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-
MÓDULO 5 - Processos de Soldagem
-
Módulo 1-lntrodução
Módulo 2 - Terminologia da Soldagem
-'"
Módulo 3 - Simbologia de Soldagem e END
Módulo 4 - Consumíveis de Soldagem
-
'-"
'-'
"'"
"'"
- OBJETIVOS
......
1 - Descrever os fundamentos do processo, os equipamentos d~oldagem utilizado, os tipos
e funções dos consumíveis, o controle do processo, a Plicações do proce so e suas
~
eventuais limitações, a preparação e limpeza requerida pa as juntas, as des ntinuidades
tnduzidas pelo processo e as condições físicas, am entais e de prot -o individual
adequadas à soldagem, para os seguintes processos:
Soldagem TIG;
Soldagem MIG/MAG;
Soldagem eletrogás;
Soldagem a gás.
Oxicorte;
SUMÁRIO
-
1 SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO 1
1
1.1- Definição
1.2- Fundamentos do Processo 1
1.3- Equipamentos de Soldagem 2
1.4- Consumíveis - Eletrodos 3
1.5- Características e Aplicações 3
-- 1.6- Preparação e Limpeza das Juntas 4
1.7- Descontinuidades Induzidas pelo Prl 4
1.8- Condições Físicas, Ambientais e 5
Soldagem
-
2 SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO 7
2.1- Definição 7
2.2- Fundamentos do Processo. 7
2.3- Equipamentos de Soldag 8
2.4- Controle de Processo' 9
2.5- Características e Apli ções 10
2.6- Preparação e Limpe da J 10
2.7- Descontinuidades I éluzida~ 11
2.8- Condições de Pro .0 I~; 11
14
14
14
15
16
16
17
17
18
-
4 SOLDAGE. MIG/MAG 20
20
4.1- Definição
4.2-. Fundamentos Processo 20
4. Equipamento de Soldagem 21
A- Tipos de T sferênciade Metalde Adição 22
.5- Tipose Fu çóes dos Consumíveis- Gasese Eletrodos 23
4.6- comp ento da Atmosfera Ativa no Processo MAG 23
4.7- Caracte sticas e Aplicações 25
4.8-
4.9- ~
Desc tinuidades Induzidas pelo Processo
Cond ções de Proteção Individual
25
26
-
5- SOLDAGEM A ARCO COM ARAME TUBULAR 28
5.1- Definição 28
5.2- Fundamentos do Processo 28
5.3- Equipamentos de Soldagem 29
5.4- Tipos de Transferência Metálica 30
5.5- Tipos e Funções dos Consumíveis 31
5.6- Características e Aplicações 31
5.7-
5.8-
Descontinuidades Induzidas pelo Processo
Condições de Proteção Individual
31
32 -
-
6 SOLDAGEM POR ELETROESCÓRIA 34
6.1- Fundamentos do Processo 34 .........
7 - SOLDAGEM ELETROGÁS
7.1-
7.2-
Fundamentosdo Processo
Equipamentosde Soldagem
40
40
41
-
7.3- Tipose Funçõesdos Consumíveis- Eletrodose Gases 42
7.4- Característicase Aplicações 42
7.5- DescontinuidadesInduzidaspelo Processo 43
8 - SOLDAGEM A GÁS 46
8.1- Definição 46
8.2- Fundamentosdo Processo 46
8.3- Equipamentosde Soldagem 46
8.4- Tipose Funçõesdos Gases 47
8.5- Tipose Funçõesdos Consumíveis 47
8.6- Característicase Aplicações 48
8.7- Tipos de Chama' 48
8.8- DescontinuidadesInduzidaspelo Processo 50
10 -PROCESSOS DE CORTE 52
10.1- Oxicorte 52
10.2- Corte com Eletrodo de Carvão 55
10.3- Corte a Plasma 56
"'-'
11- EQUIPAMENTOS E TÉCNICAS DE PRÉ E PÓS-AQUECIMENTO E DE 60
TRATAMENTO TÉRMICO '-
11.1- Fundamentos do Processo 60
11.2- Técnicas e Equipamentos 60
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s Curso de Inspetor de Soldagem . Proc
~l-b~./~/=;'-4ÇAC ~..! ~-.4 /5-5
-
1 SOLDAGEM A ARCO COM ELETRODO REVESTIDO (SAER)
1.1 - DEFINiÇÃO
O metal fundido do eletrodo é transferido através dn4rco elétrico até a iça de fusão do metal
de base, formando assim o metal de solda (COmbi9'Çãoentre o metal~-base e de adição em
determinadas proporções - diluição).
Uma escória líquida de densidade menor o que
revestimento do eletrodo e das impurezas o me.
protegendo-a da contaminação atmosféri . Um
taxa de resfriamento do metal de solda já olidifi
do eletrodo (arame) e do revestimento ue e
elementos de liga (ver Figura. 5.1)
1
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem &-
? FBTS
Como mostrado na figura 5.2, o equipamento consiste de uma fonte de energia, cabos de
ligação, um porta eletrodo, um grampo (conector de terra), e o eletrodo.
. Fonte de Energia
o suprimento de energia pode ser tanto corrente alternada (transformadores) como corrente
contínua (geradores ou retificadores) com eletrodo negativo (polaridade direta), ou corrente
contínua com eletrodo positivo (polaridade inversa), dependendo das exigências de serviço.
a) Corrente contínua - Polaridade direta (CC-): eletrodo ligado ao polo negativo. Com essa
configuração produz-se uma maior taxa de fusão do eletrodo, associada a uma menor
profundidade de penetração.
-
c) Corrente alternada (CA) a polaridade alterna a cada inversão da corrente. Com este tipo
de configuração, a geometria do cordão será intermediária àquela obtida em CC+ e CC-.
. Cabos de Soldagem
São usados para conectar o porta eletrodo e o grampo à fonte de energia. Eles devem ser
flexíveis para permitir fácil manipulação. Eles fazem parte do circuito de soldagem e consistem
de vários fios de cobre enrolados juntos e protegidos por um revestimento isolante e flexível
(normalmente borracha sintética). Os cabos devem ser mantidos desenrolados, quando em
operação, para evitar a queda de tensão e aumento de resistência por efeito Joule.
. Porta Eletrodo
Dispositivo usado para prender mecanicamente o eletrodo revestido enquanto conduz corrente
através dele. .
'-
Grampo --
Metalde Base
ügaç!o à Peça./
_.
-
Figura 5.2 - Equipamento para soldagem com eletrodo revestido -
2
Curso de Inspetor de Soldagem - Proc
o eletrodo, no processo de soldagem com eletrodo revestido, tem vá 'a funções importa t -.
~
também tem funções importantes na soldagem. Didaticamentep emos classificá-I em
funções elétricas, físicas e metalúrgicas.
,
~
Ele estabelece o arco e fornece o metal de adição para a solda. O r estimento do elet do
~
Os eletrodos revest ' do são classificados~ acordo com especificações da AWS (American
Welding Society). Esp cificações comercilís para eletrodos revestidos podem ser encontradas
nas especificações S da série AWS ~ (Ex.:AWS A5.1).
~
revestido t muitas variáveis considerar. Por exemplo, ele pode ser usado numa ampla
variedade (te configurações e juntas encontradas na soldagem industrial,e numa ampla
varie a de combinações metal de base e metal de adição. Ocasionalmente,vários tipos
de ele dos são usados ara uma solda específica. Um inspetor de soldagem, deve ter
~
conh imentoprofundo re a especificaçãodo consumívelusada para o serviço,para saber
com e quais variáveis etam a qualidadeda solda.
processo de sol gem com eletrodo revestido pode ser usado para soldar em todas as
osições. Ele pc ser usado para soldagem da maioriados aços e alguns dos metais não
ferrosos, bem. mo para deposição de metal de adição para se obter determinadas
propriedadeso étimensões.Apresenta possibilidadede soldar metalde base numa faixa de2
J
-
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem ~
-;7FBTS
. comprimento do arco;
. ângulo de trabalho e de deslocamento do eletrodo;
. velocidade de deslocamento do eletrodo;
. corrente.
As peças a serem soldadas, devem estar isentas de óleo, graxa, ferrugem,tinta, resíduos do
exame por líquidopenetrante, areia e fuligemdo preaquecimentoa gás, numa faixa de no
mínimo20 mmde cada ladodas bordas e desmagnetizadas.
A solda obtida pela soldagem a arco com eletrodo revestido pode conter quas 3 todos os tipos
de descontinuidades A seguir estão listadas algumas descontinuidades mais comuns que
podem ser encontradas quando este processo é usado.
. -
Porosidade de um modo geral é causada pelo emprego de técnicas incorretas (grande
comprimentodo arco ou alta velocidade de soldagem), pela utilizaçãode metal de base
sem limpezaadequada ou por eletrodoúmido.A porosídadeagrupada ocorre,às vezes, na
abertura e fechamentodo arco. A técnica de soldagem com um pequeno passe a ré, logo
após começar a operação de soldagem, permite ao soldador refundira área de iníciodo
passe, liberandoo gás deste e evitandoassim este tipo de descontinuidade.A porosidade
vermiformeocorre geralmentepelo uso de eletrodoúmido.
