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RO DUTORA SO Soo 9
pa AS
NOTA INTRODUTÓRIA
“
“NMocês acreditem que eu não esperava jamais o que encontrei: um maca-
co. Na verdade, era um mico tão grande e forte como se fosse um filhote
de gorila. Ele estava muito agitado e nervoso, porque ainda não conhecia
bem a casa. De pura agitação, subia de repente pelas roupas estendidas
na corda, sujando todas as roupas lavadas. De lá de cima dava gritos que
nem marinheiro dando «ordens num navio. E jogava cascas de banana
mesmo que caíssem em cima de nós."2
12
F>T+P
13
— verificar quais desses subconjuntos exercem a mesma função.?
Aplicando-se a comutação às orações acima, obtém-se:
A criancinha doente
Meu filho
Você
14
Por mais longa que seja a frase”, ela pode ser decomposta nesses
dois subconjuntos:
(9) A carrocinha de pão que passava pela minha rua todos os da perten-
SN
cia a um antigo empregado da prefeitura municipal.
(10) À Chove
SN SV
(11) As flores
SN
na primavera.
SP
enfeitam os jardins
Sv
entrega o pão
SV
(12) O padeiro
SN
15
F>T+O
di
SN ) é ' sv [
Acriancinha adormeceu Asflores enfeitam na primavera
doente os jardins
SN > pro Pa
SN sv
pro
16
SN
AS
Det N
|
as crianças
|
estas
minhas |
duas
ON,
7
res universais (todos os meus amigos, nenhum dos meus amigos)
ou partitivos (alguns de meus amigos, muitos dos meus amigos,
quatro dos meus amigos, a maioria dos meus amigos).
A
1.3.2. O Sintagma Preposicionado
SP > prep + SN
prep +.SN
adv
19
/
/ f
17 (i) Felizmente/não houve vítimas/no desastre.
(ii) Pesarosamen te, Fomunicamos o falecimento/de nosso diretor.
SN
LEE aci]
sv
V SP
SV
(23) O governo atuou com firmeza.
V SP
E SV
(24) A decisão do juiz foi favorável ao réu.
[Adi SP
SA
21
mo aptidão, incompatibilidade, capacidade. O SPA, por sua
vez, modifica nomes intransitivos, isto é, de carga semântica com-
pleta, geralmente concretos, diminuindo-lhes a extensão para au-
mentar-lhes a compreensão pelo acréscimo de uma caracteriza-
ção, especificação, delimitação, etc.!
SP (modo) ad).
SA
22
N Pp N
a a
o fumo é extremamente prejudicial à saúde
23
ou pelo verbo acompanhado de um ou mais elementos, precedi-
dos ou não de preposição, dependendo da regência de cada verbo,
Det
o
ÚN
SN sv
N Mod
SA
conforme (31)—(35):
24
SN
sv
SV> Vi +SN
garoto chupou
as
balas
Det
Os
Vtr
SP
sv
SV> Vi + SPC
V
v sP
N
prep . SN
Det N
I
de a
pa À
Paulo
SN |V
SV
SPC
SV>V+SPe
25
(34) Os alunos desta turma
SV > cóp+SA
rd domo o
CRP
pes Bisa
! ao » ré
Z Sd
Pesa
sas E PB
Det pósdet
lua é um satélite
26 22
(38) Estas rendas são do Ceará
SN cóp SP|
sv
SV > cóp+sSP
ea ts
Det N cóp
SP.
preço as
br CN
de o
Estas rendas são do Ceará
28
Vtr (intens) + [ SN
SPc
em SN + SPC (SPA)
SPc + SPC
Cóp | SA
SN
SP
29
conjunto, especificam as relações de dominância, decompondo a
oração em partes analisáveis quanto à classe, e de precedência,
atribuindo uma representação formal às relações lineares. Portan-
to, a gramática não consiste na enumeração de todas as segiên-
cias possíveis de palavras particulares, que se apresentam em nú-
mero infinito em todas as línguas, mas sim na formulação de
regras gerais. Tais regras têm uma ordenação intrínseca que diz
respeito à ordem obrigatória de introdução dos símbolos. Assim,
por exemplo, não se pode ter uma regra SN > Det + N se em uma
regra anterior não tiver sido já introduzida: O > SN +SV.
Sintetizando todas as regras apresentadas neste capítulo, po-
de-se, agora, formular um fragmento de gramática, que define —
precisa e explicitamente — isto é, gera as frases simples do portu-
guês:
O > SN +SV (SP'
SN = | (Det) (Mod) N (Mod'")
pro
A
Det > (pré-det) der-base (pós-det)
Mod > o
sP
SP => |prep + SN
E
30
31
o
F
8
32
SN sv.
Ra ; >.
|
sp
A sy
prep SN Adv
DO 4/S
de Det N
vítima acidente vive ainda
homem
Det | E
sp
prêp an
N
a | 28
viveu uma vida de amarguras
2 a
7 Da
| | A a
P Ss
a > N
Los |
Mônica queixou-se ao professor
33
SN sv
p
E a a
v SN prep SN
| Eri e
pro Det N
|
Carlos penteou lis diante de o esse
34
35
oração. Assim é que as frases (59) e (60), no âmbito dessa gramá-
tica, seriam descritas de maneira independente, porque apresen-
tam estruturas diferentes; no entanto, elas se assemelham quanto
ao significado. Por outro lado, (61) e (62) seriam descritas de
modo semelhante, porque apresentam a mesma estrutura aparen-
te SN - V- SN; contudo, o SN9 faz parte de constituintes diferen-
tes em cada uma das orações e o verbo refletir possui, em cada
uma delas, significados diferentes.
