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INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS

CAMPUS CORURIPE CURSO TÉCNICO EM MECÂNICA

RELATÓRIO CURSO FIC

GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA MOTA FILHO

CORURIPE, AL
2023
GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA MOTA FILHO

Profª Dra. Camila Albuquerque Fernandes


Coordenador
Prof. MARCOS JAVIER ALARCÓN GALLARDO
Orientador

RELATÓRIO CURSO FIC


GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA MOTA FILHO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Instituto Federal de Alagoas, campus
Coruripe, como requisito para a obtenção do
título de Técnico em mecânica

Orientador: Prof. Marcos Javier Alarcón


Gallardo

CORURIPE, AL
2024
RESUMO

O curso integrado em mecânica fornecido pelo Instituto Federal de Alagoas Campus


Coruripe, tem como objetivo abordar temas das áreas de mecânica industrial, processos de
fabricação industrial, automotiva e manutenção de maquinários e de uso popular. Partindo
desses tópicos temos a abordagem crítica e as experiências adquiridas no curso. Junto ao
técnico em mecânica, temos a necessidade de prática profissional na qual o curso de : Básico
em Soldagem , o qual será abordado a seguir.

Palavras-chave: Mecânica, manutenção, indústria, automotiva, soldagem. ;


4

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – soldagem por arco elétrico com eletrodo revestido 10


Figura 2 - processo de soldagem TIG 11
Figura 3 - Equipamentos para soldagem TIG 12
Figura 4 - Equipamento de soldagem oxiacetilênica 13
Figura 5- Equipamento de soldagem MIG/MAG 15
Figura 6- Equipamentos do processo de soldagem com arame tubular 16
Figura 7 - Secção transversal de uma solda topo por fusão 17
5

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 7
2 DESENVOLVIMENTO 7
2.1.1 Conceito 7
2.1.2 vantagens da soldagem 7
2.1.3 desvantagem das soldagem 8
2.2 PRINCÍPIOS DOS MATERIAIS CONSUMÍVEIS DE SOLDAGEM 8
2.2.1 Tipos de consumíveis 8
2.3 PROCESSO DE SOLDAGEM 9
2.3.1 Eletrodo revestido 9
2.3.1.1 Fontes de energia 9
2.3.1.2 Vantagens do eletrodo revestido 9
2.3.1.3 Desvantagens do eletrodo revestido 10
2.3.2 TIG 10
2.3.2.1 Equipamentos 10
2.3.2.2 Aplicações 11
2.3.2.3 Vantagens da soldagem TIG 11
2.3.2.4 Desvantagens da soldagem TIG 11
2.3.3 Oxiacetilênico (Oxicombustível) 12
2.3.3.1 Equipamentos 12
2.3.3.2 Aplicações 13
2.3.3.3 Vantagens da soldagem oxiacetilênica 13
2.3.3.4 Desvantagens da soldagem oxiacetilênica 13
2.3.4 MIG/MAG 13
2.3.4.1 Equipamentos 13
2.3.4.2 Aplicações 14
2.3.4.3 Vantagens do processo MIG/MAG 14
2.3.4.4 Desantagens do processo MIG/MAG 15
2.3.5 Arame tubular 15
2.3.5.1 Equipamentos 15
2.3.5.2 Vantagens do processo de soldagem com arame tubular 15
2.3.5.3 Desvantagens do processo de soldagem com arame tubular 16
2.4 METALURGIA DA SOLDAGEM 16
2.4.1 Geometria da junta soldada 16
2.4.2 Influência térmica na soldagem 17
2.4.2.1 Energia na soldagem 17
2.4.2.2 Ciclo térmico de soldagem 17
2.4.3 Reações na poça de fusão 17
2.4.3.1 Absorção gasosa na poça de fusão 17
2.4.3.2 Vaporização metálica 17
2.4.4 Solidificação do metal 17
2.4.4.1 Solidificação do metal na soldagem 17
2.4.4.2 Características da zona termicamente afetada 18
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2.5 DEFEITOS DO METAL DE SOLDA 18


