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ISSN 1984-9354
GESTÃO, ORGANIZAÇÃO E
CONDIÇÕES DE TRABALHO
Hilda Alevato
UFF
Resumo
A literatura especializada identifica importantes pressões e
dificuldades de gestão de mão-de-obra no setor da alimentação
coletiva, além de aspectos que envolvem desde condições ambientais
até a qualidade dos produtos, passando por questões de higiene dos
alimentos e preparações e pelo atendimento de normas que regem sua
distribuição e consumo. Este artigo apresenta uma revisão
bibliográfica sobre gestão, organização e condições de trabalho em
unidades de alimentação, com o objetivo de analisar alguns aspectos
significativos envolvendo a atividade humana neste campo de trabalho.
1. INTRODUÇÃO
A temática da alimentação é, sem dúvida, uma das mais complexas e relevantes para a
vida. Desde as questões envolvendo a nutrição e seus determinantes biológicos, passando por
aspectos ambientais, culturais, psicológicos e outros, a alimentação não está ligada apenas à
sobrevivência do indivíduo e da espécie, mas também às relações sociais, à qualidade de vida,
à produtividade e a quase todas as dimensões da existência humana. Em seu entorno, na
atualidade, movimentam-se inúmeras atividades econômicas.
A segmentação inicial no mercado de alimentação refere-se às refeições feitas em casa
ou fora de casa, ou seja, é representada por todos os estabelecimentos envolvidos com a
produção e a distribuição de alimentos, ingredientes, equipamentos e refeições, para qualquer
tipo de coletividade. As refeições fora de casa denominam-se “alimentação coletiva” e
“alimentação comercial”, como as servidas nas empresas, escolas, hospitais, asilos, prisões,
restaurantes, entre outras. Este tipo de serviço inclui variadas atividades que empregam
grande contingente de mão-de-obra em todas as regiões do Brasil.
As Unidades de Alimentação e Nutrição1 (UAN), ou Unidades Produtoras de
Refeições (UPR), termo mais recentemente utilizado, designam todos os estabelecimentos
integrantes do segmento da alimentação fora do lar (catering, food service, restauration etc.),
sejam estes ligados aos estabelecimentos comerciais (restaurantes, bares e similares) ou não
(hospitais, quartéis, prisões, escolas etc.). Basicamente, o que diferencia as UPR comerciais,
das coletivas, é o grau de fidelidade do cliente ao serviço. Os níveis de catividade2 variam
desde a dependência quase total, como acontece nos hospitais e plataformas de petróleo, por
exemplo, até uma dependência relativa, caso dos restaurantes situados em locais de trabalho
nos centros das cidades, nos quais o cliente tem ofertas de alimento alternativas, à sua escolha
(PROENÇA, 2005).
No Brasil, o mercado de refeições coletivas registra saltos de crescimento expressivos,
com um aumento de faturamento em mais de 100% entre 2003 e 2007. A dimensão e a
importância do setor de alimentação coletiva na economia nacional podem ser medidas a
partir de números recentes gerados pelo segmento, de acordo com dados da ABERC3
1
Entende-se por Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) “[...] o local que tem como objetivo geral contribuir
para manter, melhorar ou recuperar a saúde da clientela a que atende, por meio de alimentação equilibrada e
segura do ponto de vista da higiene” (GANDRA & GAMBARDELLA 1986, P.35).
2
Refere-se ao grau de autonomia do indivíduo em relação à unidade de alimentação e nutrição.
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Congrega as empresas prestadoras de serviço, responsáveis pelo fornecimento de refeições coletivas no Brasil.
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www.crn7.org.br/resolucao/RESOLUÇÃO%20CFN%20200_98.doc
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Por absenteísmo entende-se a ausência não justificada ao trabalho, cuja medida é a relação entre o total de dias
não trabalhados num período e a quantidade de empregados.
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obrigações rotineiras, para garantir a confecção do cardápio a ser distribuído em horários pré-
estabelecidos e rígidos.
Este é o cenário que motivou o presente estudo, uma revisão bibliográfica sobre as
questões envolvendo gestão, organização e condições de trabalho em Unidades de
Alimentação (UAN). O objetivo deste artigo é, portanto, analisar os aspectos mais
significativos envolvendo a atividade humana neste campo de trabalho.
