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LÍNGUA PORTUGUESA
1. FONÉTICA: Fonemas; Sílaba - Tonicidade; Ortoépia – Prosódia...................... 1
2. Ortografia....................................................................... 4
3. Acentuação Gráfica............................................................... 7
4. Notações Léxicas................................................................. 9
5. Abreviaturas, Siglas e Símbolos.................................................. 10
6. MORFOLOGIA: Estrutura das Palavras............................................... 12
7. Formação das Palavras; Sufixos; Prefixos; Radicais Gregos; Radicais Latinos; Ori-
gem das Palavras da Língua Portuguesa............................................... 14
8. Classificação e Flexão das Palavras; Substantivo; Artigo; Adjetivo; Numeral; Pro-
nome; Verbo; Advérbio; Preposição; Conjunção; Interjeição; Conectivos; Formas Vari-
antes; Análise Morfológica.......................................................... 20
9. SEMÂNTICA: Significação das Palavras............................................. 36
10. SINTAXE: Análise Sintática; Termos Essenciais da Oração; Termos integrantes da
Oração; Termos acessórios da Oração; Período Composto; Orações Coordenadas Indepen-
dentes; Orações Principais e Subordinadas; Orações Subordinadas (Substantivas, Adje-
tivas e Adverbiais); Orações Reduzidas.............................................. 40
11. Sinais de Pontuação............................................................. 49
12. Sintaxe de Concordância e Regência. Regência Nominal e Verbal................... 53
13. Sintaxe de Colocação............................................................ 56
14. Emprego de Classes de Palavras.................................................. 57
15. Emprego de Modos e Tempos, Infinitivo; Verbo Haver.............................. 57
16. ESTILÍSTICA: Figuras de Linguagem............................................... 58
17. Língua e Arte Literária......................................................... 60
18. Interpretação de Texto.......................................................... 61
TESTES.............................................................................. 76
GABARITO............................................................................ 80
MATEMÁTICA
1. Estruturas lógicas............................................................... 1
2. Lógicas de argumentação. Diagramas lógicos....................................... 5
3. Entendimento de estruturas lógicas das relações arbitrárias entre pessoas, luga-
res, coisas, eventos fictícios...................................................... 17
4. Deduzir novas informações das relações fornecidas e avaliação das condições usa-
das para estabelecer a estrutura daquelas relações.................................. 21
5. Interpretar criticamente situações econômicas, sociais e fatos relativos às Ciên-
cias da Natureza que envolvam a variação de grandezas, pela análise dos gráficos das
funções representadas e das taxas de variação, com ou sem apoio de tecnologias digi-
tais. Analisar tabelas, gráficos e amostras de pesquisas estatísticas apresentadas
em relatórios divulgados por diferentes meios de comunicação, identificando, quando
for o caso, inadequações que possam induzir a erros de interpretação, como escalas e
amostras não apropriadas............................................................ 23
6. Interpretar e compreender textos científicos ou divulgados pelas mídias, que em-
pregam unidades de medida de diferentes grandezas e as conversões possíveis entre
elas, adotadas ou não pelo Sistema Internacional (SI), como as de armazenamento e
velocidade de transferência de dados, ligadas aos avanços tecnológicos.............. 33
7. Interpretar taxas e índices de natureza socioeconômica (índice de desenvolvimento
humano, taxas de inflação, entre outros), investigando os processos de cálculo des-
Apostilas Decisão Apostilas Decisão
ses números, para analisar criticamente a realidade e produzir argumentos........... 37
8. Utilizar as noções de transformações isométricas (translação, reflexão, rotação e
composições destas) e transformações homotéticas para construir figuras e analisar
elementos da natureza e diferentes produções humanas (fractais, construções civis,
obras de arte, entre outras)........................................................ 41
9. Identificar situações da vida cotidiana nas quais seja necessário fazer escolhas
levando-se em conta os riscos probabilísticos....................................... 43
TESTES.............................................................................. 46
GABARITO............................................................................ 51
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
1. Estatuto do Idoso (Lei n° 10.741, de 1º de outubro de 2003)...................... 1
2. Sistema Único de Assistência Social - SUAS (Lei n.º 12.435, de 6 de julho de
2011)............................................................................... 9
3. Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS (Lei n.º 8.742, de 7 de dezembro de
1993)............................................................................... 12
4. Política Nacional do Idoso (Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994).Toda hora é
hora de cuidar -Unicef, 2003........................................................ 19
5. Guia Prático do Cuidador-MS, 2008................................................ 21
6. Manual do Cuidador da Pessoa Idosa - Secretaria Especial dos Direitos Humanos,
2008................................................................................ 24
7. Manual sobre o Cuidado à saúde junto à população em situação de rua - Ministério
da Saúde, 2012...................................................................... 29
TESTES.............................................................................. 33
GABARITO............................................................................ 33
CARO CANDIDATO,
“Durante a elaboração deste material, a Equipe Decisão empenhou-se em fazer chegar até Você um conteúdo da melhor
qualidade, obedecendo criteriosamente ao Programa constante do Edital deste Concurso. Vários profissionais estão sem-
pre envolvidos no processo de criação de nossas apostilas. Em virtude da urgência de finalização do material, tal processo
é extremamente delicado, e passa por muitas fases: elaboração, correção, digitação, diagramação, impressão e encader-
nação. Durante esse processo todo, algumas falhas não intencionais podem ocorrer pelas quais nos desculpamos anteci-
padamente. A Equipe Decisão coloca esses mesmos profissionais à sua disposição caso isso ocorra ou mesmo para diri-
mir quaisquer dúvidas com relação ao conteúdo. Para isso, por favor, entre em contato conosco utilizando-se dos nossos
e-mails ou telefones que se encontram na capa desta apostila e no nosso site. Desejamos que alcance seus objetivos e que
façamos parte desse resultado.”
- São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito, São monossílabos tônicos: todos aqueles que possuem
bávaro, bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, autonomia na frase.
ômega, pântano, trânsfuga.
Exemplos: mim, há, seu, lar, etc.
- As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla
tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo /hieroglifo,
Oceânia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, Obs.: Pode ocorrer que, de acordo com a autonomia fonética,
réptil/reptil, zângão/zangão. um mesmo monossílabo seja átono numa frase, porém tônico
em outra.
- O sol já se pôs.
Tonicidade: é uma propriedade da sílaba tônica, isso é, da
sílaba que é pronunciada mais forte em uma palavra. É uma
Essa frase é formada apenas por monossílabos. É possível característica dependente de idioma que é estudada pela
verificar que os monossílabos sol, já e pôs são pronunciados Prosódia. Dependendo do idioma, a sílaba tônica de uma
com maior intensidade que os outros. São tônicos. Possuem palavra pode ou não ser marcada com acentos gráficos, de
acento próprio e, por isso, não precisam apoiar-se nas palavras acordo com as regras de acentuação desse idioma.
que os antecedem ou que os seguem. Já os monossílabos o e
se são átonos, pois são pronunciados fracamente. Por não
terem acento próprio, apóiam-se nas palavras que os antecedem Tipos de Fonemas: Os fonemas são classificados em vogais,
ou que os seguem. consoantes e semivogais: As vogais são sons produzidos sem
obstáculos para a passagem de ar, que passa livremente pela
boca, oriundo do pulmão. Sua emissão é independente de outro
Critérios de Distinção fonema, por isso constitui a base da sílaba. Os sons das vogais
produzem-se a partir do diferentes posicionamentos dos
Muitas vezes, fazer a distinção entre um monossílabo átono e músculos da boca, constituídos pela língua, pelos lábios e pelo
um tônico pode ser complicado. Por isso, observe os critérios a véu palatino, formando o seguinte quadro:
seguir.
a) Modificação do véu palatino:
1. Modificação da pronúncia da vogal final: Nos monossílabos
átonos a vogal final se modifica ou pode modificar-se na Vogais Orais: a corrente de ar vibrante passa pela
pronúncia. Com os tônicos, não ocorre tal possibilidade. cavidade bucal, formando sete fonemas vocálicos orais:
i, e, é, a, ó, o, u (fica, veja, vela, pá, bola, coma, pula).
Exemplos: Vou de carro para o meu trabalho.( de =
monossílabo átono - é possível a pronúncia di ônibus.) Vogais Nasais: corrente de ar vibrante passa pelas
cavidades bucal e nasal, formando cinco fonemas
Dê um auxílio às pessoas que necessitam.( dê = vocálicos nasais: linda, tenta, banda, onda, fundo.
monossílabo tônico - é impossível a pronúncia di um
auxílio.)
b) Elevação da língua na região do céu da boca:
Essa abertura da boca também estará relacionada à consoante As consoantes surdas e sonoras da língua portuguesa podem
que segue a vocal, por isso a pronúncia precisa ser casada entre ser divididas em seis pares:
posição de abertura da vogal e da consoante.
Surdas Sonoras
c) Elevação da parte mais alta da língua:
p b
Vogais Altas: máxima elevação da língua para o céu t d
da boca (fica, linda, pula, fundo). k g
f v
Vogais Médias: a elevação é média (veja, tenta, vela, s z
coma, tonta, bola). x j
caranguejo carangueijo
aerólito lêvedo quadrúmano
eletricista eletrecista
alcíone munícipe trânsfuga
emagrecer esmagrecer
empecilho impecilho
Existem palavras cujo acento prosódico é incerto, mesmo na
estupro, estuprador estrupo, estrupador língua culta. Observe os exemplos a seguir, sabendo que a
fragrância fragância primeira pronúncia dada é a mais utilizada na língua atual.
frustrado frustado
acrobata - acróbata réptil e reptil
lagartixa largatixa
Bálcãs - Balcãs xerox - xérox
lagarto largato
projétil - projetil zangão - zângão
mendigo mendingo
meteorologia metereologia
mortadela mortandela 2. ORTOGRAFIA
murchar muchar
Ortografia
paralelepípedos paralepípedos
pneu peneu Ortografia: palavra constituída das partes: orto (correta) +grafia
prazerosamente prazeirosamente (escrita). A ortografia é a parte da gramática que trata da correta
escrita das palavras. Nosso alfabeto é composto de 26 letras:
privilégio previlégio
problemas poblemas ou pobremas a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m,
n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z
próprio próprio
proprietário propietário Observação: Você deve estar se perguntando pelas letras W, Y
pissicologia, pissicólogo e K. Elas não pertencem mais ao nosso alfabeto. São usadas
psicologia, psicólogo apenas em casos especiais:
Com timbre aberto: acerbo, badejo, coeso, grelha, Por que usar a letra H se ela não representa nenhum som?
groselha, ileso, obeso, obsoleto, dolo, inodoro, molho Realmente ela não possui valor fonético, mas continua sendo
(feixe, conjunto), suor. usada em nossa língua por força da etimologia e da tradição
escrita.
Com timbre fechado: acervo, cerda, interesse
(substantivo), reses, algoz, algozes, crosta, bodas,
molho (caldo), poça, torpe. Emprega-se o H:
E I
austero ciclope Madagáscar recorde
Prefixo anti- (contra)
caracteres filantropo pudico(dí) rubrica Prefixo ante- (antes,
Apostilas Decisão 4 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
anterior) Ex.: antipatia, vocábulos que indicam:
antitetânico... profissão, nacionalidade,
Ex.: antecipar, antebraço... estado social e títulos.
Derivadas de primitivas
Derivadas de primitivas Palavras derivadas de
com "z". Em palavras de origem
com "s" primitivas que
indígena ou africana.
Ex.: enraizar ( raiz), tenham o ch.
Ex.: visitante ( visita)...
vazar (vazio)... Ex.: orixá, abacaxi...
Ex.: enchoçar (choça)...
Terminação dos
Palavras derivadas de
Após um ditongo. superlativos sintéticos e do
primitivas escritas com ç.
imperfeito de todos verbos.
Ex.: maisena, pausa...
Ex.: embaçado
Ex.: lindíssimo,
(embaço)...
corrêssemos...
Sufixo -oso formador Sufixo -ez (a) formador de
de adjetivos . substantivos abstratos.
Palavras ou radicais
Ex.: amoroso, atencioso... Ex.: timidez, viuvez... iniciados por s que entram
Verbos em -ecer, -escer.
na formação de palavras
derivadas ou compostas.
Ex.: anoiteça (anoitecer)...
Sufixos -isa, -ês, -esa
usados na constituição de Ex.: homossexual
(homo + sexual)
Apostilas Decisão 5 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
Emprego do x
- grafam-se com s os sufixos –ense, -oso, -osa, quando formam
adjetivos. - grafam-se com x as palavras de origem indígena ou africana.
- grafam-se com s as formas dos verbos pôr e querer e seus - depois de ditongo, usa-se x.
derivados.
Ex: eixo, caixote.
Ex: puser, benquiseste.
Emprego do ch
- grafam-se com s o sufixo –isa, sempre que feminino.
A origem da palavra é que vai determinar o emprego do ch.
Ex: poetisa, sacerdotisa.
Emprego do l ou u
- na 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo. Quando articulamos as consoantes dessa forma, percebemos
suas semelhanças e diferenças quanto à articulação. As
Ex: tu possuis, ele possui, possui tu, corrói tu, ele atrai. semelhanças entre p, b e m, de uma maneira didática, podem
ser explícitas da seguinte forma:
Observe:
3. ACENTUAÇÃO GRÁFICA
1. terminadas em I, IS, U, US não levam acento: tatu, Morumbi,
Acentos abacaxi.
O português, assim como outras línguas neolatinas, apresenta 2. Usa-se indiferentemente agudo ou circunflexo se houver vari-
ação de pronúncia: bebê, purê (Brasil); bebé, puré (Portugal).
acento gráfico. Toda palavra da língua portuguesa de duas ou
mais sílabas possui uma sílaba tônica. Observe as sílabas
tônicas das palavras arte, gentil, táxi e mocotó. Você constatou
que a tonicidade recai sobre a sílaba inicial em arte, a final em
Tipo de Palavra Exemplos
gentil, a inicial em táxi e a final em mocotó. Além disso, você ou Sílaba
Quando Acentuar
(como eram)
notou que a sílaba tônica nem sempre recebe acento gráfico. Monossílabos terminados em A,
Portanto, todas as palavras com duas ou mais sílabas terão vá, pás, pé, mês,
tônicos (são AS, E,
acento tônico, mas nem sempre terão acento gráfico. A pó, pôs
oxítonas também) ES, O,OS
tonicidade está para a oralidade (fala) assim como o acento
gráfico está para a escrita (grafia). Observações (como ficaram)
Por exemplo: contêiner, Méier, destróier serão acentuados por- Esta regra desapareceu.
que terminam em R.
Agora se escreve: zoo, perdoo veem, magoo, voo.
(mas, cuidado: somente para palavras oxítonas com uma ou Continua tudo igual.
mais sílabas).
Ele vem aqui; eles vêm aqui.
Observe:
Observação: Se a sílaba onde figura o til for átona, acentua-se
1. Perdem o acento as palavras compostas com o verbo graficamente a sílaba predominante.
PARAR: Para-raios, para-choque.
Exemplo: Órfãos, acórdão
2. FÔRMA (de bolo): O acento será opcional; se possível, deve-
se evitá-lo: Eis aqui a forma para pudim, cuja forma de
pagamento é parcelada.
Emprego do Trema
Desapareceu o trema sobre o U em todas as palavras do Coloca-se trema sobre o "u" dos grupos gue, gui, que, qui,
português: Linguiça, averiguei, delinquente, tranquilo, quando proferido e átono.
linguístico.
Exemplos: Cinqüenta, lingüeta, agüentar, lingüiça,
Exceto as de língua estrangeira: Günter, Gisele lingüística, eloqüente, tranqüilidade, delinqüir,
Bündchen, müleriano eloqüência.
Para representar os fonemas, muitas vezes há necessidade de O uso deste sinal gráfico pode:
recorrer a sinais gráficos denominados notações léxicas.
a) Indicar a supressão de uma vogal nos versos, por exigências
Emprego do Til métricas. Ocorre principalmente entre poetas portugueses
Til ( ~ ) Exemplos:
O til sobrepõe-se sobre as letras a e o para indicar vogal nasal. esp´rança (esperança)
Pode aparecer em sílaba:
minh'alma (minha alma)
Tônica: balão, corações, maçã
'stamos (estamos)
Pretônica: balõezinhos, grã-fino
P.S. (pós-escrito)
Observações:
Q.G. (quartel-general)
a) Se a segunda sílaba iniciar por duas consoantes, as duas
farão parte da abreviatura. S.A. (Sociedade Anônima)
Deve-se adicionar a letra s (sempre minúscula) para indicar o Ex.: A Universidade Federal do Paraná (UFPR) é a
plural nas abreviaturas que representam títulos ou formas de universidade mais antiga do Brasil.
tratamento e naquelas em que a concordância exigir.
A Universidade Federal do Paraná - UFPR é a
Ex.: universidade mais antiga do Brasil.
Drs. (doutores)
c) Não são colocados pontos intermediários e ponto final nas
V. Exas. (Vossas Excelências) siglas.
O ponto da abreviatura também serve para indicar o final do f) Deve-se manter com maiúsculas e minúsculas as siglas que
período. originalmente foram criadas com essa estrutura para se
diferenciarem de outras, independentemente de seu tamanho.
Ex.: "O professor respondeu a Pedro Marcolino Jr."
(Não há a necessidade de repetir a pontuação.) Ex.: CNPq – Conselho Nacional de Pesquisa (para
diferenciá-lo de CNP – Conselho Nacional do Petróleo).
Ex.:
Siglas
ONU - Organização das Nações Unidas
Sigla é o nome dado ao conjunto de letras iniciais dos vocábulos
(normalmente os principais) que compõem o nome de uma FAO - Organização das Nações Unidas para a
organização, uma instituição, um programa, um tratado, entre Alimentação e Agricultura.
outros. Na utilização de siglas, observam-se os seguintes
critérios:
h) Deve-se adicionar a letra s (sempre minúscula) para indicar o
a) Deve-se citar apenas siglas já existentes ou consagradas; a plural das siglas somente quando a concordância gramatical
sigla e o nome que a originou são escritos de maneira precisa e assim o exigir.
completa, de acordo com a convenção ou designação oficial.
Ex.: O trabalho das ONGs vem repercutindo cada vez
Ex.: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT mais na sociedade.
(e não EBCT)
São elas:
- Substantivo
Afixos
Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo.
Afixos são elementos secundários (geralmente sem vida
Obs.: Existem palavras que não comportam divisão em autônoma) que se agregam a um radical ou tema para formar
unidades menores, tais como: mar, sol, lua, etc. palavras derivadas. Sabemos que o acréscimo do morfema "-
mente", por exemplo, cria uma nova palavra a partir de "certo":
São elementos mórficos: certamente, advérbio de modo. De maneira semelhante, o
acréscimo dos morfemas "a-" e "-ar" à forma "cert-" cria o
1. Raiz, radical, tema: elementos básicos e verbo acertar. Observe que a- e -ar são morfemas capazes de
significativos. operar mudança de classe gramatical na palavra a que são
anexados. Quando são colocados antes do radical, como
2. Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vogal acontece com "a-", os afixos recebem o nome de prefixos.
temática: elementos modificadores da significação dos Quando, como "-ar", surgem depois do radical, os afixos são
primeiros. chamados de sufixos.
É a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber as Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma
desinências. Nos verbos, distinguem-se três vogais temáticas: outra palavra, mas, ao contrário, possibilitam a formação de
outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo,
A: Caracteriza os verbos da 1ª conjugação. mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas.
Exemplos: buscar, buscavas, etc. Tipos de Derivação
capaz- incapaz
Tema
É o grupo formado pelo radical mais vogal temática. Nos verbos Derivação Sufixal ou Sufixação: Resulta de
citados acima, os temas são: busca-, rompe-, proibi- acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode
sofrer alteração de significado ou mudança de classe
gramatical.
Vogais e Consoantes de Ligação
Exemplo:
As vogais e consoantes de ligação são morfemas que surgem
por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo Alfabetização
possibilitar a pronúncia de uma determinada palavra.
Exemplo: parisiense (paris=radical, ense=sufixo, vogal No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em
de ligação=i) substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já
é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do
Outros exemplos: gas-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o- sufixo -izar. A derivação sufixal pode ser:
cracia, pau-l-ada, cafe-t-eira, cha-l-eira, inset-i-cida, pe-
z-inho, pobr-e-tão, etc. a) Nominal, formando substantivos e adjetivos.
Por Exemplo: papel – papelaria; riso – risonho
Formação de Palavras
Derivação Parassintética ou Parassíntese: Ocorre
Existem dois processos básicos pelos quais se formam as quando a palavra derivada resulta do acréscimo
palavras: simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por
meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e
1. derivação adjetivos) e verbos. Considere o adjetivo " triste". Do
radical "trist-" formamos o verbo entristecer através da
2. composição junção simultânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer".
A presença de apenas um desses afixos não é
A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa
processo de derivação, partimos sempre de um único radical, língua não existem as palavras "entriste", nem
enquanto no processo de composição sempre haverá mais de "tristecer".
um radical.
Exemplos:
Derivação Regressiva: Ocorre derivação regressiva Ex.: O andar de Roberta era fascinante.
quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas
por redução. O badalar dos sinos soou na cidadezinha.
Exemplos:
4. Os substantivos passam a adjetivos
comprar
beijar (verbo) Ex.: O funcionário fantasma foi despedido.
(verbo)
compra beijo O menino prodígio resolveu o problema.
(substantivo) (substantivo)
- o comuna (de comunista) É o processo que forma palavras compostas, a partir da junção
de dois ou mais radicais. Existem dois tipos:
- Zé - por José
dia-: Movimento através de, afastamento.
Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem Exemplos: diálogo, diagonal, diafragma, diagrama
ser citadas também as siglas, muito freqüentes na comunicação
atual. (Se desejar, veja mais sobre siglas na seção "Extras" -> dis-: Dificuldade, privação.
Abreviaturas e Siglas) Exemplos : dispnéia, disenteria, dispepsia, disfasia
Hibridismo: Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação ec-, ex-, exo-, ecto-: Movimento para fora.
entram elementos de línguas diferentes. Exemplos: eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo
Por Exemplo:
en-, em-, e-: Posição interior, movimento para dentro.
auto (grego) + móvel (latim) Exemplos: encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo
Exemplos: miau, zumzum, piar, tinir, urrar, chocalhar, epi-: Posição superior, movimento para.
cocoricar, latir e etc. Exemplos: epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio
Veja os Exemplos: a- , contra- , des- , em- (ou en-) , hipo-: Posição inferior, escassez.
es- , entre- re- , sub- , super- , anti- Exemplos: hipocrisia, hipótese, hipodérmico
contra-: Oposição. so-, sob-, sub-, su-: Movimento de baixo para cima,
Exemplos: contrapeso, contrapor, contradizer inferioridade.
Exemplos: soterrar, sobpor, subestimar
Veja:
Sufixos Formadores de Adjetivos
-ar: cruzar, analisar, limpar
a) de substantivos
-ear: guerrear, golear
-aco - maníaco -ento - cruento
-ado - barbado -eo - róseo -entar: afugentar, amamentar
-áceo(a) - herbáceo, liláceas -esco - pitoresco -ficar: dignificar, liquidificar
-aico - prosaico -este - agreste
-al - anual -estre - terrestre -izar: finalizar, organizar
2. LATIM ESCRITO usado pela Igreja Católica e pelos - Uma casa, os sapatos, o carro, uma mesa
intelectuais, de onde nasceram as palavras eruditas no
português, como: celeste, fascículo, homúnculo, lácteo, - Umas casas, o sapato, os carros, umas mesas...
miraculoso (de milagre). Os artigos podem sofrer modificação e são usados no
plural ou singular, portanto, também pertencem ao
3. Outras línguas, quase sempre neolatinas, das quais grupo das variáveis.
recebemos palavras que tiveram origem também no latim, como
"amistoso", ligado à palavra castelhana amistad (no português
amizade), do latim amicitate. 3. Adjetivo: palavra que expressa a qualidade ou característica
do substantivo:
4. Invasões estrangeiras. Os visigodos, no século V, como os
árabes, do século VII ao XV, estiveram na Península Ibérica, por - Casa bonita, sapato grande, carro novo, mesa
isso há no português várias palavras de origem gótica, como: pequena...
albergue, bando, guerra, trégua; de origem árabe, como: alface,
álcool, cifra, faquir, tripa, xadrez. De 1580 a 1640 Portugal - Casas bonitas, sapatos grandes, carros novos, mesas
permaneceu sob o domínio espanhol, são desta época o pequenas...
espanholismo, como: alambrado, granizo, hombridade, neblina
redondilha, tablado, vislumbrar.
4. Numeral: palavra que quando flexionada pode indicar:
5. Imigrações. Já no Brasil, o português sofreu influência dos
negros, que foram trazidos como escravos, como acarajé, Quantidade: Aqui trabalham três ajudan-tes.
candomblé, dengue, vatapá. Recebemos palavras também do
povo nativo, os índios, principalmente nos nomes dos acidentes Ordem: Passei na USP em terceiro lugar.
geográficos e das cidades. Depois dos europeus e asiáticos
vindos ao Brasil no final do século XIX e início do século XX, Múltiplo: Aquela casa tem o triplo do ta-manho da
como: italianos, espanhóis, japoneses. Por isso, o português do minha.
Brasil foi se distanciando do português de Portugal.
Fração: Um terço dos deputados votou contra o
6. Influencia cultural. A intelectualidade brasileira já sofreu forte projeto.
influência cultural da França, por isso temos palavras importadas
do francês, como: chique, croqui, tricô, menu, omelete, purê,
sutiã. Atualmente sofremos uma influência forte do inglês norte- 5. Pronome: Palavra que acompanha ou substitui o substantivo,
americano, como: basquete, vôlei, boxe, ringue, uísque, nocaute, para indicar a pessoa do discurso:
cartum, filme. Havendo muitas palavras que conservam a
ortografia inglesa, como: marketing, software, overnight, holding, - Nossa casa, meu sapato, o carro dele, sua mesa...
lobby.
- Nossas casas, meus sapatos, o carro deles, suas
E o português continua aberto à importação de termos mesas...
estrangeiros, principalmente em tempos de globalização.
3. Conjunção: palavra que liga: Árvore, flor, repolho, menino, pé, mão...
Salário-família
4. Interjeição: palavra que exprime sentimento ou emoção:
Azul-marinho
- Oba! Hoje é feriado nacional!
Pé- de- moleque
Aspectos Morfológicos: Substantivo é todo nome com que Carroça, carroceiro, carretel, carruagem,
designamos os seres. Ӄ a palavra com que designamos ou
nomeamos os seres em geral“. (Celso Cunha) Terreiro, terreno, terremoto...
NOTA: Qualquer palavra precedida de artigo é um Amor, saudade, inveja, entrada, dor...
substantivo, ou seja, pode ser uma palavra substantivada.
2. Os nomes tomados como seres, indicando ação, estado ou pedra, ferro, dente, trovão...
qualidade:
Tristeza, bondade, patriotismo, velhice, colheita, limpeza, Derivados: são os que derivam de outra palavra.
firmeza, inteligência, etc.
pedrada, pedraria, pedregal, pedregoso, pedregulho,
ferroada, ferrolho, ferroso, ferrovia, ferraria, ferreiro,
Classificação do Substantivo dentada, trovoada
c) Se você estiver procurando coletivos que indiquem o número Observação: Podemos incluir nesta relação os substantivos
certo dos elementos da coleção, isto é, o conjunto de dois, de terminados em “m”, havendo simplesmente a troca do “m” por “n”
três, de quatro, ..., estes devem ser procurados na lista ou e o acréscimo do “s”.
dicionário.
Álbum álbuns
d) Às vezes, ao usar um coletivo - miríade, por exemplo - não
basta escrever miríade, é necessário acrescentar o Bem bens
especificativo, “de estrelas”, um “cardume de peixes”, “um
enxame de abelhas” e não basta simplesmente - “um cardume”, Som sons
“um enxame”, a menos que o contexto já esclareça o coletivo.
Flautim flautins
Eis alguns coletivos:
Boletim boletins
Abelhas - colméia, cortiço, enxame
Amigo - quando em assembléia - tertúlia Plural dos nomes terminados em ZINHO, ZITO.
Anedota - anedotário, repertório
Apetrecho - apeiragem Regra: Põe-se, no plural, os dois elementos e suprime-se o ‘’s’’
Aplaudidor - quando pagos - claque do primeiro :
Argumento - carrada
Asneira - chorrilho, acervo Flor+zinha = flores+zinha = florezinhas
Assassino - choldra, choldraboldra
Ator - elenco Papel = zinho = papéis+zinho = papeizinhos
Ave - quando em grande quantidade bando, nuvem
Bêbedo - corja, súcia, farândula Colar+zito = colares+zitos = colarezitos
Borboleta - panapaná
Botão - abotoadura Réptil+zito = répteis+zitos = repteizitos
Burro - manada, tropa, récua
Cabelo - cacho, trança, madeixa Coração+zito = corações+zito = coraçõe-zitos
Cobra - fato
Cálice - baixela
Camelo - cáfila b) Plural dos Substantivos Compostos
Cão - matilha, canzoada, chusma
Capim - feixe, paveia Substantivos Compostos estão ligados sem hífen, for-mam o
Carta - correspondência, carta geográfica, Atlas plural normalmente.
