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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense – IFF


Usinagem - Aplainamento
Professor Lucas Barbosa de Souza Martins

APLAINAMENTO
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SUMÁRIO

DEFINIÇÃO ....................................................................................................................... 4
Superfícies Usinadas................................................................................................................... 4
PARÂMETROS GEOMÉTRICOS .................................................................................... 5
PLAINAS ........................................................................................................................... 6
Plainas limadoras ........................................................................................................................ 6
Movimentos ................................................................................................................................ 7
Componentes da plaina limadora ............................................................................................... 7
Cabeçote ..................................................................................................................................... 7
Acionamento principal ............................................................................................................... 7
Acionamento do avanço ............................................................................................................. 8
Velocidade de corte .................................................................................................................... 8
Aplainar horizontalmente superfície plana e superfície paralela ................................................ 9
Aplainar superfície plana em ângulo ........................................................................................ 10
Aplainar verticalmente superfície plana ................................................................................... 10
Aplainar estrias ......................................................................................................................... 10
Aplainar rasgos ......................................................................................................................... 11
Plainas Limadoras Hidráulicas ................................................................................................. 12
Plaina Vertical .......................................................................................................................... 14
Plaina de Mesa .......................................................................................................................... 16
Elementos de Operação ............................................................................................................ 18
Sistemas de movimentação da mesa ......................................................................................... 19
Sistema de inversão de marcha ................................................................................................. 20
Sistema de variação da velocidade de corte ............................................................................. 21
Sistema de movimentação automática dos carros porta-ferramenta ........................................ 22
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ..................................................................................... 23
FERRAMENTAS ............................................................................................................. 29
ESTUDO DOS CAVACOS ............................................................................................. 33
ACESSORIOS .................................................................................................................. 36
FIXAÇÃO DAS PEÇAS .......................................................................................................... 36
Elementos de máquinas .................................................................................................... 42
Engrenagens.............................................................................................................................. 42
Correias..................................................................................................................................... 43
CONCLUSÃO .................................................................................................................. 47
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA .................................................................................. 48
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DEFINIÇÃO

Aplainamento é uma operação de usinagem feita com máquinas chamadas plainas


e que consiste em obter superfícies planas, em posição horizontal, vertical ou inclinada. As
operações de aplainamento são realizadas com o emprego de ferramentas que têm apenas
uma aresta cortante que retira o cavaco com movimento linear.

Superfícies Usinadas

O aplainamento é uma operação de desbaste. E dependendo do tipo de peça que


está sendo fabricada, pode ser necessário o uso de outras máquinas para a realização
posterior de operações de acabamento que dão maior exatidão às medidas.
O aplainamento apresenta grandes vantagens na usinagem de réguas, bases, guias
e barramentos de máquinas, a passada da ferramenta é capaz de retirar material em toda a
superfície da peça.
Nas operações de aplainamento, o corte é feito em um único sentido. O curso de
retorno da ferramenta é um tempo perdido. Assim, esse processo é mais lento do que o
fresamento, por exemplo, que corta continuamente.
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Por outro lado, o aplainamento usa ferramentas de corte com uma aresta cortante
que é mais barata, mais fáceis de afiar e com montagem mais rápida. Isso significa que o
aplainamento é em geral, mais econômico que outras operações de usinagem que usam
ferramentas com mais de uma aresta de corte.

PARÂMETROS GEOMÉTRICOS

Principais movimentos:

A – Movimento de Corte: executado pela ferramenta de aplainar é divido entre


curso útil e curso vazio, que juntos constituem o curso duplo.
B – Curso vazio: como o nome diz é a parte do curso que a ferramenta volta sem
arrancar cavacos.
C – Movimento de Avanço: gera a espessura do cavaco. Semelhante ao
movimento de profundidade no torneamento.
D – Movimento Lateral: Deslocamento da peça para aplainamento no sentido
transversal.
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PLAINAS

Plainas limadoras
A plaina limadora é uma maquina ferramenta que consiste em realizar as operações
de aplainamento, rasgos, estrias, rebaixos e chanfros através do movimento retilíneo
alternativo da ferramenta sobre a superfície a ser usinada.
Normalmente utilizada para operações de desbaste, dependendo do tipo de peça
que esta sendo usinada, pode ser necessária à utilização de outras máquinas-ferramentas
para realizar as operações de acabamento. Pode-se destacar também que as operações
realizadas na plaina limadora, normalmente são feitas a seco, quando necessário é
colocado emulsão na superfície da peça.
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Movimentos
A plaina limadora apresenta três tipos de movimentos durante suas operações: O
movimento principal, o movimento de avanço e o movimento de ajuste.
O movimento principal é o movimento executado pela ferramenta, subdividido em
curso útil e curso em vazio. O cavaco é retirado da peça durante o curso útil e a ferramenta
volta para o início do curso sem retirar cavaco durante o curso em vazio. O movimento de
avanço é movimento realizado pela mesa, onde a peça esta fixada, perpendicular ao
movimento principal. E o movimento de ajuste é um movimento vertical feito pela ferramenta
ou pela mesa e serve para regular a espessura do cavaco.

Componentes da plaina limadora


A base da máquina suporta a mesa, o cabeçote e os mecanismos de acionamento
principal e de avanço.

Cabeçote
O cabeçote da plaina limadora é o componente onde esta localizada o porta
ferramenta que esta sobre uma placa com charneira (duas peças com eixo comum em torno
do qual uma pelo menos é móvel). Isto significa que em uma operação qualquer, no curso
útil a placa articulada é comprimida pelo esforço de corte contra o suporte enquanto no
curso em vazio, a placa é levantada um pouco em função da sua articulação com charneira,
assim, evitando qualquer dano à ferramenta e à superfície que esta sendo usinada.
No cabeçote também esta localizada a espera do porta-ferramenta que é ajustável
para o aplainamento de superfícies inclinadas e com esta finalidade esta dotada de uma
escala graduada.

