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Processos
Eletrodo Revestido, TIG e MIG-MAG
Oficina de Metalmecânica
Soldagem Com Eletrodo Revestido
FIEP - FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA PARAÍBA
Oficina de Metalmecânica
Soldagem Com Eletrodo Revestido
FIEP
SESI
SENAI
IEL
Campina Grande – PB
2010
Oficina de Metalmecânica
Soldagem Com Eletrodo Revestido
É autorizada reprodução total ou parcial deste material, por qualquer
meio ou sistema desde que a fonte seja citada.
Informamos que não será permitida qualquer alteração neste material, sem
que haja autorização da UNIEP.
SENAI. PB.
Metalmecânica: Qualificação/SENAI
CDD
UA1008
Oficina de Metalmecânica
Soldagem Com Eletrodo Revestido
SUMÁRIO
1 Segurança na Soldagem 11
1.1 - Principais riscos para um soldador 11
1.1.1 - Poluição por fumos de soldagem 12
1.1.2 - Radiações visíveis e invisíveis 14
1.1.3 - Ruídos excessivos 21
1.1.4 - Choques elétricos 22
1.1.5 - Incêndios e explosões 26
2 Soldagem com eletrodo revestido 33
2.1 - Processo eletrodo revestido 33
2.2 - Histórico 33
2.3 - Iniciando o Trabalho 34
2.4 - Ignição do Arco elétrico 36
2.5 - Ferramentas e acessórios para soldagem com eletrodo
revestido 37
3 Eletricidade na Soldagem 43
3.1 – A Corrente elétrica 43
3.2 - Circuitos 43
3.3 - Tipos de corrente elétrica 44
3.4 - Fontes de Energia para Soldagem 48
3.4.1 – Transformadores 48
3.4.2 – Retificadores 50
3.4.3 – Geradores 52
3.4.4 - Inovações Tecnológicas 54
4 Eletrodo Revestido 56
4.1 - Funções do revestimento 57
4.2 - Escolha do tipo correto de eletrodo 58
4.3 - Principais tipos de revestimento 58
4.4 - Classificação AWS para Eletrodos Revestidos 59
4.5 - Armazenagem e cuidados especiais com eletrodos 63
revestidos
5 Juntas 65
5.1 – Tipos de juntas 65
5.2 – Chanfros e separações 68
6 Posições de Soldagem 72
7 Fenômenos na Soldagem 75
7.1 – Metalurgia da soldagem 75
7.2 - Sopro magnético 76
8 Descontinuidades na soldagem 77
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Soldagem Com Eletrodo Revestido
9 Simbologia de Soldagem 83
9.1 - Símbolos básicos 83
9.2 - Dimensões da solda 90
10 Instrumentos de medição e controle para soldagem 93
11 Soldagem TIG 99
11.1 – Processo de Soldagem TIG 99
11.2 - Surgimento 99
11.3 – Esquema de um equipamento de soldagem TIG 100
12.4 – Tipos de correntes para o Processo TIG 101
11.5 – Fontes de energia para soldagem TIG 102
10.6 – Tocha para soldagem TIG 103
10.7 – Difusores de gás para tocha TIG 107
10.8 – Bocal de gás para tocha TIG 108
10.9 – Eletrodo de tungstênio 111
10.10 – Classificação AWS para varetas 115
10.11 – Gases de proteção 116
10.12 – Regulagem da pressão de Trabalho 118
12 Soldagem MIG-MAG 123
12.1 – Processo de Soldagem MIG-MAG 123
12.2 – Surgimento do Processo 123
12.3 – Esquema de um equipamento MIG-MAG 124
12.4 – Fonte para soldagem MIG-MAG 125
12.5 – Sistemas de alimentação do arame eletrodo 126
12.6 – Roletes para alimentação 128
12.7 – Pistolas de soldagem MIG-MAG 129
12.8 – Arame eletrodo para soldagem MIG-MAG 132
12.9 – Gases de proteção 137
12.10 – Regulagem da vazão do gás de proteção 138
12.11 – Transferência Metálica 140
12.12 - Ferramentas e acessórios para soldagem MIG-MAG 142
13 Terminologias de Soldagem 145
Referências Bibliográficas 156
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Soldagem Com Eletrodo Revestido
APRESENTAÇÃO
Caro aluno:
Oficina de Metalmecânica
Soldagem Com Eletrodo Revestido
Oficina de Metalmecânica
Soldagem Com Eletrodo Revestido
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL STENIO LOPES
SEGURANÇA NA SOLDAGEM
Oficina de Metalmecânica
Processos de Soldagem
9
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Soldagem Com Eletrodo Revestido
1 - SEGURANÇA NA SOLDAGEM
Todo profissional envolvido nos trabalhos de soldagem deve estar consciente das
atividades que precisa desempenhar como um todo e, também, conhecer os riscos
decorrentes da utilização dos equipamentos manuseados para a execução dessas
atividades.
Ruídos excessivos;
Choques elétricos;
Incêndios e explosões.
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11
1.1.1 - Poluição por fumos de soldagem
Precauções:
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12
Fig. 6 – Máscaras para proteção Fig. 7 – Máscara para soldador
contra fumos metálicos com proteção para fumos metálicos
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13
1.1.2 – Radiações visíveis e invisíveis
Avental;
Casaca;
Mangas;
Polainas (perneiras);
Luvas de cano longo;
Toca em algodão ou raspa de couro;
Óculos de proteção;
Botas de segurança (bico de aço)
Máscara para soldador;
Protetor auricular.