36
Recorrendo-se a outra transformação — a de apagamento —
explica-se a relação de superfície entre (61) e (62), embora se
trate de duas estruturas profundas diferentes. Assim é que, em
(61), o SN: a sua imagem, na estrutura profunda, faz parte do
constituinte SV (V + SN), ao passo que, em (62), 0oSN: um instan-
te não apresenta relação semântica direta com o verbo (intransiti-
vo), ficando, pois, fora do SWV; no entanto, na estrutura superfi-
cial, ambas apresentam a mesma relação entre os constituintes,
porque foi apagada, por transformação, a preposição do SPA,
(por um instante).
NOTAS
2 Clarice Lispector. A mulher que matou os peixes. Rio de Janeiro, José Olympio
Editora.
4 Pode-se dizer que dois subconjuntos exercem a mesma função, isto é, são equiva-
lentes num determinado quadro sintático (quadro de relações) se e somente se a
substituição de um pelo outro não vier a destruir a integridade do conjunto — a
pro-
posição — que constitui o seu contexto. Evidentemente, os possíveis substitutos
37
terão de ser selecionados dentro do mesmo paradigma do constituinte a ser substi-
tuído.
5 O termo frase será empregado ora designando o conjunto: tipo + proposição, ora
6 Posição diferente é assumida por Pimenta Bueno (1979), que propõe uma regra
de base com sujeito opcional, e por Kato (1981), que admite, também, um sujeito
posposto na estrutura profunda.
tituídos de significado, que funcionam como índices, isto é, servem apenas para
marcar a posição estrutural. É o caso de it rains (ingl), if pleut (fr.), es regnet
(al.).
Em italiano e em espanhol, da mesma forma que em português, a posição não é
preeenchida por itens lexicais, de modo que o conjunto SN fica sendo um postiço
impreenchível na base.
13 Comparando-se (i) e (ii) verifica-se que a posição do SP no verão não altera sua
classificação como um constituinte independente. (Os dias no verão são mais longos
que as noites. Os dias são mais longos que as noites no verão); ao passo que a
classi-
ficação do SP Jentamente sofrerá alterações conforme sua posição na estrutura (A
noite descia lentamente sobre a terra — A noite descia sobre a terra lentamente).
Comparando-se todas as ocorrências de /entamente, observa-se que, em posição
imediatamente pós-verbal, tem-se um modificador do processo expresso pelo verbo,
portanto, um constituinte do SV, e, nas duas outras posições, um constituinte
independente. Mesmo nesse caso, existem diferenças determinadas por outros fato-
res, entre os quais ressalta a intenção do falante, que o leva a topicalizar o SP
quando deseja dar-lhe mais ênfase.
ps
frase, trazendo, com relação a ele, algum informe adicional. Mais recentemente,
porém, muitos autores, entre os quais Ducrot (1980) e Anscombre (1980) fazem
distinção, dentro do primeiro grupo, entre os que exprimem sentimentos do locutor
e os modalizadores do enunciado.
16 A denominação SPç e SPA foi proposta, pela primeira vez, por Koch (1977), que
discute, também, a maneira como se originam esses modificadores e a diferenciação
entre eles. .
23 Em casos como esses, o SPA aparece muitas vezes deslocado de sua posição normal
por razões estilísticas, conforme o exemplo: Eles crêem firmemente na vitória.
24 Tal abordagem, no entanto, não resolve outros problemas, como o dos sujeitos
pos-
postos na estrutura superficial e das construções com ser que admitem a
reversibili-
dade dos SN's (A vida é isto. Isto é a vida.) e, ainda, o de estruturas como (61) e
(62), discutidas mais adiante. Sobre a primeira questão, consulte-se Perlmutter
(1971, 76) e Kato (1981). Sobre a segunda, veja-se Beneveniste (1976).
39
28 O verbo viver pode, também, aparecer em estruturas como: Efe vive com sua
família,
em que ocarre, porém, uma alteração de significado, à semelhança do que acontece
com outros verbos, como falar, nos diversos contextos em que pode ser usado: “Ele
fala muito”, “Ele fala francês”, “Ele falou comigo”, “Ele falou de mim ao diretor”.
Nesses casos, o léxico deverá registrar sub-entradas, para cada uma das estruturas.
Para maior aprofundamento da questão, consultar Kato (1976).
30 É por este motivo que alguns gramáticos, como Rocha Lima (1974), CP, Luft
(1976) e E. Bechara (1973) consideram os verbos do tipo ir, vir, morar, chegar,
etc.
coma transitivos e classificam os modificadores circunstanciais que lhes servem de
complemento como complementos circunstanciais (R. Lima) ou complementos
adverbiais (Luft), em oposição aos verdadeiros adjuntos adverbiais, do tipo neste
fim de semana, em (57). Posição idêntica é assumida por Arraes (1974), já citado.
34 No primeiro modelo (1957) não havia nenhuma tentativa explícita de lidar com a
semântica nem de integrar uma teoria semântica a uma teoria sintática. Isso só
ocorreu com o segundo modelo, ou teoria padrão (1965), resultante em grande par-
te das teorias semânticas propostas por Katz e Fodor (1963) e Katz e Postal (1964).