Cem anos - século
Chave - molho Pontapé pontapés
Cigano - bando, cabildo
Cinco anos - qüinqüênio, lustro Aguardente aguardentes
Cobra - quando instaladas em lugar - serpentário
Coluna - colunata, renque Clarabóia clarabóias
Corda - cordoalha
Credor - junta Madrepérola madrepérolas
Dez - dezena
Dez anos - década Planalto planaltos
Disco - discoteca
Dois animais - casal, par Fidalgo fidalgos
Duas pessoas - casal, par
Doze - dúzia Girassol girassóis
Égua - piara
Erro - barba Pernalta pernaltas
Escravo - na mesma morada - senzala
Estrela - constelação Madressilva madressilvas
Feiticeiro - conciliábulo
Lobisomem lobisomens
a) Nos substantivos compostos cujos elementos são ligados por Salvo-conduto salvos-condutos
preposição.
Chave-mestra chaves-mestras
Pé-de-moleque pés-de-moleque
Pronto-socorro prontos-socorros
Pão-de-ló pães-de-ló
Cobra-cega cobras-cegas
Chefe-de-seção chefes-de-seção
Guarada-mor guardas-mores
Rabo-de-galo rabos-de-galo
Quarta-feira guartas-feiras
Estrada-de-ferro estradas-de-ferro
Guarda-civil guardas-civis
Chapéu-de-sol chapéus-de-sol
Porco-espinho porcos-espinhos
Peroba-do-campo perobas-do-campo
Redator-chefe redatores-chefes
João-de-barro joões-de-barro
Saia-balão saias-balão
b) Nos compostos de verbo e palavra invariável:
Manga-rosa mangas-rosa
O ganha-pouco Os ganha-pouco.
Peixe-boi peixes-boi
O pisa-mansinho Os pisa-mansinho.
Escola-modelo escolas-modelo
O cola-tudo Os cola-tudo.
Caneta-tinteiro canetas-tinteiro
Apostilas Decisão 23 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
O bota-fora Os bota-fora 2. Os compostos que têm o segundo termo no plural, sendo o
primeiro termo invariável, serão assim flexio-nados:
O vai-e-volta os vai-e-volta
c) Plural de Substantivos com outras Terminações
Bel-prazer bel-prazeres
2. Quando os substantivos terminarem am “al”, “el”, “il”, “ol” e
Grão-ducal grão-ducais “ul”, regra geral, troca-se o “l” por “is”.
Nível níveis
3. Nos compostos de palavras repetidas, só o segundo termo
varia. Jornal jornais
Lufa-lufa lufa-lufas
3. Nos substantivos terminados em “il”, sendo o vocábulo
Lenga-lenga lenga-lengas oxítono, muda-se “il” por “is”
Canil canis
4. Nos compostos que têm como último termo um verbo,
antepondo-lhe um pronome, só o 2º termo varia. Covil covis
Bem-me-quer bem-me-queres
Observação 1:
Rapaz rapazes
Gênero do Substantivo
Exemplar exemplares
Os substantivos podem ser dos gêneros masculino ou feminino
Cartaz cartazes
Os masculinos são: Homem, menino, rapaz, boi, etc.
Éter éteres
Os femininos são: Mulher, menina, moça, vaca, etc.
gato gata
Sendo os substantivos paroxítonos, ficam invariáveis, e o
adjunto adnominal indicar-lhe-á o número:
As palavras terminadas em “e”, têm a terminação femi-nina “a”
O lápis os lápis nos seguintes casos:
alfaiate alfaiata
Observação 2: O mesmo acontece com as palavras que só se
usam no plural. São chamadas “pluralia tantum” elefante elefanta
O pires os pires
Apenas acrescentamos “a” em:
zagal zagala
Plural Metafônico
oficial oficiala
O plural de alguns substantivos troca o “o” fechado tônico pelo
“o” tônico aberto. juiz juíza
leão leoa
Certos nomes de pessoas:
valentão valentona
cavaleiro amazona
anfitrião anfitrioa ou anfitriã
cavalheiro dama
cidadão cidadã
compadre comadre
ermitão ermitoa
genro nora
chorão chorona
marido mulher
hortelão horteloa
padrasto madrasta
valentão valentona
padrinho madrinha
Existem, ainda, substantivos que têm uma só forma para os dois pai mãe
sexos. São os chamados COMUM DE DOIS. Distingue-se o
sexo, quando se lhe antepõe o “o” para o masculino e o “a” para
o feminino: Certos nomes formam o feminino com as terminações “esa”,
“essa”, “isa”:
o camarada a camarada
abade abadessa
o estudante a estudante
duque duquesa
o mártir a mártir
etíope etiopisa
o capitalista a capitalista
papa papisa
o doente a doente
barão baronesa
sacerdote sacerdotisa
Observação: Estes nomes de animais são chamados
EPICENOS. visconde viscondessa
pierrô pierrete
Observação: Fora da idéia de tamanho, as formas aumentativas
rei rainha e diminutivas podem traduzir o nosso desprezo, a nossa crítica,
o nosso pouco caso para certos objetos e pessoas:
sandeu sandia
Coisinha, livreco, padreco, poetastro
embaixador embaixatriz
Cuidado: De modo nenhum se aceita, na norma culta, uso de: A casa o casebre
um bules, um chopes, um clipes, um chicletes, um ciúmes, um
dropes, um parênteses, um pastéis. Mas se emprega: um bule, O corpo o corpete
um chope, um clipe, um chiclete, um ciúme, um drope, um
parêntese, um pastel. A cruz a cruzeta
A meia-metade
As meias-peça do vestuário Eis uma relação dos principais diminutivos eruditos:
A gota a gotícula
d) Composto: tem mais de um radical.
O grão o grânulo
Azul-claro Amarelo-ouro
O homem o homúnculo
A pele a película
b) Derivado: O que deriva de outro substantivo ou verbo:
A porção a porciúncula
Altaneiro (de alto)
A questão a questiúncula
Aceitável (de aceito)
O verso o versículo
Brioso (de brio)
Adjetivo
c) Simples: O que tem uma só palavra.
Adjetivo é a palavra variável que serve para caracterizar seres e
objetos exprimindo aparência, modo de ser, estado, qualidade. Marinha brasileira
- Grau
Classificação dos Adjetivos
a) Uniforme: quando tem uma só forma para os dois gêneros: - Quanto ao gênero, os adjetivos classificam-se em uni-formes e
biformes.
Feliz, alegre
Menina alegre Menino alegre São adjetivos que têm duas formas diferentes: uma para o
masculino e outra para o feminino.
b) Biforme: quando tem uma forma para cada gênero. Exemplos: copo ocupado / casa ocupada.
Exemplo: macaco selvagem / macaca selvagem Ex: Ela tem um terço da minha idade.
Flexão de Número
Pronome
- formação do plural. (Adjetivos simples / Adje-tivos
Compostos) Pronome é a palavra que substitui ou acompanha um
substantivo, relacionando-o à pessoa do discurso. As pessoas
do discurso são três:
Flexão de Grau:
- Primeira pessoa: a pessoa que fala
- normal / comparativo / superlativo
- Segunda pessoa: a pessoa com quem se fala
Grau do Adjetivo - Terceira pessoa: a pessoa de quem se fala
O Grau do Adjetivo exprime a intensidade das qualidades dos
seres. Dois são os Graus do Adjetivo: Comparativo e Superla- Classificação dos Pronomes
tivo, cada um deles compreendendo tipos:
Há seis tipos de pronomes:
Grau Comparativo Grau Superlativo
- Pessoais
De Superioridade Analítico Absoluto Sintético
- Demonstrativos
De Superioridade Sintético Absoluto Analítico
- Possessivos
De Igualdade Relativo de Superioridade
- Relativos
Artigo
- Interrogativos
Numeral Pronome
Pessoas do
s Pronomes Oblíquos
Dá-se o nome de numeral à palavra que quantifica os seres ou Discurso
Retos
indica a posição que podem ocupar numa série. Os numerais 1º Pessoa do
dividem-se em: Singular
Eu Me, mim, comigo
2º Pessoa do
Cardinais: designam quantidades determinadas de seres ou Tu Te, ti, contigo
Singular
quantidades em si mesmas. Ele/Ela Se,si,o,a,lhe,consigo
3º Pessoa do
Singular
Ex: Dois meninos acabaram de chegar. Nos, conosco
Três e dois são cinco. 1º Pessoa do Plural Nós
Vos, convosco
2º Pessoa do Plural Vós
Se,si,os,as,lhes,consi
3º Pessoa do Plural Eles/Elas
go
Ordinais: designam a rdem em que um substantivo se coloca no
interior de uma série.
Formas Pronominais
Ex: Pedro é o segundo da fila.
Os pronomes o, a, os, as, adquirem as seguintes formas:
Multiplicativos: referem-se à multiplicação de quantidades.
Pronomes pessoais de Tratamento Pronomes Indefinidos são palavras que se referem à terceira
pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago ou expressando
Os pronomes pessoais de tratamento representam a forma de se quantidade indeterminada.
tratar as pessoas: trato cortês ou informal. Os mais usados são:
São eles:
• Pessoa (1ª/2ª/3ª)
Pronomes Demonstrativos
Eu saí/Tu saíste/Ele saiu
Pronomes Demonstrativos são palavras que indicam, no espaço
ou no tempo, a posição de um ser em relação às pessoas do
Meu carro/Teu carro/Seu carro
discurso.
Os pronomes de tratamento são de 3º pessoa. Por esse motivo, Se todos estudassem, a aprovação seria maior.
a concordância deve ser feita em 3º pessoa:
Verbo é a palavra que expressa processos, ação, estado, c) Futuro: revela um fato que deverá ocorrer posterior-mente ao
mudança de estado, fenômeno da natureza, conveniência, momento em que se fala.
desejo e existência. Desse modo, enquanto os nomes
(substantivo, adjetivo) indicam propriedades estáticas dos seres, Amanhã terei aula de Português.
o verbo denota os seus movimentos, por isso sua característica
de dinamicidade.
Essa divisão dos tempos verbais em passado, presente e futuro
Exemplos: não esgota todas as variações que o verbo pode assumir em
relação à categoria tempo, já que esses tempos verbais se
1. Um homem já escorregou neste chão molhado. subdividem e, muitas vezes, assumem outros matizes, alterando
...[escorregar: verbo = ação que expressa a dinamicidade de de maneira bastante sensível a significação inicial. Sem
"homem"] pretender esgotar o assunto, vejamos alguns empregos
significativos dos tempos verbais.
2. Por enquanto as matas continuam indefesas.
...[continuar: verbo = estado que expressa a dinamicidade de 1. Presente do Indicativo: exprime um fato que ocorre no
"matas"] momento em que se fala.
4. Convém aguardar mais alguns minutos. O presente do indicativo também é usado para:
...[convir: verbo = conveniência que expressa a dinamicidade de
"aguardar..."] a) exprimir uma verdade científica, um axioma:
Emprego do Infinitivo
c) para dar atualidade a fatos ocorridos no passado:
Não é fácil sistematizar o emprego do infinitivo em Português, já
- Cabral chega ao Brasil em 1500. que, além do infinitivo impessoal, nossa língua apresenta
também o infinitivo pessoal (ou flexionado). Emprega-se o
infinitivo impessoal:
d) para indicar fato futuro bastante próximo, quando se tem
certeza de que ele ocorrerá: 1. quando ele não estiver se referindo a nenhum sujeito:
2. Pretérito Perfeito do Indicativo: exprime um fato já 2. na função de complemento nominal (virá regido de
concluído anteriormente ao momento em que se fala. preposição):
3. Pretérito Imperfeito do Indicativo: exprime um fato anterior 3. quando ele faz parte de uma locução verbal:
ao momento em que se fala, mas não o toma como concluído,
acabado. Revela, pois, o fato em seu curso, em sua duração. - Eles deviam ir ao cinema.
Obs.: Na linguagem atual tem-se usado com mais fre-qüência o - Fazer silêncio, por favor.
pretérito mais-que-perfeito composto.
- Quando você resolveu o problema, eu já o tinha Emprega-se o Infinitivo Pessoal: quando ele tiver sujeito
resolvido. próprio (expresso ou implícito) diferente do sujeito da oração
principal:
O mais-que-perfeito é, em alguns casos, usado no lugar do
futuro do pretérito ou do imperfeito do subjuntivo. - O remédio era ficarmos em casa.
- "…mais servira, se não fora Para tão longo amor tão - O costume é os jovens falarem e os velhos ou-virem.
curta a vida!"(Camões) servira = serviria; fora = fosse)
Além dos casos mencionados, em que é obrigatório o uso de
5. Futuro do Presente: exprime um fato, posterior ao momento uma ou de outra forma, quando o infinitivo for regido de
em que se fala, tido com certo. preposição (com exceção de a), admite-se indiferen-temente o
uso das duas formas.
- Amanhã chegarão os meus pais.
- Viemos aqui para cumprimentar (ou cumpri-
- As aulas começarão segunda-feira. mentarmos) os vencedores.
- Ontem você me disse que viria à escola. Obs.: Evidentemente, se o verbo não possui a primeira pessoa
do singular do presente do indicativo, não pos-suirá também o
presente do subjuntivo e o imperativo negativo. O imperativo
O futuro do pretérito também pode ser usado para indicar afirmativo provém em parte do presente do indicativo (as
incerteza, dúvida. segundas pessoas) e em parte do presente do subjuntivo (as
demais pessoas).
- Seriam mais ou menos dez horas quando ele chegou.
2. Voz Passiva: quando o sujeito é o paciente, isto é, o receptor Exemplo de Conjugação do verbo "dar"
da ação expressa pelo verbo. Há dois tipos de voz passiva:
Modo Indicativo - Presente
a) Voz Passiva Analítica: formada por verbo auxiliar mais
particípio. A banana foi comida pelo macaco. Eu dou
Ele dá
b) Voz Passiva Sintética (ou Pronominal): quando é formada
pelo verbo na terceira pessoa mais a partícula apassivadora se. Nós damos
Eu mandei comprar purgante. Li que Mara vai (se) casar com Mauro.
Ex: O cuidado que se deve ter, para que o texto seja con-siderado
bom e agradável de ler, é com a clareza em pri-meiro lugar. Por
embarcar - embarquei exemplo, se você escreve “finalmente re-solvi mudar”, não se
sabe qual o sentido: “mudar o quê?”; portanto, se for
Apostilas Decisão 34 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
“deslocamento de um lugar para outro”, escreva “finalmente Precaver
resolvi me mudar”. Depois vem a so-noridade da frase - muitas
vezes “nos mudamos” soa me-lhor do que “mudamos”. Isso
significa que não é preciso haver uniformidade, isto é, empregar Infinitivo Pessoal
o pronome todas as vezes ou suprimi-lo sempre. Pode-se variar
no caso dos verbos casar, sentar e mudar. No mais, é Precaver
recomendável usar os pronomes reflexivos sempre que a
situação o exija. É melhor e mais culto falar “ele se formou na Precaveres
USP” do que “ele formou na USP”, só para dar outro exemplo.
Ainda sobre o uso dos pronomes oblíquos (reflexivos e não- Precaver
reflexivos), temos duas consultas:
Precavermos
Aqueles dois se batem e se opõem“ está certo? Ou o
correto seria “Aqueles dois se batem e o-põem“ Precaverdes
4. Lugar: abaixo, acima, acolá, adentro, adiante, afora, aí, além, Comumente, as interjeições expressam sentido de:
algures (=em algum lugar), alhures (=em outra parte), ali,
aquém, aqui, cá, debaixo, defronte, dentro, detrás, diante, a) Advertência - cuidado!, devagar!
embaixo, em cima, fora, lá, longe, nenhures (=em nenhuma
parte), perto. b) Afugentamento - fora!, passa!
5. Modo: alerta, assim, bem, debalde (=inutilmente), depressa, e) Animação ou estímulo - vamos! Força!
devagar, mal, melhor, pior.
f) Aplauso ou aprovação - bravo! Bis!
Exemplos: Implorava debalde a proteção do amigo.
g) Repulsa ou desaprovação - credo!, irra!
A criança fala bem.
h) Desejo ou intenção - tomara! Oxalá!
7. Tempo: afinal, agora, ainda, amanhã, anteontem, antes, Preposição é a palavra ou expressão (locução prepositiva) que
breve, cedo, depois, enfim, hoje, já, jamais, logo, nunca, ontem, serve para ligar duas palavras, estabelecendo relação entre elas.
ora (=nesta ocasião), outrora, primeiramente, sempre, súbito, As principais preposições são:
tarde.
- A, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre,
Exemplos: Rui Barbosa é o gênio que ora exaltamos. para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
Jamais te contrariarei, disse-me ela.
Conjunção
8. Interrogativo: são certas palavras empregadas nas
interrogações diretas ou indiretas. Dá-se o nome de conjunção à palavra ou locução invariável que
liga orações ou termos semelhantes da mesma oração.
Classificam-se em:
Ex: O inverno passou e eles não voltaram.
a) Causa - por que.
Encontrei meu pai e minha irmã no cinema.
Exemplos: Por que sorriste?
As conjunções se dividem em: corrdenativas (que ligam orações
Indagaram-me por que sorriste. de sentido completo e independente) e subordinativas (que
ligam orações quando uma delas depende da outra).
b) Modo - como.
9. SEMÂNTICA: SIGNIFICAÇÃO
Exemplos: Como vai você? DAS PALAVRAS
Quero saber como vai você. Sinônimos
A idéia expressa pela interjeição dependa da entonação com Observe que o sentido dessas palavras são próximos, mas não
que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que uma interjeição são exatamente equivalentes. Dificilmente encontraremos um
tenha mais de um sentido. sinônimo perfeito, uma palavra que signifique exatamente a
mesma coisa que outra. Há uma pequena diferença de
Ex: Oh! Que surpresa desagradável! significado entre palavras sinônimas. Veja que, embora casa e
Apostilas Decisão 36 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
lar sejam sinônimos, ficaria estranho se falássemos a seguinte cumprimento = saudação
frase: concertar = harmonizar, combinar
consertar = remendar, reparar
- Comprei um novo lar. conjetura = suposição, hipótese
conjuntura = situação, circunstância
Obs.: O uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade coser = costurar
nos processos de retomada de elementos que inter-relacionam cozer = cozinhar
as partes dos textos. deferir = conceder
diferir = adiar
descrição = representação
Antônimos discrição = ato de ser discreto
descriminar = inocentar
São palavras que possuem significados opostos, contrários. discriminar = diferençar, distinguir
despensa = compartimento
Exemplos: dispensa = desobrigação
despercebido = sem atenção, desatento
mal / bem desapercebido = desprevenido
discente = relativo a alunos
ausência / presença docente = relativo a professores
emergir = vir à tona
fraco / forte imergir = mergulhar
emigrante = o que sai
claro / escuro imigrante = o que entra
eminente = nobre, alto, excelente
subir / descer iminente = prestes a acontecer
esperto = ativo, inteligente, vivo
cheio / vazio experto = perito, entendido
espiar = olhar sorrateiramente
possível / impossível expiar = sofrer pena ou castigo
estada = permanência de pessoa
estadia = permanência de veículo
flagrante = evidente
Parônimos
fragrante = aromático
fúsil = que se pode fundir
São palavras de significação diferente, mas de forma parecida, fuzil = carabina
semelhante. fusível = resistência de fusibilidade calibrada
incerto = duvidoso
retificar e ratificar; inserto = inserido, incluso
emergir e imergir. incipiente = iniciante
insipiente = ignorante
Eis uma lista com alguns homônimos e parônimos: indefesso = incansável
indefeso = sem defesa
acender = atear fogo infligir = aplicar pena ou castigo
ascender = subir infringir = transgredir, violar, desrespeitar
acerca de = a respeito de, sobre intemerato = puro, íntegro, incorrupto
cerca de = aproximadamente intimorato = destemido, valente, corajoso
há cerca de = faz aproximadamente, existe aproximadamente, intercessão = súplica, rogo
acontece aproximadamente interse(c)ção = ponto de encontro de duas linhas
afim = semelhante, com afinidade laço = laçada
a fim de = com a finalidade de lasso = cansado, frouxo
amoral = indiferente à moral ratificar = confirmar
imoral = contra a moral, libertino, devasso retificar = corrigir
apreçar = marcar o preço soar = produzir som
apressar = acelerar suar = transpirar
arrear = pôr arreios sortir = abastecer
arriar = abaixar surtir = originar
bucho = estômago de ruminantes sustar = suspender
buxo = arbusto ornamental suster = sustentar
caçar = abater a caça tacha = brocha, pequeno prego
cassar = anular taxa = tributo
cela = aposento tachar = censurar, notar defeito em
sela = arreio taxar = estabelecer o preço
censo = recenseamento vultoso = volumoso
senso = juízo vultuoso = atacado de vultuosidade (congestão na face)
cessão = ato de doar
seção ou secção = corte, divisão
sessão = reunião Emprego de algumas palavras e expressões semelhantes:
chá = bebida
xá = título de soberano no Oriente 1. Que e Quê:
chalé = casa campestre *Que é pronome, conjunção, advérbio ou partícula expletiva.
xale = cobertura para os ombros
cheque = ordem de pagamento *Quê é um substantivo (com o sentido de "alguma coisa"),
xeque = lance do jogo de xadrez, contratempo
interjeição (indicando surpresa, espanto) ou pronome em final de
comprimento = extensão
Apostilas Decisão 37 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
frase (imediatamente antes de ponto final, de interrogação ou de
exclamação) 7. Há e A na expressão de tempo:
* Há é usado para indicar tempo decorrido.
Ex. Que você pretende, tratando-me dessa maneira?
* A é usado para indicar tempo futuro.
Você pretende o quê?
Ex. Ele partiu há duas semanas.
Quê!? Quase me esqueço do nosso encontro.
Estamos a dois dias das eleições.
2. Mas e Mais:
* Mas é uma conjunção adversativa, de mesmo valor que 8. Acerca de, A cerca de e Há cerca de:
"porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto". * Acerca de é locução prepositiva equivalente a "sobre, a
respeito de".
* Mais é um advérbio de intensidade, mas também pode dar
idéia de adição, acréscimo; tem sentido oposto a menos. * A cerca de indica aproximação.
Ex. Eu iria ao cinema, mas(porém) não tenho dinheiro. * Há cerca de indica tempo decorrido.
Ela é a mais (menos) bonita da escola. Ex. Estávamos falando acerca de política.
Ex. Onde (em que lugar) você colocou minha carteira? * A fim de é locução prepositiva que indica finalidade.
Aonde (a que lugar) você vai, menina? Ex. Nós temos vontades afins.
Donde (de que lugar) tu vieste? Ela veio a fim de estudar seriamente.
* Mal também é substantivo, podendo significar "doença, Estude bastante, senão não sairá sábado à noite.
moléstia, aquilo que é prejudicial ou nocivo"
Se não estudar, não sairá sábado à noite.
Ex. O mal da sociedade moderna é a violência urbana.
Ex. Suas idéias vêm ao encontro das minhas, mas Ex. Torço pelo Santos.
suas ações vão de encontro ao nosso acordo. (Suas
idéias são tais quais as minhas, mas suas ações são Torço para que o Santos seja o campeão.
contrárias ao nosso acordo)
14. Sentar-se na mesa e Sentar-se à mesa: Ex. Não perca a paciência, pois essa perda de gols
* Sentar-se na mesa significa sentar-se sobre a mesa. não se repetirá, disse o jogador ao técnico.
Sentei-me na mesa, pois não encontrei cadeira Ex. O fato passou-me totalmente despercebido.
alguma.
Ele estava desapercebido de dinheiro.
- Nós conseguimos traçar a linha corretamente. (traço Denotação: sentido comum! (Macete: “D” de Dicionário - sentido
contínuo duma só dimensão). do dicionário)
...[mentimos sobre nossa idade para você: predicado Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir de uma
verbal] oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de oração
...[mentimos: verbo = núcleo do predicado] substantiva subjetiva:
...[mentimos: primeira pessoa do plural]
...[nós: sujeito] Ex: É difícil optar por esse ou aquele doce...
...[sujeito: primeira pessoa do plural]
...[É difícil: oração principal]
A relação de concordância é, por excelência, uma relação de
dependência, na qual dois (ou mais) elementos se harmonizam. ...[optar por esse ou aquele doce: oração subjetiva =
Um desses elementos é chamado determinado (ou principal) e o sujeito oracional]
outro, determinante (subordinado). No interior de uma sentença,
o sujeito é o termo determinante, ao passo que o predicado é o É importante conhecer outras particularidades do sujeito: sujeito
termo determinado. Essa posição de determinante do sujeito em posposto
relação ao predicado adquire sentido com o fato de ser possível,
na língua portuguesa, uma sentença sem sujeito, mas nunca
uma sentença sem predicado. Sujeito Posposto
...[há formigas na minha casa: predicado = termo 2. Sobre esse assunto falo eu!
determinado]
O fato de se inverter a posição dos termos na oração é movido
...[sujeito: inexistente] por fatores gramaticais (ex.: colocação pronominal) ou por
Apostilas Decisão 41 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
fatores estilísticos. A construção de sentenças em que o sujeito
é colocado após o verbo (sujeito posposto) surge em Nesses exemplos podemos observar que a concordância é
decorrência da ênfase que se pretende dar à idéia expressa estabelecida entre algumas poucas palavras dos dois termos
pelo termo que ocupa a primeira posição na sentença. Trata-se essenciais. Na frase (1), entre “Carolina” e “conhece”; na frase
da valorização de algum termo em detrimento de outro e, (2), entre “nós” e “fazemos”. Isso se dá porque a concordância é
portanto, de uma alteração estilística. O sujeito posposto pode centrada nas palavras que são núcleos, isto é, que são
ser encontrado: responsáveis pela principal informação naquele segmento. No
predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um nome, quase
• nas orações interrogativas; sempre um atributo que se refere ao sujeito da oração, ou um
verbo (ou locução verbal). No primeiro caso, temos um
• em orações com verbos na forma passiva pronominal; predicado nominal e no segundo um predicado verbal.
Quando, num mesmo segmento o nome e o verbo são de igual
• em orações com verbos na forma imperativa; importância, ambos constituem o núcleo do predicado e resultam
no tipo de predicado verbo-nominal.
• em orações reduzidas;
Exemplos:
• em orações que expressem o discurso direto;
1. Minha empregada é desastrada.
• em orações absolutas com verbos no subjuntivo; ...[predicado: é desastrada]
...[núcleo do predicado: desastrada = atributo do sujeito]
• em orações subordinadas adverbiais condicionais sem ...[tipo de predicado: nominal]
conjunção;
2. A empreiteira demoliu nosso antigo prédio.
• em orações com verbos unipessoais;
...[predicado: demoliu nosso antigo prédio]
...[núcleo do predicado: demoliu = nova informação
• em orações iniciadas pelos complementos verbais.
sobre o sujeito]
...[tipo de predicado: verbal]
É muito importante que se localize o sujeito e o verbo na oração.
Mesmo em posição que não é a sua habitual, o verbo deve
sempre concordar com o sujeito.
3. Os manifestantes desciam a rua desesperados.
Em geral os nomes que exigem complementos nominais - Os pronomes oblíquos átonos (me, te, o, a, se, etc.)
possuem formas correspondentes a verbos transitivos, pois
ambos completam o sentido de outro termo. São exemplos Funcionam sintaticamente como objetos diretos. Isso implica
dessa correlação: dizer que somente podem figurar nessa função de objeto e não
na função de sujeito, por exemplo. Porém algumas vezes os
- obedecer aos pais? obediência aos pais pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, etc.) ou pronome oblíquo
tônico (mim, ti, ele, etc.) são chamados a constituir o núcleo dos
- chegar em casa? chegada em casa objetos diretos. Nesse caso, o uso da preposição se torna
obrigatório e, por conseqüência, tem-se um objeto direto
- entregar a revista à amiga? entrega da revista à amiga especial: objeto direto preposicionado.
- o ser ao qual se dirige a ação verbal, ou Você chamou a mim ao teu encontro? [Adequado]
- o conteúdo da ação verbal. ...[a mim: pronome oblíquo tônico = com preposição]
2. Conserve isto na tua memória: vou partir em breve. A cigana pedia dinheiro a moça. [Inadequado]
...[verbo intransitivo na voz passiva] 1. Nosso velho mestre sempre nos voltava à mente.
*Os feridos: objeto direto em (1) e sujeito em (2) ...[nosso: pronome adjetivo]
Karina: sujeito em (1) e agente da passiva em (2) ...[velho: adjetivo]
3. Cercaram a cidade. [voz ativa com sujeito indeterminado] 1. Os candidatos foram selecionados aleatoriamente.
É a palavra ou expressão que acompanha um ou mais nomes ...[com aquela maneira de falar: oração subordinada
conferindo-lhe um atributo. Trata-se, portanto, de um termo de adverbial]
valor adjetivo que modificará o nome a que se refere. Os
adjuntos adnominais não determinam ou especificam o nome, tal Freqüentemente observa-se certa confusão estabelecida entre o
qual os determinantes. Ao invés disso, eles conferem uma nova adjunto adverbial expressado por uma locução adverbial e o
informação ao nome e por isso são chamados de modificadores. objeto indireto. Isso se dá porque ambas as construções são
Além disso, os adjuntos adnominais não interferem na introduzidas por uma preposição. Deve-se ter claro, no entanto,
Apostilas Decisão 45 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
que o objeto indireto é essencial para complementar o sentido de
um verbo transitivo indireto, ao passo que o adjunto adverbial é
elemento dispensável para a compreensão do sentido tanto de 3. Ninguém sabia informar sobre a prova: data, horário e local.
um verbo como de qualquer outro elemento ao qual se liga. Além
disso, o objeto indireto é complemento verbal; já o adjunto ...[aposto introduzido pelos dois pontos]
adverbial pode ou não estar associado a verbos.