Acionamento principal
O acionamento principal é responsável por produzir o movimento retilíneo alternativo
do movimento principal. O movimento de rotação do motor é transformado para movimento
retilíneo alternativo através de um balancim oscilante com uma castanha deslizante.
O motor imprime ao volante e a manivela, através de um mecanismo de
engrenagens em movimento de rotação uniforme, no volante esta localizada uma manivela
onde se encontra o pino da manivela, com uma porca que pode deslocar-se em direção ao
centro por meio de um fuso, este pino transporta a castanha deslizante. A castanha desliza
na guia do balancim, em função do movimento de rotação do volante, o balancim, que tem
seu centro de rotação na base a maquina oscila com o seu extremo livre para um lado e
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para outro (movimento retilíneo alternativo), uma articulação transmite ao cabeçote este
movimento oscilante.

Acionamento do avanço
Comandado intermitentemente antes de cada curso útil, quando acionado
manualmente pode produzir superfícies imperfeitas, em função do avanço irregular.Porém
isto pode ser evitado por meio do avanço forçado regulado.

Velocidade de corte
Durante qualquer operação utilizando a plaina limadora, a velocidade de corte não é
constante devido ao mecanismo do acionamento principal. Sendo assim, deve-se trabalhar
com velocidades médias (comprimento do curso/tempo).

Como pode ser visto na ilustração, essa máquina se compõe essencialmente de um


corpo (1), uma base (2), um cabeçote móvel ou torpedo (3) que se movimenta com
velocidades variadas, um cabeçote da espera (4) que pode ter sua altura ajustada e ao qual
está preso o porta ferramenta (5), e a mesa (6) com movimentos de avanço e ajuste e na
qual a peça é fixada.
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Na plaina limadora é a ferramenta que faz o curso do corte e a peça tem apenas
pequenos avanços transversais. Esse deslocamento é chamado de passo do avanço.
O curso máximo da plaina limadora fica em torno de 900 mm. Por esse motivo, ela
só pode ser usada para usinar peças de tamanho médio ou pequeno, como uma régua de
ajuste.
Quanto às operações, a plaina limadora pode realizar estrias, rasgos, rebaixos,
chanfros, faceamento de topo em peças de grande comprimento. Isso é possível porque o
conjunto no qual está o porta-ferramenta pode girar e ser travado em qualquer ângulo.

Aplainar horizontalmente superfície plana e superfície paralela


Produz superfícies de referência que permitem obter faces perpendiculares e
paralelas.
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Aplainar superfície plana em ângulo


O ângulo é obtido pela ação de uma ferramenta submetida a dois movimentos: um
alternativo ou vaivém (de corte) e outro de avanço manual no cabeçote porta-ferramenta.

Aplainar verticalmente superfície plana


Combina dois movimentos: um longitudinal (da ferramenta) e outro vertical (da
ferramenta ou da peça). Produz superfícies de referência e superfícies perpendiculares de
peças de grande comprimento como guias de mesas de máquinas.

Aplainar estrias
Produz sulcos, iguais eqüidistantes sobre uma superfície plana, por meio da
penetração de uma ferramenta de perfil adequado. As estrias podem ser paralelas ou
cruzadas e estão presentes em mordentes de morsas de bancada ou grampos de fixação.
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Aplainar rasgos
Produz sulcos por meio de movimentos longitudinais (de corte) e verticais alternados
(de avanço da ferramenta) de uma ferramenta especial chamada de bedame.

Como a ferramenta exerce uma forte pressão sobre a peça, esta deve estar bem
presa à mesa da máquina. Quando a peça é pequena, ela é presa por meio de uma morsa e
com o auxilio de cunhas e calços. As peças maiores são presas diretamente sobre a mesa
por meio de grampos, cantoneiras e calços.
Preparação da máquina - que envolve as seguintes regulagens:
a) Altura da mesa - deve ser regulada de modo que a ponta da ferramenta fique a
aproximadamente 5 mm acima da superfície a ser aplainada.
b) Regulagem do curso da ferramenta - deve ser feita de modo que ao fim de cada
passagem, ela avance 20 mm além da peça e, antes de iniciar nova passagem, recue até 10
mm.
c) Regulagem do número de golpes por minuto - isso é calculado mediante o uso da
fórmula:
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d) Regulagem do avanço automático da mesa.

4. Execução da referência inicial do primeiro passe (também chamada de


tangenciamente) - lsso é feito descendo a ferramenta até encostar na peça e acionando a
plaina para que se faça um risco de referência.
5. Zeramento do anel graduado do porta-ferramentas e estabelecimento da
profundidade de corte.
6. Acionamento da plaina e execução da operação.

Informação Tecnológica: para a execução de estrias e rasgos é necessário


trabalhar com o anel graduado da mesa da plaina.

Plainas Limadoras Hidráulicas


Os sistemas de acionamentos hidráulicos tiveram uma excelente aplicação nas
plainas limadoras, porque com o óleo a pressão se obtém as melhores condições de
funcionamento sejam na suavidade dos movimentos como na versatilidade. As plainas
limadoras hidráulicas têm o cabeçote, que se movimenta baixo o impulso de um êmbolo que
se desloca dentro do interior de um cilindro solidário à base da máquina. O esquema de
funcionamento esta apresentado na Ilustração 14. Consideremos, primeiramente, os grupos
fundamentais do sistema:
1- Cilindro e êmbolo de acionamento do cabeçote.
2- Distribuidor de êmbolo para o envio do óleo ao grupo 1.
3- Dispositivo para o acionamento da mesa.
4- Distribuidor de êmbolo para o acionamento do distribuidor 2 por meio de óleo a
pressão, o distribuidor de êmbolo 4 é acionado por o cabeçote.
5- Bomba principal de aspiração e compressão do óleo do reservatório A ao cilindro
1 (a través do distribuidor 2) e ao cilindro do dispositivo 3 (a través do distribuidor 4).
6- Bomba secundaria de aspiração e compressão do óleo do reservatório A ao
cilindro de distribuição 2 a través do distribuidor 4 (para acionar o êmbolo G).
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As vantagens do sistema de mando hidráulico são:


 Velocidades constantes do cabeçote tanto no avanço como no retrocesso, a última
delas é maior que a primeira.
 Paro automático do cabeçote quando este encontra uma resistência excessiva no
avanço.
 Possibilidade de regular da ferramenta por meio da válvula A.
 Possibilidade de regular gradativamente a velocidade de corte variando a vazão da
bomba 5.
As vantagens citadas acima se contrapõem os inconvenientes devidos à diminuição
de potência por perdas de óleo e as variações de viscosidade do óleo com as temperaturas,
entre outras.
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Plaina Vertical
A principal diferenciação da plaina vertical das demais, fato que inclusive gera sua
denominação é a posição vertical do torpedo e a direção do movimento alternativo de
vaivém do carro porta-ferramenta. Este tipo de plaina é geralmente empregado na usinagem
de superfícies interiores e na confecção de rasgos, chavetas e cubos. Abaixo uma figura
demonstrando seções realizáveis com uma plaina vertical.

