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DE PORTUGUÊS
EXPRESSÃO ESCRITA
- TIPOLOGIAS
• Ata
……………………………………………………………………………..
• Aviso …………………………………………………...
……………………..
• Autobiografia ………………………………………..
…………………….
• Carta ……………………………………………………....
………………….
• Comentário …………………………………………...
……………………
• Convite ………………………………………………..…..
…………………
• Crítica ………………………………………………..……….
………………
• Crónica ………………………………………………..……..
………………
• Descrição …………………………………………..…….
…………………
• Diálogo …………………………………………….……..
…………………
• Diário ……………………………………………………….
…………………
• Entrevista
……………………………………………………………………
• Notícia
……………………………………………………………………..…
• Postal
………………………………………………………………………….
• Programa ……………………………………………………………….
……
• Recado …………………………………………………………………..
……
• Resumo
………………………………………………………………………
• Retrato ……………………………………………………………….
………
• Texto argumentativo …………………………………………………
• Texto de opinião
………………………………………………………..
• Texto narrativo ……………………………………………..
……………
EXPRESSÃO ESCRITA
Passos a tomar ao escrever um texto:
1.º planificar - pensas acerca do texto que vais escrever; ideias soltas – palavras,
expressões:
◊ destinatário – para quem vou escrever este texto?
◊ intenção – para que é que vou escrever? Para informar? Para dar a opinião? Para
convencer alguém? Para contar uma coisa que aconteceu?
◊ tema e assuntos – sobre que é que vou escrever?
◊ tipo de texto – texto narrativo? Uma carta? Um texto de opinião? Uma biografia?
◊ tipo de linguagem – linguagem corrente? Linguagem formal? Linguagem familiar?
◊ tom – linguagem afetuosa? Insultuosa? Vou exprimir indignação? Desespero?
Exaltação?
◊ extensão – uma página? Posso incluir pormenores ou devo ser conciso?
2.º Redação: baseando-te no plano, tens de construir frases completas com sentido.
4. Aposto e outras expressões (ou seja, isto é, quer dizer) – isolados por vírgula
Rui, o irmão mais avisado, foi o último a morrer.
Cada um traçou o seu destino, ou seja, a ganância levou-os à morte.
Exemplos:
Eça de Queirós
o escritor, o autor
Funchal
a cidade
Eusébio
ATA
A ata é um documento escrito de valor jurídico em que se registam de forma precisa as
ocorrências, resoluções e deliberações de uma reunião ou assembleia.
Normas a seguir:
◊ relatar os assuntos pela ordem em que foram tratados na reunião;
◊ reproduzir fielmente o essencial do que foi dito e decidido;
◊ utilizar a palavra «digo» para corrigir um engano;
◊ escrever os números por extenso;
◊ trancar os espaços em branco.
Exemplo:
Ata número um
-------Aos dois dias do mês de Março de mil quatrocentos e noventa e nove realizou-se,
pelas dez horas, no Olimpo, um Consílio dos Deuses com a seguinte ordem de
trabalhos:------------------------------------------
-------Ponto único - Deliberação sobre a ajuda a dar aos portugueses na descoberta do
caminho marítimo para a Índia.
----------------------------------------------------------------------------------A reunião foi presidida por
Júpiter e estiveram presentes todos os deuses convocados.