É comum notarmos certa confusão entre aposto e adjunto
Exemplos: adnominal, já que o aposto pode ser introduzido por meio da
preposição de. Deve-se ter claro, no entanto, que o aposto tem
1. Essa minha nota equivale a um emprego. sempre o substantivo como seu núcleo, ao passo que o adjunto
adnominal pode ser representado por um adjetivo. Uma maneira
...[a um emprego: complementa o sentido do verbo prática de identificar um ou outro termo da oração é transformar
transitivo indireto”equivaler”] o segmento num adjetivo. Se a operação tiver sucesso, tratar-se-
...[a um emprego: objeto indireto] á de um adjunto adnominal.
Exemplos:
2. Estávamos todos reunidos à mesa.
1. As paredes de fora estão sendo pintadas agora.
...[à mesa: modifica a informação verbal “estávamos
reunidos”] ...[de fora > externo = adjunto adnominal]
...[à mesa: adjunto adverbial (de lugar)] As paredes externas estão sendo pintadas agora.
É o termo da oração que se associa a outro termo para ...[da República: aposto]
especificá-lo ou explicá-lo. O aposto tem caráter nominal, ou
seja, é representado por nomes e não por verbos ou advérbios. Uma oração inteira também pode exercer a função de aposto.
Seu emprego é tido como acessório na oração porque o Nesse caso ela recebe o nome de oração subordinada
enunciado sobrevive sem a informação veiculada através do substantiva apositiva:
aposto.
Normalmente optamos pelo futebol, o que é típico de
Exemplos: brasileiro.
...[aposto associado ao núcleo do objeto indireto
1. Meu nome estava definitivamente fora da lista dos aprovados. “futebol”]
2. Ó, céus, para quê tanto espetáculo em dias tão 2. Eu tenho um gatinho muito preguiçoso, que todo dia procura a
desastrosos? minha cama para dormir. Como a minha mãe não gosta dele, eu
o escondo e, assim, ela não vê que o gatinho está dormindo
Há de atentarmos para uma distinção entre o vocativo e frases comigo.
constituídas por um único substantivo. Nestas não se verifica
qualquer invocação ao interlocutor do discurso, mas, antes, se Notem que no exemplo (1) temos um parágrafo formado por
dirigem a alguém expressando um aviso, um pedido ou um quatro períodos. Já no exemplo (2) o parágrafo está organizado
conselho. No vocativo, porém, o interlocutor é chamado a em apenas dois períodos. Isso é possível articulando as
integrar o discurso do falante. informações por meio de alguns conectivos (que, como, assim) e
eliminando os elementos redundantes (o gatinho, minha mãe =
Exemplos: ele, ela).
Período é a unidade lingüística composta por uma ou mais Período é a frase constituída de uma ou mais orações,
orações. Tem como características básicas: formando um todo, com sentido completo. O período pode ser
simples ou composto.
1. a apresentação de um sentido ou significado
completo
Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração,
2. encerrar-se por meio de certos símbolos de que recebe o nome de oração absoluta.
pontuação.
Exemplos:
Uma das propriedades da língua é expressar enunciados
articulados. Essa articulação é evidenciada internamente pela O amor é eterno.
verificação de uma qualidade comunicativa das informações As plantas necessitam de cuidados especiais.
contidas no período. Isto é, um período é bem articulado quando Quero aquelas rosas.
revela informações de sentido completo, uma idéia acabada. O tempo é o melhor remédio.
Esse atributo pode ser exibido em termos de um período
constituído por uma única oração - período simples – ou
constituído por mais de uma oração – período composto. Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais
orações:
Exemplos:
Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias.
1. Sabrina tinha medo do brinquedo. Quero aquelas flores para presentear minha mãe.
Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o
...[período simples] que acontece ao anoitecer.
Cheguei em casa, jantei e fui dormir.
B) Adversativa: exprime uma idéia contrária à da outra oração, Ex. Foi afirmado que você subornou o guarda.
uma oposição.
Conjunções: mas, porém, todavia, no entanto, B) Objetiva Direta: funciona como objeto direto da oração
entretanto, contudo. principal.
Ex. Sempre foi muito estudioso, no entanto não se (sujeito) + VTD + oração subordinada substantiva
adaptava à nova escola. objetiva direta.
Ex. Estude, ou não sairá nesse sábado. (sujeito) + VTI + prep. + oração subordinada substantiva
objetiva indireta.
D) Conclusiva: Exprime uma conclusão da idéia contida na Ex. Lembro-me de que tu me amavas.
outra oração.
Conjunções: logo, portanto, por isso, por conseguinte, D) Completiva Nominal: funciona como complemento nominal
pois - após o verbo ou entre vírgulas. de um termo da oração principal.
Ex. Estudou como nunca fizera antes, por isso (sujeito) + verbo + termo intransitivo + prep. + oração
conseguiu a aprovação. subordinada substantiva completiva nominal.
Conjunções: porque, que, pois - antes do verbo. E) Apositiva: funciona como aposto da oração principal; em
geral, a oração subordinada substantiva apositiva vem após dois
Ex. Conseguiu a aprovação, pois estudou como nunca pontos, ou mais raramente, entre vírgulas.
fizera antes
oração principal + : + oração subordinada substantiva
Período Composto por Subordinação apositiva.
Períodos compostos por subordinação são períodos que, Ex. Todos querem o mesmo destino: que atinjamos a
sendo constituídos de duas ou mais orações, possuem uma felicidade.
oração principal e pelo menos uma oração subordinada a ela. A
oração subordinada está sintaticamente vinculada à oração
principal, podendo funcionar como termo essencial, integrante ou F) Predicativa: funciona como predicativo do sujeito do verbo de
acessório da oração principal. As orações subordinadas que se ligação da oração principal.
conectam à oração principal através de conjunções
subordinativas são chamadas orações subordinadas sindéticas. (sujeito) + VL + oração subordinada substantiva
As orações que não apresentam conjunções subordinativas predicativa.
geralmente apresentam seus verbos nas formas nominais,
sendo chamadas orações reduzidas. Ex. A verdade é que nunca nos satisfazemos com
nossas posses.
1. Orações Subordinadas Substantivas:
Nota: As subordinadas substantivas podem vir
São seis as orações subordinadas substantivas, que são introduzidas por outras palavras:
iniciadas por uma conjunção subordinativa integrante (que, se)
Pronomes interrogativos (quem, que, qual...)
Apostilas Decisão 48 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de
Advérbios interrogativos (onde, como, quando...) conformidade.
Não sei onde coloquei minha carteira. Ex. Construímos nossa casa, conforme as
especificações dadas pela Prefeitura.
Ex. A garota com quem simpatizei está à sua procura. G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo.
Ex. Londrina, que é a terceira cidade do região Sul do H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade.
país, está muito bem cuidada.
Conjunções: a fim de que, para que, porque.
Orações Subordinadas Adverbiais Ex. Ele não precisa do microfone, para que todos o
ouçam.
São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas
por uma conjunção subordinativa
I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção.
A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa.
Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto
Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma mais.
vez que, como, que.
Ex. À medida que o tempo passa, mais experientes
Ex. Saímos rapidamente, visto que estava armando um ficamos.
tremendo temporal.
Orações Reduzidas
B) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de
comparação. Geralmente, o verbo fica subentendido Quando uma oração subordinada se apresenta sem
conjunção ou pronome relativo e com o verbo no infinitivo, no
Conjunções: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... particípio ou no gerúndio, dizemos que ela é uma oração
quanto, como. reduzida, acrescentando-lhe o nome de infinitivo, de particípio ou
de gerúndio.
Ex. Diocresildo era mais esforçado que o irmão(era).
Ex. Ele não precisa de microfone, para o ouvirem.
Ex. Todos se retiraram, apesar de não terem terminado A língua escrita apresenta muitas diferenças em relação à língua
a prova. falada. Na fala, podemos contar com uma série de recursos para
dar eficácia à mensagem, tais como gestos, tom da voz,
expressão facial, entoação, etc. Enfim, quando falamos, a nossa
D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição. mensagem é reforçada por inúmeros recursos que não temos
quando escrevemos. Há certos recursos da linguagem - pausa,
Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, melodia, entonação e até mesmo, silêncio - que só estão
contanto que. presentes na oralidade. Na linguagem escrita, para substituir tais
recursos, usamos os sinais de pontuação. Estes são também
Ex. Você terá um futuro brilhante, desde que se usados para destacar palavras, expressões ou orações e
esforce. esclarecer o sentido de frases, a fim de dissipar qualquer tipo de
ambigüidade. Para tentar reproduzir na escrita os inúmeros
recursos de que dispomos na fala, contamos com uma série de
sinais gráficos denominados sinais de pontuação. Observe como
Emprega-se a vírgula (uma breve pausa): - Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de
confiança.
a) para separar os elementos mencionados numa relação:
- Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado
- A nossa empresa está contratando engenheiros, ao dirigir.
economistas, analistas de sistemas e secretárias.
- Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala
de jantar, área de serviço e dois banheiros.
j) para indicar a elipse de um elemento da oração:
Nota: Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos
elementos da enumeração, a vírgula deve ser empregada: - Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras,
Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e estrebuchava como um animal.
falava em voz alta, e ria, e roía as unhas.
- Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a
irmã, que foi um acidente.
b) para isolar o vocativo:
- Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete. - Ladrão de tostão, ladrão de milhão.
- Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, l) após a saudação em correspondência (social e comercial):
ficou presa no elevador.
- Com muito amor,
- Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino.
- Respeitosamente,
- Gastamos R$ 5.000,00 na reforma do apartamento, - Marina, que é uma criatura maldosa, “puxou o tapete”
isto é, tudo o que tínhamos economizado durante anos. de Juliana lá no trabalho.
- Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o - Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi
Canadá. escrito por Graciliano Ramos.
- Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas. - Não lhe posso garantir nada, respondi secamente.
- Ontem à noite, fomos todos jantar fora. - O filme, disse ele, é fantástico.
- O palácio, o palácio está destruído. Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de um
frase declarativa de um período simples ou composto.
- Estão todos cansados, cansados de dar dó!
- Desejo-lhe uma feliz viagem.
g) para isolar, nas datas, o nome do lugar: - A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada,
no entanto tudo no seu interior era conservado com
- São Paulo, 22 de maio de 1995. primor.
Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do O criado pediu licença para entrar:
que a da vírgula, praticamente uma pausa intermediária entre o - O senhor não precisa de mim?
ponto e a vírgula. Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula - Não obrigado. A que horas janta-se?
para: - As cinco, se o senhor não der outra ordem.
- Bem.
a) separar orações coordenadas que tenham um certo sentido - O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou a
ou aquelas que já apresentam separação por vírgula: cavalo?
- Não.
- Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente (José de Alencar)
e alegre; agora, mulher madura, tornou-se uma
doidivanas.
6. Ponto de Exclamação
b) separar vários itens de uma enumeração: O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de
qualquer enunciado com entonação exclamativa, que
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos se- normalmente exprime admiração, surpresa, assombro,
guintes princípios: indignação etc.
I - igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola; - Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar comedouro muito compreensível e muito repousante,
o pensamento, a arte e o saber; Jacinto!
III - pluralismo de idéias e de concepções, e
coexistência de instituições públicas e privadas de - Então janta, homem!
ensino; (Eça de Queiroz)
IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais;
........
(Constituição da República Federativa do Brasil) Nota: O ponto de exclamação é também usado com interjeições
e locuções interjetivas:
4. Dois-pontos - Oh!
a) uma enumeração:
7. Reticências
- ... Rubião recordou a sua entrada no escritório do
Camacho, o modo porque falou: e daí tornou atrás, ao As reticências são empregadas para:
próprio ato.
a) assinalar interrupção do pensamento:
- Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o
carro, os cavalos, o grito, o salto que deu, levado de um - Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a
ímpeto irresistível... (Machado de Assis) consciência de que fiz o meu dever. Mas o mundo
saberá...
(Júlio Dinis)
b) uma citação:
Visto que ela nada declarasse, o marido indagou: b) indicar passos que são suprimidos de um texto:
- Afinal, o que houve?
- O primeiro e crucial problema de lingüística geral que
Saussure focalizou dizia respeito à natureza da
c) um esclarecimento: linguagem. Encarava-a como um sistema de signos...
- Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: - Considerava a lingüística, portanto, com um aspecto
seduzir Pedro. Não porque o amasse, mas para magoar de uma ciência mais geral, a ciência dos signos...
Lucila. (Mattoso Camara Jr.)
- Observe que os dois-pontos são também usados na
introdução de exemplos, notas ou observações. c) marcar aumento de emoção:
Concordância Verbal
12. SINTAXE DE CONCORDÂNCIA E
REGÊNCIA. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa: Eu sei
(sei: 1a pessoa do singular, concordando com o sujeito eu).
Havendo mais de um sujeito, o verbo vai para o plural:
Concordância Nominal
(1) na 1a pessoa (nós), se entre os sujeitos houver um da 1a
O adjetivo concorda em gênero e número com o termo a que pessoa (Eu, tu e ele saímos);
se refere (substantivo ou pronome), quer exerça a função de
adjunto adnominal (Comprei um bom livro), quer a de predicativo (2) na 2a pessoa (vós), se, não existindo sujeito da 1a pessoa,
(O livro é bom). Adjunto adnominal. Referindo-se a mais de um houver um da 2a (Tu e ele saístes);
substantivo ou pronome, o adjunto adnominal a estes antepostos (3) na 3a pessoa (eles ou elas), se os sujeitos forem todos da 3a
concorda em gênero e número com o mais próximo (O professor pessoa (João, Carlos e seus irmãos saíram). A concordância do
exigiu completo silêncio e disciplina. Galoparam por estreitas verbo na 2a pessoa do plural (vós), na linguagem corrente do
estradas e caminhos); sendo nomes próprios ou de parentesco Brasil, é de uso raro, não sendo poucos os exemplos literários
os termos modificados pelo adjunto, este vai para o plural (os em que o verbo com sujeito tu e ele aparece na 3a pessoa do
dedicados Pedro e Paulo; os estudiosos João e Maria). Se o plural.
adjunto adnominal está posposto a mais de um substantivo ou
pronome, pode concordar em gênero com o termo mais próximo
a que se refira, ou adotar a flexão masculina, se os termos
Casos particulares (com um só sujeito). Havendo um só
modificados tiverem gêneros diferentes; e pode concordar em
sujeito, ocorrem, entre outros, os seguintes casos particulares de
número com o termo mais próximo a que se refira, ou ir para o
concordância verbal:
plural. Exemplos (a concordância mais rara está entre
parênteses):
(1) livro e caderno encapado (ou encapados); 1. Verbo no singular:
(2) livro e caderneta encapada (ou encapados); a) Mais de um aluno não resolveu essa questão (sujeito =
mais de um + substantivo);
(3) livros e caderno encapados (ou encapado);
b) Qualquer de nós (ou de vós) se apresentará? (sujeito =
(4) livros e cadernetas encapadas (ou encapados).
pronome interrogativo singular, seguido de de nós, de
vós, dentre nós ou dentre vós);
Predicativo. c) Algum (nenhum, qualquer) de nós (ou de vós) se
apresentará (sujeito = pronome indefinido singular,
As normas de concordância do predicativo com o sujeito seguido de de nós, de vós, dentre nós, dentre vós).
composto são idênticas às que se aplicam ao adjunto adnominal,
com as seguintes ressalvas:
(1) Sendo do mesmo gênero os termos que compõem o sujeito, 2. Verbo no plural:
o predicativo conserva esse gênero e, de preferência, vai para o
a) Aproximaram-se cerca de vinte pessoas (sujeito =
plural (O livro e o caderno estão encapados);
cerca de + substantivo plural);
(2) se os gêneros dos termos que compõem o sujeito forem
b) Ele era um dos que sabiam a resposta (sujeito = um
diversos, o predicativo vai, normalmente, para o masculino plural
dos que, um daqueles que);
(O livro e a caderneta estão encapados).
c) Quais (quantos) de vós sabeis a resposta? Quais
(quantos) de nós teremos tempo para isso? (sujeito =
A concordância do predicativo do objeto segue, em geral, as quais? quantos? + de nós ou de vós;
mesmas normas que se aplicam à concordância do predicativo
d) Alguns (muitos, vários, poucos, quaisquer) de nós
do sujeito. Se o sujeito for uma oração, o predicativo fica no
sabemos o que ocorreu. Quaisquer de vós sabeis (sujeito
masculino singular (É vantajoso saber-se uma língua
= indefinido plural + de nós, ou de vós);
estrangeira = É vantajoso que se saiba uma língua estrangeira).
Concordância dos pronomes pessoais o, a, os, as. Os pronomes e) Os Estados Unidos se empenharam na solução desse
o (lo) e a (la) substituem, respectivamente, um nome masculino problema (sujeito = nomes de lugar com forma plural,
singular ou um nome feminino singular (Encontrei João = precedidos de artigo);
Encontrei-o. Vou encontrar João = Vou encontrá-lo. Encontrei
Maria = Encontrei-a. Vou encontrar Maria = Vou encontrá-la); o f) As Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, são de
pronome os (los) substitui um nome masculino plural ou mais de publicação póstuma (sujeito = títulos de obras com forma
um nome de gêneros diferentes (Encontrei meus amigos, ou plural, com artigo);
meu amigo e minha amiga = Encontrei-os. Vou encontrar meus g) Deram (bateram, soaram) sete horas (verbos dar,
amigos, ou meus amigos e minhas amigas = Vou encontrá-los); bater, soar e sinônimos, empregados com referência às
o pronome as (las) substitui um nome feminino plural ou mais de horas do dia: concordam com o número que indica as
um nome feminino (Encontrei minhas amigas, ou encontrei Maria horas);
e Júlia = Encontrei-as. Vou encontrar minhas amigas, ou vou
encontrar Maria e Júlia = Vou encontrá-las). Concordância dos
5. Sujeito pronome relativo "quem": O verbo com sujeito (10) O menino com seu amigo brincavam à beira do lago. César,
pronome relativo "quem", vai para a 3a pessoa do singular (Sou com suas legiões, levou o inimigo de vencida (sujeitos unidos
eu quem tem de resolver) ou concorda com o pronome pessoal pela partícula com: verbo no plural, quando não houver realce de
sujeito da oração anterior (Sou eu quem tenho de resolver). nenhum dos sujeitos; no singular, quando o primeiro sujeito
estiver sendo realçado);
(11) Você, como eu, parece ter jeito para música. Você como eu
6. Verbo "ser" com o predicativo plural: temos jeito para música (sujeitos ligados pelas conjunções
comparativas como, assim como, bem como etc.; verbo no
a) Que são três dias? Quem és tu? (oração iniciada pelos
singular, quando se quer dar destaque ao primeiro sujeito; no
interrogativos que? e quem?;
plural, sem esse destaque).
b) Eram quatro horas (orações impessoais);
c) Tudo (isto, isso, aquilo, o = aquilo, o resto, o mais) são Concordância figurada (silepse): Concordância que se faz
mentiras (sujeito um dos pronomes tudo, isto, isso, aquilo, com o sentido ou idéia que as palavras exprimem, não com sua
o = aquilo, ou expressão de sentido coletivo, como o forma gramatical. A silepse pode ser:
resto, o mais);
a) de número (Era uma gente [coletivo] difícil de lidar:
d) Minha vida são eles, os meus filhos (substantivo como não sabiam o que queriam. Vós [referindo-se a uma
primeiro termo da oração; pronome pessoal como única pessoa] fostes injusto;
segundo).
b) de gênero (Vossa Senhoria [referindo-se a pessoa do
sexo masculino] foi bem tratado?);
7. Outros casos de concordância do verbo "ser":
a) Três semanas é pouco (sujeito = expressão numérica c) de pessoa (Estávamos presentes [incluída a pessoa
considerada como um todo; que fala, ou 1a pessoa] uns dez
interessados).©Encyclopédia Britannica do Brasil
b) da Vinci era muitos artistas num só gênio (sujeito nome Publicações Ltda.
de pessoa singular; o verbo deixa de concordar com o
predicativo plural;
c) Ele era todo ouvidos (sujeito pronome pessoal; o verbo Regência Nominal
deixa de concordar com o predicativo plural;
Alguns nomes também exigem complementos preposicionados.
d) Nós é que decidimos partir (frases construídas com a Conheça alguns:
locução invariável de realce é que; o verbo concorda
normalmente com o sujeito).
1- acessível a 34- digno de 67- natural de
2- acostumado a, 35- entendido em 68- necessário a
Casos particulares (com sujeito composto). Com sujeito com 36- equivalente a 69- negligente em
composto, o verbo pode concordar com o sujeito mais próximo, 3- adaptado a, para 37- erudito em 70- nocivo a
em casos como os que se seguem: 4- afável com, para 38- escasso de 71- ojeriza a, por
com 39- essencial para 72- paralelo a
(1) Imperava a violência, o crime, o desrespeito à pessoa
5- aflito com, em, 40- estranho a 73- parco em, de
humana (sujeitos pospostos);
para, por 41- fácil de 74- passível de
(2) Minha casa, minha pátria é aqui (sujeitos sinônimos ou quase 6- agradável a 42- favorável a 75- perito em
sinônimos; 7- alheio a, de 43- fiel a 76- permissivo a
8- alienado a, de 44- firme em 77- perpendicular a
9- alusão a 45- generoso com 78- pertinaz em
Apostilas Decisão 54 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
10- amante de 46- grato a 79- possível de a) no sentido de cheirar, sorver: usa-se sem preposição. Ex.:
11- análogo a 47- hábil em 80- possuído de Aspirou o ar puro da manhã.
12- ansioso de, para, 48- habituado a 81- posterior a
por 49- horror a 82- preferível a b) no sentido de almejar, pretender: exige a preposição a. Ex.:
13- apto a, para 50- hostil a 83- prejudicial a Esta era a vida a que aspirava.
14- atento a, em 51- idêntico a 84- prestes a
15- aversão a, para, 52- impossível de 85- propenso a, 2 – Assistir
por 53- impróprio para para a) no sentido de prestar assistência, ajudar, socorrer: usa-se
16- ávido de, por 54- imune a 86- propício a sem preposição.
17- benéfico a 55- incompatível 87- próximo a, de Ex.: O técnico assistia os jogadores novatos.
18- capaz de, para com 88- relacionado
19- certo de 56- inconseqüente com b) no sentido de ver, presenciar: exige a preposição a.
20- compatível com com 89- residente em Ex.: Não assistimos ao show.
21- compreensível a 57- indeciso em 90- responsável
22- comum a, de 58- independente por c) no sentido de caber, pertencer: exige a preposição a.
23- constante em de, em 91- rico de, em Ex.: Assiste ao homem tal direito.
24- contemporâneo 59- indiferente a 92- seguro de, em
a, de 60- indigno de 93- semelhante a d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a
25- contrário a 61- inerente a 94- sensível a preposição em.
26- curioso de, para, 62- insaciável de 95- sito em Ex.: Assistiu em Maceió por muito tempo.
por 63- leal a 96- suspeito de
27- desatento a 64- lento em 97- útil a, para 3 - Esquecer/lembrar
28- descontente com 65- liberal com 98- versado em a) Quando não forem pronominais: são usados sem
29- desejoso de 66- medo a, de preposição.
30- desfavorável a Ex.: Esqueci o nome dela.
31- devoto a, de
32- diferente de b) Quando forem pronominais: são regidos pela preposição de.
33- difícil de Ex.: Lembrei-me do nome de todos.
4 – Visar
Regência Verbal a) no sentido de mirar: usa-se sem preposição.
Ex.: Disparou o tiro visando o alvo.
1. Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição a e não b) no sentido de dar visto: usa-se sem preposição.
pela preposição em. Ex.: Visaram os documentos.
Ex.: Vou ao dentista./ Cheguei a Belo Horizonte.
c) no sentido de ter em vista, objetivar: é regido pela preposição
2. Morar/ residir – normalmente vêm introduzidos pela a.
preposição em. Ex.: Viso a uma situação melhor.
Ex.: Ele mora em São Paulo./ Maria reside em Santa Catarina.
5 – Querer
3. Namorar – não se usa com preposição. a) no sentido de desejar: usa-se sem preposição.
Ex.: Joana namora Antônio. Ex.: Quero viajar hoje.
4. Obedecer/desobedecer – exigem a preposição a. b) no sentido de estimar, ter afeto: usa-se com a preposição a.
Ex.: As criaCRnças obedecem aos pais./ O aluno desobedeceu Ex.: Quero muito aos meus amigos.
ao professor.
6 – Proceder
5. Simpatizar/ antipatizar – exigem a preposição com. a) no sentido de ter fundamento: usa-se sem preposição.
Ex.: Simpatizo com Lúcio./ Antipatizo com meu professor de Ex.: Suas queixas não procedem.
História.
b) no sentido de originar-se, vir de algum lugar: exige a
preposição de.
Estes verbos não são pronominais, portanto, são considerados Ex.: Muitos males da humanidade procedem da falta de
construções erradas quando os mesmos aparecem respeito ao próximo.
acompanhados de pronome oblíquo: Simpatizo-me com Lúcio./
Antipatizo-me com meu professor de História. c) no sentido de dar início, executar: usa-se a preposição a.
Ex.: Os detetives procederam a uma investigação criteriosa.
6. Preferir - este verbo exige dois complementos sendo que um
usa-se sem preposição e o outro com a preposição a. 7 - Pagar/ perdoar
Ex.: Prefiro dançar a fazer ginástica. a) se tem por complemento palavra que denote coisa: não
exigem preposição.
Segundo a linguagem formal, é errado usar este verbo reforçado Ex.: Ela pagou a conta do restaurante.
pelas expressões ou palavras: antes, mais, muito mais, mil
vezes mais, etc. b) se tem por complemento palavra que denote pessoa: são
Ex.: Prefiro mil vezes dançar a fazer ginástica. regidos pela preposição a.
Ex.: Perdoou a todos,
8 – Informar
Verbos que apresentam mais de uma regência a) no sentido de comunicar, avisar, dar informação: admite duas
construções:
1 – Aspirar
b) no sentido de envolver, comprometer: usa-se com dois Sempre me informavam os verdadeiros motivos.
complementos, um direto e um indireto com a preposição
em.
Ex.: Implicou o negociante no crime. Obs.: Se houver vírgula depois do advérbio, ele deixa de atrair o
pronome.
c) no sentido de antipatizar: é regido pela preposição com.
Ex.: Implica com ela todo o tempo. Aqui se trabalha.
b) no sentido de acarretar, exigir, obter por meio de: usa-se Alguém me informou os verdadeiros motivos.
sem preposição.
Ex.: O carro custou-me todas as economias. Isto me pertence.
Nunca me convidariam para a cerimônia. Obs.: Se o auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do
pretérito, ocorrerá a mesóclise, desde que não haja atração.
Obs.: É sempre errado o uso do pronome oblíquo depois de Ter-me-iam falado a verdade, se a soubessem.
verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito.
A ênclise é obrigatória:
b) Locução verbal com o verbo principal no infinitivo ou no
a) com o verbo no início da frase: gerúndio. Se não houver palavra atrativa, coloca-se o pronome
oblíquo depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.
Entregaram-me as mercadorias.
Quero-lhe dizer a verdade. OU Quero dizer-lhe a
Obs.: Lembre-se de que é sempre errado o pronome oblíquo verdade.
átono no início da frase.
Ia-lhe dizendo a verdade. OU Ia dizendo-lhe a verdade.
b) com o verbo no imperativo afirmativo: Caso haja palavra atrativa, coloca-se pronome antes do verbo
auxiliar ou depois do verbo principal.
Alunos, comportem-se
Não lhe quero dizer a verdade. OU Não quero dizer-lhe
a verdade.
c) com o verbo no gerúndio:
Não lhe ia dizendo a verdade. OU Não ia dizendo-lhe a
Saiu, deixando-nos por instantes. verdade.
Obs.: Se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra 14. EMPREGO DE CLASSES DE PALAVRAS
atrativa, ocorrerá próclise. Em se tratando de cinema, prefiro as
comédias. Caro Candidato: O conteúdo acima solicitadojá encontra-se
nesta Apostila nesta mesma Matéria com o Tópico de Número
Saiu da sala, não nos revelando os motivos 08. Faça Bons Estudos. Tenha Foco, Força e Fé, persevere e
acredite em você. Sucesso e Fique com Deus!
d) com o verbo no infinitivo impessoal:
Obs.: Se o infinitivo impessoal vier precedido de palavra Caro Candidato: O conteúdo sobre Emprego de Modos e
negativa, é indiferente o uso da ênclise ou da próclise. Tempos Verbais já encontra-se nesta Apostila nesta mesma
Matéria com o Tópico de Número 08. Faça Bons Estudos. Tenha
Era necessário não te ajudar. Foco, Força e Fé, persevere e acredite em você. Sucesso e
Fique com Deus!
Era necessário não ajudar-te.
