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CURSO DE LETRAS - DISCIPLINA: MORFOSSINTAXE DA LÍNGUA PORTUGUESA - PROFA NÍVIA NAVES GARCIA – ESQUEMAS DO 1º BIMESTRE
Os morfemas têm como função nomear os elementos básicos do nosso o menino triste (um gramema e dois lexemas = sintagma nominal)
mundo ou relacionar esses elementos, que são três:
O criminoso saiu impune. (sintagmas que formam uma sentença)
OBJETOS (substantivos)
QUALIDADES (adjetivos)
2º - “na língua, as formas se definem em oposição a tantas outras que com elas
AÇÕES (verbos)
mantenham a mesma função”
Os morfemas que nomeiam os elementos do nosso mundo (substantivos,
Ex.: lata e bata (substantivos)
adjetivos e verbos) são os morfemas lexicais ou lexemas.
partiram e partais
Os morfemas que servem para estabelecer relação entre os elementos
nomeados são os morfemas gramaticais ou gramemas. estes lobos e seus lobos
Como estamos sempre nomeando coisas que passam a fazer parte do
nosso mundo, os lexemas são um conjunto teoricamente infinito de palavras, e por O falante produz seus enunciados sempre baseado em duas operações:
isso constituem o inventário aberto.
- a ESCOLHA das formas linguísticas que comporão o enunciado
Os gramemas são um conjunto teoricamente finito de palavras, e por isso
- a RELAÇÃO que essas formas vão estabelecer entre si no enunciado
constituem o inventario fechado.
• Se os gramemas compõem a estrutura de um vocábulo, são chamados
Escolha
gramemas dependentes – afixos, vogais temáticas e desinências.
O falante escolhe em uma ‘lista’ de gramemas e lexemas, ou seja, entre o acervo
• Se os gramemas sozinhos constituem um vocábulo, são chamados
fechado e o aberto.
gramemas independentes – artigos, pronomes, numerais, preposições,
conjunções. As unidades a escolher estão ausentes do discurso. Por isso, fazem parte do eixo
paradigmático.
A classificação dos vocábulos em gramemas e lexemas é melhor que em
palavras variáveis e invariáveis, pois evidencia a função que cada um tem na Paradigma: conjunto de elementos linguísticos que podem ocorrer nos mesmos
sintaxe da língua. ambientes.
7. O livro preferido de vários alunos caiu sobre a mesa.
G L L G G L L G G L Relação
EXERCÍCIO: Classifique os vocábulos abaixo como gramemas ou lexemas: O falante estabelece a relação entre os vocábulos em uma linha horizontal que,
no caso do português, constrói-se da esquerda para a direita – é a cadeia falada.
a) Dois pássaros de Fernando fugiram da gaiola.
b) Talvez faça frio à noite. Ao escolher os vocábulos, o falante estabelece uma relação entre eles para que
eles possam estar presentes no discurso. Por isso fazem parte do eixo
c) A mãe da minha cunhada telefonou para seu pai.
sintagmático.
d) Os sentimentos bons fazem bem ao espírito.
Sintagma: resultado da combinação de um determinante e de um determinado.
e) Alguém pode me dizer as horas?
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Quase todos os vocábulos podem ainda receber outro “corte” vertical, para que UNIDADE 2 – AS CLASSES DE PALAVRAS
sejam escolhidos outros morfemas possíveis:
Bibliografia: SAUTCHUK (2 A classificação morfológica das palavras, p. 11-33)
PINILLA, M. A. (Classes de Palavras, p. 169-183)1
http://www.pead.letras.ufrj.br/
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VIEIRA, Silvia R.; BRANDÃO, Silvia F. Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007.
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Advérbio - é a palavra invariável, (critério morfológico) que modifica Travaglia (2003) ressalta que os professores trabalham muito os conceitos, mas não o emprego das
essencialmente o verbo (critério funcional), exprimindo uma circunstância (tempo, palavras no discurso. Lembra, também, que a linguística vem estabelecendo a classe dos
modo, lugar etc.) (critério funcional). marcadores conversacionais e a dos operadores argumentativos.