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14
Aventais
Casacas
Mangas
Fig. 15 – Mangas em
Raspa de couro
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Polainas (perneiras)
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Tocas em algodão
Sabemos que os olhos são uma das partes mais sensíveis do nosso corpo. O uso
de óculos de proteção incolor (fig. 20), para os trabalhos do soldador devem ser
constantes, mesmo quando utilizando máscaras de proteção, afinal máscaras
protegem o rosto do usuário.
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Tipos de máscaras para soldador
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18
Lentes para soldagem:
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Tabela 1 - Numeração para lentes usadas nos processos de soldagem
Proteção Coletiva
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20
1.1.3 – Ruídos Excessivos
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21
1.1.4 - Choques elétricos
Os riscos que o soldador passa por usar as fontes de correntes para soldagem são
inevitáveis, a utilização da energia elétrica é indispensável. Todos nós temos a
consciência do que pode ocorrer com o ser humano mediante uma descarga
elétrica:
Precauções:
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22
Os cabos e conectores danificados além de trazer riscos de acidentes para o
soldador, também afetam diretamente no resultado final dos cordões de
solda em virtude das oscilações na corrente.
Saída
Passagem da
Corrente Entrada
da Corrente da
Pelo Corpo Corrente
Eletrodo
Revestido
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23
Utilizar as vestimentas em raspa de couro para um bom isolamento;
Óculos de Proteção
Avental em Raspa
de Couro
Polainas sobre as
Botas com Bicos de Aço
As botas mais indicadas para uso dos soldadores são as que não possuem
partes metálicas e com biqueiras de aço, de preferência utilizar as de
modelo com elásticos como já visto anteriormente na (fig. 21).
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24
Não executar trabalhos se estiver molhado ou em ambientes da mesma
forma;
Durante a limpeza de
equipamentos para
soldagem, se faz necessário
a utilização de Ar comprido
seco (fig. 43) para evitar
umidade dentro da máquina
além da exigência de
desconectar o mesmo da
rede (fig. 44) para evitar
acidentes.
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1.1.5 – Incêndios e explosões
COBRIR
EXTINTORES
VEDAR
REMOVER
VIGILÂNCIA
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26
Vedar: Todas as aberturas nos pisos, paredes, frestas e espaços existentes
nas máquinas e equipamentos, para evitar o acumulo de fagulhas ou o
deslocamentos delas para outros ambientes com riscos de incêndio.
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27
Vigilância: Manter vigilância no
local do trabalho durante e até
quatro horas depois da conclusão
do serviço.
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28
Ventilar se necessário;
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CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL STENIO LOPES
Soldagem Pelo
Processo Eletrodo Revestido
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32
2 - SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO
2.2 - Histórico
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33
2.3 - Iniciando o Trabalho
Todo trabalho a ser realizado por qualquer soldador, deve ser precedido por uma
analise adequada do tipo de serviço a ser executado, entre estes procedimentos
podemos destacar:
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34
Outro ponto importante e que por
inúmeras vezes é desprezado por muitos
soldadores no campo de trabalho, é um
cuidado básico com os cabos de obra
dos equipamentos de soldagem antes e
depois da realização do serviço.
Ao Concluir os trabalhos
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2.4 - Ignição do Arco elétrico
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2.5 - Ferramentas e acessórios para soldagem com eletrodo revestido
Escovas de Aço
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Martelo e Marretas
Fig. 65 - Marreta
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Talhadeira e Bedames
Marteletes Pneumáticos
Tenaz
A tenaz é uma ferramenta semelhante a um alicate (fig. 69), porém com cabos mais
longos, utilizada no manuseio e deslocamento de peças quentes trazendo
segurança para o soldador durante o transporte, em virtude da peça está projeta
distante do corpo deste.
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Alicate de Pressão para Soldador
O alicate de pressão para soldador (fig. 70) segue o mesmo principio do alicate de
pressão convencional, sua vantagem em serviços de soldagem deve-se ao formato
das garras, possibilitando a fixação e alinhamentos de peças em geral, sem
bloquear a passagem para o ponteamento.
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Grampo Terra
O grampo terra (fig. 72) é constituído por dois braços unidos entre si no centro, por
passador metálico, em redor do qual se coloca uma mola para manter as
mandíbulas fortemente fechadas.
Conectores
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Conectores de Engate Rápido
Vantagens:
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42
3 - Eletricidade na Soldagem
Sabemos que a maioria dos processos de soldagem envolve a utilização da
eletricidade como energia. Este fato exige do soldador conhecimentos básicos sobre
o funcionamento e os perigos existentes no manuseio dos equipamentos que
necessitam da energia elétrica.
3.2 - Circuitos
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43
Circuito elétrico - No circuito elétrico, a força motriz da corrente elétrica é obtida
sob a forma de tensão (V), por meio da fonte de corrente elétrica, em volts.
A resistência elétrica (R), medida em ohms, é obtido por meio de um condutor com
baixo valor de condutividade elétrica, como é o caso do arco elétrico.
Na soldagem com eletrodo revestido não poderia ser diferente, usamos os dois
tipos: corrente alternada (CA) e corrente contínua (CC). A utilização delas depende
diretamente do tipo de máquina e do eletrodo a qual será realizado o trabalho.