Verbo Haver
Se o infinitivo impessoal vier precedido de preposição, é
indiferente o uso da ênclise ou da próclise. Gerúndio: Havendo
03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo
Artistas menos umas três vezes;
A existência da arte literária só é possível pelo fato de que 04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
existem os seus criadores, ou seja, os artistas que fazem com
que ela aconteça. E, devemos destacar que a arte literária é 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
então a ficção criada pelos dados e intuição do próprio artista, já
que o mesmo tem a obrigação por meio da literatura de recriar 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
uma realidade, ou seja, algo real, e fazer com que isso se torne
muito mais “doce” e singular conforme a sua própria visão de 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor
artista. Assim, o artista é o responsável pela existência e pelos compreensão;
diferenciais que são proporcionados pela arte literária. Ele é
aquele que escreve conforme os seus próprios pontos de vista, 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do
conforme os seus sentimentos, suas percepções, e é claro, as texto correspondente;
suas técnicas de escrita e narrativa como um todo.
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada
questão;
Linguagem da arte literária
10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não,
A literatura, ou arte literária, se difere de outros modelos de correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e
manifestação artística pelo fato de que a sua matéria prima é outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes,
única: a palavra. No que diz respeito então a própria linguagem dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu;
da arte literária devemos destacar o fato de que a mesma
contém uma função poética. Isto ocorre pelo fato de que a 11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a
linguagem presente na arte literária é criada com a intenção (do mais exata ou a mais completa;
emissor, no caso, o artista) de fazer com que aquele texto, ou
aquela linguagem, se volte para ela mesma, fazendo com que 12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um
cada uma das palavras carregue um significado único e no fim fundamento de lógica objetiva;
crie um contexto que promova as emoções causadas pela arte
literária. Além disso, uma obra literária é sempre dotada de um 13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
aspecto mais formal, característica bem presenta na arte
literária. Isso ocorre pelo fato de que a sua composição e o seu 14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela
conteúdo são mais valorizados neste determinado formato. resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do
texto;
Gêneros da literatura
Apostilas Decisão 61 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras a) Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do
denuncia a resposta; contexto, acrescentando-se ideias que não estão no
texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela
16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo imaginação.
autor, definindo o tema e a mensagem;
b) Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se
17. O autor defende ideias e você deve percebê-las; atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um
texto é um conjunto de ideias, o que pode ser
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são insuficiente para o total do entendimento do tema
importantíssimos na interpretação do texto. desenvolvido.
Ex.: Ele morreu de fome. c) Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias
contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões
De fome: adjunto adverbial de causa, determina a equivocadas e, consequentemente, errando a questão.
causa na realização do fato (= morte de "ele").
Roteiro de Interpretação
19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas
as ideias estão coordenadas entre si; Na hora de interpretar um texto, alguns cuidados são
necessários:
20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior
clareza de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o a) ler atentamente todo o texto, procurando focalizar
significado. sua ideia central;
Nota: Diante do que foi dito, espero que você mude o modo de b) interpretar as palavras desconhecidas através do
pensar, pois a interpretação não depende de cada um, mas, sim, contexto;
do que está escrito. "O que está escrito, escrito está."
c) reconhecer os argumentos que dão sustentação a
ideia central;
Lembre-se:
d) identificar as objeções à ideia central;
TEXTO: é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas
entre si, formando um todo significativo capaz de produzir e) sublinhar os exemplos que foram empregados como
interação comunicativa (capacidade interpretar e ilustração da ideia central;
compreender o texto).
f) antes de responder as questões, ler mais de uma vez
todo o texto, fazendo o mesmo com as questões e as
O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a alternativas;
identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as
ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou g) a cada questão, voltar ao texto, não responder “de
explicações, que levam ao esclarecimento das questões cabeça”;
apresentadas na prova. Normalmente, numa prova, o candidato
é convidado a: h) se preferir, faça anotações à margem ou
esquematize o texto;
1. Identificar: é reconhecer os elementos fundamentais
de uma argumentação, de um processo, de uma época i) se o enunciado pedir a ideia principal, ou tema, estará
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os situada na introdução, na conclusão, ou no título;
quais definem o tempo).
j) se o enunciado pedir argumentação, esta estará
2. Comparar: é descobrir as relações de semelhança localizada, normalmente, no corpo do texto.
ou de diferenças entre as situações do texto.
A reportagem pode ser televisionada ou impressa! A reportagem Crítica ou Opinativa: Nesse tipo de resenha o
é um gênero de texto jornalístico que transmite uma informação conteúdo apresentado é um pouco mais detalhado do
por meio da televisão, rádio, revista. O objetivo da reportagem é que na resenha descritiva, pois os critérios de
levar os fatos ao leitor ou telespectador de maneira abrangente. julgamento são de valor, de beleza da forma, estilo do
Isso implica em um fator essencial a um jornalista: falar bem e objeto (acontecimento ou obra). A exploração um pouco
escrever bem. Se televisionada, a reportagem deve ser maior dos detalhes ocorre devido à necessidade de que
transmitida por um repórter que possui dicção pausada e clara e o autor da resenha fundamente suas críticas, sejam
linguagem direta, precisa e sem incoerências. Além de saber elas positivas ou negativas, utilizando outros autores
utilizar a entonação que dá vida às palavras, uma vez que que trabalharam o mesmo tema.
representa na fala os sinais de pontuação! Se impressa, a
reportagem deve demonstrar capacidade intelectual, criatividade,
sensibilidade quanto aos fatos e uma escrita coerente, que Antes da produção da resenha de um livro (por exemplo) devem
dinamiza a leitura e a torna fluente! Por estas questões, a ser seguidos os seguintes passos:
subjetividade está mais presente neste tipo de reportagem do
que no outro, apontado acima! Atualmente, com o Leitura e reflexão sobre o texto do qual será feito a
desenvolvimento dos softwares, os repórteres têm mais recursos resenha, sendo que muitas vezes são necessárias
visuais e gráficos disponíveis, o que chama a atenção para a leituras complementares para um melhor entendimento
notícia. Em meio aos fatos presenciados e que deverão ser do tema.
transmitidos, cada repórter tem seu estilo próprio de conduzir ou
de narrar os acontecimentos. Por isso, a reportagem pode ser a Resumo da obra, no qual deverão ficar clara as ideias
mesma, mas a maneira como é comunicada é diferente de um principais do autor. Este resumo será a base para a
profissional para outro! Para o leitor ou telespectador é ótimo, resenha, mas não ela.
pois ele poderá optar, por exemplo, por um jornal falado no qual
se identifique com o tipo de linguagem! Selecionar dentre as ideias principais, uma que será
destacada, e até aprofundada (no caso das resenhas
críticas).
Qual a diferença entre notícia e reportagem?
Emitir um julgamento de verdade (resenha descritiva)
A primeira informa fatos de maneira mais objetiva e aponta as ou de valor (resenha crítica), sendo necessária a
razões e efeitos. A segunda vai mais a fundo, faz investigações, fundamentação no caso da resenha crítica.
tece comentários, levanta questões, discute, argumenta. A
reportagem escrita é dividida em três partes: Elaborar a resenha a partir dos passos anteriores,
sendo que a organização do texto fica a critério do
1. Manchete autor.
Tipos de Crônica Obs: Esses itens estão na ordem em que devem aparecer.
Crônica Descritiva: Ocorre quando uma crônica No caso dos concursos há um tipo de carta comumente
explora a caracterização de seres animados e sugerido: a carta argumentativa. Sobre esse tipo de texto
inanimados num espaço, viva como uma pintura, destacaremos algumas “regras” que ajudaram na composição da
precisa como uma fotografia ou dinâmica como um mesma.
filme publicado.
Adequação ao tema: Como são argumentativas devem
Apostilas Decisão 67 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
sustentar uma tese e defendêla, de modo a persuadir Atenciosamente,
seu interlocutor a concordar com os argumentos
utilizados. Além disso, é bom que traga também dados,
fatos, exemplos, etc., que possam auxiliar o processo Amélia Sousa
de convencimento do leitor e atestar a veracidade e Gerente comercial
coerência das opiniões expostas.
Nada mais havendo, reafirmamos os nossos Um relatório configurase como a exposição objetiva, informativa
protestos de elevada estima e consideração. e apresentável de resultados referentes atividades variadas.
Estrutura Interna
Apostilas Decisão 68 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
das provas para impressão. E acrescenta: “Compreendemos que
Este documento deverá conter em sua estrutura um título, este serviço pode ser realizado como atividade de extensão,
sintético e objetivo, dando uma ideia do todo; o objeto de com carga de 20 horas semanais”. Considerando a importância
trabalho e a delimitação, mencionando tanto os pontos da participação da professora Maria da Silva dentro do projeto
abordados quanto aqueles que foram preteridos. Acompanhando global que o professor Paulo Votto pretende desenvolver para
estes elementos virão as referências de consultas que foram otimizar o trabalho da Editora da FURG e a perfeita adequação
utilizadas para elaborar o relatório; um texto principal, contendo do projeto em apreciação a Resolução nº44/CEPE/96 que
observações, dados, números e, por último, as conclusões e as regulamenta as atividades de extensão, recomendamos ao
sugestões para que providências sejam tomadas no sentido de colegiado que aprove o projeto em pauta. Rio Grande, 12 de
resolver alguma questão apontada. É importante evidenciar que maio de 2004.
o relatório deve ser escrito, datilografado, mimeografado ou
digitado em apenas uma das partes do papel, cujo formato, Cecília Meireles
preferencialmente, seja de 21 x 29,7cm, ABNT. Relatora
Exmo. Sr
Doutor Geraldo Alkmin
D.D. Governador do Estado
São Paulo
Tais produções teriam em comum três funções: a de Novamente, narrativa curta, diálogos somados a elementos
normalização apresentava os personagens, a locutora de visuais, necessidade de conhecimento prévio. O leitor tem de
deflagração colocaria o problema a ser resolvido e a saber que os personagens são Mônica e Cebolinha, e que
interlocutora de distinção se encarregaria de transitar a narrativa Cebolinha troca os erres pelos eles. Daí “polta”, e não “porta”.
vigente de um modo sério para o modo cômico. A mudança de Neste exemplo, a graça surge pelo duplo sentido da palavra
um modo para outro seria feita por meio de um elemento “batido”, depreendido contextualmente. A história conduz para o
disjuntor, que se encarregaria de proporcionar um desfecho sentido de que a personagem de Maurício de Sousa deveria ter
"absurdo" o suficiente para causar humor no interlocutor. O acusado sua presença dando batidas na porta, já que a
modelo de Morin vai ao encontro dos trabalhos de Possenti e, campainha não funcionava. A surpresa está na outra leitura,
em especial, de Gil. Podese supor que o elemento disjuntor tem autorizada pelo último quadrinho (“Oras! Ela não me fez nada!”):
a mesma aplicação e características do elemento mediador, de por que bater (na acepção de agredir) na porta, já que ela, a
Gil. Fica a ressalva de que o trabalho de Morin abordava porta, não havia feito mal algum. Aceitase tal interpretação
Apostilas Decisão 70 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
admitindo como possível o fato de que uma porta pudesse interesse e/ou de preparo dos profissionais da área (professores)
proporcionar dano a alguém. Outra vez, a explicação se ancora que, sem salários dignos, não conseguem manter seu
em elementos lingüísticos, colocando o visual num segundo aperfeiçoamento contínuo. Alguns acreditam que o hábito da
plano. Nem sempre funciona assim. Há tiras em que o aspecto leitura se dá desde o nascimento (leitura de mundo) e que um
visual sobrepõese ao verbal. dos aspectos importantes a serem analisados em assíduos e
bons leitores é o fato de terem contato com os livros desde a
Como neste exemplo: infância, sempre incentivados pelos pais. Existe uma infinidade
de estudos que analisam livros, poesias, crônicas, contos e
outros tipos de textos como objeto simbólico de pesquisa em
áreas diferentes da Lingüística. Particularmente, no caso da
charge, não é freqüente o trato com esta tipologia textual,
embora ela contenha os elementos essenciais para ser
considerada enquanto processo de comunicação (texto),
podendo ser verificada em suas formações discursivas, dentro
de um contexto sóciohistóricoideológico. Na leitura de charges
pode-se aplicar, como diz Koch, a “metáfora do iceberg: como
este todo texto possui apenas uma pequena superfície exposta e
uma imensa área imersa subjacente”. Portanto, a partir disso, o
A frase no canto esquerdo superior (”Nem sempre peixes soltam que interessará é desvendar “um jogo de linguagem”, ou seja, a
bolhas de ar”) dá as condições para que o leitor depreenda o heterogeneidade da charge, tudo que ela suporta explícita ou
humor. A fonte da comicidade, no entanto, está na leitura visual implicitamente, o que ela fala ou deixa de falar. Inicialmente a
e na inferência que ela permite: peixes se afastam porque um justificativa para a análise da charge é sustentada pelo fato de
deles, ao invés de soltar bolhas de ar, solta gases. O sorriso pode ser considerada texto, conforme Koch (1995), pois “... texto
irônico do peixe ao centro reforça tal interpretação, igualmente é resultado da atividade verbal de indivíduos socialmente
inesperada. Vale mencionar que esta narrativa resolvese com atuantes, na qual estes coordenam suas ações no intuito de
um quadro só e sem diálogos, além de que tem como elemento alcançar um fim social, em conformidade com as condições sob
mediador ou disjuntor um recurso visual, e não linguístico, como as quais a atividade verbal se realiza” e, ainda, “Um texto passa
nos casos anteriores. Há casos em que os elementos visual e a existir no momento em que parceiros de uma atividade
verbal trabalham de forma mais harmoniosa, sendo ambos comunicativa global, diante de uma manifestação lingüística,
igualmente relevantes. pela atuação conjunta de uma complexa rede de fatores de
ordem situacional, cognitiva, sociocultural e interacional, são
Vejamos: capazes de construir, para ela, determinado sentido.” Essa
abordagem inicial vai ao encontro da proposta de Orlandi (1998),
que vê a interpretação como uma das formas de ligar a língua e
a história na produção de sentidos, sem esquecer de situar a
ideologia como parte do funcionamento da interpretação. No
caso da charge, esta foi escrita em determinado contexto
históricosocial e, possivelmente, pode revelarse em sua
discursividade. Vista deste ângulo, a análise da charge supõe a
leitura da imagem e da escrita. Partindo da visão de que texto é
construção de sentidos, a charge pode ser considerada um
texto? Por ser o objeto que alia o verbal ao nãoverbal, teremos
“Basta ensinar o truque certo” traz uma quebra de expectativa:
como ponto de partida o fato de ser o texto a unidade de
ao invés de ser um truque artístico, o truque é o fato de os
sentidos em construção e não aqueles que estão ali previamente
macacos roubarem a carteira do espectador. Percebese tal
automatizados, prontos e construídos. Não tomemos o texto
interpretação com o auxílio do elemento visual, no último quadro,
somente como o que está escrito no papel ou como o objeto de
quando o macaco tira a carteira do homem mais alto. Há um
estudo gramatical, mas aquilo que se forma ao logo da leitura: a
duplo sentido sugerido pela palavra "truque", compreendido
“construção de sentidos”. No caso a charge seria o texto que
apenas com a leitura da imagem.
utiliza o verbal e o nãoverbal na construção de sentidos.
Uma Charge é um Texto? Nesta fase do trabalho, feita a sondagem da turma, o debate
e reflexão sobre o assunto das charges, serão observadas
Podese constatar que em provas de vestibulares, marcas textuais como coerência, coesão, ironia, intencionalidade
principalmente na área de redação, várias instituições de ensino e outros em sua relação. A partir da experiência leitora, a
utilizam os textos nãoverbais como subsídio a mais para o abordagem de tais recursos textuais será relatada conforme a
debate de determinados temas, polêmicos ou não, funcionando experiência feita com os discentes do ensino médio
como um objeto concreto para a produção textual. Além disso, selecionados.
estes “pequenos grandes” textos são atração a parte em revistas
e jornais diariamente. Quem não abriu o jornal no final de
semana e se deteve, nem que por alguns momentos, na leitura A Coerência
de tiras, quadrinhos e/ou charges? A imagem visual da charge,
através de um processo interno de leitura e análise parece dizer A incoerência textual se dá quando o receptor não consegue
e exigir algo a mais ao/do leitor. Professores, historiadores, perceber qualquer continuidade no sentido e arrisca uma opinião
filósofos, psicólogos e outros estão, mais que em outros tempos, desfocada, ou mesmo não entende a quebra dos sentidos. No
preocupados em esclarecer os problemas e dar soluções para caso das charges estudadas (Figuras 2 e 3), podemos perceber
os possíveis motivos de nãocriticidade na escola. O que durante pistas. Primeiramente percebese a presença de figuras
anos ficou restrito a pesquisadores e estudiosos das áreas da específicas e logo partese para a leitura de falas ou de outras
linguagem, hoje é de interesse geral. Muitos se habilitam a falar marcas presentes. Alguns destes textos apresentam somente as
que o problema da leitura está na precária condição ilustrações dispensando a parte verbal, mas, neste caso, as
sócioeconômica das pessoas; outros dizem haver falta de charges em questão apresentam tanto uma parte verbal quanto
Apostilas Decisão 71 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
uma nãoverbal complementares no sentido o que dá certa censura. Koch (2003, p. 20) comenta que A pretensa
coerência ou deslizamento de sentidos. No caso, a figura mostra neutralidade de alguns discursos (o científico, o didático, entre
concretamente ações, atitudes, expressões, gestos que auxiliam outros) é apenas uma máscara, uma forma de representação
na produção de determinados sentidos. A parte escrita explica o (teatral): o locutor se representa no texto “como se” fosse neutro,
que está ocorrendo e dá uma “pitada de pimenta” ao texto, pois “como se” não tivesse engajado, comprometido, “como se” não
além de ser um objeto de análise temporal, utiliza muito humor, estivesse tentando orientar o outro para determinadas
sátira e/ou ironia. Portanto, existe coerência na charge se ela conclusões, no sentido de obter dele determinados
tiver os elementos que façam com que o leitor descubra sentidos comportamentos e reações. Entretanto, essa carga de sutilizas é
possíveis em sua leitura, mas nem sempre eles apresentarão a percebida através da competência do leitor. Em alguns instantes
apreensão de sentidos mesmos ou na mesma ordem, isso pode ficar clara a intenção não só do chargista, mas do
depende de experiências leitoras, de mundo e as próprias personagem da charge. Eis aqui o poder da linguagem. O
vivências de cada um. Neste sentido o encaminhamento que o homem cria formas de se comunicar com os semelhantes seja
leitor dá a interpretação do texto que não precisa ter apelando para a visão, tato, gustação ou audição. Depende em
necessariamente coerente, pois estamos diante de um processo muito do que o leitor vai entender da charge, que sentidos vai
de antecipação de sentidos e estes podem sempre ser outros. O construir, onde ou até onde ele vai chegar? Se por um lado
importante aqui é fazer com que os alunos percebam os existe a intencionalidade, na sua contraparte existe a
elementos constitutivos de uma charge na maioria dos casos aceitabilidade. Ou seja, quando duas pessoas se comunicam
(ilustrações e escrita) e que uma faz com que a outra tome existe um esforço de ambas para se fazer entender, portanto,
corpo, que tenha significação. Ficaria fácil demonstrar esse procuram “calcular” os sentidos do texto, partindo de pistas que
fenômeno se o leitor apenas olhasse para as figuras e fizesse ativem seu conhecimento de mundo, de situação. Assim, mesmo
sua leitura sem a parte escrita e viceversa. Como seria sua que um texto se apresente incoerente, aos poucos os elementos
interpretação do texto desta forma? Talvez faltassem alguns de coesão vão auxiliando para uma interpretação cabível para
dados essenciais para que o assunto fosse abordado da mesma que se construa a textualidade. O leitor é orientado para uma
forma, pois se testarmos com a figura 2, o aluno veria apenas a determinada conclusão. A intencionalidade na charge também
cena de um bandido apontando o dedo para um policial. Com a está relacionada a um fato social de determinada época ou
escrita inserida existe a constatação de que o bandido está tempo. É um texto temporal, que pode não ser compreendido de
repreendendo o policial pelo uso de arma de fogo. Por vezes a um ano para outro. Corre o risco de ser esquecido de uma hora
charge pode trazer o inesperado como a mudança de foco, um para outra. O que parece interessar é a crítica, é a oportunidade
gesto diferente que faz a interpretação tomar outro rumo, mas de fazer o leitor pensar e repensar a situação e, quem sabe, a
isso depende da intenção do chargista. sua vida.
Figura 2
A Coesão
A Intencionalidade
Cartaz
Exemplo:
Tenha bom senso na escolha das figuras (prefira imagens
grandes e visíveis ao espectador).
No texto de Bula deve conter detalhadamente as especificações É difícil, porque a linguagem da ciência é bastante diferente
do medicamento em questão: da comum. A linguagem da ciência é construída por palavras
difíceis, símbolos, fórmulas, imagens e números, muito
Forma Farmacêutica e Apresentação diferentes das coisas normais. Mesmo para os cientistas, é difícil
compreender as palavras de outros colegas longe da sua
Indicações especialidade. O que significa que a ciência, na sua própria
linguagem, só pode ser comunicada a um pequeno grupo de
ContraIndicações pessoas que conseguem compreendêla. Para falar de ciência
num jornal não se pode usar a linguagem da ciência. O que se
Precauções e Advertências faz não é a simplificação da linguagem o que não é muito
possível , mas construir uma história, que tem de ser
Reações Adversas suficientemente atractiva. Mas depende muito do tema. É muito
difícil de traduzir numa história um tema que envolva muita
Interações Medicamentosas matemática e símbolos, como a química.
Posologia
Ou a física quântica?
Exemplo:
A física quântica é um bom exemplo. Para compreendêla, é
preciso formação em matemática. Mas a maioria da divulgação
científica não é sobre áreas difíceis, mas sobre coisas que
apelam à imaginação e transmitem imagens e histórias. Uma
das áreas mais fáceis de divulgar é a astrofísica, porque tem
belas imagens do céu e a origem da Universo é muito
interessante. A história da criação é uma história clássica de
qualquer religião ou conto de fadas. Por exemplo, a criação das
estrelas, num processo que envolve química nuclear, é uma
história atraente e as pessoas aprendemna. Se fosse uma
palestra sobre a química nuclear, não ouviriam.
E qual é a opinião que o público tem dos cientistas? 1. O artigo afirma que, em quinze anos:
a) os brasileiros, em média, estão 4 centímetros mais altos
É bastante boa. Há uma série de dados sobre em quem se b) os brasileiros, em média, estão 2,5 centímetros mais altos
confia. Os cientistas aparecem logo depois dos médicos. No c) cada brasileiro cresceu 4 centímetros
último lugar, vêm os políticos e, logo acima, os jornalistas. d) cada brasileiro cresceu 2,5 centímetros
e) os brasileiros só crescem até 4 centímetros
Exemplo:
2. Analise, com atenção, as afirmações abaixo:
Os jovens das camadas sociais mais favorecidas
I – costumam ser mais altos do que seus pais e avós
II – têm padrões de alimentação e saúde iguais aos do
Primeiro Mundo
III – são mais obesos do que os jovens das camadas mais
pobres
A(s) afirmação (ões) correta(s) é (são):
Apostilas Decisão 76 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
a) I 4. FVV
b) II 5. FVF
c) III
d) I e II 8. Leia com atenção o segmento abaixo para respon-der á
e) I, II e III questão:
"As relações dos cidadãos com os dirigentes se pau-taram,
3. Analise, com atenção, as afirmações abaixo: ao longo dos séculos, pelo assistencialismo e a
Hoje, no Brasil: subserviência. Os indivíduos nunca participaram de nada. E
I – o número de desnutridos é maior do que o número de isso faz com que nosso espírito de mobi-lização seja
obesos mínimo e o de organização, caótico. Mais difícil mesmo que
II – aumentou a miscigenação entre raças reunir as pessoas é conseguir or-denar, sistematizar a sua
III – os jovens têm arcada dentária menor do que os dos participação. A verborragia dissipa a capacidade de ação. E
jovens de 15 anos atrás é crítica a nossa ca-pacidade crítica; não fomos formados
IV – os jovens têm pés e mãos menores do que os dos para a análise desapaixonada de fatos ou situações; por
jovens de 15 anos atrás isso mês-mo, nossas opiniões são tão fluidas e nossas
As afirmações corretas são: posi-ções, tão personalistas." Marque o item que não com-
a) I e II pleta corretamente a sentença abaixo, de acordo com o que
b) II e III se depreende do trecho lido:
c) III e IV A dificuldade de arregimentação e de organização
d) I, II e III participativa dos cidadões deve-se ao fato de:
e) I, II, III e IV a) nas reuniões, as pessoas falarem coisas sem relevância para
o que se está discutindo
4. Ainda segundo o texto, as mutações estão acontecendo: b) ao longo dos séculos, o povo ter sido excluído das decisões
a) somente no corpo dos adolescentes dos dirigentes
b) também na formação do rosto c) no momento da ação, à vontade dos indivíduos sobrepor-se
c) somente nos adultos o interesse coletivo
d) nas pessoas que estão gerando filhos d) historicamente, a classe dirigente ter-se colocado como
e) nos recém nascidos provedora dos seus subordinados
e) a eles, faltar a capacidade de análise crítica e objetiva
5. Nesse texto é utilizado o discurso:
a) direto 9. Indique o único segmento que serve como argumento
b) indireto contrário à defesa da manutenção do ensino superior
c) direto e indireto gratuito no Brasil:
d) formal a) Há um princípio de justiça social segundo o qual o
e) metalingüístico pagamento por bens e serviços deve ser feito desigualmente
conforme as desigualdades de ganho.
6. Indique o único item que serve como argumento b) A Europa considera investimento a formação de quadros de
favorável à defesa da legalização da pena de morte no nível superior.
Brasil: c) Nos EUA, a maior parte do orçamento das melhores
a) A incapacidade de um ser humano julgar o outro com a universidades é composta por doações, convênios com
isenção de ânimo. empresas ou órgãos federais, fundos privados, cursos de
b) O sistema carcerário encontra-se privado das condições atualização profissional.
necessárias capazes de promover a reabilitação para a plena d) Nos EUA, o montante arrecadado pelas universidades de
convivência social. seus estudantes, a título de taxas escolares, não chega ao
c) A irreparabilidade do erro jurídico. percentual de 20% de seu orçamento global.
d) O sensacionalismo da mídia ao expor o sentimento dos e) No Brasil, país com renda per capita de aproximadamente
familiares e amigos do réu diante da consumação da pena. US$ 2 mil, uma raxa escolar de US$ 13 mil/ano por aluno,
e) Os estados americanos que legalizaram a pena de morte conforma estimativa do Banco Mundial, é quantia astronômica.
apresentaram um recrudescimento no número de crimes
violentos. 10. "Um dos mais respeitados colégios particulares da
cidade do Rio de Janeiro está fechando as portas por causa
7. Leia o seguinte texto adaptado de "A Folha de São da briga crônica entre pais de alunos e donos de escolas em
Paulo" de 24/04/94: torno das mensalidades esco-lares"
"A arte brasileira dos anos 60 começa com um movi-mento Assinale a alternativa que contém uma conseqüência do
aparentemente conservador, a volta à figura depois do fato relatado:
domínio dos abstratos na década de 50. Mas estava ali a a) Duas escolas se prontificaram a admitir os alunos da escola
senha para uma revolução. A pop arte não incorpora só os extinta. Uma delas está contratando boa parte de seu corpo
símbolos do consumo, tira-dos das propagandas, dos docente.
quadrinhos e das placas de trânsito. Tenta incorporar os b) A interferência do governo na fixação dos índices de reajuste
objetos do mundo. E o mundo não se reduz a quadros, das mensalidades escolares é conseqüência do "lobby" bem
esculturas e gravuras – suporte tradicional da arte." sucedido dos proprietários de escolas privadas junto ao MEC.
Interprete com F (Falsa) ou V (Verdadeira) as seguintes afir- c) O triste desfecho desse fato emblemático da situação da
mações a respeito do texto. A seguir, assina a alternativa educação brasileira.
que contém a seqüência correta: d) Dois meses depois que o governo federal liberou os preços
( ) A pop arte dos anos 60 rompeu com o suporte das mensalidades escolares, a Justiça de São Paulo decidiu que
tradicional da arte. os reajustes voltam a ser controlados, não podendo exceder os
( ) Os abstratos da década de 50 cederam lugar às figuras índices mensais de inflação.
na década de 60. e) O Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro realizou
( ) Os anos 60 revelaram-se conservadores em relação à levantamento segundo o qual esta é a escola que melhor
arte dos anos 50. remunera os professores.
1. VVV
2. VVF 11.Quem .......... seu amigo, jamais ..........., mas sim lhe dá
3. VFF bons ...........
Apostilas Decisão 77 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
a) preza, o dilata, conselhos d) bre_a, ni_o, en_ova;
b) preza, o delata, conselhos e) n.d.a.
c) presa, delata-o, conselhos
d) preza, dilata-o, conselhos 21. Na oração “A partir daquele dia, começaram a maltratá-lo
e) presa, o dilata, concelhos na escola”, o sujeito é:
a) naquele dia
12.Eles ................. ajudar e ............... as ................... no b) oculto – “eles”
arquivo. c) na escola
a) quiseram, puzeram, fixas. d) indeterminado
b) quizeram, puseram, fixas. e) posposto
c) quiseram, puzeram, fichas.
d) quiseram, puseram, fichas. 22. Em qual das orações abaixo o sujeito é inexis-tente?
e) quizeram, puseram, fichas. a) Tristonha, escondia o rosto com as mãos.
b) Durante o dia, caminhamos sob um sol terrível.