Preposição - é a palavra invariável (critério morfológico) que liga duas outras Dias (2002) discute 2 problemas no ensino das classes, decorrentes de 2 tendências:
palavras entre si (critério funcional), estabelecendo entre elas certas relações ▪ Evidenciar o conceito gramatical: existem diferenças nos conceitos das classes nas
(critério semântico). gramáticas escolares e nos livros didáticos.
Conjunção - é a palavra invariável (critério morfológico) que liga orações, ou, ▪ Apagar o conceito: é necessário minimizar o papel da gramática no ensino de língua
ainda, termos de uma mesma função sintática (critério funcional). materna.
Interjeição - é a palavra invariável (critério morfológico) que exprime emoção ou A solução: o professor deve saber relacionar os estudos publicados e os trabalhos desenvolvidos
sentimento repentino (critério semântico). em sala junto com os alunos.
Algumas propostas de classificação
O QUE PROPÕEM AS PESQUISAS
D’Ávila (1997) – Gramática da língua portuguesa: uso e abuso.
Mattoso Câmara Jr (1970) – Critério “compósito” (considera a forma e o sentido):
Considera a relação entre forma e sentido e acrescenta a função da palavra na frase, apresentando
▪ Há nomes que funcionam como: substantivos, adjetivos, advérbios o seguinte quadro-resumo.
▪ Há pronomes, que funcionam como: nomes, adjetivos, advérbios Quadro 1. Classes de palavras segundo D’Ávila (1997)
▪ Há verbos
▪ Há conectivos
Barrenechea (1963) – critério funcional (sintático)
▪ Categoria 1 (palavras com função sintática): verbos, substantivos,
adjetivos (inclusos os artigos), advérbios, coordenantes, subordinantes.
Os pronomes se encaixam ora entre os substantivos, ora entre os
adjetivos e ora entre os advérbios.
▪ Categoria 1 (palavras sem função): relacionantes (pronomes relativos) e
verbóides.
Schneider (1974) – critério formal (morfológico)
▪ Vocábulos com derivação: substantivo, adjetivo, numeral, verbo,
advérbio Quadro 2. Proposta de classificação com base nos três critérios
▪ Vocábulos sem derivação: preposição, conjunção, pronome
Neves (1990) – critério morfossintático
▪ Itens gramaticais (classes fechadas)
▪ Itens lexicais (classes abertas)
Fernandes (1998) – critério morfossintático
▪ Classes nucleares: são núcleo de uma função sintática
▪ Classes periféricas: são determinantes do núcleo
▪ Classes conectivas: fazem conexão entre 2 termos
Considera que a função de cada vocábulo é determinada pelo contexto.
Problemas atuais no ensino das classes gramaticais
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1. De aves e hipóteses
Um zoólogo observa 2 fatos em uma ilha:
- aves verdes que comem frutas e sementes;
- aves negras que comem aves verdes, insetos e répteis.
A partir desses fatos, ele constrói uma hipótese: as aves da ilha se dividem
em vegetarianas e carnívoras, sendo que as verdes são vegetarianas e as negras
são carnívoras.
Os fatos são incontestáveis, mas a hipótese pode ser verdadeira ou não.
Posteriormente, o zoólogo pode observar que algumas aves negras também
comem plantas, ou que algumas aves verdes também são carnívoras. Nesse
caso, ele precisará reformular sua hipótese, pois na ilha há 3 tipos de aves e não
2: as carnívoras, as vegetarianas e as onívoras.
Como não podemos observar todos os fatos, toda hipótese é passível de
ser reformulada.
O exemplo das aves é fácil de entender porque nunca estudamos essas
aves. Mas o que dizer da língua, que já estudamos segundo hipóteses que já
foram derrubadas?
