VISÕES ALEM DO VÉU

H. A. BAKER

PROPÓSITO ETERNO EDITORA

Rio de Janeiro
8

200

Sumário

Prefácio
Você tem em mãos um livro revelador, uma janela para novas dimensões com as quais
muitos têm sonhado, mas que não sabiam que existiam. H. A. Baker viveu nesse "mundo
do Espírito" por mais de 50 anos depois do ser batizado no Espírito Santo. Mas
mesmo antes de receber o batismo, o Senhor abençoou a família Baker com um trabalho
frutífero nos campos missionários do Tibete de 1911 a 1919. Muitos haviam lhes dito
que era impossível converter um único tibetano a Cristo. Mas em um período de seis
anos, eles aprenderam a língua local e desenvolveram um amor tão intenso por aquele
povo que nunca mais desejaram voltar para a América. O coração dos tibetanos se
abriu cada vez mais para o evangelho e as perspectivas de um forte trabalho
pareciam muito promissoras. Mas quando sua esposa, Josephine, caiu doente, tornou-
se necessário retornarem aos Estados Unidos. Nessa época, parecia que nunca mais
voltariam para o campo missionário,
mas Deus tinha um propósito em levá-los de volta à terra natal; pois foi nessa
ocasião que ambos foram batizados no Espírito Santo. Pouco tempo depois, receberam
uma carta de uma igreja doando- lhes mil dólares em passagens aéreas para que
retornassem ao campo missionário. Pela segunda vez foram compelidos ao trabalho
missionário, mas agora o Senhor lhes disse que deveriam ir para a China e serem
missionários de fé, sem nenhum suporte financeiro denominacional. O ministério na
China era emocionante. No extremo do sudoeste da província Yunnan localizava-se uma
pequena cidade com 5.000 habitantes chamada Kotchiu. A família Baker havia sido
advertida de que Kotchiu fora invadida por bandos de ladrões. Na verdade, disseram-
lhes que era a pior cidade da China, mas os Bakers estabeleceram-se lá em meio a
pessoas vis e pecadoras, e deixaram que a Luz de Deus brilhasse.
Quase que imediatamente, tomaram ciência de que meninos de rua estavam passando
fome e morrendo nas sarjetas. Foi quando decidiram abrir um orfanato — o Lar
Adulão. Além de disenteria e outras doenças internas, os garotos tinham feridas por
todo o corpo. Josephine tinha grande alegria e satisfação em remover seus trapos
imundos e dar-lhes banho. Os cabelos desgrenhados eram cortados e roupas limpas
eram distribuídas. As feridas eram curadas rapidamente quando respondiam ao amor de
Jesus. Havia 40 garotos no Lar Adulão quando um grande milagre ocorreu. Nesse lugar
bastante incomum, houve um derramar do Espírito Santo, como um dos que
a

raramente são relatados na fé cristã. Órfãos de rua sem a menor instrução caíram
prostrados no chão sob o poder do Deus e, enquanto estavam no Espírito, receberam
visões do
mundo vindouro. Viram e falaram com anjos; brincaram em maravilhosos parques do
Paraíso e viram os santos de antigamente. Esse derramar durou muitos dias, com as
jovens crianças chinesas se levantando e pregando sob uma forte unção do Espírito
Santo, recebendo revelações de mundos invisíveis e das glórias da redenção. Depois
que os comunistas assumiram o poder em 1949, a família Baker voou para Formosa,
quando H. A. Baker ministrou até sua morte em 3 de novembro de 1971. Naquela manhã,
o irmão Baker carregou as baterias do seu amplificador de som, encheu uma sacola
com folhetos e andou até um beco em Miaoli, pregando as Boas Novas. Ele chegou em
casa antes do almoço e ocupou-se em escrever uma carta para um amigo nos Estados
Unidos. A cozinheira nativa se aproximou da porta e chamou-lhe para comer. Ela
disse que ele sorriu como se respondesse que não tinha pressa em levantar-se.
Quando ela retornou no começo da tarde,
encontrou-o caído inconsciente sobre a máquina de escrever. Naquele domingo, o
coração dele finalmente havia parado de bater. Na terça-feira, atendendo a seus
pedidos, um simples culto funerário ocorreu do lado de fora da casa, com a presença
daqueles a quem havia fielmente ministrado, assim como poucos amigos missionários.
Ele foi enterrado ao lado da esposa, Josephine, em LiShan, Miaoli, ao soar da
última trombeta. Por ter sido seu editor, eu e o Sr. Baker estivemos em constante
contato em seus últimos anos de vida e ministério. Foi através das cartas que
recebi dele que aprendi sobre suas experiências na China. E com alegria que
apresento essa edição revisada de Visões Além do Véu, publicada em português
pekufiditora Propósito Eterno, e oro para que os escritos de H. A. Baker continuem
a abençoar a humanidade e a impactar vidas. —T. A. Lanes
Introdução
As crianças e jovens da Casa de Abrigo Adulão (ou Lar Adulão) eram, na maior parte,
menores abandonados nas ruas da cidade. Em alguns casos, apenas crianças pobres que
haviam perdido um ou ambos os pais. Outras eram pródigas, haviam fugido de suas
casas nas partes mais distantes das províncias adjacentesjeEssas crianças, a
maioria T meninos com idadel que variivÉÃiMe^íseis a dezoito anos, chegavam a nás|
sem qualquer educação moral ou instrução. A mendicância era um tipo de sistema de
"gangue" no qual roubar era a forma de se obter renda para o sustento. Seu código
de moralidade era o que se podia esperar de uma sociedade de bandidos em uma terra
ímpia. A Bíblia era cuidadosa e diariamente ensinada no Lar Adulão, e o evangelho
era constantemente pregado. As crianças que vinham para o lar estavam abertas aos
ensinos cristãos antes mesmo do derramar do Espírito Santo que tivemos; algumas
delas eram recémconvertidas, enquanto que outras tinham um bom conhecimento dos
principais temas da Bíblia. Todas as crianças que receberam o Espírito Santo
conheciam o suficiente para crer em um único Deus e confiar no sangue de Cristo
para a salvação. Essas crianças buscavam verdadeiramente a Cristo. Não vimos
nenhuma delas meramente buscando as visões ou manifestações que recebíamos no dia-
a-dia. Somente Jesus Cristo era buscado e magnificado ao longo de todas as semanas
do derramar do Espírito Santo. Durante essa visitação do Senhor, todos foram
tratados imparcialmente. Dos mais velhos aos mais novos, dos primeiros aos últimos
a chegarem ao lar, do melhor ao pior, todos se sentavam para ter comunhão na mesa
do Pai
e eram tratados com generosidade celestial.

Sua

Esse mover do Espírito foi claramente um presente de amor da graça "isento de

obras" ou de mérito pessoal. Não foi algo preparado; foi algo que aconteceu do
nada. Não foi resultante do caráter edificante de um homem; foi uma bênção de Deus
que veio do alto. Estou jg convencido de que as experiências das crianças do Lar j
Adulão não foram produzidas. Tais prodígios simplesmente jamais poderiam ter sido
produto da mente natural dessas crianças. Meninos sem instrução, treinamento ou
pouco criativos jamais poderiam ter concebido todas essas coisas por vontade
própria. Nem poderiam essas experiências espirituais, visões e revelações serem
obras do subconsciente. As crianças eram pequenas demais, ignorantes demais ou 4
recentemente resgatadas do paganismo para terem conhecido
em profundidade os ensinos bíblicos presentes nesses assuntos. Nem essas coisas
podem ser explicadas pela psicologia da sugestão mental de outros. Nós mesmos nunca
havíamos experimentado visões como as que foram dadas às crianças. Eram
experiências completamente novas para todos nós. Por isso, as crianças jamais
poderiam ter extraído tais informações de qualquer pessoa ali. Quando o poder do
Senhor caiu em nosso meio, muitas delas foram cheias com o Espírito ao mesmo tempo
e as que estavam em recintos diferentes costumavam receber visões simultâneas das
mesmas coisas. Averiguamos e não havia a menor possibilidade de terem sido
combinadas. A completa harmonia das visões abrangia inúmeros detalhes além de
qualquer explanação natural. Até mesmo as crianças mais ignorantes
que poderiam facilmente confundirse na análise da cruz, quando questionadas
individualmente ou em grupos, davam respostas claras e uniformes acerca de um
grande número de detalhes. Nem mesmo essas experiências' poderiam ser explicadas
como qualquer tipo dekexcitação mental, frenesi religioso, emoção naturaLBaMo de
nervosismo ou qualquer outro tipo de condição autoproduzida. Esse derramar do
Espírito Santo veio sobre crianças comuns enquanto seguiam uma rotina diária que se
resumia apenas em ir à escola. A princípio, muitos de nós estávamos bastante
céticos quando as visões e revelações começaram a manifestarse. Abordávamos o
assunto com muitas dúvidas e questionamentos, mas nos lembrávamos de que visões e
revelações sobrenaturais são os
fundamentos sobre os quais a igreja foi estabelecida e se firma. Na verdade, a
Bíblia em si, o Antigo e o Novo Testamento, é uma revelação sobrenatural de Deus.
No Antigo Testamento, Deus costumava revelar Sua vontade aos homens falando através
dos profetas por inspiração direta. Deus Se revelava a eles em sonhos, visões e
através de todo tipo de revelações sobrenaturais. Anjos traziam mensagens ao
shomens e atuavam continuamente como embaixadores de Deus na execução do plano
divino de redenção para a Terra. O Senhor aparecia para os homens e falava com eles
em "voz" e com "palavras". Dessa forma, Ele falava com Moisés, face a face, como
fazem os homens (ver Êxodo 33:11). ' ' '
Da mesma forma, grande parte do Novo Testamento é uma revelação sobrenatural. Paulo
disse a respeito do evangelho que pregava: "Porque não o recebi, nem aprendi de
homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo" (Gálata 1:12). O que ele escreveu
em todas as suas epístolas era simplesmente parte dessa sobrenatural |"revelação de
Jesus Cristo Quando Herodes quis destruir o menino Jesus, homens sábios foram
avisados por Deus em sonhos (ver Mateus 2:12). Um anjo apareceu a José em sonho
(ver Mateus 2:13)ilUm homem da Macedônia apareceu a Paulo em uma visão (ver Atos
16:810). Em Corinto, o Senhor falou com ele certa noite por uma visão (ver Atos
18:9). Quando ele estava orando no templo em Jerusalém, caiu em transe e viu Jesus,
que falou com ele dando-lhe direções para sua obra (ver Atos 22:17). Pedro também
entrou em transe quando estava pregando no sobrado da casa. Ele teve uma visão e
ouviu o Senhor falar com ele em uma voz audível (ver Atos 10:9-15). Um anjo
apareceu
a Cornélio em uma visão aberta de dia (ver Atos 10:1-3)
.Todo o livro do Apocalipse foi dado a João como revelação sobrenatural quando ele
estava "no Espírito". Trata-se de uma revelação do Senhor que falou com ele com uma
"grande voz" e também de um registro de visões recebidas no Espírito e através do
ministério dos anjos (ver Apocalipse 1:9-11). Também "fora do corpo" ou "arrebatado
" em visão ao Céu, como nossas crianças no Lar Adulão, Paulo teve acesso ao Céu e
viu o Paraíso. Ele teve tantas revelações sobrenaturais que o Senhor lhe enviou um
espinho na carne para mantê-lo humilde (ver n Coríntios 12:1-7).
Os anjos tinham grande participação no trabalho da Igreja Primitiva também. Os
primeiros discípulos costumavam ser protegidos e dirigidos em seus trabalhos por
anjos. Dessa forma, eles eram livrados de iminentes perigos dos poderes terrenos.
Um anjo falou a Felipe conduzindo-o a Gaza (ver Atos 8:26). Um anjo apareceu a
Paulo e falou com ele, dandolhe ânimo e direcionamento (ver Atos 27:23-24).
Cornélio, seu auxiliar e seus amigos foram conduzidos ao caminho da salvação e ao
batismo do Espírito Santo através das palavras de um anjo que lhes apareceu. Esse
anjo, que apareceu com vestes brilhantes, lhe disse para procurar Pedro e então
sumiu (ver Atos 10:1-3). Quando Pedro estava na prisão, um anjo o resgatou,
soltando as correntes das mãos de Pedro e dizendo-lhe para vestir-se e calçar os
sapatos, então abriu a porta da prisão e o portão da cidade que estavam trancados,
permitindo que
Pedro fugisse (ver Atos 12:78).
A maior de todas as manifestações sobrenaturais na Igreja Primitiva foram as do
poderoso Espírito-Santo, que veio às pessoas exatamente como o Senhor
haviaprometido que aconteceria depois que Ele ascendesse ao Pai. Os primeiros
cristãos não liam orações. Em vez disso, oravam a Deus de todo coração e o Senhor
respondia de maneira direta e sobrenatural a seus clamores. Quando algum
companheiro cristão estava em perigo, eles se reuniam e oravam. Mas não era uma
oração formal, forçada, sem vida e prolixa para o homem ouvir. Todos oravam ao
mesmo tempo e gritavam a Deus em voz bem audível. Era uma reunião de oração
específica para atender a uma grande necessidade. Quando Deus respondia, todos
sabiam que Ele havia feito isso. O Espírito Santo fez tremer a casa em que as
pessoas estavam orando e todos foram "cheios com o Espírito Santo" e H com um poder
sobre-humano (ver Atos 4:31). Então foram fortemente incomodados a sair e espalhar
o fogo do evangelho pela face da Terra.
A Igreja Primitiva experimentava o Deus vivo. Por meio do Espírito Santo, eles
tinham Jesus no meio deles, que operava neles e através deles de maneira
sobrenatural pelos dons do Espírito Santo: Porque a um pelo Espírito é dada a
palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; E a
outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a É outro, pelo mesmo
Espírito, os dons de curar; E a outro a operação de maravilhas; e a outro a
profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de
línguas; e a outro a interpretação das línguas. (I Coríntios 12:8-10)
Pergunto a você: Onde está o Deus Vivo que retirou Israel do Egito com Sua mão
poderosa bem diante dosolhos dos pagãos? Onde está nosso Deus que respondia em uma
voz tão audível que os homens conseguiam ouvir, cuja voz fazia tremer toda a Terra?
O que dizer do Deus que enviou Seus anjos para andar e falar com Seu povo? Na
verdade, o que dizer também dos anjos? E o Cristo da Bíblia, onde Ele está? Será
que levaram embora nosso Senhor para que não descubramos onde Ele está? E quanto à
Sua "Promessa"? Jesus disse: "Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá;
porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-
lo enviarei" (João 16:7). "Aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço"
(João 14:12). Então, Jesus voltou para o Pai, mas onde se encontra o Espírito Santo
que deveria vir assumir o Seu lugar e cumprir as obras que ainda tinham de ser
realizadas, que deveria trabalhar no meio da Sua igreja com sinais e prodígios e
distribuir os dons do Espírito Santo? Deus está morto? Ou Ele está recluso em um
lugar tão distante que não consegue nos ouvir? Ainda é possível falar com Deus? Os
anjos nos abandonaram e foram para algum outro universo? Se sim, quando nos
deixaram sozinhos? Depois de tudo, o Espírito Santo não passa de uma mera
influência? Onde está o Espírito que fazia tudo tremer e enchia toda a casa na qual
oravam os discípulos e através deles impactava o mundo?
Se houve um Deus Vivo, se houve anjos, se houve um Cristo operando milagres, se o
Espírito Santo nos fora enviado, se a Bíblia surgiu como uma revelação sobrenatural
de Deus, então tais transes, visões, revelações e obras do Espírito Santo, como as
que foram dadas às nossas crianças no Lar Adulão, são visitações sobrenaturais de
Deus as quais devemos esperar. Os transes, visões, revelações e manifestações
sobrenaturais eram freqüentemente experimentados pela Igreja do Novo Testamento,
que fora fundada, cheia e dirigida de maneira sobrenatural — a única Igreja sobre a
qual a Bíblia diz ou prediz alguma coisa. —HA. BakerCapítulo 1
O Poderoso Derramar do Espírito Santo
A reunião de oração matinal estava durando mais do que o de costume. As crianças
mais velhas deixavam a sala de oração uma por uma para dar início aos estudos na
sala de aula, enquanto os menores permaneciam de joelhos, orando com fervor. O
Senhor estava próximo. Todos sentiam a presença do Espírito Santo em nosso meio.
Alguns dos que haviam saído retornavam ao recinto. Uma forte convicção do pecado —
algo pelo qual havíamos orado há tanto tempo — tomou-nos de forma tão intensa que
com lágrimas escorrendo pelos rostos e braços erguidos clamavam ao Senhor o perdão
de seus pecados, os quais agora pareciam tenebrosos demais. Uma após outra, as
crianças foram se colocando sob o forte poder do Espírito Santo
até que mais de 20 estavam prostradas no chão. Apesar da incerteza quanto ao que
estava acontecendo, eu tinha ciência de que o Senhor estava fazendo algo bastante
incomum em nosso meio. Fui até a sala de aula e disse aos garotos que, caso
estivessem se sentindo incomodados a vir e orar, então estariam dispensados da
aula. Pensei que apenas alguns pediriam para sair, mas, em poucos instantes, o
professor chinês se viu sentado sozinho em sua mesa. Todos os alunos haviam corrido
para a sala de oração na qual logo estariam orando e louvando a Deus de todo
coração. Quando o professor percebeu que não havia mais nada a fazer foi embora
para casa. Eu não o havia convidado para ir com as crianças porque, apesar de estar
conosco há algum tempo, ele parecia absolutamente morto para
qualquer entendimento espiritual do evangelho. No entanto, após caminhar uma curta
distância, o professor decidiu retornar. Ninguém percebeu quando ele adentrou a
sala de oração, pois todos estavam intensamente voltados para o Senhor. O *
professor foi ao canto mais distante da sala, onde, pela primeira vez na vida,
colocou-se de joelhos e tentou orar. Como o poder do Senhor era evidente, senti que
era melhor deixar aquele jovem sozinho e não me intrometer no que sabia que só
podia ser obra do Espírito Santo. Pouco tempo depois, percebi que o professor
estava com os braços levantados, com lágrimas nos olhos, . implorando a Deus que
perdoasse seus pecados, os quais o ouvi dizer que eram muitos, muitos mesmo. Ele
era um jovem bastante orgulhoso e humilhar-se daquela forma na presença de seus
alunos apenas podia significar uma poderosa
convicção do Espírito Santo em relação a seus pecados. A reunião continuou por
horas; no entanto, as crianças não demonstravam o desejo de sair. Não havia nada
que eu pudesse fazer ou dizer, uma vez que era o Senhor quem parecia ter total
controle. Fiz o máximo possível para não atrapalhálO. ALGO DECIDIDAMENTE NOVO Por
fim, um choro agonizante se levantou, muito além do que eu jamais havia ouvido ou
imaginado, quando em visões, as crianças viam os horrores do inferno, a angústia
das almas perdidas e o indescritível poder maligno do diabo e seus anjos. Muitos
meninos testemunharam que viram a si mesmos presos e arrastados para o mais
profundo do inferno.
A condenação pelos pecados e o poder do diabo sobre eles se tornou uma realidade
aterradora. Mas a libertação desse poder maligno através da graça do Senhor Jesus
Cristo também era igualmente real. Quando eles experimentavam esse poder libertador
das garras do maligno, a salvação se tornava tão real quanto havia sido a
condenação. Grande alegria, riso e paz resultavam do conhecimento de que haviam
sido salvos. Foi um entendimento que estou certo de que jamais esquecerão. Após
estar na presença do Senhor desde o início da manhã e já estando na hora do jantar
ser servido, imaginei que a reunião daquele dia estivesse prestes a acabar. Que
engano! Alguns deixaram a sala de oração por alguns instantes, mas logo estavam
todos de volta, dizendo que queriam buscar o Senhor à noite inteira. Isto
era algo decididamente novo; pois antes as crianças reclamavam que nossos cultos
eram longos demais. Por muito tempo, insistíamos que ficassem mais um pouco orando.
Agora que isso estava acontecendo, por que parar? Nenhuma criança foi dormir até o
início daquela madrugada e somente no início da manhã seguinte, às seis horas, os
últimos remanescentes encerraram a oração e o louvor que havia durado mais de 24
horas quase ininterruptas. Depois de dois dias desse poderoso derramar do Espírito
Santo, a coisa pareceu diminuir. Pensando que tudo havia terminado, voltamos às
nossas atividades corriqueiras, esperando passar mais tempo à noite orando e
buscando ao Senhor. Os garotos retomaram as aulas e convidamos algumas pessoas
para falar-lhes sobre o evangelho. A reunião de oração da manhã começou por volta
7h30 e, como de costume, todos orávamos ao mesmo tempo e cada um saía quando se
dava por satisfeito. Por volta do meio-dia, ouvi alguém orando na sala de oração.
Era um dos nossos garotos mais tímidos e quietos, Wang Gia Swen, que tinha cerca de
oito anos e encontrava-se escondido atrás do órgão orando em voz alta e chorando ao
confessar seus pecados diante de Deus. Descobrimos que ele estava orando desde o
culto da manhã sem parar sequer para o café. Quando saí da sala de oração, as aulas
já haviam encerrado e os garotos estavam sendo liberados. Alguns foram para o
jardim ou se envolveram em trabalhos manuais pelo resto do dia, mas a maioria
perguntou se podia ficar e orar. Ao saber sobre os que desejavam ficar e orar pedi
que alguns fossem cumprir algumas tarefas necessárias e o restante dirigiu-se à
sala de oração e começou a orar. Quase que de repente, houve outro poderoso
derramar do Espírito Santo. Esse derramar foi tão contínuo que, por uma semana,
deixamos de tentar cumprir as tarefas regulares, realizando somente o que era mais
necessário e indispensável. Todos passavam todo o tempo disponível absortos nas
grandiosas bênçãos de Deus. Naqueles primeiros dias, ninguém ligava muito para
comer ou dormir. Sempre que os jovenzinhos começavam a orar, o poder de Deus
descia, fazendo com que muitos se prostrassem no chão. Tornou-
se impossível fazer as refeições em horários regulares sem interferir com o
V