-------------.-------------------------------------------------------------------------------------
-------A abrir a sessão, Júpiter recordou à Assembleia os feitos heroicos já realizados
pelos portugueses. Referiu ainda que, no momento presente, enfrentava, com parcos
recursos mas, grande determinação, os perigos marítimos, tendo como objetivo chegar
às terras do Oriente. Declarou, também, que já lhe estava prometido pelo Fado eterno,
o domínio, por muito tempo, dos mares do oriente, tinham passado um inverno
rigoroso no mar e enfrentado duros perigos, os navegantes estavam exaustos, por
isso, decidira que a armada fosse amigavelmente recebida na costa africana, para
retemperar forças antes de prosseguir a viagem.----------------------------------------------------
-------Na sequência desta declaração, Baco manifestou a sua discordância, defendendo
que, se chegassem ao Oriente, os portugueses dominariam a região e os seus feitos
fariam esquecer famas anteriores. Ele próprio, Baco, deixaria de ser adorado e perderia
a sua glória.----------------------------------------------------------------------------------------------------
-------A deusa Vénus, discordando de Baco, apoiou a decisão de Júpiter,
argumentando com as qualidades do povo português, semelhantes às do povo
romano, descendente do seu filho.----------------------------------------------------------------------
-------O deus Marte, levantando-se para expor as suas razões, repôs a ordem na
reunião, e dirigindo-se a Júpiter incentivou-o a não dar ouvidos a Baco, pois as suas
opiniões não se baseavam na razão, mas em sentimentos mesquinhos como a inveja,
e aconselhou-o a não voltar atrás da decisão tomada, pois seria sinal de
fraqueza.--------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------
-------Júpiter concordou com as palavras de Marte, fazendo um gesto de aprovação, e,
de seguida, espalhou néctar pelos deuses que se preparavam já para regressar aos
seus planetas.-------------------------------------------------------------------------------------------------
-------E nada mais havendo a tratar, deu-se por encerrada a sessão da qual se lavrou a
presente acta que, vai ser assinada nos termos da lei.---------------------------------------------
O Presidente: Júpiter
O Secretário: Mercúrio
AVISO
O aviso é um texto curto, com linguagem muito clara, que faz referência a uma
determinada situação ou acontecimento (corte de água, adiamento de um jogo…), e é
destinado a um público concreto (os alunos da escola, os munícipes de uma
determinada localidade, os atletas de um clube…).
Exemplo:
Escola EB 2/3 de Soutinho
AVISO
Avisam-se todos os alunos de que amnhã, sexta-feira, 02-05-2008, não serão servidas
refeições no refeitório por motivo de avaria na instalação eléctrica.
AUTOBIOGRAFIA
Nasci numa família de camponeses sem terra, em Azinhaga, uma pequena povoação
situada na província do Ribatejo, na margem direita do rio Almonda, a uns cem
quilómetros a nordeste de Lisboa. Meus pais chamavam-se José de Sousa e Maria da
Piedade. José de Sousa teria sido também o meu nome se o funcionário do Registo
Civil, por sua própria iniciativa, não lhe tivesse acrescentado a alcunha por que a família
de meu pai era conhecida na aldeia: Saramago. (Cabe esclarecer que saramago é uma
planta herbácea espontânea, cujas folhas, naqueles tempos, em épocas de carência,
serviam como alimento na cozinha dos pobres). Só aos sete anos, quando tive de
apresentar na escola primária um documento de identificação, é que se veio a saber
que o meu nome completo era José de Sousa Saramago... Não foi este, porém, o único
problema de identidade com que fui fadado no berço. Embora tivesse vindo ao mundo
no dia 16 de Novembro de 1922, os meus documentos oficiais referem que nasci dois
dias depois, a 18: foi graças a esta pequena fraude que a família escapou ao
pagamento da multa por falta de declaração do nascimento no prazo legal. (…)
http://www.josesaramago.org/saramago/detalle.php?id=677
CARTA
Carta formal
Cabeçalho
Joana Fernandes
Av. do Brasil, 567, 4º Esq.
1700-023 Lisboa
Exmo. Senhor:
Dr. Pedro Faria Magalhães
Instituto do Emprego e Formação Profissional
Av. 24 de Julho, 541, 7º
1200 - 034 Lisboa
Fecho
• Agradecendo antecipadamente a atenção de V. Ex.a, apresento
os meus melhores cumprimentos,
• Com os (meus/nossos) melhores cumprimentos,
• Atentamente,
Carta informal
Cabeçalho
Abertura
COMENTÁRIO
Exemplos:
A união faz a força
O texto narrativo «Os Três Porquinhos» pretende mostrar ao leitor um exemplo de
vida e atitude em grupo. De um modo muito abrangente, o escritor mostra que, com
a união de forças, é possível alcançar um objetivo maior, neste caso, a sobrevivência
e a segurança.
Os porquinhos, desejados por um lobo faminto, com medo de serem devorados
resolvem de modo competitivo mostrar a sua independência, construindo cada um a
sua casa, que, aos poucos, foi mostrando suas imperfeições. Quando a casa de
palha é derrubada com o vento, o porquinho corre, procurando auxílio no lar do
segundo porquinho. Após a destruição da casa de madeira deste, os dois correm,
pedindo protecção ao terceiro porco, que usou, na sua casa, uma sólida construção
de tijolo. Juntos, os três porquinhos uniram as suas ideias e encontraram a melhor
maneira de vencer o lobo.