2. Classificando palavras
O pesquisador da vez é o linguista. Ele observa, na língua, que:
- há palavras que designam coisas, como livro e folha; e
- há palavras que atribuem qualidade às coisas, como interessante e
murcha.
A partir desses fatos, ele constrói uma hipótese: as palavras da língua se
dividem em duas classes, a saber, as que designam coisas (que ele chama de
“substantivos”) e as que qualificam essas coisas (que ele chama de “adjetivos”).
Muitas vezes pensamos que é um fato que livro é um substantivo e
interessante é um adjetivo – mas isso é uma hipótese. O fato é que o primeiro dá
nome e o segundo qualifica nomes.
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Por ser hipótese, essa classificação pode ser – e já foi – contestada. Há classificação das palavras, estamos também fazendo hipóteses sobre a estrutura
palavras que podem tanto nomear coisas quanto qualificar coisas, como velho em do conhecimento em nossa memória.
aquele velho e em um livro velho. Essas palavras pertencem a uma terceira classe,
implodindo a dicotomia da gramática tradicional: a das palavras que podem tanto 6. Reaprendendo as classes
nomear coisas quanto qualificar coisas. Assim como um estudante de medicina tem que se acostumar com a ideia
Assim como o zoólogo teve que adequar sua hipótese para 3 classes de de que tomar chuva não causa gripe, um estudante de linguística tem que se
aves, o linguista precisa considerar, a partir de então, essa terceira classe ainda acostumar com a ideia de que a classificação das palavras não se dá,
sem nome, mas que pode ser provisoriamente chamada de “ambivalente”. simplesmente, para todos os efeitos, em mais ou menos dez classes.
Outros exemplos de ambivalentes: amigo, trabalhador, jovem, cego, As classes agrupam palavras que reúnem um conjunto de características
brasileiro. (traços) determinadas. Acionamos esses traços da forma como nos convém, e é
por isso, por exemplo, que podemos reconhecer um amigo chegando apenas por
3. A gramática é feita de hipóteses um de seus traços.
As classes não “existem” na língua – o que existem são os sons da fala e
os significados a eles atribuídos. 7. Cada forma pertence a uma (e só a uma) classe
Se admitimos que livro e velho tem comportamentos gramaticais diferentes Muitos gramáticos percebem a inadequação da doutrina tradicional e
(porque velho pode exprimir qualidade e livro não), assim como velho e procuram uma saída vinculando a classificação das palavras a um contexto.
interessante, então a gramática que só fale de 2 classes para esse grande grupo (1) Meu amigo vai telefonar às oito horas.
que chamamos de nominais (substantivos, adjetivos e ambivalentes) será
(2) Eu sempre prefiro consultar um médico amigo.
deficiente.
Ora, se amigo tem a soma do potencial funcional de palavras como mesa,
Só vale estabelecer classes se for para agrupar palavras que têm
e do potencial de palavras como estomacal, temos que amigo pode desempenhar
comportamento semelhante.
mais de uma função, mas não pode pertencer a mais de uma classe.
Os conceitos gramaticais – sujeito, verbo, oração – são entidades
hipotéticas, criadas para descrever a língua. Os fatos são coisas observáveis: o Lembrando Saussure, classe é uma relação paradigmática (as palavras se
brasileiro diz o livro e não *a livro; o passado de corro é corri; velho pode tanto agrupam em listas) e função é uma relação sintagmática (as palavras funcionam
designar um ser quanto uma qualidade. em relação a outras, em um dado contexto).
O trabalho do linguista é formular hipóteses fundamentadas em fatos, a fim
de traçar uma imagem compacta da língua. No entanto, todas as hipóteses podem
ser questionadas, seja pela descoberta de novos fatos, seja pelo surgimento de A CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS PALAVRAS
novos fatos. Por exemplo, a hipótese da concordância de gênero entre o artigo e Bibliografia: SAUTCHUK, Inez. A classificação morfológica das palavras. In: ______.
o nome a que ele se refere, ou a concordância de número entre o verbo e o nome Prática de Morfossintaxe: como e por que aprender análise (morfo)sintática. São Paulo:
com o qual se articula. Manole, 2003. p. 11-33.