37 Convém ressaltar aqui que frases de significação diferente quase nunca procedem
de
uma mesma estrutura profunda. Isto só acontece, na realidade, em dois casos: a)
quando ocorrer a inserção de um (ou mais) itens lexicais ambíguos, como em:
O rapaz esqueceu o cheque na caixa, em que caixa pode significar uma caixa de
papelão, por exemplo, ou a caixa de uma loja, de modo que as frases desse tipo
apresentarão, sempre, ambiguidade lexical; b) quando a estrutura profunda contiver
quantificadores (universais ou existenciais), conforme se pode verificar na frase:
Todos os conferencistas conhecem duas linguas, que apresenta pelo menos duas
paráfrases diferentes:
Com exceção desses casos, a mesma estrutura profunda, mesmo quando sujeita a
transformações diferentes, dá origem a frases sinônimas: é o que ocorre como será
visto, com as frases ativas e passivas. Nem sempre, porém, frases sinônimas se
origi-
nam de estruturas profundas idênticas, É o caso das paráfrases, como:
40
De acordo com a teoria padrão — Chomsky (1965) — tal gramática compreende três
componentes: o sintático, o semântico e o fonológico. O primeiro ocupa o centro das
preocupações linguísticas e tem um caráter criativo: é o responsável pela geração
de
todas as frases da língua; o segundo traduz a estrutura sintática subjacente em
termos
de uma representação semântica; e, finalmente, o terceiro atribui uma representação
fonética à estrutura superficial, sendo os dois últimos, portanto, meramente
interpreta-
tivos.
vimos neste capítulo), que se aplicam repetidamente até que todas as ocorrências do
símbolo O tenham sido plenamente resolvidas. A função dessas regras é definir as
re-
lações gramaticais que determinam a interpretação semântica e especificar uma ordem
subjacente abstrata que torna possível o funcionamento das regras
transformacionais.
minada oração, obtém-se uma série de elementos terminais cuja sequência constitui
a estrutura profunda dessa oração.
4
Sobre ela opera o componente semântico queé meramente interpretativo: sua
função consiste em explicar as relações semânticas entre os termos das orações e
das
orações entre si, através de regras de projeção. Tais regras operam sobre as
cadeias de
constuintes na direção de baixo para cima, amalgamando todos os traços dos itens
le-
xicais combinados em diferentes estruturas, até fornecer a interpretação semântica
do
enunciado. Ainda, tais regras têm como entrada (input) a gramática, isto é, as
descri-
ções estruturais acrescidas dos respectivos itens lexicais, e, como saída (output),
o signi-
ficado do enunciado, isto é, intepretações ou leituras para cada uma dessas
descrições.
EXERCICIOS
BLOCO 1
LONOAAWN
BLOCO 2
43
|
BLOCO 3
44
Svennuasw
SUN +
ovo Jo
0 ewnN =
45
BLOCO 4
11 0 > SN4+SV
SN4 > Pro
Pro ÉS quo icons anErUcaNIIsan SEU TR SER ds
sv > V+SNo+SP
SNg2 > Det+N
Det —> Det b. + Pós-Det
Detb. =
Pós-Det =
SP —> Prep +SN3
Prep E PERNINITACE ESET no
SN3 > Det+ N + Mod
Det E etemueneecrancasentndrs ci nota assina ri radicada as
N EE cg o So Se a SA AS
Mod > Adj
Adj = eaproa ON DIREI
Frase: anne ngrs E EESC UTI DA ERES ELTOS O
1.2 0 —» SN+SV+SP4
SN —» Det+ N + Mod
Det OI TE UPE PER
N = nana Raso ASS cama
Mod — SP92
SP > Prep +SN
Prep = emmeeeenmeeniaareceaenicenaaasasaasasiacaareeimaio
SN >N
N O ESC Usina asa ceonidose ada
sv —> Cop+SP3
Cop E quarentena one ntesaça soraia guáss
SP —> Prep+ SN
Prep E EMA ce eceanio aços ema a
SN —> Det+ N + Mod
Det = a qa ni
N É iicaraerae qe ic Tan suiça
Mod > Adi
46
Adv GN eo ren ra ea
PrASBE Gus EsDEMMESEEIDIS Dna sara mca DA A A a
0 —» SN+SV+SPq4
SN > Det+N :
Pós-Det =
N =
Prep
SN
Det
Frase
47
2. AS TRANSFORMAÇÕES EM FRASES SIMPLES
48
Examinando-se as frases:
nota-se que (1) é diferente de (3) e (2) é diferente de (4): (1) e (2)
têm, como elemento comum, o tipo interrogativo, ao passo que
49
(7) As crianças vão à escola.
: , n À º
tipo declarativo, significando: “Eu declaro que... maisa ora
ção: “As crianças vão à escola”.
i im por diante.
o Enos ToGUHatNOS — passivo e enfático — vêm necessaria-
mente combinados com um dos tipos obrigatórios, podendo
ocorrer ambos na mesma frase. Observem-se os exemplos:
(12) Ela é que não vai ser enganada novamente por você!
i ler te
3) | Decl. afirm. + E os intelectuais ler es
( ) l.a
(14) Decl. afirm. ent. + você deve pedir descul-
+ a imprensa divulgar as
notícias sobre o crime
RE 7
E + você Ir enganar ela” no-
(16)
vamente
D.E.:SNy + V +SN92
51
mação obrigatória de concordância e aquelas de cunho meramen-
te estilístico (deslocamentos, por exemplo).
plo:
52
ESP: F
e assa
ÍN
Int. af.
22 ti
53
EP.
F
T 0
SN sv Ss
/N SPA
N v SN QU— prep A.
Det N Det N
Im. Af. Luísa deixar o casaco em algum lugar
deixou O casaco.
Ê ES
Visualisemos esse processo:
T. Interr. 8
SPA Da ia sv
QU - prep SN N v Ts
An Det |
Í
dum lugar Luísa deixou o casaco
Loo em
ONDE
55
c) ao tempo verbal, que não pode ser passado, d) à pessoa, que só
pode ser a segunda pessoa do discurso ou a primeira pessoa do
plural.
T. imp.
o
En,
sv
v SN
q N
dize a verdade
57
35 (di) + o presidente sancionar atéi
(ii) O presidente não sancionou a lei.
EP, E
: e
SN sv
Det N V DS
Det |
DECL. NEG. 9 presidente sancionar a tei
T. neg. o
> e st
SN sv
Det N Neg v NH
Det N
o presidente não sancionou a lei
58
No segundo caso, isto é, negação de constituintes, as altera-
ções operadas no material são maiores, porque a regra consiste
59
EP.
DECL. NEG.