2. 5.1 defeitos mais comuns 18
3 CONCLUSÃO 18
REFERÊNCIAS 19
7

1 INTRODUÇÃO
Para a formação de um profissional qualificado e apto para atuar no mercado de trabalho é
necessário que o mesmo possua uma vasta gama de conhecimentos relacionados à sua área.
Para completar o conteúdo ensino em aula e o cumprimento das 200 horas adicionais
referente ao curso integrado Técnico em Mecânica ofertada pelo Instituto Federal de Alagoas
Campus Coruripe, os cursos FIC ( Formação Inicial e Continuada) são uma ótima opção por
terem uma curta duração. O curso escolhido foi Básico em Soldagem, o mesmo tem uma
carga horária de 10 a 280 horas. O curso foi feito remotamente com o conteúdo
disponibilizado em duas apostilas, foi dividido em 9 aulas com resumo e atividades ao final
de cada. Aborda os principais fundamentos fundamentais da soldagem aprofundando-se no
processo de soldagem por eletrodo revestido, MIG/MAG, arame tubular e soldagem
oxiacetilênica.

2 DESENVOLVIMENTO
Não se sabe exatamente quando a soldagem foi inventada, mas os indícios dos primeiros
forjamentos de metais são da Era do Bronze entre 2000 a.c. e 3000 a.c. .¹ O processo de
Soldagem por forjamento consiste em aquecer dois metais até antes dos seus pontos de fusão
e, através de força bruta, uni-los, normalmente a marteladas.
O processo de Soldagem moderna só veio a evoluir com a descoberta do arco elétrico em
1801, pelo inglês Sir Humphry Davy. O processo demorou em torno de 7 anos para ser
oficializado, em 1808 quando Sir Humphry Davy apresentou publicamente um arco de grande
escala em frente a Royal Society em Londres, através da transmissão de uma corrente elétrica
entre duas hastes de carbono em contato. Esse avanço permitiu a criação da solda por arco
elétrico, um marco muito importante na história da soldagem. Porém a falta de estabilidade e
de equipamentos mais adequados fez com o que o processo demorasse quase 100 anos para
tornar-se viável para a indústria. A soldagem tem um papel importante em todos os setores da
indústria, seja de forma direta como fabricar peças , ou de forma indireta como reparar
peças.

2.1 SOLDAGEM

2.1.1 Conceito
Soldagem é a união de dois materiais em uma junta, com aplicação de calor ou pressão, com
ou sem material adicionado.

2.1.2 vantagens da soldagem


A soldagem é um processo extremamente utilizado na indústria, contendo diversos fatores
que promovem a sua escolha. Aqui estão algumas vantagens:

● Economia de tempo na fabricação;


● Juntas de integridade e eficiência elevadas;
● Grande variedade de processos e aplicações;
● Juntas não apresentam problema de perda de aperto;
● Juntas podem ser isentas de vazamentos.
8

2.1.3 desvantagem das soldagem


Algumas desvantagem quanto ao uso de processos de soldagem:
● Não pode ser desmontada;
● Pode afetar a propriedades das partes
● Pode causar deformações e tensões residuais;
● Requer considerável habilidade do soldador ou operador de soldagem;
● Pode exigir operações auxiliares de acabamento ou de elevado custo e duração (ex.:
tratamentos térmicos).

2.2 PRINCÍPIOS DOS MATERIAIS CONSUMÍVEIS DE SOLDAGEM


Consumíveis de soldagem são todos os materiais empregados na deposição ou proteção da
solda, ou seja, é todo material de adição que participa da poça de fusão, formando o metal
fundido durante a soldagem.
● Eletrodos revestidos
● Varetas
● Arames sólidos e tubulares
● Arames fitas
● Fluxos em pó
● Fluxos em pasta
● Gases de proteção
● Anéis consumíveis

Também há materiais consumíveis que não são empregados no metal de solda, mas são
utilizados durante o processo.