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44
Corrente Alternada (CA)
A utilização deste tipo de corrente na tecnologia de soldagem vem sendo feita com o
uso de transformadores de solda, que recebe a tensão da rede elétrica (110V, 220V,
380V ou até mesmo tensões mais elevadas) e transforma a mesma em tensões
baixas variando entre 42V e 80V de tensão em vazio, estes valores durante a
soldagem dependendo do comprimento do arco e da intensidade da corrente, baixa
ainda mais, chegando a valores de 20V até 36V.
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45
A tensão em vazio é a tensão medida nos conectores dos
cabos das máquinas de soldagem quando a fonte está
ligada, porém, sem carga.
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46
A aplicação da corrente continua na tecnologia de soldagem e obtida através de
retificadores e geradores de soldagem, que a exemplo dos transformadores,
recebem a tensão da rede elétrica (110V, 220V, 380V ou mais) e fornecem tensões
em vazio acima de 80V.
Corrente contínua (CC): A utilização desta corrente com eletrodos revestidos não
possui limitações, devemos, no entanto a exemplo da corrente alternada, seguir as
recomendações dos fabricantes e de normas regulamentares, este fato se deve há
alguns casos em que o eletrodo revestido deverá ser utilizado apenas no pólo
positivo (+) ou no pólo negativo (-).
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3.4 - Fontes de Energia para Soldagem
3.4.1 - Transformadores
Símbolo do Transformador
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48
Os Transformadores (CA) para o processo de eletrodo revestido com tensão em
vazio entre 42V e 69V, possuem limitações na utilização de alguns eletrodos
revestidos. Estes eletrodos só conseguiram acender e manter o arco elétrico com
tensões maiores que 70V e em alguns casos haverá eletrodos revestidos que só
poderão ser usados em (CC).
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A escolha de um transformador de soldagem para determinados trabalhos é
decorrente dos seguintes fatores:
3.4.2 - Retificadores
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Os Retificadores de soldagem (CC) são utilizados para vários processos de
soldagem entre eles podemos citar os processos de Eletrodo Revestido (fig. 108),
TIG– aços (fig. 109) e MIG/MAG (fig. 110).
Fig. 108 - Retificador para Soldagem Fig. 109 - Retificador para Soldagem
com eletrodo revestido com eletrodo revestido e TIG
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51
Os retificadores de soldagem são equipamentos que quase não possui limitações na
execução dos seus trabalhos, este fato faz com que inúmeras empresas escolham
este tipo de equipamento para atender uma serie de serviços. Suas características
são:
4.3 - Geradores
Símbolo do Gerador
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52
Outra característica dos Geradores é sua independência em relação a energia
elétrica, dependendo do modelo, ele pode ser movido com um motor a Diesel ou
acoplado a transmissão de algum caminhão ou trator por exemplo.
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53
Exigências a Corrente de Soldagem
Fig. 117 – Fonte Inversora para Fig. 118 – Fonte Inversora para soldagem
soldagem com eletrodo revestido com eletrodo revestido e TIG
1. Utilização de (CC);
2. Peso aproximado de 4Kg;
3. Alimentação da rede elétrica de 220V (em alguns Casos);
4. Retificação da corrente na entrada através de diodos e na saída com
tiristores;
5. Arco elétrico suave e estável;
6. Pode apresentar-se na forma de máquina bi-processo (TIG/Eletrodo
Revestido).
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54
Outra Tendência do mercado são as máquinas Multiprocesso, que podem agregar a
um único equipamento vários Processos de Soldagem (fig. 119 e 120). Dentro desta
nova vertente, existem ainda fontes mais modernas que se apresentam com micro
processadores que permitem aos soldadores resposta mais rápida e maior
qualidade no trabalho.
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55
4 - Eletrodo Revestido
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56
Os eletrodos podem ser encontrados em diversos tipos de embalagem e peso, seus
diâmetros podem variar de acordo com a sua utilização (2,0-2,5-3,25-4,0-5,0-6,0-
7,0-8,0 mm).
Fig. 135 – Embalagem metálica Fig. 136 – Embalagem em Fig. 137 – Embalagem de
Para 15 Kg de eletrodo papelão para 4kg de plástico para eletrodos
Eletrodo revestido
Desvantagens do eletrodo nu
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4.2 - Escolha do tipo correto de eletrodo
Celulósico;
Rutílico;
Básico;
Ácido;
Oxidante.
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58
4.4 - Classificação AWS para Eletrodos Revestidos
3. Este dígito indica as posições em que o eletrodo pode ser empregado. (tabela 3).
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Tabela 2 – Resistência mecânica a tração
Eletrodo Resistência à tração.
E-60XX 60 x 1000 Lb/pol² (psi) = 60000 Lb/pol² (psi)
E-70XX 70 x 1000 Lb/pol² (psi) = 70000 Lb/pol² (psi)
E-80XX 80 x 1000 Lb/pol² (psi) = 80000 Lb/pol² (psi)
E-110XX 110 x 1000 Lb/pol² (psi) =110000 Lb/pol² (psi)
Tabela 4 – Tipo de corrente, polaridade, arco, penetração, revestimento e H 2, nos eletrodos revestidos
Eletrodo Corrente/ Arco Penetração Revestimento Teor de
polaridade H2
E-XXX0 CC + intenso grande Celulósico+silicato elevado
/ Na
E-XXX1 CC + / CA médio grande Celulósico+silicato Médio
/K
E-XXX2 CC- / CA médio média Rutílico/celulósico Médio
E-XXX3 CC +/ - / CA leve fraca Rutílico Médio
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60
Tabela 5 – Composição química adicional dos eletrodos
Eletrodo Composição Química
E-XXXX – A1 0,5% Mo
E-XXXX – B1 0,5%Cr, 0,5%Mo
E-XXXX – B2 1,25%Cr, 0,5%Mo
E-XXXX – B2L 1,25%Cr, 0,5%Mo (baixo C).