T. de negação
SN
pro
ele
E
o
SN
Wi
pro
ele dar
SN
pro
algo
|
nada
SP
prep N
Det I
algo a [e] menir
erp
Det N
a a meni
61
46 (ij) São Paulo está poluída
(ii) São Paulo está poluída! ,
(iii) São Paulo não está poluída!?! (valor de negação!
63
plexa e menos global que aquela que se pode dar no nível da es-
trutura profunda, onde há um único lugar característico para O
agente — diante do SV — e onde tanto a frase ativa quanto a
passiva têm a mesma representação do material.
(ii).
64
E.P.
F
T o
SN sv
Det. N V SN
Det N
Decl. af. Pass. a bicicleta atropelar o pedestre
65
E o | EE
T. Pass.
| N
|
Decl.af. O pedestre ser atropelar do?” per a bicicleta
Essa
pela
66
ME. X+SNo+V+se+Y
67
63 (ti) Alguém alugar apartamentos mobiliados.
(ii) Apartamentos mobiliados alugam-se.
(iii) Alugam-se apartamentos mobiliados.
po a
T o
pro Mod
[+ Indet.] |
[
Decl. Pass. alguém alugar apartamentos mobiliados
T. Pass. Pron.
Ee F
Pd Ta
T o
u na Sç Mod
| v
SA
Decl. apartamentos mobiliados alugam-se
T; Extro———=s Alugam-se apartamentos mobiliados.
68
Por ser o tipo passivo facultativo, não podendo, pois, ser im-
posto ao falante, deve-se considerar como aceitável — à luz de
uma gramática descritiva — a forma Vende-se ovos frescos, em que
o locutor simplesmente indetermina o sujeito, do mesmo modo
como o faz em (66). A gramática normativa, porém, impõe, no
caso dos verbos transitivos diretos, o uso da passiva, só aceitan-
do, portanto, como “correta” a forma Vendem-se ovos frescos.
69
(68) Eu é que não vou obedecer a essa determinação.
(69) É no teatro que encontrarei meus amigos.
(70) E Maria que eu estou procurando.
70
te
nos
vos
EP.
o
SN sv
| / E açã m
N v pro
[reto]
|
eu
Tânia chamar as
vós
T. Clítica
o
fe
N V
pro
nin
me
âni chamou te
Tânia ! Rss
vos
n
2.2.2. Transformação Oblíqua
T. obliqua
A transformação oblíqua transforma um pronome reto da es-
trutura profunda em pronome oblíquo tônico na estrutura super-
ficial, quando este vier antecedido de preposição, isto é, consti- o
tuir um SPC ou SPA: SN
(80) Mário trouxe este presente para fmim
ti
sp
nós EM c
| vós |
N SN
Em frases como a anterior, é possível também a permuta de
posição, dentro do SV, entre o SN e o SPC, originando (81); te N prep
operada essa tansformação, pode ocorrer ainda a ciiticização* ? | pro
que implica no apagamento da preposição (nesse caso, geralmen- Cobl]
te, a ou para)?*, dando origem a (82):
, . 2 34
(81) Mário trouxe para mim este presente. | Mário trouxe | este presente para om
(82) Mário trouxe-me este presente. os
vós
Visualizemosas diferentes possibilidades transformacionais, a
partir da seguinte estrutura profunda:
Í
T. Permuta
EP o
o Ta
a SN sv
SN SV
AEE Rita
Det N prep SN
prép. SN Det N
pro |
reto
E | ] nhá
[obl)
eu |
Mário trazer . este presente para tu )
nós Mário trouxe para mim este presente
72 73
T. Cliticização
o
au TA a
V sP SN
N
prep 7 Det N
pro
Cetit]
Mário trouxe me este presente
74.
o
sl à N
AN v SN prep SN
| N
| Det N Det N
| i i espelho
a menina enfeitar a menina diante de o sp
o
- e
a, =
E EA
E ei a
sM sv SP
/ º /
/ '
a N v SN prep SN
pro A
| [refil] Dat N
|
75
Det
Det
76
E
SN sv
N V SN A
| prep SN
Det N Det N
jovem guardar o segredo para a jovem
v SN
So po
Det N prep SN
pro
[Left]
jovem guardou o segredo para . !
77
b) a ocorrência de um dos elementos não exclui a dos demais,
como se pode observar pelas seguintes combinações: tp + fut; tp +
ter -do; tp + fut + estar - ndo; etc.
Aux. para poder gerar não só (90) e (91), mas qualquer verbo no
futuro, deve ser: pres+ fut, pass + fut.
78
SV> Do |
cóp
T. afixo
ss 40
af+v V+aff
79
100 (i) Marina + chorar + pass É
P3 !
101 (i) Asmeninas + ter + pres É estar -do 7 dormir-ndo 5
Ps
8o
81
relação de co-scorrência obrigatória entre ter e a desinência de
particípio (-do) do verbo seguinte e entre estar e a desinência de
gerúndio (-ndo) do verbo principal.
NOTAS
5 É importante esclarecer que a distinção entre tipos obrigatórios (um deles deve
ser selecionado necessariamente pelo falante para ser acrescido à proposição) e
facultativos (o falante pode escolher ou não um deles) não corresponde à distin-
ção feita por Chomsky (1965) entre transformações obrigatórias e facultativas.
“As primeiras devem necessariamente aplicar-se a todas as estruturas que satisfaçam
sua descrição estrutural (no momento em que a regra deve aplicar-se) sob pena de
o resultado ser agramatical; as segundas podem ou não aplicar-se a uma dada estru-
tura, pois, de qualquer maneira, o resultado será gramatical. Consequentemente,
todas as vezes que houver, na derivação de uma frase, uma transformação optativa,
haverá a possibilidade de mais de uma estrutura superficial derivada da mesma
estrutura profunda. Essas estruturas superficiais, como é óbvio, são sinônimas,
pois
correspondem a uma única interpretação semântica”. (Perini, 1976). Um exemplo
de transformação obrigatória é a concordância; um exemplo de transformação op-
cional é a extraposição, que altera a ordenação de elementos (constituintes ou ora-
ções), levando, por exemplo, o sujeito oracional para o fim da frase.