2.2.1 Tipos de consumíveis


São classificados em relação ao processo de solda:
● Soldagem com Eletrodo Revestido (SMAW/MMA)
Usado apenas o eletrodo revestido na poça de fusão para a solda.
● Soldagem com MIG/MAG (GMAW)
Aplicam-se arames sólidos ou autoprotegidos e gás de proteção (inerte ou ativo) mais comuns
Argônio, CO2 ou mistura de gases, para deposição na poça de fusão.
● Soldagem com TIG (GTAW)
Este tipo utiliza varetas de solda e o gás de proteção (inerte) geralmente é o Argônio, para
adição na poça de fusão.
● Soldagem com Arame Tubular (FCAW)
Emprega arames tubulares e autoprotegidos, sendo que os gases de proteção mais comuns
são: Argônio, CO2 ou mistura de gases, na poça de fusão.
● Soldagem com Arco Submerso (SAW)
Usam bobinas de arames sólidos, tubulares ou fitas e fluxos em pó na poça de fusão.
● Soldagem com plasma (PAW)
Este tipo faz uso de varetas, arames e gases de proteção (inertes), sendo os mais comuns:
argônio, hélio ou hidrogênio etc., adicionados à poça de fusão.
● Soldagem Oxi-Acetilênica/Oxi-Combustível (OFW)
Este tipo exige o uso de varetas ou pedaços de arames sólidos, fluxos em pasta ou pó e os
gases oxigênio e acetileno, GLP etc., na poça de fusão.
9

2.3 PROCESSO DE SOLDAGEM

2.3.1 Eletrodo revestido


O processo de soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido consiste na abertura de um
arco elétrico e um elétrico entre o eletrodo revestido e a peça a ser soldada, de modo a fundir
simultaneamente o eletrodo e a peça; o metal fundido do eletrodo é transferido para a peça,
formando uma poça fundida que é protegida da atmosfera pelos gases de combustão do
revestimento do eletrodo. O metal depositado e as gotas ejetadas do metal fundido recebem
uma proteção adicional por meio do banho de escória, a qual é formada pela queima de alguns
componentes do revestimento.

Figura 1 – soldagem por arco elétrico com eletrodo revestido

Fonte: HEAVY DUTY. 2018.

O eletrodo revestido é utilizado em diversas aplicações, como na soldagem de máquinas e


equipamentos, estruturas diversas, grades e portões e até mesmo debaixo d’água. É
comumente utilizado por serralherias.

2.3.1.1 Fontes de energia


É de suma importância a escolha adequada da fonte de energia e seus parâmetros. Por
exemplo:

● Tipo de corrente de soldagem exigida


● Faixa de corrente exigida
● Posições de soldagem
● Tipo de tensão disponível no local de trabalho

2.3.1.2 Vantagens do eletrodo revestido


● Baixo custo.
● Fácil manuseio.
● O metal de adição e sua proteção são fornecidos pelo eletrodo, descarado assim o uso
de gases de proteção adicionais e tornando-o menos sensível a vento e umidade.
● Independente da localização e universalmente aplicável: na oficina, ao ar livre,
debaixo d’água
10

2.3.1.3 Desvantagens do eletrodo revestido


● Gera grandes volumes de gases e fumos durante o processo.
● Não pode ser utilizado metais de baixa fusão.
● Baixa velocidade na execução.

2.3.2 TIG
TIG, Tungsten Inert Gas (gás inerte tungstênio), é o processo de soldagem no aquecimento é
obtido por meio de um arco elétrico gerado com auxílio de um eletrodo não consumível de
tungstênio o qual não deve se fundir para evitar defeitos ou descontinuidades no cordão de
solda. O eletrodo e a poça de fusão são protegidos por uma atmosfera gasosa constituída de
gás inerte, isto é, um gás que não reage com outros materiais, ou uma mistura de gases
inertes, geralmente argônio ou hélio.

Figura 2 - processo de soldagem TIG

Fonte: INFOSOLDA. 2022.

2.3.2.1 Equipamentos
● Tocha: Serve como suporte para o eletrodo, conduz a corrente e o gás inerte para a
zona de soldagem e tem a extremidade revestida de material isolante a fim de ser
manuseada com segurança pelo operador.
● Fontes: No processo de soldagem TIG, as fontes de soldagem fornecem corrente
contínua (CC) ou corrente alternada (CA), dependendo da aplicação que será feita da
soldagem
● Eletrodo: O eletrodo utilizado na soldagem TIG é o de tungstênio, que tem o maior
ponto de fusão dos metais: 3400°C. Além disso, o tungstênio é chamado termoiônico
porque tem facilidade de emitir elétrons, o que auxilia bastante a estabilidade do arco;
o tungstênio pode ser puro (99%) ou com ligas de zircônio ou tório.
● Gases de proteção: O gás de proteção tem a função de proteger o cordão de solda
evitando
anomalias, também auxilia na condução do calor e uma melhor estabilidade do arco
elétrico.
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Figura 3 - Equipamentos para soldagem TIG

Fonte:
RML máquinas e equipamentos. 2020.