. Inclusões - são provocadas pela manipulação inadequada do eletrodo e pela limpeza
deficiente entre passes. É um problema previsível, no caso de projeto inadequado no que se
refere ao acesso à junta a ser soldada ou mesmo com pequenos ângulos de bisei.
'-
. Falta de Fusão -resulta de uma técnica de soldagem inadequada: soldagem rápida, -
preparação inadequada da junta ou do material, corrente baixa demais.
4
Curso de Inspetor de Soldagem . Processof'de Soldagem
~
soldador. Ocorre, quando o metal de base, não suportando te ões elevadas, ge (ias pela
contração da solda, na direção da espessura, trinca-se em . rma de degraus, s' uados em
planos paralelos à direção de laminação.
. Trincas na Garganta e Trincas na Raiz - quando ~arecem, demand
evitadas, mudanças na técnica de soldagem ou troca de"materiais. -
~
fissuração a frio. Elas ocorrem em um certo tem após a execuçã (ia solda e, portanto,
podem não ser detectadas por uma inspeção re izada imediatame e após a operação de
soldagem, Elas ocorrem, normalmente, enq nto há hidrogênio retido na solda. Como
exemplo de fontes de hidrogênio, podemos 'ar: elevada umida do ar, eletrodos úmidos,
superfícies sujas, Este hidrogênio aliado a a microestrutura f gil e a um nível de tensões
residuais suficientemente elevado, contrib em paAQ..apareci ento desses tipos de trincas.
. Mordedura - correnteelevada, peça
1.8- CONDiÇÕES FíSICAS, AMBIE
SOLDAGEM
5
Curso de Inspetor de Soldagem. Processos de Soldagem t::...
? FBTS
Flgúra U - SOldagem com eletrodo revestido (Shielded metal arc welding - SMAW)
CARACTERfSTICAS:
CONSUMIVEIS:
TAXA DE DEPOSiÇÃO: 1 a 5 kg/h
ESPESSURAS SOLDADAS: > 2 mm - Eletrodos de 1,6 mm a 6 mm de
diâmetro.
POSIÇOES: Todas (Depende do revestimento)
TIPOS DE JUNTAS: Todas > 2mm a 200mm
DILUiÇÃO: de 25 a 35-10
- Revestimentosde 1 a 5 mm de es.
pessura.
FAIXA DE CORRENTE: 60 a 300 A
Soldagem da maioria dos metais e ligas empregadas em caldeiraria, tubulação, estruturas 8 revesti-
mentos.
VANTAGENS: LlMITAÇOES:
- Baixo custo. - Lento devido à baixa taxa de deposição
- Versatilidade. e necessidade de remoção de escória.
6
'5 Curso de Inspetor de Soldagem . Proc,
-
2 SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO (SAS)
- 2.1- DEFINiÇÃO
Processo de soldagem a arco elétrico com eletrodos consumíveis, n~ quais o arco el ' tr" o e a
poça de fusão são protegidos do ambiente pelos produtos resulta ~s da queima de
que é adicionado independentemente do eletrodo. Pode ser uti~ado como eletrod ; arame
maciço, arame tubular ou fita.
~
fluxo
Soldagema arco submerso (SAS)une metais pelo aqu imentoe fusão de tes com um arco
elétrico(ou arcos), estabelecido entre um eletrodonu u vários eletrodos o metal de base.
O arco está submerso e cobertopor uma camada de aterialgranulartu el que é conhecido
por fluxo;portanto o regime de fusão é misto:por eito joule e por ar elétrico.Dispositivos
automáticos asseguram a alimentação do eletr o (ou dos eletro s) a uma velocidade
convenientede tal forma que sua ou suas extre ades mergulhem nstantemente no banho
de fluxoem fusão. A movimentaçãodo cabeçot de soldagem em ~ ação à peça faz progredir
passo a passo a poça de fusão que se enco sempre coberta protegidapor uma escória
que é formadapelofluxofundidoe impureza. Afi9~.4 most este processo.
Neste processo o soldador ou o oper,ror de I'" nã ecessita usar um capacete ou
máscara de proteção. O profiSSion o po
~
dificuldade de acertar o posicioname o do a
1
ndo ~
elétrico através do fluxo e tem
perde o curso. Para contornar tal
vo si~les de guia (mecânico ou luminoso)
para onenta-Io.
.
Vantagens do processo:
.
alta qualidade da solda.
taxa de deposiçãoe velo'
. nenhumarco de soldag
. poucafumaça.
. utilizaçãode múltiploS'
arames.
7
Curso de Inspetor de Soldagem . Processos de Soldagem
~
-;7FBTS
o processo de soldagem a arco submerso também solda uma faixa ampla de espessuras, e a
maioriados aços, femticose austeníticos.
Uma utilidadedo processo de soldagem a arco submerso está na soldagem de chapas
espessas de aços, por exemplo vasos de pressão, tanques, tubos de grandes diâmetros e
vigas.
Arame Allmentador
Reservatório de Arame
de Fluxo
Fonte de
Energia
rÇ) ~~l
Metal
Basede_,
[=1]
Figura 5.5 - Equipamento para soldagem a arco submerso
A fonte de energia para a soldagem a arco submerso pode ser uma das seguintes:
. uma tensão variável de gerador CC ou retificador.
. uma tensão contínua de gerador CC ou retificador.
. um transformador de CA.
8
Curso de Inspetor de Soldagem . Proc,
- A soldagem com corrente contínua permite melhor controle de forma C:topasse de soldaS'em,
'-'
da profundidade de penetração e da velocidade de soldagem.
z soldagem em c~ente
contínua normalmente desenvolve-se com polaridade inversa (elet'j. o positivo, CC+)
A corrente alternada tem a vantagem de reduzir o sopro ma n ,~o (deflexãodo arJo, de seu
'-'
percurso normal, devido a forças magnética).
z
Os eletrodos para soldagem a arco submerso, tem usual ente composiçãolauímica muito
similar à composição do metal de base.
- ~ ~
Fluxos para soldagem a arco submerso também a te m a COmpOSiçã ímica da solda e
influenciam em suas propriedades mecânicas. As car erísticas do fluxo ão similares às dos
revestimentosusadosno processode soldagema
tipos de fluxo estão listados a seguir.
co com eletrodo 1'1 estido. Os diferentes
. fundido;
. aglutinado;
. aglomerado;
. mecanicamente misturado.
9
Curso de Inspetor de Soldagem . Processos de Soldagem
A soldagem a arco submerso pode ser usada para muitas aplicações industriais,que incluem
fabricação de navios, fabricaçãode elementos estruturais,vasos de pressão, etc. O processo
pode ser usado para soldar seções finas,bem comoseções espessas (5 mmaté acima de 200
mm). O processo é usado principalmentenos aços carbono, de baixa liga e inoxidáveis.Ele
não é adequado para todos metais e ligas. A seguir estão listadas as várias classes de metal
de base que podemser soldados por esse processo:
. Aço carbono com até 0,29% C.
.
. Aços carbonos tratados termicamente (normalizados ou temperados - revenidos).
Aços de baixa liga, temperados e revenidos, com limite de escoamento até 700 Mpa
(100.000 psi).
. Aços cromo-molibdênio(1/2% a 9% Cr e 1/2% a 1% Mo).
. Aços inoxidáveis austeníticos.
. Níquel e ligas de Níquel.
A maioria da soldagem a arco submerso é feita na posição plana, com pouca aplicação na
posição horizontalem ângulo.
Soldas executadas com este processo usualmente tem boa dutilidade,alta tenacidade ao
entalhe, contém baixo hidrogênio,alta resistência à corrosão e propriedades que são no
mínimoiguaisàquelas que são encontradas no metalde base.
'-
Por este processo pode-se executar soldas de topo, em ângulo, de tampão, e também realizar
deposições superficiais no metal de base (revestimento). Na soldagem de juntas de topo com
raiz aberta, um cobre-junta é utilizado para suportar o metal fundido. Na soldagem de
revestimento para prover de propriedades desejadas uma superfície, por exemplo, resistência
a corrosão ou erosão, o metal de adição usado é normalmente uma fita.
10
Curso de Inspetor de Soldagem - Proc de Soldagem
Na soldagem a arco submerso, a exemplo da soldagem com eljitrodo revestido, pqõe ocorrer
quase todo tipo de descontinuidade, pelo menos as mais corpGns. Vejamos algu!s aspectos
'-'
principais:
. -
Falta de Fusão pode ocorrer no caso de um cord- espesso executa. o em um único
passe ou em soldagens muitorápidas,ou seja, nos os de baixaenerg' de soldagem.
. Falta de penetração - como já citamos anterio ente, a falta de enetração, quando
'-' acontece, é devida a um alinhamentoincorreto a máquina de sol a com a junta a ser
soldada e/ou velocidadede soldageminadequa .
. Inclusão de Escória - pode ocorrer quando remoção de escóri ,na soldagem em vários
passes, não for perfeita.Devemoscuidarpa que toda a escóri seja removida,atentando
que existem regiões onde esta operação é ais difícil:a regiã entre passes e aquela entre
o passe e a face do chanfroexecutadono etal cie"base.