Essa questão será retomada por meio de exercícios.
9 O tempo é um constituinte do auxiliar que, por sua vez, já aparece na base: O >
SN
+ Aux + SV + SP, Esse constituinte será retomado mais adiante no item 2,3.
15 Saliente-se que as transformações são efetuadas uma por vez, dando origem cada
uma delas a um marcador sintagmático, podendo haver, portanto, uma série de
marcadores intermediários entre a estrutura profunda e a superficial. Estamos
repre-
sentando as várias modificações num só diagrama, apenas para efeito de simplifica-
ção didática.
18 Existe, ainda, um outro tipo de negação, que recai sobre a própria força
ilocucioná-
ria e da qual não se tratará aqui. É o caso de: não prometo ir à sua festa, não
afirmo
que farei o trabalho, não ordeno que você saia, etc.
23 Do ponto de vista pragmático, não se pode dizer que haja sinonímia entre uma
frase
ativa e a passiva correspondente.
24 Pode-se ter, por exemplo, antes da fórmula estrutural da passiva, uma outra
frase na
qual aquela deve ser encaixada, como: Eu penso + Pass, + o professor aprovará
todos os alunos > Eu penso que todos os alunos serão aprovados (pelo professor). O
elemento Y, por sua vez, pode ser representado, por exemplo, por um ou mais SP:
Pass. + a comissão entregou os prêmios aos vencedores no final do certame > Os
prêmios foram entregues (pela comissão) aos vencedores, no final do certame.
83
25 Na realidade, o acréscimo de ser -do ocorre no constituinte auxiliar, que será
desen-
volvido posteriormente.
29 Recorde-se que a expressão enfática é que permanece invariável, isto é, não está
sujeita a regras de concordância.
31 Uma justificativa para a existência apenas dos pronomes retos na EP.éo fato de
existirem frases ambíguas no nível da estrutura superficial, cuja ambiguidade
deriva
da T. de apagamento de SNs idênticos e correferenciais, como: Wilma me pediu para
levar as crianças ao dentista. Esta frase tem duas leituras possíveis, que remontam
as
seguintes estruturas profundas:
33 Há, sob certas condições, casos de apagamento de outras preposições, como, por
exemplo, a preposição de. Quando isso ocorre, porém, o pronome clítico tem a fun-
ção de adjunto adnominal. Por exemplo: O rapaz beijou os pés da amada >> 0 rapaz
beijou-lhe os pés. Algumas destas condições são discutidas em Paredes (1976) e
Fávero (1981). Esta última lembra que, na linguagem coloquis!, ocorre o apagamen-
to da preposição em em construções como: Dei uma boa escovada no tapete./Dei-
lhe uma boa escovada.
34 Em Pq e Ps, os pronomes retos nós e vós sofrem a T. oblíqua, embora a forma não
se modifique: E.P. Mário trazer este presente para nós oupara vós. T. Obl. Mário
trouze este presente para nós ou para vós. =
40 No caso de se ter a combinação de dois afixos, por exemplo, pres + fut, aplica-
se
a seguinte regra: af + af af: pres. + fut + cantar, o que nos conduz, novamente,
à regra geral.
EXERCICIOS
BLOCO 1
17. Meu irmão é que foi trazido pela polícia até a entrada do nosso apar-
tamento.
policiais.
So po 1 60 EM e ICI +
2. Represente, através de diagramas arbóreos, a estrutura profunda
das frases seguintes:
qo
1. a)
b)
2. a)
b)
3. a)
b)
Decl SN SV
N v SP
Tipo Material
Inter SN ISV sP
Det [N|V | prep | SN
Tipo Material
Excl SN sv sp
Ot [N[v | sn | se |prep [sn
-—
ago pp e o SP
de constituintes):
ga O te
Comentou-se o assunto.
co + 0
SLONDALSWNA
-—
BLOCO 2
1. Aplique o tipo interrogativo às seguintes proposições:
DAWN
ra
“Sus
co
88
ros.
tadores.
qo
oco
BLOCO 3
verbo em Pq2
verbo em P3
. verbo em P4
- verbo em Ps
89
2.
8.
4.
90
1. Frases em P4 do tipo:
a) Excel. + Enf.
b) Decl. + Neg. + Pass.
c) Int, + Pass,
d) Int. + Neg. + Pass.
2. Frases em P2 do tipo:
a) Imp.
b) Decl. + Neg. + Enf.
c) Imp. + Neg. ]
d) Int. + Neg. + Enf.
BLOCO 4
. Eu te disse a verdade.
Mandaram-nos flores.
12. Nós é que não vamos nos sujeitar aos seus caprichos.
VvONDARAWN
91
3. Analise as frases abaixo. A seguir, tente explicar a diferença en-
a) éo resultado da tansformação de um SN
b) éo resultado da transformação de um SP
BLOCO 5
e ve meio! da bo Ni
-—
vONDNNWUNAa
92
93
1 ti)
(ii)
(iii)
(ii)
(iii)
3.1.1. As Completivas
| algo |
| |
Paulo sabe
SN >
ALGO é importante.
SUJ é
Todos os membros do Conselho apresentar sugestões.
É importante a apresentação de sugestões por todos os mem-
bros do Conselho.
É importante que todos os membros do Conselho apresentem
sugestões. *
(ii)
(iii)
(iv)
(ii)
(iii)
(iv)
(ii)
(iii)
(iv)
para a luta.
A possibilidade de que realizasse o seu sonho deu-lhe forças
para a luta.
ii)
(iii)
(iv)
95
O jovem tinha certeza de 4 LGO.