2.3.2.2 Aplicações
O processo TIG é utilizado na soldagem de todos os tipos de juntas e chapas, principalmente
as de espessura menor que 10mm. É um processo adequado a quase todos os metais, em
especial titânio, zircônio, ligas de alumínio e magnésio, aços ligados, inoxidáveis, ligas de
níquel e ligas especiais. É um processo bastante utilizado para soldagem de tubos, na indústria
aeroespacial e nuclear e em trabalhos de reparação devido à facilidade em controlar o
processo e à possibilidade de utilizar material de adição.

2.3.2.3 Vantagens da soldagem TIG

● Produz soldas de alta qualidade e baixa distorção;


● Não apresenta os respingos que são comuns em outros processos;
● Pode ser usado com ou sem arame de enchimento;
● Pode ser usado com uma grande variedade de fontes de alimentação;
● Solda quase todos os metais;
● Fornece controle preciso sobre o calor de soldagem.
● O processo de soldagem a arco de Tungstênio a gás (GTAW) é aplicável quando se
deseja ou se precisa de uma soldagem de alta qualidade.
● Pode ser usado para soldar quase todos os tipos de metais. O operador tem excelente
controle de entrada de calor e a visão não é limitada por fumaça ou fumos.

2.3.2.4 Desvantagens da soldagem TIG


● Produz taxas de deposição mais baixas do que os processos de soldagem por eletrodo;
● Requer que o soldador possua um pouco mais de destreza e coordenação manual do
12

que outros processos como a soldagem por arco de metal a gás (GMAW - MIG) ou
soldagem a arco de metal blindado (SMAW – Eletrodo Revestido);
● Pode ser problemática em ambientes com corrente de ar, devido à dificuldade em
proteger adequadamente a zona de solda;
● Pode haver inclusões de Tungstênio se o eletrodo entrar em contato com a poça de
soldagem;
● Possibilidade de contaminação do metal de solda se a blindagem adequada (realizada
pelo fluxo de gás) não for mantida;
● Baixa tolerância para contaminantes no metal base ou no metal de enchimento;
● Contaminação ou porosidade causadas por vazamento do líquido refrigerante (em caso
de tochas resfriadas a água);
● Pode ocorrer sopro magnético ou deflexão de arco, assim como em outros processos
de soldagem.

2.3.3 Oxiacetilênico (Oxicombustível)


O Oxicombustível é um dos mais antigos processos de fusão. A soldagem se dá pela fusão de
um ou mais metais de base, com ou sem material de adição. Estes que são aplicados na junta a
ser soldada por meio de uma chama proveniente da queima de uma mistura de gases. Esses
gases passam por um dispositivo cuja função é dosá-los na proporção exata para a combustão.
O dispositivo, chamado maçarico, deve ainda possibilitar que se produzam diferentes tipos de
misturas necessárias. Assim pode-se obter tipos de chama de acordo com os diferentes tipos
de materiais.

2.3.3.1 Equipamentos
● Válvula: É composta de corpo, membrana de borracha, mola de regulagem, mola do
obturador, parafuso de regulagem ou canopla, obturador, sede do obturador, conexão
de entrada, que é normalizada em função do gás a ser utilizado, conexão de saída,
manômetro de alta e baixa pressão ligados às respectivas câmaras e um dispositivo de
segurança que coloca a câmara de baixa pressão em comunicação com o ar livre,
quando a pressão na câmara ultrapassar um valor pré- fixado.
● Fluxo: Proteger a poça de fusão da atmosfera e de reações com a chama, não dificultar
a visão do soldador nem dificultar seu trabalho. Durante o pré-aquecimento e período
de soldagem, o fluxo deve ser usado para limpeza e proteção dos materiais de base e,
em alguns casos, do material de adição.

Figura 4 - Equipamento de soldagem oxiacetilênica


13

Fonte: CARBOGRAFITE. 2021.

2.3.3.2 Aplicações
A soldagem oxiacetilênica é amplamente utilizada para unir e cortar diversos tipos de metais,
especialmente em construções metálicas, reparos de veículos e fabricação de peças industriais.