. Mordedura - acontecem com certa fr.E!qüênci
soldagem processa-se rapidamente eÁJuand
. Porosidade - ocorre com freqüêrPa, te °9 mo ca sas principaisa alta velocidadede
avanço da máquina e o resfria énto ilrl a sol. São bolhas de gás retidas sob a
escória. Podemos eliminar a porosi muda tJo a granulação (finos em menor
quantidade) ou a composição o flux' tros ios de evitar porosidades são: limpeza
adequada da junta, diminui - a v o' Ctede vanço da máquina, utilização de arames
com maiorteor de desoxida e e o ux adequada.
. -
Trinca na soldagema p d ocorrertrincasem elevadas temperaturas ou
.
CImo o arco é sub erso, invisível,a soldagem é normalmente executada sem fumaças,
rojeçães e outros i convenientescomumenteverificadosem outros processos de soldagem a
arco elétrico.Daí, ão necessitarmos de máscaras e outros dispositivosde proteção a não ser
dos óculos de s urança. Eles devem ser escuros para proteção contra clarões no caso de,
inadvertidamen ,ocorrer a abertura de arco sem fluxode cobertura.
'-"
11
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem &:...
-;7FBTS
A soldagem a arco submerso pode produzir fumaças e gases tóxicos. É sempre conveniente
cuidar para que exista uma ventilação adequada do local de soldagem, especialmente no caso
de áreas confinadas.
A Figura 5.6 contém resumidamente, algumas informações mais importantes sobre a soldagem
a arco submerso.
12
'S Curso de Inspetor de Soldagem. Proc
--
'-
'-
'-
--
-- 1 F' o
-
~
2 rvat6rio de Fluxo
-- 3
4
- hllgllClade Corrente
Motor de Allmen~
- Fio
- Edria
7 - Cordio de Solda
e - Fonte d. Corrente
9 - Suporte de Flullo (Cobre.juntal
Arame Maciço
Aram~ ~C""yJPoS--::;;
'--'
Fita
Fluxo
DILUiÇÃO:
Arame = 40
~
%.
Fita = 15 0%
'- FAIXA DE C RRENTE: 350 a 21
LIMITAÇÕES:
. Requerajuste preciso das peças
. Limitado p/posições plana e horizontal em ângulo
(2F)
-A tenacidade ao entalhe das soldas pode ser baixa.
--
13
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem &:-
-;;1FBTS
-
3 SOLDAGEM TIG (SAGT)
3.1- DEFINiÇÃO
~
Processo de soldagem a arco elétrico com eletrodo não consumível de tungstênio ou liga de ~
tungstênio sob uma proteção gasosa de gás inerte ou misturas de gases inerte. Pode ou não
ser utilizado material de adição.
Soldagem TIG é a união de metais pelo aquecimento e fusão destes com um arco elétrico
estabelecidoentre um eletrodode tungstênionão consumívele a peça.
A proteção durante a soldagem é conseguida com um gás inerte ou misturade gases inertes,
que também tem a função de transmitira corrente elétrica quando ionizados durante o
processo. A soldagem pode ser feita com ou sem metal de adição. Quando é feita com metal
de adição, ele não é transferidoatravés do arco, mas é fundidopelo arco. O eletrodo que
conduz a correnteé um arame de tungstêniopuro ou ligadeste material.
A Figura 5.7 mostra esquematicamente este processo.
..
Sentido
Soldagem
Pistola
AUnosfera~
protetora l~ ~
~ ~,
Fuslo
" " " " ,~
Metal de Solda
Solidificado
~
Poça de
" , rAetal_de
Adiçao
A área do arco é protegida da contaminação atmosférica pelo gás de proteção, que fluido bico
da pistola. O gás remove o ar, eliminando a contaminação do metal fundido e do eletrodo de
tungstênio aquecido pelo nitrogênio e oxigênio presentes na atmosfera. Há pouco ou nenhum
salpico e fumaça. A camada da solda é suave e uniforme, requerendo pouco ou nenhum
acabamento posterior.
14
Curso de Inspetor de Soldagem - processoJ de Soldagem
A soldagem TIG pode ser usada para executar soldas de alta qualidade na aioria dos metais
e ligas. Não há nenhuma escória e o processo pode ser usado em tod as posições. Est, "
processo é o mais lento dos processos manuais.
'-'
'-' 3.3- EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM
Fontede
Energia
'-
00 o
Lig8Çlo ao Eletrodo
Uma ampla variedade de metais e ligas estão disponíveis para utilizaçãocomo metais de
adição no processo de soldagemTIG.
Os metais de adição, se utilizados,normalmente são símilares ao metal que está sendo
soldado.
Por outro lado, o uso do hélio usado como gás de proteção, resulta em uma tensão de arco
mais alta para um dado comprimentode arco e correnteem relação a argõnio,produzindomais
calor, e assim é mais efetivopara soldagem de materiais espessos (especialmentemetais de
alta condutividade,tal como alumínio).Entretanto,vistoque a densidade do hélioé menor que
a do argônio,usualmentesão necessárias maiores vazões de gás para se obter um arco mais
estável e uma proteção adequada d~ poça de fusão, durante a soldagem na posiçãoplana.
A soldagem TIGé um processo bastante adequado para espessuras finas dado ao excelente
controle da poça de fusão (arco elétrico).O processo pode ser aplicado em locais que não
necessitam de metalde adição.
Este processo pode também unir paredes espessas de -chapas e tubos de aço e de ligas
metálicas. É usado tanto para soldagemde metais ferrosos como de não ferrosos. Os passes
de raiz de tubulações de aço carbono e aço inoxidável,especialmente aquelas de aplicaçôes
críticas,são freqüentementesoldadas pelo processo TIG.
Embora a soldagem TIG tenha um alto custo inicial e baixa produtividade, estes são
compensados pela possibilidadede se soldar muitos tipos de metais, de espessuras e em
posições não possíveis por outros processos, bem como pela obtenção de soldas de alta --
qualidadee resistência.
A soldagem TIGpossibilitasoldar alumínio,magnésio, titânio,cobre e aços inoxidáveis,como
também metais de soldagem difícile outros de soldagem relativamentefácil como os aços
carbono. '-
16 '--
Curso de Inspetor de Soldagem . Proc de Soldagem
'-
~
Quando se deseja baixa penetração, deve-se optar pela siV!façãoque leva o quecimento
minimodo metal de base, usando-se a polaridadeinvers 1 corrente altemad . Na soldagem
~
de alumínio a corrente utilizada é altemada, sendo. ecessário um dis ositivo de alta
freqüência que está normalmente embutido no equipame o.
A despeito das vantagens citadas, é conveniente le rar que a soldage!1[TIG, para ser bem
sucedida, requer uma excepcional limpeza das ju s a serem soldacfclse um treinamento
extenso do soldador.
A preparação e Ufnpezadas juntas p'ara a soldagem TIG requer todos os cuidados exigidos
para a soldagenfcom eletrodoreve9~doe mais:
. a IimpezéV'do
chanfro e borda'sdeve ser ao metal brilhante,numa faixa de 10 mm, pelos
lados intimo e extemo.
.
~
Q a. o da depOSiçãO
!!
ine e, pelo outro 'ido
raiz da solda deve ser empregada a proteção, por meio de gás
peça. A este gás injetadona raiz da junta, chamamos de Purga.
P a os aços carbono ão é necessária a proteção.
. Falta de Fusão - pode acontecer se usarmos uma técnica de soldagem inadequada. A .......
penetração do arco na soldagem TIG é relativamentepequena. Por esta razão, para a .......
'-'
'-'
18 -
'S Curso de Inspetor de Soldagem - Proc de Soldagem
'-'
--
-
TIPO DE OPERAÇÃO:
Manual ou Automática
tUSTO DO EQUIPAMENTO:1,5 (
10 (Automático)
(Sold.c/ele!. revestido= 1)
CARACTERI"$TICAS:
TAXA DE DEPOSiÇÃO: O
ESPESSURASSOLDADA;1 Varetas
POSIÇOES: Todas
TIPOS DE JUNTAS: Gases
DILUiÇÃO: -
~
Com M.Adiçã a 20%
Sem M.Adiçã = 100%
FAIXA DE CO RENTE: 10 a 400A
~
APLICAÇOE (PICASNA INDO T IA DO PETROLEO E PETROQUfMICA:
Soldagem d 1~ passe de tubulaçõe de aços liga, aços inoxidáveise-ligasde n(quel.
Soldagem e equipamentos de AI, i e ligasde Ni.
.
:t
Soldage de tubos ao espelho d permutadores de calor.
Solda m de internos de reato s de uréia em aço inoxidávele Ti.
LlMITAÇOES:
~NT AGENS:
'-' - Produz as soldas - Baixa taxa de deposição.
-SoldaQemde se - Requer soldadores muito bem treinados.
SEGURANÇA:
Emissão intensa de radiação ultra-violeta.
'-' '.
19
.
Curso de Inspetor de Soldagem Processos de Soldagem ~
? FBTS
Processo de soldagem a arco elétrico com eletrodo consumível sob proteção gasosa, que
utiliza como eletrodo um arame maciço e como proteção gasosa um gás inerte (MIG), um gás
ativo (MAG), ou misturas de gases.