AS CLASSES DO INVENTÁRIO ABERTO
4. O que é que é tão difícil?
Quem se pretende um linguista, tem de se libertar do preconceito de que as Segundo a tradição gramatical, com a qual Sautchuk concorda no que se refere à
classificação das palavras, é muito difícil dizer que uma determinada palavra será sempre
afirmações da gramática são todas factuais (incontestáveis). Exemplo: o passado
um substantivo ou um adjetivo. Muitas vezes, é o contexto de ocorrência que muitas vezes
de corro é corri, mas e o subjuntivo de pôr na 1ª p/singular – é pôr ou puser? irá determinar a que classe pertence um item lexical.
1. Substantivo
5. As hipóteses e a estrutura da língua
Além de substituir a listagem completa dos dados da língua, as hipóteses O melhor critério para a classificação de um substantivo é o sintático:
servem para nos revelar as grandes linhas da estrutura da língua. Se a língua está
Substantivo é a palavra que se deixar anteceder pelos determinantes.
de alguma forma programada em nossa mente, ao hipotetizarmos sobre a
1.2. Determinante
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Por seu turno, determinante é todo gramema independente que se liga ao substantivo para EXERCÍCIO: Localize os adjetivos no texto de Drummond acima.
situá-lo espaço-temporalmente ou delimitar seu número.
São os artigos (definidos e indefinidos), os pronomes possessivos e demonstrativos e os
numerais cardinais e ordinais, o relativo cujo e os pronomes indefinidos algum, alguma, 3. Verbo
alguns, algumas, nenhum, nenhuma. Por um critério mórfico, somente os verbos podem receber desinências de número, pessoa,
Teste: atribua determinantes aos constituintes da sentença abaixo e veja quais aceitam vir tempo e modo.
acompanhados por eles. Estes são os substantivos. Por um critério sintático e por eliminação das pistas para identificar substantivos e adjetivos,
(1) Não é função popular impedir reajustes de preço na próxima temporada. os verbos não se deixam anteceder por determinantes ou pelo intensificador “tão”.
a, uma, minha, esta – função Somente as formas nominais do infinitivo impessoal, do gerúndio e do particípio, quando
substantivadas ou adjetivadas, admitem ser determinadas ou intensificadas:
os, uns, seus, aqueles – reajustes
(5) O doce balançar das folhas parecia música ao longe. (substantivo)
o, um, nosso, esse – preço
(6) Não tome leite fervendo! (adjetivo)
a, uma, sua, essa, nenhuma – temporada
(7) Aquele trabalhador parecia bastante esforçado. (adjetivo)
Os determinantes podem transformar qualquer item lexical em substantivo:
No entanto, é um critério sintático o que se mostra mais eficaz para identificar os verbos:
(2) Meu sofrer é proporcional aos seus nãos.
Verbo é a única palavra que pode articular-se com pronomes retos.
(3) O com pode ser uma palavra bem comunicativa.
(12) Não pagamos tão caro por frutas tão caras. AS DEMAIS CLASSES DE PALAVRAS (INVENTÁRIO FECHADO)
É interessante notar que, enquanto o adjetivo é o grande modificador do substantivo, o Uma vez que estudamos os substantivos, os adjetivos, os verbos e os advérbios, podemos
advérbio é o grande modificador do adjetivo: dizer que as outras classes de palavras constituem um inventário fechado e por isso podem
ser memorizadas (artigos, pronomes, numerais, preposições, conjunções e interjeições).
(13) Ser meigamente atuante. Sautchuk propõe uma nova forma de reagrupá-las em categorias mais eficientes. Veremos
sua proposta, mas antes faremos algumas observações sobre as interjeições.
(14) Ser absurdamente inteligente.
5. Interjeição
(15) Estar estonteantemente vestido.