CN
(ii) | O jovem ser promovido. é
(iii) O jovem tinha certeza de sua promoção. |
(iv) Qjovem tinha certeza de que seria promovido.
o
ON AM a 26 na
SN sv SN
| fo / DN
ALGO V SN Y E
(subj) | / SN
ALGO prep.
(obj. dir.)
ALGO
o o (obj. indir.) |
Pad ias Rd A Ro
SN
des ves
cóp SN M EN
fo Ss
ALGO SN SN
(pred.)
item genérico ALGO
(apos.)
96
TS
Det N Mod. |
| E V SN
SPc /N
Det N Mod
prep SN |
| SPe
ALGO AN
(compl. nom.) prep SN
ALGO
(compl nom.)
97
E.P
o
as DS a qui RE
| a y
A SN N
| | 1
Eduardo sabe ALGO Cristina viajar
T. Encaix.
==>
SN
a
TÁ Sa
a
Comp 02
Em
SN 7
N ;
| |
Eduardo sabe QUE Cristina viajou
extraposição:
ã i o da encaixada ora n
bo da oração matriz, o verb G: ra permane
indicativo : ora sofrerá a transformação de a
pela qual optou-se por apresentar, na estrutura profunda,
98
Ee
. está,
(15) Eu imagino que Lucilalesteja[ doente.
(21) Eu
d) apag. mento de SN p
aga idêntico quando a co I
a mpletiva contiver um
SN idê tico e correfer encial a outro SN da matriz, O SN repet >
, !
de situação comuni
tempo, da produção do discurso que está sendo relatado, O grau
100
101
que o verbo assumirá necessariamente a forma optei: aa
gamento do SN idêntico da completiva. O gráfico PR o ii
te visualizar essas transformações, apos O encaixe de
(i):
Oq
die do a ey
SN
| Ro no ag
N V E]
E E
COMP. 2
a ag -
SN
N V 2 SN Se
E N
Luís espera -R Luís vencer a dificuldades
T. apag. do SN idêntico de 02
>
04
pa li Jp
Edo
N V “
02
|
sv
MS
V SN
Rn
Det N
| |
Luís espera vencer as dificuldades
102
103
43 ti) Eu convenci Guilherme a ALGO..
(ii) Guilherme vender a motocicleta.
(iii) Eu convenci Guilherme a vender a motocicleta,
+”
(ii) Ouvia campainha tocar.
(iii) Ouvi (alguém) tocar a campainha.
104
tário.
105
os de julgamento, se a oração encaixada tiver uma cópula, a T.
infinitiva será facultativa, podendo ocorrer, ainda, o apagamento
da cópula da completiva. Tem-se, assim, a possibilidade de super-
ficialização de três estruturas diferentes: uma desenvolvida (iii),
uma reduzida (iv) e um período simples, originado pelo apaga-
mento da cópula (v):
julga |
51 ti) Marcela | . ALGO
considera |
julga ) . j
(ii) Marcela i que Rafael é incapaz de mentir.
considera
julga
106
54 (ij) O presidente declarou ALGO: | — Tocos os presos serão
libertados] ria
(i) O presidente. declarou que todos os Presos jserão pira
dos.
de? ]
fica
58 (i) O juiz perguntou ALGO: [ — Quantos atletas vão participar
da prova? ]
e o iriam
iam
3.1.2. As Circunstanciais
107
59 (il) Os jardins se enfeitam de flores agora.
(ii) | Os jardins se enfeitam de flores na primavera.
(ti) Os jardins se enfeitam de flores quando chega a primavera.
prep + SN
SPA > “adv
02
108
ab
EP.
AO Ss
SN sv sP
Ag Ps / a
Det N V SN prep SN
/N ON
Det N Det N
público deixou o bina em do Fi
o
aii
SN sv
ON |
Det N v
: aernlácuio terminar
T. Cire.
9
109
Além da circunstância de tempo, já ilustrada, a oração cir-
cunstancial pode exprimir uma série de outras relações, conforme
os exemplos que se seguem:
CAUSA
CONSEQUÊNCIA
CONDIÇÃO
63 (ti) Eu irei ao clube no fim de semana com uma condição.
COMPARAÇÃO
64 (i) Onavio afastava-se lentamente em comparação com algo.
(ii) | Uma enorme tartaruga se afastar.
(ii) O navio afastava-se lentamente como uma enorme tartaruga
(se afasta).
no
CONFORMIDADE
66 (il) Eu fareio tratamento de conformidade com algo.
FINALIDADE
67 (i) Tudo se fez para certo fim.
(ii) | A festa ser um sucesso.
(iii) Tudo se fez para que a festa fosse um sucesso.
CONCESSÃO
68 (i) Oturista conseguiu embarcar apesar de algo.
(ii) | Oturista perder o passaporte. ]
(iii) O turista conseguiu embarcar, embora tivesse perdido o pas-
saporte.
a sv SPA
Os aviões sairão do em dado momento
líbios Brasil por uma razão
de certa maneira??
1
E e O o. o Ea o
112
3.1.3. As Relativas
113
3.1.3.1. Relativas Restritivas — estas orações são encaixadas na
posição de um SA, representado por uma pró-forma, denominada
ESPECIFICADO — que pode ser substituída tanto por um só
item lexical (ex.: inteligente), como por um sintagma (ex: de
Júlio) ou por uma oração (ex: A menina estuda medicina). Obser-
vem-se os exemplos:
114
Po esa
ANT.
(ii) O peixe estava estragado.
(ii) Eu comio peixe [ que estava estragado].
81 (i) O peixe x estava estragado.
ANT.
(ij) Eucomio peixe.
(ii) O peixe [ que eu comi | estava estragado.
82 ti Eu comprei os selos x.
(ii) Você pediu os selos.
115
EP.
4 e, a
Pd Va.