- argônio
- hélio
- argônio + 1% de O2
- argônio + 3% de O2
- argônio + (até) 15% CO2
. Processo MAG (METAL ACTIVE GAS): injeção de gás ativo ou mistura de gases que
perdem a característica de inertes, quando parte do metal de base é oxidado. Os gases
utilizados são:
- CO2
. - CO2+ 5 a 10%de O2
- argônio + 15 a 30% de CO2
- argônio + 5 a 15% de O2
- argônio + 25 a 30% de N2
A Figura 5.10 mostra como o processo de soldagem MIGIMAG funciona.
Escórias formadas nos processos de soldagem com eletrodo revestido e soldagem a arco
submerso, não são formadas no processo de soldagem MIGIMAG, porque nesses processo
não se usa fluxo. Entretanto, um filme vítreo (que tem o aspecto de vidro) de sílica se forma de .
eletrodos de alto silício, o qual deve ser tratado como escória.
-
--
20
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Curso de Inspetor de Soldagem . Proc,
21
'-'
'-'
&'-
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem -::7 FBTS ........
'-
'-'
'-
'-'
Fonte de Gás
deProteçlo '-
'i\ '-
'-
FONTE DE ENERGIA
A pistola contém um tubo de contato para transmitir a corrente de soldagem para o eletrodo e
um bocal de gás para direcionar o gás de proteção às redondezas do arco e da poça de fusão.
O alimentador de arame é composto de um motor pequeno de corrente contínua e de uma roda
motriz.
Há quatro modos de transferênciado metal de adição fundidoda ponta do arame para a poça
de fusão, a saber. .
)C'jc ~ -OA -:>"~\/I .l4D6
. Por transferênciaglobular
-=-- ocorre com uma baixa corrente em relação á bitola do
eletrodo. O metal se transfere do eletrodo para a peça como glóbulos, cada um maior em
diâmetro que o eletrodo. Os glóbulos se transferem para a poça sem muita direção e o -
aparecimento de salpico é bem evidente.
A(fl:> {)/;.-,Jf--1I:A(ji0 4,- -rL;".
r.oI<..JcA!-1J76 t ~:. P.{4NA - é fh(! ? b
. Por transferência por spray ou por pulverizaçio axial ocorre com correntes altas. O -
metal de adição fundido se transfere através do arco como gotículas finas.
Com a transferência por spray a taxa de deposição pode chegar até a 10 kglh. Entretanto,
essa taxa de deposição restringe o métodoà posição. -
22
'S Curso de Inspetor de Soldagem - Processf/S de Soldagem
fundo e injeta sobre essa corrente baixa, pulsos de alta com nte. A transferênci do metal
de adição é pelo jato de gotículas durante esses pulsos. E a característica da orrente de
soldagem faz com que a energia de soldagem seja menor o que toma possívft a soldagem
na posição vertical pelo uso de arames de diâmetros gra .(jes.
~
A maior parte da soldagem MIGIMAGpor spray é f~a na posição P a a. As soldagens
MIGIMAGpor arco pulsante e por transferência f curto circuito s. adequadas para
~
soldagem em todas as posições. Quando a soldage é feita na posi. sobre-cabeça, são
usados eletrodos de diâmetrospequenos com o m~odo de transferên~ por curto circuito.A
l
transferênciapor spraypode ser usada com correnlécontínuapulsada:
'-'
4.5- TIPOS E FUNÇÕES DOS CONSUMíVEI
Como uma regra, as mposições do el odo e do metal de base devem ser tão similares
quanto possível,se o que, especifica nte para o processo MAG,deve ser levado em conta
o acréscimode el entos desoxidant . Para se ter maiores informaçõessobre os eletrodos
consultaras esp~ ificaçóesAWSA 5 ,A 5.18e A 5.28.
por t sfera ativa ente d se a injeção de gás de proteção ativo,isto é, com capacidade de
~ ~
oxidar metal durante a Idagem.Para facilitaro raciocíniosobre os fenômenos envolvidos,
tom os, comoexemplo a injeçãode dióxidode carbono(C02),ver figura5.12.
23
'-"
&-
.-
Curso de Inspetor de Soldagem. Processos de Soldagem
,-=' FEITS '-'
'-'
'-'
'-'
Arame Consum (yeJ
'-'
Godculas de Metal
de Adiçlo '-'
'-'
'-'
co '-'
'-'
Pode ocorrer que não haja tempo para a saída do monóxidode carbono (CO), da poça de
fusão, o que provocaráporos ou porosidade no metalde solda.
O problema é resolvido mediante a adição de elementos desoxidantes tal como, o manganês.
O manganês reage com o óxido de ferro, dando origem ao óxido de manganês, o qual, não
sendo gás, vai para a escjria (FeO + Mn -7 MnO). O manganês porém, deve ser adicionado
em quantidade compatívelcom o FeO formado. Mn em excesso fará com que parte dele se
incorpore à solda, implicando em maior dureza do metal de solda e, portanto, em maior
probabilidade de ocorrência de trincas. Em síntese, portanto, ocorrem as seguintes reações:
. na atmosfera ativa:
CO2 -7 CO + 1/2 O2
Fe + 1/2 O2 -7 FeO
FeO + C -7 Fe + CO
-
. com a adição de elementos desoxidantes:
24 '-'
Curso de Inspetor de Soldagem -Proc
. à medida que a velocidade de solidificação aumenta, toma-se maior
ocorrênciade porose porosidades; ,
. Inclusões de)Escória - o oxigê 'ó contido no próprio metal de base, ou aquele captado
t
durante a O6agem sob condiçq s deficientes de p.roteção,forma óxidos na poça de fusão.
Na maiori das vezes, esses óxidos flutuam na poça de fusão, mas eles podem ficar
aprisiona os sob o metal de Ida, dando origem a inclusão de escória.
. Lasc., Dobras, DuplasjÚlminações e Trinca Interlamelar podem vir à tona ou surgir
em SÓldascom alto grau;de restrição.
. rdedura - quando~contecem, são devidas a inabilidade do soldador.
-
Poros e Porosida)fe como já vimos, poros e porosidade são causadas por gás retido na
solda. na solda ,f!m MIG/MAG verifica-se o seguinte mecanismo: o gás de proteção,
injetado sem a ' servânciade determinadosrequisitostécnicos,podedeslocara atmosfera
que o envolv , a qual contém oxigênio e nitrogênio. O oxigênio e nitrogênio da atmosfera
podem diss ver-se na poça de fusão, dando origem a poros e porosidade no metal de
solda.
25
-
Curso de Inspetor de Soldagein - Processos de Soldagem t::- -
-::1 FBTS
A Figura 5.13 contém resumidamente, algumas das informações mais importantes sobre a
soldagem MIG/MAG.
'-
--
-
--
26
--
'-
Curso de Inspetor de Soldagem . Processo,
SF4, A ,.-' g
Flllura 5.13 . Soldagem MIG/MAG (GAS METAL ARC WELDING - GMAW)
Arame
Consum ;vel
L.IMITAÇOES:
- cia
Limitado à posição plana, 8XcetOna transferên.
por curto'-<:ircuitoou por arco pulsante.
- Riscode ocorrênciade falta de fusão.
27
--'
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem ?t::.. FBTS
SFA/A 5<§2(J - 5.29 - 6.22
5 - SOLDAGEM A ARCO COM ARAME TUBULAR (FLUX CORED ARC WELDING-FCAW)
5.1- DEFINiÇÃO
Processo de soldagem a arco que produz a coalescência de metais pelo aquecimento destes com
um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo metálico tubular, contínuo, consumível e o metal
de base. A proteção do arco e do cordão é feita por um fluxo de soldagem contido dentro do
eletrodo, que pode ser suplementado por uma proteção gasosa adicionalfornecida por uma fonte
externa.
A soldagem com arame tubular foidesenvolvida visando unir as vantagens do processo MIGIMAG
(semi-automáticoou automático) com as do processo com eletrodo revestido (revestimento fusível
formador de gases protetores, escória, elementos de liga, etc.). Deste modo o arame eletrodo
maciço foi substituído por outro, composto de um arame tubular com alma de fluxo fusível,
semelhante ao utilizadono arco submerso.
-C02
- Ar + 2% de O2
- Ar + 18 - 25% de CO2
Assim como os arames maciços, utilizados nos processos MIGIMAG,o arame tubular também é
embalado numa forma contínua (bobinado);por esta razão, eles podem ser empregados tanto em
processos sem i-automáticos como em processos automáticos. Em ambos os processos, o arame
tubular é alimentado automaticamente através de uma pistola. No processo semi-automático, o
soldador controla a inclinação e a distância da pistola à peça, bem como a velocidade de
deslocamento e a manipulação do arco.
As Figuras 5.14 (a) e 5.14 (b) mostram o funcionamento do processo de soldagem com arame
tubular.
'-"
-
28
s Curso de Inspetor de Soldagem . processJ's de Soldagem
Sentido de Soldagem I
"
.. ",
"
I
II
I'
Metal de Solda
Solidificado
J.
11V9:-~HiéLD
me Tubular Autoprotegido
Sentido de SoId8gem
.. Pisto"
B1.co de Contato
Atmosfera
Protetora
Metal de Solda Metlll de
SoliditlC8Clo Base
j
-
Figura 5.14 (b) Soldagem a arco elétrico com Arame Tubular com Proteção Gasosa
5.~QUIPAMENTOSpE SOLDAGEM
29
--
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem ~
? FBTS
'-
. As pistolas, em casos onde a intensidade de corrente seja elevada, são, usualmente,
refrigeradascomágua ou ar;
. No processo autoprotegido o sistema de gás de proteção é inexistente.