É um vocábulo ou expressão lançada entre os outros elementos da oração, sem
(16) Estar preocupantemente sonolento.
estabelecer relação sintática com nenhum de seus termos. Podem ser:
▪ . tons vocálicos: hum, hein, ah, ai...
EXERCÍCIOS ▪ . palavras: olá, puxa, bravo, caraca...
1. Dadas as frases abaixo, diga qual é a classe de X e qual o critério de classificação: ▪ . locuções: ora bolas, ai de mim, fala sério, cruz credo...
a) Todos os X que eu vi estão muito desbotados. São consideradas palavras-frase, pois constituem verdadeiras orações:
b) Por favor, chame aquele X lá atrás. Oh! = estou admirado [Oh! Você chegou?]
Ai! = sinto dor [Ai! Esse pé é meu!]
c) O X torto caiu.
Oba = estou muito contente [Oba! Posso sair?]
2. Idem para armuztab. Psiu! = fique quieto [Psiu! Pedrinho está dormindo!]
c) alguns pronomes indefinidos (em posição adjetiva): algum, nenhum, muito, todo, São elas:
pouco, vário, tanto, bastantes (os quais variam em gênero e/ou número), alguém, conforme (= de acordo com), consoante, segundo, durante, mediante, visto (=
ninguém, tudo, nada, cada (os quais não variam) devido a, por causa de), como, etc.
9. Relatores
Chamados por outros linguistas de conectivos, esses itens servem para relacionar, unir Locuções Prepositivas, o que são: São expressões com função de Preposição.
palavras e/ou orações. São as preposições e conjunções: Em geral são formadas de advérbio (ou locução adverbial) + Preposição:
a) preposições (são itens ou conjunto de itens lexicais que denotam uma idéia de
espaço, tempo ou noção (de posse, de assunto etc.)): a, após, até, com, contra, de, Veja-as abaixo:
desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, bem como as locuções abaixo de, acima de, a fim de, além de, a par de, apesar de, atrás de, através de,
prepositivas. antes de, junto de, junto a, embaixo de, em frente de, em frente a, em cima de, em
b) conjunções (itens lexicais que coordenam palavras e/ou orações ou subordinam uma face de, longe de, defronte a, a instâncias de, de acordo com, por causa de, por
oração a uma principal): quando, mas, e, ou, pois, porque, como, embora, posto que, trás de, não obstante (= apesar de), para com (o respeito para com os mais
desde que, enquanto, se, conforme, à medida que, etc. velhos), a despeito de (=apesar de), devido a, em virtude de, em atenção a, em
10. Auxiliares obediência a, a favor de, até a (foi até à porta), sob pena de, etc.
São verbos que participam de uma forma finita ou não finita de outro verbo, como ser, estar,
ter, haver. 1) A Preposição a combina-se com os artigos e pronomes demonstrativos o, os e
com o advérbio onde, dando: ao, aos, aonde.
EXERCÍCIO: Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira. »2) As Preposições a, de, em, per contraem-se com os artigos e, algumas delas,
( 1 ) Determinante a. ( ) Vou fazer o jantar. com certos pronomes e advérbios. Eis alguns exemplos:
( 2 ) Substituto b. ( ) Algumas pessoas chegaram tarde. a+a=à
a + as = às
( 3 ) Quantificador c. ( ) Nossas roupas ficaram molhadas.
a + aquele = àquele
( 4 ) Relator d. ( ) Uau, que máquina!
a + aquela = àquela
( 5 ) Auxiliar e. ( ) Ele sofreu, contudo vai sobreviver.
a + aquilo = àquilo de + o = do
( 6 ) Interjeição f. ( ) Mas tu é besta, hein? de + ele = dele
de + este = deste
Exercícios Comentados 1 (p. 26 da 3ª ed.). de + isto = disto
Exercícios de Aplicação 1 (p. 28 da 3ª ed.). de + aqui = daqui em + esse = nesse
em + o = no
em + um = num
10.1. Preposições em + aquele = naquele
per+ o = pelo
As Preposições Essenciais: são as que sempre foram Preposições desde
sempre. EXERCÍCIOS
São preposições essenciais:
1. Diga qual a que classe gramatical pertence as palavras destacadas abaixo.
A após de entre perante sobre a) Pedro, enlouquecido, saiu da reunião.