Det | ii
Eu comprei L, selos x
O
so sa
| Ms
pro V SN
A
To dd
Você pediu á selos
Tra. EE
O
E sa
SN sv
E Vv Es AA aa
Det N SA
da
A o
1
Na dio
pro 2
ON
Det |
Eu comprei os selos você pediu d selos
116
N
Eu comprei os selos Os os você pediu
T. Rel. E5="3>
O
dá sv.
pt
a v SN
— tee pd
Ea "
da
SN2 —— sn sv
is !
Eu — comprei os selos que você pediu
Observe-se que, em (82), a transformação de extraposição
117
(82) E1 — Eu comprei os selos | você pediu os selos |.
E2 — Eu comprei os selos [ os selos você pediu 1
em:
83 (ij) Esteéolivox.
(ii) Eu me referia este livro ontem.
(ii) Esteéo livro [ eu me referi a este livro ontem 1.
ga ti) Eraamplaajanelax .
(v) Era ampla a janela através da qual nós olhávamos para a rua
principal.
* . . ip o
(86) “Nos tempos atuais, onde impera a violência, precisamos estar sem-
pre prevenidos contra os assaltos.
uu. SN
119
(90) Procuro um cachorro que seja muito inteligente.
120
bem como:
95 (i) Fernando e Luciana formam um par feliz.
não se origina da adição de:
derivada de :
121
Aplicando-se a (ii) e (iii) a 7. de coordenação, obtém-se a
estrutura representada pelo gráfico abaixo, em que a marca zé
substituída pelo conectivo adequado a estabelecer a relação de
adição:
SN sv SN sv
O À NS |
Det. N V Det | V
y vereador fa da | vereador gesticulava
q
Da is OR a
Det sa ss a SM
V V
o vereador falava gesticulava
122
gráfico:
Te º Ts
A ao E.
EN essas O quan corres SN V SN
| |
N N
Roberto alia jogam tênis
124
(110) Irei, quer chova, quer faça sol. (mesmo que chova, mesmo que
faça sol)
(111) Irei, quer queiras, quer não queiras. (se quiseres (e) mesmo que
não queiras)
125
(113) | O professor fechou a pasta, despediu-se dos alunos e saiu da
sala.
126
» x y
(ii) Marcelo amar Cristina.
y x
x y y x
(v) Cristina e Marcelo amam-se.
A T. permuta originará:
(v) Gile Augusto deram a Augusto e Gilas mãos.
36
(121) Ana Maria e Luís foram ao teatro, mas efes não gostaram da
peça.
(122) Márcia não foi bem nas provas, portanto ela tem pouca
possibilidade de passar de ano.
123 (iii) Paulo encontrou o amigo doente e Paulo levou o amigo do-
ente ao hospital.
(iv) Paulo encontrou o amigo doente e levou o amigo doente
ao hospital,
128
129
de orações subordinadas e se encaixam, dentro do SN. A frase
(128), que é uma relativa apositiva na superfície:
: : 42
(iii) Márcio [ e Márcio é esportista ] gosta de voleibol.
As demais etapas transformacionais são comuns à relativa res-
eo A
1 pe
N SN sv V SP
N cóp SA prep N
adj
| |
Márcio Márcio é esportista gosta de voleibol
130
3.3. Questionamentos
3.3.1. Coordenação ou Subordinação?
131
enunciados, do ponto de vista semântico: a coordenação, as frases
ligadas e a segmentação.
132
(139) | — Paulo, venha cá! Venha cá, Paulo! Venha, Paulo, comigo.
(140) — Eu consinto, disse efe, em lhe perdoar.
133
anáfora: o anafórico designa os seres cuja existência é postulada
pela primeira frase e que são o tema da segunda.
antes de mais nada, verificar o que faz com que um texto seja
realmente um texto, e não uma simples somatória de frases. Ora,
o estudo das relações que se estabelecem entre todos os elemen-
tos do texto quer a nível de macro quer de microestrutura, o
estudo dos fatores de coesão e de coerência textual e a busca de
134
EE "ao
um genotexto, subjacente às diversas manifestações textuais de
superfície, constituem o objeto da /ingúlística textual".
NOTAS
to
tu
se
5 Há lingúistas que negam a existência das orações completivas subjetivas, com base
no fato de estruturas desse tipo ocorrerem sempre em posição pósverbal. Postulam,
por isso, como sujeito de verbos como convir, constar, parecer ou de expressões
como ser preciso, ser conveniente, etc., um item não preenchido lexicalmente (A):
À Parece que os convidados não gostaram da recepção. A Convém que o povo
participe das decisões do governo. É o caso, entre outros, de Emmonds (1970),
Quicoli (1972, 76), Fávero (1974), Kato (1981). Note-se, porém, que, em se tratan-
do de completivas infinitivas, estas nem sempre vêm pospostas ao verbo: Prevenir
acidentes é dever de todos. Ele dizer isso me admira rhuito.
135
encaixada, mas sim a combinação deste com outros traços semânticos do verbo.
16 Tem-se uma exceção a essa regra quando aparece o verbo esperar na matriz e a có-
pula na encaixada, existindo, então, a possibilidade de se fazer o encáixe por meio
do complementizador QUE, embora a frase resultante se apresente ambígua: Maria
espera ser bem sucedida | Maria espera que (ela) seja bem sucedida. Parece-nos que
essa possibilidade decorre do fato de o verbo esperar não ser um verbo tipicamente
volitivo como querer, desejar.
pu
22 Adotamos aqui posição contrária à da N.G.B., que não reconhece a existência das
orações modais. Se é verdade que, em se tratando de orações desenvolvidas,
frequentemente é possível classificar as orações que encerram idéia de modo, ora
como comparativas, ora como conformativas (havendo, até mesmo, gramáticos que,
por falta de outra alternativa, as analisam, por vezes, como temporais), quando
tais
orações se apresentam sob a forma reduzida — de gerúndio ou de infinitivo — a
noção de modo é, realmente, fundamental.
