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--
-
MÓDULO 5 - Processos de Soldagem
-

Módulo 1-lntrodução
Módulo 2 - Terminologia da Soldagem
-'"
Módulo 3 - Simbologia de Soldagem e END
Módulo 4 - Consumíveis de Soldagem

Módulo 6 - Metalurgia da Soldagem


Módulo 7 - Controle de Deformações
Módulo 8 - Metais de Base

Módulo 9 - Ensaios Mec. e Macrográficos


Módulo 10:"Ensaios Não-Destrutivos
Módulo 11 - Qualif. de Proc. e Soldadores
Módulo 12 -Instr. e Técnicas de Medidas
Módulo 13 - Documentos Técnicos
'-"
Módulo 15 - Proteção

-
'-"

'-'
"'"
"'"
- OBJETIVOS

Através do estudo deste módulo o leitor deve tomar-se apto a:

......
1 - Descrever os fundamentos do processo, os equipamentos d~oldagem utilizado, os tipos
e funções dos consumíveis, o controle do processo, a Plicações do proce so e suas

~
eventuais limitações, a preparação e limpeza requerida pa as juntas, as des ntinuidades
tnduzidas pelo processo e as condições físicas, am entais e de prot -o individual
adequadas à soldagem, para os seguintes processos:

Soldagem com eletrodo revestido;

Soldagem a arco submerso;

Soldagem TIG;

Soldagem MIG/MAG;

Soldagem com arame tubular;

Soldagem por eletroescória;

Soldagem eletrogás;

Soldagem a gás.

2 - Descrever os fundamentos :erísticas dos seguintes processos de corte


e goivagem: .

Oxicorte;

3 - Descrever as)fécnicas e equipa~ntos para o pré e pós-aquecimento e para o tratamento


térmico seg~do as seguintes té.61icas:
'-'

SUMÁRIO

-
1 SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO 1
1
1.1- Definição
1.2- Fundamentos do Processo 1
1.3- Equipamentos de Soldagem 2
1.4- Consumíveis - Eletrodos 3
1.5- Características e Aplicações 3
-- 1.6- Preparação e Limpeza das Juntas 4
1.7- Descontinuidades Induzidas pelo Prl 4
1.8- Condições Físicas, Ambientais e 5
Soldagem

-
2 SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO 7
2.1- Definição 7
2.2- Fundamentos do Processo. 7
2.3- Equipamentos de Soldag 8
2.4- Controle de Processo' 9
2.5- Características e Apli ções 10
2.6- Preparação e Limpe da J 10
2.7- Descontinuidades I éluzida~ 11
2.8- Condições de Pro .0 I~; 11

14
14
14
15
16
16
17
17
18

-
4 SOLDAGE. MIG/MAG 20
20
4.1- Definição
4.2-. Fundamentos Processo 20
4. Equipamento de Soldagem 21
A- Tipos de T sferênciade Metalde Adição 22
.5- Tipose Fu çóes dos Consumíveis- Gasese Eletrodos 23
4.6- comp ento da Atmosfera Ativa no Processo MAG 23
4.7- Caracte sticas e Aplicações 25
4.8-
4.9- ~
Desc tinuidades Induzidas pelo Processo
Cond ções de Proteção Individual
25
26
-
5- SOLDAGEM A ARCO COM ARAME TUBULAR 28
5.1- Definição 28
5.2- Fundamentos do Processo 28
5.3- Equipamentos de Soldagem 29
5.4- Tipos de Transferência Metálica 30
5.5- Tipos e Funções dos Consumíveis 31
5.6- Características e Aplicações 31
5.7-
5.8-
Descontinuidades Induzidas pelo Processo
Condições de Proteção Individual
31
32 -
-
6 SOLDAGEM POR ELETROESCÓRIA 34
6.1- Fundamentos do Processo 34 .........

6.2- Equipamentos de Soldagem 34


6.3- -
Tipos e Funções dos Consumíveis Eletrodose Fuxos 36
37
6.4- Características e Aplicações
6.5- Descontinuiades Induzidas pelo Processo 38

7 - SOLDAGEM ELETROGÁS
7.1-
7.2-
Fundamentosdo Processo
Equipamentosde Soldagem
40
40
41
-
7.3- Tipose Funçõesdos Consumíveis- Eletrodose Gases 42
7.4- Característicase Aplicações 42
7.5- DescontinuidadesInduzidaspelo Processo 43

8 - SOLDAGEM A GÁS 46
8.1- Definição 46
8.2- Fundamentosdo Processo 46
8.3- Equipamentosde Soldagem 46
8.4- Tipose Funçõesdos Gases 47
8.5- Tipose Funçõesdos Consumíveis 47
8.6- Característicase Aplicações 48
8.7- Tipos de Chama' 48
8.8- DescontinuidadesInduzidaspelo Processo 50

9 -DESCONTINUIDADES INDUZIDAS PELOS VÁRIOS PROCESSOS 52

10 -PROCESSOS DE CORTE 52
10.1- Oxicorte 52
10.2- Corte com Eletrodo de Carvão 55
10.3- Corte a Plasma 56
"'-'
11- EQUIPAMENTOS E TÉCNICAS DE PRÉ E PÓS-AQUECIMENTO E DE 60
TRATAMENTO TÉRMICO '-
11.1- Fundamentos do Processo 60
11.2- Técnicas e Equipamentos 60

'-"
s Curso de Inspetor de Soldagem . Proc
~l-b~./~/=;'-4ÇAC ~..! ~-.4 /5-5
-
1 SOLDAGEM A ARCO COM ELETRODO REVESTIDO (SAER)

1.1 - DEFINiÇÃO

A soldagem a arco com eletrodo revestido é um processo que P ° uz a coalescênci


t;
metais pelo aquecimento e fusão destes com um arco elétrico est elecido entre a pj
um eletrodo revestido consumível e a superfície do metal de bq e na junta que es.
soldada.

1.2 - FUNDAMENTOS DO PROCESSO

Soldagem com eletrodo revestido (SAER) é a união de m~fais pelo aquecimeQfooriundo de um


arco elétrico estabelecido entre a ponta de um eletrod~ revestido e a sup.e'rfíciedo metal de
base, na junta que está sendo soldada.

O metal fundido do eletrodo é transferido através dn4rco elétrico até a iça de fusão do metal
de base, formando assim o metal de solda (COmbi9'Çãoentre o metal~-base e de adição em
determinadas proporções - diluição).
Uma escória líquida de densidade menor o que
revestimento do eletrodo e das impurezas o me.
protegendo-a da contaminação atmosféri . Um
taxa de resfriamento do metal de solda já olidifi
do eletrodo (arame) e do revestimento ue e
elementos de liga (ver Figura. 5.1)

A soldagem com eletrodo revesti é o


falaremos, deVIdoa simplicidade . equip~
equipamentos e dos consumíve' Ele
numa grande faixa de espess . A 1&0.
todos os lugares e em condiç- xtQ

erensivamente em fabricação industrial, estrutura


rros, caminhões, comportas e outros conjuntos

Figura 5.1 - Soldagem com eletrodo revestido

1
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem &-
? FBTS

1.3- EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM

Como mostrado na figura 5.2, o equipamento consiste de uma fonte de energia, cabos de
ligação, um porta eletrodo, um grampo (conector de terra), e o eletrodo.

. Fonte de Energia
o suprimento de energia pode ser tanto corrente alternada (transformadores) como corrente
contínua (geradores ou retificadores) com eletrodo negativo (polaridade direta), ou corrente
contínua com eletrodo positivo (polaridade inversa), dependendo das exigências de serviço.

a) Corrente contínua - Polaridade direta (CC-): eletrodo ligado ao polo negativo. Com essa
configuração produz-se uma maior taxa de fusão do eletrodo, associada a uma menor
profundidade de penetração.

b) Correntecontínua - Polaridadeinversá (CC+): eletrodo positivo e a peça negativa. Com


essa configuração, maiores penetrações e menores taxas de
1) e:
fusão dq eletrodo são obtidas.
~e. P os I c;;:A<::>

-
c) Corrente alternada (CA) a polaridade alterna a cada inversão da corrente. Com este tipo
de configuração, a geometria do cordão será intermediária àquela obtida em CC+ e CC-.
. Cabos de Soldagem

São usados para conectar o porta eletrodo e o grampo à fonte de energia. Eles devem ser
flexíveis para permitir fácil manipulação. Eles fazem parte do circuito de soldagem e consistem
de vários fios de cobre enrolados juntos e protegidos por um revestimento isolante e flexível
(normalmente borracha sintética). Os cabos devem ser mantidos desenrolados, quando em
operação, para evitar a queda de tensão e aumento de resistência por efeito Joule.
. Porta Eletrodo

Dispositivo usado para prender mecanicamente o eletrodo revestido enquanto conduz corrente
através dele. .

. Grampo (Conector de Terra)

É um dispositivo para conectar o cabo terra à peça a ser soldada.

'-

Grampo --
Metalde Base
ügaç!o à Peça./

_.
-
Figura 5.2 - Equipamento para soldagem com eletrodo revestido -

2
Curso de Inspetor de Soldagem - Proc

1.4- CONSUMíVEIS - ELETRODOS

o eletrodo, no processo de soldagem com eletrodo revestido, tem vá 'a funções importa t -.
~
também tem funções importantes na soldagem. Didaticamentep emos classificá-I em
funções elétricas, físicas e metalúrgicas.
,
~
Ele estabelece o arco e fornece o metal de adição para a solda. O r estimento do elet do

. Funções Elétricas de Isolamento e lonização


a) Isolamento: o revestimento é um mau condutor de eletprcidade, assim iso!;:fa alma do
eletrodo evitando aberturas de arco laterais, orientando qkrco para locais d~.lJteresse.

b) lonização:o revestimentocontém silicatosde Na e !q'que ionizama atrT}Ósferado arco. A


atmosfera ionizada facilita a passagem da correl1~ elétrica, dando prigem a um arco
estável.
. Funções Físicas e Mecânicas
a) Fornece gases para formação da atmosfera flrotetora das gotíCI s do metal contra a ação
do hidrogênio da atmosfera.
--

c) Proporciona o controle da taxa de


. Funções Metalúrgicas

a) Pode contribuir com elemeJtt, e m§l'l1eira


a alterar as propriedades da solda.
Outros elementos quími aGlicionadoscom o propósito de escorificar
impurezas, desoxidar e efc

~
Os eletrodos revest ' do são classificados~ acordo com especificações da AWS (American
Welding Society). Esp cificações comercilís para eletrodos revestidos podem ser encontradas
nas especificações S da série AWS ~ (Ex.:AWS A5.1).

É importa te ara um inspetord soldagem lembrarque o processo de soldagemcom eletrodo

~
revestido t muitas variáveis considerar. Por exemplo, ele pode ser usado numa ampla
variedade (te configurações e juntas encontradas na soldagem industrial,e numa ampla
varie a de combinações metal de base e metal de adição. Ocasionalmente,vários tipos
de ele dos são usados ara uma solda específica. Um inspetor de soldagem, deve ter
~
conh imentoprofundo re a especificaçãodo consumívelusada para o serviço,para saber
com e quais variáveis etam a qualidadeda solda.
processo de sol gem com eletrodo revestido pode ser usado para soldar em todas as
osições. Ele pc ser usado para soldagem da maioriados aços e alguns dos metais não
ferrosos, bem. mo para deposição de metal de adição para se obter determinadas
propriedadeso étimensões.Apresenta possibilidadede soldar metalde base numa faixa de2

J
-
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem ~
-;7FBTS

mm até 200 mm, dependendo do aquecimento ou requisitosde controle de distorção e da


técnica utilizada.

o controleda energia de soldagem (heat input)durante a operação é um fator relevante em


. algunsmateriais,tais comoaços temperadose revenidos,aços inoxidáveise aços de baixa
liga contendo molibdêniosendo também de grande importânciapara aplicações em baixas
temperaturas.Controleinadequadoda energia de soldagem durante a operação de soldagem,
quando requerido, pode facilmentecausar trincas ou, perda das propriedades primárias do
metal de base, como a perda de resistência a corrosão em aços inoxidáveisou mesmo a
queda de capacidade de absorção de energia ao impacto (ensaio Charpy). A taxa de
deposição deste processo é pequena comparada com os outros processos de alimentação
contínua.Ataxa de deposiçãovaria de 1 a 5 kglhe depende do eletrodoescolhido.
o sucesso do processo de soldagem com eletrodo revestido depende muito da habilidade e da
técnica do soldador, pois toda a manipulação de soldagem é executada pelo soldador.

Há quatro itens que o soldador deve estar habilitado a controlar:

. comprimento do arco;
. ângulo de trabalho e de deslocamento do eletrodo;
. velocidade de deslocamento do eletrodo;
. corrente.

1.6- PREPARAÇÃO E LIMPEZA DAS JUNTAS

As peças a serem soldadas, devem estar isentas de óleo, graxa, ferrugem,tinta, resíduos do
exame por líquidopenetrante, areia e fuligemdo preaquecimentoa gás, numa faixa de no
mínimo20 mmde cada ladodas bordas e desmagnetizadas.