Ante com desde para sem trás b) Não os vejo faz um bom tempo.
Até contra em per (por) sob c) A redação do jornal estava fechada.
d) Elas são atenciosas para com todos.
Preposições Acidentais: São palavras de outras classes gramaticais que e) Alguns alunos foram aprovados.
acidentalmente assumem a função de Preposições
f) Os culpados são quatro.
g) No ano passado, Lúcia leu bastantes livros.
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4. Seria possível estudar a regência dos verbos e dos nomes sem definir as
classes de palavras? Por quê?
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DE INTENSIDADE (“que= quanto): Que enganados andam os homens! Verificou que só se ocupava com elas!
Ela quis que ele ficasse em casa.
7- PARTÍCULA OPTATIVA: Dá sentido optativo às orações consideradas
Não desejamos que tu morras.
independentes.
Tudo depende de que estudes bastante.
Que Deus o abençoe!
O que quero é que tu voltes logo.
8- PARTÍCULA ENFÁTICA:(DE REALCE, ou EXPLETIVA, não tendo, assim,
função na oração) Que você permaneça é o nosso real desejo.
Ex: Há anos que não o vejo. (Há anos não o vejo.) - Trata-se, nesta frase, de
mero adorno. 2. COMPARATIVA: (depois de: mais, menos, melhor, pior, como, maior, menor,
Aparece constantemente nas expressões: é que, foi que, era que, será que, etc.)
seria que...
Ex: Eu é que dei o recado. - Será que vai chover? - Isso é que é... (uma “Não há maior erro que não conhecer o homem o seu erro”. (Fr. Heitor Pinto)
oração só)
9- INTERJEIÇÃO: Como o substantivo, aqui também ele é acentuado. 3- CAUSAL: (Quando o verbo da frase principal não for imperativo. Veja a
Ex: Quê! Vocês se revoltam? explicativa)
Vou depressa, que preciso chegar cedo.
10- PARTÍCULA ITERATIVA: (iterum= outra vez) Vem repetido por ênfase e
realce.
4- CONCESSIVA: (embora, ainda que)
Ai que saudades que tenho... Que felicidade que vocês me trazem!
Gosto de goiabas, verdes que estejam.
QUE = CONJUNÇÃO COORDENATIVA
5- TEMPORAL: (enquanto, quando)
Conjunções Coordenativas Exemplos
Não andam muito que no erguido cume
ADITIVA: (Com valor de “e”) Bate que bate. Mexe que mexe.
Se acharam onde um campo se esmaltava. (Camões)
ALTERNATIVA: (Quando Que me atendam que não me atendam, citá-
repetida) los-ei em Juízo. Um que outro vai à Índia.
6- FINAL: (a fim de que, para que)
ADVERSATIVA: (Com o
sentido de mas, porém, Você pode ir que eu não irei. Dai-me igual canto aos feitos da famosa
contudo, todavia, entretanto...)
Gente vossa a que Marte tanto ajuda,
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Que se espalhe e se cante no Universo Está-se bem aqui. - Precisa-se de camareiras. - É-se feliz nesta casa.
Morre-se como se vive. (Talis vita, ita finis!)
Se tão sublime preço cabe em verso. (Camões)
5- PARTÍCULA DE REALCE: (Pode ser retirada da oração, sem prejuízo do
sentido desta).
7- CONSECUTIVA: (Depois de tal, tanto, tão, etc...)
Ex: Partiram-se jubilosos. - Acreditas no que o Profeta disse? Se creio.
É de tal maneira idiota que todos se riem dele. Os campos secam-se, as flores murcham-se, as aves emudecem-se.