E-XXXX – B3 2,25%Cr, 1%Mo
E-XXXX – B3L 2,25%Cr, 1%Mo (baixo C).
E-XXXX – B4L 2%Cr, 0,5%Mo (baixo C).
E-XXXX – C1 2,5% Ni
E-XXXX – C2 3,5% Ni
E-XXXX – C3 1% Ni
E-XXXX – D1 1,5% Mn, 0,35% Mo
E-XXXX – D2 2% Mn, 0,35% Mo
Exemplo:
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61
Classificação AWS para Eletrodos de Aços Cr e CrNi resistentes à corrosão
(Aço Inoxidável)
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62
Exemplo:
Estes eletrodos apesar de não possuírem tantos cuidados, podem ser armazenados
em estufas, devendo apenas seguir as recomendações dos fabricantes para que
não ocorra a queima dos elementos de ligas ou dos componentes orgânicos (caso
haja) por altas temperaturas.
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63
Os eletrodos básicos apresentam-se muito mais sensíveis no que diz respeito à
aquisição de umidade no revestimento, por serem higroscópico (facilidade de atrair
água ou umidade), recebe na sua fabricação um tratamento especial através de uma
secagem rígida que leva o nível de desidratação em torno de 0,10% de H2O a
1000°C. Estes eletrodos devem permanecer em estufas depois de abertas às
embalagens, as temperaturas são determinadas pelos fabricantes.
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Processos de Soldagem
64
5 - Juntas
5.1 - Tipos:
Fig. 147
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65
Juntas de Ângulo em L (fig. 156 a 159).
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Processos de Soldagem
66
Juntas de Ângulo (fig. 164 a 167).
Fig. 173
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67
5.2 - Chanfros e separações
Para poder receber o material de solda suficiente e obter uma boa qualidade na
soldagem, é aplicado aberturas em forma de ângulos (chanfros) e separação entre
as peças quando necessário.
– Chanfro em V
O chanfro em “V” (fig. 176) é o mais α = 60°, n= 0 a 3 mm,
utilizado em juntas de solda, entretanto f = 2 a 4 mm; e = 5 a 20 mm.
possui uma grande desvantagem, em
virtude dos cordões serem
α
depositados em um único lado da junta
a tendência de embicamentos
aumenta consideravelmente.
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68
– Chanfro em meio V
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69
– Chanfro em J
– Chanfro em J duplo
– Chanfro em U
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70
– Chanfro em U duplo
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71
6 - Posições de Soldagem
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72
As posições de soldagem seguem normas para aplicações em projetos. A Norma
ASME é uma das mais conhecidas e utilizadas pelos mais diversos profissionais da
área de soldagem.
Estas estão distribuídas por números de “1” a “6” em conjunto com as letras “G” e
“F”, sendo G (groove weld) para juntas chanfradas e F (fillet weld) para juntas em
ângulo e sobrepostas.
Fig. 189 – Posição Fig. 190 – Posição Fig. 191 – Posição Fig. 192 – Posição
de soldagem de soldagem de soldagem de soldagem
1F em chapa 1F em tubo 1G em chapa 1G em tubo
Fig. 191 – Posição Fig. 192 – Posição Fig. 193 – Posição Fig. 194 – Posição
de soldagem de soldagem de soldagem de soldagem
2F em chapa 2F em tubo 2G em chapa 2G em tubo
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73
Posição vertical – 3F (fig. 195) e 3G (fig. 196).
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74
7 - Fenômenos na Soldagem
Na região próxima à junta soldada, está a zona de ligação, na qual se observa uma
transição entre a estrutura do metal fundido e a do metal de base.
Próximo a essa faixa, está a zona afetada termicamente na qual o metal é
superaquecido de modo que haja um aumento do tamanho do grão e, portanto, uma
alteração das propriedades do material. Essa faixa é normalmente a mais frágil da
junta soldada.
À medida que aumenta a distância da zona fundida, praticamente não há diferenças
na estrutura do material porque as temperaturas são menores.
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75
7.2 - Sopro Magnético
A distorção do campo magnético é causada porque o arco não vai pelo caminho
mais curto do eletrodo à peça, desviando pelos campos magnéticos que aparecem
na mesma, produzidos por intensidade de corrente necessária para soldar.
Pontos causadores
Soldagem realizada:
Soluções
Inclinar o eletrodo no
sentido do desvio do sopro
(fig. 204);
Pré-aquecer as peças com
maior espessura;
Executar soldas alternadas;
Se possível soldar com
(CA).
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76
8 - Descontinuidades na soldagem
Uma boa soldagem deve oferecer, entre outras coisas, segurança e qualidade. Para
alcançar esses objetivos, é necessário que os cordões de solda sejam efetuados
com o máximo de habilidade, boa regulagem da intensidade e boa seleção de
eletrodos.
Nas avaliações dos cordões de solda encontra-se com certa regularidade alguns
defeitos, são eles:
Falta de penetração;
Excesso de penetração;
Perfurações;
Bordas desniveladas;
Dissimetria do cordão;
Embicamento;
Irregularidade da superfície;
Mordeduras;
Respingos;
Cordão excessivo;
Inclusão de escória
Porosidade;
Falta de fusão;
Trincas.