1.7- DESCONTINUIDADES INDUZIDAS PELO PROCESSO

A solda obtida pela soldagem a arco com eletrodo revestido pode conter quas 3 todos os tipos
de descontinuidades A seguir estão listadas algumas descontinuidades mais comuns que
podem ser encontradas quando este processo é usado.
. -
Porosidade de um modo geral é causada pelo emprego de técnicas incorretas (grande
comprimentodo arco ou alta velocidade de soldagem), pela utilizaçãode metal de base
sem limpezaadequada ou por eletrodoúmido.A porosídadeagrupada ocorre,às vezes, na
abertura e fechamentodo arco. A técnica de soldagem com um pequeno passe a ré, logo
após começar a operação de soldagem, permite ao soldador refundira área de iníciodo
passe, liberandoo gás deste e evitandoassim este tipo de descontinuidade.A porosidade
vermiformeocorre geralmentepelo uso de eletrodoúmido.
. Inclusões - são provocadas pela manipulação inadequada do eletrodo e pela limpeza
deficiente entre passes. É um problema previsível, no caso de projeto inadequado no que se
refere ao acesso à junta a ser soldada ou mesmo com pequenos ângulos de bisei.
'-
. Falta de Fusão -resulta de uma técnica de soldagem inadequada: soldagem rápida, -
preparação inadequada da junta ou do material, corrente baixa demais.

4
Curso de Inspetor de Soldagem . Processof'de Soldagem

. Falta de Penetração - resulta de uma técnica de soldagem inadequad


preparação inadequada da junta ou do material,corrente baixa dema~
diâmetrogrande demais.
. Concavidade e Sobreposiçio . são devidas a erros do soldador.
. Trinca Interlamelar - esta descontinuidadenão se caracte 'z como sendo um
~
lha do

~
soldador. Ocorre, quando o metal de base, não suportando te ões elevadas, ge (ias pela
contração da solda, na direção da espessura, trinca-se em . rma de degraus, s' uados em
planos paralelos à direção de laminação.
. Trincas na Garganta e Trincas na Raiz - quando ~arecem, demand
evitadas, mudanças na técnica de soldagem ou troca de"materiais. -

. Trincas na Margem e Trincas Sob Cordão. ao trincas, com eremos, devidas à

~
fissuração a frio. Elas ocorrem em um certo tem após a execuçã (ia solda e, portanto,
podem não ser detectadas por uma inspeção re izada imediatame e após a operação de
soldagem, Elas ocorrem, normalmente, enq nto há hidrogênio retido na solda. Como
exemplo de fontes de hidrogênio, podemos 'ar: elevada umida do ar, eletrodos úmidos,
superfícies sujas, Este hidrogênio aliado a a microestrutura f gil e a um nível de tensões
residuais suficientemente elevado, contrib em paAQ..apareci ento desses tipos de trincas.
. Mordedura - correnteelevada, peça
1.8- CONDiÇÕES FíSICAS, AMBIE
SOLDAGEM

huva e vento, a não ser quea junta a ser

5
Curso de Inspetor de Soldagem. Processos de Soldagem t::...
? FBTS
Flgúra U - SOldagem com eletrodo revestido (Shielded metal arc welding - SMAW)

TIPO DE OPERAÇÃO: Manual


EQUIPAMENTO:Gerador, transformador,
CUSTO DO EQUIPAMENTO: 1 retificador

CARACTERfSTICAS:
CONSUMIVEIS:
TAXA DE DEPOSiÇÃO: 1 a 5 kg/h
ESPESSURAS SOLDADAS: > 2 mm - Eletrodos de 1,6 mm a 6 mm de
diâmetro.
POSIÇOES: Todas (Depende do revestimento)
TIPOS DE JUNTAS: Todas > 2mm a 200mm
DILUiÇÃO: de 25 a 35-10
- Revestimentosde 1 a 5 mm de es.
pessura.
FAIXA DE CORRENTE: 60 a 300 A

APLICAÇOES TfPICAS NA INDOSTRIA 00 PETROLEO E PETROQUfMICA:

Soldagem da maioria dos metais e ligas empregadas em caldeiraria, tubulação, estruturas 8 revesti-
mentos.

VANTAGENS: LlMITAÇOES:
- Baixo custo. - Lento devido à baixa taxa de deposição
- Versatilidade. e necessidade de remoção de escória.

- Operaçãoem locais de diffcil acesso. - Requer habilidademanual do soldador.

o arco elétrico emite radiações visíveis e ultravioletas. Risco de choques elétricos,


-
queimaduras e projeções. Gases (atmosfera protetora).
-
-

6
'5 Curso de Inspetor de Soldagem . Proc,

-
2 SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO (SAS)

- 2.1- DEFINiÇÃO

Processo de soldagem a arco elétrico com eletrodos consumíveis, n~ quais o arco el ' tr" o e a
poça de fusão são protegidos do ambiente pelos produtos resulta ~s da queima de
que é adicionado independentemente do eletrodo. Pode ser uti~ado como eletrod ; arame
maciço, arame tubular ou fita.
~
fluxo

2.2- FUNDAMENTOSDO PROCESSO

Soldagema arco submerso (SAS)une metais pelo aqu imentoe fusão de tes com um arco
elétrico(ou arcos), estabelecido entre um eletrodonu u vários eletrodos o metal de base.
O arco está submerso e cobertopor uma camada de aterialgranulartu el que é conhecido
por fluxo;portanto o regime de fusão é misto:por eito joule e por ar elétrico.Dispositivos
automáticos asseguram a alimentação do eletr o (ou dos eletro s) a uma velocidade
convenientede tal forma que sua ou suas extre ades mergulhem nstantemente no banho
de fluxoem fusão. A movimentaçãodo cabeçot de soldagem em ~ ação à peça faz progredir
passo a passo a poça de fusão que se enco sempre coberta protegidapor uma escória
que é formadapelofluxofundidoe impureza. Afi9~.4 most este processo.
Neste processo o soldador ou o oper,ror de I'" nã ecessita usar um capacete ou
máscara de proteção. O profiSSion o po

~
dificuldade de acertar o posicioname o do a
1

proble":1ao,equipamento deve poss . um d' ~i


. o ar

ndo ~
elétrico através do fluxo e tem
perde o curso. Para contornar tal
vo si~les de guia (mecânico ou luminoso)
para onenta-Io.

.
Vantagens do processo:

.
alta qualidade da solda.
taxa de deposiçãoe velo'
. nenhumarco de soldag
. poucafumaça.
. utilizaçãode múltiploS'
arames.

Metal de Solda Fundido

Figura 5.4 - Soldagem a arco submerso

7
Curso de Inspetor de Soldagem . Processos de Soldagem
~
-;7FBTS

o processo de soldagem a arco submerso também solda uma faixa ampla de espessuras, e a
maioriados aços, femticose austeníticos.
Uma utilidadedo processo de soldagem a arco submerso está na soldagem de chapas
espessas de aços, por exemplo vasos de pressão, tanques, tubos de grandes diâmetros e
vigas.

2.3- EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM

A soldagem a arco submerso, é um processo normalmente automático podendo ser


encontrado como semi-automático, em que a alimentação do consumível e o comprimento do
arco são controlados pelo alimentador de arame ou fita e pela fonte de energia. No processo
automático, um mecanismo de avanço movimenta o cabeçote de soldagem ao longo da peça,
e normalmente um sistema de recuperação do fluxo granular não utilizado (ver Figura 5.5). Na
soldagem de união de cilindros, o cabeçote de soldagem permanece fixo e o conjunto se
movimenta através de posicionadores giratórios.

Arame Allmentador
Reservatório de Arame
de Fluxo
Fonte de
Energia

rÇ) ~~l
Metal
Basede_,
[=1]
Figura 5.5 - Equipamento para soldagem a arco submerso

A fonte de energia para a soldagem a arco submerso pode ser uma das seguintes:
. uma tensão variável de gerador CC ou retificador.
. uma tensão contínua de gerador CC ou retificador.
. um transformador de CA.

A tendência atual é para o uso de retificadores de tensão constante ou de característica plana.


Neste tipo de equipamento quando se aumenta a velocidade de alimentação de arame o
equipamento aumenta a con"ente de soldagem. Para se variar a energia de soldagem é
necessário ajustar a voltagem. --

8
Curso de Inspetor de Soldagem . Proc,

As fontes de energia fornecem altas correntes de trabalho. A maioria da


uma faixa de 350 a 2000A.

- A soldagem com corrente contínua permite melhor controle de forma C:topasse de soldaS'em,
'-'
da profundidade de penetração e da velocidade de soldagem.
z soldagem em c~ente
contínua normalmente desenvolve-se com polaridade inversa (elet'j. o positivo, CC+)
A corrente alternada tem a vantagem de reduzir o sopro ma n ,~o (deflexãodo arJo, de seu

'-'
percurso normal, devido a forças magnética).
z
Os eletrodos para soldagem a arco submerso, tem usual ente composiçãolauímica muito
similar à composição do metal de base.

- ~ ~
Fluxos para soldagem a arco submerso também a te m a COmpOSiçã ímica da solda e
influenciam em suas propriedades mecânicas. As car erísticas do fluxo ão similares às dos
revestimentosusadosno processode soldagema
tipos de fluxo estão listados a seguir.
co com eletrodo 1'1 estido. Os diferentes

. fundido;
. aglutinado;
. aglomerado;
. mecanicamente misturado.

A composição da solda é alterada por f~res


elementos do eletrodo e do fluxo, e eleJf1ento:

A possibilidade que o processo ap


ambos são individuais, dá ao pra '
desejadas para a solda.

As observações seguin :antes/para que se tenha domínio sobre a técnica da


soldagem a arco subm .
.
. Quanto maj6r a tensão M m~or o comprimento- de arco e consequentemente maior a
largura doj)asse;

. Quantqfmaior o stick-out istância entre o contato elétrico e a peça) maior a taxa de


depo~ção;

. de de soldagem, menor a penetração e menor a largura do passe;

uanto menor a diãmetro do eletrodo, maior a penetração;


'-'

, polaridade inversa (CC+), produz menor taxa de deposição e maior

9
Curso de Inspetor de Soldagem . Processos de Soldagem

2.5- CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES

A soldagem a arco submerso pode ser usada para muitas aplicações industriais,que incluem
fabricação de navios, fabricaçãode elementos estruturais,vasos de pressão, etc. O processo
pode ser usado para soldar seções finas,bem comoseções espessas (5 mmaté acima de 200
mm). O processo é usado principalmentenos aços carbono, de baixa liga e inoxidáveis.Ele
não é adequado para todos metais e ligas. A seguir estão listadas as várias classes de metal
de base que podemser soldados por esse processo:
. Aço carbono com até 0,29% C.

.
. Aços carbonos tratados termicamente (normalizados ou temperados - revenidos).
Aços de baixa liga, temperados e revenidos, com limite de escoamento até 700 Mpa
(100.000 psi).
. Aços cromo-molibdênio(1/2% a 9% Cr e 1/2% a 1% Mo).
. Aços inoxidáveis austeníticos.
. Níquel e ligas de Níquel.

A maioria da soldagem a arco submerso é feita na posição plana, com pouca aplicação na
posição horizontalem ângulo.
Soldas executadas com este processo usualmente tem boa dutilidade,alta tenacidade ao
entalhe, contém baixo hidrogênio,alta resistência à corrosão e propriedades que são no
mínimoiguaisàquelas que são encontradas no metalde base.
'-
Por este processo pode-se executar soldas de topo, em ângulo, de tampão, e também realizar
deposições superficiais no metal de base (revestimento). Na soldagem de juntas de topo com
raiz aberta, um cobre-junta é utilizado para suportar o metal fundido. Na soldagem de
revestimento para prover de propriedades desejadas uma superfície, por exemplo, resistência
a corrosão ou erosão, o metal de adição usado é normalmente uma fita.

A taxa de deposição pode variar ~e 5,0 kglh, usando processos semi-automáticos,até um


máximo aproximadode 85 kglh, quando se usa processos automáticos com vários arcos
conjugados.

2.6- PREPARAÇÃO E LIMPEZA DA JUNTA

A limpezada junta e o alinhamentoda máquina com a junta são particularmenteimportantes


na soldagema arco submerso. '-

No que se refere à limpeza,qualquer resíduo de contaminaçãonão removidopode redundar


em porosidadee inclusões.Portanto,prevalecem,para a soldagema arco submerso, todas as
recomendaçõesfeitas para a soldagemcom eletrodorevestido,quais sejam:
. As peças a serem soldadas devem estar isentas de óleo, graxa, ferrugem, resíduos do
exame por líquidopenetrante, areia e fuligemdo preaquecimentoa gás, numa faixa de no
mínimo20 mmde cada lado das bordas, e desmagnetizadas.
. As \rregu\aridades e escória do oxi-corte devem ser remo'lidas, no mínimo, por
esmerilhamento.

. Os depósitos de carbono, escória e cobre resultantes do corte com eletrodo de carvão


devem ser removidos.