2.3.3.3 Vantagens da soldagem oxiacetilênica


● Ótimo custo benefício;
● Òtimo para chapas finas;
● Mais rápido que o eletrodo revestido;
● Bom para aços endurecíveis;
● Proporciona menor fadiga para o operador;
● Não usa energia elétrica;
● Pode ser soldado em todas as direções;
● Solda em todas as direções;

2.3.3.4 Desvantagens da soldagem oxiacetilênica


● As chamas são pouco concentradas;
● Cordões de solda largos;
● Necessidade de grande habilidade;
● Pouco econômico para chapas espessas;
● Dificuldade no transporte dos equipamentos;

2.3.4 MIG/MAG
A soldagem MIG (Metal Inert Gas), também conhecida como soldagem GMAW ( Gas Metal
Arc Welding) ou MAG (Metal Active Gas), é um processo de soldagem a arco automático ou
semiautomático. O processo de soldagem envolve a alimentação de um eletrodo de arame
contínuo e consumível e gás de proteção através de uma pistola de soldagem nas peças de
trabalho. A proteção gasosa que envolve a região adjacente à poça de fusão e que é
proporcionada por gases inertes ou misturas deles, no caso do processo MIG, e por gases
ativos ou misturas de gases ativos e inertes, no caso do processo MAG.

2.3.4.1 Equipamentos
● Fonte: A fonte de energia utilizada no processo MIG/MAG é do tipo corrente contínua
ou corrente contínua pulsada. Para isso, pode ser utilizado um transformador
retificador de corrente contínua ou um gerador. A tensão de saída varia entre 18 e 50
V.
● Sistema alimentador: O sistema é acionado por um motor de corrente contínua
independente da fonte. A sua velocidade de alimentação do arame está diretamente
relacionada à intensidade da corrente de soldagem fornecida pela máquina de solda.
● Tocha de soldagem: Responsável por conduzir simultaneamente o eletrodo, a energia
elétrica e o gás de proteção, a fim de produzir o arco de soldagem. Além disso, é
função da tocha envolver o arco e a poça de fusão com o gás de proteção, fornecer a
corrente de soldagem ao eletrodo e guiar o eletrodo de modo que o arco fique alinhado
14

com a junta a ser soldada.


● Fontes de gás: Os gases de proteção influenciam nas características do arco, no tipo de
transferência do metal, na penetração, na largura e no formato do cordão de solda, na
velocidade máxima da soldagem, na tendência ao aparecimento de mordeduras e no
custo.
● Unidade para circulação de água para refrigeração da tocha;

Figura 5- Equipamento de soldagem MIG/MAG

Fonte: Sumig.

2.3.4.2 Aplicações
● Fabricação de estruturas metálicas em geral, (escadas, grades, portões, bases de
máquinas, bancadas, tesouras, treliças, peças técnicas, etc.);
● Segmentos de serralherias, caldeirarias, mecânicas, soldagens, indústrias metal
mecânicas.
● Reforma e confecção de tanques em aço inox ou aço carbono;
● Preenchimento em eixos de caminhões, ônibus, empilhadeiras, etc;
● Manutenção de tratores e implementos rodoviários e agrícolas;
● Processos industriais de soldagem em geral.

2.3.4.3 Vantagens do processo MIG/MAG


● Alta taxa de deposição de metal de solda;
● Alta produtividade;
● Alta qualidade;
● Se aplica a uma ampla gama de materiais, como aço carbono, aço inoxidável, alumínio
e ligas não ferrosas;
● permite a realização de soldas em diferentes posições;
● Não há formação de escória;
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2.3.4.4 Desantagens do processo MIG/MAG


● Sensível a influências externas;
● Custo elevado devido o fornecimento constante de gás de proteção;
● Equipamento complexo e mais caro em compara outros;
● Limitações quanto às posições de soldagem.

2.3.5 Arame tubular


É um processo de união de metais por coalescência pelo aquecimento do arco elétrico
formado entre a ponta do arame e peça de trabalho, protegendo a poça de fusão e o arco em
uma atmosfera de gás obtida pelo conteúdo do fluxo existente dentro do arame ou
adicionando gás de proteção externo, como argônio, CO2, ou misturas. O arame tubular é
feito de fios metálicos no formato de tubo, preenchido com materiais específicos que compõe
os diferentes tipos de fluxos na parte interna do arame.