mover do Espírito Santo. A medida que o poder de Deus deixava alguns, eles se
retiravam por um tempo ou iam lanchar. Quando retornavam à sala de oração, logo
estavam novamente sob o poder do Espírito Santo. As manifestações do Espírito Santo
eram tão constantes que alguns sob Seu poder praticamente ficavam nesse estado o
dia inteiro até tarde da noite. Por volta de nove ou dez horas da noite, quando as
coisas ficavam mais calmas, sugeríamos que todos fossem para a cama e que
descansassem até de manhã. Muitos perguntavam se podiam continuar orando e buscando
a Deus. Como estes poucos continuavam em oração por todos que tinham ido dormir,
logo aqueles retornavam e uniam-se a eles em oração. Pouco se dormiu naquelas
noites. Alguns
garotos não deixavam a sala de oração durante toda a noite. Quando os meninos
adormeciam, eram deitados no chão por um breve período de tempo, e logo estavam de
pé novamente buscando a Deus e tomados por Seu mover. FICANDO FORA DO CAMINHO Uma
coisa era certa, este era um derramar do Espírito Santo que não exigia qualquer
participação de missionários "experientes", a não ser a necessidade de ficarmos
fora do caminho e não interferir em Sua obra maravilhosa. Nossa participação era
abrir o coração para também podermos ser profundamente tomados pelas bênçãos
celestiais que caíam em intensas torrentes. Nossa presença ou ausência naquelas
reuniões de oração
não fazia a menor diferença. Em uma daquelas l primeiras manhãs, era com prazer que
descíamos as escadas. Sem precisar fazer qualquer chamada para a reunião de oração,
cada uma das crianças dirigia-se às salas de oração onde começavam a orar e louvar
ao Senhor. Quando descíamos até lá, podíamos encontrar muitas das criancinhas
deitadas no chão sob o poder do Espírito Santo, cantando em outras línguas conforme
o mover do Espírito. Desde o início, a manifestação do Espírito estava movendo o
mundo sobrenatural bem além do nosso conhecimento limitado ou das nossas
experiências anteriores com assuntos sobrenaturais. As coisas estavam acontecendo
tão rápido que eu e minha esposa, Josephine, confessamos um ao outro que nosso
único recurso era
cooperar com tudo aquilo, crendo que Deus era bem superior ao diabo e que estaria
cuidando de tudo. Nós nos refugiamos atrás das promessas de que aquele que pedir ao
Pai pão, não receberá pedra (ver Mateus 7:9); que aqueles que pedem peixe não
recebem uma cobra; que os que pedem um ovo não recebem um escorpião; que os que têm
motivações puras como as daquelas crianças, que buscam o Espírito Santo, não
receberão coisas malignas ou demônios, mas sim exatamente aquilo que buscam: o
Espírito Santo (ver Lucas 11:13). Nas semanas seguintes, Deus provou ser essa
promessa verdadeira e, com isso, fomos libertos da ansiedade ao
começarmos a testemunhar as coisas maravilhosas de Deus que ocorriam em nosso meio.
Cada dia era diferente, um prodígio seguia o outro. Diariamente, a todo instante,
nosso Deus operador de milagres levava os órfãos do Lar Adulão de um estágio a
outro, de uma glória a outra, na escola em que o professor era ninguém menos que o
Espírito Santo .Capítulo 2

As Manifestações Sobrenaturais do Espírito Santo

Muitas das manifestações miraculosas do Espírito Santo vinham sobre aqueles que não
conheciam praticamente nada do que a Bíblia dizia
sobre o assunto. Para nós, isso era mais uma confirmação da natureza sobrenatural
das visões e da realidade do derramar do Espírito Santo registrados no Novo
Testamento. A CHUVA SERÔDIA Algumas crianças nunca tinham ouvido falar do atual
derramar do Espírito Santo como "a chuva serôdia" verdadeiramente experimentada no
Lar Adulão. Ao orarmos e louvarmos ao Senhor todos juntos com os olhos fechados,
algumas das crianças pareciam sentir água caindo sobre a cabeça. Estavam tão
envolvidas em buscar ao Senhor que não queriam interromper a bênção abrindo os
olhos para olhar em volta. Ao mesmo tempo, em seu coração, perguntavam-se como
poderia estar chovendo sobre elas se estavam debaixo do teto do abrigo. Mas ao
continuar a sentir as gotas
caindo, tiveram o coração renovado. Conforme as gotas d'água pareciam aumentar a
ponto de tornar-se uma chuva intensa, tudo parecia tão glorioso que parar para
questionar como poderia estar chovendo no térreo da casa parecia irrelevante. As
gotas se tornaram uma chuva intensa e esta se tornou uma enorme cachoeira. Logo a
cachoeira se tornou um dilúvio que inundou todo o ambiente, aumentando até as
crianças se sentirem submersas na maravilhosa correnteza de vida que vinha do Céu.
Em momentos diferentes, muitas crianças experimentaram essa mesma sensação de chuva
forte caindo. Seis meses depois desse grande derramar, depois de uma "estiagem", as
comportas do céu foram abertas mais uma vez e
experimentamos uma outra jf chuva do Espírito Santo. Novamente, duas das
criancinhas experimentaram a chuva, a chuva serôdia, que parecia cair sobre a
cabeça delas, penetrando e fluindo todo o seu ser. Ele vos dará em justa medida a
chuva temporã; fará descer a chuva no primeiro mês, a temporã e a serôdia. Através
de estudo bíblico e revelação direta do Espírito Santo, nossas crianças entenderam
o significado dessa "chuva", conforme falado pelo profeta Joel. A "chuva temporã"
era uma previsão do derramar do Espírito Santo que viria sobre a Igreja Primitiva,
semeada na Terra no Dia de Pentecostes e durante os dois ou três séculos seguintes.
(Em termos de agricultura, em Israel, a chuva temporã era a
chuva de regava as

outono

que

sementes plantadas no solo). Então vinha a grande "apostasia" (II Tessalonissenses

2:3), o longo inverno da era das trevas; as sementes semeadas na Terra — a Igreja
no mundo — estava aparentemente morta. Então começou a cair a "chuva serôdia " no
primeiro mês da primavera por meio de homens como Lutero, João Wesley, Fox, Finney,
Moody e outros servos de Deus. Verdades como a salvação pela fé, a experiência do
"novo nascimento" e a vida em santidade foram restauradas. Nesse momento, a chuva
fraca estava se tornando mais intensa. Reaparece a cura em Jesus por meio da fé. O
Senhor está novamente expulsando demônios, curando
doentes, ressuscitando os mortos e provando que não há nada como o Deus
TodoPoderoso no meio dos que nEle crêem. A esperança da Volta do Rei foi reavivada.
O Senhor está novamente batizando os crentes no Espírito Santo como no princípio, a
"chuva temporã", e agora os que crêem falam em outras línguas e profetizam segundo
a direção do Espírito Santo (ver Atos 12:4) .A colheita está próxima. "A chuva
temporã", a chuva da semeadura, vem de forma modera; a "chuva serôdia ", a chuva da
colheita, virá de forma abundante com o
(
propósito de amadurecer os grãos, aperfeiçoar a Igreja. Haverá inundações causadas
pela chuva serôdia do Espírito Santo. O maior reavivamento que o mundo já viu está
adiante. Os maiores milagres, a Igreja mais operante em sinais e prodígios que o
mundo já conheceu está a caminho. O derramar da chuva serôdia está próximo; as
nuvens agora cobrem o céu. De acordo com Sua promessa, o Senhor em breve derramará
Seu "Espírito sobre toda a carne" (Joel 2:28). A Igreja que foi semeada no tempo da
"chuva temporã", caiu no solo e morreu, logo emergirá. Será algo além do
que aconteceu após os dias do Pentecostes: Vossos filhos e vossas filhas
profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E
também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.
(Joel 2:28-29; Atos

Por causa desse final, o grande derramar do Espírito Santo, a Igreja, em pleno
florescer, será recompensada pelos anos de destruição causados pelos gafanhotos
peregrinos, devastadores, devoradores e cortadores (ver Joel 2:25). Os frutos e
dons do Espírito Santo serão todos restaurados à verdadeira
Igreja de crentes lavados pelo sangue. Devido à vida e ministério sobrenaturais,
multidões se converterão. "E as eiras se encherão de trigo, e os lagares
transbordarão de mosto e de azeite" (Joel 2:24); "uma multidão, a qual ninguém
podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas " (Apocalips eSe
você ler Atos 2, verá que esse derramar sobre "toda carne" é para os dias de hoje.
Todos que estiveram conosco no Lar Adulão têm certeza disso. Muitas vezes, o Senhor
tem feito a eles as mesmas promessas que fez aos primeiros cristãos, comissionando-
os com a
mesma missão de propagar o mesmo evangelho no mesmo poder com o qual foram
capacitados os primeiros discípulos nos dias da "chuva temporã". Sabemos que a
"chuva serôdia" que caiu sobre o Lar Adulão é como a chuva temporã, mas é última
chuva que proporcionará a colheita do trigo e do joio, e sua separação, permitindo
que o trigo retorne ao celeiro e o joio seja queimado na fornalha. MANIFESTAÇÕES DO
ESPÍRITO SANTO Em muitas ocasiões diferentes, vários dos nossos residentes viram o
Espírito Santo como uma língua de fogo sobre a cabeça de cada pessoa na sala. Em
alguns
momentos, mais de uma pessoa recebeu essa visão ao
*

mesmo tempo. E claro, os que estão familiarizados com a Bíblia sabem que as coisas
de Deus não são reveladas de maneira igual a todos. Quando o Espírito1 descia em
nossas reuniões, muitos sentiam-nO como uma brisa suave, inundando sua alma com paz
e poder. Essas brisas do Céu eram, às vezes, carregadas de tanto poder que não
tínhamos a menor dificuldade em crer no registro de que quando os primeiros
discípulos se reuniam e, "unânimes, levantaram a voz a Deus" e "tremeu o lugar em
que estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo" (Atos 4:24, 31).
Em diversas ocasiões, as crianças viam, de maneira similar, o Espírito Santo
representado como sete lâmpadas. Nos momentos em que havia um derramar especial do
Espírito Santo, essas sete lâmpadas de fogo eram vistas descendo do Céu em nosso
meio, na sala em que estávamos. Em outras ocasiões, nas visões do trono de Cristo
no Céu, as crianças viram as "sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos
de Deus " (Apocalipse 4:5). Mas todos nós reconhecíamos que as sete lâmpadas
significavam que o Espírito Santo estava entre nós. A LUZ DO CÉU Nos primeiros dias
do derramar do Espírito, um garotinho falou, em genuína profecia, quando, no
Espírito, ele parecia estar no Céu aos pés de Jesus. O Senhor falava através dele
na
primeira pessoa esclarecendo várias coisas que as crianças não entendiam e dizendo-
lhes como descansar em Deus e buscar o Espírito. Através desse garotinho, o Senhor
disse: Quando o Espírito estiver entre vocês, não abram os olhos, para que não haja
impedimentos. O Espírito Santo descerá para dar-lhes poder para pregar o evangelho,
expulsar demônios e curar enfermos. O Espírito Santo se apresentará em sete cores:
vermelha, azul e outras. Um dos garotos mais velhos então disse que quando o
Espírito estava sobre ele viu uma grande luz vermelha, assim como de outras cores.
A palavra do Senhor explicou isso a ele e a outros que haviam visto diferentes
cores. Claro, eu sabia que a luz era composta de sete cores, mas nunca havia
pensado nas sete lâmpadas diante do trono de Deus como sendo sete cores. A cor é
luz e toda
a luz vem de Deus, pois Deus é luz. Os garotos também viram o Espírito Santo
brilhar mais do que o sol do meio-dia. Essa manifestação do Espírito Santo como uma
forte luz se tornou muito comum. Algumas crianças, abrindo os olhos para ver se a
luz emanava de alguma luz elétrica no ambiente, mal podiam discernir as luzes
ligadas no recinto por causa da intensa glória da luz celestial, que tomava todo o
lugar. As crianças descobriram o que Paulo quis dizer quando mencionou que, no
caminho de Damasco, uma luz forte
apareceu- lhe, na verdade, estava se referindo a "uma luz do céu, que excedia o
esplendor do sol" (Atos 26:13). Depois que receberam visões do Céu e dessa forte
luz — que era mais clara e brilhante do que tudo que já haviam visto — os garotos
aprenderam porque no Céu "não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem
de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina" (Apocaipse 22:5). Através dessas
manifestações e revelações, nossas crianças, outrora meninos de rua neste mundo
tenebroso, não tiveram mais qualquer dúvida de que, na Nova Jerusalém celeste, "a
cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória
de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada" (Apocalipse 21:23) .Capítulo
3

Os Resultados do Derramar do Espírito Santo

Não há dúvidas, em minha mente, de que esse derramar do Espírito Santo veio de
Deus, pois cumpriu, em detalhes exatos, as profecias bíblicas que previram os
resultados que se seguiriam após o derramar do Espírito Santo. Por exemplo, um dos
resultados que primeiro se manifestou em nosso meio foi uma certeza clara da
salvação
devido às visões e outras obras do Espírito Santo. A existência do pecado e a
condição de perdido de cada criança tornaram-se tão reais que não restou qualquer
migalha de esperança até que o >Senhor, em uma misericórdia da qual não somos
merecedores, respondeu às orações dos perdidos e os salvou. Então o Espírito Santo
tornou a salvação e a graça tão reais e intensas quanto à condição de perdido que
haviam sentido. Sucessivamente, muitas crianças passaram por esse processo,
resultando em uma evidente experiência de salvação. Tudo isso resultou na
transformação de vida e no testemunho da família do Lar Adulão, não deixando a
menor dúvida de que nosso lar agora era composto de muitos recém- nascidos
espirituais. Toda a atmosfera mudou. A alegria, inexplicável e cheia
de glória, tomou conta até transbordar. Enquanto os meninos cavavam a terra no
preparo de um jardim ,louvavam ao Senhor com tanto fervor que outros garotos na
vizinhança os imitavam dizendo: "Louvado seja Deus!", mesmo sem nunca tê-los
conhecido. Quando um dos garotos entrou em uma loja para comprar pregos, sem
perceber, disse: "Aleluia! Quero comprar pregos!". Esse mesmo garoto teve uma
experiência maravilhosa desde o início. Um dia, indo para suas obrigações, ele se
viu dançando no meio da rua de tanta alegria no Espírito Santo, louvando a Deus no
mesmo S estilo de Billy Bray, o antigo pregador do século 19 que * ficou famoso por
dançar no púlpito.
Estando purificadas de seus pecados, agora nascidas de novo e buscando a Deus cada
vez mais, essas crianças foram conduzidas a coisas ainda mais profundas de Deus a
ponto de podermos identificar mais de 20 delas falando em outras línguas ao mesmo
tempo; como no dia de Pentecostes quando houve um derramar do Espírito Santo na
casa de Cornélio; ou quando receberam a plenitude do Espírito em Efeso, como fez
Paulo e outros cristãos samaritanos que, sem dúvida haviam, recebido o Espírito
Santo em misterioso poder e manifestação; algo tão maravilhoso e impressionante que
Simão queria pagar para sentir o mesmo.
Apesar de grande parte das crianças do Lar Adulão nunca ter visto tais
demonstrações, foram ensinadas a buscar no Senhor pelo Espírito Santo e não só eram
recompensadas com grande "alegria com gozo inefável
eglorioso" (I Pedro 1:8) no coração, como também recebiam a confirmação do batismo
no Espírito Santo. Elas sabiam que estavam recebendo o batismo da mesma maneira que
os santos do Novo Testamento receberam no início, como mostrado nos cinco exemplos
bíblicos que acabei de mencionar. VISÕES PROFÉTICAS Esses meninos e meninas
chineses foram salvos pelo mesmo Senhor e batizados no mesmo Espírito Santo que os
primeiros discípulos; pois, como eles, as crianças não só falavam em outras línguas
como também profetizavam conforme a direção do Espírito Santo.
Ninguém presente na época duvidou de que o Senhor falava conosco por inspiração
direta quando Ele falou, naqueles dias, por meio de uma das menores e mais humildes
das crianças. Havia algo em sua voz e um poder penetrante em suas palavras. Era um
poder que tocava profundamente o coração, algo difícil de ser descrito. Nunca
havíamos ouvido uma voz tão cativante vinda do Senhor em qualquer outro sermão em
nossos dias. Todos sabíamos que estávamos ouvindo diretamente de Deus. Boa parte
dos residentes do Lar Adulão depois falava em profecia. Ficávamos cada vez mais
maravilhados com os milagres que ocorriam quando o Senhor falava das coisas
maravilhosas de Deus, revelando Seus planos e propósitos ao selecionar esses
"joãoninguém" abandonados neste mundo, crianças
pequenas e pobres, e fazer delas porta-vozes do Deus vivo. Era gerada em nós
humildade ao ver Deus falar através daquelas crianças por inspiração direta,
edificando e levantando esse pequeno grupo de simples crentes lavados pelo sangue,
recentemente salvos da calamidade física e do desespero espiritual. VISÕES DAS
COISAS QUE VIRÃO Outro resultado impressionante da obra do Espírito Santo foi a
forma como Ele cumpriu a promessa de que quando o Consolador viesse, Ele guiaria os
discípulos de Cristo por toda a verdade, anunciando-lhes o que "há de vir" (João
16:13). Era maravilhoso ver como o Espírito revelava a esse grupo de crentes quase
sem nenhuma instrução as coisas de Cristo, Sua salvação e fatos do futuro através
de visões de mundos invisíveis.
Muitas dessas visões foram dadas a vários dos garotos ao mesmo tempo. Praticamente
todas as visões eram recebidas por um bom número de pessoas diferentes. Em muitos
casos, as crianças vinham até nós e perguntavam se a Bíblia dizia algo sobre certas
coisas que haviam visto em uma visão. Essas visões, testemunhadas tanto pelos,
garotos mais novos quanto pelos mais velhos, foram ^ recebidas quando estavam sob
forte poder do Espírito Santo. Não foram experimentadas como um sonho, mas como a
vida real. VISÕES DE CRISTO Algumas das visões refletiam detalhes da Semana Santa.
Lá estava Cristo, preso em um tronco, espancado. Jesus sangrava na cruz diante de
escarnecedores, então Seu corpo foi removido da cruz, carregado até o túmulo,
colocado lá e então a porta do túmulo foi fechada. Viram um anjo abrindo o túmulo,
a ressurreição de Cristo, Sua aparição a uma mulher, aos discípulos na praia e aos
que estavam no sobrado. Alguns viram a ascensão de Cristo e a descida de dois
anjos. Quase todas as crianças viram o Céu, com visões detalhadas da Nova Jerusalém
celestial e dos remidos. Também viram o inferno, o desespero dos perdidos, os
demônios, a grande tribulação e o próprio diabo. Algumas viram coisas pertinentes
aos santos e a assuntos relacionamentos à besta naquele período, a batalha do
Armagedon, a prisão e condenação de Satanás ao abismo, a derrota do anticristo, o
diabo expulso do céu, as Bodas do Cordeiro e pássaros comendo a carne
de reis e comandantes da Terra. Houve visões da vinda* de Cristo com Seus anjos, a
mudança do sol e da lua, "abalos no céu" e terremotos e destruições associadas à
vinda de Cristo e à ressurreição dos justos. Outras visões retratavam as Bodas do
Cordeiro no paraíso, assim como detalhes de visões das mansões preparadas para nós
e outros
cenários celestiais. Essa obra magnífica do Espírito Santo por meio de visões,
assim como no coração, criou um interesse tão grande em mais estudos bíblicos que
até mesmo as crianças menores desejavam saber se podiam deixar de estudar "livros
seculares" para estudar somente a Bíblia.
Como o mundo invisível se mostrava tão real, não erade admirar-se que houvesse
tamanha mudança em nossa vida de oração e louvor. Apesar de nem todos os residentes
do Lar Adulão falar em línguas estranhas, todos, exceto os que possuíam limitações
mentais, estavam cheios de unção e do Espírito Santo em uma medida tão grande que
as crianças eram sempre arrebatadas às regiões celestiais em Cristo para louvar e
adorar o Rei. Apesar de haver momentos em que uma quase começou a questionar se os
cidadãos celestiais podiam "voltar à Terra" novamente, não houve

64 VISÕES ALÉM
motivo para medo, pois não demorou muito para vermos um garoto após o outro em
verdadeira oração intercessória a Deus pelos perdidos, orando para que o Senhor
usasse a nós todos como verdadeiros guerreiros do Senhor na batalha pela justiça. A
oração se tornou muito mais do que uma mera formalidade. Todos agora sabiam que
nossos inimigos eram as hostes espirituais da maldade nas regiões celestiais.