Principais Causas:
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77
Excesso de Penetração (fig. 210)
Principais Causas:
Principais Causas:
Principais Causas:
Falta de experiência ou habilidade do soldador;
Desatenção do mesmo;
Ponteamento insuficiente.
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78
Dissimetria dos Cordões (fig. 213)
Principais Causas:
Má preparação da junta;
Excesso de passes dos cordões;
Temperaturas elevadas.
Principais Causas:
Principais Causas:
Principais Causas:
Principais Causas:
Avanço lento do eletrodo;
Passes de solda desnecessários;
Falta de sincronismo no movimento dos cordões trançados.
Principais Causas:
Má preparação do cordão
raiz;
Ângulo do chanfro estreito;
Chanfros irregulares;
Manuseio incorreto do
eletrodo;
Limpeza inadequada dos
Fig. 219 – Inclusão de escória (Raio X)
cordões anteriores.
Principais Causas:
Eletrodos úmidos;
Metal base com impurezas;
Preparação inadequada da junta;
Polaridade errada para o tipo de eletrodo;
Eletrodo distante da poça de fusão;
Alta intensidade da corrente elétrica;
Vazão do gás insuficiente;
Fluxo interno do arame tubular danificado.
Fig. 220 – Porosidade na soldagem
Principais Causas:
Ausência de suaves oscilações laterais durante a soldagem;
Surgimento do sopro magnético;
Inclinação inadequada do eletrodo, da Tocha ou Pistola;
Variação da distância do eletrodo.
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81
Trincas
Principais Causas:
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82
9 – Simbologia de Soldagem
Linha de referência
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No caso de soldagem em ambos os lados da peça, aparecerão dois símbolos,
um acima e outro abaixo da linha de referência (fig. 227)
A linha de seta pode ser contínua ou não. Quando a linha de seta é contínua,
indica que qualquer um dos lados da junta pode apresentar chanfro. A linha de
seta não contínua indica o lado da junta que deverá ser chanfrado (fig. 230 e
231).
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Processos de Soldagem
84
Cauda da Linha
Solda em ângulo
Fig. 234 – Solda sem chanfro Fig. 235 – Solda sem chanfro
Do lado da seta Do lado oposto a seta
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Processos de Soldagem
85
Símbolos de Juntas chanfradas
Em V
Em meio V
Em K
Em X
Em U
Em U duplo
Em J
Em J duplo
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Processos de Soldagem
86
Símbolo para faces convexas
Fig. 237 – Solda com uma face convexa Fig. 238 – Solda com uma face convexa
Do lado da seta Do lado oposto a seta
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87
Símbolo para solda de suporte
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88
Símbolo para soldagem de um lado com Projeção do outro
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89
9.2 - Dimensões da Solda
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91
Representação de ângulo do chanfro e abertura de raiz no símbolo
Tanto a medida do ângulo (fig. 253) quanto à medida da abertura da raiz (fig.
254 e 255) são posicionadas dentro do símbolo do chanfro.
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92
10 - Instrumentos de medição e controle para soldagem
Bem diferente do que muitos pensam a boa qualidade da soldagem não passa
apenas pela aparência ou pela simples deposição de cordões nos mais
variados processos.
Calibres de Solda:
Pernas de solda;
Altura dos cordões;
Profundidade de mordeduras;
Embicamento de chapas;
Espessura do filete;
Largura dos cordões.
Pernas de solda;
Altura dos cordões;
Espessura do filete;
Espessura da solda.
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93
(fig. 258) Para medição de:
Profundidade de mordeduras;
Excesso de solda;
Garganta da solda;
Desalinhamento.
(fig. 259) Para medição de: (fig. 260) Digital para medição:
Fig. 259 – Calibre de solda para Fig. 260 – Calibre Digital para
medição de altura de cordões medição de ângulos.
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94
Algumas aplicações práticas
Fig. 262 – Medição de Perna da Solda Fig. 263 – Medição de Perna da Solda
Segundo Norma DIN Segundo Norma DIN
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95
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CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL STENIO LOPES
SOLDAGEM PELO
PROCESSO TIG
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97
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98
11 - SOLDAGEM TIG
11.1 - PROCESSO TIG - (Tungsten Inert Gas) O arco é gerado entre a obra e um
eletrodo de Tungstênio (não consumível), de forma concentrada, fundindo as partes
a serem soldadas, com auxílio ou não de material de adição. A região da solda é
protegida contra contaminações do ar ambiente por atmosfera gasosa que flui
através da tocha (fig. 265).
11.2 – Surgimento
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99
11.3 - Esquema de um equipamento de soldagem TIG
1 - Ligação na rede
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100
11.4 - Tipos de correntes para o Processo TIG
Para a soldagem TIG, a exemplo do processo por eletrodo revestido, podemos utilizar
corrente contínua (CC) ou corrente alternada (CA). O diferencial neste processo é a
utilização de corrente pulsada (CC) ou (CA).
Corrente Alternada (CA). O arco elétrico é extinto a cada troca de polaridade, onde a
tensão é nula, por isso deve haver um reacendimento do arco, sem contato do eletrodo com
a peça, por meio de pulsos de alta tensão (fig. 268) ou de alta freqüência (fig. 269).
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101
Corrente pulsada, esta se alterna ordenadamente entre uma corrente de base e uma
corrente pulsada. A corrente de base normalmente não ultrapassa 60% da corrente média
de soldagem. E os impulsos de corrente desta são, em geral, 40% mais alto que os valores
médios da corrente utilizada (fig. 270).