Deste modo, esta narrativa mostra, indubitavelmente, que «a união faz a força» e
esta lição poderá ser usada para aperfeiçoar projetos de grupo, por exemplo, nas
escolas ou nas empresas.
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20081130040556AA2PrsY
(adaptado)
Convite
Convite
Exemplos:
Manhãs Gloriosas
Estreou 24 de Março para variar, uma comédia com pés e cabeça, suportada por
estrelas de alto gabarito e um realizador com tudo no sítio. A prova de que nem todas as
comédias norte-americanas são lixo cinematográfico.
Sem pretensiosismo, mas recusando-se também a cair na banalidade do costume,
Manhãs Gloriosas afirma-se como uma obra equilibrada, elegantemente filmada por
Roger Michell, e detentora de interpretações que nos fazem rir às gargalhadas. Tal
como acontecia em Notting Hill, o público rapidamente se apaixona pelas personagens,
não conseguindo mais tirar os olhos do ecrã. E numa obra com estas características,
isso é meio caminho para o sucesso. Ao contrário de algumas das suas obras mais
recentes, Diane Keaton cai um pouco para segundo plano, num filme onde Rachel
McAdams e Harrison Ford são estrelas que brilham mais alto. É certo que, por vezes, a
Becky de McAdams sorri demasiado e o Mike de Ford é excessivamente monocórdico.
Mas em momento algum as suas personagens deixam de ser genuínas, algo que
constitui, porventura, a força maior desta aprazível obra cinematográfica.
Se estão à procura de alegria e de boa-disposição numa sala de cinema, Manhãs
Gloriosas é a escolha mais acertada. É, sem sombra de dúvida, uma das melhores e
mais bem pensadas comédias desde A Ressaca, estando muito longe da habitual
torrente de parvoíce de Hollywood produz e que nos inunda as salas de cinema à
velocidade da chita nos prados africanos.
Rui Madureira, Première, Maio 2011
CRÓNICA
Ao elaborar a crónica:
◊ tem em conta que a crónica recria factos do quotidiano.
◊ não te esqueças que a crónica deixa transparecer a subjetividade do cronista.
◊ utiliza diferentes níveis de língua.
◊ utiliza a primeira pessoa.
◊ articula coerentemente as frases e os parágrafos.
Exemplo:
Querida Naná:
DESCRIÇÃO
A descrição é a parte da narrativa contém informações sobre as pessoas, o
espaço ou o tempo. Assim, a descrição enriquece os textos. Deve seguir uma estrutura
lógica: da impressão global para os pormenores, do alto para o baixo (ou vice-versa), do
mais próximo para o mais distante (ou vice-versa).
DESCRIÇÃO PERSONAGEM
- aspetos físicos: a cor da pele, a idade, os cabelos, a altura, o peso, a voz, os traços
do rosto. Embora, a vestimenta não seja um traço físico, pode também ser mencionada,
pois marca um detalhe e, além disso, é ela que, muitas vezes, revela o verdadeiro estilo
de vida do personagem.
DESCRIÇÃO DE AMBIENTES
1º Parágrafo
Comentário de carácter geral.
INTRODUÇÃO
2º Parágrafo
Pormenores da estrutura global do ambiente: paredes (janelas e portas), chão, teto,
luminosidade e aroma (se houver).
DESENVOLVIMENTO
3º Parágrafo
Pormenores de objetos existentes: móveis, eletrodomésticos, quadros, esculturas...
4º Parágrafo
Observações sobre a atmosfera que paira no ambiente.
CONCLUSÃO
Exemplo:
O lugar e o tempo
DESCRIÇÃO DE PAISAGENS
1º Parágrafo
Comentário sobre a localização ou qualquer outra referência de carácter geral.
INTRODUÇÃO
2º Parágrafo
Observação do plano de fundo: explicação do que se vê ao longe.
DESENVOLVIMENTO
3º Parágrafo
Observação dos elementos mais próximos do observador: explicação detalhada dos
elementos que compõem a paisagem, de acordo com determinada ordem.
4º Parágrafo
Comentários de carácter geral, concluindo acerca da impressão que a paisagem
causa em quem a contempla.
CONCLUSÃO
Exemplo:
Um recanto especial
Nas proximidades da cidade existe um pequeno sítio. Situa-se num terreno inclinado
e arborizado quase na sua totalidade.