65 VISÕES ALÉM
PREGANDO NAS RUAS Após duas ou três semanas com o Senhor lidando com elas,
praticamente todas as crianças, até mesmo as menores, desejavam compartilhar as
mensagem que haviam recebido. O que se seguiu foi uma verdadeira > pregação no
poder e na demonstração do Espírito Santo, fl Os garotos, tanto os mais velhos
quanto os mais novos, nada se pareciam com as crianças que cuidávamos quando
pregavam sob a real unção do Espírito Santo. Apesar da falta de conhecimento e
experiência, eles não falavam de maneira tímida e recatada como
antes, mas com um senso de grande autoridade. Inferno e céu, o diabo e seu poder,
Cristo, Seu sangue, Sua salvação; não havia mitos ou meros conceitos teológicos que
intimidassem aquelesgarotos. Eles sabiam que o Senhor havia lhes ordenado pregar e
transmitiam sua mensagem: "Arrependam-se, pois está próximo o Reino dos céus". Ao
ouvirmos essas poderosas mensagens pregadas com tamanha segurança, alertando as
pessoas para que se libertassem da fúria vindoura e mostrando-lhes a maravilhosa
salvação no amor de Cristo, nosso
coração se enchia de júbilo. No Ano Novo Chinês, as ruas ficavam repletas com todo
tipo de gente para celebrar o feriado. Depois de distribuírem milhares de folhetos
para a multidão, os residentes do Lar Adulão formaram um círculo na rua para pregar
o evangelho. Um dos meninos maiores preparou um sermão tendo o Ano Novo como tema.
Mas. quando ele começou a pregar, o poder de Deus desceu tão forte que, de repente,
ele começou pa pregar em outras línguas,»* com os meninos menores se alternando
jcoaiijp intérpretes. Quando o Senhor escolhia outro deles parada interpretação, o
anterior dava um passo para trás e o escolhido sentia sobre si a unção*,
recebendôlta interpretação assim que adentrava o círculo. Isso continuou por mais
uma hora ou duas, enquanto havia pessoas reunidas para
escutar, às vezes empurrando umas as outras para ouvir. As crianças falavam com uma
seriedade tão incomum que as pessoas que antes mal haviam escutado o evangelho
agora ouviam tudo com atenção. Foi uma noite conduzida pelo Espírito Santo de
maneira incrível e linda, com cada pregador sendo indicado pelo Senhor, cada um
transmitindo a mensagem de Deus sob inspiração direta. Assim que encerramos o
culto, compreendemos que a pregação da Igreja ainda estava engatinhando, e que o
Senhor ansiava que ela amadurecesse. Não que pregar em outras línguas e com
intérprete fosse a forma normal de pregação, mas como I Coríntios 14 mostra
claramente, tal pregação
constitui uma parte do método do Senhor de pregar o evangelho com poder e
demonstração do Espírito Santo. Em tal pregação, a mente do orador é completamente
desligada. Em geral, antes das palavras se formarem, o orador literalmente não tem
a menor idéia do que o Espírito falará através de seus lábios. E uma pregação
puramente profética. Em outros casos, a mente do pregador pode estar ativa e saber
o que será dito (pelo menos momentaneamente) pelo Espírito através dele. A mensagem
pode ser uma exposição de textos bíblicos, como no sermão de Estevão. Pedro, em
várias ocasiões, pregava o que o Espírito falava através dele. Apesar de a pregação
do evangelho sob unção direta do Espírito Santo não ser exatamente uma pura
profecia, trata-se
de uma palavra profética porque é o Espírito Santo quem está nos dirigindo e
direcionando. O Senhor era o pregador convidado em muitas das nossas pequenas
reuniões. Por duas ou três noites, os jovens pregadores, sob a unção do Espírito,
pregaram os sermões mais inspirados que já ouvi de evangelistas chineses. Parecia
que os sermões faziam borbulhar em qualquer ouvinte uma forte necessidade de
arrependimento. Poucas noites depois, Deus demonstrou Seu amor em um poder ainda
maior. Um garoto adolescente estava pregando quando, de repente, seus olhos se
fecharam e ele começou a profetizar como um dos profetas do Antigo
Testamento, sob inspiração direta do Espírito Santo. A sua maneira de pregar mudou
subitamente, sua entonação no idioma chinês tornou-se ritmada e perfeita. Em seu
discurso, agora ele falava em primeira pessoa, tal como: "Eu, o Senhor Deus Todo-
Poderoso, o verdadeiro Deus, que fez todas as coisas, agora fala com vocês por meio
desse menino. Vocês pecaram contra Mim". Não sou capaz de descrever de forma plena
o efeito dessas penetrantes palavras, a sensação de ter sido levado à presença de
Deus. Os assentos de nossa pequena capela logo ficaram todos ocupados, com cada vez
mais pessoas em torno da porta, ouvindo impressionadas e maravilhadas. Quando havia
a menor comoção, o Senhor exigia ordem, falando por meio do garoto: "Prestem
bastante atenção. Ouçam com cuidado
e compreendam. Eu, o Senhor Deus, tenho toda autoridade no Céu e na Terra. A mim,
todo ser humano e todo demônio deve prestar contas. Sei tudo sobre cada um de
vocês. Conheço todos os seus pecados. Sei exatamente a quantidade de fios de cabeço
que há na cabeça de vocês. Há 56 de vocês vivendo em pecado hoje. Arrependam-se
agora, e Eu os perdoarei".
UU

Por mais de uma hora e meia ficamos sentados fascinados na presença de um

verdadeiro profeta. OSenhor repreendeu as pessoas pela idolatria, falta de
santidade e todos os vícios, indicando que não havia esperança em outro lugar.
Então, como ocorria com os profetas do Antigo Testamento, Deus falou das glórias
que havia preparado para Seu povo. Como um Pai amoroso, Ele se alegrava ao vê-los
em arrependimento naquela noite. Ele falou da vinda de tormentos sobre diversas
nações e da destruição dessa raça iníqua no dia da ira de Deus. Tudo isso foi
repetido

VEU
UU

diversas vezes com exortações para que ouvíssemos a cada palavra como proveniente
de um Deus a quem todos os presentes prestariam conta da alma depois daquela noite.
Quando a profecia terminou, o garoto assentouse. Ninguém se mexeu. Não se ouvia um
único suspiro. | Parecia que todos sabiam que era Deus quem falara. Praticamente
todos os presentes haviam entrado enquanto o menino estava de olhos fechados.
Quando o Senhor disse que havia 56 pessoas ali cativas do diabo e do pecado, um dos
garotos cuidadosamente contou quantos não faziam parte do nosso grupo de meninos
cristãos. Eram exatamente 56.

VEU
UU

VEU

"OS DEMÔNIOS ME OBEDECEM"

I
Outro momento impactante foi quando dois demônios foram expulsos de um homem. O
Senhor disse aos meninos por meio de profecia e revelação direta: "Os demônios Me
obedecem", e viram o Senhor provar o que dissera. Sem espaço para relatar todos os
detalhes, pudemos provar, além de qualquer explanação possível, que demônios foram
expulsos de um homem endemoninhado. Conhecíamos aquele homem há anos e ele depois
permaneceu conosco por mais seis meses. Elehavia sido vítima de melancolia e
depressão por anos e, por
estar tão cativo nas trevas, estava prestes a tirar a própria vida. Para impedir
isso, o mantivemos conosco. Ele sempre parecia triste. Todos os esforços anteriores
para levá-lo à salvação através de Cristo foram em vão. Sua mente estava cega para
tudo o que se relacionava ao sangue de Cristo. O Senhor usou três pessoas na
expulsão dos demônios. Um dos demônios, do tamanho de um homem, tinha uma aparência
escura e horrível. Várias crianças o viram sair. Ao ser repreendido por uma delas,
repentinamente "cheia com o Espírito Santo" para aquela situação em particular, os
demônios resistiram uma última vez pela posse do
homem. As mãos do rapaz se contorceram, seus olhos se apertaram e todo seu corpo se
tornou rígido e resistente. Por fim, o Espírito Santo iluminou o coração do homem,
seu corpo relaxou e suas mãos se levantaram para Deus em louvor. Muitas crianças
viram o demônio depois que ele saiu apressadamente e enfurecido a procura de alguém
em quem poderia entrar ou invadir. Todas as crianças, aglomeradas onde se sentavam
para tomar as refeições, levantaram-se com as mãos para o alto agradecendo e
louvando a Jesus. Entre elas, o demônio não encontrou oportunidade, pois todas
olhavam para o sangue de Jesus que as cobria. Um dos professores, que não era
realmente convertido, havia entrado, pois estava curioso, mas não estava orando. O
demônio enfurecido, vendo nele uma oportunidade, também entrou no homem e
arremessou-o ao chão violentamente. Então o segundo demônio sentou- se em cima
dele, impedindo o professor de levantar-se. Várias crianças viram isso. Nosso
jardineiro, que há vários anos tinha sido liberto das drogas, também viu tudo. Ele
foi subitamente cheio com o Espírito Santo e expulsou os demônios do lugar. Vi
somente os dois homens, um liberto e o outro caído no chão. Pensei que o professor
tivesse se prostrado pelo Espírito Santo de Deus, que estava presente em grande
poder. Perguntei-lhe se ele conseguia levantar-se, assim como porque estava
chorando e porque caiu no chão. Ele respondeu: "Eu chorava de absoluto terror. Algo
terrível aconteceu. Tudo se tornou escuro. Vi-me prestes a ser lançado em um abismo
negro na base de uma montanha terrível". No
chão, ele se viu preso pelo demônio com correntes e prestes a ser levado às mais
densas trevas, mas í então foi liberto. A aparência física do homem de quem foram
expulsos os demônios mudou de repente. Ele testificou que agora tinha paz e alegria
em seu coração. Ele teve uma visão do Céu quando foi liberto dos demônios. Mais
tarde, ao deitar-se pensando em tudo o que o Senhor lhe proporcionara, ficou tão
feliz que questionou se tinha o direito de ter tamanha alegria.
Capítulo 4

Visões do Cèu
A Bíblia nos diz que o céu dos remidos é o "terceiro céu" (II Coríntios 12:2), onde
fica o futuro lar do povo do Senhor. O nome dessa cidade é Nova Jerusalém, e ela
não é uma figura de linguagem nem uma combinação de conceitos habilmente tecidos
com palavras humanas para dar ao homem a falsa impressão de algo que não é. A
Bíblia diz que a Nova Jerusalém é uma cidade real com fundamento real estabelecida
pelo próprio Deus. Essa cidade celestial 2 é delimitada, com 2.800km , cercada por
um muro com 60m de altura com a fundação composta por doze espécies de pedras
preciosas, as mais lindas conhecidas pelo homem. O muro é feito de jaspe, emitindo
uma forte luz brilhante. Doze portões levam à cidade com ruas feitas de ouro (ver
Apocalipse 21:11- 12). Nessa cidade ficam os lares dos remidos, a morada dos anjos,
o Paraíso e o trono de Deus.
Por que a Nova Jerusalém não seria uma cidade real com ruas de ouro, muros de jaspe
e fundamentos compostos de pedras preciosas? Será que Deus gastou todo o estoque de
material quando fez o universo que não restaram mais ouro e jóias no Céu? Se Deus
criou o mundo, por que não edificaria uma cidade no céu além das estrelas? A
quantidade restrita de ouro impuro neste mundo amaldiçoad o e perverso e as jóias
preciosas escondidas nos escombros de ruínas terrenas são apenas breves vislumbres
e sombras de uma
realidade muito maior. O ouro e as jóias verdadeiros e não perecíveis estão na
cidade cujo construtor é Deus. O que vemos neste mundo perverso e degenerado são
somente sombras de uma realidade muito maior. A criação "ficou sujeita à vaidade"
(Romanos 8:20) e aquém da realidade maior. O ouro que valorizamos, as jóias que
adoramos, as cidades e mansões que edificamos são apenas cópias da cidade real que
logo virá. NAS RUAS DO CÉU Nossas crianças foram arrebatadas em visão para a cidade
de Deus. Como podiam ver a cidade eu não sei. Como .
Abraão fez isso também não sei. Essas coisas estão além da ordem natural. Não
precisamos, no momento, saber como. Conhecemos o fato. João viu a cidade e o Senhor
lhe disse para escrever o que havia visto e enviar os relatos às igrejas. Em
Espírito, as crianças do Lar Adulão foram arrebatadas para a cidade celestial
diversas vezes, não como em um sonho, mas como em uma vivida realidade. Essas
visitas eram tão reais, na verdade, que as crianças se esqueciam de que sua alma
estava de fato fora do corpo quando iam ao Céu e voltavam. De forma inexplicável,
elas sentiam que haviam sido levadas ao céu em alma e corpo assim como podiam, na
vida terrena, visitar algum lugar distante. Com freqüência, quando estavam
no paraíso colhendo e compartilhando frutos celestiais, até chegavam a enfiar
alguns nas roupas para, quando voltassem à Terra, oferecerem a "Muh Si and Si Mu"
(o pastor Baker e sua esposa). Elas pensavam que apenas estavam visitando o Céu e
que logo estariam de volta. Depois de retornarem, quando o Espírito as trazia de
volta para os aposentos do Lar Adulão, elas costumavam procurar nos bolsos os
deliciosos frutos que haviam guardado para presentearnos. Ao não encontrar nenhum,
ficavam abismadas, confusas e com um semblante de decepção. Não percebiam que não
estavam na forma física no Céu e pensavam que poderiam trazer os frutos para nós
dentro dos bolsos. Para os garotos, andar nas ruas da Nova Jerusalém era
tão real quanto andar nas ruas de qualquer cidade da China. Certa vez, ao andar por
nossas ruas em um dia em que o sol brilhava intensamente, perguntei aos meninos se
as visões eram tão reais e claras quanto as que estávamos vendo. — Sim, tão reais
quanto eles responderam. — Mas era muito mais claro devido à luz no Céu e às vestes
alvas e brilhantes que todos usavam, as quais aumentavam o brilho. Em Espírito, as
crianças costumavam estar totalmente ausentes do ambiente natural. Em
muitos casos, apesar de estarem no Céu, falavam alto, descrevendo o que viam, tendo
conversas que todos podíamos escutar. Em geral, gesticulavam bem diante dos nossos
olhos os mesmos movimentos que faziam no Céu. O TERCEIRO CÉU As crianças relataram
terem ido ao terceiro céu. Ao passarem pelo primeiro céu, sentiram o vento no
rosto. Ao passar pelo segundo céu, contemplaram a beleza das estrelas, como do alto
de uma montanha alguém contemplaria uma linda cidade bem iluminada abaixo. Por fim,
chegaram ao terceiro céu e puderam visualizar a Nova Jerusalém.
Ao aproximarem-se da cidade celestial, viram sua luz à distância. Mais de perto,
viram os belos muros radiando sua maravilhosa luz de jaspe. As fundações eram
incrivelmente belas, refletindo vermelho, amarelo, laranja, lilás, azul, verde,
violeta e outras cores das doze jóias mais bonitas. As crianças compreenderam essa
cidade no Céu como três cidades em uma: uma suspensa sobre as outras, com a maior
delas em baixo e a menor no topo, formando uma pirâmide. Como João a princípio
descreveu a cidade como cercada por um muro e ela tem quase 800km de altura, os
estudiosos da Bíblia supuseram que a cidade não fosse cúbica, mas em forma de
pirâmide. Nossas crianças, no entanto, nada sabiam sobre isso e eu nunca pensei na
Nova Jerusalém como três cidades,
uma suspensa sobre a outra. Certamente, Deus, que suspende os mundos no espaço,
poderia também manter suspensas essas três cidades. A Bíblia não nos explica o
funcionamento interno da cidade. Um dos nossos garotos pequenos falou em profecia
quando estava, em visão, aos pés do Senhor. Nessa profecia, o Senhor disse que Ele
havia feito o céu grande o suficiente para toda alma vivente. Ele revelou que o fez
em três cidades, uma acima da outra, e que Seu trono está na cidade mais elevada.
Como o tempo e o espaço não são limitações no mundo* espiritual, não há nada de
impossível nesse arranjo da cidade de Deus. Há três céus. Há três histórias na
arca, na qual Deus preservou a criação atual. Deus é três em um. Por
que a cidade do Grande Rei não poderia ser três em uma? Por que o Rei não reinaria
do topo da pirâmide de todo o universo, uma vez que "a pedra que os edificadores
rejeitaram tornou- se a cabeça da esquina " (Salmo 118:22), a pedra superior da
pirâmide de toda a criação? TOCANDO COM OS ANJOS As crianças entraram pelos portões
enfeitados com pérolas na cidade de ruas de ouro. Anjos vestidos de branco que
guardavam os portões lhes deram boasvindas. Não se tratava de uma recepção comum,
pois os outrora rejeitados órfãos terrenos eram agora recebidos como reis pelas
hostes angelicais. O Senhor não prometeu aos mais fracos e humildes dos pequeninos
um Reino no qual governariam com o Rei dos reis por toda a eternidade?
Pelos portões da cidade celestial! Direto da Terra para o Céu! Muito além do
mortal, no imortal! Da morte para a vida! Toda a antiga vida havia ficado para trás
e abaixo! Toda uma nova vida agora estava adiante e acima! Dentro dos portões!
Anjos, anjos e mais anjos em todos os lugares — anjos conversando, anjos cantando,
anjos alegrandose, anjos tocando harpas e trombetas, anjos dançando e louvando o
Rei. Uma cena que mortal algum jamais contemplara; um fluir de alegria totalmente
novo inundava todo o ser. As crianças vibravam de entusiasmo. Davam brados de
alegria. Por vezes, rolavam no chão rindo sem parar, pulando e dançando de tanto
deleite, com os rostos tão transformados por
essa alegria celestial que a glória da cidade do Céu parecia brilhar sobre nós
também. Não havia sofrimento naquela cidade; nada de religião triste e apática; e
nada de lamentações nos hinos. Era uma cidade de pura alegria, "alegria no Espírito
Santo" (Romanos 14:17), "alegria com gozo inefável e glorioso" (I Pedro Dentro da
cidade, as crianças souberam o significado do versículo que diz: "Mas chegastes ao
monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares
de anjos" (Hebreus 12:22). Os anjos cheios de alegria não se encontravam apenas na
entrada, mas por toda a cidade. Esses anfitriões celestiais estavam sempre prontos
para escoltar as crianças de um lugar a outro pela cidade. Os anjos andavam e
falavam com elas, explicando- lhes todo o significado das coisas que não entendiam,
assim
como fizeram com João e revelaram-lhe as coisas de Deus. Em geral, nessas
experiências com anjos, nossas crianças recebiam harpas e aprendiam a tocar e a
cantar como eles. Aprendiam a tocar trombeta e eram instruídas na música e na
linguagem do Céu. Quando víamos as crianças, com os olhos fechados, todas dançavam
no quarto com ritmo, depois descobrimos que, na visão, elas estavam dançando com
anjos no Céu e desfrutando por alguns momentos a música celestial. Seus movimentos
indicavam que estavam tocando trombeta (trompete) ou harpa, enquanto que, na visão,
elas faziam parte da orquestra celestial que entoava louvores ao Rei. Não podíamos
ver as harpas ou trombetas celestiais, nem víamos os anjos dançando de alegria ou
ouvíamos a músi-
ca, mas conseguíamos ouvir as crianças cantando as canções celestiais. Era comum
encontrar, durante o dia, alguma das crianças sozinha em um canto, deitada
confortavelmente sobre acículas de pinheiro, fazendo movimentos como os de quem
toca harpa. Mais de perto, podíamos ouvi-la cantar uma música nova que nunca
havíamos lhe ensinado. Ainda mais de perto, descobríamos que as palavras nos eram
tão estranhas quanto à melodia. Ela estava cantando no coral celestial uma canção
ensinada pelos anjos. A letra da canção devia ser na linguagem dos anjos. Ver as
crianças cantando no coral de anjos celestiais era uma visão da qual jamais nos
esqueceremos. Por diversas vezes, algumas delas, em algum lugar da cidade celestial
ou em seu maravilhoso Paraíso,
decidiam tocar e cantar juntas. Com os olhos fechados, totalmente sob o poder do
Espírito Santo, três ou quatro delas apagavam. Se estivéssemos por perto, ouvíamos
uma definição de quem tocaria trompete e quem cantaria. Depois de tudo definido e
todos prontos, os hinos celestiais tinham início. Os trompetistas ficavam com as
mãos suspensas diante deles como se estivessem mesmo tocando um trompete físico. Os
harpistas tocavam e cantavam, enquanto os que não estavam com instrumentos somente
cantavam. Nesses casos, eles sempre cantavam em línguas que não podíamos entender,
a menos que, com consentimento, cantavam um dos hinos que costumavam cantar aqui na
Terra, o que costumava ser em chinês. NO TRONO DE CRISTO
O clímax de toda alegria e esplendor celestiais era ver Jesus e adorá-lO, pois
foram salvas com Seu sangue. Depois de adentrar os portões da cidade, as crianças
eram escoltadas por anjos a verem Jesus. Podíamos ouvir as crianças falando sobre
"ir ver Jesus". Quando chegavam à Sua maravilhosa presença, contemplavam com
reverência, amor e devoção o Senhor de toda a criação, e também seu Salvador.
Primeiro, agradeciam a Ele, adorando-0 e prostrando-se em verdadeira reverência.
Colocavam-se de joelhos e levavam o rosto ao chão em uma adoração verdadeira "era
espírito e em verdade'''' (João O trono de Cristo que as crianças viram era
exatamente como João descreveu quando estava no Espírito: E logo fui arrebatado no
Espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um
assentado sobre o trono. E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à
pedra jaspe e sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia
semelhante à esmeralda. E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi
assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e
tinham sobre suas cabeças coroas de ouro. E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e
vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete
espíritos de Deus. (Apocalipse 4:2-5) Independente do quanto as crianças estivessem
pasmadas em relação às maravilhas da cidade de ouro, independente da felicidade dos
prazeres do Paraíso e da deleitosa presença dos anjos, estar com Jesus era algo
inesquecível. Seu nome era mencionado em todas as
conversas; Seu louvor permeava em todos a alegria; Ele era magnificado em todos os
lugares, em tudo e por todos ali. AS CASAS CELESTIAIS Em cada lado das ruas de ouro
havia casas, uma para cada pessoa, todas com a porta voltada para a rua. Na porta e
na frente havia jóias preciosas de brilho tão resplandecente que toda a edificação
brilhava com luz e glória. O nome de cada ocupante ficava sobre a porta. Os anjos
conduziram as crianças até as casas. Dentro delas, havia o mesmo tipo de mobília:
uma linda mesa dourada sobre a qual se encontrava uma Bíblia, um vaso de flor, uma
caneta e um livro; na mesa, uma cadeira dourada. Havia também um maravilhoso baú e
uma cama dourados. Em cada casa havia uma coroa de jóias, uma harpa
dourada e uma trombeta. Todas as paredes eram de ouro. De cada Bíblia, composta de
um tipo de papel nunca visto na Terra e coberta com ouro e luz, emanava uma glória
tão brilhante que não se fazia necessária qualquer outra luz na casa. Os visitantes
souberam que quando viessem após a morte física, entrariam no Paraíso e escolheriam
as flores que quisessem para colocar no lindo vaso sobre a mesa dourada. Nessas
visitas ao Céu, as crianças entravam nas casas
X