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102
11.6 - Tochas para soldagem TIG
Ao sistema de resfriamento;
A forma de ignição;
Ao modelo em função do
trabalho a ser realizado.
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103
Sistema de Resfriamento
As tochas TIG possuem dois tipos de sistemas para resfriamento, tochas resfriadas
pelo próprio gás utilizado no Processo de soldagem, também conhecida como
“Tocha Seca” (fig. 275) e as resfriadas a água com sistema de bomba instalados
nos equipamentos, estas são chamadas de “Tochas Resfriadas” (fig. 276).
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104
Forma de Ignição da Tocha TIG
Tochas com ignição por Fig. 277 – Tocha com ignição por contato
interruptor
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105
Modelos de Tocha
Tanto o formato quanto o tamanho das tochas podem variar conforme o serviço a
ser executado, desta forma podemos identificar a seguir as tochas TIG quanto aos
modelos mais comuns encontrados no comércio.
Tocha Padrão
Tocha Flexível
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106
Tocha Reta
Tipo convencional
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107
Tipo gás e lens
Aços em geral
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109
O diâmetro interno do bocal de gás deve ser uma vez e meia (1,5)
maior que a largura da poça de fusão.
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110
Apesar da recomendação em utilizar o
sistema de gas lens para materiais
especiais, nada impede sua utilização
na soldagem em peças de aço,
podemos realizar comparativos de
econômia de gás e proteção gasosa
mais eficiente para justificar tal
afirmação (fig. 291).
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111
De acordo com a norma AWS A5. 12, para eletrodos não consumíveis de tungstênio,
podemos seguir as seguintes recomendações da tabela 12.
Exemplo:
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112
Preparação da extremidade do eletrodo de tungstênio
A preparação da extremidade do
eletrodo de tungstênio poderá ser
realizada no esmeril com rebolo de
granulação fina ou através de
afiadores próprios para esta operação
(fig. 293).
A afiação dos eletrodos de tungstênio deve ser de acordo com o tipo de corrente a
ser utilizada, seguindo os padrões e recomendações de pesquisas realizadas para
tal fim, com o objetivo de minimizar os efeitos da corrente e facilitar a passagem dos
elétrons durante a execução da soldagem (fig. 294 e 295).
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113
Soldagem com corrente alternada
Regulagem da corrente
Corrente de Soldagem
Tipo de Eletrodo de
Corrente Tungstênio
Muito baixa Correta Muito alta
Toriado
CC
Puro
CA
Toriado
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114
11.10 - Classificação AWS para varetas
De acordo com a norma AWS A5. 18, a classificação das varetas e arames para os
processos de soldagem TIG e MIG-MAG, seguem as mesmas especificações
conforme o esquema a seguir. Analise cada elemento com atenção, procurando
compreender o que ele significa.
Exemplo:
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115
Seguindo as especificações da norma AWS, citada anteriormente, podemos
destacar da tabela 14, as composições das varetas para soldagem de Aços
Carbono.
Tabela 14 – Composição química para varetas de soldagem TIG
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116
Segundo a norma DIN 32526, que trata das classificações dos gases de proteção
determina que as funções, distinções e agrupamentos sejam classificados da
seguinte forma:
Estabilizar o arco;
Inertes: Gases que não entram em reação química com o ambiente ou o material de
adição nem com o material base;
Argônio + Hélio (ArHe) = Indicado para alumínio e suas ligas além do cobre
desoxidado.
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117
11.12 – Regulagem da Pressão de Trabalho
1 2
3 4
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118
Vazão Adequada
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Processos de Soldagem
119
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120
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL STENIO LOPES
SOLDAGEM PELO
PROCESSO
MIG-MAG
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121
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Processos de Soldagem
122
12 - Soldagem MIG-MAG
12.1 - PROCESSO MIG/MAG – (Metal Inert Gás) / (Metal Active Gás) Processo no
qual um arco elétrico, controlado, é estabelecido entre a peça a ser soldada (obra) e
um arame (eletrodo), o qual é continuamente alimentado através de uma tocha e
fundido pelo arco, formando a poça de fusão e, conseqüentemente, o cordão de
solda. A região de solda é protegida contra contaminações do ar ambiente por uma
atmosfera de gás (puro ou em misturas) que flui, também, através da tocha.
12.2 - Surgimento
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Processos de Soldagem
123
12.3 – Esquema de um equipamento de soldagem MIG-MAG
Oficina de Metalmecânica
Processos de Soldagem
124
12.4 - Fonte para soldagem MIG-MAG
. 1
5 3
4
Oficina de Metalmecânica
Processos de Soldagem
126
Acionamento por quatro rolos
2
3
Oficina de Metalmecânica
Processos de Soldagem
127
12.6 – Rolos de Alimentação
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Processos de Soldagem
128
12.7 - Pistola para soldagem MIG-MAG
Ao sistema de resfriamento;
A forma de ignição;
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129
Sistema de Resfriamento
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Processos de Soldagem
130
Forma de Ignição da Pistola MAG
Função de soldagem 4T: Esta função defere da anterior pois fará a pistola acionar
mediante o pressionamento e a liberação do gatilho, facilitando o manuseio e a
fadiga no braço do soldador, para desativar e apagar o arco, deverá pressionar e
soltar o gatilho mais uma vez.