10
Curso de Inspetor de Soldagem - Proc de Soldagem

o alinhamento máquinaljunta incorreto resulta em falta de penetração e fa de fusão na raiz;


Se a soldagem é com alto grau de restrição, trincas também pod surgir devido
alinhamento defeituoso. '
'-'

2.7- DESCONTINUIDADES INDUZIDAS PELO PROCESSO

Na soldagem a arco submerso, a exemplo da soldagem com eljitrodo revestido, pqõe ocorrer
quase todo tipo de descontinuidade, pelo menos as mais corpGns. Vejamos algu!s aspectos
'-'
principais:

. -
Falta de Fusão pode ocorrer no caso de um cord- espesso executa. o em um único
passe ou em soldagens muitorápidas,ou seja, nos os de baixaenerg' de soldagem.
. Falta de penetração - como já citamos anterio ente, a falta de enetração, quando
'-' acontece, é devida a um alinhamentoincorreto a máquina de sol a com a junta a ser
soldada e/ou velocidadede soldageminadequa .
. Inclusão de Escória - pode ocorrer quando remoção de escóri ,na soldagem em vários
passes, não for perfeita.Devemoscuidarpa que toda a escóri seja removida,atentando
que existem regiões onde esta operação é ais difícil:a regiã entre passes e aquela entre
o passe e a face do chanfroexecutadono etal cie"base.
. Mordedura - acontecem com certa fr.E!qüênci
soldagem processa-se rapidamente eÁJuand
. Porosidade - ocorre com freqüêrPa, te °9 mo ca sas principaisa alta velocidadede
avanço da máquina e o resfria énto ilrl a sol. São bolhas de gás retidas sob a
escória. Podemos eliminar a porosi muda tJo a granulação (finos em menor
quantidade) ou a composição o flux' tros ios de evitar porosidades são: limpeza
adequada da junta, diminui - a v o' Ctede vanço da máquina, utilização de arames
com maiorteor de desoxida e e o ux adequada.
. -
Trinca na soldagema p d ocorrertrincasem elevadas temperaturas ou
.

em temperaturas baixa. T c q C t . ocorrem normalmentena soldagem a arco


submerso, a não ser e o op ór te uma perfeitatécnica de enchimentode cratera.
Na prática utilizamos apas apêndices n-one run-offtabs) para deslocar o inícioe o fim
da operação de s éfagempara fora s peças que estão sendo efetivamentesoldadas.
Trincas na Garg ta ocorrem em p uenos cordões de solda entre peças robustas. São
típicas de solda m com elevado gr u de restrição.Trincas na Margeme Trincas na Raiz
muitas vezes correm algum te o após a operação de soldagem e, neste caso, são
devidas ao h' rogênio.Freqüent ente a causa é ulJ1idadeno fluxo.
Duplas Ia nações, lascas e dobras no metal de base podem conduzir a trincas na
soldage a arco submerso. ais descontinuidadesapresentam-se sob a forma de entalhes
que te em a iniciartrin no metal de solda. Duplas laminaçães associadas às altas

tensõ de soldagemPOi redundarem trinca interlamelar.


2.8-eONDlçÕES DEP~6TEÇÃO INDIVIDUAL

CImo o arco é sub erso, invisível,a soldagem é normalmente executada sem fumaças,
rojeçães e outros i convenientescomumenteverificadosem outros processos de soldagem a
arco elétrico.Daí, ão necessitarmos de máscaras e outros dispositivosde proteção a não ser
dos óculos de s urança. Eles devem ser escuros para proteção contra clarões no caso de,
inadvertidamen ,ocorrer a abertura de arco sem fluxode cobertura.
'-"
11
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem &:...
-;7FBTS

A soldagem a arco submerso pode produzir fumaças e gases tóxicos. É sempre conveniente
cuidar para que exista uma ventilação adequada do local de soldagem, especialmente no caso
de áreas confinadas.

o operador e outras pessoas relacionadas com a operação do equipamento de soldagem


devem estar familiarizados com as instruções de operação do fabricante. Particular atenção
deve ser dada às informações de precaução contidas no manual de operação.

A Figura 5.6 contém resumidamente, algumas informações mais importantes sobre a soldagem
a arco submerso.

12
'S Curso de Inspetor de Soldagem. Proc

Figura5.6. Soldagem a arco submerso (Submerged are welding - SAW)

--
'-

'-
'-
--
-- 1 F' o
-
~
2 rvat6rio de Fluxo
-- 3
4
- hllgllClade Corrente
Motor de Allmen~
- Fio
- Edria
7 - Cordio de Solda
e - Fonte d. Corrente
9 - Suporte de Flullo (Cobre.juntal

TIPO DE OPERAÇÃO: Automática O: Gerador, transformador, reti-


CUSTO 00 EQUIPAMENTO: 10

Arame Maciço

Aram~ ~C""yJPoS--::;;
'--'
Fita

Fluxo

DILUiÇÃO:
Arame = 40

~
%.
Fita = 15 0%
'- FAIXA DE C RRENTE: 350 a 21

APLICAÇOI;S TrPICAS NA IND'fTRIA DO PETROLEO E PETROOUfMICA: Soldagem dOI aços


carbono e rte baixa liga na fabricaçao de vasos de pressão, tubos c/costura e tanques de armazenamento.

LIMITAÇÕES:
. Requerajuste preciso das peças
. Limitado p/posições plana e horizontal em ângulo
(2F)
-A tenacidade ao entalhe das soldas pode ser baixa.

Po.Jlcosproblemas. O arco é encoberto pelo fluxo. Deve-se utilizaróculos


d~ proteção com filtro.

--
13
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem &:-
-;;1FBTS

-
3 SOLDAGEM TIG (SAGT)

3.1- DEFINiÇÃO
~

Processo de soldagem a arco elétrico com eletrodo não consumível de tungstênio ou liga de ~

tungstênio sob uma proteção gasosa de gás inerte ou misturas de gases inerte. Pode ou não
ser utilizado material de adição.

3.2- FUNDAMENTOS DO PROCESSO

Soldagem TIG é a união de metais pelo aquecimento e fusão destes com um arco elétrico
estabelecidoentre um eletrodode tungstênionão consumívele a peça.
A proteção durante a soldagem é conseguida com um gás inerte ou misturade gases inertes,
que também tem a função de transmitira corrente elétrica quando ionizados durante o
processo. A soldagem pode ser feita com ou sem metal de adição. Quando é feita com metal
de adição, ele não é transferidoatravés do arco, mas é fundidopelo arco. O eletrodo que
conduz a correnteé um arame de tungstêniopuro ou ligadeste material.
A Figura 5.7 mostra esquematicamente este processo.

..
Sentido
Soldagem

Pistola

AUnosfera~
protetora l~ ~

~ ~,
Fuslo
" " " " ,~
Metal de Solda
Solidificado
~
Poça de
" , rAetal_de
Adiçao

Figura 5.7 - Soldagem TIG

A área do arco é protegida da contaminação atmosférica pelo gás de proteção, que fluido bico
da pistola. O gás remove o ar, eliminando a contaminação do metal fundido e do eletrodo de
tungstênio aquecido pelo nitrogênio e oxigênio presentes na atmosfera. Há pouco ou nenhum
salpico e fumaça. A camada da solda é suave e uniforme, requerendo pouco ou nenhum
acabamento posterior.
14
Curso de Inspetor de Soldagem - processoJ de Soldagem

A soldagem TIG pode ser usada para executar soldas de alta qualidade na aioria dos metais
e ligas. Não há nenhuma escória e o processo pode ser usado em tod as posições. Est, "
processo é o mais lento dos processos manuais.
'-'
'-' 3.3- EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM

A soldagem TIG é usualmente um processo manual mas pode


automatizado. O equipamento necessita ter.
'- . um porta eletrodo com passagem de gás e um bico parcVdirecionaro gás prp\etor ao redor
........ do arco e um mecanismo de garra para conter e el)~rgizar um eletrod9' de tungstênio,
denominado pistola;
. um suprimento de gás de proteção;
'-'
. um fluxímetro e regulador-redutor de pressão do g':'-.
. uma fonte de energia, com características volt-arrmere idênticas ao d
. uma fonte de alta freqüência
. um suprimento de água de refrigeração, se a pfstola for refrigeradt'a água.
'-'
A Figura 5.8 ilustra o equipame

Fontede
Energia
'-
00 o

Lig8Çlo ao Eletrodo

Figura 5.8 - ~quipamento para soldagem TIG

As variáveis q mais afetam e processo são as -variáveis elétricas (corrente, tensão e


característica
~
da fonte de energi . Elas afetam na quantidade, distribuição e no controle de
calor produ. o pelo arco e tam9 m desempenham um papel importante na sua estabilidade e
finalmente a remoção de óxigcSsrefratários da superfície de alguns metais leves e suas lígas.

Os eleVódos de tungstên!l usados na soldagem TIG são de várias classificações e os


requisltÓsdestes são dadqS"na norma AWS A 5.12, basicamente temos:
'-
,WP- Tungstê o puro (99,5%).
'- EWCe-2 -Tungst nio com 1,8 a 2,2% de Ce02:
'- EWLa-1 - Tun ênio com 0,9 a 1,2% de La203;
EWTh-1- Tu stênio com 0,8 a 1,2% de Th02;
'- EWTh-2- T gstênio com 1,7 a 2,2% de Th02:
/ . EWG - ngstênio (94,5%) com adição de alguns elementos não identificados.
'-
15
-
Curso de Inspetor de Soldagem . Processos de Soldagem
~ -
-.:;IFBTS
'-"
A adição de tório e zircônioao tungstênio, permite a este, emitir eletrons mais facilmente
quando aquecido.

3.4- CONSUMíVEIS- METAISDE ADiÇÃOE GASES

Uma ampla variedade de metais e ligas estão disponíveis para utilizaçãocomo metais de
adição no processo de soldagemTIG.
Os metais de adição, se utilizados,normalmente são símilares ao metal que está sendo
soldado.

Os gases de proteção mais comumenteusados para soldagemTIGsão argõnio,hélio ou uma


mistura destes dois gases. O argônio é muitas vezes preferido em relação ao hélio porque
apresenta váriasvantagens:
. ação do arco mais suave e sem turbulências.
. menor tensão no arco para uma dada corrente e comprimento de arco.
. maior ação de limpeza na soldagem de materiais como alumínio e magnésio, em corrente
alternada.
. menor custo e maior disponibilidade.
. menor vazão de gás para uma boa proteção (na posição plana).
. melhor resistência a corrente de ar transversal.
. mais fácil a iniciação do arco.

Por outro lado, o uso do hélio usado como gás de proteção, resulta em uma tensão de arco
mais alta para um dado comprimentode arco e correnteem relação a argõnio,produzindomais
calor, e assim é mais efetivopara soldagem de materiais espessos (especialmentemetais de
alta condutividade,tal como alumínio).Entretanto,vistoque a densidade do hélioé menor que
a do argônio,usualmentesão necessárias maiores vazões de gás para se obter um arco mais
estável e uma proteção adequada d~ poça de fusão, durante a soldagem na posiçãoplana.

3.5- CARACTERíSTICASE APLICAÇÕES

A soldagem TIGé um processo bastante adequado para espessuras finas dado ao excelente
controle da poça de fusão (arco elétrico).O processo pode ser aplicado em locais que não
necessitam de metalde adição.
Este processo pode também unir paredes espessas de -chapas e tubos de aço e de ligas
metálicas. É usado tanto para soldagemde metais ferrosos como de não ferrosos. Os passes
de raiz de tubulações de aço carbono e aço inoxidável,especialmente aquelas de aplicaçôes
críticas,são freqüentementesoldadas pelo processo TIG.
Embora a soldagem TIG tenha um alto custo inicial e baixa produtividade, estes são
compensados pela possibilidadede se soldar muitos tipos de metais, de espessuras e em
posições não possíveis por outros processos, bem como pela obtenção de soldas de alta --
qualidadee resistência.
A soldagem TIGpossibilitasoldar alumínio,magnésio, titânio,cobre e aços inoxidáveis,como
também metais de soldagem difícile outros de soldagem relativamentefácil como os aços
carbono. '-

16 '--
Curso de Inspetor de Soldagem . Proc de Soldagem

Alguns metais podem ser soldados em todas as posições,


soldageme da habilidadedo soldador.
'-' A corrente usada na soldagem TIGpode ser altemada ou contínua. Q6ma corrente con' ua
pode-se usar polaridadedireta ou inversa. Entretanto,visto que a I}diaridadedireta pro uz o
mínimode aquecimentono eletrodoe o máximode aquecimento1)0metal de base, el trodos
menores podem ser usados, obtendo-se profundidadede penetpaçãoainda maior 9 que a
obtidacompolaridadeinversa ou com correntealtemada.

'-
~
Quando se deseja baixa penetração, deve-se optar pela siV!façãoque leva o quecimento
minimodo metal de base, usando-se a polaridadeinvers 1 corrente altemad . Na soldagem
~
de alumínio a corrente utilizada é altemada, sendo. ecessário um dis ositivo de alta
freqüência que está normalmente embutido no equipame o.

A despeito das vantagens citadas, é conveniente le rar que a soldage!1[TIG, para ser bem
sucedida, requer uma excepcional limpeza das ju s a serem soldacfclse um treinamento
extenso do soldador.

Uma consideração que se deve ter em me te o ângulo do conl da ponta do eletrodo de


i€
tungstênio, pois a conicidade afeta a pene ção da solda. No Jntanto esta preparação só
ocorre para soldagem com corrente contínua olaridaee..direta.
Se a curvatura da extremidade do eletr o for
cordão tende a aumentar e a penetr
densidade de corrente elétrica aume,
-oe di
superiores ao ponto de fusão do ele do, q
parte da poça de fusão, constituin apó'
metal de solda (inclusão metálica)

dep dendo do tipo de corrente, tamanho do


, e ' escolhido)vai de 0,1 mma 50 mm.Quando
es d v ser tomadaspara controlaro aumentode
t e deposição, dependendo dos mesmos fatores
0,2 ,3 kglh.

A preparação e Ufnpezadas juntas p'ara a soldagem TIG requer todos os cuidados exigidos
para a soldagenfcom eletrodoreve9~doe mais:
. a IimpezéV'do
chanfro e borda'sdeve ser ao metal brilhante,numa faixa de 10 mm, pelos
lados intimo e extemo.

.
~
Q a. o da depOSiçãO

!!
ine e, pelo outro 'ido
raiz da solda deve ser empregada a proteção, por meio de gás
peça. A este gás injetadona raiz da junta, chamamos de Purga.
P a os aços carbono ão é necessária a proteção.

ADES INDUZIDAS PELO PROCESSO

A menos da ilJélusãoda escória, a maioria das descontinuidades listadas para os outros


processos deI'oldagempode ser encontrada na soldagemTIG.É importantesaber que:
17
-
.......

Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem ~


'7 FBTS

. Falta de Fusão - pode acontecer se usarmos uma técnica de soldagem inadequada. A .......

penetração do arco na soldagem TIG é relativamentepequena. Por esta razão, para a .......

soldagemTIGdevem ser especificadasjuntas adequadas ao processo.


. Inclusão de Tungstênio - podem resultar de um contato acidental do eletrodo de
tungstênio com a poça de fusão: a extremidade quente do eletrodo de tungstênio pode
fundir-se,transformando-senuma gota de tungstênio que é transferida à poça de fusão, '-
produzindoassim uma inclusão de tungstênio na solda. A aceitabilidadeou não dessas
inclusõ~sdepende do códigoque rege o serviçoque está sendo executado. o ÂNGt./W~ 72N';i
STEÂ/tb
'-'
kJUl70 Ll'J(.'OC.
. Poros idade -pode ocorrer devido à limpeza inadequada do chanfro ou a impurezas
contidas no metal de base ou por deficiência no suprimento do gás.
. Trincas - na soldagem TIG normalmente são devidas à fissuração a quente. Trincas
longitudinais ocorrem em depósitos feitos em alta velocidade. Trincas de Cratera, na
maioriadas vezes, são devidas a correntes de soldagem impróprias.As trincas devidas ao
hidrogênio(fissuraçãoa frio),quando aparecem, são decorrentes de umidadeno gás inerte.

3.8- CONDiÇÕES DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Na soldagemTIGa quantidadede radiação ultra-violetaliberadaé bastante grande. Partes da


pele diretamenteexpostas a tais radiações queimam-serapidamente,o que exige precauções;
a proteção da vista é fundamental. Outro aspecto dessas radiações é sua capacidade de
decompor solventes, com a liberação de gases bastante tóxicos. Dai, em ambientes
confinados,devemos cuidarpara que não haja solventes nas imediações.
A Figura 5.9 contém resumidamente algumas das informações mais importantes sobre a
soldagemTIG.

'-'
'-'
18 -
'S Curso de Inspetor de Soldagem - Proc de Soldagem

-- FI~ura-5.8"- Soldagem TIG (GasTungstenArc Welding - GTAW)

'-'

--

-
TIPO DE OPERAÇÃO:
Manual ou Automática
tUSTO DO EQUIPAMENTO:1,5 (
10 (Automático)
(Sold.c/ele!. revestido= 1)
CARACTERI"$TICAS:
TAXA DE DEPOSiÇÃO: O
ESPESSURASSOLDADA;1 Varetas
POSIÇOES: Todas
TIPOS DE JUNTAS: Gases
DILUiÇÃO: -

~
Com M.Adiçã a 20%
Sem M.Adiçã = 100%
FAIXA DE CO RENTE: 10 a 400A

~
APLICAÇOE (PICASNA INDO T IA DO PETROLEO E PETROQUfMICA:
Soldagem d 1~ passe de tubulaçõe de aços liga, aços inoxidáveise-ligasde n(quel.
Soldagem e equipamentos de AI, i e ligasde Ni.
.

:t
Soldage de tubos ao espelho d permutadores de calor.
Solda m de internos de reato s de uréia em aço inoxidávele Ti.

LlMITAÇOES:
~NT AGENS:
'-' - Produz as soldas - Baixa taxa de deposição.
-SoldaQemde se - Requer soldadores muito bem treinados.

SEGURANÇA:
Emissão intensa de radiação ultra-violeta.
'-' '.

19
.
Curso de Inspetor de Soldagem Processos de Soldagem ~
? FBTS

4 - SOLDAGEMMIG/MAG(GAS METALARC WELDING GMAW) - sr4/ A 6.1 R- .s"2 f?


4.1- DEFINiÇÃO

Processo de soldagem a arco elétrico com eletrodo consumível sob proteção gasosa, que
utiliza como eletrodo um arame maciço e como proteção gasosa um gás inerte (MIG), um gás
ativo (MAG), ou misturas de gases.

4.2- FUNDAMENTOS DO PROCESSO

A Soldagem MIG/MAG usa o calor de um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo nu


alimentado de maneira contínua e o metal de base, para fundir a ponta do eletrodo e a
superfície do metal de base na junta que está sendo soldada. A proteção do arco e da poça de
solda fundida vem inteiramente de um gás alimentado externamente, o qual pode ser inerte,
ativo ou uma mistura destes. Portanto dependendo do gás poderemos ter os seguintes
processos:

. Processo MIG (METAL INERT GAS): injeção de gás inerte.

o gas pode ser: II

- argônio
- hélio
- argônio + 1% de O2
- argônio + 3% de O2
- argônio + (até) 15% CO2

. Processo MAG (METAL ACTIVE GAS): injeção de gás ativo ou mistura de gases que
perdem a característica de inertes, quando parte do metal de base é oxidado. Os gases
utilizados são:

- CO2
. - CO2+ 5 a 10%de O2
- argônio + 15 a 30% de CO2
- argônio + 5 a 15% de O2
- argônio + 25 a 30% de N2
A Figura 5.10 mostra como o processo de soldagem MIGIMAG funciona.

Escórias formadas nos processos de soldagem com eletrodo revestido e soldagem a arco
submerso, não são formadas no processo de soldagem MIGIMAG, porque nesses processo
não se usa fluxo. Entretanto, um filme vítreo (que tem o aspecto de vidro) de sílica se forma de .
eletrodos de alto silício, o qual deve ser tratado como escória.

-
--
20
--
Curso de Inspetor de Soldagem . Proc,

. Taxa de deposição maior q


. Menos gás e fumaça na s .
. Alta versatilidade.
. Larga capacidade de aP.ficaça
. Solda uma faixa ampll de espes

o processo de soldagém MIG/MAG, pode/ser semi-automático ou automático.

No processo se i- utomático o eletr 6 é alimentado automaticamente através de uma pistola.


O soldador con
~ a a inclinação e a ,Istância entre a pistola e a peça, bem como a velocidade
j
de deslocamen e a manipulação
~arco. -,

e soldagem MIG/~G pode também ser usado para aplicação de revestimento

equipamento de spldagem MIG/MAG consiste de uma pistola de soldagem, uma fonte de


nergia, um suprim,flto de gás de proteção, e um sistema de acionamento de arame. A figura
5.11 mostra o equjpamento básico necessário para o processo de soldagem MIGIMAG.

21
'-'
'-'
&'-
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem -::7 FBTS ........

'-
'-'
'-
'-'
Fonte de Gás
deProteçlo '-
'i\ '-
'-

FONTE DE ENERGIA

Figura 5.11 - Equipamento para soldagem MIG/MAG

A pistola contém um tubo de contato para transmitir a corrente de soldagem para o eletrodo e
um bocal de gás para direcionar o gás de proteção às redondezas do arco e da poça de fusão.
O alimentador de arame é composto de um motor pequeno de corrente contínua e de uma roda
motriz.

O escoamento do gás de proteção é regulado pelo fluxímetro e pelo regulador-redutor de


pressão. Estes possibilitam fornecimento constante de gás para o bico da pistola.

A maioria das aplicações da soldagem MIG/MAGrequer energia com corrente contínua e


polaridadeinversa.Nesta situação tem-se um arco mais estável, transferênciaestável, salpico
baixo, e cordão de solda de boas características. Corrente contínua polaridadedireta não é
usada freqüentemente,e correntealternada nunca é utilizadapara este processo.

4.4- TIPOS DE TRANSFERÊNCIADE METALDE ADiÇÃO

Há quatro modos de transferênciado metal de adição fundidoda ponta do arame para a poça
de fusão, a saber. .
)C'jc ~ -OA -:>"~\/I .l4D6
. Por transferênciaglobular
-=-- ocorre com uma baixa corrente em relação á bitola do
eletrodo. O metal se transfere do eletrodo para a peça como glóbulos, cada um maior em
diâmetro que o eletrodo. Os glóbulos se transferem para a poça sem muita direção e o -
aparecimento de salpico é bem evidente.
A(fl:> {)/;.-,Jf--1I:A(ji0 4,- -rL;".
r.oI<..JcA!-1J76 t ~:. P.{4NA - é fh(! ? b
. Por transferência por spray ou por pulverizaçio axial ocorre com correntes altas. O -
metal de adição fundido se transfere através do arco como gotículas finas.

Com a transferência por spray a taxa de deposição pode chegar até a 10 kglh. Entretanto,
essa taxa de deposição restringe o métodoà posição. -

22
'S Curso de Inspetor de Soldagem - Processf/S de Soldagem

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",,1 c;:'
p '/1"'" ,.. "Tt.'
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VOL7'L)
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>é'l?
1-1 1/-11\1 Ç.-1J
.8,,(}/X4.
. -
Por transferência por curto circuito A fusão inicia-se globula nte e a gota va~
aumentando de tamanho até tocar a poça de fusão, produzindo m curto circuito
extinguindoo arco. Sob a ação de determinadasforças, a gota é tr, nsferida para a p~6.
Este processo permitea soldagem em todas as posições e é u processo com en~~iã
relativamentebaixa,o que restringeseu uso para espessuras ma' res.
. Por soldagem a arco pulsante
.s F-+'4 Y c=;/ '5 J
- mantém um arco de corre,te baixa como
Ie ente de
004.. e'J~ '/I',

fundo e injeta sobre essa corrente baixa, pulsos de alta com nte. A transferênci do metal
de adição é pelo jato de gotículas durante esses pulsos. E a característica da orrente de
soldagem faz com que a energia de soldagem seja menor o que toma possívft a soldagem
na posição vertical pelo uso de arames de diâmetros gra .(jes.
~
A maior parte da soldagem MIGIMAGpor spray é f~a na posição P a a. As soldagens
MIGIMAGpor arco pulsante e por transferência f curto circuito s. adequadas para
~
soldagem em todas as posições. Quando a soldage é feita na posi. sobre-cabeça, são
usados eletrodos de diâmetrospequenos com o m~odo de transferên~ por curto circuito.A
l
transferênciapor spraypode ser usada com correnlécontínuapulsada:
'-'
4.5- TIPOS E FUNÇÕES DOS CONSUMíVEI

Argônioe héliosão gases de prote .


O CO2 é largamente usado para a
protetor, o fator mais importante p
eficienteé a sua proteçãoao arl .

il,fes ou idênticosna composiçãoàqueles dos


'odos nus, sendo que, para o caso específico
lxidantes tais como silício e manganês em'

Como uma regra, as mposições do el odo e do metal de base devem ser tão similares
quanto possível,se o que, especifica nte para o processo MAG,deve ser levado em conta
o acréscimode el entos desoxidant . Para se ter maiores informaçõessobre os eletrodos
consultaras esp~ ificaçóesAWSA 5 ,A 5.18e A 5.28.

MOSFERA ATIVA NO PROCESSO MAG

por t sfera ativa ente d se a injeção de gás de proteção ativo,isto é, com capacidade de
~ ~
oxidar metal durante a Idagem.Para facilitaro raciocíniosobre os fenômenos envolvidos,
tom os, comoexemplo a injeçãode dióxidode carbono(C02),ver figura5.12.

23
'-"

&-
.-
Curso de Inspetor de Soldagem. Processos de Soldagem
,-=' FEITS '-'
'-'
'-'
'-'
Arame Consum (yeJ
'-'
Godculas de Metal
de Adiçlo '-'

'-'

'-'
co '-'

Metal de Base '-"

'-'

Figura 5.12 -Injeção de gás ativo

o dióxido de carbono injetado no gás de proteção, ao dissociar-se em monóxido de carbono e


oxigênio (C02 ~ CO + 1/2 O2),propicia a formação do monóxido de ferro: Fe + 1/2 O2~ FeO.
O monóxido de ferro (FeO), por sua vez, difunde-se e dissolve-se na poça de fusão mediante a
reação:
FeO + C -7 Fe + CO

Pode ocorrer que não haja tempo para a saída do monóxidode carbono (CO), da poça de
fusão, o que provocaráporos ou porosidade no metalde solda.
O problema é resolvido mediante a adição de elementos desoxidantes tal como, o manganês.
O manganês reage com o óxido de ferro, dando origem ao óxido de manganês, o qual, não
sendo gás, vai para a escjria (FeO + Mn -7 MnO). O manganês porém, deve ser adicionado
em quantidade compatívelcom o FeO formado. Mn em excesso fará com que parte dele se
incorpore à solda, implicando em maior dureza do metal de solda e, portanto, em maior
probabilidade de ocorrência de trincas. Em síntese, portanto, ocorrem as seguintes reações:
. na atmosfera ativa:

CO2 -7 CO + 1/2 O2
Fe + 1/2 O2 -7 FeO

. quando da transformação líquido/sólido;

FeO + C -7 Fe + CO
-
. com a adição de elementos desoxidantes:

FeO + Mn ~ Fe + MnO (o MnO vai para a escória).

É sempre conveniente atentarmos para os seguintes detalhes na soldagem com atmosfera -


ativa (processo MAG e todos os outros com atmosfera ativa):

24 '-'
Curso de Inspetor de Soldagem -Proc
. à medida que a velocidade de solidificação aumenta, toma-se maior
ocorrênciade porose porosidades; ,

. a oxidação pode ser causa de poros e porosidades. A desoxifação em excessO/' ao


aumentar a resistência mecânica à tração da solda, aumenta su~emperabilidade. OIrisco
de ocorrência de trincas será maior.

Na soldagem MAG o elemento desoxidante é adicionado mfdiante o uso de


especial, contendo maior teor de elemento desoxidante. Alémfio Mn, são també
desoxidantes: Si, V , Ti e AI.