13. Assinale a alternativa em que todas as palavras são c) Nesta terra faz muito frio.
escritas com “g”: d) Precisa-se de operários nesta obra.
a) _ibóia, _eca, pa_em; e) Ela estava logo ali na esquina.
b) ferru_em, estran_eiro, verti_inoso;
c) ma_estade, _lo, vare_ista; 23. Em: “Um peixe resvalou à flor da água; do céu baixou
d) _irau, pa_é, ri_eza; um raio de sol”. Os termos grifados são:
e) _enipapo, _erico, tra_etória. a) adjunto adnominal – adjunto adnominal
b) adjunto adverbial – adjunto adnominal
14. Assinale a alternativa onde não ocorre erro de grafia: c) objeto indireto – objeto direto
a) pobreza, através, fertilisar, maisena; d) adjunto adverbial – objeto indireto
b) taxa, indigesto, paisano, enchoval; e) objeto direto – adjunto adnominal
c) defesa, obesidade, profetizar, anestesia;
d) expatriar, babaçu, camursa; 24. Em “O Brasil foi descoberto pelos portugueses”, o termo
e) n.d.a. grifado é:
a) adjunto adverbial de modo
15. “Uma _____deliciosa tomou conta dos que se apertavam b) sujeito
de encontro às cordas, em toda a _____do percurso”. c) objeto indireto
a) espectativa, espectadores, extensão; d) agente da passiva
b) espectativa, expectadores, extenção; e) aposto
c) expectativa, expectadores, extenção;
d) expectativa, espectadores, extensão; 25. Considere os termos grifados nas frases:
e) expectativa, expectadores, extensão. 1. O ar campestre é muito saudável.
2. Ela anda meio triste ultimamente.
16. Assinale a alternativa em que há uma palavra escrita 3. Brevemente chegará o carnaval.
incorretamente: Pela ordem, eles se classificam como:
a) quisermos, marquesa, surgir; a) adjunto adnominal – predicativo do sujeito – sujeito
b) sujeito, mochila, chícara; b) predicativo do sujeito – adjunto adverbial de modo – sujeito
c) flecha, granjeiro, exceção; c) adjunto adnominal – adjunto adverbial de modo – objeto direto
d) ojeriza, perquisar, girassol; d) predicativo do sujeito – predicativo do objeto – objeto direto
e) n.d.a. e) adjunto adverbial – complemento nominal – predicativo do
sujeito
17. Escreve-se com CH a palavra:
a) _inqar; 26. No verso: "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas", o
b) pu_ar; sujeito é:
c) en_oval; a) Ipiranga
d) me_er; b) Inexistente
e) en_ente. c) As margens plácidas
d) Oculto
18. Marque a alternativa em que estão grafados e) Indeterminado
corretamente os substantivos derivados de: limpo,
defender, barão, surdo. 27.Os velhos lembraram-se do passado, os moços
a) limpeza, defeza, baroneza, surdeza aproveitaram o presente, ninguém cuidou do futuro. Os
b) limpeza, defesa, baronesa, surdez termos grifados no período acima exercem a função
c) limpesa, defeza, baronesa, surdesa sintática, respectivamente de:
d) limpeza, defeza, baronesa, surdez a) sujeito e objeto direto
e) limpeza, defesa, baroneza, surdez b) adjunto adnominal e objeto indireto
c) objeto direto e objeto direto
19. Indique a alternativa em que todas as palavras seriam d) predicativo do sujeito e sujeito
completadas com a mesma letra: e) adjunto adverbial e sujeito
a) bu_ina, bu_linar, ca_ar;
b) fu_ilar, a_ilar, ga_olina; 28.É objeto indireto:
c) introdu_ir, reali_ar, desli_ar; a) Fomos e voltamos a cavalo.
d) ca_ebre, anali_ar, gentile_a; b) Precisamos de auxílio
e) n.d.a. c) Leitura é útil a todos.
d) Vivemos para aprender
20. Em que alternativa usaríamos somente “X”? e) Aprendemos através do estudo.
a) _ícara, pi_e, be_iga;
b) en_endo, en_erto, _epa; 29.Vende tudo, Henrique! Os termos grifados são,
c) ta_ativo, sinta_e, bro_e; respectivamente:
Apostilas Decisão 78 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
a) complemento verbal e sujeito c)A prefeitura necessitava de que os computadores fossem
b) adjunto adverbial e vocativo instalados com urgência.
c) adjunto adverbial e sujeito d)Ninguém tem dúvida de que a microinformática racionaliza o
d) complemento verbal e vocativo sistema tributário.
e) complemento verbal e aposto e)Alguns prefeitos temiam que a utilização do computador
gerassem emprego.
30.O rapaz de emocionou e todos o respeitaram. A palavra
destacada é: 38. Só compramos frutas que estão maduras. A oração
a) pronome pessoal: sujeito grifada é:
b) artigo: objeto direto a)a principal do período
c) artigo: adjunto adnominal b)subordinada adjetiva restritiva
d) pronome pessoal: objeto indireto c)subordinada adverbial temporal
e) pronome pessoal: objeto direto d)subordinada substantiva objetiva direta
e)coordenada sindética
31. Eu fui para casa, eles não.
1. Período com duas orações 39. Preparem-se bem: logo terão sucesso. A oração
2. Eu e Ele são pronomes destacada é:
3. Para é preposição a) coordenada assindética
a) apenas a primeira alternativa é correta b)coordenada sindética adversativa
b) apenas a segunda alternativa é correta c)coordenada sindética conclusiva
c) apenas a terceira alternativa é correta d)subordinada adverbial temporal
d) todas são corretas e)subordinada adverbial condicional
e) apenas a primeira é incorreta
40. Assinale a alternativa que contém a classificação do
32. Sou favorável a que você não desista da luta. Essa seguinte período:
oração é uma oração: A Lei Afonso Arinos é a única norma legal que proíbe a
a)coordenada sindética discriminação racial no país.
b)subordinada adjetiva explicativa a) principal e subordinada adjetiva
c)a principal do período b) coordenadas assindética e sindética
d)subordinada substantiva completiva nominal c) subordinada adjetiva e adverbial
e)subordinada adverbial concessiva d) principal e subordinada adverbial
e) principal e subordinada substantiva
33. À medida em que o tempo passa, as nossas ilusões
desaparecem. Essa oração é: 41. Assinale a alternativa incorreta quanto à com-cordância
a)subordinada adverbial proporcional verbal:
b)oração principal a) As crianças parecem gostarem do filme.
c)subordinada adverbial concessiva b) Já tinha havido muitas brigas na família.
d)coordenada assindética c) Dava dez horas o relógio da sala.
e)subordinada substantiva d) Já tinha feito dois anos que ele não ia lá.
34. Assinale a alternativa que contém um período formado 42. Assinale a alternativa que completa corretamente a
por três orações: frase:
a)Dona Glória prometera a Deus que Bentinho seria padre. “Não se ________ mais esses móveis. Antigamente
b)Depois de formado, Bentinho casa-se com Capitu. ________ muitas fábricas que os ____________. “
c)O livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração a) encontram – haviam – fabricava
cadavérica. b) encontra – havia – fabricavam
d)Nas noites de verão, ou todas as noites, o pai abandona a c) encontram – havia – fabricava
mesa. d) encontram – havia – fabricavam
e)Poucos são os livros didáticos favoráveis aos investimentos.
43. Igual à anterior:
35. No período: Se ele foi aprovado, não sei. A oração "Se “Já ________ dez anos que ele morreu. Nunca mais ______
ele foi aprovado" é: pessoas com sensibilidade como a dele.”
a)principal a) vai fazer – vão haver
b)coordenada assindética b) vão fazer – vão existir
c)subordinada substantiva subjetiva c) vai fazer – vão existir
d)subordinada substantiva objetiva direta d) vão fazerem – vai haver
e)subordinada adverbial causal
44. Indique a alternativa correta quanto à concor-dância:
36. No período: "São tais as injustiças econômicas, que a) Comumente se vê ruas bem floridas.
suas conseqüências se refletem nas transações b) Com os novos computadores, obtêm-se resultados
especulativas", há uma oração subordinada: excelentes.
a)adjetiva restritiva c) Quais dentre vós fará esse trabalho?
b)adverbial condicional d) Nunca tantos devera a tão poucos.
c)adverbial causal
d)adverbial consecutiva 45. Assinale a alternativa correta:
e)objetiva direta a) Seria vinte e sete de março, quando a esquadra partiu da
Europa.
37. Há oração subordinada substantiva subjetiva no período: b) Há muito tempo: poderiam fazer uns vinte anos.
a) Decidiu-se que a microinformática seria implantada naquele c) Há de existir alguns moços corajosos para isso.
Município. d) Há de haver algumas coisas que mereçam atenção.
b) Um sistema tributário obsoleto não permite que haja
conscientização dos contribuintes. 46. Assinale a alternativa em que a concordância está
errada:
Apostilas Decisão 79 Apostilas Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
a) A gramática francesa e a língua inglesa é ensinada nesta __________________________________________
escola.
b) Os Alpes é a maior cordilheira da Europa. __________________________________________
c) Eu mesmo irei buscar o livro, disse a moça.
d) Admiramos as magníficas selvas e rios brasileiros. __________________________________________
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Apostilas Decisão 80 Apostilas Decisão
MATEMÁTICA
1. ESTRUTURAS LÓGICAS
Conceito: idéia que identifica uma classe de objetos singulares
A estruturação lógica do pensamento, indispensável para a que existem no plano material, através do estabelecimento de
construção de conhecimento de maior complexidade e para sua um objeto generalizado que só existe no plano mental. Diz-se
explicitação precisa, requer a compreensão preliminar de alguns que tais objetos singulares são “incluídos” no conceito.
conceitos, os quais apresentamos a seguir de modo superficial e
que serão tratados com maior rigor e precisão mais adiante. Exemplo:
c) estudante;
Sentença: é uma expressão de uma proposição, utilizando
alguma linguagem (idiomática – escrita ou falada -, gráfica; d) mesa;
gestual; linguagem jurídica, linguagem do jogo do bicho, entre
outras). Há proposições que podem ser expressas por sentenças e) função;
distintas e há sentenças que expressam proposições distintas;
f) amor
Exemplo:
a) Jorge é mais inteligente do que Pedro Volume do conceito: é o conjunto dos objetos singulares
incluídos no conceito;
b) Ontem choveu muito
Exemplo;
c) Amanhã vai fazer sol
a) O volume do conceito “caderno” é o conjunto de
d) Estou calçando meias de seda / As meias que eu todos os cadernos
estou calçando são de seda
b) O volume do conceito “tigre” é o conjunto de todos os
e) Uma equação do segundo grau pode admitir duas tigres
raízes distintas / É possível que uma equação do
segundo grau admita duas raízes distintas.
Conteúdo do conceito: é uma expressão que articula de modo
f) Sou favorável a que passem à segunda divisão conjugado todos os atributos essenciais dos objetos que se
quatro e não, apenas, dois times da primeira divisão / incluem no conceito, de modo que permita a identificação de
Sou a favor de que ao invés de serem dois, sejam qualquer um deles e a exclusão daqueles que não se incluem;
quatro os times da primeira divisão que caiam para a
segunda divisão. Exemplo;
g) Bernadete não sabe onde guardou a manga a) A expressão “substância cuja molécula é constituída
por um átomo de oxigênio e dois átomos de hidrogênio”
Objeto: corresponde ao elemento em relação ao qual se corresponde ao conteúdo de um conceito comumente
estabelece ou se quer estabelecer um conhecimento ou ao fator designado pela palavra “água”.
de referência no contexto. Em geral, é um conceito;
b) A expressão “número real inteiro e não negativo” é o
Exemplo: conteúdo de um conceito muito usado na aritmética e
conhecido por “número natural”.
a) João é estudioso;
b) o lápis está sem ponta; Objeto singular: trata-se de um objeto único, identificado
individualmente;
c) como é o caderno que você precisa?
Exemplo:
Atributo: constitui uma condição que pode ou não estar a) A caneta que meu pai utilizou para assinar o contrato
presente no objeto ou ser ou não atendida pelo mesmo e de seu primeiro casamento
corresponde a uma particularidade ou peculiaridade dele;
b) O sapato que estou calçando agora no pé esquerdo
Exemplo:
Exemplo:
Existe uma estreita relação entre a elaboração teórica (no
plano mental) de uma idéia e sua expressão concreta (no plano a) Um psicólogo, um físico e um poeta têm percepções
material), a qual se dá através de uma linguagem apropriada distintas quando observam o por do sol por trás das
(escrita, falada, gestual ou gráfica), de tal modo que uma coisa montanhas ou quando observam as ondas revoltas do
não se concretiza plenamente sem a outra. Em conseqüência mar.
disso, o conhecimento mesmo somente está construído quando
elaborado no plano mental e expresso adequadamente no plano b) O dono da empresa dos ônibus que permanecem
material. No caso do conhecimento científico, isto é, aquele sempre superlotados e os passageiros que se
construído através do processo científico, se usa comumente a espremem dentro do mesmo constroem percepções
linguagem idiomática conjugada com uma linguagem específica distintas desse mesmo fato.
ao contexto: (linguagem jurídica, linguagem policial. Linguagem
matemática), havendo, também, o uso da linguagem gráfica c) A representação que uma pessoa faz de alguém a
(desenho, esboço, gráfico, tabela). Como existe uma quem ama, em geral, é mais bonita do que a pessoa
correspondência intrínseca entre a idéia (plano mental) e a real.
linguagem (sua expressão no plano material), esta deve ser
adequada àquela, sob pena de comprometer o conhecimento d) A percepção que uma pessoa forma de um
construído. conferencista é diferente se ele tiver falado coisas que
lhe sejam favoráveis ou desfavoráveis.
As premissas e a argumentação devem ser suficientes e não a. O aluno escreveu a redação correndo, por isso a letra
apenas necessárias à comprovação da tese. saiu muito feia.
As premissas, a argumentação e a tese devem abranger o Os ingressos para o jogo podem ser adquiridos na Loja A e na
conhecimento total sobre a questão tratada e não apenas uma Loja B.
parte dele. A situação mais comum de violação é aquela na qual
a tese é retirada de seu contexto ou quando se deixa de
considerar uma parte ou um aspecto da questão. A partir dos idiomas naturais, foram criadas muitas linguagens
específicas, entre as quais destacamos:
Estes “termos lógicos” permitem “traduzir” para a linguagem da - A hipoteca é um direito real.
lógica simbólica expressões que se encontram na linguagem
idiomática. - Logo, a hipoteca é dotada de seqüela.
- mãe da criança X Ora, sabido é que uma casa com muitos cômodos e barata é
rara.
- O professor da disciplina X da turma Y.
- Logo, uma casa barata é cara.
As funções proposicionais são expressões que passam a ser
proposições, falsas ou verdadeiras, quando se atribui
especificidades às variáveis. Essas argumentações, por um ou outro motivo, constituem
objeto material da lógica. Argumentação define-se o organismo
Exemplos: lógico em que se chega a uma conclusão nova por meio de
conhecimentos já possuídos. Sendo um mesmo ente objeto
X é engenheiro material de diversas ciências, estas se distinguem por seu objeto
formal, i.e., pelo aspecto ou perspectiva singular com que o
7 + y = 10 objeto material é considerado em cada uma das ciências. Assim,
Z é uma cidade do Estado do Rio de Janeiro a Medicina e a Ética têm por objeto material o homem, mas
aquela o aprecia sob o aspecto da saúde física e psíquica, ao
x+y>5 passo que a Ética o examina desde o ponto-de-vista do bom ou
mal uso de sua liberdade. O objeto material é a argumentação,
considerada sob dúplice aspecto: o da conseqüência e o da
verdade, que são o objeto formal da lógica. Vale por dizer: a
2. LÓGICAS DE ARGUMENTAÇÃO. lógica trata de considerar a argumentação desde a ordem ou
DIAGRAMAS LÓGICOS retidão que deve a razão conservar no caminho para a verdade.
Cabe observar a retidão do discurso –ou conseqüência– e
A lógica é uma arte, na medida em que ela habilita o homem buscar a verdade, meta derradeira da lógica. Com efeito, ao
a bem raciocinar, e é também uma ciência, enquanto considera dizer “O Chile é limítrofe da Argentina. Ora, a Argentina é
a argumentação como objeto de seu estudo. A arte é uma limítrofe do Brasil, logo, o Chile é limítrofe do Brasil” está-se a
virtude que dispõe para a reta execução de uma obra, externa – atentar contra a conseqüência –por motivos que, a seu tempo,
bem útil ou bem deleitável ou estético: daí que se fale em belas se examinarão; o terceiro exemplo de argumentação –“Lição
artes– ou interna, como ocorre com a lógica; por isso, porque elementaríssima da teoria econômica, que não ignora o mais
sua obra é interna, ela é uma arte liberal e não mecânica. Como desatento estudante de Direito, é a de que todas as coisas caras
ciência, a lógica é um conhecimento certo e sistemático do são raras. Ora, sabido é que uma casa com muitos cômodos e
raciocínio por suas causas, descobrindo as razões últimas pelas barata é rara. Logo, uma casa barata é cara”– não revela
quais os procedimentos lógicos são ou devem ser realizados de nenhum vício de conseqüência mas, isto sim, a admissão
uma ou de outra maneira. Diz um autor de nossos tempos que a indevida da primeira proposição, que é falsa: muitas coisas raras
lógica é a ciência que é exatamente porque é uma arte: é que a não têm valor algum. Conseqüente e verdadeira mostra-se a
lógica não se cultiva por si própria, mas, sim, pelo auxílio que ela argumentação remanescente: “Todo direito real é dotado de
presta às demais ciências. A lógica, pois, não é somente uma seqüela. A hipoteca é um direito real. Logo, a hipoteca é dotada
ciência demonstrativa, mas também uma arte que ensina e de seqüela”. Assim, segundo a argumentação se considere
aplica as regras de pensar com retidão. Enquanto a lógica primeiro sob o aspecto da conseqüência ou primeiro desde o
estuda e explica a argumentação pelos primeiros princípios ponto-de-vista da verdade, a lógica divide-se em formal e
intelectuais, ela deve considerar-se uma ciência; quando a material. Desse modo, define-se lógica formal a parte da lógica
lógica, porém, é preceptiva de pensar bem, ela é uma arte. O que estuda a conseqüência da argumentação, e conceitua-se
objeto material da lógica é a argumentação ou as operações lógica material a parte da lógica que estuda a verdade da
próprias do raciocínio. Objeto é um ente enquanto concebido por argumentação. Se retomarmos os nossos exemplos anteriores
uma faculdade humana ou apreendido por uma ciência. Aquilo de argumentações, verificaremos que um deles (“O Chile é
que, não importa desde qual perspectiva, recai sob a limítrofe da Argentina. Ora, a Argentina é limítrofe do Brasil, logo,
consideração de uma dada ciência chama-se seu objeto o Chile é limítrofe do Brasil”) violou a lógica formal, ao passo que
material. O homem, por exemplo, é o objeto material de muitas o outro (“Lição elementaríssima da teoria econômica, que não
ciências: da Antropologia, da Medicina, da Ética. A ignora o mais desatento estudante de Direito, é a de que todas
Apostilas Decisão 5 Apostilas Decisão
MATEMÁTICA
as coisas caras são raras. Ora, sabido é que uma casa com dominamos o conteúdo da proposição. Por exemplo, se a
muitos cômodos e barata é rara. Logo, uma casa barata é cara”) proposição abaixo é verdadeira:
malferiu a lógica material.
Todo S é P.
Analogias
Então a proposição abaixo é falsa:
A analogia é o raciocínio que se desenvolve a partir da
semelhança entre casos particulares. Através dele não se chega Alguns S não são P.
a uma conclusão geral, mas só a outra proposição particular.
Além disso, assemelha-se à indução, mas considera somente
um caso particular como ponto de partida. Na nossa vida prática, Isto acontece porque sempre que uma proposição do tipo A é
são comuns as ações por analogia: verdadeira, uma proposição do tipo O é falsa. Fizemos uma
inferência válida. Nosso raciocínio está correto.
- Se a minissaia fica bem numa atriz de TV, muitas
espectadoras tendem a pensar que também ficaria bem Em outras palavras: se admitimos que a primeira proposição é
nelas; verdadeira, temos certeza de que a segunda é falsa.
- Se fulana emagreceu com um tipo de regime da lua, Utilizamos letras para representar os quatro tipos de proposição
logo cicrano também emagrecerá; e assim por diante. usados nos raciocínios dedutivos.
A = Todo S é P.
Com a esperança nem sempre válida de obter os mesmos
resultados, fazemos muitas coisas que os outros fazem. Mas as I = Alguns S são P.
analogias podem ser fortes ou fracas, de acordo com a
semelhança entre os dois tipos de objetos comparados. Quando E = Nenhum S é P.
a semelhança entre os objetos se manifesta em áreas relevantes
para o argumento, ou seja, que efetivamente contam para O = Alguns S não são P.
aquele caso, então a analogia tem mais força do que quando os
objetos apresentam semelhanças não-relevantes para a Pois bem. Inferências imediatas são aquelas que envolvem
conclusão. apenas uma premissa e uma conclusão. A partir de cada uma
das quatro proposições categóricas, podemos fazer diversas
inferências válidas. Vamos tomar a proposição do tipo A.
Uma Analogia Fundamental
Se A é verdadeira, então E é falsa.
O raciocínio analógico não oferece certeza. Somente uma certa
dose de probabilidade. Por outro lado, por exigir um salto muito Se A é verdadeira, então I é verdadeira.
grande, é onde se abre o espaço para a invenção, tanto artística
quanto científica. Alexander Fleming inventou a penicilina ao ver Se A é verdadeira, então O é falsa.
que bactérias cultivadas em laboratório morriam em contato com
o bolor que se formara por acaso. Raciocinando analogicamente, Existem situações em que não podemos saber com certeza se a
supôs que bactérias que causavam doenças ao corpo humano conclusão será verdadeira ou falsa. Nesse caso, dizemos que
também pudessem ser destruídas por bolor. ela é indeterminada, e usamos o sinal i.
Vamos admitir, então, que este enunciado seja verdadeiro (e é, - Nenhum deputado do Congresso Nacional é paulista.
claro!). Portanto, concluímos imediatamente que o enunciado (falso)
abaixo é falso.
Logo, esta outra afirmação será verdadeira: - Logo, a prata é dilatada pelo calor. (Conclusão)
Utilizando a tabela de verdade, descubra se as afirmações Existem também os raciocínios ou argumentos que são
abaixo são verdadeiras ou falsas, supondo que a primeira seja incorretos, e que visam induzir ao erro. Chamam-se falácia ou
verdadeira: sofisma, e, em geral, contêm falhas no âmbito formal ou
material. Eis um exemplo que tem circulado pela Internet, com
- Alguns políticos são corruptos. outros de igual calibre, para fazer graça:
- Todos os políticos são corruptos. - Isto é uma regra e, portanto, tem exceção.
Nenhum porco espinho sabe ler. Denominamos conjunção a proposição composta formada por
duas proposições quaisquer que estejam ligadas pelo conectivo
Alguns canários não sabem cantar. “e”. A conjunção A e B pode ser representada simbolicamente
como: A ∧ B
Se você estudar bastante, então aprenderá tudo.
Exemplo:
Eu falo inglês e espanhol.
Dadas as proposições simples:
Míriam quer um sapatinho novo ou uma boneca.
A: Alberto fala espanhol.
Caramba!
Proposição Simples
Exemplo: A sentença “Cíntia é irmã de Maurício” é uma Uma conjunção é verdadeira somente quando as duas
proposição simples, pois não é possível identificar como proposições que a compõem forem verdadeiras, Ou seja, a
parte dela qualquer outra proposição diferente. Se conjunção ”A ∧ B” é verdadeira somente quando A é verdadeira
tentarmos separá-la em duas ou mais partes menores e B é verdadeira também. Por isso dizemos que a conjunção
nenhuma delas será uma proposição nova. exige a simultaneidade de condições. Na tabela-verdade,
apresentada a seguir, podemos observar os resultados da
conjunção “A e B” para cada um dos valores que A e B podem
Proposição Composta assumir.
Conectivos Lógicos
Dadas as proposições simples: A condicional “Se A, então B” pode ser escrita como:
A implica B.
A somente se B.
A é suficiente para B.
B é necessário para A.
Bicondicional: A se e somente se B
Exemplo:
Negação: Não A
Dadas as proposições simples:
Dada uma proposição qualquer A denominamos negação de A à
A: Adalberto é meu tio. proposição composta que se obtém a partir da proposição A
acrescida do conectivo lógico “não” ou de outro equivalente. A
A⊂B negação “não A” pode ser representada simbolicamente como:
~A
B: Adalberto é irmão de um de meus pais.
A=B
A proposição bicondicional “A se e somente se B” pode ser
escrita como: A "! B: Adalberto é meu tio se e somente se
Adalberto é irmão de um de meus pais. Como o próprio nome e Podem-se empregar, também, como equivalentes de “não A” as
símbolo sugerem, uma proposição bicondicional “A se e somente seguintes expressões:
se B” equivale à proposição composta “se A então B”. Podem-se
empregar também como equivalentes de “A se e somente se B” Não é verdade que A.
as seguintes expressões:
É falso que A.
A se e só se B.
A somente se B e B somente se A.
3. A ∧ (B ∨ C) ⇔ (A ∧ B) ∨ (A ∧ C)
Tautologia
4. A ∨ (B ∧ C) ⇔ (A ∨ B) ∧ (A ∨ C)
Uma proposição composta formada pelas proposições A, B, C,
... é uma tautologia se ela for sempre verdadeira,
independentemente dos valores lógicos das proposições A, B, C, Lei da dupla negação:
... que a compõem.
5. ~(~A) ⇔ A
Exemplo:
Equivalências da Condicional
A proposição “Se (A e B) então (A ou B)” é uma tautologia, pois
é sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos de 6. A ! B ⇔ ∼A ∨ B
A e de B, como se pode observar na tabela-verdade abaixo:
7. A ! B ⇔ ∼B ! ~A
Leis associativas:
1. (A ∧ B) ∧ C ⇔ A ∧ (B ∧ C)
2. (A ∨ B) ∨ C ⇔ A ∨ (B ∨ C)
Leis distributivas:
Proposição simples
Proposição: P : Zenóbio é careca.
Q: Pedro é estudante
Chama-se sentença ou proposição todo o conjunto de palavras R: O número 25 é um quadrado perfeito
ou símbolos que exprimem um pensamento de sentido completo.
Sentença ou proposição se distinguem do nome, o qual designa Proposições compostas
um objeto. P: Zenóbio é careca e Pedro é estudante
Q: Zenóbio é careca ou Pedro é estudante
Exemplos de nomes: R: Se Zenóbio é careca, então é feliz
Pedro.
O cão do menino. As proposições compostas são também chamadas de fórmulas
proposicionais. Constrói-se uma proposição composta a partir de
Exemplos de proposições: duas ou mais proposições simples e do uso de conectivos.
1. A lua é um satélite da terra.
2. O filho do Presidente do Brasil, em 1970, era médico. Conectivos
3. 3 x 5 = 5 x 3 Chamam-se conectivos as palavras usadas para formar
4. Onde você mora? proposições compostas a partir de proposições simples. Temos
5. Que belo jardim é o desta praça! 1 conectivo unário e 4 conectivos binários.
6. Escreva um verso.
7. Pedro estuda e trabalha. Exemplo:
8. Duas retas de um plano são paralelas ou incidentes. P: O número 6 é par e o número 8 é o cubo do número 2
9. Se Pedro estuda, então tem êxito na escola.
10.Vou ao cinema se e somente se conseguir dinheiro. Q: O triângulo ABC é retângulo ou o triângulo ABC é isósceles
R: Não está chovendo
Na lógica, restringimo-nos a uma classe de proposições, que são
as declarativas e que só aceitam dois valores: S: Se Jorge é engenheiro, então sabe matemática
T: O triângulo ABC é equilátero se e somente se é equiângulo
Verdadeiro (subentende .. o triângulo ABC...)
(V) ou r falso (F), um excluindo o outro. Assim, excluímos de
nossas considerações: Podemos considerar como conectivos usuais da lógica as
- Proposições exclamativas, como a de nº 5. palavras grifadas, isto é:
- Proposições interrogativas, como a do nº 4. E, Ou, Não, Se ... Então..., ... Se e somente se... (sse)
- Proposições imperativas, como a do nº 6.
Tabela-Verdade
São declarativas as de números 1 até 3 e as de 7 até 10. Construção das tabelas - verdades:
P V F Exemplo:
O valor lógico de uma expressão composta depende unicamente
dos valores lógicos das expressões simples que compõem P: É noite ou não é noite.
a mesma. Admitindo isso, recorre-se a um dispositivo P: p v ~p
denominado tabela – verdade para aplicar este conceito na
prática. Na tabela – verdade figuram todos os possíveis valores A tabela verdade é:
lógicos da proposição correspondentes a todas as possíveis
atribuições de valores lógicos às proposições simples
componentes. Assim, por exemplo, uma proposição composta p ~p p v ~p
cujas proposições simples componentes são p e q pode ter as V F V
possíveis atribuições:
F V V
p q
1 V V Logo p v ~p é uma tautologia.
2 V F
3 F V
Contradição: Uma proposição composta é uma contradição
4 F F
quando o seu valor é sempre a falso (F), para quaisquer valores
lógicos das proposições simples componentes.
p q R V F F
1 V V V F V F
2 V V F
3 V F V
Logo p v ~p é uma contradição.