e liam as Bíblias ou tocavam as harpas e as trombetas. As vezes, iam com as

trombetas e harpas até as ruas e saíam tocando e cantando com os anjos e os remidos
que estavam lá no Céu. Nessas excursões pelo Céu, as crianças, apesar de
,alheias ao seu contexto terrestre, tinham sempre a ciência de que aquela visita ao
Céu era apenas temporária. Elas sabiam que estavam lá apenas para ver o que estava
preparado para elas depois da morte, e que logo voltariam à Terra para contar tudo
a outros. Os anjos e o Senhor disseram aos visitantes que se cressem e obedecessem,
todas aquelas coisas seriam deles. Não só eles sabiam que teriam de voltar
novamente à Terra, mas também quando viriam. Um garoto, depois de desfrutar das
glórias do Céu, pendurou sua coroa e sua trombeta no quarto para que o aguardassem
quando ele morresse e fosse ao Céu. Então ele voltou à Terra e o poder do Espírito
Santo o deixou e, quando abriu os olhos, estava de volta ao Lar Adulão relatando
aos outros as maravilhas da viagem ao Céu.
Devemos supor que o Senhor salvou os garotos, batizou-os no Espírito Santo e então
os enganou mostrando-lhes um Céu mítico e figurativo? Impossível! Um pai terreno
enganaria seus filhos com falsas esperanças e falsas promessas? Claro que não!
Muito menos nosso Pai celestial; Ele não mostraria a Seus filhos nada menos do que
Ele mesmo preparou para eles (ver I Coríntios 2:10) e tudo o que lhes prometeu (ver
Apocalipse 3:21); ou deixaria de cumprir Suas promessas (ver Lucas 11:9, 13).
Quando as crianças viram as casas celestiais dos seus amigos do Lar Adulão, bateram
palmas, riram e deram brados de alegria, chamando uns aos outros pelo nome para
virem e verem sua casa. Um dos garotos passava pelas ruas
da Nova Jerusalém, lendo os nomes sobre cada porta. VENDO OS QUE JÁ PARTIRAM No
primeiro dia em que o Espírito Santo caiu sobre as crianças, um dos garotos foi
arrebatado ao Céu onde foi recepcionado por anjos e dois garotos do Lar Adulão que
haviam morrido no ano anterior. Esses dois garotos, Hsi Dien Fu e Djang Hsing,
estavam no Céu com uma garotinha que havia morrido na cidade de Kotchiu quatro anos
antes, e de quem nossas crianças não se lembravam mais. Os que haviam morrido e
partido antes guiaram os meninos arrebatados pelas alegrias e glórias do Céu. Eles
os levaram para ver Jesus antes de tudo, para adorá-10 e render-Lhe graças. Depois
de mostrarem suas moradas, eles os acompanharam pela cidade e
os levaram para brincar no paraíso. Todo os que chegavam no Céu recebiam vestes
brancas. Os anjos, também vestidos com vestes sem costura de puro branco, tinham
asas, algo que os remidos não tinham. Havia uma distinção bastante clara entre
ambos. Depois, muitas outras crianças viram antigos residentes do Lar Adulão que
haviam partido no Céu. O Céu não parecia mais tão distante quando repetiam os
mesmos gestos que faziam na visão celestial bem diante dos nossos olhos. Com os
olhos fechados e os rostos radiantes, eles batiam palmas e cumprimentavam com
alegria os garotos que já haviam morrido, chamando-os para virem ver algumas casas,
ruas de ouro, novas cenas juntos com os anjos, novas descobertas no
jardim do Paraíso ou para tocar harpa e cantar com eles louvores a Jesus. Os
garotos que haviam morrido eram tão freqüentemente vistos no Céu e seus nomes tão
constantemente mencionados com êxtase e alegria que não pareciam estar distantes —
mas a apenas um palmo. O Céu era tão real, tão próximo, tão maravilhoso, tão certo
que, se uma das nossas crianças morresse naqueles dias, os outros teriam desejado
ter tido o mesmo privilégio.

O Céu era tão real, tão próximo, tão maravilhoso, tão certo que, se uma das nossas
crianças morresse naqueles dias, os outros teriam desejado ter tido o mesmo
privilégio.
A passagem para o Céu depois da morte ou a vinda do Senhor parecia tão próxima que
removeu da nossa mente todas as dúvidas de porque os primeiros discípulos
conseguiam vender suas posses e enfrentar a perseguição e a morte sem hesitação.
Nosso Reino não é deste mundo. Nossa vida, nosso trabalho, nosso ministério, nossa
liderança são apenas breves e passageiros incidentes no caminho em direção à
verdadeira vida e cidade no verdadeiro Reino que jamais poderá ser abalado.Capítulo
5

O Paraíso
Antes de continuar a descrever a visão do Céu, quero mostrar que o Paraíso que as
crianças viram está de acordo com os planos do Pai para nós, conforme revelado em
Sua Palavra escrita. Quando o Senhor criou o homem perfeito e sua noiva
perfeita, "plantou o SENHOR Deus um jardim no Eden, do lado oriental" (Gênesis 2:8)
no qual colocou o homem, recém-criado. "E o SENHOR Deus fez brotar da terra toda a
árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim "
(versículo 9). Então, no começo, o Senhor planejou que o homem habitasse em meio a
toda beleza da natureza, o qual recebeu uma casa no jardim, na parte oriental do
Eden, um "parquedas-maravilhas" planejado e plantado pelo próprio Deus. Naqueles
dias, não havia pecado. Não havia doença ou morte. Não havia espinho. Não havia
maldição. Era um mundo diferente deste que conhecemos. Aquele mundo era um Céu na
Terra, onde o homem desfrutava o que deveria ser a vida eterna, tinha domínio sobre
todo um
mundo de árvore e flores "agradáveis à vista," todo um mundo de beleza e glória
como nunca vimos. Deus planejou todas essas maravilhas para a felicidade eterna do
homem. Mas quando o pecado entrou, o desfrute do homem em relação à criação se
tornou limitado, temporal. A primeira criação de pássaros, flores, árvores e
animais foram colocados sob uma ordem que não é a eterna. A criação "ficou sujeita
à vaidade" (Romanos 8:20). O
/

pecado fez o homem perder seu parque, o Eden, e seu Deus. Depois que o plano de
Deus de redenção foi completo e o homem foi redimido do pecado, ele também teve
restaurada sua comunhão
com Deus e o Éden. Mas o homem será restaurado mais do que à ordem original, ele
será restaurado à nova ordem espiritual. A primeira ordem era terrena; a última
ordem será espiritual, mas real. Porém, a ordem espiritual é similar ai ordem
terrena. Jesus, depois de Sua ressurreição, era tanto real quanto similar ao que
era antes, porém, agora espiritual e diferente da ordem terrena. Ele podia comer e
beber com Seus discípulos e ainda tinha um corpo que podia ser tocado e mãos que
podiam servir peixe e pão a Seus companheiros famintos. Mas na ordem após a
ressurreição, o Senhor não estava mais sujeito às limitações do mundo físico e
material do tempo e do^ espaço. Da mesma forma, o mundo, com sua forma natural® de
animais, pássaros e plantas da época da criação, renascerá em uma dimensão
espiritual similar mais elevada do que a primeira criação, mas também diferente
dela. Será uma ordem real que não estará, novamente, sujeita à corrupção e à
degradação. TODA A CRIAÇÃO NA ETERNIDADE A criação natural nascerá novamente
através da ressurreição de Cristo, que salva não apenas o homem. Cristo salva toda
a criação que caiu em degradação na queda do homem. Porque a ardente expectação da
criatura [criação] espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou
sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou na
esperança de que também a mesma criatura [criação] será libertada da servidão da
corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Se isso não significa que
a ordem natural atual das plantas, animais e toda a
natureza aguardam para ser libertas pelo poder da ressurreição de Cristo, então o
que significa? TodgJ|j| natureza aguarda a novd ressurreição espiritual que«j
pertence aos remidos, pois Cristo ESwmteerou pelatíalavra da verdade, para que
fôssemos como primícias dg,s\suas\ criaturas" (Tiago 1:18)^, O próprio Cristo "é a
imaeeM. ^'ÀMÊ&imriÊÊelmo primogênito de toda a criação " (Colossenses 1:15). Como
Cristo pode ser "o primogênito de toda a criação " se não ocorrer também, em Sua
ressurreição, uma ordem de toda a criação de animais e plantas como também parte da
colheita? Cristo é então "a primícia " (o primeiro fruto de muitos que virão). Até
mesmo a própria Terra será regenerada em uma nova ordem, uma vez que "nós, segundo
a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a
justiça" (II Pedro 3:13). Essa nova Terra não terá árvores, flores, animais,
pássaros e todas as belezas da natureza glorificada em uma ordem indestrutível e
muito superior que durará para sempre? E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo
com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão
juntos, e um menino pequeno os guiará. (Isaías 11:6) Essas coisas são tão certas
quanto a Palavra de Deus, pois "aquele que estava assentado sobre o trono disse:
Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são
verdadeiras e fiéis" (Apocalipse 21:5). João disse que viu "a santa cidade, a nova
Jerusalém, que de Deus descia do céu "
(Apocalipse 21:2) em direção à "nova terra" (versículo 1.) Assim como havia um Eden
para o deleite da primeira Terra, assim também, de forma superior, regenerada e
ressurreta a Nova Jerusalém conterá um Eden na nova
A

terra da nova ordem. Esse novo Eden já se encontra no Céu, na Nova Jerusalém que
ainda não desceu, mas que logo virá. AS REALIDADES DO PARAÍSO Talvez a revelação de
tal Paraíso no Céu como as crianças f viram seja algo tão novo para a maioria dos
leitores quanto foi para nós. Isso ocorre porque temos a mente muito entorpecida e
somos lentos em acreditar em tudo o que dizem as Escrituras.
Não ensinamos nada para as crianças sobre o Paraíso. Elas que nos ensinaram.
Algumas das crianças menores, naturalmente mais ignorantes sobre o assunto, foram
os melhores professores. Era claro e evidente que haviam recebido tudo isso do
Senhor, basta comparar com os ensinos da Bíblia. Ela ensina que há um Paraíso no
Céu exatamente como o que as crianças viram. Paulo disse que ele conhecia um homem
que "foi arrebatado ao terceiro céu " (II Coríntios 12:2) e que esse indivíduo "foi
arrebatado ao paraíso" (versículo 4). Nas mensagens do Apocalipse, o Espírito diz
às igrejas: "Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio
do paraíso de Deus" (Apocalipse 2:7). Também vemos que "de um e de outro lado do
rio, estava a
árvore da vida, que produz doze frutos" (Apocalipse 22:2). Então há, na verdade, um
Paraíso no qual flui um rio e há árvores com frutos. Esse Paraíso é um grande
"parque" de maravilhas inigualáveis; exatamente o que a palavra paraíso
s

significa. Paraíso significa "Eden", que quer dizer parque. Então, o paraíso é um
lindo parque. O dicionário bíblico Peloubet fala o seguinte sobre paraíso: "Essa
palavra de origem persa é usada na Septuaginta como a tradução de "Éden". Significa
um pomar de prazeres e frutos, um jardim ou lugar de prazer, como a palavra que
conhecemos como 'parque'.".
Mas esse parque no Céu sequer pode ser comparado a qualquer parque na Terra, pois é
muito maior do que os parques terrenos em extensão e beleza. Os parques mais
bonitos já construídos pelo homem, com paisagens memoráveis, riachos com águas
cristalinas, árvores provedoras de sombra e abrigo, muito verde, variedade de
flores aromáticas, pássaros cantantes e animais saltitantes são apenas imitações
imperfeitas da limitação humana em tentar reproduzir o Eden como era "no princípio
". Se Deus não colocou no coração do homem um amor pela natureza e um desejo por
parques naturais de prazer e frutos, então como poderíamos explicar esse amor
universal pela natureza que tem estado no coração humano desde os primórdios da
História? Todo o esforço do homem para preservar as
belezas naturais desse mundo amaldiçoado e perecível^ seria apenas uma ilusão vã de
poucos anos? Nosso amor pelos pássaros, animais, flores, árvores, montanhas, vales,
lagos, rios e tudo o que foi criado por Deus é apenas uma distração passageira dada
pelo Senhor para aliviar-nos um pouco nessa jornada cansativa? As combinações mais
sublimes de tudo o que é lindo na natureza não são apenas um mero prenuncio das
realidades ilimitadas no Paraíso celestial de Deus?
As belezas naturais não servem apenas de cenário em nossa caminhada. Na verdade,
são sinais de Deus, apontando para um Eden de beleza no fim da jornada. O amor pela
natureza pode tornar-se um amor eterno, muito além de todos os limites naturais
para aqueles que | vencerem pelo sangue do Cordeiro, e que, por fé, adentrarem os
portões da cidade cuja beleza nunca será estragada pelo pecado. Estou certo de que
você ficará bastante interessado, assim como nós ficamos, em tudo o que nossas
crianças viram no paraíso, o Eden, na cidade além do céu. Um dos jovens esteve do
Paraíso assim que entrou na cidade celestial, onde foi recepcionado por dois
meninos do Lar Adulão morreram região que na de
Hokow. Esses« meninos, conversando com ele ao andarem pelo Paraíso e outras partes
da cidade santa, logo chegaram a um bosque grande e aberto, com grama verdinha,
cercado por árvores magníficas. Todo o cenário era tão fascinante que o jovem disse
| a seus amigos glorificados: I. Isso é demais para mim. Não pode haver nada mais
belo do que isso. Ficarei por aquijft
II. Não, não espere aqui. Pois há maravilhas maiores ainda - disseram os meninos,
qu§?içhegaram lá antes delí| Prosseguindo um pouco mais, deparou-se com árvores
ainda mais maravilhosas, algumas delas carregadas de frutos. Todo o cenário
semelhante a um parque, jpfm um lindo gramado sob as arvores, era mais fascinante
do que a capacidade da compreensão terrena. III. Quero ficar aqui. Não posso ir
embora e deixar para trás tanta beleza. Como estou feliz! - disse o jovem. IV.
Venha - disseram os outros. — Há muito mais para ver no Céu.
V. Vão vocês - ele replicou. — Quero ficar aqui um pouco mais. Os outros o deitaram
no campo sob as árvores com um amplo campo verde e aveludado diante dele. Uma
sensação de alegria e felicidade como ele nunca antes conhecera percorreu todo o
seu ser. Ele estava na terra da alegria, "a terra que é mais clara que o dia". De
vez em quando, passava um anjo, tocando harpa e cantando. Um anjo sorriu para ele e
ofereceu-lhe a harpa. I. Não sei tocar - ele disse. Então o anjo foi embora. Mas
outros anjos vieram, sorrindo para ele ao tocar e cantar. Os anjos usavam vestes
alvas sem costura; eles tinham um rosto perfeito, um mais bonito que o outro. II.
Quando eles sorriam... oh, mal posso descrever disse o garoto mais tarde. —
Não há nada na Terra que descreva o sorriso de um anjo. Belíssimos e similares
cenários do Paraíso foram vistos repetidamente por várias das crianças do Lar
Adulão. No Paraíso, elas viram árvores carregadas com os mais deliciosos frutos e
as flores mais lindas de todas as cores, exalando o aroma da fragrância celestial.
Havia pássaros de plumagens gloriosas entoando canções de alegria e louvor. Nesse
parque, também havia animais de todo tamanho e forma: corças grandes e pequenas,
leões enormes, coelhos adoráveis e todo o tipo de pequenos e dóceis animais que
nunca haviam visto antes. As crianças seguravam os animaizinhos nos braços e
passavam-nos de mão em mão. Encontraram um leão deitado pacificamente sob os pés de
uma árvore e subiram em suas costas, correram os dedos por sua volumosa juba,
acariciaram sua face e colocaram a mão em sua boca. Se l quisessem, poderiam ter
ficado deitadas ao lado dele para desfrutar juntos do amor do Criador em comum. Por
que não? "E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e
o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno
os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos se deitarão juntos, e o
leão comerá palha como o boi" (Isaías 11:6-7). As crianças menores cavalgaram em
uma corça pequena, enquanto as outras montaram corças mais robustas ou dóceis
elefantes. Tudo era amor perfeito. Tudo era extremamente

O PARAÍSO 69
harmonioso. Quanta alegria! Quantas crianças rindo! Quem, a não ser nosso Pai
celestial, poderia ter pensado ou planejado um paraíso assim? Quando tinham fome,
as crianças comiam os maravilhosos frutos livremente, maná refrescante espalhado
por todo lugar. E se tivessem sede? Havia diversas bicas da renovadora e
refrescante água da vida. Nos bosques que ficavam em meio às arvores, flores e
animais do paraíso, as crianças viram grupos de remidos dançando e tocando
trombetas com os anjos. As vezes, elas se juntavam aos grupos felizes e festivos,
compostos de crianças pequenas, grandes e
V
adultos; mas não havia ninguém velho. Que cenário celestial! Que cantores
celestiais! Que alegria entre os anjos e os remidos! Os anjos apontavam para
Abraão, Davi e Daniel, os profetas, os anjos e os mártires de tempos antigos. Elas
viram Pedro, Tiago, Paulo e outros dos quais o mundo não foi digno. Um garoto nosso
da pobre tribo de Miao viu sua tia e sua irmãzinha que já haviam partido para o
paraíso. Pegando nossos meninos pela mão, estava nossa querida irmã chinesa Mary,
que havia morrido em Kotchiu, e que agora estava junto com eles no Céu. O QUE
ACONTECE NA HORA DA MORTE Lembrome muito bem de como um dos nossos garotos recebeu
uma visão do que acontece na hora em que um cristão morre. Enquanto amigos e
parentes se reúnem no leito de morte da pessoa, um anjo
fica ao lado da cama aguardando a liberação da alma do cristão. Quando a pessoa é
liberta do corpo físico, um anjo a pega pelo braço e sobe com ela para o Céu. Os
principados e potestades do mal ficam nas regiões celestiais tentando impedir a
passagem do anjo, mas são vencidos pela fé e pelo louvor do anjo, que continua
ascendendo em direção à cidade celestial. Ao receber as boas-vindas nos portões
celestiais, o novo morador é recepcionado por hostes angelicais cantando, dançando
e regozijando, todos unidos para dar- lhe as saudações reais na cidade eterna dos
remidos. Visões como essas somente têm confirmado nossa fé na Palavra de Deus e na
promessa de vida eterna através de Cristo Jesus.Capítulo 6
Anjos Entre Nós
Os derramamentos do Espírito Santo sobre os jovens no Lar Adulão eram quase sempre
com a visão de anjos entre nós. Nesse aspecto, é importante nos lembrarmos de
alguns ensinos bíblicos sobre os anjos. As Escrituras ensinam que os anjos são
parte integrante na ministração do Espírito Santo. Uma vez que "os espíritos [ou
anjos] dos profetas estão sujeitos aos profetas" (I Coríntios 14:32), os anjos têm
participação na proclamação profética quando um profeta fala sob inspiração do
Espírito Santo. As visões que João teve em Patmos e as revelações que ele recebeu
lá enquanto estava "no Espírito"
lhe foram dadas por meio de um anjo (ver Apocalipse 1:1,10). Dessa forma, os anjos
estão envolvidos com as revelações, com o recebimento de visões através do Espírito
Santo. O MINISTÉRIO DOS ANJOS Toda igreja verdadeira tem, talvez, um anjo especial
para ministrar à igreja especificamente (ver Apocalipse 1:20). Toda pessoa salva
tem um anjo para ministrar-lhe (ver Hebreus 1:14; Atos 12:15). Toda criança tem o
ministério dos anjos, pois os anjos das crianças têm constante acesso ao trono de
Deus no Ceu (ver Mateus 18:10). Os anjos sempre nos vêem, apesar de raramente nós
os vermos. Eles também se diferem em patentes (ver I Coríntios 4:9). Tanto o Antigo
quanto o Novo Testamento fornecem
provas suficientes em relação à realidade do ministério dos anjos no Lar Adulão.
Ouvimos relatos de visões de anjos resgatando pessoas de demônios que as
aprisionavam com correntes tenebrosas e as arrastavam para o inferno. Os anjos,
então, ao que parece, têm uma participação na salvação dos perdidos. Como os anjos
levaram as crianças ao Céu e as acompanharam pelas ruas de ouro e pelas glórias do
Paraíso, parece ' que eles têm algo a ver com as visões dadas às crianças do Lar
Adulão. Como grande parte das crianças falava em outras línguas ao dançar e cantar
com os anjos, talvez eles tenham a ver com o falar em línguas estranhas, pois é
possível falar "as línguas... dos anjos" (I Coríntios 13:1) quando ocorrem
derramamentos poderosos do Espírito.
As crianças também tiveram visões de miríades de > anjos voando nos céus e, às
vezes, elas também os viam I voar do Céu para a Terra.
N

As vezes, quando a presença do Espírito Santo se manifestava de forma especial,

muitas crianças viam anjos próximo ou dentro do recinto. Quando elas eram impedidas
por alguma força demoníaca, viam anjos vindo libertá-las. Em ocasiões em que havia
forte sensação da abençoada presença do Senhor em nosso meio e uma doce harmonia e
amor nas reuniões, sobre o cômodo pairava um enorme anjo, enquanto todo o ambiente
era« rodeado
por anjos menores posicionados lado a lado, encostados tanto à direita quanto à
esquerda uns nos outros, não permitindo uma única abertura em todo o círculo para a
entrada de qualquer demônio. Nessas ocasiões, quando uma ou mais crianças via o|
anjo militando a nosso favor, não havia mais visões de demônios no local, os quais
podiam ser vistos antes. Certa noite, quando o anjo estava nos protegendo em
perfeita
posição, as crianças disseram que podiam ouvir os demônios fora do círculo irados e
revoltados por não poderem atrapalhar a abençoada comunhão no Espírito Santo que
havia dentro do círculo de anjos. Os garotos em Kotchiu também viram esse círculo
de anjos
.Jamais esquecerei da abençoada sensação da forte presença de Deus que havia
naquelas reuniões nas quais as crianças viam o anjo sobre nossos queridos, que
estavam imensamente felizes e cheios do Espírito. O anjo olhava de cima para nós,
com o rosto iluminado virando- se de um lado para o outro para checar se não havia
mesmo entre os anjos qualquer brecha pela qual os poderes das trevas pudessem
entrar. Questiono-me se o anjo sobre nós não era um anjo especial designado para o
Lar Adulão e se os anjos menores, de patentes inferiores, não eram nossos anjos da
guarda

. .ÜUC.O 1-
pessoais. De qualquer modo, as crianças viam os anjos. Seus olhos costumavam estar
fechados ao vê-los, mas eventualmente também os anjos podiam ser vistos com as
crianças de olhos bem abertos. Acreditamos, sem sombra de dúvida, que estávamos
verdadeiramente na presença de anjos.

