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Resoluções comentadas das questões de Estatística da prova para

ANALISTA DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS E METAS da PREFEITURA/RJ


Realizada pela Fundação João Goulart em 06/10/2013

41. A idade média de todos os estudantes de uma universidade é de 20 anos. As idades


médias dos estudantes dos sexos masculino e feminino são 21 e 18 anos, respectivamente.
Neste caso, a percentagem de estudantes do sexo masculino da universidade é,
aproximadamente, igual a:

(A) 33,3%
(B) 46,3%
(C) 53,3%
(D) 66,6%
(E) 73,3%
RESOLUÇÃO:
A melhor forma de resolver este tipo de questão, bem recorrente em concursos, é utilizar o
que eu chamo de “método das amplitudes”. Torna fácil e rápida a resolução.

A média do sexo masculino é 21

A distância (amplitude) entre as médias é 3 (21 – 18)

A média do sexo feminino é 18

OBSERVEMOS QUE: A média geral (de todos os estudantes, sem distinção de sexo) é 20.

Só com essa observação, já poderíamos eliminar as opções de resposta A e B, pois se a média


geral está mais próxima da média do sexo masculino, isto significa que este sexo tem maior
influência sobre a média geral e, portanto, a proporção de estudantes do sexo masculino será
superior a 50%. Mas, concluindo:

A média do sexo masculino é 21 A amplitude entre a média do sexo


MÉDIA GERAL = 20 masculino e a média geral é igual a 1

A amplitude entre a média geral e a


média do sexo feminino é igual a 2
A média do sexo feminino é 18

A proporção (fração) de estudantes do sexo feminino terá: como numerador a amplitude entre
a média do sexo oposto (masculino) e a média geral; e como denominador a amplitude total
1
entre as médias dos dois sexos. Portanto, o % feminino = ≅ 33,3%;
3
A proporção (fração) de estudantes do sexo masculino terá: como numerador a amplitude
entre a média do sexo oposto (feminino) e a média geral; e como denominador a amplitude
2
total entre as médias dos dois sexos. Portanto, o % masculino = ≅ 66,6%.
3
Gabarito: Letra D.

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Considere o texto a seguir para responder às questões de números 42 e 43.

A fim de incentivar os funcionários a participarem de um programa de emagrecimento, fez-se


um levantamento dos pesos dos 150 funcionários de determinado departamento. Os
resultados estão na tabela a seguir:
Peso (kg) Percentagem
60 |– 70 8
70 |– 80 18
80 |– 90 30
90 |– 100 22
100 |– 110 16
110 |– 120 6

42. O 20º percentil dessa distribuição é, aproximadamente, igual a:

(A) 78,7
(B) 76,7
(C) 74,7
(D) 72,7
(E) 70,7
RESOLUÇÃO:

Basta acrescentar uma coluna de frequência acumulada crescente (Fac) na tabela dada e
observar que:
Peso (kg) Percentagem Fac
60 |– 70 8 8
70 |– 80 18 26
80 |– 90 30 56
90 |– 100 22 78
100 |– 110 16 94
110 |– 120 6 100

A classe que conterá o 20º percentil (20%) da distribuição será a 2ª classe (70 |– 80), pois até
a 1ª classe temos apenas 8% da distribuição. A melhor maneira (sem usar fórmula) para
encontrar o valor do P20, é através de interpolação, fazendo uma simples proporção:
18 12
= ⇒ 18x = 120 ⇒ x ≅ 6,7
10 x

Explicando a proporção: a frequência na classe (18) está para a amplitude de classe (10) assim
como a frequência procurada (12, é o que falta para chegar a 20, considerando a frequência
acumulada da classe anterior) está para uma amplitude x (que desejamos descobrir).

Para encontrar o valor do P20, basta acrescentar o valor encontrado (x = 6,7) ao limite inferior
da classe do P20, que é igual a 70.

Portanto: do P20 = 76,7

Gabarito: Letra B.