Modelos de Pistola
Os modelos das Pistolas MIG-MAG podem ser definidos em função dos recursos
oferecidos pelos fabricantes de equipamentos para soldagem. Com os avanços
tecnológicos os modelos simples e bem semelhantes de um fornecedor para outro
tomaram outro rumo, além da Pistola Padrão (fig. 313) existem algumas Fontes de
Energia para soldagem que disponibilizam Pistolas com comandos e ajustes no
punho (fig. 314).
Pistola Padrão
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131
12.8 - Arame-eletrodo para soldagem MIG-MAG
1a6 7 a 14 15 a 20
Diâmetro do
Arame eletrodo
0,8 X
Arame Sólido
0,9 X
1,0 X
1,2 X X
1,6 X
conforme exemplo:
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132
Classificação AWS para Arame-eletrodo
De acordo com a norma AWS A5. 18, a classificação das varetas e arames para os
processos de soldagem TIG e MIG-MAG, seguem as mesmas especificações
conforme o esquema a seguir. Analise cada elemento com atenção, procurando
compreender o que ele significa.
Exemplo:
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133
Arame-eletrodo Tubular
O fluxo em seu interior (fig. 318) pode conter minerais, ferros-liga e materiais que
forneçam gases de proteção, desoxidantes e materiais formadores de escória.
Estabilidade ao arco;
Influenciando nas propriedades
mecânicas do metal de solda;
Influência no perfil da solda.
Tipos:
Os arames Tubulares são divididos em dois tipos: Arame Tubular com proteção
Gasosa externa e Arame Tubular autoprotegido.
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134
Arame Tubular Autoprotegido
Esses arames foram desenvolvidos para gerar gases de proteção a partir de adições
no fluxo, de modo similar aos eletrodos revestidos. Arames tubulares deste tipo não
exigem proteção gasosa externa e podem ser aplicados sob ventos moderados com
perturbações mínimas na atmosfera protetora em torno do arco.
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135
Exemplo:
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136
Vejamos a seguir na tabela 16 a soldabilidade de algumas ligas de alumínio com
suas respectivas referências:
ER-4043 Al-Si
ER-5356 Al-Mg
ER-5456 Al-Mg5
ER-5183 Al-Mg4,5-Mn
ER-5556 Al-Mg5,2-Cr
ER-5039 Al-Mg-Zn
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137
Influência dos gases de proteção
Gás de Proteção
Características
Reação com a
Nenhuma – Mais forte
poça de fusão
Menos
Ionização Muito boa Boa
eficiente
Reforço do
cordão de
solda e
penetração
Sensibilidade a
Muito grande – Pouca
correntes de ar
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138
De forma genérica, podemos determinar a vazão do gás na poça de fusão no
processo de soldagem MIG-MAG, através de uma simples formula:
10 = Constante
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139
12.11 – Transferência metálica no processo de soldagem MIG-MAG
Características:
Aplicações:
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140
Transferência tipo Spray (fig. 322)
Características:
Aplicações:
Características:
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141
Aplicações:
Limpador de Bocal
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Processos de Soldagem
142
Alicate de corte diagonal
Alicate Multiuso
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143
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144
13 - Terminologia de Soldagem
Ângulo de trabalho (work angle) - ângulo que o eletrodo forma com relação à
superfície do metal base numa plano perpendicular ao eixo da solda.
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145
Certificado e Qualificação de Soldador (welder certification) - Documento escrito
certificando que o soldador está habilitado a executa soldas de acordo com padrões
ou códigos preestabelecidos.
- Chapa soldada como extensão de uma das juntas soldadas do equipamento, com
a finalidade de executar ensaios mecânicos, químicos ou metalográficos.
Cobre junta (backing) - material (metal base, solda, material granulado, cobre,
material cerâmico ou carvão) colocado na raiz da junta soldada, com a finalidade de
suportar o metal fundido durante a da soldagem.
Corte com eletrodo de carvão (carbon arc cutting) - Processo de corte a arco
elétrico no qual metais são separados por fusão devido ao calor gerado pelo arco
voltaico formado entre um eletrodo de grafite e o metal base.
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146
da solda.para solda em ângulo de pernas desiguais: é o comprimento dos catetos do
maior triângulo retângulo que pode ser inscrito dentro da seção transversal da solda.
Eletrodo revestido (covered electrode) - metal de adição formado por uma alma
de eletrodo nu sobre o qual um revestimento é aplicado, de modo a produzir uma
camada de escória sobre o metal de solda. O revestimento pode conter materiais
que formam uma atmosfera protetora, desoxidam o banho, estabilizam o arco,
podendo contribuir com adições metálicas ao metal de solda.
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147
Face de fusão (fusion face) - superfície do metal de base que será fundida na
soldagem.
Face de raiz (root face) - porção da face do chanfro adjacente à raiz da junta.
Face da solda (weld face) - superfície exposta da solda, pelo lado por onde a solda
foi executada.
Fluxo (flux) - Material usado para prevenir, dissolve ou facilitar a exclusão de óxidos
e outras substâncias superficiais indesejáveis, ou proteger a poça de fusão no
processo a arco submerso.
Garganta efetiva - distância mínima da raiz da solda à sua face menos qualquer
reforço.
Garganta de solda (fillet weld throat) - dimensão de uma solda em ângulo que
determina a distância entre:
Gás inerte (inert gas) - gás que normalmente não combina quimicamente com o
metal de base ou metal de adição.
Goivagem a arco (arc gouging) - processo a arco usado para fabricar um bisel ou
chanfro.