. .ÜUC.O 1-
Capítulo 7

Visões do Inferno
Nenhum observador criterioso que estivesse conosco naquelas semanas de poderoso
derramar do Espírito Santo poderia duvidar de que há dois reinos em constante
conflito. Tão certo quanto os anjos ministradores e o Espírito Santo conduzem a um
Reino de luz, os demônios tentam causar impedimentos, uma vez que o diabo preside
um governo de espíritos malignos em um reino de trevas. Através dessas visões, um
reino era algo tão real para nós quanto o outro. E o homem claramente estava sendo
revelado como o campo de batalha. A Bíblia ensina que há patentes superiores e
inferiores de espíritos malignos e que
nosso conflito não é "contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados,
contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes
espirituais da maldade, nos lugares celestiais " (Efésios 6:12). Tanto o Antigo
quanto o Novo Testamento ensinam a realidade do reino das trevas e a realidade dos
demônios. Relatei como demônios foram expulsos de um homem e como o demônio maior
foi visto correndo pelo lugar bastante irado, por fim atacando o professor que
observava tudo, lançando-o ao chão. Nesse evento, dois garotos viram esse grande
demônio, escuro e em forma humana, entrar no professor. Depois que o demônio fora
expulso e confrontado no recinto por um jovem cheio do Espírito, muitas crianças o
viram refugiar-se
temporariamente atrás de algumas pequenas árvores em nosso quintal. O demônio
estava acompanhado por outro da metade do seu tamanho e ambos puderam ser vistos
pelas crianças que estavam orando. Algumas delas oravam com os olhos fechados e
outras com os olhos abertos, mas todas viram as mesmas coisas ao mesmo tempo.
Comparando os relatos, a aparência dos demônios era idêntica para todos.
CONFRONTANDO OS DEMÔNIOS Em nossa casa de abrigo, o Lar Adulão, tínhamos uma jovem
que estava evidentemente aberta a atividades j demoníacas. Ela disse que antes de
chegar era sujeita a "desmaios" ou ataque de inconsciência. Pouco tempo depois que
chegou, ela e algumas outras garotas haviam saído para caminhar nos arredores da
cidade e, no caminho de volta, uma das novatas, parcialmente cega e um pouco lenta,
acabou ficando
para trás, perdendo-se. A menina mais velha, que havia voltado para encontrar a que
se perdera, após encontrá-la, caminhava com a outra para casa quando viu três
demônios na sua frente, a poucos passos de distância. Um era "tão alto quanto uma
porta" e estava acompanhado por outros dois do tamanho de meninos de doze anos.
Todos os demônios tinham uma aparência escura, com olhos enormes e um rosto
aterrador. Os dois demônios menores, aparentemente subordinados ao maior, seguiam-
no e obedeciam-no. A garota ficou apavorada com o que viu. O demônio maior, ao
aproximar- se, tocou em sua cabeça. Ela se sentiu tonta, quase ficando inconsciente
e sem poder andar. Ela mal podia enxergar a rua e teve de ser conduzida para casa
pela garota que havia voltado para procurá-la.
Ao chegar em casa, ela melhorou um pouco. Instantes depois, enquanto jantávamos,
alguém entrou dizendo que a garota atacada estava inconsciente em seu quarto. Nós a
encontramos prostrada no chão, respirando como se estivesse em sono profundo, mas
não conseguíamos acordála. Depois de orarmos por ela, todos fomos para a reunião de
oração que fazíamos todas as noites. Logo a garota ficou perfeitamente bem. Ela
disse que parecia ter sido acorrentada e arrastada para baixo, por demônios, em uma
enorme ladeira escura, enquanto ela orava o tempo todo em silêncio. Subitamente, a
menina percebeu que o Senhor a havia libertado e que ela podia novamente despertar.
Assim que. retomou a consciência, sua mente clareou. Ao sentar-se em sua cama
sozinha no quarto, ela viu novamente os três demônios que havia encontrado na
estrada dentro do quarto. Mas agora ela não sentiu mais medo, pois sabia que o
Senhor
podia vencê- los. De forma apropriada, ela expulsou os demônios "em nome de Jesus".
Ao retrocederem com relutância, um passo de cada vez, ela continuou a invocar o
nome de Jesus até que foi capaz de fazê-los sair em retirada pela enorme porta
chinesa na entrada da propriedade. Nos meses seguintes em que ela esteve lá conosco
não teve mais nenhum "desmaio" ou ataque de inconsciência. VENCENDO O MEDO DE
DEMÔNIOS Quando havia manifestações que não entendíamos, continuávamos orando e
confiando no Senhor, mas não interferíamos até que tivéssemos certeza do que fazer.
Depois das oito semanas de maravilhosas manifestações do Espírito Santo, estávamos
ainda mais gratos por termos permitido tal libertação entre as crianças. Vimos como
o Senhor de maneira maravilhosa as conduziu e coisas que não
entendíamos no início provaram fazer parte do plano de Deus de dar-nos as mais
preciosas e magníficas revelações. Enquanto algumas das crianças tinham um tempo
abençoado com o Espírito Santo, outras dormiam ao tentar orar. As que estavam
debaixo da unção costumavam ver demônios junto às que ficavam sonolentas e não
conseguiam orar. Elas viam demônios entrando por uma
t

porta ou janela aberta. As vezes, viam demônios se reclinando preguiçosamente sobre

a mesa ou sobre um sofá que havia no recinto. Sob a unção do Espírito Santo, as
crianças, com os olhos fechados, em nome de Jesus, mandavam os demônios embora do
lugar e perseguiamnos até que estivessem do lado de fora da porta ou da janela.
Elas geralmente acompanhavam a saída dos demônios, abrindo uma das portas, a da
frente ou a dos fundos, e expulsando-os da propriedade. Quando os demônios
apareciam, eles costumavam ser vistos por diversas pessoas ao mesmo tempo. Algumas
das crianças já haviam visto demônios antes. Descobrimos que, apesar de todo o
nosso ensino sobre o Senhor, elas ainda tinham muito medo de demônios, evitando
entrar sozinhas no quarto à noite e cobrindo a cabeça quando iam dormir. Através
dessas revelações, no entanto, as crianças descobriram que os maiores e mais
ferozes demônios não podiam nem mesmo com a menor das crianças cobertas com o
sangue de Jesus. Então, Dela primeira vez, tivemos a felicidade de ver que muitas
das crianças chinesas haviam
perdido o medo que tinham de demônios, não tinham mais medo do escuro e nem de
dormir com a cabeça descoberta. Conforme descrito pelas crianças, os demônios
vistos se pareciam com os ídolos demoníacos dos templos chineses. De acordo com a
Bíblia, e com os chineses, toda idolatria é adoração de demônios. Construir ídolos
que representavam demônios era uma tentativa de reproduzir a aparência dos demônios
visualizados. As crianças viam demônios "do tamanho de uma porta", com queixo
pontudo e a cabeça cheia de verrugas. Havia outros de aparências diferentes também,
com a metade do tamanho. Havia outros bem menores, com cerca de 60cm, e alguns que
mediam apenas poucos centímetros e que acompanhavam os demônios maiores.
Os demônios maiores, com olhos arregalados e aparência assustadora eram os mais
temidos por terem o poder de amarrar os cativos e levá-los ao inferno. As hostes de
potestades do ar e seus dominadores das trevas, em cooperação com os demônios sobre
a Terra, foram vistos por várias testemunhas do Lar Adulão, conforme descrito a
seguir: O governo das hostes do mal fica nas regiões celestiais
.Há tronos dos quais anjos do diabo exercem seu governo satânico sobre a Terra. Há
diversos tipos de dominadores das trevas. Alguns são maiores que outros; há
diferentes tipos de vestimentas, coroas, expressões faciais, disposições e
autoridade. Em comum, todos possuem uma aparência diabólica e agem conforme se
espera das hostes de Satanás. Esses dominadores do mal estão em constante atrito
entre si, cada um ressentindo-se da autoridade dos mais elevados em poder, com
ciúmes e cobiçando os tronos de maior patente. Os

UV

vibUEb /1LEM DO
que estão em posições mais elevadas tentam manter o cargo, não pelo consentimento
das ordens inferiores, mas somente por causa de seu poder e malignidade superiores.
Os grupinhos e indivíduos estão A em constante conflito e contenda.
UV

vibUEb /1LEM DO

Todos têm coroas que representam as diversas ordens e patentes. Todos desejam estar
nas posições elevadas e supervisionar a obra do mal sobre a Terra, em vez de
descerem ao mundo para realizarem tarefas delegadas às forças demoníacas de baixo
nível. Os que estão nas posições mais elevadas assentam-se em tronos nas regiões
celestiais, governando sobre inúmeras hostes de espíritos malignos, os quais são A
enviados à Terra para
seduzir seus habitantes, resistir às ^ forças da justiça, fortalecer os lugares
vulneráveis nas forças demoníacas da Terra e, também, para amarrar e arrastar para
o inferno a alma de homens impiedosos quando estes morrem.
UV

vibUEb /1LEM DO
Apesar de esses demônios perversos serem capazes de voar até os portões da Nova
Jerusalém no alto Céu, descer à Terra e voar pelos ares, o centro em que se reúnem
aos milhares é na região dos tronos de autoridade nasregiões celestiais. Lá, hostes
malignas de espíritos perversos de todos os tamanhos voam de um lado para outro ou
se movem deliberadamente. Uma auréola envolve os anjos malignos das patentes mais
elevadas. Todos são similares em alguns aspectos:posssue m asas, coroas e pertencem
às
regiões celestiais. Os mensageiros delegados vão à Terra somente por tempo
limitado. Assim que cumprem suas missões malignas, voltam para as regiões
celestiais. As hostes de espíritos malignos sobre a Terra são muito diferentes das
que voam pelas regiões celestiais. Os que ficam na Terra não possuem asas; podem
andar e correr com rapidez, podendo mover-se livremente e, ao que parece, nunca
deixam a Terra. Também variam de tamanho - de poucos centímetros a três metros ou
mais - possuem vestes de cores berrantes com muitas listras e capuzes ornamentados.
Alguns, no entanto, usam vestes sujas ou farrapos.
Alguns desses demônios na Terra possuem pouco poder e são de ordens praticamente
inofensivas. Outros, no entanto, são de grande estatura, de aparência assustadora e
possuem muito poder. Os que estão sobre a Terra resistem à obra dos justos e ao
trabalho dos anjos no meio deles. Em um desses conflitos com um anjo, os demônios
terrenos de maior patente, auxiliados pelos de posições inferiores, uniram-se
contra o mensageiro de Deus, tentando acertá-lo com clavas, espadas e outras armas.
Por fé e louvor ao Senhor, o anjo resistiu ao ataque a ponto de nada atingi-lo e
nenhum mal poder tocá-lo. Os demônios de poder inferior, permanecendo um tanto
distantes e observando o conflito, ao verem que seus companheiros não estavam tendo
êxito no ataque, pediram às forças do mal nas regiões celestiais para que mandassem
como reforço mais anjos do diabo. Em resposta, uma divisão de dez deles foi enviada
e, ao aproximar-se, foi
recebida com palmas e brados pelos demônios. Quando os demônios enviados chegaram
ao local do conflito, os menos poderosos, permanecendo à distância, ficaram quietos
em respeito à presença da delegação satânica que acabara de chegar e que agora
entrara em conflito com o anjo. A essas forças, o anjo também resistiu com louvores
e fé até que, de repente, a glória de Deus desceu e derrotou por completo todas as
hostes malignas. VISÕES DA HORA DA MORTE O mesmo garoto que teve a visão do cristão
morrendo também teve uma visão do que acontece na morte de um descrente. Ele viu um
homem vagando entre um lugar e outro da Terra, até que um dos anjos do diabo veio
com correntes, aprisionou-o e conduziu-o à força ao inferno. Outro garoto teve uma
visão da morte de um professor
cristão que havia conhecido o Senhor, mas não se arrependera de verdade. Esse caso
foi ainda pior. Quando o homem morreu, os demônios aguardavam em seu leito de morte
com um prazer diabólico pela liberação da alma do homem que se autodenominava
cristão, mas que não passava de um hipócrita. Os demônios começaram a amarrá-lo
antes mesmo que ele houvesse se desligado por completo do corpo, e terminaram de
fazê-lo no minuto em que o homem dera o seu último suspiro. O homem hipócrita não
teve sequer um momento de liberdade para vagar pela Terra. Sendo objeto de zombaria
nas mãos dos demônios algozes, em total terror, o homem foi de uma vez tragado e
arrastado para o inferno. Todo homem ímpio se torna um tipo especial de esporte nas
mãos
de demônios que, ao prendê-lo em correntes, o arrastam pela Terra, o levantam pelos
pés somente para soltá-lo e vê-lo cair no chão, e então o arrastam de um lado para
o outro como um cachorro morto. Depois que seus captores se cansam da brincadeira,
o homem é levado por uma estrada escura em direção às profundezas do inferno.
OLADRÃO Neste momento, gostaria de relatar sobre um dos nossos garotos que havia
sido dispensado de ser menino de recado por um oficial das forças armadas e ficou
vivendo nas
ruas de esmolas e pequenos furtos. Depois de vê-lo mendigar nas ruas por vários
dias, nós o levamos para o Lar Adulão. Ele prometeu que se endireitaria, passou a
demonstrar decência, ouviu o evangelho por um tempo considerável e professou
arrependimento. Diferentes itens começaram a desaparecer de dentro do Lar Adulão,
mas ninguém conseguiu identificar o ladrão até que o tal garoto foi pego fugindo
para vender alguns objetos roubados. Tivemos de mandá-lo embora do Lar
.Depois de viver vários meses como pedinte, tempo durante o qual o garoto
repetidamente prometeu que se endireitaria se permitíssemos que voltasse, nós lhe
demos uma segunda chance. O Senhor também havia lhe dado outra chance, pois
ocorriam manifestações visíveis do Espírito Santo e revelações sobrenaturais o
suficiente para purificar, até mesmo, a vida do pecador mais insubordinado. O
próprio garoto experimentou a unção do Espírito Santo, quando Senhor tratou com ele
diretamente acerca de seus pecados e mostrou-lhe o melhor caminho.

VISÕES ALÉM DO
Apesar de tudo isso, o menino fugiu e juntou-se a uma gangue de rua de pivetes que
viviam de esmolas e furtos. Alguns meses depois, ele caiu e quebrou o braço, e por
á fim uma infecção se estabeleceu. Ele estava perto de morrer quando um funcionário
de um hospital o recolheu. No hospital, ele era tão desobediente que acabou sendo
mandado embora e foi deixado sozinho para morrer nas ruas. Vindo a nós com
promessas de arrependimento, tivemos compaixão dele e o aceitamos mais uma vez.

VISÕES ALÉM DO
Com o passar dos dias, ele apenas se tornou cada vez pior. Na véspera da sua morte,
fui acordado por gritos estranhos que pareciam uivos de algum animal selvagem. No
dia seguinte, quando o garoto morreu, eu estava fora de casa. Ao deitar-se
agonizando na cama, demônios tenebrosos e ansiosos vieram esperá-lo. Quando a alma
deixou o corpo do garoto, ao ver seus algozes, ele se desesperou e gritou
completamente tomado de terror com tudo o que pôde: "Sr. Baker, socorro! Socorro!
Socorro! Oh, Sr. Baker, venha
depressa! Sr. Baker, Sr. Baker! Socorro, eles estão me prendendo com correntes!
Vieram para me buscar. Socorro, socorro, Sr. Baker, socorro! Oh,oh, socorro!
Socorro! Estão me prendendo com correntes. Socorro! Socorro! Oh, oh, oh, socorro!
Oh—socor...". AS REALIDADES DO INFERNO Diversas vezes, as crianças tiveram visões
do inferno e do lago de fogo. Quando alguém estava pela primeira vez sob a unção do
Espírito, costumava ter uma visão do inferno. De maneira geral, ele era preso com
correntes por demônios e conduzido pela região das trevas. Algumas crianças puderam
ouvir demônios por todos os lados naquele lugar. Se fossem muito longe, podiam ver
uma luz turva à distância, o que provou ser
reflexos do lago de fogo. Algumas crianças eram arrastadas até tão perto que podiam
ver o lago de fogo bem à frente. Todo o tempo elas clamavam pelo sangue de Cristo,
declarando que não obedeceriam e não se sujeitariam à escravidão imposta pelos
captores. Elas criam que Jesus as salvaria. Elas nos relatavam que nesse clímax,
quase chegando ao lago de fogo, o Senhor intervinha com Seu sangue salvador. A
Bíblia retrata o inferno como um lugar de escuridão e trevas, e ensina que parte
dos anjos do diabo está agora retida em correntes tenebrosas aguardando o
julgamento. As crianças não viram apenas as trevas no inferno, mas também o lago de
fogo, o qual era sempre alcançado através de uma região de
trevas tenebrosas. Na visão, elas eram conduzidas à margem de um grande lago de
fogo derretido, como lava, em um abismo semi-escuro do qual emergiam nuvens de
fumaça. Quando a fumaça impregnava o ambiente, o fogo no lago se tomava menos
distinto. Quando a fumaça se dispersava um pouco, o lago de fogo, com chamas
vermelhas e verdes, e os que eram lançado lá dentro podiam ser vistos
distintamente. Enquanto as crianças espreitavam esse buraco no inferno, nós as
víamos se segurando bem firme em algum móvel ou colocandose de quatro, encurvando-
se com extremo cuidado para observar as regiões do inferno. Elas olhavam por um
momento e então recuavam, com medo de cair. Ficavam horrorizadas com o que viam.
Então, com muita cautela, observavam mais uma vez e recuavam. Às vezes, as crianças
deitavam de barriga para baixo, a fim de evitar que escorregassem e caíssem ao
observar na beira do lago de fogo. Os perdidos podiam ser vistos indo para o
inferno. Alguns caíram, outros eram jogados da margem e alguns estavam presos por
correntes demoníacas e eram lançados no inferno. Um garoto viu grupos de perversos
presos em feixes, prontos para serem lançados na fornalha ardente. Quando o fogo
diminuiu e a fumaça baixou, os ( lamentos dos que estavam naquela situação
desesperadora podiam ser ouvidos. Sempre que o fogo aumentava e a fumaça subia um
pouco, havia gritos e prantos de agonia. No lago de fogo, havia oceanos de mãos
erguidas pedindo ajuda. Os que
estavam lá em baixo imploravam para que os que estavam lá em cima, observando-os,
fossem resgatá-los. Nós que observávamos as crianças durante as visões, podíamos
ouvi-las conversando com essas pessoas como é possível ouvir claramente alguém
conversando ao telefone e escutar somente um lado da conversa. Podíamos ouvir
claramente diálogos como este: Não posso ajudar você. Não, não posso fazer nada por
você. Mas quando você estava vivo, não quis obedecer ao evangelho. Não, agora é
tarde demais. Antes de você vir para cá, eu preguei para você, mas você zombou de
mim e desprezou Jesus. Agora sabe que eu estava lhe dizendo a verdade.
Não, não posso fazer nada. E o julgamento de Deus. Se você tivesse obedecido,
estaria agora desfrutando do Céu conosco. Depois dessa conversa, por pura
misericórdia, as crianças foram conduzidas a desfrutar da presença de Jesus no Céu
ou da glória das ruas de ouro do paraíso de Deus. Vemos na Bíblia que Lázaro podia
ver o homem rico no inferno sendo atormentado pelas chamas, e que o rico podia
falar com Lázaro, mas não podia atravessar o abismo. Quando Cristo reinar como Rei
dos reis sobre a Terra, as nações de remidos poderão olhar os perdidos. Um garoto
viu sua avó no inferno, a quem ele havia
tentado ganhar para Cristo. Ela havia sido uma feiticeira e homicida que se opunha
ao evangelho que era pregado na vila em que morava. Ela impediu muitos de receberem
a luz. Outras crianças também tiveram visões de parentes no inferno. Não houve
nenhuma visão de quem quer que fosse ao Céu ou cujo nome estivesse na entrada das
mansões que ficavam na rua de ouro que não cresse em Jesus. Todos os que se
encontravam no inferno eram descrentes. Certa noite, o Senhor trouxe uma profecia
maravilhosa por meio de um garotinho. Dentre muitas outras coisas, ele disse: Não
haverá ninguém no Céu além dos que crêem no evangelho.
Depois de o Senhor ter levado as crianças pelas mais fantásticas e sistemáticas
lições no Espírito Santo, praticamente todas por fim chegaram a uma estrada na qual
havia uma bifurcação. Nessa visão, repetida a ponto de jamais poder ser esquecida,
a pessoa parecia estar em uma bifurcação que levava a dois grandes caminhos. Um
deles era o estreito caminho da vida, que leva ao Céu e à glória. O outro era um
caminho largo em direção ao inferno e à destruição. Multidões de pessoas apressadas
e ocupadas — atoladas com coisas a fazer, com grandes cargas de pecado e correndo
para cuidar das preocupações da vida — passavam em filas imensuráveis e
incontáveis. A criança pregava nessa bifurcação. Mais uma vez, pudemos ouvir o lado
dela na conversa:
Oi, amigo! Espere um minuto. Preciso falar com você. Não vá pelo caminho largo, ele
conduz ao inferno e à ruína. Já estive lá e vi o inferno com meus próprios olhos.
Pare aqui mesmo nesse cruzamento e deixe que Jesus remova seus pecados. A partir da
cruz de Cristo, você pode mudar para aquele outro caminho, que conduz ao Céu e à
vida e à alegria eternas. Oh! Aquele não quis acreditar. Preferiu continuar no
caminho largo! Que pena! Vou abordar outra pessoa e ver se esta crê. Ei, você!
Espere um minuto! Não siga a multidão! Não sabem para onde estão indo! Esse caminho
leva à destruição; vai em direção ao lago de fogo. Por favor, não vá por aí! Vim
até aqui para impedir o máximo de vocês que puder e trazerlhes esse alerta. Mude de
caminho agora mesmo, permita que Jesus remova seus pecados e venha conosco pelo
caminho que conduz ao Céu, onde Deus está. Oh, ele também não quis! Ali vem outro.
Espere um instante! Abandone a multidão. Não percebe que é um caminho sem volta?
Para onde eles vão, não há como voltar. E o caminho largo que leva ao inferno. Pare
aqui pelo poder da cruz, creia no evangelho da salvação através do sangue de Jesus
e você será salvo. Não há nenhum outro caminho à frente. Aquele ali é o único que
conduz ao Céu. Volte agora mesmo ou ficará perdido para sempre também. Oh, que
pena! Não acreditou em mim. Lá vai ele com os outros. Em um determinado momento, o
jovem pregador decidiu, como ninguém acreditava nele, seguir a multidão
voluntariosa e ver o que aconteceria.
Quando chegou com a multidão às margens do lago de fogo no inferno, nós o ouvimos
dizer: —Vejam aquela multidão caindo no inferno! Ninguém consegue escapar! E para
lá que irão todos você!
s