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43. A média aritmética dessa distribuição é, aproximadamente, igual a:

(A) 80,8
(B) 82,8
(C) 84,8
(D) 86,8
(E) 88,8
RESOLUÇÃO:

A forma mais rápida de resolver a questão é usar o Método Simplificado para cálculo da média,
criando uma variável reduzida (que vamos chamar de Z), fazendo:
X − X0
Z= , onde X é o ponto médio de cada classe, X0 é o ponto médio da classe em que
h
iremos arbitrar o valor 0 (zero) e h é a amplitude de classe.
OBS.: Esse método só pode ser utilizado quando as amplitudes das classes são iguais.
X − 85
Escolhendo a 3ª classe (quanto mais próximo da classe central, melhor), ficará: Z = .
10
Peso (kg) Z Percentagem Z⋅F
60 |– 70 −2 8 −16
70 |– 80 −1 18 −18
80 |– 90 0 30 0
90 |– 100 1 22 22
100 |– 110 2 16 32
110 |– 120 3 6 18
Σ= 38

38
A média da variável Z será: = 0,38.
100

Para encontrar a média da variável X basta entender que, se a transformação de X em Z foi


X − X0
Z= , a de Z em X será: X = Z⋅h + X0. Aplicando as propriedades da média, teremos:
h
X = Z ⋅ h + X 0 e, portanto: X = 0,38⋅10 + 85 ⇒ X = 3,8 + 85 = 88,8.

Gabarito: Letra E.

44. Somando-se 5 a cada um dos números do conjunto 4, 8, 3, 2, 7 e 6, a média aritmética e


a variância ficarão aumentadas, respectivamente, de:
(A) 5 e 0
(B) 5 e 5
(C) 5 e 25
(D) 1 e 0
(E) 1 e 5

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RESOLUÇÃO:

Não necessita de cálculo. Basta saber as propriedades da média e da variância.


Para a média: Somando ou subtraindo uma constante a uma variável aleatória, a sua média
ficará somada ou subtraída da mesma constante;
Para a variância: Somando ou subtraindo uma constante a uma variável aleatória, a sua
variância não se altera.
Gabarito: Letra A.

45. Numa cidade, duas empresas A e B são responsáveis por 30% e 70% do volume total de
contratos negociados, respectivamente. Do volume de cada empresa, 30% e 5%,
respectivamente, são contratos de longo prazo. Se um contrato, escolhido ao acaso, é de longo
prazo, a probabilidade de ter sido negociado pela empresa A é, aproximadamente, igual a:

(A) 32%
(B) 42%
(C) 52%
(D) 62%
(E) 72%
RESOLUÇÃO:

Probabilidade Condicional, resolveremos fazendo a árvore de probabilidades e usando o


Teorema de Bayes, que relaciona uma das probabilidades com a probabilidade total.

Denominando de L o contrato de longo prazo, a probabilidade condicional pedida na questão é:

“qual a probabilidade do contrato ter sido negociado pela empresa A, sabendo que
(dado que) esse contrato é de longo prazo”.
P(A ∩ L )
P(A | L ) será igual a , ou seja, no numerador a probabilidade conjunta de A e L e no
P(L )
denominador a probabilidade total de ser L (sendo da empresa A ou da empresa B).

0,30
L A ∩ L = 0,090 (Probabilidade de o contrato ser da
empresa A e ser de longo prazo)
A
0,30
0,70

L B ∩ L = 0,035
0,05 P(L) = 0,125 (Probabilidade total de que o
0,70 contrato seja de longo prazo).
B

0,95

P(A ∩ L )
P(A | L ) =
0,090
= = 0,72.
P(L ) 0,125
Gabarito: Letra E.

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46. O peso de crianças recém-nascidas do sexo feminino numa comunidade tem distribuição
normal com média de 2.400g e desvio padrão de 40g. O 25º percentil desta distribuição é,
aproximadamente, igual a:

(A) 2.173 g
(B) 2.223 g
(C) 2.273 g
(D) 2.323 g
(E) 2.373 g
RESOLUÇÃO:

Até o ponto de abscissa em z = 0 (correspondente à média 2.400) teremos, debaixo da curva


da Normal Padrão, 50% da distribuição. O 25º percentil acumulará à esquerda uma área de
0,25 da curva normal. Basta ver, na tabela dada na prova, que uma área de 0,75 à direita do
25º percentil corresponderá a uma abscissa em z de, aproximadamente, 0,67. Esta abscissa
será negativa, pois estará antes da média. Portanto, z = −0,67.
X−µ
Substituindo os dados do enunciado na fórmula de padronização, dada por: z = , onde z é
σ
a abscissa da tabela normal padronizada, σ é o desvio padrão, µ é a média e X é o valor
procurado (correspondente à abscissa em z = −0,67).
X − 2.400
Logo: − 0,67 = ⇒ X = (−0,67 ⋅ 40) + 2.400 ⇒ X = −26,8 + 2.400 ⇒ X = 2.373,2.
40

Gabarito: Letra E.