4.7- CARACTERíSTICAS E APLICAÇÕES

o processo de soldagem MIG/MAG produz soldas d alta qualidade co!1f procedimentos de


soldagem apropriados. Como não é utilizado um fi , a possibilidade ~ inclusão de escória
semelhante ao processo eletrodo revestido ou a~ submerso é míni a, podendo, por outro
lado, ocorrer à inclusão de uma escória vítre característica do rocesso se a limpeza
interpasse não for feita de maneira adequada. H' rogênio na solda é raticamente inexistente.

4.8- DESCONTINUIDADES INDUZIOAS P

Na soldagem MIGIMAG podem


' .~,.'
17' v 'I'
. Falta de Fusão - pode
circuito. Ocorre també
utilizamosbaixasCOfl' te.
fusão.
~ te r 01 a m MIGIMAG com transferência por curto-
t n er n.'
~E~e
por spray ou pulverização axial quando
de soldagemé outromotivoda falta de

é mais provável com a transferência por curto-

. Inclusões de)Escória - o oxigê 'ó contido no próprio metal de base, ou aquele captado

t
durante a O6agem sob condiçq s deficientes de p.roteção,forma óxidos na poça de fusão.
Na maiori das vezes, esses óxidos flutuam na poça de fusão, mas eles podem ficar
aprisiona os sob o metal de Ida, dando origem a inclusão de escória.
. Lasc., Dobras, DuplasjÚlminações e Trinca Interlamelar podem vir à tona ou surgir
em SÓldascom alto grau;de restrição.
. rdedura - quando~contecem, são devidas a inabilidade do soldador.

-
Poros e Porosida)fe como já vimos, poros e porosidade são causadas por gás retido na
solda. na solda ,f!m MIG/MAG verifica-se o seguinte mecanismo: o gás de proteção,
injetado sem a ' servânciade determinadosrequisitostécnicos,podedeslocara atmosfera
que o envolv , a qual contém oxigênio e nitrogênio. O oxigênio e nitrogênio da atmosfera
podem diss ver-se na poça de fusão, dando origem a poros e porosidade no metal de
solda.
25
-
Curso de Inspetor de Soldagein - Processos de Soldagem t::- -
-::1 FBTS

. Sobreposição - pode acontecer com a transferência por curto-circuito.


. Trincas - podem ocorrer trincas em soldagem com técnica deficiente, como por exemplo,
uso de metal de adição inadequado. '-

4.9- CONDiÇÕES DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Na soldagem MIGIMAGé grande a emissão de radiação ultravioleta. Existe também o '-


problema de projeções metálicas. O soldador deve usar os equipamentos convencionais de
segurança, tais como luvas, macacão, óculos para proteção da vista, etc. Na soldagem em
'áreas confinadas não esquecer da necessidade de uma ventilação forçada, bem como de
remover da área recipientes contendo solventes que podem se decompor em gases tóxicos por
ação dos raios ultravioleta.

A Figura 5.13 contém resumidamente, algumas das informações mais importantes sobre a
soldagem MIG/MAG.

'-

--
-
--
26
--
'-
Curso de Inspetor de Soldagem . Processo,
SF4, A ,.-' g
Flllura 5.13 . Soldagem MIG/MAG (GAS METAL ARC WELDING - GMAW)

Arame
Consum ;vel

TIPO D.E OPERAÇÃO:


'- Semi-automática OUautomática
Custo do Equipamento 3 -
CARACTERfSTlCAS:
TAXA DE DEPOSiÇÃO: 1 a
ESPESSURAS SOLDADAS:
C.Jno-c,rcuito). 0.5 mm
Pulver AXlal~ 6 mm. ArgOnio
POSICOES Todas Hélio
TIPOS DE JUNTAS: CO2
DILUICÀO' 10 a : Misturas: base argônio ou base C02
FAIXA DE CORRE TE: 60~
APLICACOES TIPI S NA INDÚSTRIA D PETROLEDE PETROQUiMICA:
Sold~ de bulações e inQ"rnosde 50S de pressão
Sol~ d estruturas metálicas

L.IMITAÇOES:
- cia
Limitado à posição plana, 8XcetOna transferên.
por curto'-<:ircuitoou por arco pulsante.
- Riscode ocorrênciade falta de fusão.

e radiação ultra-violeta e projeções metálicas

27
--'
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem ?t::.. FBTS
SFA/A 5<§2(J - 5.29 - 6.22
5 - SOLDAGEM A ARCO COM ARAME TUBULAR (FLUX CORED ARC WELDING-FCAW)

5.1- DEFINiÇÃO

Processo de soldagem a arco que produz a coalescência de metais pelo aquecimento destes com
um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo metálico tubular, contínuo, consumível e o metal
de base. A proteção do arco e do cordão é feita por um fluxo de soldagem contido dentro do
eletrodo, que pode ser suplementado por uma proteção gasosa adicionalfornecida por uma fonte
externa.

5.2- FUNDAMENTOS DO PROCESSO

A soldagem com arame tubular foidesenvolvida visando unir as vantagens do processo MIGIMAG
(semi-automáticoou automático) com as do processo com eletrodo revestido (revestimento fusível
formador de gases protetores, escória, elementos de liga, etc.). Deste modo o arame eletrodo
maciço foi substituído por outro, composto de um arame tubular com alma de fluxo fusível,
semelhante ao utilizadono arco submerso.

Existemdois tipos de arames tubulares:


. Autoprotegido- onde a proteção do arco e da poça de fusão é feita unicamente pela queima
do fluxoem pó, contido no núcleo do arame.
. -
Proteção adicional de gás onde, além dos gases gerados pelo fluxo,é utilizadoum gás
adicional para a proteção, que flui pelo mesmo bocal de onde emerge o arame tubular. Os
gases normalmente utilizadossão:

-C02
- Ar + 2% de O2
- Ar + 18 - 25% de CO2

A escória formada sobre o metal de solda possui as mesmas funções metalúrgicasdaquelas


vistas anteriormentenos processos je soldagemcom eletrodo revestidoe arco submerso (ver
itens 1 e 2 deste módulo);aliadaa estas funções,a escóriapromoveumótimoacabamento.
Pela utilizaçãode arames de maior diâmetro e faixas mais altas de corrente elétrica têm-se, em
comparação com o processo MIGIMAG,elevadas taxas de deposição, juntamente com boa
penetração e velocidades de soldagem altas.

Assim como os arames maciços, utilizados nos processos MIGIMAG,o arame tubular também é
embalado numa forma contínua (bobinado);por esta razão, eles podem ser empregados tanto em
processos sem i-automáticos como em processos automáticos. Em ambos os processos, o arame
tubular é alimentado automaticamente através de uma pistola. No processo semi-automático, o
soldador controla a inclinação e a distância da pistola à peça, bem como a velocidade de
deslocamento e a manipulação do arco.

As Figuras 5.14 (a) e 5.14 (b) mostram o funcionamento do processo de soldagem com arame
tubular.
'-"
-

28
s Curso de Inspetor de Soldagem . processJ's de Soldagem

Sentido de Soldagem I
"
.. ",
"

I
II
I'

Metal de Solda
Solidificado
J.

11V9:-~HiéLD
me Tubular Autoprotegido

Sentido de SoId8gem
.. Pisto"
B1.co de Contato
Atmosfera
Protetora
Metal de Solda Metlll de
SoliditlC8Clo Base
j

-
Figura 5.14 (b) Soldagem a arco elétrico com Arame Tubular com Proteção Gasosa

5.~QUIPAMENTOSpE SOLDAGEM

. equipamento de J~d~gem ~m arame t~bular é bastante próximo do utilizado no processo


MIGIMAG. Devem ser feitas, porem, as seguintes ressalvas:

pacidade de gerar maior intensidade de corrente;

29
--
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem ~
? FBTS

'-
. As pistolas, em casos onde a intensidade de corrente seja elevada, são, usualmente,
refrigeradascomágua ou ar;
. No processo autoprotegido o sistema de gás de proteção é inexistente.

A Figura5.15 mostra, esquematicamente, um equipamento para soldagem com arame tubular.

Controle: Bobina de
Allme"'@Areme: -
G;!J
Pistola
\ '-
Ma
-~ -
t
nual

Co;=~da
rn~
Salde de Gá

~
~ -
o
01

-- . Controle de

Tensio
:

I
I

i
I
I
I
I
I

'----
I
I -------
FONTE DE ENERI

FIgura 5.15 - EqLiipamentopara soldagem com arame tubular

5.4- TIPOS DE TRANSFERÊNCIA METÁLICA

As transferências metahcas no processo arame tubular, além de serem em função dos parâmetros
de soldagem empregados, são também em função do gás ou mistura gasosa utilizada. Neste
processo tem-se os seguintes tipos de transferências:
. Curto-circuito: caracterizada pelo constante processo de extinção e reacendimento do arco
elétrico. Este tipo de transferência permite a soldagem em todas as posições, com o
incoveniente de gerar uma grande quantidade de respingos.
. Globular. é a transferência metálica típica produzida pelos arames tubulares; ocorre à
correntes mais baixas que na transferência por spray. Existe grande incidência de respingos
de metal fundido.
-
. Por spray ou pulverização: ocorre quando são estabelecidas altas intensidades de
correntes e altas tensões do arco em relação a um determinadodiâmetrode arame. Dentre
os gases ou misturas gasosas utilizadas,apenas o Argônioe as misturas gasosas de
Argônio com teor de CO2 variando entre 8 e 15%, permitem produzir este tipo de
transferência metálica.Por produziruma elevada taxa de deposição, a transferência por
spray restringe-se apenas à posição plana. Um problema gerado por este tipo de
30
s Curso de Inspetor de Soldagem - Proc

transferência metálica é a possibilidade de ocorrência de falta de fy,tão, devido ao jatl


metálico ser dirigido para regiões que não tenham sido suficientement( aquecidas.

. Por arco pulsante: é uma transferência tipo spray sintético, obtida Ia pulsação da nte
entre dois níveis pré-estabelecidos: uma corrente de base, baix o suficiente para anter
~
estável o arco elétrico e resfriar a poça de fusão e uma corrente d pico, superior a co nte de
transição globular - spray. Por este motivo a energia de sol agem é baixa, faciitando a
soldagem com arames de grandes diâmetrosfora da posição cl na.

5.5- TIPOS E FUNÇÕES DOS CONSUMíVEIS

Na soldagem com arame tubular os consumíveis utilizadosQo:

. Eletrodos - são arames tubulares ocos com alma fopf1ada por um flux Sível de baixo teor de
hidrogênio. Quando o gás protetor for de (Ureza ativa, deve estar presentes na
composição química do eletrodo elementosdes
~ idantes, tais como
rg
arames autoprotegidos,existe na composiçãoJ ímica do fluxo a pr sença do AI.
Mn, e o Si. No caso dos

As especificaçõesAWS A5.20 e A5.29 cla~~cam arames tubl!lãres para aços C-Mn e baixa
liga respectivamente. Para aços inoxidávJflssão~ados ajámes classificados pela AWS
A5.22.

. Gases de proteção - são utilizados


item anterior).

5.6- CARACTERíSTICAS E APLI

A soldagem com arame tubula~eq'l CQ racterística a elevada taxa de deposição, o


que, aliado a uma solda de b~,qlJalj uma vasta aplicação nas diversas áreas da
Indústria.

5.7- DESCONTI/OADES INDUZIDAS'PELO PROCESSO


. Falta de fusao - ligada à transfe!;énciapor curto-circuito.
. Falta netração - tambéfit ligada à transferência por curto-circuito, podendo ainda surgir

~
por pr aração inadequad( do chanfro ou erro na configuração da junta escolhida pelo
proje~ .
. InQfusão de escória {deficiência do soldador no processo de remoção da escória, alta
viiocidade de SOlda,~, projeto inadequadoda junta.
Mordedura - inabili6adedo soldadorou amperagem elevada.

~
Poros e por s' ade - surgem quando a velocidade de soldagem é elevada, não permitindo a
difusão dos ses pelo cordão. Na soldagem com proteção gasosa, podem ser causadas por
uma vazão. e gás inadequada ou por ventos no local de sOldagem, o que impede uma

31
-
&:- --
Curso de Inspetor de Soldagem . Processos de Soldagem
-;:7FBTS

proteção efetiva da poça de fusão. Podem ocorrer ainda quando são utilizadas misturas ricas
em Ar em soldagem de chapas grossas. Voltagens elevadas utilizadas na soldagem. '-'
. Sobreposição -ligada à transferência por curto-circuitoou inabilidadedo soldador.
-
. Trincas - normalmente são oriundas de técnicas de soldagem e/ou preparação inadequadas.
Há que se considerar a formação de fases pré-fusíveis, resultantes das combinações de
elementos desoxidantes com o oxigênio que podem ocasionar trincas à quente.
-
5.8- CONDiÇÕESDE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Os equipamentos de proteção individual(EPI) são os mesmos utilizados em outros processos de


soldagem à arco elétrico. Devido as radiações emitidas serem de maior intensidade, os filtros
utilizadosdeverão ter uma densidade maior.

o processo de soldagem com arame tubulargera uma grande quantidade de fumaça. Deste
modoo ambientedeveráter boa aeração preferencialmenteatravésde exaustores.
Afigura5.16contémumresumodas principaisinformaçõessobreo processoarametubular.