Aproximando-se lentamente da beira do abismo e inclinando-se para olhar o lago com

sua multidão de sofredores, o pregador disse: —Agora, não posso mais ajudá-los. Eu
lhes falei sobre isso lá na bifurcação, mas não me deram ouvidos. E ainda
continuariam sem crer, mesmo se eu os tirasse daí. Não, não há
nada que eu possa fazer agora. Se tivessem ouvido quando eu lhes adverti, o Senhor
os teria i salvado. Mas preferiram vir e caíram aí dentro porque não deram ouvidos.
Não, não posso. Irei voltar à bifurcação e ver se alguém me ouvirá. Tentarei
impedir que alguns venham para cá a todo custo. Por vezes, ele acabava tendo êxito
em persuadir alguém a ouvir. Então dizia:
— Agora, vá até os pés da cruz de Jesus e faça a' seguinte oração: "Jesus, sou um
pecador. Eu estava a caminho do inferno. Eu mereço o inferno. Essa bagagem enorme
que carrego é só de pecado. Perdoe meus pecados e ensine-me a viver somente para
Tua glória. Amém". Havia muita alegria quando um pecador era salvo e começava a
trilhar o caminho estreito, enquanto o pregador ia tentar resgatar outro viajante
preso no engano. Essas visões, com algumas variações, ocorriam diversas vezes,
deixando claro que a salvação somente! ocorria por arrependimento e fé no sangue de
Cristo, por meio da pregação do evangelho. Muitos eram chamados, poucos eram
salvos. O caminho que leva à
destruição é largo e multidões passam por ele; mas o caminho da vida é estreito e
poucos são os que o encontram. Também ficava igualmente claro que o cristão deve
cumprir seu papel na bifurcação e persuadir e alertar as pessoas com o máximo de
esforço. Já relatamos como meninos, inclusive menores, os os

saiam naquela época e pregavam nas ruas com a unção do Espírito Santo, às vezes sob
uma inspiração direta que nunca testemunhamos antes. Encerrarei este capítulo com a
história do universitário que chegou a uma bifurcação.
Do outro lado da rua, de frente para o nosso portão, morava um universitário que
iria graduar-se naquele ano. Eu conversava com ele, convidando-o para vir e
discutir assuntos da Bíblia e do cristianismo de maneira amigável. Ele veio alguns
dias e tinha certeza de que ele havia sido convencido da verdade que eu lhe
pregara. As dúvidas que ele levantava pareciam ser respondidas de maneira
satisfatória para ele. Por meio dele, tive a chance de falar com outros
universitários durante as férias letivas (foi na mesma época em que estávamos
experimentando o poderoso derramar do Espírito Santo no Lar Adulão). Os estudantes
eram receptivos e senti que meu amigo universitário via claramente a verdade do
evangelho. Mas, apesar de ser muito educado, ele não estava inclinado a aceitar
essa
verdade e não parecia gostar da forma amigável como os outros estudantes respondiam
às discussões bíblicas. Certa manhã, quando uma das nossas garotas estava do lado
de fora do portão da frente, ocorreu de o estudante universitário sair também. A
garota começou a dizer-lhe que ele precisava tornar-se cristão, de maneira simples,
insistindo que ele cresse em Jesus para salvá-lo de seus pecados, torná-lo um bom
homem, salvá-lo do inferno e conduzi-lo ao Céu. — O que eu ganho me tornando um
cristão? - ele disse — Não preciso ser salvo.
—Você pode de uma hora para outra morrer em pecado- a garota respondeu e assim irá
para o inferno. — Quem você pensa que é? - zombou o estudante. — Você não passa de
uma menina ignorante, uma mendiga inútil. O que pensa que está tentando fazer? Está
tentando ensinar-me algo quando você nem mesmo é digna de conversar comigo! Sou um
estudante universitário. Sou inteligente. Li muitos livros e estive por anos em
Pequim. Posso falar e ler em inglês tanto quanto em chinês. Então ele cuspiu na
cara dela e disse-lhe para cuidar da própria vida.
Duas semanas depois, ouvi os sons de uma procissão de funeral na rua da frente.
Fiauei surpreso ao saber aue estavam carregando o universitário para ser enterrado.
Eu o havia visto na rua há apenas alguns dias. Um dos garotos disse que quando
havíamos saído para pregar alguns dias antes, ele ofereceu um folheto ao rapaz, que
não quis aceitar.
Eu nada sabia sobre essa conversa com uma de nossas . meninas. Cerca de um mês
depois, ela estava fortemente sob o poder do Espírito Santo. Depois de receber as
visões do Céu e das glórias dos remidos, ela parou e inclinou-se para ver o
inferno. Eis o que a ouvi dizer:
— Ah! Estou vendo o inferno. Não, não posso. Não tenho como ajudar você agora. A
sua situação é realmente trágica. Você agora se parece pior do que um maltrapilho,
todo sujo, imundo e sofrendo no lago de fogo. Na verdade, você está pior do que
qualquer mendigo que já vi. Pensei que você havia me dito que era inteligente e que
tinhauma excelente educação. Onde está sua educação agora? Bem, não posso ajudá-lo
mesmo se você me pedisse desculpas. Pode até ser, mas eu não tenho poder para isso.
Não, somente Jesus poderia salvar você, mas quando eu lhe
falei sobre Ele, você zombou dEle e me xingou. Veja só o que os mendigos que creram
em Jesus receberam no Céu: tudo é alegria, felicidade e amor na cidade de ruas de
ouro onde fica o maravilhoso Paraíso de Deus. Então a garota parecia percorrer o
lago de fogo sobre uma ponte estreita. Nós a vimos andando como se estivesse sobre
uma corda fina, colocando um pé na frente do outro enquanto sustentava os braços
estendidos para manter o equilíbrio. Com uma expressão de alívio, ela disse: — Meu
Deus! Isso é mesmo perigoso! Mas o Senhor me ajudará! Passarei para o outro lado.
Então ela deu mais um passo e quase perdeu o equilíbrio. Mas louvou o Senhor por
não ter caído e continuou seu trajeto. Dessa forma, ela atravessou o quarto e
parecia estar a salvo no Céu, tendo passado o perigo de cair no lago de fogo.
Independente do efeito que o relato dessas visões possa ter sobre outros, essas
coisas nos ensinaram, no Lar Adulão, a crer mais firmemente do que nunca na
realidade do céu e no Reino de Deus, e na realidade do inferno e no reino do diabo.
Mais certos do que nunca podemos declarar que o caminho da vida conduz aos perigos
do lago de fogo e que o caminho pelo qual os vencedores devem percorrer é como
andar sobre uma corda em que devemos dar um passo de cada vez com temor e tremor.
Somente o
Senhor Jesus pode sustentar-nos em equilíbrio para que não tombemos para a direita
ou evitar que caiamos para a esquerda. Estamos convencidos de que Deus quer que
estejamos firmados na cruz nas bifurcações da vida indicando aos pecadores o
caminho estreito e pouco percorrido que começa na cruz e conduz ao Céu e à vida que
o Senhor preparou para os que O amam. Como alguém pode ser salvo sem a salvação da
cruz? Como pode escapar alguém que negligenciou essa salvação? Porque, se a palavra
falada pelos anjos permaneceu firme, e toda a transgressão e desobediência recebeu
a justa retribuição, como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande
salvação? (Hebreus 2:2-3)Capítulo 8
Visões do Fim dos Tempos e do Retorno de Cristo
Durante esse poderoso derramar do Espírito Santo, por visões e profecias, éramos
repetidamente advertidos de que o fim desta era e o retorno do nosso Senhor estão
próximos. O Espírito Santo tomava o grande clímax da consumação da era atual tão
vivido e real que não restava à menor dúvida de que o Senhor Deus estava trazendo
mensagens finais e de suma importância a Seu povo. As Escrituras ensinam que a
presente era findará na maior tribulação que o mundo já viu e que imediatamente
após a tribulação o Senhor retornará para destruir os ímpios e recompensar os
justos (Mateus 24:29-30). As Escrituras também ensinam
que esta era alcançará seu clímax na colheita, quando o joio tiver tomado conta da
plantação e o trigo tiver renovado seus ramos e suas folhas começarem a brotar.
Quando o joio e o trigo estiverem maduros, os anjos virão com o Senhor para unir-se
à colheita e separar o joio do trigo (ver Marcos 4:26-32). Em outras palavras,
quando o reino do diabo estiver no seu pior momento e o Reino de Deus na Terra em
seu melhor momento, em sua forma mais pura — o mal e o bem em plenitude — então
virá a colheita. A Bíblia também ensina que o mal alcançará seu clímax na
encarnação do diabo no controle de um mundo atormentado e enganado por demônios e
que o governador mundial, possuído pelo diabo, uma espécie de super-homem, será
destruído pelo Senhor na Sua vinda.
Pode ser que haja questionamentos teológicos em alguns pontos, mas sem discutir
minuciosamente tais assuntos, relatarei, da melhor forma possível, as visões e
revelações recebidas pelas crianças do Lar Adulão, que pouco ou nada sabiam de
escatologia. VISÕES DO FIM DOS TEMPOS Constantemente as crianças falavam em
profecia sobre um tempo de fome, peste, guerra e desolação que está por vir e no
qual o povo de Deus será perseguido, os quais Ele especialmente capacitará e
protegerá nos momentos de crise. Um garoto teve uma visão de um cristão tentando
comprar um saco de arroz. Uma multidão tão grande cercava o mercado a ponto de o
cristão não ter a menor chance de fazer compra sem
empurrar as pessoas. Cada homem só podia comprar uma única porção de arroz. 1 Em
outra visão, um garoto sem qualquer instrução foi transportado para outras terras e
viu as pessoas se preparando para a guerra, construindo bombas e armas de
destruição. A vinda do diabo e sua encarnação no anticristo foram profetizadas
várias vezes, assim como reveladas em
De acordo com alguns ensinos bíblicos, a segunda vinda de Jesus será realizada em
duas fases, o "arrebatamento" da Igreja (I Tessalonicenses 4:15-17), seguido pela
grande tribulação
1
que terminará quando Jesus retornar à Terra para estabelecer Seu Reino (ver
Apocalipse 19:11-16). Apesar disso, nossas crianças tiveram visões de cristãos
sendo perseguidos durante a tribulação, o que poderia tratar-se de pessoas que se
converteram após o arrebatamento (ver Apocalipse 7:9-14) .visões.

As crianças viram um dragão, o diabo com sete cabeças. Um garoto viu anjos lutando
contra ele e sete dos seus anjos. O diabo e seus anjos foram derrotados e
arremessados do Céu para a Terra (ver Apocalipse 12). Os meninos viram o super-
homem pelo qual o mundo espera; o grande objeto de adoração que o budismo, a
teosofia, o
islamismo e outras religiões aguardam. Nele, eles viram o diabo encarnado como um
homem forte e bonito. Eles também tiveram visões da imagem desse anticristo que
emergirá, segundo a profecia, como objeto de adoração, a imagem que poderá falar e
enganará o mundo (ver II Tessalonicenses 2:4). Perguntei-lhes como sabiam que esse
homem bonito e de poder era o anticristo. Eles disseram que uma hoste de demônios o
seguia para todo lugar, obedecendo a todos os seus comandos, avançando com apenas
uma palavra e recuando conforme ordenava. O anticristo também era visto sobre algo
que parecia uma besta com sete cabeças (ver Apocalipse 13:1). Novamente, perguntei
como eles sabiam que era o anticristo e as
crianças disseram que os anjos lhes informaram. Já expliquei que, assim como com
João, essas visões foram dadas por anjos quando as crianças estavam "no Espírito" e
que, da mesma forma que ele, elas dialogavam com os anjos e os mensageiros
celestiais lhes diziam o ministério de muitas coisas que elas não podiam entender
sozinhas. Durante o reino desse super-homem, cujo poder desafiava a Deus, os santos
do Senhor permaneciam firmes e davam testemunhos fiéis apesar de toda dificuldade e
ódio que enfrentavam. As crianças viram as duas testemunhas em Jerusalém (ver
Apocalipse 11:3-13) e os santos, assim como ambos capacitados com poder
sobrenatural para lutar e resistir ao poder das trevas
nesses tempos terríveis, como nunca vistos sobre a Terra — tempos em que o diabo e
todos os seus anjos e demônios serão liberados sobre a Terra, com grande fúria,
sabendo que seu tempo é curto. Durante esse período, quando ninguém a não ser o
santo cheio do Espírito poderá permanecer firme contra tamanho poder satânico e
manifestações sobrenaturais, as crianças viram os santos cheios com o grande poder
sobrenatural do seu Deus, o Espírito do Senhor, que é maior "do que aquele que está
no mundo". Os meninos tiveram visões do evangelho sendo pregado
em meio à grande perseguição. Eles recebiam tanto poder que por uma palavra de sua
boca os inimigos eram atingidos por calamidades ou morriam. Esse poder parecia ser
atribuído a algo interior e emanava da boca deles. Com ele, eles repreendiam e
destruíam o inimigo, exercendo o poder que o Senhor havia prometido a Seus
discípulos; poder para fazer as obras que Ele fez e outras maiores ainda (ver João
14:12).
Em algumas visões, depois de testemunhar em uma cidade que os havia rejeitado e já
a certa distância, fogo desceu do céu e destruiu o lugar de iniqüidade, assim como
Sodoma e Gomorra foram varridas do mapa. Quando a perseguição se intensificava, às
vezes eles eram arrebatados em corpo pelo Espírito Santo, como foram Filipe e o
profeta Elias (II Reis 2:16). Elas foram levadas pelo Espírito Santo a um lugar
seguro. Em períodos de fome e necessidade, a comida era milagrosamente fornecida —
maná, frutas e outros alimentos. Os anjos ministravam a eles. Força e coragem eram
dadas para
testemunhar sem medo. Os cristãos tinham poder de falar em línguas estrangeiras ou
de tribos pagãs. Quando, em visões, os meninos e meninas pregavam no Espírito, nós
podíamos ver como isso era mesmo verdade, pois enquanto um pregava às pessoas em
língua desconhecidas, outro fazia a interpretação (ver I Coríntios 14:28). Ambos
falavam em outras línguas. Um falava algumas frases e o outro interpretava. João
viu um anjo voando nos céus com o evangelho etemo a ser pregado a todas as tribos e

VISÕES ALÉM DO
línguas, assim como antes da queda da Grande Babilônia (ver Apocalipse 14:6- 7).
Ele também viu uma enorme multidão que ninguém podia contar, pessoas de todas as
tribos e línguas, que haviam lavado suas vestes no sangue do Cordeiro e passado
pela grande Tribulação. Assim como as Escrituras haviam profetizado, e as crianças
confirmado em visões, o evangelho será pregado sob ministração angelical no poder
miraculoso do Espírito Santo de maneira sobrenatural, ultrapassando o da Igreja
Primitiva nos dias da sua perseguição. Não poderia ser o derramar do Espírito Santo
na colheita, a chuva serôdia, muito mais do que o derramar do Espírito Santo na
semeadura, a chuva temporã, o derramar no dia de Pentecostes? Naqueles dias da mais
perfeita e sobrenatural Igreja que o mundo jamais viu, e em meio à maior
perseguição pela
VISÕES ALÉM DO maior concentração de poder satânico e demoníaco e as forças dos
homens controlados pelo diabo como nunca visto antes sobre a Terra, as crianças do
Lar Adulão viram o anticristo, o super-homem líder mundial, preparando suas forças
para a última guerra mundial dos tempos.

Elas também viram a guerra no mundo espiritual, no qual o homem sobre um cavalo
branco conduzia seu exército de vestes alvas. Elas também viram um cavaleiro
montado sobre um cavalo vermelho, vestido de cores escuras e seguido por uma hoste
de demônios de preto (ver Apocalipse 6). Algumas visões da guerra na Terra também
foram vistas. As crianças viram navios de guerra sendo destruídos por bombas
lançadas de aviões e sepultados pelas águas e nunca mais
vistos. Exércitos eram vistos por toda a Terra, engajados em enormes e ferrenhas
lutas. As crianças assistiram a batalhas terríveis. Gás venenoso e armas de guerra
fatais destruíam suas vítimas aos milhares. No início, os mortos eram enterrados,
depois, eram tantos que apenas eram empilhados ou simplesmente deixados para adubar
o solo, como predisse o profeta (ver Jeremias 25:31-33). O RETORNO DE CRISTO Em
meio a todo esse caos, tudo foi interrompido pelo súbito retorno de Cristo. O sol
escureceu e a lua ficou vermelha como sangue. As estrelas caíam em cascatas. Os
céus tremeram e tudo parecia enrolar-se como um pergaminho. Houve um grande
terremoto que rasgou a Terra, em que grandes fendas eram abertas e as pessoas
engolidas vivas. Construções vieram abaixo, desmoronando
VISÕES ALÉM DO feito casinhas de brinquedo, matando e enterrando quem estava dentro
delas.

Enquanto tudo isso ocorria no Céu e na Terra, o Senhor surgiu dentre as nuvens.
Jovens e velhos, ricos e pobres foram tomados por um medo mortal, fugindo
desesperados em todas as direções em uma confusão louca. Homens saíam das lojas com
as mãos abanando, sem importar-se com os objetos de valor que há poucos instantes
lhes eram tão preciosos. Famílias fugiam de suas casas sem sequer olhar de relance
os luxos pelos quais nutriam grande paixão. Em um determinado momento, todos os
homens passaram a ter o mesmo propósito, o mesmo desejo, a buscar a mesma coisa —
fugir da frente do Juiz que retomava. Tudo o que queriam era encontrar um lugar
para esconder-se do visível Rei dos reis. Os que não morreram com o desmoronamento
das casas ou que não caíram na fenda que
se abriu na terra, fugiram para as montanhas em busca de segurança. Outros pularam
dentro de rios e morreram, enquanto alguns usaram suas armas contra si mesmos. Tudo
o que se ouvia eram lamentos e gritos. Era tudo tumulto e terror. Faziam qualquer
coisa para fugir da ira do Cordeiro, pois o grande dia da Sua ira havia chegado.
Depois disso, houve visões do grande banquete de Deus, no qual as feras do campo e
os pássaros podiam comer os mortos que não foram enterrados e ficaram sobre
aface da terra arruinada. Cães e animais selvagens eram vistos se alimentado de
cadáveres de homens. Pássaros que se alimentam de carniça reuniam-se para o
banquete preparado por Deus. Enquanto os garotos testemunhavam esse grande
banquete, podíamos ouvir seus comentários e ver seus movimentos enquanto a cena era
descrita e interpretada diante de nós. Um deles dizia: I. Olhem a águia comendo o
homem rico. Vejam como ela arranca as roupas caras do corpo dele. Olhem! Ela
arrancou um pedaço da sua carne e saiu voando. II. Oh, vejam ali! Um falcão e um
corvo estão comendo o

VISÕES ALÉM DO
VISÕES ALÉM DO corpo daquele homem. O falcão é o mais audacioso. Ele arranca os
pedaços que quer e devora-os sem olhar para mais nada. Já o corvo é mais temeroso.
Ele pega um pedacinho e olha em volta para ver se corre algum perigo. Está vendo
isso? Olhe todos aqueles pássaros em volta daquele homem bem vestido, devorando-o.