Estas plainas podem ser acionadas por sistemas mecânicos ou hidráulicos. As


plainas hidráulicas apresentam vantagens em sua operação, pois o movimento alternativo
do carro porta-ferramenta é desenvolvido por um êmbolo que desliza internamente a um
cilindro principal, dando um caráter muito mais suave aos mecanismos de transmissão se
comparados a correias, engrenagens e bielas.
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A estrutura funcional de uma plaina vertical pouco difere da estrutura de uma plaina
limadora. Alguns dos elementos que compõem a plaina vertical são: montante (A), carro
porta-ferramenta (B), e mesa giratória (C).
O emprego da plaina vertical não é muito utilizado em processos fabricação em série
uma vez que as rotinas de usinagem são deveras demoradas e dispendiosas. Por esta
razão esta configuração de plaina é utilizada, com maior eficiência, na fabricação de
protótipos ou de peças unitárias customizadas.
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Plaina de Mesa
Esta variação de máquina executora de aplainamentos possui como principal
característica, e distinção de outros tipos, o elemento de movimentação. Neste caso, é a
peça a ser usinada que executa os movimentos de vaivém. A ferramenta de corte, por sua
vez, faz um movimento transversal correspondente ao passo do avanço.
A operação desta plaina se dá através do movimento horizontal e retilíneo da peça
fixada sobre guias prismáticas dispostas em uma mesa. O elemento porta ferramentas
consiste em um carro, semelhante ao de outras plainas, movimentado manual ou
automaticamente sobre guias, também horizontais, situadas em um travessão superior a
peça a ser usinada. Existem plainas de mesa com mais de um carro porta ferramenta,
possibilitando operações simultâneas de usinagem.
A principal aplicação desta configuração de plaina é a usinagem de peças de
grandes e de difícil usinagem em plainas limadoras, por exemplo. O fato de possuir uma
amplitude de curso maior que 1m é o responsável por esta distinção de aplicação. Na
indústria, ela é utilizada para a usinagem de superfícies de peças como colunas e bases de
máquinas, barramentos de tornos, blocos de motores diesel marítimos de grandes
dimensões, etc. Em plainas limadoras, o cabeçote tem a tendência de inclinar-se à medida
que o carro chega ao final do curso. Isso pode acontecer devido à folga no guia, do peso do
componente em movimento, etc. Em plainas de mesa este entrave é eliminado porque a
ferramenta não executa movimentos alternativos, a peça é quem se movimenta.
Existem dois tipos principais de plainas de mesa, as que possuem apenas um
montante e as que possuem dois montantes. As figuras abaixo ilustram, respectivamente, os
dois tipos.
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As plainas de um montante são empregadas usualmente na usinagem de peças de


grande porte que não caberiam entre dois montantes. Uma característica que cabe ser
ressaltada nesta modalidade de plaina de mesa é o fato de que o travessão se encontra
suspenso em um de seus lados.
As características dessas plainas dão maior rigidez na construção desta máquina
visando suportar as forças resultantes e, ao mesmo tempo, evitar vibrações durante o
processo de usinagem.
Estas plainas podem possuir um carro porta ferramenta ou vários, oferecendo maior
versatilidade de operação.
A figura abaixo demonstra uma plaina de mesa com dois montantes. Este é o tipo
mais utilizado que a plaina de um montante porque apresenta maior estabilidade e rigidez
de operação. Semelhante a plaina limadora, a ferramenta possui um eixo de rotação no
carro porta-ferramenta que confere a possibilidade de girar em torno do mesmo para
levantar a ferramenta no momento de retrocesso da mesa. O carro porta-ferramenta pode
subir ou descer para regular a profundidade do corte e pode inclinar se em certo ângulo.
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Como se pode ver pela figura, a plaina de mesa é formada por corpo (1), coluna (2),
ponte (3), cabeçotes porta-ferramenta (4) e mesa (6). O item de número 5 mostra onde a
peça é posicionada.
O curso da plaina de mesa é superior a 1.000 mm. Usina qualquer superfície de
peças como colunas e bases de máquinas, barramentos de tornos, blocos de motores diesel
marítimos de grandes dimensões.

Elementos de Operação
Uma plaina de mesa pode ser construída de formas variadas e com elementos adaptados
para diferentes operações, mas existem alguns itens comuns a todas as configurações de
plaina de mesa. Estes elementos são responsáveis pela movimentação da mesa, inversão
da marcha, variação da velocidade de corte e movimentação automática dos carros porta
ferramentas. Aprofundaremos o conhecimento de estes mecanismos a seguir.
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Sistemas de movimentação da mesa


O movimento da mesa pode ser executado por diferentes sistemas, os mais comuns
são:

Sistema engrenagem cremalheira: Sistema parafuso porca:

Sistema parafuso cremalheira: Sistema hidráulico:

As três primeiras configurações são as mais simples por se tratarem de sistemas


mecânicos de elementos de máquina usuais. Já o último sistema é um pouco mais
complexo, e apresenta resultados melhores de operação se bem empregado. Este
componente hidráulico Consiste em uma bomba de óleo de fluxo que impulsiona um êmbolo
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dentro de um cilindro. Tal êmbolo, por alargamento de seu braço, tem mais superfície em
um lado que em outro. Óleo passa sucessivamente a um lado e a outro de êmbolo,
empurrando-o com mais lentidão e força na carreira de trabalho e com menos força e mais
rapidez na carreira de retrocesso. O braço do êmbolo por sua vez, está unido à mesa,
fazendo-a se mover.
Para evitar o tamanho excessivo do êmbolo, que teria uma máquina de grandes
dimensões, dispõe-se em geral de, de dois êmbolos como mostrada na segunda figura do
sistema hidráulico, um fixo e um móvel. Esta disposição faz com que cada êmbolo só tenha
que fazer metade do curso, trazendo benefícios no que tange a vibrações e estabilidade na
operação.