'-
'-'

32
'-'
Curso de Inspetor de Soldagem - Processl de Soldagem

Figura 5.16 - Soldagem com arame tubular (Flux Cored Are Welding FCAW) -

Alimentador de Arame

Arame

-
Consumlvel

-
""'"

TIPO DE OPERAÇÃO:

Semi-automática ou Automática
Custo do equipamento -
3

CARACTERíSTICAS: , i~SUMíVEIS:
TAXA DE DEPOSiÇÃO: 1 a 1,-k, Arame:
ESPESSURAS SOLDADASp 3 m . 1,2 a 4,0 mm - aços carbono e baixa liga
POSIÇÓES: Todas . 1,6
Gases:
-
a 4,0 mm aços cromoe cromo-níquel
DILUiÇÃO: 20 a 50%
FAIXA DE CORRENTE:J90 a 600 A . CO2 ou Ar + CO2-Aços carbono e baixa liga
. C02 ou Ar + O2 ou Ar + He - Aços cromo e
cromo-níquel

APLlCAÇOES TWICAS NA INDÚSTRIJ' DO PETRÓLEO E PETROQuíMICA:


Soldagemde ~ruturas metálicas,soj6agemde polidutos,soldagemde tanques de armazenamento,
etc.

LIMITAÇÕES:

- Altafixa de deposição. - Aplicávelsomente em aços carbono e aços


- ót~o acabamento inoxidáveis.
ixoteor de hidrogênifcombinado com alta - Soldagem fora da posição, restrita às
nergia transferências por curto-circuitoou por arco
pulsante.

ssão de radiação ultravioleta, projeções metálicas e fumaça.

33
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem
~-~~~
-
5,c~ 5.25
6 - SOLDAGEM POR ELETROESCÓRIA (ELECTROSLAG WELDING - ESW)
6.1- FUNDAMENTOS DO PROCESSO

A soldagem por eletroescória não é um processo de soldagem a arco pois nele o arco é usado
apenas para dar início ao processo de soldagem.

Na soldagem eletroescória, uma escória fundida, funde o metal de adição e o metal de base. A
escória protetora da poça de fusão acompanha a soldagem. '-

o processo começa pela abertura de um arco elétrico entre o eletrodo e a base da junta. Fluxo
granulado é acrescido e fundido pelo calor do arco. Quando uma camada espessa de escória
se forma, toda a ação do arco cessa, e a corrente de soldagem passa do eletrodo para o metal
de base através da escória por condução elétrica. O calor é gerado pela resistência da escória
fundida à passagem da corrente de soldagem e é suficiente para fundir o eletrodo e as faces
do chanfro. O eletrodo fundido (e tubo guia, se é usado) e o metal de base fundido formam a
solda abaixo do banho de escória fundida. A figura 5.17 mostra esquematicamente este
processo.

Eletrodo

Tubo guia consumivel

Metal de Base

Metal de Base Fluxo


Fundido

Solda
Fundida

Figura 5.17 - Processo eletroescória

6.2- EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM

o processo eletroescória é um processo automático. O equipamento básico necessário para


este processo é constituído de:

. Fonte de energia.
-
. Alimentadorde aramee oscilador.
. Tubo guiae eletrodo.
. Deslocador(não precisa se o guia é consumível).
.. Sapata de retenção (sapata de moldagem).
Controles de soldagem. '-'
. Cabos de conexão elétrica.
. Isolantes.
34

r-
'-'
s Curso de Inspetor de Soldagem - Proc,

Há necessidade de se colocar uma chapa apêndice para o início d soldagem, pois


processo, na sua fase inicial, é instável, com conseqüentes prejuízos' qualidade da soleir.
Este apêndice é descartado posteriormente. Para o avanço vertical da soldagem, usafse
usualmente sapatas de retenção, que podem ser refrigeradas a água. er figura 5.18).

Solda Solidificada

Metal de Base

As sapatas de retenção erven1\Qirqf co e tanto o metal de solda fundido como o fluxo

~
fundido. A superfície da olda é m~ada R 10contorno ou formato das sapatas enquanto a
poça de fusão se mov para cima na junt Conforme vai ocorrendo a solidificação, impurezas
metálicas flutuam par cima do metal fund do através da escória.

Fontes de energi~ para o processo e soldagem eletroescória são do tipo transformador-


retificador de te tão constante, que peram na faixa de 450 a 1000 A. Elas são similares às
usadas no pro sso de soldagem arco submerso. A tensão mínima em circuito aberto da
fonte de enel: ia deve ser de 6 . É requerida uma fonte de energia separada para cada
eletrodo. A figura 5.19 mos esquematicamente uma instalação típica de soldagem
eletroescó 'a.

35
........,

-- --."

Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem ? FBTS -


'-'
Pa inel de Controle '-"
'-
'-"

......,
AI imentaclor
Direcionador "-"
de Arame
'-"
Osci Iação
Fundida '-'

Poça de Fusão '-'


Sapata de Retenção '-'

, '--Sa (da de Água


de Agua -../

'--"

Figura 5.19 - Equipamento para soldagem eletroescória

o motor do alimentador do arame e o sistema de controle de soldagem são os mesmos usados


para soldagem MIGIMAG ou de outro processo que utiliza arame consumível.

A corrente de soldagem e a taxa de alimentação do eletrodo, podem ser tratadas como uma só
variável, porque uma varia em função da outra. Se a velocidade de alimentação do eletrodo é
aumentada, a corrente de soldagem e a taxa de deposição são também aumentadas. Como a
corrente de soldagem é aumentada, a profundidade da poça de fusão também é aumentada.

A tensão de soldagem é uma outra variável que precisa ser levada em consideração. A tensão
tem efeito maior na profundidade de fusão no metal de base e também na estabilidade de
operação do processo. Aumentando-se a tensão, aumenta a profundidade de fusão. e a
largura da poça de fusão e também aumenta o fator de forma (relação largura/profundidade) e,
como resultado, a possibilidade de ocorrência de trinca é menor. Se a tensão é baixa pode
ocorrer um curto circuito entre o eletrodo e a poça de fusão: Se a tensão é alta demais, podem
ocorrer respingos de solda ou aberturas de arco no topo da escória fundida.

. NOTA: Observar que a profundidade de fusão é lateral.

6.3- TIPOS E FUNÇÕES DOS CONSUMíVEIS - ELETRODOS E FLUXOS


--

Há dois tipos de eletrodos usados no processo de soldagem eletroescória: eletrodos sólidos e


tubulares. Eletrodos sólidos são mais largamente usados. Eletrodos tubulares são usados
quando há necessidade da adição de elementos de liga.

A composição da solda é determinada pelo metal de base e pelo metal de adição. A -


composição do fluxo também é importante, visto que ele determina a boa operação do
processo. Os fluxos podem ser feitos de vários materiais tais como óxidos complexos de sílicio,
36
s Curso de Inspetor de Soldagem - Processos Jfe Soldagem

manganês, titânio, cálcio, magnésio e alumínio. Características especiais


solda são alcançadas pela mudançaou variaçãoda composiçãodo fluxo. ,

As funções normais dos fluxos são:


. Condução da corrente de soldagem.
. Fornecimento de calor para fundir o eletrodo e o metal de base.
.
. Possibilita uma operação estável.
Proteção do metal fundido da atmosfera.

~
É necessária apenas uma pequena quantidade de fluxo ra a soldagem.
escória de 40 a 50 mm de profundidadeé usualmente re erido de maneira
consiga permanecerno banho e fundir-sedebaixoda supe ície. .

6.4- CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES

A soldagem eletroescória é um processo de ap it;ação limitada, uSjÍdo apenas para fazer


soldas verticais em espessuras médias de aços rbono, de baixa i fá, de alta resistência, de
médio carbono, e de alguns aços inoxidáveis. O rocesso se aplica
de 20 mm. Embora a habilidade manual nã seja r.eg~rida, o
necessário para operar o equipamento.
t; elhor a espessuras acima
nhecimento da técnica é

Algumasdas suas vantagens são:


. Altataxa de deposição e boa q a itiade
fazem desse processo desejá I pa
:t
aplicações industriais, tais co o: m
fundidos grandes.
. Requer pouca ajustagem e, laffusualmente juntas sem chanfro).
. Solda materiais espess
. É um processo me o de manuseio de material. Uma vez iniciado o
processo, ele conti!
. Requer tempo apresenta uma distorção mínima.
. soldagem visívelj! nenhum lampejo de arco.'

A grande svantagem do pro sso é devida à soldagem eletroescória ser feita em um só


~
passe. O deslocamento da fonte de calor é suficientemente lento para permitir o
supe aq cimento e, con uentemente, o crescimento de grãos da zona afetada
termica ente, o que con z a uma solda com propriedades deficientes no que tange à
~
tenac' ade da junta sold a. A fragilidadeda solda assim obtida necessita, para ser corrigida
de u. tratamentotérmic posteriorà soldagem- a normalização.

37
t::.. --
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem -:;1 FBTS

6.5- DESCONTINUIDADES INDUZIDAS PELO PROCESSO

Soldas feitas com o processo de soldagem eletroescória sob condições de operação


adequadas são de alta qualidade e livres de descontinuidades. Descontinuidadespodem
aparecer porém,se não forseguido um procedimentode soldagemadequado.

Algumas descontinuidades que pod.~mresultar deste processo são:


. -
Falta de Fusão soldas de chapas espessas, nas quais o calor é distribuídopor oscilação '-
do eletrodo, podem apresentar falta de fusão na parte central ou perto das sapatas. O efeito
de resfriamento das sapatas pode impedir a fusão do metal de base próximo à superfície
em que a sapata está apoiada. A indicação resultante assemelha-se com uma mordedura.
Podem ocorrer também num início de soldagem com temperatura abaixo da necessária.
. -
Inclusões são incomuns mas podem acontecer. É o caso de pedaços de arame
introduzidosna poça de maneira muitarápidapela unidade de alimentaçãode arame e que
não se fundem. Também têm sido encontradas na zona fundida, varetas e até mesmo
partes do equipamentode soldagem como,por exemplo,a extremidadedo guia tubularde
eletrodo.
. Inclusões de Escória - podem ocorrer se a solda for quase interrompidae reiniciada.O
processo de soldagem exige uma poça de escória aquecida a aproximadamente 1.700°C.
Um reinícío de soldagem inadequado pode não fundir perfeitamente o metal, redundando
em escória na solda.

. Porosidade - quando ocorre, é grosseira e do tipo verm,iforme podendo ser causada por
pedaço de abesto úmido utilizado como vedação entre a sapata de retenção e a peça a ser
soldada, fluxo contaminado ou úmido, eletrodo, tubo guia ou material para início de
soldagem úmidos.
. Sobreposição - pode ocorrer, se as sapatas não forem bem ajustadas às chapas,
permitindoo vazamentode materialfundido.
. -
Trinca Interlamelar não tem sido observada na soldagem eletroescória de juntas de topo
porque não se registram tensões no sentido da espessura das chapas do metal de base.
. Trincas - devidoà fissuração a frionão são encontradas na soldagem eletroescória. Isso
devidoao ciclolento de aquecimentoe resfriamentoda junta, inerente ao processo. Já as
trincas causadas pela fissuração a quente são comuns na soldagem eletroescória,
principalmenteno caso de soldas com alto grau de restrição,devidoà granulaçãogrosseira
da junta soldada. Essas trincas propagam-seao longodos contomos de grãos.
. Duplas Laminações - não se constituemem grandes inconvenientespara a soldagem
eletroescória. A escória fundida atrai para fora qualquer inclusão existente na dupla
laminação e sela a dupla laminação ao longo da solda. Analogamente, lascas e dobras são --
absorvidas pela soldagem eletroescória.

38
'S Curso de Inspetor de Soldagem . Processl de Soldagem

A Figura 5.20 contém resumidamente, algumas das informações


soldagem por eletroescória.

Figura5. 20- Soldagem por eletroesc6ria

CUSTO DO EQUIPAMENTO; 20
~
(Soldagem c.i'1t't revestido = 1)
CARACTE RISTICAS:

Arames (1 ou mais)
Posição de Soldactém: Plana
TIPOS USUAIS OE/.IUNTA: Fluxo

DILUIÇAO '.JOp 60% Tubo-guia consumível.


FAIXA DE CaARENTE:

INDÚST~IA DO PETRÓLEO E PETROÓUfMICA:


,'e ,untJS longitudinais;8e reatores de grande espessura de aço carbono ou de aço de

LIMITAÇÕES:
-Limitada à posição vertical
- Requer tratamento ténnico de nonnalização
devido ao superaquecimento (baixa tenacidade
ao entalhe do metal de solda e ZTA-
granulação grosseira.

Risco de derramamento de metal líquido.

39
'-'

Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem ~


-;:1FBTS
.5F4jA -5-26
7 - SOLDAGEMELETROGÁS (ELECTROGASWELDING- EGW)
7.1- FUNDAMENTOS DO PROCESSO

A soldagem eletrogás é uma variação dos processos MIGIMAG e do processo de soldagem a '-'
arco com Arame Tubular. Da mesma forma que no processo Eletroescória, a soldagem por
Eletrogás utiliza sapatas de retenção para confinar a poça de fusão na soldagem na posição
vertical. A formação da atmosfera protetora e a transferência do metal são idênticas ao processo
MIGIMAG. Uma proteção adicional pode ou não ser utilizada pela injeção de um gás ou de uma '-
mistura de gases provenientes de uma fonte externa.

Os aspectos mecânicos do processo eletrogás são similares aos do processo eletroescória e,


como este, uma vez iniciado continua até se completar a solda.

A FiQura 5.21 mostra eSQuematicamente este processo.

Arame Gás de Proteção


~ ~-

RoletesAlimentadores
de Arame
/
Gás de Proteção

Poça de Fusão

Circulação de Água
Metal de Solda Solidificado

Conexões para Água

Metalde Base ~
Fig. 5.21 -soldagem eletrogás com arame sólido.
-
A soldagem normalmente é feita num único passe.
'-'
Para o início da operação um eletrodo consumível em forma de arame, sólido ou tubular, é
alimentado numa cavidade formada pelas faces do chanfro das peças a serem soldadas e pelas -
sapatas de retenção. Um arco elétrico se inicia entre o eletrodo e uma chapa situada na parte
inferior da junta.