2. O TRABALHO EM UAN
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a) Rotina de trabalho
O funcionamento do serviço é explicado pela descrição de fluxogramas, sequências
inflexíveis, controles de tempo, roteiros, normas, manuais etc., os quais estão envolvidos
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b) Ritmo de trabalho
O ritmo de trabalho em UAN é muito intenso e aumenta quando ocorre algum
imprevisto na produção, como a falta ou o atraso na chegada de gêneros necessários para a
confecção do cardápio, defeito no equipamento, ausência de trabalhadores etc. Como já foi
lembrado anteriormente, estes imprevistos levam os trabalhadores operacionais a verem
acrescidas, às suas tarefas rotineiras, as atividades necessárias para garantir a confecção do
cardápio a ser oferecido aos clientes.
Segundo Proença (2000), isto se deve também às características peculiares do produto
(o alimento), que necessita de cuidados especiais devido à sua perecibilidade, e também à
variedade elaborada diariamente. Outro fator que faz com que o ritmo seja acelerado é a
inflexibilidade dos horários de distribuição das refeições, fator este gerador de pressão sobre
todos os trabalhadores da unidade porque, independentemente da atividade que cada um
desenvolva, a tarefa terá que estar finalizada antes da distribuição das refeições.
c) Jornada de trabalho
A jornada de trabalho dos operadores em UAN é condicionada pelas características da
clientela. Como exemplo disso, pode-se citar a jornada de trabalho em hospitais, onde são
praticados horários compatíveis com as necessidades dos pacientes e profissionais. Sendo
assim, a UAN de uma organização/instituição deve funcionar de acordo com os seus turnos
produtivos, o que envolve trabalho noturno e trabalho em turnos.
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Além das questões legais, estudos realizados por Ilda (1990) e Grandjean (1998),
apontam que jornadas de trabalho superiores a 8 horas/dia tornam-se improdutivas na medida
em que o trabalhador, ao ser submetido a extensas jornadas, tende a reduzir o ritmo de
trabalho com o objetivo de acumular reservas energéticas para suportar as horas extras. As
características do serviço prestado pelas Unidades de Alimentação, no entanto, não permitem
postergações, nem admitem ajustes de quantidade de produção, por exemplo, no caso da falta
de um trabalhador. Os presentes são chamados a assumir a lacuna dos ausentes, sob grande
sacrifício pessoal.
A jornada de trabalho noturna também acarreta conseqüências para o trabalhador.
Segundo Fisher (1996), as mudanças nos horários de repouso trazem alterações à maioria das
funções fisiológicas e cognitivas, que se expressam de maneira rítmica e são
significativamente perturbadas quando a pessoa dorme o sono principal fora do período
normal de repouso, que é o período noturno. Estas perturbações não passam despercebidas
pela imensa maioria dos trabalhadores; são manifestações típicas da insônia, irritabilidade,
sonolência excessiva durante o dia e à noite, durante o trabalho, sensação de "ressaca", fadiga
contínua, mau funcionamento do aparelho digestivo, desatenção e outros problemas. Pode-se
ainda observar manifestações mais graves, como o aumento do risco de doenças
cardiovasculares, inclusive infarto do miocárdio, associadas ao trabalho em turnos e ao
estresse (ROSCH, 2005).
Estudos realizados por Rotenberg et al (2001), apontam que homens e mulheres
compartilham a percepção de que o trabalho noturno implica grandes mudanças em suas
vidas. A necessidade de se manter em vigília à noite e de repousar de dia permeia vários
aspectos do cotidiano, como a rotina da família, as relações sociais, o lazer, os estudos etc.
Tepas et al (2004), assinalam também que o cansaço físico e mental ao final da jornada de
trabalho é maior entre os profissionais do período noturno.
d) Posturas e Movimentos
O esforço físico é uma constante nas UAN. Inclui, entre outros fatores, o levantamento
e carregamento de peso, as posturas incorretas e um tipo de trabalho muscular, estático e
dinâmico (PROENÇA, 1993).