Sistema de inversão de marcha


A função deste mecanismo é o de executar o movimento de retrocesso, o qual é
obtido geralmente por um destes meios: por um sistema de duas correias deslizantes, por
uma correria deslizante e engrenagens, por um sistema elétrico ou eletromagnético, e no
caso das plainas hidráulicas por meio de um sistema de válvulas.
Independente do sistema de inversão de marcha, a mesa é dotada de traves
reguláveis que podem ser opostas a diferentes distâncias, conforme o comprimento da
peça, Ao chegar ao final do curso a trave aciona uma alavanca que faz funcionar o
mecanismo de inversão. O sistema de roldanas e correias foi uns dos primeiros em ser
utilizado mais cada vez é menos utilizado, substituído pelo acionamento elétrico, utilizando-
se o sistema Ward-Leonard.
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Sistema de variação da velocidade de corte


O sistema de variação da velocidade de corte nas plainas de mesa com acionamento
mecânico pode ser composto por um cone de roldanas ou por uma caixa de engrenagens.
No caso das máquinas com acionamento hidráulico o efeito é conseguido com a variação do
fluxo de líquido dentro de cilindro. Abaixo um exemplo de um cone de roldanas.
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Sistema de movimentação automática dos carros porta-ferramenta


Este sistema se traduz no movimento do carro porta-ferramenta sobre a ponte, e é
obtido por meio de fusos. A ponte tem em toda a sua extensão duas barras. A primeira
serve para conseguir o deslocamento horizontal do carro e consiste geralmente em um fuso
que penetra em uma porca acoplada à placa que sustenta o carro porta-ferramenta,
chamada barra de avanço horizontal. A segunda barra, a do avanço vertical, por meio de
engrenagens cônicas intermediárias, aciona o fuso do carro porta ferramenta. Com este
sistema se conseguem os avanços verticais ou inclinados do carro porta-ferramenta.
Além dos diversos mecanismos de movimentação da ferramenta, as máquinas
possuem um mecanismo para regular a altura da ponte em relação à mesa.

Seja qual for o tipo de plainadora, as ferramentas usadas são as mesmas. Elas são
também chamadas de “bites" e geralmente fabricadas de aço rápido. Para a usinagem de
metais mais duros são usadas pastilhas de metal duro montadas em suportes. As plainas de
mesa ainda podem ser adaptadas para desempenhar funções de fresadoras verticais,
furadeiras ou retificas mediante a adaptação de um cabeçote de fresar, mandril para furar,
ou ainda, um aparelho de fresado em cada caso, com um motor elétrico independente. E
também pode ter acoplado um apalpador para funcionar como plaina copiadora.
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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Plaina de mesa fresadora


Modelo: PF - 1.0 E

Características Técnicas

MESA:

Capacidade "normal" de usinagem


1.000 x 590 x 550 mm
( Comprimento x Largura x Altura )

Dimensão da mesa - "normal" (compr. x larg.) 1.000 x 520 mm

Curso longitudinal útil 1.200 mm

Mesa – avanços variáveis via inversor de frequência 30 a 500 mm por minuto

Motor para avanço da mesa - 900 / 1.800 rpm 0,5 cv

Capacidade estimada de peso distribuído sobre a mesa 400 kg

BASE/BARRAMENTO:

Comprimento aproximado 1.900 mm

Bomba de lubrificação automática dos prismas Não tem


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PASSAGEM ENTRE COLUNAS :

Normal (largura x altura) 590 x 550 mm

CABEÇOTE:

Gama de rotações - 03 rotações 185 - 370 - 1.100 rpm

Motor elétrico - 1.200 rpm 2,0 cv

Cone do eixo árvore ISO 30

TRAVESSÃO:

Motor para movimento vertical do travessão 0,5 cv

TENSÃO ELÉTRICA:

Tensão elétrica normal instalada 220 volts - 60 hz - 3 fases

DIMENSÕES - PESO:

Embalagem marítima (Compr. X Largura x Altura) 2,1 x 1,4 x 2,0 m

Peso Aprox. Líquido – Bruto 1.100 kg / 1.650 kg

Dimensões da máquina em funcionamento (Compr. x Largura x


2,4 x 1,1 x 1,8 m
Altura)

OPCIONAIS PARA PF-1E:

01 Disco Ø 290 mm c/ 01 vídea.

01 Platô Ø 330 mm c/ 12 pedras de rebolos de segmentos.

01 Conjunto balanceador de rebolos.

01 Suporte para fixar diamantes para retificar rebolos.

02 Pares de barras paralelas.

01 Proteção de chapa para barramento.

01 Proteção para rebolo.

01 Refrigeração Completa.

01 Proteção contra respingos.


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Plaina de mesa fresadora


Modelo: PF - 6.0 E

Características Técnicas
MESA:

Capacidade "normal" de usinagem


6.000 x 1.000 x 1.000 mm
( Comprimento x Largura x Altura )

Dimensão da mesa - "normal" (compr. x larg.) 6.000 x 730 mm

Dimensão da mesa (opcional) 6.000 x 1.000 mm

Curso longitudinal útil 6.000 mm

Mesa - velocidade variável via inversor de frequência 60 a 2.500 mm por minuto

Motor para avanço da mesa 5,0 cv

Capacidade estimada de peso distribuído sobre a mesa 5.500 kg

BASE/BARRAMENTO:

Comprimento aproximado 10.500 mm (em 03 partes)

Bomba de lubrificação automática dos prismas Normal

PASSAGEM ENTRE COLUNAS :