40
t::-
? EED:S

o calor do arco funde as faces do chanfro e o eletrodo que é alimentado de ji1aneira contínua. O
metal fundido proveniente do metal de adição e do metal de base fundidq(forma uma poça
fusão abaixo do arco e se solidifica.

o eletrodo pode oscilar horizontalmente através da junta, principalmentvem juntas mais esD.êssas
de maneira a distribuir de maneira mais uniforme o calor e o metal de çd]ição.

A medida que a solda se solidifica uma ou ambas as sapatas e ovem para Cim j nto com o
cabeçote de soldagem de modo a dar continuidade à solda,
~
deposição é fe' através de
movimento oscilatório na posição plana de soldagem co progressão na di
(soldagemna posição vertical)
.

o vertical ~-
7.2- EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM

~
o equipamento básico para a soldagem eletrogás ' milar ao conven ' ai da soldagem por

~
eletroescória. A diferença fundamental é a introdução o gás de proteçã CIoarco e da poça de
metal fundido, quando o gás de proteção é necessár] (na soldagem elet gás com arame tubular,
o gás de proteção nem sempre é necessário).

Basicamente, os componentes de soldagem ele'

. Fonte de energia de corrente contínua;


. Sapatas refrigeradas com água para caF1tera s,
. Uma pistola de soldagem; .
. Dispositivo para alimentar o arame;
. Um mecanismo para oscilar a pist1fa na s,
. Equipamento para suprir o gás dj! prote

Num sistema típico de soldagem trog', eom o entes essenciais, com exceção da fonte de
energia, são incorporados num i
para cima, acompanhando.
,~
re s- r:
be te de soldagem) que se move verticalmente
a s I gemo Dispositivos de controle para fluxo de
água, pressão horizontal n s a sento oscilação da pistola de soldagem, alimentador
de arame, e movimento ertica imil I' aos usados no processo de soldagem com
eletroescória.

.
A fonte de EnergLéfpode sertanto o 'po tensão constante como do tipo corrente constante.

~
Quando uma unidade de tensã constante é utilizada, o deslocamento vertical pode ser

~
controla o ~~almente ou P r spositivo, tal como uma célula foto-elétrica, que detecta a altura

desloca ~
da subida' a poça de fusão.
nto vertical pode s
' m fontesde energiatipo tensãovariável(correnteconstante),o
controlado pela variação do arco elétrico.

.
, similarao utilizadoios processosde soldagemautomáticaMIGIMAGe com arametubular.O
limentador deve s~( capaz de suprir o eletrodo a altas velocidades e de endireitar o arame
tomando sua extremidade reta.

41
-
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem &:-
-;;1FBTS
-
. Pistola de Soldagem

A pistola de soldagem para soldagem eletrogás efetua as mesmas funções daquelas das
soldagens MIGIMAG e com arame tubular. Ela guia o eletrodo para a posição desejada na
abertura da junta e transmite a corrente de soldagem para o eletrodo, e, em algumas aplicações,
ela fornece gás de proteção ao redor do eletrodo e do arco. A energia é transmitida pelo bico de
contato.

A principal diferença entre uma pistola de soldagem eletrogás e as da soldagem MIGIMAG ou


com arame tubular, é a limitação na dimensão paralela à abertura da raiz entre chapas, pois o
bocal da pistola deve se adaptar nesta abertura estreita. A largura da pistola é freqüentemente
limitada a 10 mm, para que possa ter um deslocamento horizontal adequado.

. Sapatas de Retenção

Tal como na soldagem por eletroescória, sapatas são usadas para reter a poça de fusão.
Usualmente ambas as sapatas movem-se para cima com a progressão da soldagem. Em
algumas soldagens uma das sapatas pode ser um cobre-junta estacionário. Para prevenir que a
poça de fusão incorpore o cobre das sapatas, estas são refrigeradasa água para não se fundirem.

7.3- TIPOS E FUNÇÕES DOS CONSUMíVEIS - ELETRODOS E GASES

Há dois tipos de eletrodos usados na soldagem eletrogás, a saber:

. Arame tubular (com fluxo intemo);


. Aramessólidos,

Os dois tipos de eletrodos são usados comercialmente. A especificação AWS A 5.26 cobre os
requisitos desses eletrodos para a soldagem de aços carbono e de baixa liga.

Para soldagem de aço com arame tUbular, o CO2 é o gás de proteção normalmente usado. A
mistura de 80% argónio e 20% CO2 é normalmente usada para soldagem de aço com eletrodos
sólidos.

Alguns eletrodos tubulares são do tipo auto-protegido. Quando fundidos, os fluxos geram uma
proteção gasosa para proteger o metal de adição e o metal de solda fundido.

7.4- CARACTERíSTICAS E APLICAÇÕES

A soldagem eletrogas é usada para a união de chapas espessas que devem ser soldadas na
posição vertical ou que podem ser posicionadas verticalmente para a soldagem. A soldagem é
feita usualmentenum só passe.

A viabilidade econômica depende da espessura da chapa e do comprimento da junta. O processo


é usado principalmente para a soldagem de aços carbono e aços liga, mas também é aplicável a
aços inoxidáveis austeníticos, e outros metais e ligas que são soldáveis pelos processos
MIGIMAG. A espessura do metal de base pode variar numa faixa de 10 a 100 mm. Usualmente,
quando a espessura é superior a 75 mm, o processo de soldagem eletroescória é mais
recomendado que o processo eletrogás.

42
s Curso de Inspetor de Soldagem - processp's de Soldagem

Quanto maior a junta a ser soldada, maior é a eficiência deste processo/Para soldagem d
campo, por exemplo, juntas verticais de tanques de armazenamento de gn:vfde porte, o proces
elimina o grande trabalho e o custo da soldagem manual.
'-' As variáveis de soldagem do processo eletrogás são similares às do proq{sso por eletroescória.
'-'
A energia normalmente usada, no processo eletrogás, é de corrente tínua, polaridade i!]\lersa.
'-' Fontes de energia usadas para soldagem eletrogás são usualme na faixa de 750 g 1000 A
para ciclo de trabalho de 100% (uso contínuo).
-
~
Neste processo, o calor do arco elétrico deve ser aplicado n' rmemente através;(ia junta com
chapas de 30 a 100 mm de espessura, a pistola de soldage é oscilada hOriZ nt (mente sobre a

partes da raiz. A oscilação horizontal não é usualmente m;éessária para chap ~


poça de fusão para realizar uma deposição uniforme do mytal e a fusão compl a de ambas as
menores que 30
mm de espessura.

-
'-' 7.5- DESCONTINUIDADES INDUZIDAS PELO PRQCESSO

A soldagem eletrogás é basicamente um process de soldagem MIG . AG ou com arame tubular.


Todas as descontinuidades encontradas nas oldas feitas pelos dois processos podem ser
encontradas em soldas feitas com a solda m el~ás. Ent tanto, a causa de algumas
descontinuidades, tal como falta de fusão, po e ser q;fefJlje na s dagem eletrogás.

. Inclusões de Escória

o processo é usualmente um ~Q Qésffe, sim a remoção da escória não é requerida. A


'velocidade de solidificaçã da solda~ativa ente baixa. Há um tempo grande disponível para a
escóriafundida flutuar p superfície da po de fusão. Entretanto, quando é utilizadaa oscilação
do eletrodo, a escória de solidificar-se p cialmente perto de uma sapata enquanto o arco está
perto da outra sapa . Quando o arco r. toma, a escória pode ser incorporada se ela não é
refundida.

.
Eletrodos t Dularescontém ele entos desoxidantes e desidratantes na alma. Uma combinação
do gás de roteção e compos s formadores de escória da alma do eletrodo, usualmente produz
uma sol a sã, livre de po idades. Contudo, se algo interfere com a cobertura do gás de
prote -', podem resultar p sidades.

Outp§scausas da poro~ade podem ser correntes excessivas de ar, vazamento de água nas
- sa/atas de retenção e ~etrodo ou gás de proteção contaminado.

uando a porosida~ é encontrada, ela usualmente começa perto das margens da solda e corre
em direção ao eix9'da solidificação.

43
t::-
Curso de Inspetor de Soldagem. Processos de Soldagem -:7 FBTS
. Trincas

Não ocorrem em condições normais de soldagem. O aquecimento e resfriamento relativamente


lentos da solda reduzem consideravelmente o risco do desenvolvimento de fissuração a frio.
Também a zona afetada termicamente tem uma alta resistência à fissuração a frio.

Se trincas ocorrem. elas são usualmente do tipo trincas a quente. As trincas se formam a altas
temperaturas. junto com, ou imediatamente após, a solidificação. Elas estão localizadas próximo
ao centro da solda.

Trincas na solda podem ser evitadas pela modificação da característica de solidificação da solda.
Isto pode ser realizado pela alteração da forma da poça de fusão, através de mudanças
apropriadas nas variáveis de soldagem. A tensão do arco deve ser aumentada, e a amperagem e
a velocidade de deslocamento decrescidas. Freqüentemente, o aumento na abertura da raiz entre
chapas pode ajudar, embora isto possa não ser econômico. Se trincas são causadas pelo alto
carbono ou alto enxofre no aço, a penetração do metal de base deve ser mantida baixa para
minimizar a diluição do metal de base na solda. Além disso, um eletrodo com alto teor de
manganês pode ser usado para soldagem de aços de alto enxofre.

Além dessas descontinuidades temos que observar.

- a alta taxa de deposição deste processo implica em alto risco de falta de fusão. e

- a soldagem eletrogás, a exemplo da soldagem por eletroescória, apresenta o problema do


superaquecimento: a granulação grosseira da solda e de regiões adjacentes apresenta
propriedades deficientes no que se refere à tenacidade. Toma-se pois necessário um tratamento
térmico após a soldagem.

A Figura 5.22 resume as principais características do processo de soldagem eletro-gás.

"

44
Curso de Inspetor de Soldagem . Processf}'s de Soldagem

Figura 5.22 - Soldagem eletrogás (Electro Gas Welding - EGW)


--
--
--
'-"

'-'

.........
II Guia

"--'

.........

'-"

'-"

CUSTO DO EQUIPAMENTO: 20

(Soldagem clelet.revestido=1)

CARACTERlsTICAS:
TAXA DE DEPOSiÇÃO: 10kg/h
ESPESSURAS SOLDADAS:10 ' rame sólidoou tubular.
POSiÇÃO DE SOLDAGEM: p,
TIPOS DEJUNTA de topo,
de ângulo
DILUiÇÃO:50 a 60% * .

APLlCAÇOES TiploAs NA INDÚSTRIA DJÓPETRÓLEO E PETROQUiMICA:


Soldagem de juntêi{verticais de tanques le armazenamentos.

LlMITAÇÓES:

- Taxa de d,posição elevada (em - Limitadaà posição vertical.


solda-sealjuntas de um tan, '

. Baixatenacidade ao entalhe do metal de


- Perm~é a soldagem de charJ1tos em
solda e da ZAC(granulação grosseira).
V.Dis~nsa a preparação de~hanfros.

o de radiação ultra-violetae projeções metálicas.

recomenda-se eletroescória
recomenda-se eletrogás

45

,
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem I::-
-.;7FBTS

8 - SOLDAGEM A GÁS (OXYFUEL GAS WELDING OFW) -


8.1- DEFINiÇÃO

Conjunto de processos de soldagem por fusão nos quais o aquecimento é produzido pela chama
resultante de uma misturaentre um gás combustívele oxigênio (comburente).
8.2- FUNDAMENTOS DO PROCESSO

Soldagem a gás é todo processo que utiliza um gás combustível combinado com oxigênio para
efetuar a união de metais. A fonte de calor, sendo uma chama, é menos potente que o arco
eletnco. O aquecimento da peça exige um tempo maior, permanecendo a peça por mais tempo
em altas temperaturas.

A soldagem pode ser realizada com ou sem pressão, e com ou sem metal de adição. A Figura
5.23 mostra esquematicamente este processo.

Sentido de Soldagem

Bicodo Ma""rico
.....
.
Metalde Adição 1/ de Soldagem

S ~ r
&\\\~\\\\\\\\<\~
(vareta>

~
~

'/ ~
Dardo

Penacho .
Metal de Solda Fundi d o

-
Metal de Solda

- Sol;d'.-
Metal de Base

Figura5.23 - Processo de Soldagem à gás

8.3- EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM

O equipamento necessário para este processo varia muito, dependendo da aplicação e do tipo de
combustível usado. O equipamento básico é mostrado na Figura 5.24. Este consiste de cilindros
de gás combustível e cilindrosde oxigêniocom reguladores para cada mangueira, e de maça rico
de soldagem. O maçarico desempenha a função de misturador do gás combustível com o
oxigênio para prover o tipo de chama adequado para a soldagem. Este, além da conexão de
mangueira e de um manipulador,contém válvulas de oxigênioe gás combustível para regulagem
da mistura.

46
Curso de Inspetor de Soldagem . Processosftie Soldagem

--
--
--

--

--
--

8.4- TIPOS E FUNÇÕES DOS GASES

~
Há uma grande variedade de ga es ispon'
acetileno é o preferido para a sold em. A
porcentagemmaior de carbono e so

'e o ar. Quando gasoso é instável, se sua


'anométrica sobe acima de 2 kgf/cm2. Uma
o estando presente o oxigênio. Por esta razão,

8.5- TIPOS E FUNÇ -


o metal de adi -6 para SOldagem áS é da classificação RG (vareta,gás), sem nenhuma
~
exigênciaquími específica. Um flu de soldagem é também requerido para alguns metais a fim
de manter a li eza do metal de b se na área da solda, e para ajudar na remoção de filmes de
óxidos da su rfície.