Então os garotos deram as costas para a cena repulsiva, enquanto seus comentários,
assim como seus movimentos, deixavam evidente o tipo de cenas abomináveis que
caracterizarão o banquete final sobre a Terra. Estarão presentes os ricos e
poderosos, os governadores da Terra, os industriais, os possuidores de grandes
riquezas, os oficiais de comando de guerra e os líderes empresariais e religiosos
que rejeitaram a Cristo. Eles não estarão lá como convidados de honra,
VISÕES ALÉM DO mas como prato principal para os animais comedores de carniça do
mundo sobre o qual viveram uma vida de egoísmo e luxos.
As crianças do Lar Adulão testemunharam de primeira mão as terríveis cenas
culminantes da nossa civilização altamente materialista. Elas viram o fruto do
vivermundano e a resposta à pergunta do nosso Senhor: "Pois que aproveita ao homem
ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?" (Mateus 16:26). A Palavra de Deus
nos diz que todas as nações que se esquecerem de Deus serão destinadas ao inferno
(ver Salmo 9:17). Essas crianças simples acreditaram, sem sombra de dúvida, por
terem sido mostradas por Deus e pelos anjos, o que também
está escrito na Palavra do Senhor, que o clímax e a consumação do mundo atual com
seus sistemas de educação humanos e uma ampla organização e riqueza K) serão "o
grande banquete de Deus", no qual a carne dos mortos será mais do que uma
recompensa, maior do que o esplendor e a cultura que são agora o orgulho da vida.
Por fim, as crianças viram o Senhor e seus anjos prenderem as mãos e os pés do
anticristo, preparando para lançá-lo vivo no inferno (ver Apocalipse 19:20). Houve
também visões do diabo vivo na boca do abismo; no qual algo similar a uma tampa se
erguia e ele era lançado no
fundo escuro do abismo e o Senhor o trancava lá com uma chave gigante (ver
Apocalipse 20:1-3). Descrevemos as visões do retomo de Cristo no que se refere aos
ímpios. Houve também visões igualmente claras a respeito dos santos. Nossas
crianças viram os céus se abrindo e o Senhor descendo em glória, acompanhado por
Seus anjos. Em ambos os lados e atrás do Senhor havia um grande exército vestido de
branco. Os que estavam na frente tocavam lindas trombetas que anunciavam o Senhor e
Seu exército descendo em perfeita ordem, cada um mantendo sua posição e patente
própria. Enquanto o Senhor descia em direção à Terra, houve visões maravilhosas da
ressurreição e do arrebatamento dos santos. Túmulos abriam como se explodissem. Os
corpos saíam das covas e eram
imediatamente revestidos do tabernáculo celestial da vida ressurreta. Em outros
casos, viram os ossos se juntarem I outra vez — como as crianças l expressaram em
chinês: "um osso vinha do leste, outro do oeste". Os ossos espalhados, ao serem
revestidos com carne e transformados em um corpo ressurreto, eram levados para a
presença do Senhor no ar. Um menino viu uma procissão de funeral no qual um cristão
estava sendo levado para ser enterrado quando, ao soar da trombeta e ao descer o
Senhor, o caixão se abriu, o morto assentouse e então foi levantado transformado,
ascendendo pelo ar. Já relatei como nossas crianças receberam visões dos que haviam
morrido e que agora se encontravam no Céu, vestidos de branco e desfrutando o
Paraíso; e de terem também visto os
santos com vestes brancas. As Escrituras ensinam que entre a morte e a
ressurreição, os santos possuem corpos espirituais e que estarão com vestes brancas
até que chegue o momento da ressurreição (ver Apocalipse 6:9-11). Quando
investiguei o relato de muitas i das crianças para saber se os santos que viram no
Céu ^ haviam ressuscitado ou não, elas disseram que não sabiam até que um anjo lhes
dissera que elas haviam visto somente a alma dos santos e que os corpos ainda não
haviam ressuscitado. Fiz diversas perguntas a respeito dessa questão e, ainda
assim, recebi um testemunho uniforme: as crianças sempre viam os santos vestidos de
branco; nunca com asas, diferente dos anjos, os quais todos tinham asas; e não
havia a menor dificuldade em diferenciar os santos dos anjos.
A FESTA DE CASAMENTO Em resumo, então, as crianças viram os santos de branco agora
no Céu, com acesso ao Paraíso e desfrutando comunhão com Cristo e com os anjos.
Elas viram a descida do Senhor com "todos os santos | — todos os anjos — ao soar da
última trombeta e viram também a ressurreição e a transformação do corpo dos santos
e sua ascensão pelo ar. Elas também viram as bodas do Cordeiro. Grandes mesas
estavam espalhadas no Paraíso em meio a árvores magnificentes, flores maravilhosas
com fragrância muito agradável e pássaros gloriosos entoando louvores, os animais e
vegetais da criação redimidos uniam-se em um único louvor, harmonioso e cheio do
Espírito. Então, nesse indescritível Paraíso de Deus,
estavam espalhadas mesas para o grande banquete de casamento. Os anjos e os santos
glorificados estavam saltitantes por todos os lados, tocando harpas e trombetas,
cantando e louvando ao Senhor. As crianças correram até suas casas adornadas com
jóias e juntaram-se à música inspirada pelo Espírito ao maior de todos os festivais
já vistos, o clímax da esperança de todos os tempos. Grandes grupos cantavam,
dançavam e louvavam ao Rei. Outros se apressavam na preparação das mesas e lugares
e carregavam louças de ouro para a refeição.
Havia abundância de comida, tudo tendo sabor único, muito além do que podemos
imaginar. Quando se encerraram os preparativos houve um chamado e os santos de
todas as eras reuniram-se ao redor das mesas paracelebrar o casamento com o Rei. A
consumação de toda a esperança, a realização da maior alegria do Céu, teve seu auge
quando as prostitutas, os mendigos, os pecadores e os excluídos da Terra de todos
os lados assentaram-se juntos a Abraão, Isaque e Jacó à mesa do banquete no Reino
de Deus. Quando todos se levantaram e a expectativa

VISÕES ALÉM DO
chegou a seu ponto mais alto, o Filho entrou e assentou-se à mesa, rodeado pelos
que foram comprados por Seu sangue, Sua noiva de vestes brancas — os remidos de
todas as nações, tribos e línguas — e bebeu com eles o fruto da videira. O JUÍZO
FINAL As crianças também tiveram visões do Dia do Juízo. Elas viram os livros nos
quais as obras dos homens eram registradas e o Juiz sobre o trono diante de todos
os homens julgados de acordo com esses livros. Os justos foram separados em um
grande grupo de um lado, enquanto os que não tinham os nomes no livro da vida foram
colocados em um grupo no lado oposto. O primeiro grupo fora separado para entrar no
Reino de Deus e na vida eterna, enquanto o

VISÕES ALÉM DO
VISÕES ALÉM DO outro grupo foi condenado ao fogo preparado para o diabo e seus
anjos. Alguns poucos tiveram o privilégio de receber visões j do novo Céu e da nova
Terra. O novo Céu estava tão cheio da Shekinah, a glória de Deus, que as crianças
não podiam olhar diretamente para ele.
A Nova Jerusalém, a cidade sólida, que ocupava a posição central, havia descido
sobre a nova Terra, que agora se assemelhava muito ao Paraíso visto na cidade. Era
o novo Céu e a nova Terra que haviam passado pelo novo nascimento e que jamais
passarão, a Terra na qualDeus fará novamente Sua morada com os homens, na qual Ele
será eternamente chamado de Seu Deus e todos serão Seus filhos. Amém.
Capítulo 9

Meninos de Rua Chineses Profetizam

Em cumprimento ao versículo bíblico que diz que "nos últimos dias... vossos
filhos... profetizarão" (Atos 2:17), um dos filhos da China, um menor abandonado
com dez anos, foi usado como porta-voz do Senhor para trazer- nos uma mensagem por
inspiração direta. Alguns meses antes, esse garoto, rejeitado e sujo — na verdade,
mais coberto com trapos do que com roupas — veio à nossa porta na companhia de mais
outros dois pedindo para ficar. Depois de ter tomado banho e colocado roupas
limpas, o garoto parecia ter um coração sincero, o que provou ser. Ele recebia em
seu coração, de primeira, todas as histórias bíblicas e sermões que ouvia. Logo
aprendeu a orar e podia ser ouvido orando fervorosamente em sua cama às noites.
Quando o Espírito Santo veio sobre nós, esse menino foi um dos primeiros a receber
o batismo no Espírito,
falando em outras línguas como no dia de Pentecostes. No passado, Deus falou
através de homens que eram movidos pelo Espírito Santo, foi assim que Deus inspirou
as Escrituras. Os profetas costumavam declarar em suas mensagens "Assim diz o
Senhor" com tanta convicção que estavam prontos para abrir mão de suas opiniões
próprias, assim como da própria vida. Ainda hoje, o Deus vivo continua reinando e
falando aos homens por meio de profecias diretas, conforme exigem as
circunstâncias, e quando a fé e outras condições estão de acordo com Sua vontade
divina. O MENOR DOS PREGADORES Certa noite, o poder do Senhor estava presente de
maneira diferente. O Céu não parecia mais distante. Então, nosso
amiguinho antes um menino de rua arredio pareceu deixar este mundo corrompido e ser
levado ao Céu. Conduzido à presença do Senhor Jesus, ele caiu prostrado a Seus pés
em humilde reverência e adoração. O menino estava lá no quarto, rodeado por seus
coleguinhas que se sentaram no chão próximos a ele ouvindo com atenção a mensagem
que era transmitida através dele pelo Senhor. Foram palavras tocantes e profundas
que jamais escutei antes. Enquanto o garoto gemia ' e chorava
profundamente, j como se sentisse fortes dores, a mensagem era transmitida em uma
frase ou duas por vez, em uma voz límpida e forte. A linguagem era ritmada e as
palavras simples e puras. A entonação da voz, a escolha da língua e o poder
penetrante de cada palavra eram tão grandiosos que ninguém poderia duvidar de que
esse pequenino e humilde Samuel não estivesse falando por inspiração direta e
sobrenatural de Deus. Prostrado na visão aos pés do Senhor, o garotinho disse: —
Senhor Jesus, não sou digno de estar aqui ou de ser salvo. Sou apenas um menino de
rua. Então Jesus respondeu ao garoto. Ele não percebeu no momento, mas o Senhor de
fato falou através dele em primeira pessoa ao dirigir-se a todos nós ali presentes.
A seguinte mensagem foi dada entre lágrimas e dores dilacerantes pelo menino. Eis o
"Assim diz o Senhor" que queremos que seja plantado em seu coração, como continua
sendo no nosso: Choro esta noite. Meu coração está partido. Estou em profunda
tristeza porque os que crêem em Mim são poucos. Planejei e preparei o Céu para
todos, construindo moradas para todas as pessoas do mundo. Ergui a Nova Jerusalém
em três grandes cidades, uma acima da outra, com bastante espaço para todos os
homens. Mas eles não creram em mim. Os que crêem são bem poucos. Estou triste,
muito triste. Por não crerem em mim, terei de destruir a iniqüidade da
Terra. Planejei visitá-la com três grandes calamidades, mas é algo tão terrível que
resolvi adiar um pouco mais. Se vocês têm amigos, peça a todos que se arrependam o
quanto antes. Você tem de persuadir a todos o mais rápido possível para que creiam
no evangelho. Mas se não ouvirem e não aceitarem sua mensagem, a responsabilidade
não será sua. Recebam o batismo do Espírito Santo. Se vocês esperarem e crerem, Eu
os batizarei. O diabo os engana fazendo-os pensar que não receberão o batismo, mas
aguardem e busquem e Eu os batizarei e darei poder para expulsarem demônios e
curarem doentes. Os que receberem o selo do Espírito Santo deverão pregar e
testificar, e Eu serei com
vocês para ajudar e protegêlos nos momentos de perigo. Se vocês pensam que talvez
não irão para o Céu, esse pensamento procede do diabo. Eu não destruirei Meus
filhos, mas protegerei e salvarei a todos. Nenhum deles perecerá. Eu vencerei. Orem
pelo Sr. Baker e sua esposa, e Eu lhes darei poder para expulsar demônios e curar
enfermos. As crianças neste lar devem ser obedientes. Não briguem. Não mintam.
Quando orarem, orem de todo coração. Não permitam que o amor de vocês se esfrie.
Digam às outras igrejas que ! elas também devem buscar o Espírito Santo. TODAS AS
IGREJAS DEVEM AVANÇAR E PROGREDIR. O diabo virá à Terra em alguns anos e haverá
grande
tribulação. Mas não se preocupem, Eu os protegerei e cuidarei de vocês. As pessoas
de todos os cantos se reunirão e lutarão em um só lugar, depois disso eu virei
punir a Terra. Não temam, pois os que crerem em Mim serão arrebatados para o Meu
louvor. Destruirei dois a cada três. Quando Eu vier, tudo obedecerá à Minha voz.
Casas virão abaixo, montanhas cairão e árvores serão destruídas. Haverá j total
destruição e não restará pedra sobre pedra. Os que adoram ídolos perecerão. Todos
os feiticeiros e médiuns serão lançados no inferno. Os que crêem no evangelho serão
salvos. Essa foi a mensagem que o Senhor deu ao Lar Adulão cremos, a todos os que
ouvirem nosso testemunho
acerca dessa profecia. Essas palavras vêm do nosso Senhor ressurreto, entregues a
nós em chinês, com frases faladas de forma pausada e distinta. Eu as escrevi assim
que foram dadas e costumava repeti-las uma vez ou duas para que não houvesse
equívoco por parte de quem as ouvia. Houve bastante tempo para registrar sem erro
cada palavra que o Senhor falou através daquele pequeno profeta inspirado por Ele
mesmo. Com a mensagem concluída, o garoto se levantou e dissenos que havia estado
aos pés de Jesus. Ele não sabia que o Senhor havia falado através dele, muito menos
que havia sido em primeira pessoa. Ele repetia a profecia dizendo: "Jesus disse
isso,] Jesus disse aquilo", etc. ASSIM DIZ O SENHOR O fato é que essa profecia foi
ouvida, escrita e então repetida também a partir da memória do pequeno profeta,
item por item, possibilitando recebermos as profecias,
como nos dias dos antigos profetas movidos por Deus, como os escribas escreviam
cada palavra que saía da boca dos profetas e como o próprio profeta registrava sua
mensagem, dizendo: "Assim diz o Senhor". Antigamente, quando homens religiosos e
mundados se afastavam da simples fé no Deus vivo, que falava por homens quando sua
incredulidade e iniqüidade eram tão grandes que "naqueles dias; não havia visão
manifesta " (I Samuel 3:1), Deus encontrou um pequeno Samuel, d emente pura, e em
voz audível lhe entregou uma mensagem do que se
cumpriria tempos depois. Conseqüentemente, cremos que Deus, que ainda é o mesmo
Deus vivo que falou através de outros no passado, entregou-nos um "Assim diz o
Senhor" por meio do nosso pequenino Samuel chinês; uma profecia que logo se
cumprirá, uma mensagem que, se ouvida, nos trará alegria eterna, mas caso
negligenciada trará sofrimento eterno.
Capítulo 10

Luz Sobre as Escrituras

Por meio desse derramar do Espírito Santo sobre as crianças, muita luz foi lançada
sobre os ensinos da Palavra de Deus. Um derramar desse nível do Espírito,
acompanhado de tantas manifestações sobrenaturais, é em si mesmo um testemunho de
que a Bíblia foi escrita por Deus. Somente Ele conhece o futuro. O cumprimento das
profecias era, na mente de Cristo e dos apóstolos, prova suficiente da mão de Deus
na inspiração das Escrituras. No que registrei acerca desse derramar do Espírito
Santo sobre as crianças, dez profecias bíblicas foram cumpridas: Um batismo foi
profetizado para os crentes da presente era (ver Joel 2:28- 29). Acompanhado por
falar em línguas estranhas (ver I Coríntios 14:21). Acompanhado por profecias
conforme o Espírito entregar (ver Atos 2:17).
As crianças receberam visões das "coisas de Cristo" (João 16:14). A realidade das
"coisas que virão" (João 16:13) lhes foi revelada. Elas nasceram de novo do
Espírito Santo,
recebendo o testemunho em seu coração, "que clama: Aba, Pai" (Gálatas 4:6). A
Palavra escrita de Deus foi cumprida no que diz respeito a que nos últimos dias
"jovens terão visões" (Atos 2:17). Demônios foram expulsos (ver Marcos 16:17). Os
doentes foram miraculosamente curados, assim como a Bíblia disse que seriam, pelo
poder do Espírito Santo (ver Marcos 16:18). 10. Uma mudança milagrosa ocorreu a
ponto de coisas que eram amadas passassem a ser odiadas e as odiadas, amadas (ver
II Coríntios 5:17).
Deve ser lembrado que, de acordo com a Bíblia, as revelações de Deus e o conteúdo
das Escrituras são independentes da habilidade natural ou da educação adquirida.
Homens sem instrução tais como Amós, DEUS CONTINUA FALANDO Devido ao que o Senhor
fez e revelou a esses meninos e meninas de rua, rejeitados e excluídos, não podemos
considerar isso uma prova da Palavra de Deus? Enquanto "não são muitos os sábios
segundo a carne, nem muitos os poderosos" que seguem o caminho estreito e fora de
moda da simples fé em Deus, Ele ainda pode e escolhe os considerados "desprezíveis"
(I Coríntios 1:28), inclusive usando essas crianças chinesas que viviam nas ruas e
nas sarjetas para "aniquilar as que são " (1 Corinthians 1:28). Enquanto o sábio
dessa geração educada, soberba e
Pedro e João, inspirados por Deus, escreveram coisas mais profundas do que as mais
sábias declaradas pelo mundo.
teimosa continua tateando nas trevas de seus próprios enganos e auto-suficiências,
é verdade nos dias atuais, como foi no passado, que mesmo em meio a tanta confusão
de sabedorias humanas, Jesus ainda continua dizendo: "Graças te dou, ó Pai, Senhor
do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as
revelaste aos pequeninos" (Mateus 11:25). Como um todo, os instruídos e governantes
dos dias de Cristo não entendiam Seus milagres e Sua vida, ou "nunca crucificariam
ao Senhor da glória" (I Coríntios 2:8). Os governantes e instruídos dos dias dos
apóstolos não entendiam os milagres do Deus TodoPoderoso realizados por meio de
homens simples capacitados pelo poder do Espírito Santo, ou não teriam matado os
santos cheios do
Espírito da Igreja Primitiva. As profundas revelações entregues a essas crianças
chinesas, sem qualquer educação em instituições de ensino superior, é uma
confirmação de que a Palavra escrita de Deus veio através de homens de coração
aberto, independente de qualquer habilidade natural ou educação adquirida.
INSPIRAÇÃO DIVINA Alguma luz clara foi lançada sobre a forma como os escritores da
Bíblia devem ter tido conhecimento ocular dos eventos ocorridos. Um dos nossos
meninos mais ignorantes e desprovido de talento testemunhou, em mais de uma
ocasião, "em Espírito% os principais eventos históricos do Antigo e do Novo
Testamento. Ele viu as pragas do Egito: as rãs no palácio do rei, as moscas na
comida do faraó, os gafanhotos e a morte dos primogênitos com toda a
família consternada. Ele também viu Elias e Eliseu atravessando o Jordão, as
carruagens de fogo e a ascensão de Elias. Daniel foi visto na cova dos leões com
seu anjo protetor e outros eventos do Antigo Testamento foram vistos da mesma
forma. Esse menino também recebeu visões dos milagres de Cristo. Ele viu as
tentações do Senhor. Assistiu quando o diabo, em forma de um belo homem, levou o
Senhor ao alto da montanha e, em visão mostrou-Lhe os reinos do mundo. Anjos
seguiam a Jesus aonde quer que Ele fosse. Houve visões de Cristo andando sobre as
águas, curando os doentes e abrindo i os olhos de cegos. Esse menino e outros viram
a paixão do Senhor Jesus, Sua ressurreição e Sua ascensão. A princípio, ponderei
sobre as visões de eventos do^
passado. Então me lembrei de que para Deus não ha presente, passado ou futuro. Ele
é o Grande Eu Sou. Todas as coisas são como o presente para Ele. Uma vez que o
Espiro Santo é o Espírito de Deus, por visões e revelações do Espírito, o presente,
o passado e o futuro, na visão de Deus, podem tornar-se "presente" para qualquer um
a quem o Senhor escolher entregar tais revelações. Essas revelações do passado
recebidas por nossas crianças confirmam a inspiração da Bíblia. É fácil para Deus
levar Moisés e outros, em visão, a eventos do passado ou do futuro como se fossem
uma testemunha ocular de um evento do presente. Era fácil para esses gigantes da fé
registrar o passado, o presente e o futuro em um único Livro que revela o fim
desde o início e o início desde o fim. O Espírito Santo nos mostrou, por
ilustração, como algumas partes da Bíblia se tornaram registros divinos de
revelações sobrenaturais. Enquanto as crianças estavam "em Espírito", descrevendo
as cenas que viam nas visões, o Espírito fez que um garoto, que também estava em
transe, sentasse e escrevesse item por item o que estava sendo visto e descrito.
Com isso, todos puderam ver como foi fácil para Deus escrever a Bíblia. Um
registrava o que o outro via e descrevia. Se Deus pode agora pegar um menor
abandonado ignorante e iletrado de uma rua imunda da China ou um garoto
semiselvagem de alguma tribo de uma montanha remota e solitária e enchê-lo com o
Espírito Santo, permitindo que ele seja testemunha ocular das coisas além do véu —
coisas do presente, do
passado e do futuro — não teria sido, todo o tempo, igualmente fácil para Deus
revelar tudo o que está escrito na Bíblia a qualquer vaso escolhido por Ele e ter
um Baruch (abençoado, em hebraico) sentado ao lado somente para escrever o que
estava sendo visto e revelado, registrando cada palavra de todo e qualquer profeta
conforme vinha do Senhor Deus? (ver Jeremias 36:4). Se nossos meninos podiam ser
levados à presença do Senhor e voltar dizendo "O Senhor disse", não poderiam os
profetas de antigamente terem registrado suas próprias profecias ou visões e
dizerem com absoluta verdade que de fato "Assim disse o Senhor"? Como Deus, a quem
o passado, o presente e o futuro são todos iguais, pode revelar eventos de qualquer
tempo como se fossem todos do presente, isso não sei. A Bíblia diz que Ele pode e
que Ele o fazia. As pessoas do Lar
Adulão sabem que Ele ainda o faz. Se os homens falavam em profecia conforme eram
movidos pelo Espírito Santo, se estiveram "no Espírito no dia do Senhor"
(Apocalipse 1:10) e foram levados ao Céu, se receberam visões "no ano em que morreu
o rei Uzias" (Isaías 6:1), eles ainda podem ser movidos pelo Espírito Santo e
profetizar. Eles ainda podem ser arrebatados "no Espírito" e ver mundos invisíveis
além do véu. Ainda podem ter visão em qualquer ano após a morte do Rei Uzias. O
mesmo Deus ainda está sobre o mesmo trono, governando sobre o mesmo mundo, lidando
com o mesmo mundo e com o mesmo tipo de coração maligno, através do mesmo tipo de
homem, com o mesmo tipo de disposição e paixão que teve Elias. Uma vez que Deus,
nos dias de hoje, revela-Se através de
profecias, visões e revelações — como está fazendo por todo o mundo — Ele tem Se
revelado como a Bíblia i diz que Ele o faria nos dias dos antigos santos e
profetas. " Nesta era de iniqüidade, em meio a esta geração incrédula e perversa, o
Senhor provará que o que escreveu na Bíblia é a Palavra do Deus vivo. Ele se move
em meio aos que crêem de maneiras sobrenaturais através dos dons do Espírito Santo,
confirmando a Palavra com sinais subseqüentes (ver Marcos 16:15-30).
Capítulo 11