Normal (largura x altura) 1.000 x 1.000 mm

Opcional (largura x altura) 1.400 x 1.000 mm

Opcional (largura x altura) 1.600 x 1.000 mm


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Opcional (largura x altura) 2.200 x 1.000 mm

CABEÇOTE FRESADOR R-12:

(A) 85 - 120 - 185 - 255 - 350 - 550 rpm


(5,0 cv)
Engrenagens temperadas - dentes retificados - 12 rotações:
Motor - dupla rotação
(B) 160 - 240 - 370 - 510 - 700 - 1.100
rpm (8,0 cv)

Inclinação máxima lateral - esquerda / direita 45º / 45º

Cone do eixo árvore ISO 40 ou ISO 50

Curso máximo do eixo árvore – manual 60 mm

Bomba de lubrificação interna Automática

TRAVESSÃO:

(1) Velocidade de avanço vertical - normal / motor 150 mm por minuto min - motor 1,0 cv

30 - 60 - 75 - 150 mm por minuto -


(4) Velocidades de avanço vertical - opcional / motor
motor 1,0 / 1,6 cv

(2) Velocidades de avanço transversal – normal / motor 225 - 425 mm por minuto - motor 1,5 cv

TENSÃO ELÉTRICA:

Tensão elétrica normal instalada 220 volts – 60hz – 3 fases

DIMENSÕES - PESO:

Peso Líquido Aproximado 9.500 kg

Dimensões da máquina em funcionamento (Compr. x Largura x


12,7 x 2,8 x 2,6 m
Altura)

OBSERVAÇÃO:

Número de pés de apoio 8

Proteção dos motores via fusíveis

Limitador de curso da mesa elétrico via-chave

OPCIONAIS PARA PF-6.0E:

CABEÇOTE FRESADOR LATERAL - R-2:

Tração por correiras – 2 rotações / motor 300 - 500 rpm (3,0 cv)

Cone do eixo árvore ISO 40

Avanço máximo transversal 150 mm


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Avanço máximo vertical - velocidade de avanço - motor 100 a 150 mm por minuto - motor 1,0 cv

SUB-CABEÇOTE ANGULAR PARA FRESAR A 90 GRAUS:

Adaptável ao cabeçote fresador R-12 ou R-4, cone ISO 40.


Giro sob a base 90-180-270-360 graus.

REFRIGERAÇÃO:

Eletro-bomba de refrigeração - motor 0,12 cv - com reservatório 15 litros, bico


flexível, encanamentos e bacia de proteção na mesa, com altura média de 300
mm.

MOVIMENTO LONGITUDINAL DA MESA - MANUAL:

Adaptado à caixa de engrenagens de avanço da Mesa p/aproximação fina


manual.

RÉGUAS DE LEITURA DIGITAL:

Medição via réguas de leitura digital nos eixos x - y - z.

FERRAMENTAS DE USINAGEM:

Para insertos diâmetros 80, 100, 125 e 160 mm.


Jogo de pinças e mandril.

PAINEL DE COMANDO ELÉTRICO:

Com proteção para motores via relês térmicos, com contatores e fim de
Curso reguláveis na mesa, nas colunas e no travessão.

AVANÇOS VARIÁVEIS - EIXOS X - Y - Z:

Variadores de velocidades para avanços variáveis nos eixos X (longitudinal), Y


(transversal) e Z (vertical).

OUTROS:

Proteção de guias prismáticos.


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PLAINA LIMADORA ZOCCA PLZ-550

Curso máximo do torpedo................................................................ 500 mm


Largura máxima............................................................................... 450 mm
Altura máxima.................................................................................. 400 mm
Superfície útil da mesa............................................................ 450 x 300 mm
Curso vertical do porta-ferramentas................................................. 140 mm
Velocidades...................................................................................... 20 - 112
Motor principal........................................................................................ 3 cv
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FERRAMENTAS

As ferramentas de aplainar são geralmente fabricadas em aço rápido, muitas vezes


os gumes são constituídos de metal duro. Existem dois tipos de básicos conforme a função
que a ferramenta vai desempenhar.
Ferramenta de desbastar: levanta no menor tempo possível a maior quantidade de
cavacos que puder. As grandes seções de cavaco exigem uma forma robusta do gume.

A – Ferramenta direita de desbastar à esquerda.


B – ferramenta direita de desbastar à direita.
C – ferramenta curva de desbastar à esquerda.
D – ferramenta curva de desbastar à direita.

Ferramenta de Alisar: produz uma superfície alisada de aspecto perfeito, por isso
possuem gumes chatos ou arredondados.

A – ferramenta de alisar aguda.


B – ferramenta de alisar larga.
C – ferramenta direita.
D – ferramenta em pescoço de cavalo ou curvada para trás.
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Outras ferramentas: produzem vários tipos de acabamento conforme a geometria


de suas pontas.

A – ferramenta de ranhura.
B – ferramenta de facear.
C – ferramenta de ponta voltada.
D – ferramenta para redondos.

ÂNGULOS MEDIDOS NO PLANO ORTOGONAL (Po)

Ângulo de saída (γ): ângulo entre a superfície de saída e o plano de referência da


ferramenta. O ângulo “γ” (ângulo de saída) possui as seguintes características:
Influi decisivamente na força e na potência necessária ao corte, no acabamento superficial e
no calor gerado;
Quanto maior for o ângulo γ menor será o trabalho de dobramento do cavaco;
O ângulo γ depende principalmente de:
Resistência do material da ferramenta e da peça a usinar;
Quantidade de calor gerado pelo corte;
Velocidade de avanço.
O ângulo γ negativo é muito usado para corte de materiais de difícil usinabilidade e
em cortes interrompidos, com o inconveniente da necessidade de maior força de e potências
de usinagem e maior calor gerado pela ferramenta, geralmente o ângulo γ está entre –10° e
30°.
O ângulo de saída pode ser positivo, nulo ou negativo, conforme a figura abaixo:
31

DICAS TECNOLÓGICAS:

O ângulo γ deve ser:


Maior para materiais que oferecem pouca resistência ao corte. Se γ (ângulo de
saída) aumenta, o β (ângulo de cunha da ferramenta) diminui;
Menor (e às vezes até negativo) para materiais mais duros e com irregularidades na
superfície.
Se o ângulo γ diminui o β (ângulo de cunha da ferramenta) aumenta;
Ângulo de cunha da ferramenta (β): ângulo entre a superfície da saída e a de folga.
Ângulo de folga (α): ângulo entre a superfície de folga e o plano de corte (Ps - plano
que contém a aresta de corte e é perpendicular ao plano de referência). O α (ângulo de
folga) possui as seguintes funções e características:
Evitar o atrito entre a peça e a superfície de folga da ferramenta;
Se α é pequeno (o ângulo β aumenta): a cunha não penetra convenientemente no
material, a ferramenta perde o corte rapidamente, há grande geração de calor que prejudica
o acabamento superficial;
Se α é grande (o ângulo β diminui): a cunha da ferramenta perde resistência,
podendo soltar pequenas lascas ou quebrar;
α depende principalmente da resistência do material da ferramenta e da peça a
usinar. Geralmente o ângulo α esta entre 2° e 14°.

ÂNGULOS MEDIDOS NO PLANO DE REFERÊNCIA (Pr)

A) Ângulo de posição (χ): ângulo entre o plano de corte (Ps) e o plano de trabalho
(Pf). O ângulo de posição possui as seguintes funções e características:
Influi na direção de saída do cavaco;
Se χ diminui, o ângulo de ponta (ε) aumenta , aumentando a resistência da
ferramenta e a capacidade de dissipação de calor;
O controle de χ reduz as vibrações, uma vez que as forças de corte estão
relacionadas com este ângulo. Geralmente o ângulo χ está entre 30° e 90°;
B) Ângulo de ponta (ε): ângulo entre os planos principal de corte (Ps) e o
secundário (P’s);
C) Ângulo de posição secundária (χ’): ângulo entre o plano secundário de corte
(P’s) e o plano de trabalho.
32

ÂNGULO MEDIDO NO PLANO DE CORTE (Ps)

Ângulo de inclinação (λ): ângulo entre a aresta de corte e o plano de referência.


Funções do ângulo “λ”:
Controlar a direção de saída do cavaco;
Proteger a quina da ferramenta contra impactos;
Atenuar vibrações;
Geralmente λ (ângulo de inclinação) tem um valor de –4° a 4°.
Obs:
Quando a ponta da ferramenta for:
Mais baixa em relação à aresta de corte λ será positivo (usado nos trabalhos em
desbaste nos cortes interrompidos nos materiais duros) mais alta em relação à aresta de
corte λ será negativo (usado na usinagem de materiais macios, de baixa dureza);
Da mesma altura da aresta de corte λ será nulo (usado na usinagem de materiais
duros, exige menor potência no corte).

Ferramenta de canal

PASTILHA
SEÇÃO BITOLA h b l1 + 5% l2
DIM 4950
1010 10 10 90 10 C10
1212 12 12 100 12 C12
1616 16 16 110 16 C16
2020 20 20 125 20 C20
2525 25 25 140 25 C25
3232 32 32 170 32 C32
4040 40 40 200 40 C40

2012 20 12 125 20 C12


2516 25 16 140 25 C16
3220 32 20 170 32 C20
4025 40 25 200 40 C25
33

Ferramenta de desbaste

PASTILHA
SEÇÃO BITOLA h b l1 + 5% l2
DIM 4950

1010 10 10 90 10 C10
1212 12 12 100 12 C12
1616 16 16 110 16 C16
2020 20 20 125 20 C20
2525 25 25 140 25 C25
3232 32 32 170 32 C32
4040 40 40 200 40 C40
2012 20 12 125 20 C12
2516 25 16 140 25 C16
3220 32 20 170 32 C20
4025 40 25 200 40 C25

ESTUDO DOS CAVACOS

Etapas de mecanismo de formação de cavaco:


1. Recalque, devido a penetração da ferramenta na peça;
2. O material recalcado sofre deformação plástica, que aumenta progressivamente,
até que tensões cisalhantes se tornem suficientemente grandes para que o deslizamento
comece;
3. Ruptura parcial ou completa, na região de cisalhamento, dando origem aos
diversos tipos de cavacos;
4. Movimento sobre a superfície de saída da ferramenta.
Tipos de cavacos:
• Cisalhado (segmentado);
• De ruptura (descontínuo);
• Contínuo;
• Cavaco contínuo com aresta postiça de corte (APC).
Quanto à forma, os cavacos são classificados como:
• Em fita;
• Helicoidal;
• Espiral;
• Em lasca ou pedaços.
A norma ISO 3685 faz uma classificação mais detalhada.
34

O material da peça é o principal fator que vai influenciar na classificação quanto à


forma dos cavacos. Quanto às condições de corte: maior vc (velocidade de corte), f (avanço)
e γ (ângulo de saída) tende a produzir cavacos em fitas (ou contínuos, quanto ao tipo). O “f”
é o parâmetro mais influente e o ap é o que menos influencia na forma de cavacos. A figura
4.5 ilustra a influência destes parâmetros na forma do cavaco.
Os cavacos do tipo contínuos (em fita) trás sérios inconvenientes, entre eles
destacam:
• Pode ocasionar acidentes, visto que eles se enrolam em torno da peça, da
ferramenta ou dos componentes da máquina;
• Dificulta a refrigeração direcionada, desperdiçando o fluido de corte;
• Dificulta o transporte (manuseio);
• Ele prejudica o corte, no sentido de poder afetar, o acabamento, as forças de corte
e a vida útil das ferramentas.
Apesar das condições de corte pode ser escolhido para evitar ou pelo menos reduzir
a tendência de formação de cavacos longos em fita (contínuo ou cisalhado). Até o momento,
o método mais efetivo e popular para produzir cavacos curtos é o uso de dispositivos que
promovem a quebra mecânica deles, que são os quebra-cavacos.
Quebra-cavacos usinado diretamente na ferramenta;
Quebra-cavacos fixado mecanicamente;
Quebra-cavacos em pastilha sinterizada.
Como vantagens do uso de quebra-cavacos podem enumerar:
1. Redução de transferência de calor para a ferramenta por reduzir o contato entre o
cavaco e ferramenta;
2. Maior facilidade de remoção dos cavacos;
3. Menores riscos de acidentes para o operador;
4. Obstrução menor ao direcionamento do fluido de corte sobre a aresta de corte da
ferramenta.
35

Tipo de cavaco Formação Material

Forma-se na usinagem de
materiais dúcteis e
tenazes, com o emprego Aço liga e aço-carbono.
de grandes avanços e
velocidade de corte
geralmente superiores a
100 m/min.