4 V F F
5 F V V
6 F V F Indeterminação ou Contingência: Uma proposição composta é
7 F F V indeterminada (ou contingente) quando não é uma tautologia e
8 F F F não é uma contradição.
Leis de De Morgan
Obs 1: a ordem das letras pode ser diferente e a combinação
entre as letras também pode ser dirente da apresentada acima. Da autoria do ilustre matemático inglês Augustus De Morgan
Deve-se somente tomar o cuidado de não repetir duas (1806-1871), podemos separá-las em Primeiras Leis de Morgan
combinações (2 linhas c/ VVF, por exemplo). e Segundas Leis de Morgan.
As primeiras podem ser indicadas de várias formas, dependendo
do contexto a estudar. Podemos utilizá-las em operações lógicas
Obs 2: Para construirmos as tabelas – verdade podemos usar sobre proposições ou em operações sobre conjuntos.
as seguintes regras. O número de linhas sempre depende do
número de elementos combinados, e como uma preposição
pode assumir os valores V ou F, o número de linhas de uma Primeiras Leis de Morgan:
tabela – verdade é dado por 2 n”.
Sendo p e q duas proposições e ~, U e ∩ , respectivamente, os
1 elemento : 2 n” linhas = 2 linhas símbolos das operações lógicas negação, conjunção e
2 elementos: 2 n” linhas = 4 linhas disjunção, as Primeiras Leis de Morgan podem ser apresentadas
3 elementos: 2 n” linhas = 8 linhas simbolicamente por:
4 elementos: 2 n” linhas = 16 linhas 1. ~(p U q) = ~p ∩ ~q cujo significado é:
"negar a simultaneidade de p e q é afirmar pelo menos não p ou
Para construir a tabela inicia-se sempre atribuindo V, F,V, F,... não q".
para o elemento mais à direita da tabela, V, V, F, F,...
para o segundo elemento da direita para a esquerda, V, V, V, V,
2. ~(p ∩ q) = ~p U ~q cujo significado é:
F, F, F, F, ... para o terceiro elemento à partir da
"negar a ocorrência de pelo menos p ou q é afirmar nem p nem
esquerda e assim, sucessivamente.
q".
Equivalências Lógica
Mas, se considerarmos A e B dois conjuntos e ∩, U, ,
respectivamente, os símbolos da intersecção, reunião,
Apostilas Decisão 13 Apostilas Decisão
MATEMÁTICA
complementar de A e complementar de B, as Primeiras Leis de inválido aqui, porque mesmo num argumento inválido as
Morgan podem ser apresentadas simbolicamente por: premissas e a conclusão precisam ter uma certa relação entre si.
As negações destas duas proposições constituem então as 11. Raquel de Queiroz é homem
Segundas Leis de Morgan.
12. Logo, Raquel de Queiroz é analfabeta.
Argumentos válidos e inválidos
• O conjunto de símbolos primitivos (operadores e 1. Qualquer constante é um termo (sem variáveis livres).
quantificadores) varia freqüentemente. Alguns símbolos
primitivos podem ser omitidos, substituindo-os com 2. Qualquer variável é um termo (cuja única variável livre é
abreviaturas adequadas; por exemplo (P ↔ Q) é uma ela mesma).
abreviatura para (P → Q) ^ (Q → P). No sentido contrário,
é possível incluir outros operadores como símbolos 3. Toda expressão f (t1,…, tn) de n ≥ 1 argumentos (onde
primitivos, como as constantes de verdade ⊤ para cada argumento ti é um termo e f é um símbolo de função
“verdadeiro” e o ⊥ para “falso” (estes são operadores do de aridade n) é um termo. Suas variáveis livres são as
aridade 0). O número mínimo dos símbolos primitivos variáveis livres de cada um dos termos ti.
necessários é um, mas se nós nos restringirmos aos
operadores listados acima, seria necessário três; por 4. Cláusula de fechamento: Nada mais é um termo.
exemplo, o ¬, o ∧, e o ∀ bastariam.
O conjunto das fórmulas bem-formadas (chamadas geralmente
• Alguns livros mais velhos usam a notação φ ⊃ ψ para φ
FBFs ou apenas fórmulas) é definido recursivamente pelas
→ ψ, ~φ para ¬φ, φ & ψ para φ ∧ ψ, e uma riqueza de
seguintes regras:
notações para os quantificadores; por exemplo, ∀xφ pode
ser escrito como (x)φ.
1. Predicados simples e complexos: se P for uma relação
de aridade n ≥ 1 e os ai são os termos então P (a1,…,an) é
• A igualdade é às vezes considerada como parte da lógica
bem formada. Suas variáveis livres são as variáveis livres
de primeira ordem; Neste caso, o símbolo da igualdade
de quaisquer termos ai. Se a igualdade for considerada
será incluído no alfabeto, e comportar-se-á sintaticamente
parte da lógica, então (a1 = a2) é bem formada. Tais
como um predicado binário. Assim a LPO será chamada
fórmulas são ditas atômicas.
de lógica de primeira ordem com igualdade.
• As constantes são na verdade funções de aridade 0, 2. Cláusula indutiva I: Se φ for uma FBF, então ¬φ é uma
assim seria possível e conveniente omitir constantes e FBF. Suas variáveis livres são as variáveis livres de φ.
usar as funções que tenham qualquer aridade. Mas é
comum usar o termo “função” somente para funções de 3. Cláusula indutiva II: Se φ e ψ são FBFs, então (ψ ∧ φ),
aridade 1. (ψφ), (ψ → φ), (ψ ↔ φ) são FBFs. Suas variáveis livres
são as variáveis livres de φ e de ψ.
• Na definição acima, as relações devem ter pelo menos
aridade 1. É possível permitir relações de aridade 0; estas
seriam consideradas variáveis proposicionais. 4. Cláusula indutiva III: Se φ for uma FBF e x for um
variável, então ∀xφ e ∃xφ são FBFs, cujas variáveis livres
• Há muitas convenções diferentes sobre onde pôr são as variáveis livres de φ com exceção de x.
parênteses; por exemplo, se pode escrever ∀x ou (∀x). Ocorrências de x são ditas ligadas ou mudas (por
Às vezes se usa dois pontos ou ponto final ao invés dos oposição a livre) em ∀xφ e ∃xφ.
parênteses para criar fórmulas não ambíguas. Uma
convenção interessante, mas incomum, é a “notação
polonesa”, onde se omite todos os parênteses, e escreve- 5. Cláusula de fechamento: Nada mais é uma FBF.
se o ∧, ∨, e assim por diante na frente de seus
argumentos. A notação polonesa é compacta e elegante,
mas rara e de leitura complexa. Na prática, se P for uma relação de aridade 2, nós escrevemos
frequentemente “a P b” em vez de “P a b”; por exemplo, nós
• Uma observação técnica é que se houver um símbolo de escrevemos 1 < 2 em vez de < (1 2). Similarmente se f for uma
função de aridade 2 que representa um par ordenado (ou função de aridade 2, nós escrevemos às vezes “a f b” em vez de
símbolos de predicados de aridade 2 que representam as “f (a b)”; por exemplo, nós escrevemos 1 + 2 em vez de + (1 2).
relações de projeção de um par ordenado) então se pode É também comum omitir alguns parênteses se isto não conduzir
dispensar inteiramente as funções ou predicados de à ambigüidade. Às vezes é útil dizer que “P (x) vale para
aridade > 2. Naturalmente o par ou as projeções exatamente um x”, o que costuma ser denotado por ∃!xP(x). Isto
necessitam satisfazer aos axiomas naturais. também pode ser expresso por ∃x (P (x) ∀y (P (y) → (x = y))).
Os conjuntos das constantes, das funções, e das relações Exemplos: A linguagem dos grupos abelianos ordenados tem
compõem a assinatura e são geralmente considerados para dar uma constante 0, uma função unária −, uma função binária +, e
forma a uma linguagem, enquanto as variáveis, os operadores uma relação binária ≤. Assim:
lógicos, e os quantificadores são geralmente considerados para
pertencer à lógica. Uma estrutura dá o significado semântico de • 0, x, y são termos atômicos
cada símbolo da assinatura. Por exemplo, a linguagem da teoria
dos grupos consiste de uma constante (elemento da identidade), • + (x, y), + (x, + (y, − (z))) são termos, escritos geralmente
de uma função de aridade 1 (inverso), de uma função de aridade como x + y, x + (y + (−z))
2 (produto), e de uma relação de aridade 2 (igualdade), que seria
omitida pelos autores que incluem a igualdade na lógica • = (+ (x, y), 0), ≤ (+ (x, + (y, − (z))), + (x, y)) são fórmulas
subjacente. atômicas, escritas geralmente como x + y = 0, x + y - z ≤
x + y,
Regras de Formação
• (∀x ∃y ≤ (+ (x, y), z)) ∧ (∃x = (+ (x, y), 0)) é uma fórmula,
escrita geralmente como (∀x ∃y (x + y ≤ z)) ∧ (∃x (x + y =
0)).
Apostilas Decisão 16 Apostilas Decisão
MATEMÁTICA
aqui. Ela diz que se φ e φ → ψ são ambos demonstrados, então
pode-se deduzir ψ. A regra de inferência chamada
Substituição Generalização Universal é característica da lógica de primeira
ordem:
Se t é um termo e φ(x) é uma fórmula que contém
possivelmente x como uma variável livre, então φ(t) se definido se ├ Ø , então ├ A x Ø
como o resultado da substituição de todas as instâncias livres de
x por t, desde que nenhuma variável livre de t se torne ligada onde se supõe que φ é um teorema já demonstrado da lógica de
neste processo. Se alguma variável livre de t se tornar ligada, primeira ordem. Observe que a Generalização é análoga à regra
então para substituir t por x é primeiramente necessário mudar da necessitação da lógica modal, que é:
os nomes das variáveis ligadas de φ para algo diferente das
variáveis livres de t. Para ver porque esta condição é necessária, se ├ P , então ├ ∧ P.
considere a fórmula φ(x) dada por ∀y y≤x (“x é máximal”). Se t
for um termo sem y como variável livre, então φ(t) diz apenas
que t é maximal. Entretanto se t é y, a fórmula φ(y) é ∀y y≤y que 3. ENTENDIMENTO DE ESTRUTURAS LÓGICAS
não diz que y é máximal.O problema de que a variável livre y de
DAS RELAÇÕES ARBITRÁRIAS ENTRE
t (=y) se transformou em ligada quando nós substituímos y por x
em φ(x). Assim, para construir φ(y) nós devemos primeiramente PESSOAS, LUGARES, COISAS, EVENTOS
mudar a variável ligada y de φ para qualquer outra coisa, por FICTÍCIOS
exemplo a variável z, de modo que o φ(y) seja então ∀z z≤ y.
Esquecer desta condição é uma causa notória de erros. Raciocínio
x = y → (P(...,x,...) → P(...,y,...)) para qualquer relação P Importa primeiramente definir o raciocínio em si mesmo. E
(incluindo a própria igualdade) depois, a seguir, frisar como se diferencia da operação do juízo
que lhe é imediatamente anterior. O raciocínio, definido por
partes, é:
• A próxima convenção mais comum é incluir o símbolo da
igualdade como uma das relações de uma teoria, e - uma operação mental cursiva,
adicionar os axiomas da igualdade aos axiomas da teoria.
Na prática isto é quase idêntico à da convenção - sendo-lhe essencial operar com intermediários,
precedente, exceto no exemplo incomum de teorias com
nenhuma noção de igualdade. Os axiomas são os - que servem como instrumento de comparação,
mesmos, e a única diferença é se eles serão chamados
de axiomas lógicos ou de axiomas de taoria. - através dos quais se encaminha, por causação formal,
a conclusão,
• Nas teorias sem funções e com um número finito de
relações, é possível definir a igualdade em termos de - a qual, por haver sido um efeito causal, é dita de
relações, definindo os dois termos s e t como iguais se evidência virtual, de verdade virtual, de certeza virtual.
qualquer relação continuar inalterada ao se substituir s
por t em qualquer argumento. Por exemplo, em teoria dos
conjuntos com uma relação ∈, nós definiríamos s = t Entre Juízo e Raciocínio
como uma abreviatura para ∀x (s ∈ x ↔ t ∈ x) ∧∀x (x ∈
s ↔ x ∈ t). Esta definição de igualdade satisfaz Na operação do juízo a comparação é simples, e ocorre
automaticamente os axiomas da igualdade. diretamente entre dois termos. Diferentemente, no raciocínio a
comparação é complexa, operada com mais de dois termos e
• Em algumas teorias é possível dar definições de que se coordenam, até finalmente resultarem na conclusão de
igualdade ad hoc. Por exemplo, em uma teoria de ordens um novo conhecimento. Há, pois, duas espécies de cursividade
parciais com uma relação ≤ nós poderíamos definir s = t mental, uma de inferência imediata, acontecida no juízo, outra de
como uma abreviatura para s ≤ t ∧ t ≤ s. inferência mediata, operada no raciocínio. Quanto ao uso do
termo inferência importa alguma cautela. Inferência (do latim
ínfero = levo) traduz raciocínio. No plano do mesmo raciocínio
Regras de Inferência prefere-se denominar inferência ao raciocínio indutivo , e não ao
dedutivo, este denominado geralmente silogismo. Mas alargou-
A regra de inferência modus ponens é a única necessária para a se a acepção, de maneira a incluir também a simples
lógica proposicional de acordo com a formalização proposta explicitação do conhecimento implícito e operações de
Apostilas Decisão 17 Apostilas Decisão
MATEMÁTICA
conversão das proposições. Exemplo: se nenhum círculo é capciosos, que através de todas as épocas tem provado as mais
quadrado, se infere que nenhum quadrado é circulo. No caso do desencontradas ideologias.
juízo, a cursividade é mínima, resultando da simples
comparação, a qual oferece imediatamente o resultado. Mesmo
assim, esta progressão acontece de duas maneiras no juízo. Ela Divisão do Raciocínio em Dedutivo e Indutivo
se apresenta como síntese imediatamente presente, quando a
conexão simplesmente se mostra pela experiência direta, O processo raciocinativo, através de um antecedente a
factual. No exemplo - a casa é branca - os termos são dois; fornecer uma conclusão de evidência virtual, se dá de duas
observados diretamente, ou seja fenomenologicamente, como maneiras, - a dedutiva e a indutiva. A estrutura exata ou precisa,
fatos, vistos o predicado e o sujeito diretamente conectados, em destas duas modalidades de raciocinar somente se esclarece
evidência explícita. O juízo de evidência mediata é um novo com uma exposição relativamente longa, a ser efetuada logo a
passo, que ainda não é o raciocínio. Este juízo acontece por seguir. Mas, desde o inicio se consegue observar e descrever
análise. Os termos comparados se oferecem, o primeiro em características notorias de uma e outra modalidade de racionar.
condições de evidência explícita, o segundo em condições de A dedução, partindo de proposições mais universais, extrai,
evidência implícita, de tal maneira que este último esteja dentro como virtualmente contida nas mesmas, uma conclusão menos
do primeiro. Tome-se um exemplo, para mostrar este universal. O exemplo mais singelo é o dos círculos
procedimento. Seja a uma noção de evidência explícita, como a sucessivamente menores: se o círculo maior contém o círculo
do ser. Resulta, por inferência imediata, que a noção do ser médio, e se o círculo médio contém o menor, é claro que o
(embora explícita), permite descobrir que ela contém círculo menor está contido no maior. A indução, partindo de
implicitamente, que não pode ao mesmo tempo ser e não ser. proposições menos universais (fatos singulares), alcan-ça uma
Todos os axiomas, ou princípios do conhecimento, se encontram outra mais universal (a natureza, ou lei), também virtualmente
nesta condição de verdades obtidas por análise de simples contida. Funda-se a indução, como oportunamente
comparação entre dois termos. O raciocínio propriamente dito é explicaremos, no princípio de que cada indivíduo de uma
aquele que opera mediante comparações complexas, para espécie e realiza em si todo o ideal da mesma. Basta conhecer
obtenção de novos resultados de conhecimento. Progredindo de um indivíduo, para, virtualmente ter o conhecimento da espécie a
um termo para outro e deste para outro mais, o raciocínio que pertence, ou das leis a que se subordina. Dedução e
propriamente dito é uma cursividade raciocinativa mediata. indução formaram-se do verbo latino ducere (= levar, guiar).
Difere, pois, da cursividade de comparação simples do juízo, Com os sufixos de - in - lembra que o raciocínio leva a um objeto
tanto da meramente fenomenológica (de síntese), como da de conhecido para outro, isto é, para uma conclusão. De acordo
inferência imediata (de análise). Diferentemente, o raciocínio com a tendência, do mais universal, para o menos, cabe
propriamente dito, - seja por síntese, seja por análise, - sempre é dedução; do menos para o mais, indução.
uma cursividade complexa. O resultado da comparação
complexa, do raciocínio propriamente dito, está numa linha de A estruturação lógica do pensamento, indispensável para a
evidência mais distante. Sua cursividade, embora principie nas construção de conhecimento de maior complexidade e para sua
evidências explicitas e continue nas implícitas, chega finalmente explicitação precisa, requer a compreensão preliminar de alguns
à evidências virtuais (ou potenciais). Dizem-se assim, porque conceitos, os quais apresentamos a seguir de modo superficial e
contidas nas precedentes, de onde derivam. Exemplos de que serão tratados com maior rigor e precisão mais adiante.
raciocínios:
Proposição: é uma idéia (só existe no plano mental) que, em
- o homem morre, geral, estabelece algum conhecimento sobre algo ou que
manifesta uma posição ou um entendimento sobre alguma coisa;
- Pedro é homem,
Compõe-se o raciocínio de juízos. Tais juízos não compõem a) Jorge é mais inteligente do que Pedro
o raciocínio por simples justaposição, mas por um sistema de
conexões, comandado pela ordem das evidências, e que tem por b) Ontem choveu muito
objetivo final produzir uma conclusão. Há no raciocínio matéria
ajuizada, que são os juízos, enquanto oferecem o conteúdo c) Amanhã vai fazer sol
sobre que se raciocina. E forma, que é o encadeamento lógico
das relações entre os juízos, com o objetivo final de produzir a d) Estou calçando meias de seda / As meias que eu
conclusão. Do ponto de vista da lógica interessa apenas a forma estou calçando são de seda
do raciocínio, que sempre deverá ser reta. Para as demais
ciências o interesse se situa no conteúdo material. A primeira e) Uma equação do segundo grau pode admitir duas
parte do raciocínio se denomina antecedente. A última, raízes distintas / É possível que uma equação do
conseqüente, ou conclusão. Distingue-se entre conseqüência, segundo grau admita duas raízes distintas.
que é a forma perfeitamente conduzida ao termo final, e
conseqüente, que é o mesmo termo apreciado isoladamente sob f) Sou favorável a que passem à segunda divisão
a perspectiva da verdade simplesmente. Quem, por exemplo, quatro e não, apenas, dois times da primeira divisão /
argumenta - o que Pedro não perdeu, tem; ora Pedro não perdeu Sou a favor de que ao invés de serem dois, sejam
os chifres, logo Pedro tem chifres, - procede com alguma forma quatro os times da primeira divisão que caiam para a
lógica, mas chega a um conseqüente inaceitável. Haveria então segunda divisão.
uma conseqüência correta mas não um conseqüente certo. Pode
ocorrer, pela mesma razão, um bom conseqüente e contudo não g) Bernadete não sabe onde guardou a manga
ser uma conclusão em boa forma. Estes são os raciocínios
b) o lápis está sem ponta; Objeto singular: trata-se de um objeto único, identificado
individualmente;
c) como é o caderno que você precisa?
Exemplo:
Atributo: constitui uma condição que pode ou não estar a) A caneta que meu pai utilizou para assinar o contrato
presente no objeto ou ser ou não atendida pelo mesmo e de seu primeiro casamento
corresponde a uma particularidade ou peculiaridade dele;
b) O sapato que estou calçando agora no pé esquerdo
Exemplo:
Isto é uma regra e, portanto, tem exceção. Logo, uma casa barata é cara.
A B
= logo A=20, B=40 e C=60.
p q
Exemplo: Determinar números A, B e C diretamente
proporcionais a 2, 4 e 6, de modo que 2A+3B-4C=120. A solução
A solução segue das propriedades das proporções:
segue das propriedades das proporções:
A B A+B M
A B C 2A+3B-4C 120
= = = =K
= = = = = – 15
p q p+q p+q
2 4 6 2×2+3×4-4×6 -8
Exemplo: Para decompor o número 100 em duas partes A e B Divisão em Duas partes Inversamente Proporcionais
diretamente proporcionais a 2 e 3, montaremos o sistema de
modo que A+B=100, cuja solução segue de: Para decompor um número M em duas partes A e B
inversamente proporcionais a p e q, deve-se decompor este
número M em duas partes A e B diretamente proporcionais a 1/p
A B A+B 100
e 1/q, que são, respectivamente, os inversos de p e q. Assim
= = = = 20
basta montar o sistema com duas equações e duas incógnitas
2 3 5 5
tal que A+B=M. Desse modo:
A B A-B 10
= = = = 240 A B A+B 58
1/6 1/8 1/6-1/8 1/24 = = = = 70
2/5 3/7 2/5+3/7 29/35
Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas 20 m/s ----> 50s
grandezas são variáveis dependentes.
Exemplos:
2
1. Com uma área de absorção de raios solares de 1,2m , uma
lancha com motor movido a energia solar consegue produzir 400
watts por hora de energia. Aumentando-se essa área para
2
1,5m , qual será a energia produzida?
Grandezas Inversamente Proporcionais
Solução: montando a tabela
Um ciclista faz um treino para a prova de "1000 metros contra o
2
relógio", mantendo em cada volta uma velocidade constante e Área (m ) Energia (Wh)
obtendo, assim, um tempo correspondente, conforme a tabela 1,2 400
abaixo:
1,5 x
Velocidade
Tempo (s)
(m/s)
Identificação do tipo de relação:
Apostilas Decisão 26 Apostilas Decisão
MATEMÁTICA
Velocidade Tempo
(Km/h) (h)
400 3
480 x
A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de Observe que: Aumentando o número de homens, a produção
duas grandezas, direta ou inversamente proporcionais. de carrinhos aumenta. Portanto a relação é diretamente
proporcional (não precisamos inverter a razão). Aumentando o
número de dias, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a
Exemplos: relação também é diretamente proporcional (não precisamos
inverter a razão). Devemos igualar a razão que contém o termo x
3
1. Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m de areia. Em com o produto das outras razões. Montando a proporção e
5 horas, quantos caminhões serão necessários para descarregar resolvendo a equação temos:
3
125m ?
Estatística
Recenseamento é a contagem oficial e periódica dos indivíduos 1. Determina-se o menor e o maior valor para o
de um País, ou parte de um País. Ele abrange, no entanto, um conjunto.
leque mais vasto de situações. Assim, pode definir-se
recenseamento do seguinte modo: Estudo científico de um 2. Definir o limite inferior da primeira classe (Li) que
universo de pessoas, instituições ou objetos físicos com o deve ser igual ou ligeiramente inferior ao menor valor
propósito de adquirir conhecimentos, observando todos os seus das observações.
elementos, e fazer juízos quantitativos acerca de características
importantes desse universo. 3. Definir o limite superior da última classe (Ls) que
deve ser igual ou ligeiramente superior ao maior valor
das observações.
Estatística Descritiva e Estatística Indutiva
4. Definir o número de classes (K), que será calculado
Sondagem
usando . Obrigatoriamente deve estar
Por vezes não é viável nem desejável, principalmente quando o compreendido entre 5 a 20.
número de elementos da população é muito elevado, inquirir
todos os seus elementos sempre que se quer estudar uma ou 5. Conhecido o número de classes define-se a
mais características particulares dessa população. Assim surge amplitude de cada classe:
o conceito de sondagem, que se pode tentar definir como:
Estudo científico de uma parte de uma população com o objetivo 6. Com o conhecimento da amplitude de cada classe,
de estudar atitudes, hábitos e preferências da população define-se os limites para cada classe (inferior e
relativamente a acontecimentos, circunstâncias e assuntos de superior).
interesse comum.
5,1 5,3 5,3 5,6 5,8 5,9 6 6,1 6,2 6,2
Amostragem 6,3 6,3 6,3 6,4 6,4 6,4 6,5 6,5 6,6 6,7
6,7 6,8 6,8 6,9 6,9 7 7,1 7,1 7,2 7,2
Amostragem é o processo que procura extrair da população
elementos que através de cálculos probabilísticos ou não, 7,3 7,4 7,5 7,5 7,6 7,6 7,6 7,7 7,7 7,8
consigam prover dados inferenciais da população-alvo. 7,8 7,9 7,9 8 8 8,1 8,2 8,3 8,4 8,5
Não Probabilística 8,5 8,6 8,7 8,8 8,9 8,9 9 9,1 9,2 9,4
Acidental ou conveniência 9,4 9,5 9,5 9,6 9,8 9 9 10 10,2 10,2
Intencional 10,4 10,6 10,8 10,9 11,2 11,5 11,8 12,3 12,7 14,9
Quotas ou proporcional
Tipos de Amostragem Desproporcional
Probabilística Regras para elaboração de uma distribuição de freqüências
Aleatória Simples
1. Determina-se o menor e o maior valor para o conjunto:
Aleatória Estratificada
Conglomerado Valor mínimo: 5,1
A escolha de um método não probabilístico, via de regra, 2. Definir o limite inferior da primeira classe (Li) que deve ser
igual ou ligeiramente inferior ao menor valor das observações:
Apostilas Decisão 29 Apostilas Decisão
MATEMÁTICA
LI: 5,1
LS:15
Mediana
Média Harmônica
Por Exemplo:
km hm dam m dm cm mm
A massa do homem na Terra ou na Lua tem o mesmo valor. O
peso, no entanto, é seis vezes maior na terra do que na lua.
Explica-se esse fenômeno pelo fato da gravidade terrestre ser 6
vezes superior à gravidade lunar.
Para transformar m em dam (uma posição à esquerda) devemos
dividir por 10. Obs: A palavra grama, empregada no sentido de
"unidade de medida de massa de um corpo", é um
176,9 : 10 = 17,69 substantivo masculino. Assim 200g, lê-se "duzentos
gramas".
Ou seja:
176,9m = 17,69dam
Quilograma
• Transforme 978m em km.
A unidade fundamental de massa chama-se quilograma. O
3
quilograma (kg) é a massa de 1dm de água destilada à
km hm dam m dm cm mm temperatura de 4ºC. Apesar de o quilograma ser a unidade
fundamental de massa, utilizamos na prática o grama como
unidade principal de massa.
Unidade principal: METRO CÚBICO (m Observe que cada unidade de volume é dez vezes maior que a
unidade imediatamente inferior. Exemplos:
Ex.: 1000 m
1 dag = 10 g
Ex.: 1 m 1 g = 10 dg
Medidas de Área
Esta unidade possui seus múltiplos e submúltiplos nas formas
abaixo: Medida de Área é uma grandeza - Existem várias unidades de
medida de área, sendo a unidade-base para medida de área
2
mais utilizada o metro quadrado (m ) - outras medidas derivam
Múltiplos Submúltiplos
desta: 01 hectare = 10.000 m². Medir é comparar uma
Km³ – Quilômetro cúbico Dm³ – Decímetro cúbico quantidade de uma grandeza qualquer com outra - área é a
Hm³ – Hectômetro cúbico Cm³ – Centímetro cúbico quantidade de espaço bidimensional, ou seja, de superfície. A
Dam³ – Decâmetro cúbico Mm³ - Milímetro cúbico unidade de área é o metro-quadrado (m2). Muitas vezes se faz
confusão nas medidas de área, pois um quadrado com 10
unidades de comprimento de lado contém 10 x 10 = 100
Medidas de Massa unidades de área. Assim:
2 2
Observe a distinção entre os conceitos de corpo e massa: 1cm = 10mm, entretanto, 1cm = 100mm ,
É comum em nosso dia-a-dia pergunta do tipo: Metro por segundo (m/s), unidade SI: distância percorrida em um
Qual a duração dessa partida de futebol? segundo. Unidades de velocidade tradicionais:
• décimo de segundo
• centésimo de segundo
• milésimo de segundo
Podemos, então, estabelecer que: Ângulo é a região do plano
limitada por duas semi-retas que têm a mesma origem.
Cuidado: Nunca escreva 2,40h como forma de representar 2 h A medida de um ângulo é dada pela medida de sua abertura.
40 min. Pois o sistema de medidas de tempo não é decimal. A unidade padrão de medida de um ângulo é o grau, cujo
símbolo é º. Tomando um ângulo raso ou de meia-volta e
Observe: dividindo-o em 180 partes iguais, determinamos 180 ângulos de
mesma medida. Cada um desses ângulos representa um ângulo
de 1º grau (1º).