Controle: Bobina de
Allme"'@Areme: -
G;!J
Pistola
\ '-
Ma
-~ -
t
nual
Co;=~da
rn~
Salde de Gá
~
~ -
o
01
-- . Controle de
Tensio
:
I
I
i
I
I
I
I
I
'----
I
I -------
FONTE DE ENERI
As transferências metahcas no processo arame tubular, além de serem em função dos parâmetros
de soldagem empregados, são também em função do gás ou mistura gasosa utilizada. Neste
processo tem-se os seguintes tipos de transferências:
. Curto-circuito: caracterizada pelo constante processo de extinção e reacendimento do arco
elétrico. Este tipo de transferência permite a soldagem em todas as posições, com o
incoveniente de gerar uma grande quantidade de respingos.
. Globular. é a transferência metálica típica produzida pelos arames tubulares; ocorre à
correntes mais baixas que na transferência por spray. Existe grande incidência de respingos
de metal fundido.
-
. Por spray ou pulverização: ocorre quando são estabelecidas altas intensidades de
correntes e altas tensões do arco em relação a um determinadodiâmetrode arame. Dentre
os gases ou misturas gasosas utilizadas,apenas o Argônioe as misturas gasosas de
Argônio com teor de CO2 variando entre 8 e 15%, permitem produzir este tipo de
transferência metálica.Por produziruma elevada taxa de deposição, a transferência por
spray restringe-se apenas à posição plana. Um problema gerado por este tipo de
30
s Curso de Inspetor de Soldagem - Proc
. Por arco pulsante: é uma transferência tipo spray sintético, obtida Ia pulsação da nte
entre dois níveis pré-estabelecidos: uma corrente de base, baix o suficiente para anter
~
estável o arco elétrico e resfriar a poça de fusão e uma corrente d pico, superior a co nte de
transição globular - spray. Por este motivo a energia de sol agem é baixa, faciitando a
soldagem com arames de grandes diâmetrosfora da posição cl na.
. Eletrodos - são arames tubulares ocos com alma fopf1ada por um flux Sível de baixo teor de
hidrogênio. Quando o gás protetor for de (Ureza ativa, deve estar presentes na
composição química do eletrodo elementosdes
~ idantes, tais como
rg
arames autoprotegidos,existe na composiçãoJ ímica do fluxo a pr sença do AI.
Mn, e o Si. No caso dos
As especificaçõesAWS A5.20 e A5.29 cla~~cam arames tubl!lãres para aços C-Mn e baixa
liga respectivamente. Para aços inoxidávJflssão~ados ajámes classificados pela AWS
A5.22.
~
por pr aração inadequad( do chanfro ou erro na configuração da junta escolhida pelo
proje~ .
. InQfusão de escória {deficiência do soldador no processo de remoção da escória, alta
viiocidade de SOlda,~, projeto inadequadoda junta.
Mordedura - inabili6adedo soldadorou amperagem elevada.
~
Poros e por s' ade - surgem quando a velocidade de soldagem é elevada, não permitindo a
difusão dos ses pelo cordão. Na soldagem com proteção gasosa, podem ser causadas por
uma vazão. e gás inadequada ou por ventos no local de sOldagem, o que impede uma
31
-
&:- --
Curso de Inspetor de Soldagem . Processos de Soldagem
-;:7FBTS
proteção efetiva da poça de fusão. Podem ocorrer ainda quando são utilizadas misturas ricas
em Ar em soldagem de chapas grossas. Voltagens elevadas utilizadas na soldagem. '-'
. Sobreposição -ligada à transferência por curto-circuitoou inabilidadedo soldador.
-
. Trincas - normalmente são oriundas de técnicas de soldagem e/ou preparação inadequadas.
Há que se considerar a formação de fases pré-fusíveis, resultantes das combinações de
elementos desoxidantes com o oxigênio que podem ocasionar trincas à quente.
-
5.8- CONDiÇÕESDE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
o processo de soldagem com arame tubulargera uma grande quantidade de fumaça. Deste
modoo ambientedeveráter boa aeração preferencialmenteatravésde exaustores.
Afigura5.16contémumresumodas principaisinformaçõessobreo processoarametubular.
'-
'-'
32
'-'
Curso de Inspetor de Soldagem - Processl de Soldagem
Figura 5.16 - Soldagem com arame tubular (Flux Cored Are Welding FCAW) -
Alimentador de Arame
Arame
-
Consumlvel
-
""'"
TIPO DE OPERAÇÃO:
Semi-automática ou Automática
Custo do equipamento -
3
CARACTERíSTICAS: , i~SUMíVEIS:
TAXA DE DEPOSiÇÃO: 1 a 1,-k, Arame:
ESPESSURAS SOLDADASp 3 m . 1,2 a 4,0 mm - aços carbono e baixa liga
POSIÇÓES: Todas . 1,6
Gases:
-
a 4,0 mm aços cromoe cromo-níquel
DILUiÇÃO: 20 a 50%
FAIXA DE CORRENTE:J90 a 600 A . CO2 ou Ar + CO2-Aços carbono e baixa liga
. C02 ou Ar + O2 ou Ar + He - Aços cromo e
cromo-níquel
LIMITAÇÕES:
33
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem
~-~~~
-
5,c~ 5.25
6 - SOLDAGEM POR ELETROESCÓRIA (ELECTROSLAG WELDING - ESW)
6.1- FUNDAMENTOS DO PROCESSO
A soldagem por eletroescória não é um processo de soldagem a arco pois nele o arco é usado
apenas para dar início ao processo de soldagem.
Na soldagem eletroescória, uma escória fundida, funde o metal de adição e o metal de base. A
escória protetora da poça de fusão acompanha a soldagem. '-
o processo começa pela abertura de um arco elétrico entre o eletrodo e a base da junta. Fluxo
granulado é acrescido e fundido pelo calor do arco. Quando uma camada espessa de escória
se forma, toda a ação do arco cessa, e a corrente de soldagem passa do eletrodo para o metal
de base através da escória por condução elétrica. O calor é gerado pela resistência da escória
fundida à passagem da corrente de soldagem e é suficiente para fundir o eletrodo e as faces
do chanfro. O eletrodo fundido (e tubo guia, se é usado) e o metal de base fundido formam a
solda abaixo do banho de escória fundida. A figura 5.17 mostra esquematicamente este
processo.
Eletrodo
Metal de Base
Solda
Fundida
. Fonte de energia.
-
. Alimentadorde aramee oscilador.
. Tubo guiae eletrodo.
. Deslocador(não precisa se o guia é consumível).
.. Sapata de retenção (sapata de moldagem).
Controles de soldagem. '-'
. Cabos de conexão elétrica.
. Isolantes.
34
r-
'-'
s Curso de Inspetor de Soldagem - Proc,
Solda Solidificada
Metal de Base
~
fundido. A superfície da olda é m~ada R 10contorno ou formato das sapatas enquanto a
poça de fusão se mov para cima na junt Conforme vai ocorrendo a solidificação, impurezas
metálicas flutuam par cima do metal fund do através da escória.
35
........,
-- --."
......,
AI imentaclor
Direcionador "-"
de Arame
'-"
Osci Iação
Fundida '-'
'--"
A corrente de soldagem e a taxa de alimentação do eletrodo, podem ser tratadas como uma só
variável, porque uma varia em função da outra. Se a velocidade de alimentação do eletrodo é
aumentada, a corrente de soldagem e a taxa de deposição são também aumentadas. Como a
corrente de soldagem é aumentada, a profundidade da poça de fusão também é aumentada.
A tensão de soldagem é uma outra variável que precisa ser levada em consideração. A tensão
tem efeito maior na profundidade de fusão no metal de base e também na estabilidade de
operação do processo. Aumentando-se a tensão, aumenta a profundidade de fusão. e a
largura da poça de fusão e também aumenta o fator de forma (relação largura/profundidade) e,
como resultado, a possibilidade de ocorrência de trinca é menor. Se a tensão é baixa pode
ocorrer um curto circuito entre o eletrodo e a poça de fusão: Se a tensão é alta demais, podem
ocorrer respingos de solda ou aberturas de arco no topo da escória fundida.
~
É necessária apenas uma pequena quantidade de fluxo ra a soldagem.
escória de 40 a 50 mm de profundidadeé usualmente re erido de maneira
consiga permanecerno banho e fundir-sedebaixoda supe ície. .
37
t::.. --
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem -:;1 FBTS
. Porosidade - quando ocorre, é grosseira e do tipo verm,iforme podendo ser causada por
pedaço de abesto úmido utilizado como vedação entre a sapata de retenção e a peça a ser
soldada, fluxo contaminado ou úmido, eletrodo, tubo guia ou material para início de
soldagem úmidos.
. Sobreposição - pode ocorrer, se as sapatas não forem bem ajustadas às chapas,
permitindoo vazamentode materialfundido.
. -
Trinca Interlamelar não tem sido observada na soldagem eletroescória de juntas de topo
porque não se registram tensões no sentido da espessura das chapas do metal de base.