SE = CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA
2- PRONOME SUBSTANTIVO PESSOAL RECÍPROCO:
1- CAUSAL: (Já que, visto que, por que)
Deram-se as mãos.
Ex: Se não voltas logo, por que deixas aqui teus objetos?
Eles se amam reciprocamente.
2- CONDICIONAL:
Vocês se esmurraram durante o recreio? Ex: Irei à tua casa, se não chover à noite. - Iam para o martírio como se fossem
para o triunfo.
3- PRONOME SUBSTANTIVO APASSIVADOR (Partícula Apassivante -
Partícula Apassivadora - Passiva Pessoal) Obs: Na locução como se, separam-se as duas conjunções, analisando
Seguindo um verbo transitivo direto que esteja na 3 a pessoa, com sentido separadamente cada uma delas: Como = Conjunção subordinativa adverbial
passivo. conformativa.
Ex: Alugam-se quartos. - De todas as esmolas que se distribuíram fez- (Oração subentendida semiótica - como iam).
se uma lista. Se = Conjunção subordinativa Adverbial condicional.
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A PARTÍCULA “COMO” Ex: “Assim Saul como Davi eram homens de grandes espíritos”. (Pe. Antônio
Vieira)
1- VERBO:
Ex: Eu como pouco.
Exercícios – QUE
2- ADVÉRBIO INTERROGATIVO DE MODO:
Ex: Como vai? 1 Classifique a partícula que nos períodos abaixo:
a) Falou sim, que eu escutei.
3- ADVÉRBIO INTERROGATIVO e EXCLAMATIVO DE INTENSIDADE: b) Tenho que sair.
Ex: Como vende os pêssegos? - Como chove! c) Quê! Você vai deixá-lo sair agora?
d) Vocês é que são os culpados.
4- PREPOSIÇÃO: (por = na qualidade de, com caráter de) e) Trabalha que trabalha e nunca vê dinheiro.
Ex: Como professor ele é muito prudente. - É tido como sábio.
2 Relacione a primeira coluna com a segunda.
5- PALAVRA EXPLICATIVA: (No sentido de a saber, assim, isto é) (1) Conjunção Subordinativa a.( ) Quê! Você ainda está aqui?
Ex: Teve boas notas em algumas matérias, como em Matemática, Geografia e (2) Advérbio b.( ) Que lindo foi teu gesto!
História. (3) Pronome c.( ) Esperava que eles me entendessem.
(4) Interjeição d.( ) Quase que eu perco o jogo.
6- PALAVRA DE REALCE: (Pode ser retirada da oração, sem prejuízo do (5) Part. Expletiva/de Realce e.( ) Devolvi o dinheiro que me deram por engano.
sentido desta).
Ex: Sentiu um como estalo na cabeça. - Assim é como se deve falar. 3 No período "Falou tanto que ficou rouco.", o que é classificado como:
a) Pronome
COMO = CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA b) Advérbio
c) Preposição
1- TEMPORAL: (Quando, logo que) d) Conjunção
Ex: O menino, como ouviu isto, deu às de vila-diogo! e) Interjeição
2- CAUSAL: ( por que ) 4 No período "Que longe é a sua casa!", o que é classificado como:
Ex: Como estivesse doente, faltou à aula. a) Pronome
b) Advérbio
3- COMPARATIVA: c) Preposição
Ex: O rapaz era preto como carvão. d) Conjunção
e) Interjeição
4- CONFORMATIVA: (Conforme)
Ex: Respondeu como devia. 5 No período "Tiveram que enfrentar a situação", o que é classificado como:
a) Pronome
5- INTEGRANTE: b) Advérbio
Ex: Vê como ele canta bem! Aposto como ele virá para o jantar. c) Preposição
Garanto como ele se apresentará bem. d) Conjunção
e) Interjeição
COMO = CONJUNÇÃO COORDENATIVA
1- ADITIVA: (= E )
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