.

Como usar: Para aumentar a disposição coloque 1 colher de chá de


pó de guaraná em 1 copo de água filtrada e acrescente 1 colher de
sopa de mel. Misture bem. Tome logo de manhã, em jejum.

Atenção! Deve ser evitado por crianças, portadores de distúrbios


cardíacos e psíquicos como síndrome do pânico ou hiperatividade.
Nunca consuma junto com outras bebidas ricas em cafeína.
 24. Hortelã-pimenta

Hortelã-pimenta

Conta um mito grego que a ninfa Minthe foi transformada em planta


quando seu romance com o deus Plutão foi descoberto pela esposa
traída. O amante não pode desfazer o encanto e, desconsolado, lhe
deixou o aroma de presente. Picante e perfumada, essa erva muito
usada como tempero tem duas virtudes principais: alivia cólicas
digestivas e reduz inflamações nos brônquios. O mentol, um de seus
componentes, destroi bolhas de gases e é capaz de dilatar brônquios -
o que explica o alívio nas congestões nasais. Essa hortelã tem ainda
flavonoides, substâncias estimulantes da vesícula biliar, e princípios
amargos que melhoram o trabalho do estômago.
Nome científico: Mentha piperita

Nomes populares: Hortelã, hortelã-de-bala, hortelã-da-folha-miúda,


menta-inglesa, hortelã-pimenta, hortelã-das-cozinhas

Fins medicinais: Também é usada para combater fadiga, problemas


no fígado, gases e auxilia a digestão.

Como usar: Para ajudar na digestão faça um suco misturando 1


colher de chá rasa da erva em 1 copo de suco de laranja ou de
abacaxi. Bata tudo no liquidicador ou faça um chá despejando 1 xícara
de água fervente sobre 1 colher de sopa de folhas de hortelã-pimenta.
Daí, abafe por 10 minutos e coe. Atenção: nunca ferva a água junto
com a planta, pois isso faz seu óleo essencial evaporar.

Atenção! Exagerar na dose aumenta a acidez estomacal. A hortelã-


pimenta é considerada totalmente contra-indicada para bebês,
grávidas e mulheres que amamentam.
 25. Jaborandi

Jaborandi

O nome desta planta em tupi-guarani, yaboran-di, significa "planta que


faz babar". Isso porque os índios já conheciam sua capacidade de
estimular a sudorese e a salivação. O segredo do jaborandi está nas
suas folhas e atende pelo nome de pilocarpina. Trata-se de uma
substância que estimula a produção de secreções, entre elas as
pulmonares?daí sua eliminação pelo organismo fica mais fácil. Por
isso costuma ser usada como expectorante e até para combater
inchaços.

Nome científico: Pilocarpus jaborandi

Nomes populares: Pilocarpo, jaborandi-de-pernambuco

Fins medicinais: É usado como tônico capilar e hidratante para a


pele.

Como usar: Para aliviar a tosse faça uma infusão com 1 colher de
sopa da erva seca em uma xícara de água.

Atenção! Não pode ser usado na gravidez, nem por quem sofre de
broncoespasmos. Doses elevadas causam diarreia e vômitos.

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