Forma-se na usinagem de
materiais frágeis com
avanço e velocidade de Ferro-fundido, bronze
corte inferior aos duro, latão.
anteriores.
36

Forma-se de materiais
dúcteis e homogêneos,
com o emprego de avanço
médio e pequeno da Aço com baixo teor de
ferramenta, e com carbono e alumínio.
velocidade de corte
geralmente superior a
60m/min.

È constituída por um
depósito de material da
peça que adere face de
corte da ferramenta, e que Aço com baixo teor de
ocorre durante o Carbono.
escoamento da apara
contínua.

ACESSORIOS

FIXAÇÃO DAS PEÇAS

As peças grandes são fixadas sobre a mesa de aplainar com o auxílio de parafusos e
barras de aperto, as barras devem sempre estar paralelas à superfície de fixação a fim de
aumentar a área de contato, os parafusos devem sempre estar próximos da peça, pois
assim garantem uma maior pressão sobre a peça.
37

A fixação de peças pequenas é feita na morsa.

MORSAS
38

Características

 A morsa giratória NBLK é tem ótima precisão e altíssima qualidade.


 Pode ser utilizada tanto em trabalhos médios com e serviços pesados
 Superfície de apoio mordentes temperados e retificados.
 Diversas aplicações em máquinas operatrizes
 Base giratória em 360º.
39

CANTOEIRAS

Cantoneiras de Precisão

Cantoneiras de Precisão
As cantoneiras de precisão são: -
Fabricadas em Aço Especial , com dureza
entre 55 ~ 58 HRC. - Ideaisl para serviços
de usinagem e Inspeção Dimensional.

Cantoneiras Retificadas
As cantoneiras de precisão são
fabricadas em Ferro Fundido com alta
estabilidade molecular e utilizadas na
fixação de peças para: usinar, montar,
traçar e inspecionar.

GRAMPOS DE FIXAÇÂO

Ranhura da
Modelo Parafuso Peso Código
Mesa
Grampos ck-103A 7/16" V-336700
3/8" - 16 fios 7
Grampos ck-103B 1/2" V-336800
Grampos ck-104A 9/16" 1/2" - 12 fios V-336900
10
Grampos ck-104B 5/8" 1/2"-13 fios V-337300
Grampos ck-105A 11/16" V-337100
5/8" - 11fios 13
Grampos ck-105B 3/4" V-337800
CK-206 7/8" 3/4" - 10 fios 25 V-338200
40

Modelo Ranhura da Mesa Parafuso Peso Código


Grampos CK-08 10 8x1.25P 7.0 V-336100
Grampos ck-10 12 10x1.25P 10 V-336200
Grampos CK-12A 14 V-336500
12x1.75P 10
Grampos CK-12B 15.7 V-336600
Grampos CK-14 16 14x2.0P 11 V-337000
Grampos CK-16 18 16x2.0P 13 V-337500
Grampos CK-18 20 18x2.5P 25 V-338000
Grampos CK-20 22 20x2.5P 26 V-338100

DIVISORES

ESPECIFICAÇÃO

Table Base dimension Bolt slots Center Worm Weight


NO MODEL
D H A B K sleeve gear ratio (kg)
D-21 HHT-150 150 78 220 160 15 MT-2 13
D-22 HHT-200 200 110 310 225 17 MT-3 33
D-23 HHT-250 250 110 365 280 17 MT-3 90 : 1 46
D-24 HHT-300 300 130 380 350 17 MT-4 73
D-25 HHT-350 350 130 450 380 17 MT-4 90
41

As mesas divisoras são fabricadas utilizando-se máquinas de excelente


desempenho, e com equipamentos eletrônicos "Heidenhain", que lhes garantem uma ótima
qualidade e durabilidade.
O material empregado em sua fabricação é o "Meehanite" de alta resistência o que
garante ótima estabilidade mesmo quando submetidas a usinagens pesadas.
A sem-fim é temperada e retificada. A relação de transmissão entre a sem-fim e a
coroa é de 1:90. A mesa de trabalho é totalmente graduada ao redor de 360º, de modo que
uma volta completa no manípulo faz com que a mesa gire 4º. O colar micrométrico é
graduado em intervalos de 1 (minuto). A escala torna possíveis divisões de 10`` (segundos).
Estas mesas divisoras são muito utilizadas devido a seu excelente desempenho,
praticidade e custo competitivo. Elas são amplamente usadas em usinagens circulares,
angulares, mandrilamento, faceamento e em outras operações similares.
O centro pode ser corrigido de modo fácil e preciso utilizando-se o dispositivo
bloqueador.
Possibilidade de giro livre da mesa.
42

Elementos de máquinas

Engrenagens
As engrenagens operam aos pares, os dentes de uma encaixando nos dentes de
outra. Se os dentes de um par de engrenagens se dispõem em circulo, a razão entre as
velocidades angulares e os torques do eixo será constante. Se o arranjo dos dentes não for
circular, variará a razão de velocidade. A maioria das engrenagens é de forma circular.
Para transmitir movimento uniforme e contínuo, as superfícies de contato da
engrenagem devem ser cuidadosamente moldadas, de acordo com um perfil específico. Se
a roda menor do par (o pinhão) está no eixo motor, o trem de engrenagem atua de maneira
a reduzir a velocidade e aumentar o torque; se a roda maior está no eixo motor, o trem atua
como um acelerador da velocidade e redutor do torque.
43