A maior parte das atividades realizadas em UANs é realizada em pé, durante um
período muito longo, sem nenhum tipo de apoio, levando à manutenção de posturas forçadas,
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e) Acidentes de Trabalho
Os Acidentes de Trabalho (AT) se apresentam como agravos à saúde do trabalhador
em decorrência da atividade produtiva, recebendo interferências de variáveis inerentes à
própria pessoa, do ponto de vista físico e/ou psíquico, bem como do contexto profissional,
social, econômico, político e da própria existência (BARBOSA, 1989; SILVA, 1996).
Incidem na ruptura na relação entre o trabalhador e os processos de trabalho e produção,
interferem no seu processo saúde-doença, algumas vezes de maneira abrupta e outras de
forma insidiosa, no modo de viver ou morrer dos trabalhadores.
Segundo a Lei nº. 8.213, de 24 de julho de 1991, alterada pelo Decreto nº. 611, de 21
de julho de 1992, no artigo 19º:
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As lesões musculo-esqueléticas de origem ocupacional representam um expressivo problema humano, social e
econômico. No Brasil, o DORT representa mais da metade das doenças ocupacionais, contabilizando em 2001,
segundo o Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador (CESAT), 65% dos casos de diagnósticos de doenças
ocupacionais (CASELLATO, 2002).
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f) Absenteísmo e rotatividade
Segundo Teixeira (2000 p. 160) “[..] a taxa de absenteísmo (TA) é um indicador
utilizado na Administração de Recursos Humanos para avaliar o desempenho da Organização
como um todo”. Esta observação de Teixeira é bastante relevante, considerando que as faltas
ao trabalho frequentemente recebem um tratamento localizado e focado exclusivamente nas
“falhas comportamentais” dos funcionários, sem atenção ao contexto organizacional.
Ao realizar um estudo em uma UAN, Santana (2002) constatou que os funcionários
são submetidos diariamente a uma elevada exigência de produtividade. Neste mesmo trabalho
foi verificado, também, um índice de rotatividade e absentismo bem acima da média
registrada em empresas de serviços, no mesmo período.
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No caso das UANs, dentre outros aspectos, o conjunto de elementos citados nos itens
anteriores ajuda a visualizar um cenário que concorre para o absenteísmo e até “estimula” a
rotatividade da mão-de-obra.
A atenção sobre as condições do ambiente, as exigências da atividade, as
características do serviço, a organização do trabalho etc. são desafios importantes à gestão, de
forma a evitar as insatisfações que motivam grande parte dos problemas de absenteísmo e
rotatividade registrados neste segmento profissional.
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a) Espaço Físico
As áreas que compõem as UAN devem ser planejadas seguindo uma linha racional de
produção, obedecendo a um fluxo coerente, evitando assim cruzamentos desnecessários e
acidentes de trabalho, que podem comprometer a produção das refeições e/ou a saúde dos
trabalhadores. A melhor localização é no andar térreo, por facilitar o acesso dos fornecedores
e comerciantes, remoção do lixo e redução nos custos de implantação e manutenção
(TEIXEIRA, 2000, MANZALLI 2006).
A forma mais indicada é a retangular, desde que o comprimento não exceda mais de
1,5 a 2 vezes a largura (MANZALLI 2006). Este dimensionamento físico “[...] propicia
melhor disposição dos equipamentos e tem a vantagem de evitar caminhadas supérfluas,
conflitos de circulação, reduzindo as fases operacionais e facilitando a supervisão de trabalho”
(TEIXEIRA et al, p.87).
Segundo a NR 24 (Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho), as
áreas previstas para cozinha e depósito de gêneros alimentícios deverão ser de 35% e 20%,
respectivamente, da área do refeitório. As características físicas estabelecidas englobam ainda,
o piso, as paredes, portas e janelas e instalações (elétricas, hidráulica, de vapor, de
emergência, etc.).
Com relação ao piso, este deve ser antiderrapante, de material resistente ao ataque de
substâncias corrosivas e de fácil higienização, com cores que tenham um índice de reflexão
entre 15 e 30%. O piso deve ter, ainda, inclinação suficiente em direção aos ralos, e um único
nível, a fim de se evitarem acidentes de trabalho (ABREU, 2003, REGO, 2000).