Ao olhar da casa construída bem no centro, vêem-se, até onde a vista alcança,
outros pequenos espaços com as mesmas características e, bem ao fundo, algumas
colinas cujo verde cintila pela ação dos poderosos raios de Sol.
Na parte mais baixa, existe um campo de milho que se estende até a casa de
paredes brancas e janelas enormes. Em frente à varanda há um jardim com flores
variadas, que exalam perfumes agradáveis e suaves. Ao lado da casa existe um poço e,
subindo um pouco mais, avista-se um pomar repleto de árvores de fruto. Na parte mais
alta, não cultivada, há uma gruta, onde as crianças costumam brincar e, de lá de cima,
contemplar toda a região.
Estar ali, no pomar ou no jardim, respirando aquele ar puro, com o leve aroma dos
eucaliptos que circulam a região, traz a qualquer um que frequente o local uma
profunda sensação de paz. Lá reinam o silêncio e a harmonia entre o homem e a
natureza.
http://www.portaladm.adm.br/Portinstrumental/p2.htm (adaptado)
DIÁLOGO
O diálogo é uma situação especial da narração, que consiste na troca de falas
entre personagens.
Na elaboração do diálogo:
◊ usa dois pontos para indicar que alguém vai falar.
◊ coloca o travessão antes da fala das personagens.
◊ faz parágrafo para indicar a mudança da pessoa que fala.
◊ utiliza verbos introdutores do discurso directo diversificados (dizer, afirmar,
perguntar, interrogar, responder, replicar, negar, contestar, exclamar, bradar,
pedir, solicitar, mandar, ordenar)
Exemplo:
(…) E então voltou para o pé da raposa e despediu-se:
- Adeus...
- Adeus - disse a raposa. - Vou-te contar o tal segredo. É muito simples: só se vê bem
com o coração. O essencial é invisível para os olhos...
- O essencial é invisível para os olhos - repetiu o principezinho, para nunca mais se
esquecer.
- Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca
mais se esquecer.
- Os homens já se esqueceram desta verdade - afirmou a raposa. - Mas tu não te deves
esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que cativaste. Tu és
responsável pela tua rosa...
- Sou responsável pela minha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca mais se
esquecer.
O Principezinho de Antoine de Saint-Exupéry
DIÁRIO
O diário é o conjunto de registos do nosso dia-a-dia, contendo os momentos mais
marcantes da nossa vida.
Ao elaborar a página do diário deves:
◊ ter em conta que um diário é um registo de reflexões, sentimentos, acontecimentos e
experiências vividas no quotidiano.
◊ indicar o local e a data.
◊ utilizar a primeira pessoa.
◊ utilizar predominantemente a função emotiva da linguagem.
◊ utilizar uma linguagem clara, simples e coloquial.
Articular coerentemente as frases e os parágrafos.
Exemplo:
Terça-feira, 11 de Abril de 1944
Querida Kitty:
Sinto como que marteladas na cabeça! Nem sei por onde começar. Sexta-feira
(Sexta-feira Santa) à tarde, e no sábado também, fizemos vários jogos. Esses dias
passaram-se sem novidade e bastante depressa. No domingo pedi ao Peter que viesse
aqui e mais tarde subimos e ficámos lá em cima até às seis horas. Das seis e quinze
até às sete horas ouvimos um belo concerto de música de Mozart; do que mais gostei
foi da «K'eine Nachtmusik». Não consigo escutar bem quando há muita gente à minha
volta, porque a boa música comove-me profundamente.
(…) Às nove e meia o Peter bateu à porta e pediu ao pai que subisse para lhe ensinar
uma frase inglesa muito complicada.
- Aqui há gato - disse eu à Margot. - Ele não está a dizer a verdade.
E tinha razão. Havia ladrões no armazém. Com rapidez, o pai, o Peter, o sr. van
Daan e o Dussel desceram. A mãe, a Margot, a srª van Daan e eu ficámos à espera.
Quatro mulheres cheias de medo não podem fazer outra coisa senão porem-se a falar.
Assim fizemos. De repente, ouvimos, lá em baixo, uma pancada forte. Depois, silêncio.
O relógio deu dez menos um quarto. Estávamos lívidas, muito quietas e cheias de
medo. Que foi feito dos homens? O que é que significava aquela pancada? Haverá luta
entre eles e os ladrões? Dez horas. Passos na escada. Entra primeiro o pai, pálido e
nervoso, depois o sr. van Daan.