. Trincas - devidoà fissuração a frionão são encontradas na soldagem eletroescória. Isso
devidoao ciclolento de aquecimentoe resfriamentoda junta, inerente ao processo. Já as
trincas causadas pela fissuração a quente são comuns na soldagem eletroescória,
principalmenteno caso de soldas com alto grau de restrição,devidoà granulaçãogrosseira
da junta soldada. Essas trincas propagam-seao longodos contomos de grãos.
. Duplas Laminações - não se constituemem grandes inconvenientespara a soldagem
eletroescória. A escória fundida atrai para fora qualquer inclusão existente na dupla
laminação e sela a dupla laminação ao longo da solda. Analogamente, lascas e dobras são --
absorvidas pela soldagem eletroescória.
38
'S Curso de Inspetor de Soldagem . Processl de Soldagem
CUSTO DO EQUIPAMENTO; 20
~
(Soldagem c.i'1t't revestido = 1)
CARACTE RISTICAS:
Arames (1 ou mais)
Posição de Soldactém: Plana
TIPOS USUAIS OE/.IUNTA: Fluxo
LIMITAÇÕES:
-Limitada à posição vertical
- Requer tratamento ténnico de nonnalização
devido ao superaquecimento (baixa tenacidade
ao entalhe do metal de solda e ZTA-
granulação grosseira.
39
'-'
A soldagem eletrogás é uma variação dos processos MIGIMAG e do processo de soldagem a '-'
arco com Arame Tubular. Da mesma forma que no processo Eletroescória, a soldagem por
Eletrogás utiliza sapatas de retenção para confinar a poça de fusão na soldagem na posição
vertical. A formação da atmosfera protetora e a transferência do metal são idênticas ao processo
MIGIMAG. Uma proteção adicional pode ou não ser utilizada pela injeção de um gás ou de uma '-
mistura de gases provenientes de uma fonte externa.
RoletesAlimentadores
de Arame
/
Gás de Proteção
Poça de Fusão
Circulação de Água
Metal de Solda Solidificado
Metalde Base ~
Fig. 5.21 -soldagem eletrogás com arame sólido.
-
A soldagem normalmente é feita num único passe.
'-'
Para o início da operação um eletrodo consumível em forma de arame, sólido ou tubular, é
alimentado numa cavidade formada pelas faces do chanfro das peças a serem soldadas e pelas -
sapatas de retenção. Um arco elétrico se inicia entre o eletrodo e uma chapa situada na parte
inferior da junta.
40
t::-
? EED:S
o calor do arco funde as faces do chanfro e o eletrodo que é alimentado de ji1aneira contínua. O
metal fundido proveniente do metal de adição e do metal de base fundidq(forma uma poça
fusão abaixo do arco e se solidifica.
o eletrodo pode oscilar horizontalmente através da junta, principalmentvem juntas mais esD.êssas
de maneira a distribuir de maneira mais uniforme o calor e o metal de çd]ição.
A medida que a solda se solidifica uma ou ambas as sapatas e ovem para Cim j nto com o
cabeçote de soldagem de modo a dar continuidade à solda,
~
deposição é fe' através de
movimento oscilatório na posição plana de soldagem co progressão na di
(soldagemna posição vertical)
.
o vertical ~-
7.2- EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM
~
o equipamento básico para a soldagem eletrogás ' milar ao conven ' ai da soldagem por
~
eletroescória. A diferença fundamental é a introdução o gás de proteçã CIoarco e da poça de
metal fundido, quando o gás de proteção é necessár] (na soldagem elet gás com arame tubular,
o gás de proteção nem sempre é necessário).
Num sistema típico de soldagem trog', eom o entes essenciais, com exceção da fonte de
energia, são incorporados num i
para cima, acompanhando.
,~
re s- r:
be te de soldagem) que se move verticalmente
a s I gemo Dispositivos de controle para fluxo de
água, pressão horizontal n s a sento oscilação da pistola de soldagem, alimentador
de arame, e movimento ertica imil I' aos usados no processo de soldagem com
eletroescória.
.
A fonte de EnergLéfpode sertanto o 'po tensão constante como do tipo corrente constante.
~
Quando uma unidade de tensã constante é utilizada, o deslocamento vertical pode ser
~
controla o ~~almente ou P r spositivo, tal como uma célula foto-elétrica, que detecta a altura
desloca ~
da subida' a poça de fusão.
nto vertical pode s
' m fontesde energiatipo tensãovariável(correnteconstante),o
controlado pela variação do arco elétrico.
.
, similarao utilizadoios processosde soldagemautomáticaMIGIMAGe com arametubular.O
limentador deve s~( capaz de suprir o eletrodo a altas velocidades e de endireitar o arame
tomando sua extremidade reta.
41
-
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem &:-
-;;1FBTS
-
. Pistola de Soldagem
A pistola de soldagem para soldagem eletrogás efetua as mesmas funções daquelas das
soldagens MIGIMAG e com arame tubular. Ela guia o eletrodo para a posição desejada na
abertura da junta e transmite a corrente de soldagem para o eletrodo, e, em algumas aplicações,
ela fornece gás de proteção ao redor do eletrodo e do arco. A energia é transmitida pelo bico de
contato.
. Sapatas de Retenção
Tal como na soldagem por eletroescória, sapatas são usadas para reter a poça de fusão.
Usualmente ambas as sapatas movem-se para cima com a progressão da soldagem. Em
algumas soldagens uma das sapatas pode ser um cobre-junta estacionário. Para prevenir que a
poça de fusão incorpore o cobre das sapatas, estas são refrigeradasa água para não se fundirem.
Os dois tipos de eletrodos são usados comercialmente. A especificação AWS A 5.26 cobre os
requisitos desses eletrodos para a soldagem de aços carbono e de baixa liga.
Para soldagem de aço com arame tUbular, o CO2 é o gás de proteção normalmente usado. A
mistura de 80% argónio e 20% CO2 é normalmente usada para soldagem de aço com eletrodos
sólidos.
Alguns eletrodos tubulares são do tipo auto-protegido. Quando fundidos, os fluxos geram uma
proteção gasosa para proteger o metal de adição e o metal de solda fundido.
A soldagem eletrogas é usada para a união de chapas espessas que devem ser soldadas na
posição vertical ou que podem ser posicionadas verticalmente para a soldagem. A soldagem é
feita usualmentenum só passe.
42
s Curso de Inspetor de Soldagem - processp's de Soldagem
Quanto maior a junta a ser soldada, maior é a eficiência deste processo/Para soldagem d
campo, por exemplo, juntas verticais de tanques de armazenamento de gn:vfde porte, o proces
elimina o grande trabalho e o custo da soldagem manual.
'-' As variáveis de soldagem do processo eletrogás são similares às do proq{sso por eletroescória.
'-'
A energia normalmente usada, no processo eletrogás, é de corrente tínua, polaridade i!]\lersa.
'-' Fontes de energia usadas para soldagem eletrogás são usualme na faixa de 750 g 1000 A
para ciclo de trabalho de 100% (uso contínuo).
-
~
Neste processo, o calor do arco elétrico deve ser aplicado n' rmemente através;(ia junta com
chapas de 30 a 100 mm de espessura, a pistola de soldage é oscilada hOriZ nt (mente sobre a
-
'-' 7.5- DESCONTINUIDADES INDUZIDAS PELO PRQCESSO
. Inclusões de Escória
.
Eletrodos t Dularescontém ele entos desoxidantes e desidratantes na alma. Uma combinação
do gás de roteção e compos s formadores de escória da alma do eletrodo, usualmente produz
uma sol a sã, livre de po idades. Contudo, se algo interfere com a cobertura do gás de
prote -', podem resultar p sidades.
Outp§scausas da poro~ade podem ser correntes excessivas de ar, vazamento de água nas
- sa/atas de retenção e ~etrodo ou gás de proteção contaminado.
uando a porosida~ é encontrada, ela usualmente começa perto das margens da solda e corre
em direção ao eix9'da solidificação.
43
t::-
Curso de Inspetor de Soldagem. Processos de Soldagem -:7 FBTS
. Trincas
Se trincas ocorrem. elas são usualmente do tipo trincas a quente. As trincas se formam a altas
temperaturas. junto com, ou imediatamente após, a solidificação. Elas estão localizadas próximo
ao centro da solda.
Trincas na solda podem ser evitadas pela modificação da característica de solidificação da solda.
Isto pode ser realizado pela alteração da forma da poça de fusão, através de mudanças
apropriadas nas variáveis de soldagem. A tensão do arco deve ser aumentada, e a amperagem e
a velocidade de deslocamento decrescidas. Freqüentemente, o aumento na abertura da raiz entre
chapas pode ajudar, embora isto possa não ser econômico. Se trincas são causadas pelo alto
carbono ou alto enxofre no aço, a penetração do metal de base deve ser mantida baixa para
minimizar a diluição do metal de base na solda. Além disso, um eletrodo com alto teor de
manganês pode ser usado para soldagem de aços de alto enxofre.
- a alta taxa de deposição deste processo implica em alto risco de falta de fusão. e
"
44
Curso de Inspetor de Soldagem . Processf}'s de Soldagem
'-'
.........
II Guia
"--'
.........
'-"
'-"
CUSTO DO EQUIPAMENTO: 20
(Soldagem clelet.revestido=1)
CARACTERlsTICAS:
TAXA DE DEPOSiÇÃO: 10kg/h
ESPESSURAS SOLDADAS:10 ' rame sólidoou tubular.