As paredes devem ser revestidas de material lavável, em cores claras e bom estado de
conservação. Se forem azulejadas, devem respeitar a altura mínima de 2 metros (ABREU,
2003).
Em relação às portas, estas devem ter superfície lisa, com fechamento automático
(mola ou similar) e protetor no rodapé. As janelas devem estar localizadas na parte superior
das paredes para garantir o conforto térmico e evitar que os raios solares incidam diretamente
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sobre os alimentos. As janelas devem contar também com a proteção de telas milimétricas,
para evitar a entrada de insetos.
c) Iluminação
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d) Ruído
O ruído tem sido considerado um importante agente de risco ocupacional. A perda
auditiva ocupacional pode ser causada por exposições a níveis elevados de ruído contínuo ou
de impacto ou sua combinação com agentes ototóxicos e/ou otoagressivos. A exposição a
níveis de ruído elevados (acima de 85 dB8), por 8 horas diárias de trabalho, pode causar perda
auditiva induzida por ruído (PAIR) (YONEZAKI C, HIDAKA, MU, 2005).
Além de queixas auditivas, zumbido e tontura, trabalhadores expostos ao ruído podem
apresentar outros sintomas não auditivos, como problemas psicológicos, digestivos, de
comunicação, de sono e alterações fisiológicas. Segundo Okamoto (1994), a exposição
constante a ruídos também pode provocar alterações circulatórias, visuais e gastrintestinais,
além de comprometimento de outras habilidades.
Estudo realizado em restaurantes universitários observou que o ruído manteve-se alto
em todos os setores da unidade, sendo que em um dos restaurantes os operadores precisavam
elevar a voz devido à grande quantidade de caldeiras em funcionamento (CASAROTTO et al,
1997). Em Florianópolis, foram avaliadas sete unidades de alimentação nas quais foram
8
É uma medida da razão entre duas quantidades, sendo usado para uma grande variedade de medições em acústica, física e
eletrônica. O decibel é muito usado na medida da intensidade de sons. www.ines.gov.br/ines_livros/4/4_005.HTM - 7k.
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encontrados ruídos elevados em 100% dos setores de pré-preparo e 85,7% dos setores de
coccção (SOUSA et al, 1997) .
Outro estudo realizado por Matos (2003) constatou que o ruído proveniente do sistema
de exaustão e da máquina de lavar bandejas dificultava a comunicação entre os setores de
cocção e higienização, exigindo deslocamentos constantes dos funcionários para permitir um
desenrolar satisfatório das atividades.
Portanto, em função da presença de ruídos acima do tolerável aos quais são expostos
os trabalhadores de unidades de alimentação, devem ser observados alguns cuidados na fase
do planejamento físico, dentre as quais:
1. Utilizar materiais acústicos e isolantes para o teto e as paredes;
2. Utilizar equipamentos silenciosos e carros que se movam sob rodízios de borracha;
3. A fim de evitar o eco produzido, as paredes não devem ficar a mais de 17 m de
distância;
4. Para evitar a reflexão do som, os equipamentos não devem ser instalados nos cantos
ou junto às paredes;
Conforme está sendo apresentado, o trabalho realizado em unidade de alimentação e
nutrição exige esforço físico, movimentos repetitivos por longos períodos, postura em pé e
deslocamentos frequentes durante a realização das tarefas. Além disso, muitas vezes é
desenvolvido em ambientes excessivamente quentes e úmidos, com níveis de ruído
prejudiciais até à comunicação interpessoal necessária ao desenrolar das atividades. Falhas na
iluminação e na ventilação completam o cenário descrito por grande parte dos autores e
pesquisadores consultados nesta revisão.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Citando Mintzberg, Codo (2000, p. 126) lembra que “se as organizações [...] estão
com a doença do gerenciamento, as pessoas que nelas trabalham adoecem com certos
métodos de gestão”. De alguma forma, a revisão bibliográfica realizada no presente estudo
confirma a “doença do gerenciamento” frequentemente encontrada nas UAN, seja através das
descrições das condições de trabalho às quais são submetidos os profissionais do setor, seja
através do modelo de organização do trabalho predominante.
REFERÊNCIAS
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