Submúltiplos
decímetro centímetro
milímetro quadrado
quadrado quadrado
2 2 2
dm cm mm
2 2 2
0,01m 0,0001m 0,000001m
2 2 2
O dam , o hm e km sào utilizados para medir grandes
Para medir ângulos utilizamos um instrumento denominado 2 2 2
superfícies, enquanto o dm , o cm e o mm são utilizados para
transferidor. O transferidor já vem graduado com divisões de 1º pequenas superfícies.
em 1º. Existem dois tipos de transferidor: Transferidor de 180º e
de 360º. O grau compreende os submúltiplos:
Exemplos:
2
1. Leia a seguinte medida: 12,56m
- O minuto corresponde a do grau. Indica-se um minuto
por 1'. km
2
hm
2
dam
2
m
2
dm
2
cm
2
mm
2
12, 56
1º = 60'
Lê-se “12 metros quadrados e 56 decímetros quadrados”. Cada
coluna dessa tabela corresponde a uma unidade de área.
- Qual a area dessa quadra de futebol de salão? Litro é a capacidade de um cubo que tem 1dm de aresta.
3
- Qual a area pintada dessa parede? 1l = 1dm
Múltiplos e submúltiplos do litro
Superfície e Área Unidade
Múltiplos
Fundamental
Superficie é uma grandeza com duas dimensòes, enquanto área quilolitro hectolitro decalitro litro
é a medida dessa grandeza, portanto, um número. kl hl dal L
1000l 100l 10l 1l
Metro Quadrado Submúltiplos
decilitro centilitro mililitro
A unidade fundamental de superfície chama-se metro quadrado.
2 dl cl ml
O metro quadrado (m ) é a medida correspondente à superfície
0,1l 0,01l 0,001l
de um quadrado com 1 metro de lado.
Cada unidade é 10 vezes maior que a unidade imediatamente
Unidade inferior.
Múltiplos
Fundamental
quilômetros hectômetro decâmetro Relações
metro quadrado
quadrado quadrado quadrado 3
2 2 2 2 1l = 1dm
km hm dam m
2 2 2 2 3
1.000.000m 10.000m 100m 1m 1ml = 1cm
40 X
= Juros Compostos
100 300
O regime de juros compostos é o mais comum no sistema
Como o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, financeiro e portanto, o mais útil para cálculos de problemas do
podemos realizar a multiplicação cruzada para obter: dia-a-dia. Os juros gerados a cada período são incorporados ao
100X=12000, assim X=120 principal para o cálculo dos juros do período seguinte.
Chamamos de capitalização o momento em que os juros são
Logo, 40% de R$300,00 é igual a R$120,00. incorporados ao principal. Após três meses de capitalização,
temos:
3. Li 45% de um livro que tem 200 páginas. Quantas páginas 1º mês: M =P.(1 + i)
ainda faltam para ler?
2º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = P x
45 X (1 + i) x (1 + i)
=
100 200 3º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = P x
(1 + i) x (1 + i) x (1 + i)
Apostilas Decisão 37 Apostilas Decisão
MATEMÁTICA
t = 1 ano = 12 meses Ex. 15% a.t.(ao trimestre) é equivalente a que taxa mensal?
(1+0,15)¹ = (1+i)³ => 1,15 = (1+i)³ => achando-se a raiz cúbica
i = 3,5 % a.m. = 0,035 dos dois termos encontramos 1,047689 = 1+i, assim a taxa
mensal equivalente a 15% a.t. é 4,76% a.m..
M=?
n Real
Usando a fórmula M=P.(1+i) , obtemos:
M = 6000.(1+0,035)
12
= 6000. (1,035)
12 A taxa real expurga o efeito da inflação. Um aspecto interessante
sobre as taxas reais de juros é que, elas podem ser inclusive,
negativas! Vamos encontrar uma relação entre as taxas de juros
Fazendo x= 1,035
12
e aplicando logaritmos, encontramos: nominal e real. Para isto, vamos supor que um determinado
capital P é aplicado por um período de tempo unitário, a uma
log x = log 1,035
12 certa taxa nominal in . O montante S1 ao final do período será
dado por S1 = P(1 + in). Consideremos agora que durante o
log x = 12 log 1,035 mesmo período, a taxa de inflação (desvalorização da moeda)
foi igual a j. O capital corrigido por esta taxa acarretaria um
log x = 0,1788 montante:
x = 1,509 S2 = P (1 + j).
São as taxas de juros cobradas pelos bancos no caso do Daí então, vem que:
exemplo acima exposto. Para que não houvesse mais essa
divergência, deveria constar nos contratos de operações (1 + in) = (1+r). (1 + j), onde:
financeiras uma taxa de coincidisse com o período de
capitalização, dessa forma a taxa nominal seria também a taxa in = taxa de juros nominal
efetiva.
j = taxa de inflação no período
No juro composto ser equivalente é diferente de ser Observe que se a taxa de inflação for nula no período, isto é, j =
proporcional. Da mesma forma a taxa nominal é diferente da 0, teremos que as taxas nominal e real são coincidentes. Veja o
taxa efetiva. Quando não há referência clara na questão, utiliza- exemplo a seguir: Numa operação financeira com taxas pré-
se a proporcionalidade. fixadas, um banco empresta $120.000,00 para ser pago em um
ano com $150.000,00. Sendo a inflação durante o período do
empréstimo igual a 10%, pede-se calcular as taxas nominal e
Proporcionalidade real deste empréstimo. Teremos que a taxa nominal será igual a:
IA = 10%
2. Agora vamos calcular o valor Atual dos valores acima, para
M = 1000,00 . (1+0,1) = R$ 1100,00 uma mesma data focal Zero.
onde
Discutir diferentes situações e sistematizar os conceitos Um pintor precisa registrar a palavra AMBULÂNCIA na frente de
um veículo. De que maneira ele deve escrever para que, no
Numa atividade em que os alunos devem fazer duas trânsito, o motorista do carro da frente consiga ler o texto
reflexões em retas paralelas, uma possibilidade para enriquecer corretamente pelo retrovisor?
o exercício é solicitar que analisem o que a figura final
representa (uma translação do primeiro desenho). Assim, você
possibilita a relação de congruência com reflexão e translação.
"A composição de várias transformações pode criar padrões
geométricos interessantes de serem analisados e construídos",
diz Marcio Antonio da Silva, docente da Universidade Federal de Comentário O aluno acertou ao inverter as letras da figura,
Mato Grosso do Sul (UFMS). Os problemas também devem colocar a nova palavra na mesma distância da original e manter
incluir a construção de outras figuras e ainda a manipulação de o tamanho da figura. Porém refletiu as letras uma a uma, sem
objetos. Outra proposta é usar os trabalhos do artista holandês considerar que todas juntas é que formam a imagem que precisa
Maurits Escher (no quadro abaixo, saiba como analisar as obras ser compreendida ao ser refletida no retrovisor. O correto é
de Escher com a turma). É essencial ainda saber que é preciso
manter o original como um padrão rígido. "Régua, transferidor,
esquadro e compasso devem ser usados tanto pelo professor,
no quadro, como pela turma", diz Andréia Brito, professora da
EEEFM Carlos Drumond de Andrade, em Presidente Médici, a
412 quilômetros de Porto Velho. O contato com a variedade de
propostas vai colaborar para que, no momento da Observe o desenho abaixo, o piso de uma casa. Responda:
sistematização dos conceitos, os jovens tenham uma bagagem existe simetria? Justifique sua resposta.
ampla e saibam enfrentar os obstáculos que surgirem. É assim
que eles vão assimilar conteúdos, abstrair imagens e refletir a
respeito das características conceituais.
Probabilidade
Experimento Aleatório
Espaço Amostral
S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, R1, R2, R3, R4, R5, R6}
2. A probabilidade de um evento é sempre um número entre ∅
1. Escreva explicitamente os seguintes eventos: A={caras e m (probabilidade de evento impossível) e 1 (probabilidade do
número par aparece}, B={um número primo aparece}, C={coroas evento certo).
e um número ímpar aparecem}.
a) A ou B ocorrem;
Probabilidade Condicional
b) B e C ocorrem;
Antes da realização de um experimento, é necessário que já
c) Somente B ocorre. tenha alguma informação sobre o evento que se deseja
observar. Nesse caso, o espaço amostral se modifica e o evento
tem a sua probabilidade de ocorrência alterada.
3. Quais dos eventos A,B e C são mutuamente exclusivos
3. A e C são mutuamente exclusivos, porque A ∩ C = ∅ Resolução: Seja o espaço amostral S=30 bolas, e
considerarmos os seguintes eventos:
Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente B: azul na segunda retirada e P(B) = 20/29
prováveis, então a probabilidade de ocorrer um evento A é:
Assim:
Eventos Independentes
Por, exemplo, no lançamento de um dado, um número par pode
ocorrer de 3 maneiras diferentes dentre 6 igualmente prováveis, Dizemos que E1 e E2 e ...En-1, En são eventos independentes
portanto, P = 3/6= 1/2 = 50%. Dizemos que um espaço quando a probabilidade de ocorrer um deles não depende do
amostral S (finito) é equiprovável quando seus eventos fato de os outros terem ou não terem ocorrido. Fórmula da
elementares têm probabilidades iguais de ocorrência. Num probabilidade dos eventos independentes:
espaço amostral equiprovável S (finito), a probabilidade de
ocorrência de um evento A é sempre: P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) =
P(E1).P(E2).p(E3)...P(En)
Exemplos:
Probabilidade de Ocorrer a União de Eventos
a) 6! = 6.5.4.3.2.1 = 720
Fórmula da probabilidade de ocorrer a união de eventos:
b) 4! = 4.3.2.1 = 24
P(E1 ou E2) = P(E1) + P(E2) - P(E1 e E2)
c) observe que 6! = 6.5.4!
De fato, se existirem elementos comuns a E1 e E2, estes eventos
estarão computados no cálculo de P(E1) e P(E2). Para que sejam d) 10! = 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1
considerados uma vez só, subtraímos P(E1 e E2).
e) 10! = 10.9.8.7.6.5!
Fórmula de probabilidade de ocorrer a união de eventos
mutuamente exclusivos: f ) 10! = 10.9.8!
Exemplo: Se dois dados, azul e branco, forem lançados, qual a Se determinado acontecimento ocorre em n etapas diferentes, e
probabilidade de sair 5 no azul e 3 no branco? Considerando os se a primeira etapa pode ocorrer de k1 maneiras diferentes, a
eventos: segunda de k2 maneiras diferentes, e assim sucessivamente,
então o número total T de maneiras de ocorrer o acontecimento
A: Tirar 5 no dado azul e P(A) = 1/6 é dado por:
Sendo S o espaço amostral de todos os possíveis resultados, Exemplo: O DETRAN decidiu que as placas dos veículos do
temos: Brasil serão codificadas usando-se 3 letras do alfabeto e 4
algarismos. Qual o número máximo de veículos que poderá ser
n(S) = 6.6 = 36 possibilidades. Daí, temos:P(A ou B) = licenciado?
1/6 + 1/6 – 1/36 = 11/36
Solução: Usando o raciocínio anterior, imaginemos uma placa
genérica do tipo PWR-USTZ. Como o alfabeto possui 26 letras e
Exemplo: Se retirarmos aleatoriamente uma carta de baralho nosso sistema numérico possui 10 algarismos (de 0 a 9),
com 52 cartas, qual a probabilidade de ser um 8 ou um Rei? podemos concluir que: para a 1ª posição, temos 26 alternativas,
Sendo S o espaço amostral de todos os resultados possíveis, e como pode haver repetição, para a 2ª, e 3ª também teremos
temos: n(S) = 52 cartas. Considere os eventos: 26 alternativas. Com relação aos algarismos, concluímos
facilmente que temos 10 alternativas para cada um dos 4
A: sair 8 e P(A) = 4/52 lugares. Podemos então afirmar que o número total de veículos
que podem ser licenciados será igual a: 26.26.26.10.10.10.10
B: sair um rei e P(B) = 4/52 que resulta em 175.760.000. Observe que se no país existissem
175.760.001 veículos, o sistema de códigos de emplacamento
Assim, P(A ou B) = 4/52 + 4/52 – 0 = 8/52 = 2/13. Note que P(A teria que ser modificado, já que não existiriam números
e B) = 0, pois uma carta não pode ser 8 e rei ao mesmo tempo. suficientes para codificar todos os veículos. Perceberam?
Quando isso ocorre dizemos que os eventos A e B são
mutuamente exclusivos.
Permutações Simples
Permutações com Elementos Repetidos a) combinações de taxa 2: ab, ac, ad,bc,bd, cd.
Solução: Temos 10 elementos, com repetição. Observe que a Nota: o número acima é também conhecido como Número
letra M está repetida duas vezes, a letra A três , a letra T, duas binomial e indicado por:
vezes. Na fórmula anterior, teremos: n=10, a=2, b=3 e c=2.
Sendo k o número procurado, podemos escrever:
Resposta: 151200 anagramas. Exemplo: Uma prova consta de 15 questões das quais o aluno
deve resolver 10. De quantas formas ele poderá escolher as 10
questões?
Arranjos Simples
Solução: Observe que a ordem das questões não muda o teste.
Dado um conjunto com n elementos , chama-se arranjo simples Logo, podemos concluir que trata-se de um problema de
de taxa k , a todo agrupamento de k elementos distintos combinação de 15 elementos com taxa 10.
dispostos numa certa ordem. Dois arranjos diferem entre si, pela
ordem de colocação dos elementos. Assim, no conjunto E = Aplicando simplesmente a fórmula chegaremos a:
{a,b,c}, teremos:
C15,10 = 15! / [(15-10)! . 10!] = 15! / (5! . 10!) =
a) arranjos de taxa 2: ab, ac, bc, ba, ca, cb.
15.14.13.12.11.10! / 5.4.3.2.1.10! = 3003
b) arranjos de taxa 3: abc, acb, bac, bca, cab, cba.
Exemplo: Um cofre possui um disco marcado com os dígitos 02 - Calcular (– 4/3) : (+ 8/3) – (+2) • (–5/8)
0,1,2,...,9. O segredo do cofre é marcado por uma seqüência de a) 1
3 dígitos distintos. Se uma pessoa tentar abrir o cofre, quantas b) 1/2
tentativas deverá fazer(no máximo) para conseguir abri-lo? c) 3/4
d) 4/7
34 - Efetuando: (–32) x (–11) x (+4), 46 - Qual o nº que adicionado ao seu sucessor dá o triplo
encontramos: de 21?
a) –1508 a) 29
b) +1508 b) 30
c) –1408 c) 31
d) +1408 d) 32
Art. 29. Os benefícios de aposentadoria e pensão do Regime Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da família
Geral da Previdência Social observarão, na sua concessão, natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares,
critérios de cálculo que preservem o valor real dos salários sobre quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou
os quais incidiram contribuição, nos termos da legislação privada.
o
vigente. § 1 A assistência integral na modalidade de entidade de longa
Parágrafo único. Os valores dos benefícios em manutenção permanência será prestada quando verificada inexistência de
serão reajustados na mesma data de reajuste do salário- grupo familiar, casa-lar, abandono ou carência de recursos
mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de financeiros próprios ou da família.
o
início ou do seu último reajustamento, com base em percentual § 2 Toda instituição dedicada ao atendimento ao idoso fica
definido em regulamento, observados os critérios estabelecidos obrigada a manter identificação externa visível, sob pena de
o
pela Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991. interdição, além de atender toda a legislação pertinente.
o
§ 3 As instituições que abrigarem idosos são obrigadas a
Art. 30. A perda da condição de segurado não será considerada manter padrões de habitação compatíveis com as necessidades
para a concessão da aposentadoria por idade, desde que a deles, bem como provê-los com alimentação regular e higiene
pessoa conte com, no mínimo, o tempo de contribuição indispensáveis às normas sanitárias e com estas condizentes,
correspondente ao exigido para efeito de carência na data de sob as penas da lei.
requerimento do benefício.
Parágrafo único. O cálculo do valor do benefício previsto Art. 38. Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados
o o
no caput observará o disposto no caput e § 2 do art. 3 da Lei com recursos públicos, o idoso goza de prioridade na aquisição
o
n 9.876, de 26 de novembro de 1999, ou, não havendo salários- de imóvel para moradia própria, observado o seguinte:
de-contribuição recolhidos a partir da competência de julho de I - reserva de pelo menos 3% (três por cento) das unidades
o
1994, o disposto no art. 35 da Lei n 8.213, de 1991. habitacionais residenciais para atendimento aos
idosos; (Redação dada pela Lei nº 12.418, de 2011)
Art. 31. O pagamento de parcelas relativas a benefícios, II - implantação de equipamentos urbanos comunitários voltados
efetuado com atraso por responsabilidade da Previdência Social, ao idoso;
será atualizado pelo mesmo índice utilizado para os III - eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para
reajustamentos dos benefícios do Regime Geral de Previdência garantia de acessibilidade ao idoso;
Social, verificado no período compreendido entre o mês que IV - critérios de financiamento compatíveis com os rendimentos
deveria ter sido pago e o mês do efetivo pagamento. de aposentadoria e pensão.
Parágrafo único. As unidades residenciais reservadas para
o
Art. 32. O Dia Mundial do Trabalho, 1 de Maio, é a data-base atendimento a idosos devem situar-se, preferencialmente, no
dos aposentados e pensionistas. pavimento térreo. (Incluído pela Lei nº 12.419, de 2011)
Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de forma Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica
articulada, conforme os princípios e diretrizes previstos na Lei assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos
Orgânica da Assistência Social, na Política Nacional do Idoso, no urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços seletivos e
Sistema Único de Saúde e demais normas pertinentes. especiais, quando prestados paralelamente aos serviços
regulares.
Art. 51. As instituições filantrópicas ou sem fins lucrativos Art. 57. Deixar o profissional de saúde ou o responsável por
prestadoras de serviço ao idoso terão direito à assistência estabelecimento de saúde ou instituição de longa permanência
judiciária gratuita. de comunicar à autoridade competente os casos de crimes
contra idoso de que tiver conhecimento:
Pena - multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00
CAPÍTULO III (três mil reais), aplicada em dobro no caso de reincidência.
Da Fiscalização das Entidades de Atendimento
Art. 58. Deixar de cumprir as determinações desta Lei sobre a
Art. 52. As entidades governamentais e não-governamentais de prioridade no atendimento ao idoso:
atendimento ao idoso serão fiscalizadas pelos Conselhos do Pena - multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 1.000,00 (um
Idoso, Ministério Público, Vigilância Sanitária e outros previstos mil reais) e multa civil a ser estipulada pelo juiz, conforme o dano
em lei. sofrido pelo idoso.
o o
Art. 53. O art. 7 da Lei n 8.842, de 1994, passa a vigorar com a
seguinte redação: CAPÍTULO V
o o
"Art. 7 Compete aos Conselhos de que trata o art. 6 desta Lei a Da Apuração Administrativa de Infração às
supervisão, o acompanhamento, a fiscalização e a avaliação da Normas de Proteção ao Idoso
política nacional do idoso, no âmbito das respectivas instâncias
político-administrativas." (NR) Art. 59. Os valores monetários expressos no Capítulo IV serão
atualizados anualmente, na forma da lei.
Art. 54. Será dada publicidade das prestações de contas dos
recursos públicos e privados recebidos pelas entidades de Art. 60. O procedimento para a imposição de penalidade
atendimento. administrativa por infração às normas de proteção ao idoso terá
início com requisição do Ministério Público ou auto de infração
Art. 55. As entidades de atendimento que descumprirem as elaborado por servidor efetivo e assinado, se possível, por duas
determinações desta Lei ficarão sujeitas, sem prejuízo da testemunhas.
o
responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou prepostos, § 1 No procedimento iniciado com o auto de infração poderão
às seguintes penalidades, observado o devido processo legal: ser usadas fórmulas impressas, especificando-se a natureza e
I - as entidades governamentais: as circunstâncias da infração.
o
a) advertência; § 2 Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-á a
b) afastamento provisório de seus dirigentes; lavratura do auto, ou este será lavrado dentro de 24 (vinte e
c) afastamento definitivo de seus dirigentes; quatro) horas, por motivo justificado.
d) fechamento de unidade ou interdição de programa;
II - as entidades não-governamentais: Art. 61. O autuado terá prazo de 10 (dez) dias para a
a) advertência; apresentação da defesa, contado da data da intimação, que será
b) multa; feita:
Apostilas Decisão 5 Apostilas Decisão
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
I - pelo autuante, no instrumento de autuação, quando for Art. 70. O Poder Público poderá criar varas especializadas e
lavrado na presença do infrator; exclusivas do idoso.
II - por via postal, com aviso de recebimento.
Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e
Art. 62. Havendo risco para a vida ou à saúde do idoso, a procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em
autoridade competente aplicará à entidade de atendimento as que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual
sanções regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.
o
providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério Público § 1 O interessado na obtenção da prioridade a que alude este
ou pelas demais instituições legitimadas para a fiscalização. artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o benefício à
autoridade judiciária competente para decidir o feito, que
Art. 63. Nos casos em que não houver risco para a vida ou a determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se
saúde da pessoa idosa abrigada, a autoridade competente essa circunstância em local visível nos autos do processo.
o
aplicará à entidade de atendimento as sanções regulamentares, § 2 A prioridade não cessará com a morte do beneficiado,
sem prejuízo da iniciativa e das providências que vierem a ser estendendo-se em favor do cônjuge supérstite, companheiro ou
adotadas pelo Ministério Público ou pelas demais instituições companheira, com união estável, maior de 60 (sessenta) anos.
o
legitimadas para a fiscalização. § 3 A prioridade se estende aos processos e procedimentos na
Administração Pública, empresas prestadoras de serviços
públicos e instituições financeiras, ao atendimento preferencial
CAPÍTULO VI junto à Defensoria Publica da União, dos Estados e do Distrito
Da Apuração Judicial de Irregularidades em Entidade de Federal em relação aos Serviços de Assistência Judiciária.
o
Atendimento § 4 Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso o fácil
acesso aos assentos e caixas, identificados com a destinação a
Art. 64. Aplicam-se, subsidiariamente, ao procedimento idosos em local visível e caracteres legíveis.
administrativo de que trata este Capítulo as disposições das Leis § 5º Dentre os processos de idosos, dar-se-á prioridade
os
n 6.437, de 20 de agosto de 1977, e 9.784, de 29 de janeiro de especial aos maiores de oitenta anos. (Incluído pela Lei nº
1999. 11.765, de 2008).
Art. 78. As manifestações processuais do representante do Art. 85. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos,
Ministério Público deverão ser fundamentadas. para evitar dano irreparável à parte.
Art. 79. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de Art. 86. Transitada em julgado a sentença que impuser
responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados ao idoso, condenação ao Poder Público, o juiz determinará a remessa de
referentes à omissão ou ao oferecimento insatisfatório de: peças à autoridade competente, para apuração da
I - acesso às ações e serviços de saúde; responsabilidade civil e administrativa do agente a que se atribua
II - atendimento especializado ao idoso portador de deficiência a ação ou omissão.
ou com limitação incapacitante;
III - atendimento especializado ao idoso portador de doença Art. 87. Decorridos 60 (sessenta) dias do trânsito em julgado da
infecto-contagiosa; sentença condenatória favorável ao idoso sem que o autor lhe
IV - serviço de assistência social visando ao amparo do idoso. promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público,
Parágrafo único. As hipóteses previstas neste artigo não facultada, igual iniciativa aos demais legitimados, como
excluem da proteção judicial outros interesses difusos, coletivos, assistentes ou assumindo o pólo ativo, em caso de inércia desse
individuais indisponíveis ou homogêneos, próprios do idoso, órgão.
protegidos em lei.
Art. 88. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá
Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e
foro do domicílio do idoso, cujo juízo terá competência absoluta quaisquer outras despesas.
para processar a causa, ressalvadas as competências da Justiça Parágrafo único. Não se imporá sucumbência ao Ministério
Federal e a competência originária dos Tribunais Superiores. Público.
Art. 81. Para as ações cíveis fundadas em interesses difusos, Art. 89. Qualquer pessoa poderá, e o servidor deverá, provocar
coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos, consideram- a iniciativa do Ministério Público, prestando-lhe informações
se legitimados, concorrentemente: sobre os fatos que constituam objeto de ação civil e indicando-
I - o Ministério Público; lhe os elementos de convicção.
II - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
III - a Ordem dos Advogados do Brasil; Art. 90. Os agentes públicos em geral, os juízes e tribunais, no
IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos 1 exercício de suas funções, quando tiverem conhecimento de
(um) ano e que incluam entre os fins institucionais a defesa dos fatos que possam configurar crime de ação pública contra idoso
interesses e direitos da pessoa idosa, dispensada a autorização ou ensejar a propositura de ação para sua defesa, devem
da assembléia, se houver prévia autorização estatutária. encaminhar as peças pertinentes ao Ministério Público, para as
o
§ 1 Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os Ministérios providências cabíveis.
Públicos da União e dos Estados na defesa dos interesses e
direitos de que cuida esta Lei. Art. 91. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá
o
§ 2 Em caso de desistência ou abandono da ação por requerer às autoridades competentes as certidões e informações
associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado que julgar necessárias, que serão fornecidas no prazo de 10
deverá assumir a titularidade ativa. (dez) dias.
Art. 32. O Poder Executivo terá o prazo de 60 (sessenta) dias, a Art. 39. O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), por
partir da publicação desta lei, obedecidas as normas por ela decisão da maioria absoluta de seus membros, respeitados o
instituídas, para elaborar e encaminhar projeto de lei dispondo orçamento da seguridade social e a disponibilidade do Fundo
sobre a extinção e reordenamento dos órgãos de assistência Nacional de Assistência Social (FNAS), poderá propor ao Poder
social do Ministério do Bem-Estar Social. Executivo a alteração dos limites de renda mensal per capita
§ 1º O projeto de que trata este artigo definirá formas de definidos no § 3º do art. 20 e caput do art. 22.
transferências de benefícios, serviços, programas, projetos,
pessoal, bens móveis e imóveis para a esfera municipal. Art. 40. Com a implantação dos benefícios previstos nos arts. 20
§ 2º O Ministro de Estado do Bem-Estar Social indicará e 22 desta lei, extinguem-se a renda mensal vitalícia, o auxílio-
Comissão encarregada de elaborar o projeto de lei de que trata natalidade e o auxílio-funeral existentes no âmbito da
este artigo, que contará com a participação das organizações Previdência Social, conforme o disposto na Lei nº 8.213, de 24
dos usuários, de trabalhadores do setor e de entidades e de julho de 1991.
organizações de assistência social. § 1ºA transferência dos benefíciários do sistema previdenciário
para a assistência social deve ser estabelecida de forma que o
Art. 33. Decorrido o prazo de 120 (cento e vinte) dias da atendimento à população não sofra solução de
promulgação desta lei, fica extinto o Conselho Nacional de continuidade. (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 20.11.1998
Serviço Social (CNSS), revogando-se, em conseqüência, § 2ºÉ assegurado ao maior de setenta anos e ao inválido o
os Decretos-Lei nºs 525, de 1º de julho de 1938, e 657, de 22 de direito de requerer a renda mensal vitalícia junto ao INSS até 31
julho de 1943. de dezembro de 1995, desde que atenda, alternativamente, aos
§ 1º O Poder Executivo tomará as providências necessárias para requisitos estabelecidos nos incisos I, II ou III do § 1º do art. 139
a instalação do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. (Redação dada pela Lei
e a transferência das atividades que passarão à sua nº 9.711, de 1998
competência dentro do prazo estabelecido no caput, de forma a
assegurar não haja solução de continuidade. Art. 40-A. Os benefícios monetários decorrentes do disposto nos
§ 2º O acervo do órgão de que trata o caput será transferido, no arts. 22, 24-C e 25 desta Lei serão pagos preferencialmente à
prazo de 60 (sessenta) dias, para o Conselho Nacional de mulher responsável pela unidade familiar, quando
Assistência Social (CNAS), que promoverá, mediante critérios e cabível. (Incluído pela Lei nº 13.014, de 2014)
prazos a serem fixados, a revisão dos processos de registro e
certificado de entidade de fins filantrópicos das entidades e Art. 41. Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.
organização de assistência social, observado o disposto no art.
3º desta lei. Art. 42. Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 34. A União continuará exercendo papel supletivo nas ações Brasília, 7 de dezembro de 1993, 172º da Independência e 105º
de assistência social, por ela atualmente executadas diretamente da República.
no âmbito dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal,
visando à implementação do disposto nesta lei, por prazo Este texto não substitui o publicado no DOU de 8.12.1998
máximo de 12 (doze) meses, contados a partir da data da
publicação desta lei.
4. POLÍTICA NACIONAL DO IDOSO (LEI Nº
Art. 35. Cabe ao órgão da Administração Pública Federal
8.842, DE 4 DE JANEIRO DE 1994).TODA HORA
responsável pela coordenação da Política Nacional de
Assistência Social operar os benefícios de prestação continuada É HORA DE CUIDAR -UNICEF, 2003
de que trata esta lei, podendo, para tanto, contar com o concurso
de outros órgãos do Governo Federal, na forma a ser Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994
estabelecida em regulamento.
Apostilas Decisão 19 Apostilas Decisão
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Dispõe sobre a política nacional do ido-so, cria enfermagem permanente em instituições asilares de ca-ráter
o Conselho Nacional do Idoso e dá outras social.
providências.