POSiÇÃO DE SOLDAGEM: p,
TIPOS DEJUNTA de topo,
de ângulo
DILUiÇÃO:50 a 60% * .
LlMITAÇÓES:
recomenda-se eletroescória
recomenda-se eletrogás
45
,
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem I::-
-.;7FBTS
Conjunto de processos de soldagem por fusão nos quais o aquecimento é produzido pela chama
resultante de uma misturaentre um gás combustívele oxigênio (comburente).
8.2- FUNDAMENTOS DO PROCESSO
Soldagem a gás é todo processo que utiliza um gás combustível combinado com oxigênio para
efetuar a união de metais. A fonte de calor, sendo uma chama, é menos potente que o arco
eletnco. O aquecimento da peça exige um tempo maior, permanecendo a peça por mais tempo
em altas temperaturas.
A soldagem pode ser realizada com ou sem pressão, e com ou sem metal de adição. A Figura
5.23 mostra esquematicamente este processo.
Sentido de Soldagem
Bicodo Ma""rico
.....
.
Metalde Adição 1/ de Soldagem
S ~ r
&\\\~\\\\\\\\<\~
(vareta>
~
~
'/ ~
Dardo
Penacho .
Metal de Solda Fundi d o
-
Metal de Solda
- Sol;d'.-
Metal de Base
O equipamento necessário para este processo varia muito, dependendo da aplicação e do tipo de
combustível usado. O equipamento básico é mostrado na Figura 5.24. Este consiste de cilindros
de gás combustível e cilindrosde oxigêniocom reguladores para cada mangueira, e de maça rico
de soldagem. O maçarico desempenha a função de misturador do gás combustível com o
oxigênio para prover o tipo de chama adequado para a soldagem. Este, além da conexão de
mangueira e de um manipulador,contém válvulas de oxigênioe gás combustível para regulagem
da mistura.
46
Curso de Inspetor de Soldagem . Processosftie Soldagem
--
--
--
--
--
--
~
Há uma grande variedade de ga es ispon'
acetileno é o preferido para a sold em. A
porcentagemmaior de carbono e so
Varetas d soldagem com ári composições químicas são disponíveis para soldagem de muitos
'-- 2
metais ~ rrosos e não ferro s. A vareta é normalmente selecionada de modo a se conseguir
propri ades desejadas na olda. As varetas são classificadas na especificação AWS A 5.2 com
base m sua resistência m cânica.
--
-
47
&:-
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem -::1 FBTS
. -
Cone (ou dardo) de cor azulada, onde ocorre uma combustão incompleta,também dita
combustãoprimária:
'-
48
'-'
FEn"S Curso de Inspetor de Soldagem -Processo# de Soldagem
'-'
'-'
f
11
- RELAÇÃO
DE
TIPO
DE FORMA DA CHAMA
. APLlCAÇ6ESI
CARACTERiSTICAS,
-
11 CONSUMO CHAMA
PENACHO
- II
!=1 NORMAL
OU
'-' II I
NEUTRA. I DARDO BRANCO, BRILHAN
'-' ARREDONDADO.
'-'
11 I I / fi
'-' 11 I I -máxima temperatura de
.., """ ,=' to '/ I chama:!= 1,25a 1,5
!>1 I OXIDANTE
I 312.CoC - / "- / I -rufdo caracterfstico.
- soldagem do aço: junta
- I I / # #
/ I
queimada, grande quan-
tidade de óxidos
-soldagem do latão
'-'
~
indústria do petróleo é utilizad so"~
soldagem de revestimento re st n sã. de porém,ser utilizadana soldagemde outros
materiais variando-se a té . ,p Et
er;)o ratamentoténnicoe uso de fluxos.
'--
. é relativamentebé
. altamente portá. ;
'-' . soldagem po vel em todas as po rções;
.
- o equipame o é versátil: capa, <:fadede ser usado para. várias outras operações, como
~
A O agem a gás é bepl aceita para união de seções finas de tubo e chapa de diâmetros
pe enos. Soldas em sJções espessas não são econômicas,mas podem ser adequadas para
s içosde reparos.
~ soldagem a gásft um processo manual;assim o soldador deve controlara temperatura,a
posiçãoe direção)lachamae tambémmanipularo metalde adição.
'-
49
Curso de Inspetor de Soldagem . Processos de Soldagem
~
-;;7FBTS
Neste processo, o projeto da junta é uma variável importante que deve ser levada em
consideração.Maioraberturada raizde certasjuntasé necessária para permitirpenetraçãototal.
-"
50
Curso de Inspetor de Soldagem . Proc
'-'
/ Metal de Adição
Maçarico\
"-'
"-'
DILUIÇAO:2 a 20%
~
TIPOS 9E JUNTAS. T das
m material de adi o)
100% ( m material de adi ) -
Gás combustível
Vareta
Fluxos
OES TíPICAS NA DÚSTRIA DO PETRÓLEO E PETROQuíMICA:
Soldagem de t os de pequeno di~metro e espessura
Soldagem e revestimentoresistentes à abrasão.
~
LlMITAÇÓES:
51
"
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem &:...
"'7 FBTS
-
9 DESCONTINUIDADES INDUZIDASPELOS VARlOS PROCESSOS
A tabela 5.1 a seguir, indica as descontinuidades mais usuais que podem ser encontradas, em
-
função do processo de soldagem utilizado.
TIPO DE DESCONTINUIDADE
PROCESSO
DE Falta de Falta de Mordedura Sobre- Trinca
Porosidade Inclusão
SOLDAGEM Penetração Fusão Posição
(SAER) X X X X X X X
(SAS) X X X X X X X
X Inclusão de X
(SAGT) X
Tungstênio
(SAGC) X X X X X X X
(SOG) X X X X X X X
Eletroesc6ria X X X X X X
Eletrogás X X X X X X
-
10 PROCESSOS DE CORTE
o corte é uma operação que antecede a soldagem. Um processo de corte é o que separa ou
remove metais. Veremos a seguir três processos de corte por meio do calor:
Este processo não é aplicado a aços que contém elementos de liga que produzam óxidos
-
refratários.
52
Curso de Inspetor de Soldagem - Processo~ de Soldagem
. Deformação -o aquecimento localizadoda peça sem que a mesma tenh Iberdade total para
expandir-se,da origem a tensões e deformações. Como regra ge ,para aumentar -
liberação de expansão, o corte deve iniciar-se e prosseguir o máxim possível sempre p~ro
lado mais próximoà bordas das peças, que apresenta menor rigide , ver exemplo na fia!Jra
5.27).
borda da chapa
-
O
".
~8
A seleção de
..
53
-
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem
&:-
-::7 FEJTS
. Acetileno
'-"
É largamente usado como um gás combustível para oxi-corte e também para soldagem. Suas '-"
principais vantagens: são disponíveis, chama de temperatura alta e familiaridade dos usuários
com as características da chama.
Uma outra vantagem de operação é que o tempo de preaquecimento é uma pequena fração do
tempo total de corte, o que é importante quando se faz pequenos cortes. O acetileno no estado
livre não pode ser usado a pressões manométricas maiores que 103 KPa (15 psi) de pressão
absoluta. A altas pressões ele pode decompor-se de forma explosiva, quando exposto a calor ou
choque.
Este é um combustível liqüefeito,similarao acetileno, porém estabilizado, que pode ser estocado
e manuseado similarmente ao propano líquido. É uma mistura de vários hidrocarbonetos,
incluindopropadieno, propano, butano, butadieno, e metil acetileno. A mistura gera mais calor que
propano ou gás natural.
Este gás é muito similar em suas características ao acetileno, porém requer cerca de dois
volumes de oxigêniopara um volume de combustível para uma chama neutra de preaquecimento,
enquanto que o acetileno necessita de apenas um volume de oxigênio.Assim, o custo do oxigênio
será maior quando o gás metil acetileno-propadieno é usado em lugar do acetileno. Para ser
competitivo,o custo deste gás deverá ser menor que o do acetileno.
o gás MPS tem uma vantagem sobre o acetileno para corte debaixo da água em grandes
profundidades. Como a pressão absoluta de saída do acetileno é limitadaa 207 KPa (30 psi), ele
não pode ser usado abaixo de aproXimadamente9 m de água. Por outro lado, o MPS pode ser
usado a grandes profundidades.
. Gás Natural
A composição do gás natural depende da sua fonte. Seu principal componente é o metano.
Quando o metano queima com oxigênio,a reação química é:
Devidoà temperatura da chama ser mais baixa, o que resulta em baixa eficiênciade aquecimento,
grandes quantidades de gás natural e oxigênio são requeridas para produzir a mesma taxa de
aquecimento obtida com oxiacetileno. Geralmente, são necessários maiores tempos de
preaquecimento com gás natural que com acetileno.
54
'S Curso de Inspetor de Soldagem - Processo§ de Soldagem
Para competir com o acetileno, o custo e disponibilidadede gás natural e)le oxigênio, o alto
consumo de gás e o tempo longo de preaquecimento devem ser conside d ~.