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148
penetração completa pela subsequente soldagem pelo lado onde foi efetuada a
goivagem.
Junta (joint) - região onde duas ou mais peças serão unidas por soldagem.
Junta de aresta (edge-joint) - junta em que, numa seção transversal, as bordas dos
componentes a soldar formam, aproximadamente, um ângulo de 180 o.
Junta de ângulo (corner joint, T-joint) - junta em que, numa seção transversal, os
componentes a soldar apresentam-se sob forma de um ângulo.
Junta dissimilar (dissimilar joint) - junta soldada, cuja composição química dos
metais de base da peças envolvidas diferem entre si significativamente.
Junta sobreposta (lap joint) - junta formada por dois componentes a soldar, de tal
maneira que suas superfícies sobrepõem-se.
Junta soldada (welded joint) - união, obtida por soldagem, de dois ou mais
componentes, incluindo zona fundida, zona de ligação, zona afetada termicamente e
metal de base nas proximidade da solda.
Junta de topo (butt joint) - junta entre dois membros alinhados aproximadamente
no mesmo plano.
Margem da solda (weld toe) - junção entre a face de solda e o metal de base.
Metal de adição (filler metal) - metal a ser adicionado na soldagem de uma junta.
Metal depositado (deposited metal) - metal de adição que foi depositado durante a
operação de soldagem.
Metal de solda (weld metal) - porção da solda que foi fundida durante a soldagem.
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149
Passe: progressão unitária da soldagem ao longo de uma junta, depósito de solda
ou substrato. O resultado de um passe é um cordão de solda que pode também se
constituir numa camada de solda.
Passe estreito (stringer bead) - depósito efetuado seguindo a linha de solda, sem
movimento lateral apreciável.
Perna da solda (fillet weld leg) - distância da raiz da junta à margem da solda em
ângulo.
Poça de fusão (weld pool) - zona em fusão, a cada instante, durante uma
soldagem, ou porção líquida de uma solda antes de solidificar-se.
Polaridade direta (straight polarity) - tipo de ligação para soldagem com corrente
contínua, onde os elétrons deslocam-se do eletrodo para a peça (a peça é
considerada como pólo positivo e o eletrodo como pólo negativo).
Polaridade inversa (reverse polarity) - tipo de ligação para soldagem com corrente
contínua, onde os elétrons deslocam-se da peça para o eletrodo (a peça é
considerada como pólo negativo e o eletrodo como pólo positivo).
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Processos de Soldagem
150
Pós aquecimento (postheating) - aplicação de calor na junta soldada,
imediatamente após a deposição da solda, com a finalidade principal de remover
hidrogênio difusível.
Posição plana (flat position) - posição de soldagem usada para soldar a parte
superior da junta. A face da solda é aproximadamente horizontal.
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151
Qualificação de soldador (welder performance qualification) - demonstração da
habilidade de um soldador em executar soldas que atendam padrões pré
estabelecidos.
Raiz da junta (joint root) - porção da junta a ser soldada onde os membros estão o
mais próximo possível entre si. Em seção transversal, a raiz pode ser um ponto, uma
linha ou uma área.
Raiz da solda (weld root) - pontos nos quais a parte posterior da solda intersecta
as superfícies do metal de base.
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152
Solda automática (automatic welding) - soldagem com equipamento que executa
toda a operação sob observação de um operador de soldagem.
Solda em cadeia (chain intermittent fillet weld) - solda em ângulo usada nas
juntas de cordões intermitentes (trechos de cordão igualmente espaçados) que
coincidem entre si, de tal modo que a um trecho de cordão sempre se opõe outro.
Solda por pontos (spot weld) - solda executada entre ou sobre componentes
sobrepostos nos quais a fusão se inicia e ocorre nas superfícies em contato ou se
inicia pela superfície externa de um dos membros. A seção transversal da solda no
plano da junta é aproximadamente circular.
Solda tampão (plug weld / slot weld) - solda executada através de um furo
normalmente circular ou oblongo, num membro de uma junta sobreposta ou em “T”,
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Processos de Soldagem
153
unindo um membro ao outro. As paredes do furo podem ser ou não paralelas e o
furo pode ser parcial ou totalmente preenchido com metal de solda.
Soldagem (welding) - processo utilizado para unir materiais por meio de solda.
Sopro magnético (arc blow) - deflexão de um arco elétrico de seu percurso normal,
devido a forças eletromagnéticas.
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Processos de Soldagem
154
Tensão de arco (arc voltage) - tensão através do arco elétrico utilizado na
soldagem.
Vareta de solda (welding rod) - tipo de metal de adição utilizado para soldagem ou
brazagem, o qual não conduz corrente elétrica durante o processo.
Zona de ligação - região da junta soldada que envolve a zona fundida. É a região
que durante a soldagem foi aquecida até a fase líquida e esfriou até a solidificação.
Para os metais puros se reduz a uma superfície.
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155
Referências Bibliográficas
GEREIS, Bernardo – A Soldagem Simples como ela é. Recife PE: Sactes, 1994.
Equipamentos para Soldagem – SENAI RJ, Rio de Janeiro, 2010, edição revisada.
Norma AWS A5. 1 Classificação para eletrodos em Aço Carbono de baixa liga.
Norma AWS A5. 1 Classificação para eletrodos em Aço Carbono de baixa liga.
Norma AWS A5. 20 Classificação para Arames Tubulares não metálicos em Aço
Carbono de baixa liga.
Sites:
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156
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Elaboração:
Digitação:
Apoio Técnico:
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