2.3.5.1 Equipamentos
● Fonte ;
● Tocha ;
● Alimentador de arame;
● Sistema de gás de proteção, quando não tiver auto proteção.

Figura 6- Equipamentos do processo de soldagem com arame tubular

Fonte: Livro Soldagem – Coleção tecnológica SENAI – 1a ed. 1997.

2.3.5.2 Vantagens do processo de soldagem com arame tubular


● Alta produtividade;
● Alta qualidade;
● Excelente cordão de solda;
● Alta taxa de deposição:
● Melhora a estabilidade do arco elétrico;
● Redução de respingos;
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● Solda em todas as posições

2.3.5.3 Desvantagens do processo de soldagem com arame tubular


● Produz escória que deve ser removida
● Maior geração de fumo
● Ventos e brisa no local de soldagem afeta proteção gasosa externa
● Aderência da escória conforme o fluxo do arame

2.4 METALURGIA DA SOLDAGEM


A metalurgia da soldagem é responsável pelo estudo e compreensão dos fenômenos
físicos-químicos provenientes dos processos de soldagem, relacionando-os com defeitos
recorrentes nos cordões de solda, assim diminuindo custos de fabricação e aumentando a
confiabilidade desses processos.

2.4.1 Geometria da junta soldada


É considerada junta de solda qualquer região que tenha sofrido alteração significativa em
decorrência do processo de soldagem.

Figura 7 - Secção transversal de uma solda topo por fusão

Fonte: Paulo Villani, Modenesi, Bracarense, 3ª edição

● Metal de base (MB): É a região constituinte da junta soldada que não sofreu
qualquer alteração em suas características físicas, químicas ou metalúrgicas
● Zona termicamente afetada (ZTA): Nessa região, de grande interesse no campo
da metalurgia da soldagem, embora a temperatura de processamento não tenha
sido suficiente para modificar o estado físico dos materiais envolvidos, ocorrem
importantes transformações metalúrgicas no estado sólido, ou seja, são
registradas importantes alterações nas propriedades iniciais do metal de base.
● Zona fundida (ZF): É a região na qual a temperatura de processamento é
suficiente para fundir os materiais envolvidos, ou seja, parte de metal de base
juntamente com parte do metal de adição passam para a forma líquida formando
a denominada poça de fusão.
17

2.4.2 Influência térmica na soldagem

2.4.2.1 Energia na soldagem


Define-se a energia nominal de soldagem como a quantidade de energia térmica inserida na
junta soldada por unidade linear de cordão de solda. A energia de soldagem também é
conhecida como aporte de calor, ou aporte térmico, sendo comum a utilização do termo na
língua inglesa “heat input” (calor de entrada).

2.4.2.2 Ciclo térmico de soldagem


O ciclo térmico de soldagem é o lugar geométrico dos pontos de variação da temperatura em
função do tempo, em uma distância fixa a partir do centro do cordão. O ciclo térmico está
relacionado às transformações de fase que ocorrem durante o resfriamento da junta soldada. A
tangente em uma dada temperatura crítica determina a velocidade de resfriamento na mesma
temperatura.

2.4.3 Reações na poça de fusão


A poça de fusão permanece em estado líquido apenas por alguns segundos no processo de
soldagem, porém é o suficiente para inúmeras reações químico-físicas e metalúrgicas se
manifestem com influência direta na qualidade da junta produzida

2.4.3.1 Absorção gasosa na poça de fusão


Os gases nitrogênio, oxigênio e hidrogênio são os mais frequentes contaminantes gasosos
presentes na poça de fusão. Esses elementos frequentemente provêm do ar atmosférico, de
consumíveis como fluxos e gases de proteção ou de contaminantes presentes no metal de
base.

2.4.3.2 Vaporização metálica


O principal problema associado à vaporização metálica é a perda de elementos de liga na forma de
vapores metálicos devido ao intenso aquecimento da poça de fusão. Em alguns casos, como na
soldagem das ligas de alumínio magnésio, a perda é significativa, podendo levar à perda pontual de
resistência devido à redução no teor de magnésio.

2.4.4 Solidificação do metal


A cristalização de sólidos a partir do estado líquido é um fenômeno peculiar encontrado em vários
processos industriais, incluindo fundição. Saiba os fundamentos da transição de fase do líquido para o
estado sólido durante a fundição.