. Propano
........
o propano é usado regularmente para corte devidoà sua dispnibilidadee ao seu oder calorífico
ser muito maior que o do gás natural. Para uma combustão ropriada durante o rte, o propano
requer 4 a 4,5 vezes seu volume em oxigênio de preaque mento. Este requi . o é parcialmente
compensado pelo seu alto poder calorífico. Ele é esto. do em forma líq tia e é facilmente
transportável para o serviço.
. Propileno
~
similarao propano em muitos aspectos, mas m um~ma
É
Este gás compete com o MPS para quase Od s o serviços em u se usa gás combustível. É
de mperatura maior. Um volume
de propilenorequer cerca de 2,6 volumes de xigênid'lfaraJse ob r uma chama neutra. O bico de
corte é similarao utilizadopara o MPS.
. Gasolina
É umprocessod
~
rte a arco em u os metais a serem cortados são fundidos pelo calor de um
arco entre o ele do e a peça. Umj de ar comprimidoremove o metal fundido. Normalmenteé
um processo manual usado e
automaticam te.
todas as posições, mas pode ser também operado
o proce pode ser usad iÍ1aços e alguns metais não ferrosos. É comumente usado para
i1 f
goivage . de soldas, para re ros de defeitos de soldas e reparo de fundidos. O processo requer
uma h ilidadede corte rela vamente alta.
~
Natoivagem de SOld S . necessário proceder a uma limpeza posterior, para remoção do carbono
d~ositado. Normalme te, a limpeza por esmerilhamento é satisfatória. A Figura 5.29 mostra as
'ncipais característi s do corte com eletrodo de carvão.
........
55
'-
-
t::.. -'
Curso de Inspetor de Soldagem . Processos de Soldagem
? FBTS '-'"
o corte a plasma usa o calor de um arco de plasma (aproximadamente 15.000° C) para cortar
qualquer metal ferroso ou não-ferroso.
É um processo de corte que separa metais pela fusão de uma área localizada sob um arco
constrito e a remoção do materialfundido com um jato (de alta velocidade) de gás ionizado quente
saindo de um orifício. Pode ser usado em corte manual com um maçarico portátil ou em corte
mecanizado utilizando-se máquinas extremamente precisas, com dispositivos de traçagem
especiais. É usado para corte de aços e metais não ferrosos numa faixa de espessura de fina a
média. É indicado no corte de peças que contém elementos de ligas, que produzem óxidos
refratários, por exemplo, aços inoxidáveis e alumínios. O processo requer um menor grau de
habilidade do operador, em relação ao requerido para o oxicorte, com exceção do equipamento
para corte manual, que é muito mais complexo.
o processo de corte a plasma usa um arco constrito atirado entre um eletrodo resfriado a água e a
peça. O orifício que restringe o arco também é refrigerado a água. A corrente utilizada é a corrente
contínua, eletrodo negativo.
O arco elétrico poderá ser também do tipo não-transferido.
A qualidade do corte a plasma é superior aos outros tipos de corte por meio de calor devido ao
jato de plasma a alta temperatura.
~I
-
-
56
'S Curso de Inspetor de Soldagem . Processo.l de Soldagem
Maçaricode Cone
TIPO DE OPERAÇÃO:
Manual ou Automática
CARACTERíSTICAS:
VELOCIDADE DE CORTE:
ESPESSURAS CORTADAS: 1
POSiÇÕES: Todas Gás combustível
CUSTO DO EQUIPAM!NTO: 0,2
(Soldagem com eletrgáo revestido =1)
ÚSTRIA DO PETRÓLEO E PETROQuíMICA:
LIMITAÇÕES:
57
'-'
c... ,
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem -;;1FBTS
Figura 5.29 - Corte com eletrodo de carvão (AirCarbon Arc Cutting - AAC)
Poru-Eletrodo
Eletrodo de eervio
Arco-EI6trico comprimido
CARACTERíSTICAS: CONSUMíVEIS:
ESPESSURAs: ilimitada
POSiÇÕES: Todas -Eletrodo de carvão revestido de cobre.
FAIXADE CORRENTE:80 a 160ct
VANTAGENS: LlMITAÇOES:
58
'-
Curso de Inspetor de Soldagem - Process9's de Soldagem
TIPO DE OPERAÇÃO:
Manual ou Automática
CARACTERíSTICAS: NSUMíVEIS:
- Gás de plasma
. Argõnio(Titânioe Zircônio)
. Nitrogênio/misturasN2+ H2ou Ar + H2
ESPESSURAS: 3,2 a ,mm (metais não-ferrosos)
'-' : 70 a 1000A . Arcomprimidoou Nitrogênio(aços
carbono)
2- Gás de proteção
CO2ou Ar (aços C)
CO2 (aços in~xidáveis)
Ar+ H2(alumínio)
'-'
AI1L1CAÇOESTíPIC NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO E PETROQuíMICA:
aços carbono, a inoxidáveis e alumínio.
LIMITAÇÕES:
59
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem
~
.-;7 FBTS
Para que o tratamento térmico de alívio de tensões alcance seus objetivos é necessário que:
. a taxa de aquecimento seja uniforme e controlada, para dar um baixo gradiente térmico,
permitindo a dispersão de calor no material e evitando a introdução de tensões residuais
devido a efeito térmico no materiql;
. a taxa de resfriamento seja uniforme e controlada, pois o resfriamento não uniforme pode
gerar tensões residuais no material. A taxa de resfriamento alta tende a provocar trincas.
Para se efetuar um tratamento térmico, um método que representa uma solução tecnicamente
perfeita é a utilização de um fomo. No entanto, freqüentemente, as dimensões das peças ou
equipamentos impedem sua entrada no fomo, e em outros casos impõe-se o tratamento de soldas
em elementos que fazem parte de grandes e extensas construções, tais como tubulações, torres
de destilação, vasos de pressão, etc. Nesses casos, e dependendo das normas e condições de
segurança, pode ser efetuado um tratamento térmico localizado.
60
,.
Curso de Inspetor de Soldagem - Processosfte Soldagem
",.
J
/ '"
-/leé- ÁCUGC/iMENTO = lCS_L1GcUECI;'V~d" 7()
. aque~mentoporind~~o;. ,. - RElJ-['zíR t. l/é{CC/C.~{)6 - j)/; ( '$4 C' 7)0
. aqueCimentopor reslstenClaeletrica; f'tL D RIo fiJEIt' 7L Lt/l ~. .
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. aquecimentoporchama. ~ ,..{::!.eÇ-;C, I {., GEMI C
T4NOC
<> Á /'/lLJ/.d 7éNs/7,4
MIC(dJ éS71lL' 7t../~A
. Aquecimento por indução " c
rIM S/1- - (
enrolamemo
enrolamento I
secundário
prim6rio
;1
Figura5.31/FunCio~'4Irjó d t físformador 1
~
1
A freqüência influi profundidade d penetração das correntes induzidas, entretanto,
considerando-se qu o tratamento térmi. de aços é um processo demorado, a influência da
conduçãotérmicaI) materialé maior.~üências maiscomumente usadassão60e 400Hz. I
o custo inicialé a -,
Afontede ene;al é grandee menosportátilque outrasfontesde aquecimento.
61
.......
t::... .......
Curso de Inspetor de Soldagem . Processos de Soldagem -:7 FEITS
_. --- .. ~-
o método de aquecimento por resistência elétrica funciona com o uso de fios ou fios feitos de
materiais que tenham uma resistência elétrica alta, apoiados ou enrolados ao redor das regiões a
serem tratadas e ligados à fonte de energia elétrica. Uma camada de isolamento cobre a
superfície externa das resistências, a fim de se reduzir a perda de calor por radiação. O
aquecimento se realiza mediante a condução do calor produzido pelo fio resistor, para o material
cujas tensões devem ser aliviadas.
. Aquecimentocontínuo e uniforme.
. Aquecimentopode ser mantido durante a operação de soldagem.
. Temperatura pode ser ajustada rapidamente.
. Soldadores podem trabalhar com relativo conforto e não precisa parar para ajustar a
temperatura de preaquecimento.
Desvantagens:
. Alguns elementos do método podem queimar-se- durante um tratamento térmico,
interrompendoou dificultandoo tratamento.
. Podem ocorrer aberturas de arco entre a resistência e a peça tratada.
62
,.-.
.......
Curso de Inspetor de Soldagem - Proc de Soldagem
.......
......
.......
>- Termopar
--
63
-
&:..
-
Curso de Inspetor de Soldagem . Processos de So/dagem -::1 FBTS '-'
. Aquecimentopor Chama
'-'
No aquecimento de soldas com uma ou mais chamas (tochas), a quantidade e a concentração do '-'
calor transferido para a solda depende não apenas da quantidade de combustível consumido e da
eficiência da combustão, mas do ajuste da chama, da distância entre a chama e a solda, da
manipulação da chama, e do controleda perda de calor para a atmosfera.
A fonte de calor é produzida pela queima de um gás combustível misturado com o ar ou oxigênio.
Desvantagens:
. Precisão e repetibilidade mínimas.
. Distribuiçãode temperatura pouco uniforme.
. Uma grande quantidade de operadores habilidosoé requerida.
A Figura 5.35 mostra uma instalação de tratamento térmico de aquecimento por chamas.
......
64
Curso de Inspetor de Soldagem . Processo I de Soldagem
....
Vantagens deste processo:
Desvantagens:
.
.
65