As dimensões a e d são medidas a partir no diâmetro do círculo primitivo. Com o


diâmetro desse círculo é calculada a razão de transmissão de torque e de velocidades. Para
o diâmetro primitivo é usado o símbolo di , onde i é a letra correspondente ao pinhão (p) ou
a coroa (c). A dimensão L é a largura da cabeça e a dimensão b é a largura do denteado. A
altura efetiva é medida entre a circunferência de cabeça e a de base. Com a cota na figura
fica obvio qual é a circunferência de base. A altura total inclui a altura efetiva e a diferença
entre os raios da circunferência de base e de pé, que define uma região onde não deve
haver contato entre os dentes de duas engrenagens em uma transmissão. O raio de
concordância do pé do dente existe no espaço abaixo da circunferência de base.
O espaço entre os dentes tem aproximadamente a mesma dimensão da largura do
dente.
Com o desgaste devido ao uso, esse espaço, conhecido como “backlash”, pode
aumentar.
Existem basicamente duas formas de analisar a geometria de engrenagens,
chamadas de sistemas de engrenagens: o sistema americano ou inglês, com diversas
outras designações, e o sistema métrico. O primeiro usa como base a variável “Diametral
Pitch”, cuja letra símbolo é P e que define o número de dentes por polegada do diâmetro
primitivo. O sistema métrico baseia-se na variável Módulo, cuja letra símbolo é m, e que é
definida como a razão entre o diâmetro primitivo em mm e o número de dentes da
engrenagem. Fica evidente que uma das variáveis é o inverso da outra, corrigida para
transformar o diâmetro na unidade correta.
Outra variável importante é o passo circular (p): definido como a razão entre
operímetro e o número de dentes ( Ni ). O passo pode ser calculado por:

Correias
Correias são elementos de maquinas que transmitem movimento de rotação entre
dois eixos (motor e movido) por intermédio das polias.
As polias são cilíndricas, movimentadas pela rotação do eixo motor e pelas correias.
O material empregue para a construção das polias são ferro fundido (o mais
utilizado), aços, ligas leves e materiais sintéticos.
44

A superfície da polia não deve apresentar porosidades, caso contrario, a correia vai-
se desgastar rapidamente.
Na transmissão por polias e correias, a polia que transmite movimento e a força a
chamada de polia motora ou condutora. A polia que recebe movimento e força é a polia
movida ou conduzida.

As correias mais usadas são as planas, as trapezoidais (ou em “V”) e as dentadas.

CORREIAS PLANAS

Principais características
É permitida uma velocidade linear de 90m/s
Adaptam-se a transmissão do movimento entre veios não complanares com ou sem
inversão de sentido.
Quanto à temperatura, as correias planas são mais resistentes do que as
trapezoidais, em virtude dos materiais em que são normalmente construídas, embora ambas
sejam menos resistentes a este parâmetro do que as correntes ou engrenagens.
Economicamente e mais favorável do que outros tipos de transmissões, embora com
vida útil inferior.
Pode aplicar-se em aplicações com grandes distâncias entre eixos.
As correias planas apresentam uma vida que pode atingir durações da ordem das
40000 horas.
As correias planas são mais fáceis de montar.
45

CORREIA TRAPEZOIDAL OU EM V

Principais características
 As correias trapezoidais apresentam limites superiores e inferiores,
respectivamente de 25 m/s e 5 m/s.
 A aplicação das correias trapezoidais limita-se apenas a veios
paralelos e de preferência horizontais, sem inversão do sentido de rotação.
 Economicamente e mais favorável do que outros tipos de
transmissões, embora com vida útil inferior.
 Para pequenas distancias entre eixos, as correias trapezoidais
adaptam-se melhor em virtude de não requererem polias de dimensões tão
elevadas.
 As correias trapezoidais apresentam uma vida que pode variar até
8000 – 10000 horas.

CORREIAS DENTADAS

A sua função é sincronizar os movimentos de duas peças do motor: o virabrequim


(que, por sua vez, está ligado aos pistões) e o comando de válvulas. Quando ela se rompe
com o motor em movimento, o resultado imediato é a parada do carro, como se o motorista
o tivesse desligado, porque os ciclos de alimentação e de escape se interrompem. É
possível que, na subida do pistão para expulsar os gases da combustão, a válvula não
recue no tempo certo e, por isso, tenham suas hastes entortadas. Pelo mesmo motivo,
46

também são prováveis, danos nos pistões e demais componentes. A quilometragem para a
troca está no manual do proprietário e varia para cada carro.
As correias dentadas são feitas de borrachas e fios de aço para suportar tensões
axiais. Tem dentes que encaixam nas polias dentadas feitas de nylon. Isto para não haver
escorregamento nem esticarem.

Principais características
Não alonga.
Não escorrega.
Transmite potencia em uma razão de velocidade constante.
Não depende da pré-tensão da correia.
Trabalha numa gama alargada de velocidade.
Eficiência entre 97% e 99%.
Não e necessária lubrificação.
Funcionamento silencioso.
Necessita de polias adequadas.
47

CONCLUSÃO

Aplainamento
Processo destinado a obter superfícies regradas, geradas por um movimento
retilíneo alternativo da peça ou da ferramenta. Por ser horizontal ou vertical. Classificado em
aplainamento de desbaste e aplainamento de acabamento .

Tipos de Aplainamento
48

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

· HEMUS. MÁQUINAS FERRAMENTAS – TECNOLOGIA MECÂNICA.


2ª EDIÇÃO. SÃO PAULO: HEMUS, 1975.

· ROSSI, Mario. Máquinas-Hierramentas Modernas V.I. Madri: Dossat, 1981.

· ROSSI, Mario. Máquinas-Hierramentas Modernas V.II. Madri: Dossat, 1981.

Diniz, A.E.; Marcondes, F.C.; Coppini, N.L. Tecnologia da Usinagem dos Materiais, Artliber
Editora, São Paulo, 2000, 2ª ed.

FERRARESI, Dino, Característica de usinagem dos metais, Ed. São Paulo, 1987.

YOSHIDA, Américo. Máquinas Operatrizes. L’Oren Editora e Distribuidora de Livros LTDA,


São Paulo, SP, 1979.

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