2.4.4.1 Solidificação do metal na soldagem


Na soldagem por fusão ao arco elétrico, o metal de adição e o metal base são fundidos pelo
calor de uma fonte móvel, o arco elétrico. Esta fusão é seguida por um superaquecimento
considerável, particularmente na gota de metal de adição transferida da extremidade do
18

consumível para a poça de fusão. O início da solidificação não ocorre com a formação de um
elevado número de núcleos sólidos como na região coquilhada de uma peça fundida. Na poça
de fusão, o metal líquido molha perfeitamente os grãos do metal de base que formam a parede
da poça (zona de ligação) e estes estão aquecidos a temperaturas muito próximas de seu ponto
de fusão. Dessa forma, uma região coquilhada raramente é formada. A área específica de
contato para interação entre metal fundido, gases e escórias é muito grande, se comparada a
outros processos metalúrgicos, implicando velocidades de resfriamento e solidificação
extremamente elevadas e dependentes de velocidade de soldagem que, em alguns casos,
como na soldagem automatizada, pode ser muito elevada.

2.4.4.2 Características da zona termicamente afetada


As características da ZTA dependem fundamentalmente do tipo de metal de base, do processo
e do procedimento de soldagem, isto é, do ciclo térmico e da repartição térmica. De acordo
com o tipo de metal que está sendo soldado, os efeitos do ciclo térmico poderão ser os mais
variados. No caso de metais não transformáveis, o alumínio por exemplo , a mudança
estrutural mais marcante será o crescimento de grãos ou o recozimento. Em metais
transformáveis, como os aços carbono e aços baixa liga, a ZTA será mais complexa.

2.5 DEFEITOS DO METAL DE SOLDA

2. 5.1 defeitos mais comuns


● Trincas de solidificação: São imperfeições produzidas devido ao rompimento local dos
efeitos de tensões e resfriamento. Eles são frequentemente significativos porque sua
geometria cria uma grande concentração de tensão na ponta da trinca. Portanto, a
soldagem é propensa a fraturas. As trincas de soldagem podem ter vários tamanhos,
formas e tipos, incluindo:
● Porosidade:A porosidade é um resultado da contaminação do metal. Os gases presos
criam uma solda cheia de bolhas que se torna fraca e pode com o tempo entrar em
colapso.
● Inclusões de escória ou outras inclusões:Com processos que utilizam fluxo, é possível
que algumas partículas desse fluxo sejam deixadas para trás, formando inclusões no
cordão de solda. É mais provável de as inclusões ocorrerem entre passes subsequentes
ou entre o metal de solda e o chanfro do metal de base. A causa mais comum é a
limpeza inadequada entre passes agravada por uma técnica de soldagem ruim, com
cordões de solda sem concordância entre si ou com o metal de base
.

3 CONCLUSÃO
É de grande importância que uma profissional continue estudando, assim adquirindo experiências e
aumentando seu currículo. Neste relatório foram abordados quase todos os tópicos do curso Básico de
Soldagem, um processo que é de grande importância e amplamente utilizado na indústria em geral.
Para um aluno do curso integrado de técnico em Mecânica, seu conteúdo foi excelente e de grande
utilidade.
19

REFERÊNCIAS

History of Welding: A Brief History. The Crucible. Disponível em:


https://www.thecrucible.org/guides/welding-2/history/#:~:text=The%20oldest%20known%20example
s%20of,iron%20smelting%20became%20more%20common. Acessado em: 2024.¹

Peixoto, Arildomá Lobato. Soldagem / Arildomá Lobato Peixoto. — Belém: IFPA; Santa
Maria: UFSM, 2012. 90p.

Paulo César. O que é soldagem: entenda agora!. 3 de out. de 2021. Disponível em:
https://alusolda.com.br/o-que-e-soldagem/. Acessado em: 8 jan. de 2023.

Luz, Gelson. O que é Soldagem?. Blog de Soldagem. Gelsonluz.com. 26 de set. de 2018.


Disponível em: https://www.soldagem.gelsonluz.com/2018/09/o-que-e-soldagem.html?m=1.
Acessado em: 20 de jan. de 2024.

Consumíveis de Soldagem: O que são e para que servem?. 3 de dez. de 2023. Disponível em:
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