- Fechem a luz. Subam sem fazer barulho. Deve vir a polícia.
Agora não havia tempo para medos. Fechámos a luz. Ainda peguei no meu
casaquinho e subimos.
Diário de Anne Frank
ENTREVISTA
A entrevista pretende dar a conhecer certas personalidades, saber as suas opiniões, as
suas ideias e os seus projetos.
Exemplo:
Entrevista a Sophia de Mello Breyner
NOTÍCIA
A notícia é o relato de factos verídicos atuais.
Ao elaborar a notícia tens de:
◊ ter em conta que uma notícia deve ser atual e de interesse geral.
◊ escolher um título curto e sugestivo.
◊ redigir o «lead» ou parágrafo-guia, tendo em conta as perguntas Quem? O quê?
Quando? Onde?
◊ desenvolver a notícia, acrescentando as respostas às perguntas Como? Porquê?
Para quê?
◊ utilizar uma linguagem clara, acessível e objetiva.
◊ usar um vocabulário corrente e simples.
◊ usar essencialmente frases declarativas e curtas.
◊ utilizar a terceira pessoa gramatical.
◊ articular coerentemente as frases e os parágrafos.
◊ evitar adjetivo.
Exemplo:
Lourinhã
Banhista desaparece no mar na Areia Branca
Um homem de 26 anos desapareceu hoje no mar quando tomava banho na praia da
Areia Branca, concelho da Lourinhã, que ainda está sem vigilância balnear, disse o
comandante da capitania de Peniche.
Patrocínio Tomas afirmou à agência Lusa que o jovem estava com mais dois amigos e,
devido à corrente forte, não conseguiu sair.
A praia da Areia Branca só começa a ter vigilância a partir de 15 de Junho.
O alerta do desaparecimento foi dado às 18:30.
As buscas estão a ser efetuadas por um helicóptero da Força Aérea e pela embarcação
salva-vidas de Peniche até ao pôr-do-sol, e serão retomadas no sábado ao amanhecer.
Na área de jurisdição da capitania de Peniche, entre Caldas da Rainha e Torres Vedras,
este é o primeiro caso de desaparecimento, segundo as autoridades marítimas.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1875562
POSTAL
O postal é semelhante a uma carta. O texto tem as mesmas características e a
mesma apresentação, mas é breve. Escreve-se um postal quando a mensagem que
queremos enviar é curta ou em circunstâncias especiais: felicitação por aniversário,
pequenas notícias de férias, boas-festas…
Exemplo:
Querida Cuca,
Roma é irreal. Os romanos, então, nem se fala. O Manel diz-me que sou uma atiradiça,
mas tu compreendes, com toda a certeza.
Os Algarves, que tal? Se vires a camada de ozono, nem que seja por uns minutos, dá-
lhe saudades minhas e diz-lhe que volte, está perdoada.
Beijos da crónica
Loló
Ana Saldanha, Doçura Amarga, Ed. Edinter
PROGRAMA
O programa é um texto informativo que dá a conhecer os pormenores de uma
festa, espetáculo, concurso…
Ao elaborar um programa deves indicar:
◊ o nome da festa,
◊ o local;
◊ a data;
◊ a lista e o horário dos vários acontecimentos que constituem a festa.
Exemplo:
Escola EB 2/3 de Sobreirinho
Festa de Natal
14 de Dezembro de 2008
Programa
9:00 h –
9:30 h –
10:00 h –
11:00 h –
11:45 h –
12:30 h –
14:00 h –
Canções de Natal
• Canções tradicionais portuguesas (alunos 2.º ciclo)
• Canções inglesas (alunos 8.º ano)
• Canções francesas (alunos 9.º ano)
Almoço-convício
Ementa natalícia:
• Canja
• Peru com recheio de castanhas e arroz de forno
• Rabanadas
• Sonhos
• Filhós
• Ananás
• Frutos secos variados
• Sumos naturais de frutos variados
Contamos contigo!
O grupo organizador
RECADO
O recado é um pequeno texto, geralmente manuscrito, destinado a transmitir a
alguém uma mensagem muito curta.
Ao elaborar um recado deves incluir:
◊ a pessoa a quem te diriges;
◊ a mensagem;
◊ a assinatura.