Art. 3° A política nacional do idoso reger-se-á pelos se-guintes Art. 8º À União, por intermédio do ministério responsável pela
princípios: assistência e promoção social, compete:
I - a família, a sociedade e o estado têm o dever de asse-gurar I - coordenar as ações relativas à política nacional do i-doso;
ao idoso todos os direitos da cidadania, garantindo sua II - participar na formulação, acompanhamento e avalia-ção da
participação na comunidade, defendendo sua digni-dade, bem- política nacional do idoso;
estar e o direito à vida; III - promover as articulações intraministeriais e intermi-nisteriais
II - o processo de envelhecimento diz respeito à socieda-de em necessárias à implementação da política nacio-nal do idoso;
geral, devendo ser objeto de conhecimento e infor-mação para IV - (Vetado;)
todos; V - elaborar a proposta orçamentária no âmbito da pro-moção e
III - o idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza; assistência social e submetê-la ao Conselho Na-cional do Idoso.
IV - o idoso deve ser o principal agente e o destinatário das Parágrafo único. Os ministérios das áreas de saúde, edu-cação,
transformações a serem efetivadas através desta po-lítica; trabalho, previdência social, cultura, esporte e la-zer devem
V - as diferenças econômicas, sociais, regionais e, parti- elaborar proposta orçamentária, no âmbito de suas
cularmente, as contradições entre o meio rural e o urbano do competências, visando ao financiamento de progra-mas
Brasil deverão ser observadas pelos poderes públicos e pela nacionais compatíveis com a política nacional do idoso.
sociedade em geral, na aplicação desta lei.
Art. 9º (Vetado.)
Parágrafo único. (Vetado.)
SEÇÃO II
Das Diretrizes
CAPÍTULO IV
Art. 4º Constituem diretrizes da política nacional do idoso: Das Ações Governamentais
I - viabilização de formas alternativas de participação, o-cupação
e convívio do idoso, que proporcionem sua inte-gração às Art. 10. Na implementação da política nacional do idoso, são
demais gerações; competências dos órgãos e entidades públicos:
II - participação do idoso, através de suas organizações I - na área de promoção e assistência social:
representativas, na formulação, implementação e avali-ação das a) prestar serviços e desenvolver ações voltadas para o
políticas, planos, programas e projetos a serem desenvolvidos; atendimento das necessidades básicas do idoso, median-te a
III - priorização do atendimento ao idoso através de suas participação das famílias, da sociedade e de entida-des
próprias famílias, em detrimento do atendimento asilar, à governamentais e não-governamentais.
exceção dos idosos que não possuam condições que garantam b) estimular a criação de incentivos e de alternativas de
sua própria sobrevivência; atendimento ao idoso, como centros de convivência, cen-tros de
IV - descentralização político-administrativa; cuidados diurnos, casas-lares, oficinas abrigadas de trabalho,
V - capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas atendimentos domiciliares e outros;
de geriatria e gerontologia e na prestação de servi-ços; c) promover simpósios, seminários e encontros especí-ficos;
VI - implementação de sistema de informações que per-mita a d) planejar, coordenar, supervisionar e financiar estudos,
divulgação da política, dos serviços oferecidos, dos planos, levantamentos, pesquisas e publicações sobre a situação social
programas e projetos em cada nível de governo; do idoso;
VII - estabelecimento de mecanismos que favoreçam a di- e) promover a capacitação de recursos para atendimento ao
vulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos idoso;
biopsicossociais do envelhecimento; II - na área de saúde:
VIII - priorização do atendimento ao idoso em órgãos pú-blicos e a) garantir ao idoso a assistência à saúde, nos diversos níveis de
privados prestadores de serviços, quando desa-brigados e sem atendimento do Sistema Único de Saúde;
família; b) prevenir, promover, proteger e recuperar a saúde do idoso,
IX - apoio a estudos e pesquisas sobre as questões rela-tivas ao mediante programas e medidas profiláticas;
envelhecimento. c) adotar e aplicar normas de funcionamento às institui-ções
Parágrafo único. É vedada a permanência de portadores de geriátricas e similares, com fiscalização pelos gesto-res do
doenças que necessitem de assistência médica ou de Sistema Único de Saúde;
d) elaborar normas de serviços geriátricos hospitalares;
Apostilas Decisão 20 Apostilas Decisão
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
e) desenvolver formas de cooperação entre as Secreta-rias de
Saúde dos Estados, do Distrito Federal, e dos Mu-nicípios e CAPÍTULO V
entre os Centros de Referência em Geriatria e Gerontologia para Do Conselho Nacional
treinamento de equipes interprofis-sionais;
f) incluir a Geriatria como especialidade clínica, para efei-to de Art. 11. (Vetado.)
concursos públicos federais, estaduais, do Distrito Federal e
municipais; Art. 12. (Vetado.)
g) realizar estudos para detectar o caráter epidemiológico de
determinadas doenças do idoso, com vistas a preven-ção, Art. 13. (Vetado.)
tratamento e reabilitação; e
h) criar serviços alternativos de saúde para o idoso; Art. 14. (Vetado.)
III - na área de educação:
a) adequar currículos, metodologias e material didático aos Art. 15. (Vetado.)
programas educacionais destinados ao idoso;
b) inserir nos currículos mínimos, nos diversos níveis do ensino Art. 16. (Vetado.)
formal, conteúdos voltados para o processo de en-velhecimento,
de forma a eliminar preconceitos e a produ-zir conhecimentos Art. 17. (Vetado.)
sobre o assunto;
c) incluir a Gerontologia e a Geriatria como disciplinas Art. 18. (Vetado.)
curriculares nos cursos superiores;
d) desenvolver programas educativos, especialmente nos meios
de comunicação, a fim de informar a população so-bre o CAPÍTULO VI
processo de envelhecimento; Das Disposições Gerais
e) desenvolver programas que adotem modalidades de ensino à
distância, adequados às condições do idoso; Art. 19. Os recursos financeiros necessários à implanta-ção das
f) apoiar a criação de universidade aberta para a terceira idade, ações afetas às áreas de competência dos go-vernos federal,
como meio de universalizar o acesso às diferentes formas do estaduais, do Distrito Federal e municipais serão consignados
saber; em seus respectivos orçamentos.
IV - na área de trabalho e previdência social:
a) garantir mecanismos que impeçam a discriminação do idoso Art. 20. O Poder Executivo regulamentará esta lei no pra-zo de
quanto a sua participação no mercado de trabalho, no setor sessenta dias, a partir da data de sua publicação.
público e privado;
b) priorizar o atendimento do idoso nos benefícios pre- Art. 21. Esta lei entra em vigor na data de sua publica-ção.
videnciários;
c) criar e estimular a manutenção de programas de pre-paração Art. 22. Revogam-se as disposições em contrário.
para aposentadoria nos setores público e privado com
antecedência mínima de dois anos antes do afasta-mento; Brasília, 4 de janeiro de 1994, 173º da Independência e 106º da
V - na área de habitação e urbanismo: República.
a) destinar, nos programas habitacionais, unidades em regime
de comodato ao idoso, na modalidade de casas-lares; Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 5.1.1994
b) incluir nos programas de assistência ao idoso formas de
melhoria de condições de habitabilidade e adaptação de
moradia, considerando seu estado físico e sua inde-pendência 5. GUIA PRÁTICO DO CUIDADOR-MS, 2008
de locomoção;
c) elaborar critérios que garantam o acesso da pessoa idosa à Apresentação
habitação popular;
d) diminuir barreiras arquitetônicas e urbanas; Nos últimos anos, em conseqüência de diversos fatores,
VI - na área de justiça: como a melhoria das condições sanitárias e de acesso a bens e
a) promover e defender os direitos da pessoa idosa; serviços, as pessoas têm vivido mais tempo. Os avanços na
b) zelar pela aplicação das normas sobre o idoso determi-nando área da saúde têm possibilitado que cada vez mais pessoas
ações para evitar abusos e lesões a seus direitos; consigam viver por um período mais prolongado, mesmo
VII - na área de cultura, esporte e lazer: possuindo algum tipo de incapacidade. Diante da situação atual
a) garantir ao idoso a participação no processo de pro-dução, de envelhecimento demográfico, aumento da expectativa de vida
reelaboração e fruição dos bens culturais; e o crescimento da violência, algumas demandas são colocadas
b) propiciar ao idoso o acesso aos locais e eventos cultu-rais, para a família, sociedade e poder público, no sentido de
mediante preços reduzidos, em âmbito nacional; proporcionar melhor qualidade de vida às pessoas que possuem
c) incentivar os movimentos de idosos a desenvolver ati-vidades alguma incapacidade. Desta forma, a presença do cuidador nos
culturais; lares tem sido mais freqüente, havendo a necessidade de
d) valorizar o registro da memória e a transmissão de orientálos para o cuidado. Cabe ressaltar que o cuidado no
informações e habilidades do idoso aos mais jovens, co-mo meio domicílio proporciona o convívio familiar, diminui o tempo de
de garantir a continuidade e a identidade cultu-ral; internação hospitalar e, dessa forma, reduz as complicações
e) incentivar e criar programas de lazer, esporte e ativi-dades decorrentes de longas internações hospitalares. Respondendo a
físicas que proporcionem a melhoria da qualidade de vida do essa demanda, este Guia Prático se destina a orientar
idoso e estimulem sua participação na comuni-dade. cuidadores na atenção à saúde das pessoas de qualquer idade,
§ 1º É assegurado ao idoso o direito de dispor de seus bens, acamadas ou com limitações físicas que necessitam de cuidados
proventos, pensões e benefícios, salvo nos casos de especiais. Tem o objetivo de esclarecer, de modo simples e
incapacidade judicialmente comprovada. ilustrativo, os pontos mais comuns do cuidado no domicilio;
§ 2º Nos casos de comprovada incapacidade do idoso para gerir ajudar o cuidador e a pessoa cuidada; estimular o envolvimento
seus bens, ser-lhe-á nomeado Curador especi-al em juízo. da família, da equipe de saúde e da comunidade nos cuidados, e
§ 3º Todo cidadão tem o dever de denunciar à autoridade promover melhor qualidade de vida do cuidador e da pessoa
competente qualquer forma de negligência ou desrespeito ao cuidada, ressaltando que apesar de todas as orientações aqui
idoso. contidas, é indispensável a orientação do profissional de saúde.
“Tudo que existe e vive precisa ser cuidado para continuar - Estimular atividades de lazer e ocupacionais.
existindo. Uma planta, uma criança, um idoso, o planeta Terra.
Tudo o que vive precisa ser alimentado. Assim, o cuidado, a - Realizar mudanças de posição na cama e na cadeira,
essência da vida humana, precisa ser continuamente e massagens de conforto.
alimentado. O cuidado vive do amor, da ternura, da carícia e da
convivência”. (BOFF, 1999) - Administrar as medicações, conforme a prescrição e
orientação da equipe de saúde.
Autocuidado significa cuidar de si próprio, são as atitudes, os
comportamentos que a pessoa tem em seu próprio benefício, - Comunicar à equipe de saúde sobre mudanças no
com a finalidade de promover a saúde, preservar, assegurar e estado de saúde da pessoa cuidada.
manter a vida. Nesse sentido, o cuidar do outro representa a
essência da cidadania, do desprendimento, da doação e do - Outras situações que se fizerem necessárias para a
amor. Já o autocuidado ou cuidar de si representa a essência da melhoria da qualidade de vida e recuperação da saúde
existência humana. A pessoa acamada ou com limitações, dessa pessoa.
mesmo necessitando da ajuda do cuidador, pode e deve realizar
atividades de autocuidado sempre que possível. O bom cuidador
é aquele que observa e identifica o que a pessoa pode fazer por 4. O cuidador e a pessoa cuidada
si, avalia as condições e ajuda a pessoa a fazer as atividades.
Cuidar não é fazer pelo outro, mas ajudar o outro quando ele O ato de cuidar é complexo. O cuidador e a pessoa a ser
necessita, estimulando a pessoa cuidada a conquistar sua cuidada podem apresentar sentimentos diversos e contraditórios,
autonomia, mesmo que seja em pequenas tarefas. Isso requer tais como: raiva, culpa, medo, angústia, confusão, cansaço,
paciência e tempo. O autocuidado não se refere somente àquilo estresse, tristeza, nervosismo, irritação, choro, medo da morte e
que a pessoa a ser cuidada pode fazer por si. Refere-se também da invalidez. Esses sentimentos podem aparecer juntos na
aos cuidados que o cuidador deve ter consigo com a finalidade mesma pessoa, o que é bastante normal nessa situação. Por
de preservar a sua saúde e melhorar a qualidade de vida. O isso precisam ser compreendidos, pois fazem parte da relação
segundo capítulo desse guia prático oferece algumas dicas de do cuidador com a pessoa cuidada. É importante que o cuidador
como o cuidador pode se autocuidar. perceba as reações e os sentimentos que afloram, para que
possa cuidar da pessoa da melhor maneira possível. O cuidador
deve compreender que a pessoa cuidada tem reações e
3. Quem é o cuidador comportamentos que podem dificultar o cuidado prestado, como
quando o cuidador vai alimentar a pessoa e essa se nega a
Cuidador é um ser humano de qualidades especiais, comer ou não quer tomar banho. É importante que o cuidador
expressas pelo forte traço de amor à humanidade, de reconheça as dificuldades em prestar o cuidado quando a
solidariedade e de doação. A ocupação de cuidador integra a pessoa cuidada não se disponibiliza para o cuidado e trabalhe
Classificação Brasileira de Ocupações – CBO sob o código seus sentimentos de frustação sem culpar-se. O estresse
5162, que define o cuidador como alguém que “cuida a partir dos pessoal e emocional do cuidador imediato é enorme. Esse
objetivos estabelecidos por instituições especializadas ou cuidador necessita manter sua integridade física e emocional
responsáveis diretos, zelando pelo bem-estar, saúde, para planejar maneiras de convivência. Entender os próprios
alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação e sentimentos e aceitá-los, como um processo normal de
lazer da pessoa assistida”. É a pessoa, da família ou da crescimento psicológico, talvez seja o primeiro passo para a
comunidade, que presta cuidados à outra pessoa de qualquer manutenção de uma boa qualidade de vida. É importante que o
idade, que esteja necessitando de cuidados por estar acamada, cuidador, a família e a pessoa a ser cuidada façam alguns
com limitações físicas ou mentais, com ou sem remuneração. acordos de modo a garantir uma certa independência tanto a
Nesta perspectiva mais ampla do cuidado, o papel do cuidador quem cuida como para quem é cuidado. Por isso, o cuidador e a
Apostilas Decisão 22 Apostilas Decisão
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
família devem reconhecer quais as atividades que a pessoa 6. O cuidador e a família
cuidada pode fazer e quais as decisões que ela pode tomar sem
prejudicar os cuidados. Incentive-a a cuidar de si e de suas A carência das instituições sociais no amparo às pessoas que
coisas. Negociar é a chave para se ter uma relação de qualidade precisam de cuidados faz com que a responsabilidade máxima
entre o cuidador, a pessoa cuidada e sua família. O “não”, “não recaia sobre a família e, mesmo assim, é geralmente sobre um
quero” ou “não posso”, pode indicar várias coisas, como por elemento da família. A doença ou a limitação física em uma
exemplo: não quero ou não gosto de como isso é feito, ou agora pessoa provoca mudanças na vida dos outros membros da
não quero, vamos deixar para depois? O cuidador precisa ir família, que têm que fazer alterações nas funções ou no papel
aprendendo a entender o que essas respostas significam e de cada um dentro da família, tais como: a filha que passa a
quando se sentir impotente ou desanimado, diante de uma cuidar da mãe; a esposa que além de todas as tarefas agora
resposta negativa, é bom conversar com a pessoa, com a cuida do marido acamado; o marido que tem que assumir as
família, com a equipe de saúde. Também é importante conversar tarefas domésticas e o cuidado com os filhos, porque a esposa
com outros cuidadores para trocar experiências e buscar se encontra incapacitada; o irmão que precisa cuidar de outro
alternativas para resolver essas questões. Procure se informar irmão. Todas essas mudanças podem gerar insegurança e
sobre grupos de cuidadores, mais detalhes consultar página desentendimentos, por isso é importante que a família, o
16.(capítulo 8) É importante tratar a pessoa a ser cuidada de cuidador e a equipe de saúde conversem e planejem as ações
acordo com sua idade. Os adultos e idosos não gostam quando do cuidado domiciliar. Com a finalidade de evitar o estresse, o
os tratam como crianças. Mesmo doente ou com limitações, a cansaço e permitir que o cuidador tenha tempo de se autocuidar,
pessoa a ser cuidada precisa e tem direito de saber o que está é importante que haja a participação de outras pessoas para a
acontecendo ao seu redor e de ser incluída nas conversas. Por realização do cuidado. A pessoa com limitação física e financeira
isso é importante que a família e o cuidador continuem é a que mais sofre, tendo que depender da ajuda de outras
compartilhando os momentos de suas vidas, demonstrem o pessoas, em geral familiares, fazendo com que seu poder de
quanto a estimam, falem de suas emoções e sobre as atividades decisão fique reduzido, dificultando o desenvolvimento de outros
que fazem, mas acima de tudo, é muito importante escutar e vínculos com o meio social. Para oferecer uma vida mais
valorizar o que a pessoa fala. Cada pessoa tem uma história que satisfatória, é necessário o trabalho em conjunto entre o Estado,
lhe é particular e intransferível, e que deve ser respeitada e a comunidade e a família. A implementação de modalidades
valorizada. Muitas vezes, a pessoa cuidada parece estar alternativas de assistência como hospital-dia, centro de
dormindo, mas pode estar ouvindo o que falam a seu redor. Por convivência, reabilitação ambulatorial, serviços de enfermagem
isso, é fundamental respeitar a dignidade da pessoa cuidada e domiciliar, fornecimento de refeições e auxílio técnico e
não discutir em sua presença, fatos relacionados com ela, financeiro para adaptações arquitetônicas, reduziria
agindo como se ela não entendesse, não existisse, ou não significativamente a demanda por instituições de longa
estivesse presente. Isso vale tanto para o cuidador e família permanência, as famílias teriam um melhor apoio e a pessoa a
como para os amigos e profissionais de saúde. Encoraje o riso. ser cuidada seria mantida em casa convivendo com seus
O bom humor é uma boa maneira de contornar confusões e mal familiares, mantendo os laços afetivos.
entendidos.
7. Cuidando do cuidador
5. O cuidador e a equipe de saúde
A tarefa de cuidar de alguém geralmente se soma às outras
O cuidador é a pessoa designada pela família para o cuidado atividades do dia-a-dia. O cuidador fica sobrecarregado, pois
do idoso, quando isto for requerido. Esta pessoa, geralmente muitas vezes assume sozinho a responsabilidade pelos
leiga, assume funções para as quais, na grande maioria das cuidados, soma-se a isso, ainda, o peso emocional da doença
vezes, não está preparada. É importante que a equipe tenha que incapacita e traz sofrimento a uma pessoa querida. Diante
sensibilidade ao lidar com os cuidadores. No livro “Você não está dessa situação é comum o cuidador passar por cansaço físico,
sozinho” produzido pela ABRAz, Nori Graham, Chairman da ADI depressão, abandono do trabalho, alterações na vida conjugal e
– Alzheimer Disease International, diz: “uma das maneiras mais familiar. A tensão e o cansaço sentidos pelo cuidador são
importantes de ajudar as pessoa é oferecer informação. As prejudiciais não só a ele, mas também à família e à própria
pessoas que possuem informações, estão mais bem preparadas pessoa cuidada. Algumas dicas podem ajudar a preservar a
para controlar a situação em que se encontram”. O ato de cuidar saúde e aliviar a tarefa do cuidador:
não caracteriza o cuidador como um profissional de saúde,
portanto o cuidador não deve executar procedimentos técnicos - O cuidador deve contar com a ajuda de outras
que sejam de competência dos profissionais de saúde, tais pessoas, como a ajuda da família, amigos ou vizinhos,
como: aplicações de injeção no músculo ou na veia, curativos definir dias e horários para cada um assumir parte dos
complexos, instalação de soro e colocação de sondas, etc. As cuidados. Essa parceria permite ao cuidador ter um
atividades que o cuidador vai realizar devem ser planejadas tempo livre para se cuidar, se distrair e recuperar as
junto aos profissionais de saúde e com os familiares. Nesse energias gastas no ato de cuidar do outro; peça ajuda
planejamento deve ficar claro para todos as atividades que o sempre que algo não estiver bem.
cuidador pode e deve desempenhar. É bom escrever as rotinas
e quem se responsabiliza pelas tarefas. É importante que a - É fundamental que o cuidador reserve alguns
equipe deixe claro ao cuidador que procedimentos ele não pode momentos do seu dia para se cuidar, descansar, relaxar
e não deve fazer, quando chamar os profissionais de saúde, e praticar alguma atividade física e de lazer, tais como:
como reconhecer sinais e sintomas de perigo. As ações serão caminhar, fazer ginástica, crochê, tricô, pinturas,
planejadas e executadas de acordo com as necessidades da desenhos, dançar, etc.
pessoa a ser cuidada e dos conhecimentos e disponibilidade do
cuidador. A parceria entre os profissionais e os cuidadores
deverá possibilitar a sistematização das tarefas a serem O cuidador pode se exercitar e se distrair de diversas maneiras,
realizadas no próprio domicílio, privilegiando-se aquelas como por exemplo:
relacionadas à promoção da saúde, à prevenção de
incapacidades e à manutenção da capacidade funcional da 1. Enquanto assiste TV: movimente os dedos das mãos
pessoa cuidada e do seu cuidador, evitando-se assim, na e dos pés, faça massagem nos pés com ajuda das
medida do possível, hospitalização, asilamentos e outras formas mãos, rolinhos de madeira, bolinhas de borracha ou
de segregação e isolamento. com os próprios pés.
Rua e saúde
Privação de sono: é difícil dormir na rua, seja por Autocuidado: a dificuldade recorrente de acesso ao
medo da violência, pelo desconforto gerado pelo frio ou sistema de saúde epara buscar ajuda e a luta diária
pela dureza do chão. É preciso estar vigilante e pela sobrevivência fazem com que muitas pessoas em
protegido. Muitos optam por dormir durante o dia para situação de rua, mesmo visivelmente adoecidas,
poderem se prevenir da violência durante a noite. neguem estar com qualquer problema de saúde. Tal
fenômeno não costuma se dar por dissimulação, mas
Privação de afeição: o relato de muitas pessoas que pelo silenciamento de sinais e sintomas que, pouco a
vivem nas ruas nos permite identificar alguns olhares pouco, foram se incorporando àquilo que o indivíduo
por elas recebidos dos passantes. Olhar de medo, dos passou a considerar como condição de normalidade
que apressam o passo, evitando uma abordagem; olhar para si. Nesse momento, se o profissional de saúde
de nojo, pela situação de higiene em que algumas se perguntar a um morador de rua com tosse, febre e
encontram; olhar de piedade, pelas condições de desnutrição como ele vai de saúde, ele responderá:
violação da dignidade sofrida; olhar de raiva dos que as “Vou bem”. Caberá então como tarefa adicional às
culpabilizam pela própria condição; e o não olhar, ou equipes de atenção à saúde dessa população apoiar o
seja, o olhar da indiferença. É comum para a equipe de despertar do olhar do cidadão para si mesmo como
saúde, ao abordar alguém à noite numa calçada de alguém que pode encontrar uma nova “normalidade“ de
qualquer grande cidade, ser a primeira pessoa com direito e de saúde, mais
quem ela conversará naquele dia. compatível com a vida e a dignidade humanas.
Variações climáticas: chuvas, ventos e principalmente Internação e alta em serviços de saúde: o percurso
o frio são fatores que geram sofrimento, dificultam de uma pessoa em situação de rua num equipamento
consideravelmente a vida de quem vive nas ruas e de urgência e emergência requer especial atenção.
precipitam problemas de saúde. Comumente não há qualquer acompanhante que possa
ajudar no relato do caso. A depender do serviço, pode
Cobertura limitada pelas equipes de Saúde da haver tendência de menor atenção ao usuário pelo fato
Família: em muitas cidades, ainda não há equipes de ser egresso da rua. O momento de alta também é
específicas para atender esse grupo social, cuja lógica delicado, principalmente quando cuidados médicos,
de vida e deslocamento no território é particular. Com a como curativos, manutenção de próteses e cateteres,
implantação gradual das políticas de saúde específicas sejam necessários na pós-alta. Os profissionais de
para essa população, a tendência é a ampliação da saúde e a assistência social da unidade veem-se
cobertura e a melhora na atenção à saúde. confrontados com o dilema de que, por um lado, é
preciso abrir vaga para um novo usuário, mas, por
Falta de tempo para buscar atendimento para o outro, sabe-se que a situação de rua faz com que
cuidado da saúde: a maior parte das pessoas que indicações de alta a partir unicamente de critérios
usam a rua para viver trabalha no mercado informal. clínicos nem sempre dão conta da necessidade do
Lavar e guardar carros, recolher papéis e entulhos usuário.
estão entre as ocupações mais frequentes. Na lógica de
ganhar a cada dia o recurso que assegura a Adesão ao tratamento e acompanhamento: manter
sobrevivência, torna-se mais difícil deixar o trabalho rotina de tratamento ou visitas a unidades de saúde
para buscar atendimento para cuidar da saúde. A para quem vive na rua costuma ser um desafio. A lógica
pessoa que cata papel, por exemplo, recebe de acordo de sobrevivência de se planejar um dia de cada vez
com o número de quilos obtido. Abdicar de uma manhã atrapalha o retorno agendado à unidade. Pensar em um
de produção para deslocar-se à Unidade Básica de compromisso que ocorrerá em 15 dias é uma missão
Saúde significa, para muitos, a não obtenção do recurso que exige esforço e, em muitos casos, será esquecida
para alimentar-se no dia seguinte. ou terá sua importância reduzida diante de sintomas
que já se foram. O uso de antibiótico a cada oito horas,
Vergonha: alguns moradores de rua relatam vergonha por exemplo, pode depender de uma gestão do tempo
de buscar atendimento na Unidade Básica de Saúde que a vida na rua dificulta ou não permite. Outro ponto é
por conta de sua condição de higiene ou vestimentas que a perda, a apreensão pela polícia ou o roubo dos
malcuidadas. A pesquisa do MDS revela que 19% deles pertences de quem mora na rua com frequência inclui
já foram proibidos de entrar em estabelecimentos remédios e prescrições.
públicos. Deve-se prestar especial atenção a ações de
preconceito e negligência que possam ocorrer nos Muito se tem discutido sobre a necessidade de desenvolver
espaços de atenção à saúde relacionadas ao fato de o lógicas específicas para o atendimento a essa população. Não
usuário viver na rua. raro encontram-se argumentos contrários cujo núcleo é a crítica
Apostilas Decisão 32 Apostilas Decisão
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
à vida nas ruas. Teme-se que a implementação de ações de d) da defensoria pública.
cuidado que reconheçam a rua como espaço de vida dessas e) da iniciativa privada.
pessoas, ainda que transitório, de algum modo estimule sua
permanência nessa condição. Tal argumento é uma distorção da 04. De acordo com a Política Nacional de Assistência Social,
realidade. Um morador de rua que criou vínculos e recebeu a proteção social especial é constituída:
atenção e cuidado de uma equipe de saúde na rua tem mais a) pelo conjunto de serviços, programas e projetos que tem por
chance de reencontrar sua autonomia e deixar a vida nas ruas objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e
do que aquele que passivamente é aguardado nas Unidades comunitários, a defesa de direito, o fortalecimento das
Básicas de Saúde. Nesse sentido, é sempre útil ao profissional potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e
de saúde que lida com esse grupo social realizar o exercício indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de
mental de encadear causas de problemas de saúde originadas direitos.
pelo fator “vida na rua”. Por exemplo: b) pelo conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da
assistência social que visa a prevenir situações de
vulnerabilidade e risco social através do desenvolvimento de
potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos
familiares e comunitários.
c) pelo conjunto de ações voltadas exclusivamente para o
atendimento das populações residentes em áreas rurais.
d) pelo conjunto de ações voltadas para o atendimento das
Essa reflexão ajuda a manter claro o sentido de se redobrarem populações ribeirinhas e quilombolas.
os esforços que melhorem a atenção à saúde das pessoas que
vivem nas ruas por conta de sua maior vulnerabilidade e
exposição a riscos de saúde. Infelizmente, a principal porta de 05. A Política Nacional de Assistência Social - 2004, busca
entrada dessas pessoas no SUS são os serviços de urgência e incorporar as demandas presentes na sociedade brasileira
emergência, quando condições crônicas mal cuidadas culminam no que se refere:
em quadros agudos. A criação de vínculos com esse grupo a) à efetivação da assistência social como direito do Estado e
social, respeitando sua autonomia, direito de escolha e evitando responsabilidade do cidadão.
juízos morais, é um desafio difícil, mas possível para b) ao direito institucional e política de inclusão.
trabalhadores de saúde. Para tanto, o ponto de partida é o c) à responsabilidade política, objetivando tornar claras suas
treinamento do olhar profissional que deve enxergar as pessoas diretrizes na efetivação da assistência social como direito de
na calçada como portadoras dos direitos de um cidadão cidadania e responsabilidade do Estado.
brasileiro, nada mais e nada menos. d) à luta da sociedade de classes.
TESTES GABARITO