47. Em uma empresa, a probabilidade de o empregado A resolver uma tarefa é de 3/5, e a


probabilidade de o empregado B resolver a mesma tarefa é de 1/4. Se ambos tentarem
resolver a tarefa independentemente, a probabilidade de a tarefa ser resolvida é igual a:
(A) 50%
(B) 60%
(C) 70%
(D) 80%
(E) 90%
RESOLUÇÃO:
A probabilidade de a tarefa ser resolvida (por A, por B, ou pelos dois, A e B) será dada por:

P(A∪B) = P(A) + P(B) − P(A∩B). Sabemos que P(A) = 3/5; P(B) = 1/4. E P(A∩B)?

Como o enunciado fala em ambos tentarem resolver a tarefa independentemente, podemos aplicar
o teorema para eventos independentes: “Se A e B são independentes, P(A∩B) = P(A) ⋅ P(B), ou
seja, a probabilidade conjunta é igual ao produto das probabilidades individuais.”
3 1 3 3 1 3 12 + 5 − 3 14
Logo, P(A∩B) = ⋅ = e P(A∪B) = + − = = = 70%.
5 4 20 5 4 20 20 20

Gabarito: Letra C.

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48. Um órgão do governo do estado deseja determinar padrões sobre a quantidade de lixo
produzido pelas prefeituras. De um levantamento de oito cidades, foram obtidos os valores,
em toneladas de lixo produzido (t), da tabela abaixo:

Cidade 1 2 3 4 5 6 7 8
Quantidade de lixo (t) 44,0 17,0 12,0 6,0 19,0 15,0 14,0 17,0

O valor mediano das quantidades de lixo observadas é igual a:

(A) 12,5 t
(B) 14,5 t
(C) 16,0 t
(D) 17,5 t
(E) 18,0 t
RESOLUÇÃO:
Fazendo o ROL (dados ordenados crescente ou decrescentemente) das quantidades, teremos:

6,0 ; 12,0 ; 14,0 ; 15,0 ; 17,0 ; 17,0 ; 19,0 ; 44,0. Como o número de observações é par, o
valor mediano será a média aritmética entre a 4ª e a 5ª observações.
15 + 17
Portanto, Md = = 16,0.
2

Gabarito: Letra C.

Considere o enunciado a seguir para responder às questões de números 49 e 50.


A tabela que se segue resume dados amostrais, selecionados aleatoriamente, de 880 mortes
de pedestres por acidente de trânsito, de acordo com a região de procedência e o grau de
intoxicação por álcool do pedestre.

Pedestre alcoolizado?
Região de
procedência Sim Não
A 87 65
B 256 472

49. Se um elemento da amostra é selecionado aleatoriamente, a probabilidade de verificar-se


um pedestre alcoolizado é, aproximadamente, igual a:

(A) 17%
(B) 24%
(C) 31%
(D) 39%
(E) 61%

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RESOLUÇÃO:
Façamos, na tabela dada, os totais de linhas e colunas:

Pedestre alcoolizado?
Região de
TOTAIS
procedência Sim Não
A 87 65 152
B 256 472 728
TOTAIS 343 537 880

343
A probabilidade de verificar-se um pedestre alcoolizado será: ≅ 39%.
880

Gabarito: Letra D.

50. Se um elemento da amostra é selecionado aleatoriamente e verifica-se que é da região B,


a probabilidade de ser pedestre alcoolizado é, aproximadamente, igual a:

(A) 17,3%
(B) 35,2%
(C) 61,0%
(D) 74,6%
(E) 82,7%
RESOLUÇÃO:
A probabilidade condicional pedida na questão é: “qual a probabilidade de ser pedestre
alcoolizado, sabendo que (dado que) esse pedestre é da região B”.
P(alcoolizado ∩ B)
P(alcoolizado | B) será igual a , ou seja, no numerador a probabilidade conjunta
P(B)
de ser alcoolizado e ser da região B e no denominador a probabilidade total de ser da região B,
sendo ou não alcoolizado. Logo, verificando os valores na tabela, teremos:

P(alcoolizado | B) =
256
≅ 35,2%.
728

Gabarito: Letra B.

Prova fácil, mas bem elaborada, não havendo questões passíveis de recurso.

Disponibilizo o meu e-mail (pedrobello@uol.com.br) para: dúvidas, críticas, sugestões,


indicação de livros e aulas.

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