Exemplo:
Rui e Carlos,
Fui cortar o cabelo. Não venho almoçar a casa. De tarde vou acabar um serviço na
repartição. Está aí o dinheiro da vossa mesada.
Pai
António Mota, Fora de Serviço, Ed. Gailivro
RESUMO
O resumo é o texto que, no menor número de palavras possível ou na extensão
indicada, reproduz, com fidelidade, as ideias essenciais do texto original.
Antes de elaborar o resumo deves:
◊ ler bem o texto dado.
◊ apreender as ideias fundamentais.
◊ reconstituir o encadeamento das ideias.
Exemplo:
http://www.notapositiva.com/pt/apntestbs/portugues/09_tesouro_eca.htm#vermais
(adaptado)
RETRATO
Exemplo:
A menina dos cabelos de fumo
Era uma vez uma menina que tinha cabelos de fumo. Como o fumo não se penteia
(ninguém inventou pentes para o pentear), não tinha preocupações com a cabeleira,
que era fofa, linda, leve, e tinha a particularidade de mudar de cor conforme a
disposição da menina.
Se estava alegre os cabelos eram azuis; se estava triste eram cinzentos. Mas, se se
zangava, ficavam rubros! Sempre que o seu coração batia de esperança tornavam-se
verdes, e quando era carinhosa ficavam cor-de-rosa.
Como a menina facilmente mudava de humor, era engraçado ver o cabelo a mudar de
cor!
E também a mudar de aroma, porque o fumo era perfumado. (…)
A menina tinha vaidade na sua cabeleira invulgar.
Renata Gil, A Fada Desastrada
TEXTO ARGUMENTATIVO
O texto argumentativo defende uma tese, uma ideia, um ponto de vista,
apresentando razões, que, por um raciocínio lógico, levam a uma conclusão.
Exemplo:
A televisão tem uma grande influência na formação pessoal e social das crianças e
dos jovens. Funciona como um estímulo que condiciona os comportamentos, positiva
ou negativamente.
A televisão difunde programas educativos edificantes, tais como o ZigZag, os
documentários sobre Historia, Ciências, informação sobre aactualidade, divulgação de
novos produtos…
Todavia, a televisão exerce também uma influência negativa, ao exibir modelos,
cujas características são inatingíveis pelas crianças e jovens em geral. As suas
qualidades físicas são amplificadas, os defeitos esbatidos, criando-se a imagem do
herói / heroína perfeitos. Esta construção produz sentimentos de insatisfação do eu
consigo mesmo e de menosprezo pelo outro.A violência é outro aspecto negativo da
televisão, em geral. As crianças/jovens tendem a imitar os comportamentos violentos
dos heróis, o que pode colocar em risco a vida dos mesmos. O mesmo acontece com o
visionamento de cenas de sexo. As crianças formam uma imagem destorcida da sua
sexualidade, potenciando a prática precoce de sexo e suscitando distúrbios afectivos.
Em jeito de conclusão, é legítimo que se imponha às estações detelevisão uma
restrição de exibição de material violento ou desajustado à faixa etária nas suas grelhas
de programação, dado que a exposição a este tipo de conteúdos é extremamente
prejudicial no desenvolvimento das crianças e dos jovens, pois, tal como diz o povo,
“violência só gera violência”.
http://pt.scribd.com/doc/31355681/exemplo-texto-agumentativo
TEXTO DE OPINIÃO
Um texto de opinião é um texto através do qual o autor procura expor o seu
ponto de vista acerca de um assunto, geralmente atual, inquietante ou que interesse a
um grande número de pessoas.
- Conclusão – último parágrafo (4-5 linhas bastarão): pode ser um resumo da ideia
principal ou um comentário final. Não apresentar aqui novos factos relacionados
diretamente com o tema.
Expressões úteis:
• Acredito que…
• Creio que…
• Do meu ponto de vista,…
• Na minha opinião,…
• Estou convicto de que…
• Considero que…
• Penso que…
• Parece-me que…
• Sou completamente contra…
• É comum pensar-se que…
• É de salientar que…
• Não podemos ignorar que…
• Nunca é de mais lembrar…
• Reconheço que… mas…
Exemplo:
O papel dos idosos na nossa sociedade
O envelhecimento da população dos países ocidentais e, em particular, de
Portugal, implica mudanças económicas e sociais que não terão resolução fácil. No
entanto, isto não quer dizer que os idosos não possam desempenhar um papel
importante na nossa sociedade.