O Lar Eterno
Em vista do que escrevemos, fica claro que o Senhor tem usado todos os meios
necessários para certificarnos de que na Bíblia temos "a palavra dos profetas" (II
Pedro 1:19) à qual devemos prestar atenção. Também tem sido bastante claro que o
grande propósito da antiga palavra de profecia e das visões e profecias dos dias
atuais é que tenhamos certeza de que há um lindo lar preparado para nós além do
véu. Nenhum "estrangeiro" ou "peregrino" jamais se satisfará neste mundo. A porção
de satisfação que tanto buscamos só será alcançada no fim da jornada.
Talvez, ao ser conduzido em sua jornada por caminhos tortuosos e montanhas
exaustivas, o peregrino se torne tão exausto da carga pesada que carrega que mal
consiga escutar o canto dos pássaros, a sensação de frescor das flores à beira do
caminho ou encontrar qualquer felicidade na comunhão com outros peregrinos. Mas
isso não acontecerá até que chegue ao fim do caminho. NOSSA RECOMPENSA ETERNA O
corpo do peregrino, cansado e exausto por causa da vida, será renovado quando
alcançar seu lar eterno. "Num
momento, num abrir e fechar de olhos... nós seremos transformados porque convém que
isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade" (I Coríntios 15:52-53). A
era antiga desaparecerá. Não haverá velhos no Céu, nem pessoas tremendo por causa
da idade avançada. Não haverá vistas deficientes, dificuldade de audição nem
qualquer outra deficiência física em todos que forem trazidos para a cidade
celestial. Há uma cidade em que nunca fica escuro, nem precisa do sol durante o dia
ou da lua durante a noite e cujas ruas de ouro não precisam ser varridas. Suas
habitações adornadas com jóias não precisam de reparo. Há uma cidade em que não há
consultórios médicos, nem doentes ou incapazes, nada
de enfermidades ou dores. Uma cidade sem sinal de luto em suas portas douradas, nem
procissões .funerárias em suas ruas de ouro. Uma cidade onde a melancolia e toda
murmuração não existem; onde toda morte é consumida pela vida, e vida em
abundância. Uma cidade de alegria pura e infinita. __ onde não há Há uma terra

dias nublados e na qual nunca ocorrem tempestades. Nessa terra de felicidade, não
há desemprego ou dificuldade
para sobreviver. Não há competição egoísta. Não existe nenhum interesse egocêntrico
capaz de produzir atitudes desprovidas de amor. Não há ansiedade em relação ao que
comer ou ao que vestir. As vestes brancas nunca se tornarão surradas. As árvores
com frutos de vida jamais ficarão estéreis. A água da vida nunca secará e quem
quiser poderá
O LAR ETERNO 123

bebê-la. Toda alegria e entusiasmo da mais jubilante juventude é algo inerente a

toda alma no Céu. Não somos ingratos pelos dias de felicidade aqui na Terra, mas em
nossos momentos mais felizes ainda somos apenas vasos de barro. Até mesmo em nossos
momentos mais sublimes, podemos sentir grande alegria, uma felicidade quase ao
alcance das mãos, mas que pode ser afastada pelo peso do barro.
Aqui na Terra, as crianças pulam e brincam. Elas
V

correm, rolam no chão e saltam de alegria. As vezes, a alegria e a felicidade delas

parecem plenas. "Porque dos tais é o reino dos céus" (Mateus 19:14). Mas as
alegrias mais exuberantes e as emoções mais extasiantes do mundo não podem
comparar-se à grandeza da "alegria indescritível" (I Pedro 1:8) quando este corpo
limitado de barro for substituído pelo corpo glorificado. Na Nova Jerusalém, o amor
uns pelos outros inundará a todos. Estar "amando" aqui na Terra não será nada
comparado a estar "amando" na terra da glória. Nenhuma falha, imperfeição ou traço
de falta de amor impedirá de todos serem perfeitos e estarem juntos "amando" uns
aos outros.
A MÚSICA DO CÉU O Reino do Céu é uma terra de música. Quando Deus fez o homem, Ele
colocou música em sua alma. Mas o desairanjo do barro estragou a melodia. O acorde
perdido nunca será encontrado até que se chegue ao Céu, onde estaremos cobertos com
o tabernáculo do alto. A música mais perfeita, doce e agradável na Terra, nada mais
é do que uma busca pelos acordes e harmonias perdidas que os remidos e os anjos
cantam no Céu. Os instrumentos musicais mais agradáveis feitos na Terra, desde os
dias em que os descendentes de Adão começaram a "tocar harpa e órgão" (Gênesis
4:21) até os dias de hoje, nada mais são do que imitações das trombetas, harpas e
instrumentos sobre os quais "os acordes perdidos" serão restaurados na cidade de
ouro e toda música da alma liberta poderá encontrar sua mais plena expressão.
Grande parte da música e do ritmo que o Pai colocou na alma de Seus filhos tem sido
distorcida pelo diabo em canais malignos para o prazer e luxúria da carne
pervertida. Desde os bárbaros mais selvagens em ilhas remotas até o prazer
embriagante dos clubes noturnos, homens e mulheres dançam músicas ritmadas em busca
de prazer sensual. No Céu, o tom da música é santo e puro, os remidos unem-se aos
anjos em danças de "alegria" que estão além de todo "prazer" natural ou terreno
encontrado no ritmo no qual as estrelas cantam e dançam em suas | órbitas. Há um
parque na cidade, um Éden de prazer e frutos. Lá, onde o que é irreal é substituído
pelo real; onde, em todo o monte santo, em toda a criação de Deus, animais e
plantas, não há que possa ferir ou destruir.
Na Terra, vemos pequenos — e entenda que inferiores — exemplos de beleza da criação
de Deus. A sujeira e o pó têm ene voado as janelas da nossa alma. Raramente
conseguimos ver através do vidro escurecido. Quando Deus remover os embaraços e
abrir os olhos da alma, pela primeira vez realmente contemplaremos e observaremos
as glórias da criação de Deus. Há um parque onde pássaros de todas as plumagens
cantam todo o tempo. Há uma terra onde todo ouvido se abrirá para ouvir canções que
tocarão a alma, onde flores de todas as cores florescerão sem cessar, onde todo
olho estará aberto para contemplar sua beleza, onde a fragrância da rosa de Saron e
do lírio dos vales mistura-se com milhares de
perfumes que o nunca conheceu.
V

homem

As vezes, parece que vemos a luz da cidade além do céu, mas nossa visão se perde no
borrão da nossa visão
V

limitada. As vezes, parecemos ouvir a música encantadora de uma esfera diferente,

mas a melodia se perde na discórdia dos sons mais próximos. As vezes, parecemos
sentir um remover do alto de tudo o que nos escraviza, mas a atração da Terra
mantém nossos pés como correntes.
V

As vezes, a alma voa até a "terra mais clara que o dia", mas cai de volta no
desapontamento por causa das asas quebradas. Aquele que declara sua liberdade para
andar sozinho à cidade de liberdade encontra seu
caminho bloqueado, sem qualquer esperança, pelas coisas deste mundo, da carne e do
diabo sem nenhum poder em si para vencê-los. Mas há um caminho .Capítulo 12

O Caminho
Há um único caminho. Cristo é o caminho. "Ninguém vem ao Pai, senão por mim" (João
14:6). O homem não é o caminho; ele nunca pode criar um caminho, nem mesmo sabe o
caminho para a cidade de ouro. A cidade e o caminho até ela são ambos revelações do
alto.
Cristo, que é o caminho, não vem de baixo. Ele vem do alto. E "o que desceu do céu,
o Filho do homem, que está no céu"o grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo"
(João 3:13; Tito 2:13). O homem natural não vai em direção à cidade feliz de puro
deleite. Ele vai na direção oposta a ela. Quanto mais anda sozinho, mais se afasta
da cidade celestial. As crianças pequenas pertencem ao Reino de Deus. Elas brincam
e pulam nos portões da cidade sagrada. Mas
quando começam a andar em pecado, afastam-se da cidade
/

e do seu feliz lar, o Eden. Quanto mais longe se desviam e mais usam a razão — quer
estejam andando sozinhas ou seguindo a multidão — mais se distanciam da cidade, até
que a luz mal possa ser vista ou se apague para sempre. O único caminho para
alcançar a cidade é dando meia-volta. "Se não vos converterdes e não vos fizerdes
como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus" (Mateus 18:3). Porém
quanto mais distante que homem caminhar sozinho, quanto mais velho ficar, quanto
mais analisar as coisas com sua mente natural, mais continuará a dar voltas em sua
auto-suficiência, ficando cheio de si mesmo até que, por fim, já não mais
encontrará o caminho de volta para ter novamente o coração "como [o de um] menino"
(Marcos 10:15). GRAÇA SUPREMA "O mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria" (I
Coríntios 1:21). O homem jamais encontrará Deus através dos estudos. O homem que
confia no esforço de sua própria mente ou na mente de outros homens jamais verá a
cidade de Deus. O homem, pelo seu próprio mérito, jamais andará pelas mas de ouro.
O que um homem é, o que faz e como vive nada tem a ver com a sua salvação. No que
diz respeito a quão "bom" ele é, o melhor homem no mundo não tem mais esperança do
Céu do que o pior mau caráter sobre a Terra. O homem que confia em seu próprio
caráter, em sua própria moralidade é apenas um fariseu moderno com os
olhos cegos para a verdade. O publicano, o beberrão e a prostituta que passarem a
depender e a confiar em Jesus, entrarão na cidade de Deus, enquanto que o homem
"bom" será lançado nas trevas, onde "haverá pranto e ranger de dentes" (Mateus
8:12). "Pela graça sois salvos... não vem das obras " (Efésios 2:8-9). A salvação é
dom de Deus, não se trata de algo que o homem é ou não. A salvação vem do alto, não
de baixo ou de dentro do homem ou do meio dele. Aquele que é nascido da carne é
nascido pela vontade do homem. O que é nascido da carne, não importa o quanto seja
sábio, bom ou mal, deve nascer de novo do alto, tornando-se filho de Deus o qual
não nasceu "do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de
Deus....
Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (João 1:13; 3:3). Esse
nascimento, pelo qual todo homem deve passar para poder ver a Deus ou cantar junto
aos remidos na cidade além do céu, é um nascimento sobrenatural. E totalmente do
alto. Ser membro de uma igreja, cantar hinos, ler ou fazer orações, trabalhar na
igreja, pregar no púlpito ou dar o corpo para ser queimado nada tem a ver com o
novo nascimento. O novo nascimento é algo que Deus dá pela graça, independente das
obras. A MENOS QUE NASÇA DE NOVO O pregador mais carismático, o freqüentador de
igreja mais respeitável, o protestante mais radical não tem mais esperança do Céu
do que o pecador intransigente, a menos que nasça de novo. O Senhor estava tão
ansioso para ver-me retornar para Ele
que tornou o caminho simples e plano. Eu era um pecador que vivia de forma
egocêntrica e desprovido da glória de Deus. Eu seguia meu próprio caminho. "Porque
todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.... Não há um justo, nem um
sequer.... Todos se extraviaram " (Romanos 3:23; 3:10; 3:12). Eu era um deles.
Jesus veio do Céu para salvar os pecadores, não o
sJustos com bom caráter. Por isso tive minha chance. Eu devia ter sofrido a pena
por meu pecado, mas Cristo me amou e morreu em meu lugar. Ele suportou meus
"pecados em seu corpo > sobre o madeiro" (I Pedro 2:24). Cristo morreu na cruz — o
Sem Pecado no lugar do pecador. Ele "que não conheceu pecado" (II Coríntios 5:21)
morreu em meu lugar na cruz em que eu deveria ter morrido. Eu, o pecador Barrabás,
o pecador que merecia ser punido, fui total e incondicionalmente liberto. Ele Se
"fez pecado
por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (versículo 21). Deus puniu
Jesus, então Ele não me punirá. Por Ele ter abandonado Jesus, Ele não me
abandonará. Tudo o que eu tinha que ser era ser um pecador. Não precisava fazer
mais nada. Eu simplesmente cri que Jesus fez tudo isso. Na verdade, na verdade vos
digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna. (João 6:47) Na verdade, na
verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a
vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. (João
5:24)
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus,
aos que crêem no seu nome. (João 1:12)Ao crer que Jesus havia feito o que disse que
fez, e aceitá-lO como meu substituto e Aquele que carregou meu pecado, Ele me
aceitou como filho. Ele enviou Seu Espirito Santo ao meu coração, para que eu
pudesse nascer do alto. O Espírito Santo em meu coração testemunhou o clamor "Aba,
Pai". Antes disso, eu estava trabalhando. Agora Deus trabalha em mim para que eu
cumpra Sua boa vontade. As coisas que eu amava
antes, agora odeio; e as que eu odiava, agora amo. Quanto mais eu tento ser bom,
pior me torno. Quanto mais eu creio que Deus opera em mim e por mim, melhor me
torno. O Senhor me mostrou a luz da cidade que está por vir. Porque eu sei em quem
tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele
dia. (II Timóteo 1:12) Eu certamente entrarei pelos portões da cidade celestial
para compartilhar a alegria dos que venceram pela fé por causa do sangue do
Cordeiro. Jesus completou nossa salvação. Ele morreu pelos pecados de todo o mundo.
A vida eterna é um "dom". "O dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus
nosso Senhor" (Romanos 6:23). Esse dom é de graça.
Tudo o que temos de fazer é aceitá-lo ou rejeitá-lo, pegálo ou ignorá-lo. Devemos
ser como um dos dois ladrões crucificados à esquerda e à direita de Jesus: ou crer
que Jesus é Deus e pode salvar o pecador que reconhece sua condição e passar a
eternidade com Cristo no paraíso; ou ser como o outro ladrão e recusar a crer que
Jesus é Deus e morrer sem o perdão dos pecados e distante de Deus. Jesus salva
segundo a fé. "Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna " (João 3:16). Aqueles que crerem e assim forem salvos, Jesus sustentará.
Eles não se firmam na Rocha; a Rocha os firma. Eles não aceitam Jesus; Jesus que os
aceita. Eles são salvos pela graça através da fé, independente de qualquer obra.
Esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é que vence o mundo, senão
aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? (I João 5:4-5) Os que são salvos pela
graça e, pela graça, vivem uma vida de arrependimento, realizam obras de justiça e
são devotos porque já estão salvos, não para que sejam salvos. Eles fazem o que
fazem porque é o que Deus colocou do alto em seu coração. Osfsalvos se tornam
"participantes da natureza divina " (II Pedro l:4).|\Se alguém não tem o Espírito
de Cristo, esse tal não é dele " (Romanos 8:9). Todos os filhos de Deus têm o
Espírito Santo dentro do seu coração e do seu corpo e passaram pelo novo
nascimento. "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive
em mim" (Gálatas 2:20). Cristo em mim faz que eu cumpra as obras que sejam
agradáveis
a Ele, "porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, ( segundo a
sua boa vontade" (Filipenses 2:13). Os salvos são cidadãos celestiais que não amam
o mundo, nem as coisas do mundo. Eles têm hoje a "vida do Céu" porque possuem o
Espírito Santo dentro de si, pois o Espírito Santo é a vida do Céu, a vida de Deus,
a vida eterna. Nós receberemos a recompensa no Céu. Através das mais profundas
experiências do Espírito Santo, o Céu pode tornar-se mais real que a Terra, a ponto
de o filho de Deus poder, por vezes, andar por fé tanto quanto anda por vista em
sua jornada peregrina rumo à cidade cujo construtor e edificador é Deus.
NOSSO TESTEMUNHO A mensagem do Lar Adulão agora está completa. Esse testemunho deve
ser propagado, não por causa de nenhum conhecimento natural superior, mas por causa
das coisas que aconteceram em nosso meio conforme "Deus as revelou pelo seu
Espírito " (I Coríntios 2:10). Há limitações quanto à minha habilidade de colocar
tudo no papel. Algumas coisas somente podem ser conhecidas diretamente através de
revelações do Espírito Santo à pessoa. Gostaria de escrever mais, mas não posso.
Mas o que foi escrito, escrevi para "para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho
de Deus, e
para que, crendo, tenhais vida em seu nome" (João 20:31). Ou, tendo essa vida, que
você tenha bom ânimo em passar pelas provações até que receba cada vez mais vida
abundante, a vida através do batismo e da plenitude do Espírito Santo, a vida que o
Senhor planejou para cada um dos Seus filhos, a Grande Cidade do Rei que está por
vir, a cidade de Deus onde tudo é renovado.Sobre

o Autor

H. A. BAKER
O Rev. H. A. Baker e sua esposa, Josephine, foram missionários no Tibete
del911al919 antes de retornarem para os Estados Unidos por vários anos, acreditando
que seus dias de missionários haviam terminado devido a enfermidades. Mas logo Deus
os chamou de volta à China, ao extremo sudoeste da província de Yunnan. Eles se
estabeleceram na pequena cidade de Kotchiu, habitada por ladrões e bandidos e
conhecida como a pior cidade de toda a China. Em meio a esse contexto pecaminoso, a
família Baker viu a luz de Deus brilhar. Os Bakers logo tomaram ciência de que
muitos menores abandonados estavam passando fome e morrendo nas ruas. Então
decidiram abrir o Lar Adulão, provendo um teto para esses
meninos de rua desprezados. Havia 40 meninos no lar quando um grande milagre
aconteceu e Deus derramou Seu Espírito Santo, revelando segredos do Céu, do inferno
e dos seres espirituais aos órfãos. H. A. Baker escreveu esses eventos em seu
clássico livro, Visões Além do Véu
.Projeto

Lar Adulão

Se você foi tocado com o impressionante relato deste livro e quer ajudar a propagar
essa mensagem para diversas outras pessoas, convidamos você a participar do Projeto
Lar Adulão! Nós que lemos e fomos impactados com Visões Além do Véu estamos
convencidos de que este livro precisa ser divulgado em larga escala. Acreditamos
que o poderoso derramar do Espírito Santo sobre as desprezadas crianças chinesas
que viviam no Lar Adulão e as visões e revelações que elas receberam não devem se
restringir àqueles dias, mas sim que essa mensagem é para os dias de hoje e tem o
poder de alcançar, transformar e salvar muitas vidas ainda. Se você foi impactado
com a mensagem deste livro, como nós fomos, então cremos que você, melhor que
ninguém, sabe como permitir que as pessoas à sua volta tenham a oportunidade de
conhecer seu conteúdo. A seguir, algumas
sugestões de como você pode permitir que os outros tenham acesso a Visões Além do
Véu. Coloque uma imagem promocional em seu website. (Saiba mais detalhes em
http://www.propositoeterno.com .br/ visoesalemdoveu). Presenteie amigos e
familiares, e até mesmo estranhos, com o livro. Eles não só estarão ganhando um
livro empolgante de ser lido como também estarão recebendo uma mensagem que poderá
mudar tudo o seu futuro na eternidade. Se você tem um website ou um blog, não deixe
de comentar sobre o livro e como ele tocou sua vida. Não apenas comente sobre o
livro, mas recomende que seja lido e coloque um link para
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Escreva um comentário sobre o livro para o jornal local, revista favorita, websites
que você acessa ou livrarias virtuais que vendem o livro. Se você é dono de uma
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revender aos clientes. Podemos possibilitar que o livro seja vendido para atacado
em quantidades pequenas como 10 exemplares, o que permitirá que você, além de
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pastores, missionários, evangelistas, etc.) que sejam uma voz de influência para
algum grupo ou segmento, peça-lhes que leiam o livro e comentem sobre ele em suas
palestras, pregações, websites, etc.
Compre um pacote do livro para ser distribuído gratuitamente para abrigos de
mulheres, prisões, centros de reabilitação, orfanatos e em outros lugares onde você
considerar que as pessoas serão impactadas pela mensagem contida nele. Fale sobre o
livro em listas de emails, fóruns, salas de batepapo, grupos de discussão, websites
de relacionamentos, páginas da internet que você freqüenta e outros lugares pelos
quais você entra em contato com pessoas na Internet. Não fale do livro como mera
propaganda, mas compartilhe o quanto ele impactou sua vida e informe o link do
livro em http.// www.propositoeterno. com. br/visoesalemdoveu. Para informações
mais atualizadas e sugestões de como você pode ajuda a divulgar Visões Além do Véu,
acesse com freqüência o website da Editora Propósito Eterno.
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