136
25 Diz-se que essas orações são reduzidas por não apresentarem conect ivo oracional
explícito e apresentarem o verbo numa das formas nominais.
AV INES em
137
recíproca, nesses casos, restringe-se a alguns verbos, em português (dar, entregar,
etc,), nos quais a T. ob/fgua correspondente seria inaceitável: *Gil e Augusto
deram
a(s) mão(s) para si.
idênticos o amigo doente, dando origem a: Paulo encontrou e levou o amigo doente
ao hospital, frase esta, porém, que teria um grau menor de aceitabilidade, conforme
demonstrou Kato (1976).
Em português, em frases como (iv) e (v) deve-se dar preferência ao apagamento (ou
elipse) do sujeito idêntico, visto que a pronominalização dá, geralmente, margem à
ambigúidade (apesar de ser bastante comum na linguagem falada).
Chama-se tema lou tópico) ao elemento da frase a respeito do qual se faz uma
declaração e rema tou comentário), àquilo que se declara relativamenre ao tema,
ajuntando a este alguma coisa de novo. Tais noções não devem ser confundidas com
as funções sintáticas de sujeito e predicado, visto que o tema pode ser ou não o
sujeito da frase.
44 Ducrot (1972, 1973), com base na formulação de Bally, apresenta também uma
45 Para uma visão geral desse ramo da lingúística, consulte-se Fávero e Koch
(1983).
EXERCÍCIOS
BLOCO 1
138
função:
4 - E
prep SN opor-se a, recusar-se a, orientar-se para, dedicar-
| se a, convidar para, preocupar-se com.
02
3. SN> NA SP: conscientização de, insistência em, dependência
Z de, oposição a, etc. (nomes de verbais derivados
prep SN .
| dos verbos acima).
02
140
3. Receio que vocês não. .......iccicccssccarasasaarre ca
4. As crianças temem que Papai Noel não ......cccccicccssccrecs
5. Os estudantes esperam que as férias... . .... ic ccccsccsstcceaos
6. Lamentamos que os convidados não . . .....ccccicciccsccces
7. Sinto que você ......icciicictscceceerera serei raca
8. Pedro acha que o professor... ...icucsccccrasserivcronaa
9. Os pacientes acreditam que o médico .......cccccicccicccoos
10. Muitos homens pensam que a vida ......icicccscccsstccacas
11. Não julgo que ele... ....ccicccsicccscccccscaaraacaa Ea
12. Os juízes julgam que o réu... ...icccccccccsctaccasacsa
13. Os cientistas afirmam que... .. 2 sc cccccisssscercscriacrs
14. O governador declarou que... ....ccccccicscctscctacc
15. Deciciu-se que os exames ......icccciccccscresnararre
now nNa
DAWN
BLOCO 2
141
=
SepNOnAaALN=
o
OA
SV SP
SN
| | () para impressionar
N v o namorado.
| ( Jantes de casar,
Maria chorar a) em certo momento (1) Ra chuvei-
b) por uma causa É Re
c) com uma condição (1) ao e
d) com uma consegiência idspolida Der d
e) em comparação com algo eia SE nel
RA penporoão cu ido ( Ja ponto TE -
g) de conformidade com algo Ee prpalisiais '
h) para certo fim E .
i) apesar de algo U) po ada Bengo
j) de certa maneira () sgurido for comibis
nado com o diretor
«da peça.
( ) já que ninguém lhe
dava atenção.
( ) apesar de não haver
motivo para tanto.
( ) derramando copiosas
lágrimas.
142
3. Classifique as
1.
wo N
co oa
vam a propaganda.
10.
firma.
BLOCO 3
1.
144
-—
SeoNnonsun-
papel.
. Reconheceu que estava muito longe de sua tribo e que o remédio era
conformar-se.
a) 0 b) 04 c) 04
E Po M
SN sv SN as SN Pao
02 cóp SN v
02 Oz
d) [91] e) SN
É AN
SN sv Det N SP
PN
v SP prep 7
prep Ha Oz b
02
f) p " 9) 7
SN sv sa N Mod
a | v
v SN SA
[SN |
SN SN 02
/ |
item Oz
genérico
h) 04 4
PE ANS
SN sv sP
146
= = O mm mp a e e e e e a a a em
“sonaw n>
co
3. Reduza as orações grifadas usando formas nominais (infinitivo,
gerúndio ou particípio).
is
10.
12.
como patrão.
O táxi que havia levado o casal, como que ofereceu proteção ao ou-
tro automóvel, em manobra extemporânea, enquanto vedava a passa-
gem.
BLOCO 5
1.
148
SLpNDA A
Rosana chorou muito, pois ela estava sendo enganada e não sabia.
SLBNDNALANS
nad,
fórica em (ii).
1 (i) Este é meu filho.
(ii) Deposito todas as esperanças em meu filho.
149
8. (i) Fechou-se o grande salão.
(ii) Recordo-me com saudade das festas do salão.
BLOCO 6
150
escola.
das,
de um pronome relativo:
cias.
151
4.
5.
ques.
(i) | O chefe dos moleques, Chuí, resolve intervir.
(ii) A praça estava, âquela hora, aturdida pelo pipilar dos pássaros.
152
l
. Chuí, imponente, estende os braços para a rua principal.
153
7. A partir das frases elencadas a seguir, redija um parágrafo,
utilizando-se, na medida do possível, da transformação de apa-
gamento de elementos. Atente, também, para a integridade do
conteúdo e para a coerência do seu texto.
154
certo momento Y.
155
(iv) Os pais são procedentes de todas as classes sociais.
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SIMBOLOS
guesas.
Ingedore Grunfeld Villaça
Koch é bacharel em Direito pela
escola de 2º grau.
160 |
Í