De facto, não nos podemos esquecer que muitos destes cidadãos trabalharam ao
longo de décadas, em condições nem sempre agradáveis, e contribuíram para o
desenvolvimento do nosso país. Por outro lado, parece-me que a grande maioria ainda
pode prestar às gerações mais novas um contributo significativo, quer transmitindo os
seus conhecimentos e experiências, quer continuando a trabalhar (em tempo total ou
parcial), se for essa a sua vontade.
É comum pensar-se que esta população é totalmente sustentada pelo Estado,
sem exercer uma atividade verdadeiramente útil. Esta ideia parece-me profundamente
desajustada da realidade, pois inúmeros idosos ainda desempenham atividades
socialmente relevantes (por vezes, mal remuneradas). Nunca é de mais lembrar que a
função dos avós é essencial ao crescimento equilibrado das crianças. Aliás, a ajuda que
estes dispensam é preciosa numa sociedade em que os pais deixaram de ter tempo
para criar os filhos.
Em síntese, longe de ser insignificante, o contributo dos mais velhos pode ser, nos
dias de hoje, extremamente válido. É forçoso que uma sociedade cada vez mais
obcecada pela beleza e juventude (e, simultaneamente, mais envelhecida) tome
consciência desse facto.
TEXTO NARRATIVO
O texto narrativo é o relato de uma história real ou imaginária narrada por um
narrador, cujas personagens se envolvem numa ação que decorre num determinado
espaço, durante um certo período de tempo. Neste tipo de texto, pode surgir a narração,
a descrição, o diálogo e mesmo algumas reflexões.
Na elaboração da narrativa:
◊ escolhe um título adequado.
◊ respeita a estrutura do texto narrativo (introdução, desenvolvimento e conclusão).
◊ tem em conta os modos de expressão (narração, descrição, diálogo).
◊ tem em conta uma ordem lógica no relato dos factos.
◊ articula coerentemente o texto.
◊ tem em conta os modos e os tempos verbais.
◊ utiliza um vocabulário sugestivo e variado.
◊ utiliza recursos expressivos.
Exemplo:
A carteira de crocodilo
A Senhora Dona Francisca Júlia Sacramento, esposa do governador-geral,
excelenciava-se pelos salões, em beneficentes chás e filantrópicas canastas. Exibia a
carteirinha que o marido lhe trouxera das outras Áfricas, toda em substância de pele de
crocodilo. As amigas se raspavam de inveja, incapazes de disfarce. Até a bílis lhes
escorria pelos olhos. Motivadas pela desfaçatez, elas comentavam: o bichonho, assim
tão desfolhado, não teria sofrido imensamente? Tal dermificina não seria contra os
católicos mandamentos?
- “E com o problema das insolações, o bicho, assim esburacado, apanhando em cheio
os ultravioletas...
- “Cale-se, Clementina”.
Mas o governador Sacramento também se havia contemplado a ele mesmo.
Adquirira um par de sapatos feitos com pele de cobra. O casal calçava do reino animal,
feitos pássaros que têm os pés cobertos de escamas. Certo dia, uma das nobres damas
trouxe a catastrágica novidade. O governador-geral contraíra grave e irremediável
viuvez. A esposa, coitada, fora comida inteira, incluído corpo, sapatos, colares e outros
anexos.
- “Foi comida mas... pelo mando, supõe-se?
- “Cale-se, Clementina”.
Mas qual marido? Tinha sido o crocodilo, o monstruoso carnibal. Que horror, com
aqueles dentes capazes de arrepiar tubarões.
- “Um crocodilo no Palácio?
- “Clemente-se, Clementina”.
O monstro de onde surgira? Imagine-se, tinha emergido da carteira, transfigurado,
reencarnado, assombrado. Acontecera em instantâneo momento: a malograda ia tirar
algo da mala e sentiu que ela se movia, esquiviva. Tentou assegurá-la: tarde e de mais.
Foi só tempo de avistar a dentição triangulosa, língua amarela no breu da boca. No
resto, os testemunhadores nem presenciaram. O sáurio se eminenciou a olhos
imprevistos.
E o governador, sob o peso da desgraça? O homem ia de rota abatida. Lágrimas
catarateavam pelo rosto. O dirigente recebeu o desfile das condolências. Vieram
íntimos e ilustres. (…) Mia Couto