Varetas d soldagem com ári composições químicas são disponíveis para soldagem de muitos

'-- 2
metais ~ rrosos e não ferro s. A vareta é normalmente selecionada de modo a se conseguir
propri ades desejadas na olda. As varetas são classificadas na especificação AWS A 5.2 com
base m sua resistência m cânica.

--

-
47
&:-
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem -::1 FBTS

8.6- CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES


'-'
A soldagem a gás pode ser à direitaou à esquerda:
. Soldagem à direita - a vareta desloca-se atrás da chama, no sentidoda soldagem.É um
processo rápido e econômico.

. Soldagem à esquerda - a vareta desloca-se à frenteda chama, no sentidoda soldagem.É


um processolentoque consomemuitogás, porémproduzsoldas de bomaspecto e é de fácil
execução.

8.7- TIPOS DE CHAMA

Uma chama de soldagem apresenta duas regiões (ver Figura 5.25).

. -
Cone (ou dardo) de cor azulada, onde ocorre uma combustão incompleta,também dita
combustãoprimária:

Em temperatura elevada há dissociação do hidrogênio molecular em hidrogênio atômico e


fomecimento de energia: H2 2H + energia.

. Penacho - região mais comprida,que envolveo cone, e onde a combustãose completa.


Nestaregiãoocorrem as combustõessecundáriassegundoas equações:

o pontode temperatura mais alta encontra-se no penacho, a aproximadamente 2 mm do cone. A


peça deve se situar nesta região para uma soldagem mais eficiente.A atmosfera protetoraé
formada pelos gases de combustão.

Se chamarmosde! a relação entre o volume de oxigênio e o volume de acetileno participantes


=
da combustão (! 02/~H2), podemos definir três tipos de chama (ver Figura 5.25).

. Chama Normal - quando temos! =1.


. Chama Redutora - quando! < 1, isto é, temos maior quantidade de acetileno. Da combustão
incompleta, no cone, resultará um excesso de hidrogênio e de carbono livre (~ H2 + O2 -7
2CO + H2+ C), aumentando o teor de carbono do metal de solda. No caso da chama redutora,
nela aparece uma terceira região, sem nome, entre o cone e o penacho e de luminosidade '-
característica e intensa.

. Chama Oxidante - quando! > 1. Há sobra de oxigênio. A atmosfera, rica em oxigênio,


oxidará o metal. A chama oxidante, por ser mais turbulenta, apresenta um ruído característico.
'-

'-
48
'-'
FEn"S Curso de Inspetor de Soldagem -Processo# de Soldagem
'-'

'-'
f
11

- RELAÇÃO
DE
TIPO
DE FORMA DA CHAMA
. APLlCAÇ6ESI
CARACTERiSTICAS,

-
11 CONSUMO CHAMA
PENACHO

- II
!=1 NORMAL
OU
'-' II I
NEUTRA. I DARDO BRANCO, BRILHAN
'-' ARREDONDADO.

'-' I - cmenos qu-


rIJA [; ,'k,úl "7"6
- na dagem do aço car-

- bo o fomece uma junta


'-' 11
!<1 I REDUTORA
" I I -.. - - -- -1-.. -..
""'- .-
rosa e quebradiça.
I .....nchimentosduros

'-'
11 I I / fi
'-' 11 I I -máxima temperatura de
.., """ ,=' to '/ I chama:!= 1,25a 1,5
!>1 I OXIDANTE
I 312.CoC - / "- / I -rufdo caracterfstico.
- soldagem do aço: junta

- I I / # #
/ I
queimada, grande quan-
tidade de óxidos

-soldagem do latão
'-'

A soldagem a gás é nonnalme :e}apli carbono, aços liga e ferros fundidos. Na


i e os de pequeno diâmetroe espessura, e na
d

~
indústria do petróleo é utilizad so"~
soldagem de revestimento re st n sã. de porém,ser utilizadana soldagemde outros
materiais variando-se a té . ,p Et
er;)o ratamentoténnicoe uso de fluxos.

'--
. é relativamentebé
. altamente portá. ;
'-' . soldagem po vel em todas as po rções;
.
- o equipame o é versátil: capa, <:fadede ser usado para. várias outras operações, como

- . brasagem, rte a chama, fonte e calor para preaquecimento, etc.


pode ser sado para soldar es essuras finas e médias.

- ~svantagem do prpcesso é o grau relativamente alto da habilidade requerida do

~
A O agem a gás é bepl aceita para união de seções finas de tubo e chapa de diâmetros
pe enos. Soldas em sJções espessas não são econômicas,mas podem ser adequadas para
s içosde reparos.
~ soldagem a gásft um processo manual;assim o soldador deve controlara temperatura,a
posiçãoe direção)lachamae tambémmanipularo metalde adição.

'-
49
Curso de Inspetor de Soldagem . Processos de Soldagem
~
-;;7FBTS

Neste processo, o projeto da junta é uma variável importante que deve ser levada em
consideração.Maioraberturada raizde certasjuntasé necessária para permitirpenetraçãototal.

8.8- DESCONTINUIDADES INDUZIDAS PELO PROCESSO

As descontinuidades mais comumente encontradas na soldagem a gás são: porosidade, inclusões


de escória, falta de fusão, falta de penetração, mordedura, sobreposição e várias formas de
trincas. É bom lembrarmos que uma técnica adequada pode eliminarmuitosdesses problemas.
. -
Falta de Fusão geralmenteocorre na margemda solda; freqüentementeocorre quando
utilizamosindevidamentea chama oxidante.Pode ocorrertambémcom a utilizaçãoda chama
apropriada,se manipuladade formaerrada.
. Inclusões de Escória. ocorre normalmentecom a chama oxidante;às vezes com a chama
normal.A manipulaçãoinadequadado metalde adiçãotambém pode provocarinclusõesde
escória.
. Porosidade -se uniformementeespalhada, revela uma técnica de soldagem imperfeita.
. Mordeduras e Sobreposições - são falhas também atribuídas diretamente ao soldador.
. Trincas. na soldagem a gás são devidas à fissuração a quente. O aquecimento e
resfriamento lentos, permitindo a difusão do hidrogênio, descartam a possibilidade da
fissuraçãoa friooupelohidrogênio~ DSVt'ev .c. At..-,t::>.~ ~iV~ USA.06.

A Figura 5.26 resume as principaiscaracterísticas dasoldagema gás.

-"

50
Curso de Inspetor de Soldagem . Proc

Figura 5.26 - Soldagem a gás (SOG) SFÁ/A - 5.2-


"-'
'-'

'-'
/ Metal de Adição
Maçarico\
"-'

"-'

EQUjF'AMENTOS: Cilindros de Oxigênio e


de
CUSTO DO EQUIPAM .~ Combustível, Válvulas e Expansores,
(Soldagem delet. revestrdcf = 1 açarico.
TAXA DE DEPOSIÇÃO:O,
ESPESSURAS SOLDAD.
'<.J
POSiÇÕES: TOdas
7 Oxigênio

DILUIÇAO:2 a 20%
~
TIPOS 9E JUNTAS. T das
m material de adi o)
100% ( m material de adi ) -
Gás combustível
Vareta
Fluxos
OES TíPICAS NA DÚSTRIA DO PETRÓLEO E PETROQuíMICA:
Soldagem de t os de pequeno di~metro e espessura
Soldagem e revestimentoresistentes à abrasão.
~

LlMITAÇÓES:

- Baixo sto; - Requer habilidade do soldador;


- Port' I; . Taxa de deposição baixa;
. Nã demandaenergia~trica; - Superaquecimento.
.C ntrole de Operaçã

51
"
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem &:...
"'7 FBTS

-
9 DESCONTINUIDADES INDUZIDASPELOS VARlOS PROCESSOS

A tabela 5.1 a seguir, indica as descontinuidades mais usuais que podem ser encontradas, em
-
função do processo de soldagem utilizado.

TIPO DE DESCONTINUIDADE
PROCESSO
DE Falta de Falta de Mordedura Sobre- Trinca
Porosidade Inclusão
SOLDAGEM Penetração Fusão Posição

(SAER) X X X X X X X

(SAS) X X X X X X X

X Inclusão de X
(SAGT) X
Tungstênio
(SAGC) X X X X X X X

(SOG) X X X X X X X

Eletroesc6ria X X X X X X

Eletrogás X X X X X X

Tabela 5.1 - Descontinuidades comumente encontradas para os válios processos de soldagem

-
10 PROCESSOS DE CORTE

o corte é uma operação que antecede a soldagem. Um processo de corte é o que separa ou
remove metais. Veremos a seguir três processos de corte por meio do calor:

-Oxicorte (Oxygen cutting OC) -


-Corte com eletrodo de carvão (Aircàrbon are cutting AAC) -
-Corte a plasma (Plasma arc cutting - PAC)

10.1-OXICORTE(!dfAÇAf> é XO,6e1YJ iCA)


É um processo de corte onde a separação ou remoção do metal é acompanhada pela reação
químicado oxigêniocomo metala uma temperaturaelevada.os óxidosresultantesdessa reação
(F~ ÜJ -FeO - FB304),tendo pontode fusão menorque o do metal,-fundem-see escoam. Como
escoamentodos óxidos,boa quantidadedo metalé oxidadoe o processocontinua.
A temperatura de ignição é atingida pelo preaquecimento com chamas de gás combustível -
oxigênio,usualmenteposicionadasao redordo furode saída de oxigênio.
o maçarico de corte associa a ação de um jato de oxigênio com uma chama oxicombustível de
aquecimento. Esse jato de oxigênio, de alta velocidade, provoca a reação de combustão, e a
-
abertura de um rasgo na peça pela movimentação conveniente do maçarico (sangria de corte).

Este processo não é aplicado a aços que contém elementos de liga que produzam óxidos
-
refratários.

Da operação de corte resultam duas conseqüências:

52
Curso de Inspetor de Soldagem - Processo~ de Soldagem

. Deformação -o aquecimento localizadoda peça sem que a mesma tenh Iberdade total para
expandir-se,da origem a tensões e deformações. Como regra ge ,para aumentar -

liberação de expansão, o corte deve iniciar-se e prosseguir o máxim possível sempre p~ro
lado mais próximoà bordas das peças, que apresenta menor rigide , ver exemplo na fia!Jra
5.27).

borda da chapa

-
O
".

~8

Figura 5.27 - Sentido

. Modificações químicas e metalúrgicas - (região de corte é s}lbmetidaa altas temperaturas


em um meio químicobastante oxidante. G6nstat~í um epfiquecimento de carbono como
resultado da oxidação preferencial do fe

A remoção da camada enriquecida de ria; é porém aconselhável no caso


de peças que serão submetidas a soli .

. Funções da chama de preaq

As funções da chama de prea


.
.
.
.

A seleção de

~a s combustíveisq~ deve ser considerada para escolher o combustívelde


preaquecimento baseada em inúm~fasconsiderações,-Íaiscor:no,disponibilidadedo gás, custo,
e tranqüilidade e manuseiocom re;fpeitoà segurança.

..

têm características inerentes que devem ser consideradas para a

53
-
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem
&:-
-::7 FEJTS

. Acetileno
'-"

É largamente usado como um gás combustível para oxi-corte e também para soldagem. Suas '-"
principais vantagens: são disponíveis, chama de temperatura alta e familiaridade dos usuários
com as características da chama.

A chama de temperatura alta e as características de transferência do calor da chama


oxiacetilênicasão particularmenteimportantespara cortede chanfros.
'-"

Uma outra vantagem de operação é que o tempo de preaquecimento é uma pequena fração do
tempo total de corte, o que é importante quando se faz pequenos cortes. O acetileno no estado
livre não pode ser usado a pressões manométricas maiores que 103 KPa (15 psi) de pressão
absoluta. A altas pressões ele pode decompor-se de forma explosiva, quando exposto a calor ou
choque.

. MetilAcetileno - Propadieno Estabilizado (MPS)

Este é um combustível liqüefeito,similarao acetileno, porém estabilizado, que pode ser estocado
e manuseado similarmente ao propano líquido. É uma mistura de vários hidrocarbonetos,
incluindopropadieno, propano, butano, butadieno, e metil acetileno. A mistura gera mais calor que
propano ou gás natural.

Este gás é muito similar em suas características ao acetileno, porém requer cerca de dois
volumes de oxigêniopara um volume de combustível para uma chama neutra de preaquecimento,
enquanto que o acetileno necessita de apenas um volume de oxigênio.Assim, o custo do oxigênio
será maior quando o gás metil acetileno-propadieno é usado em lugar do acetileno. Para ser
competitivo,o custo deste gás deverá ser menor que o do acetileno.

o gás MPS tem uma vantagem sobre o acetileno para corte debaixo da água em grandes
profundidades. Como a pressão absoluta de saída do acetileno é limitadaa 207 KPa (30 psi), ele
não pode ser usado abaixo de aproXimadamente9 m de água. Por outro lado, o MPS pode ser
usado a grandes profundidades.

Para uma aplicação subaquática específica, o MPS, o acetileno e o hidrogêniodevem ser


apreciadosna escolha do combustívelde preaquecimentoadequado.

. Gás Natural

A composição do gás natural depende da sua fonte. Seu principal componente é o metano.
Quando o metano queima com oxigênio,a reação química é:

Um volume de metano requer dois volumes de oxigêniopara uma combustão completa. A


temperaturada chama com gás naturalé menorque a da chama com acetileno.Ela também é
maisdifusae menosintensa.

Devidoà temperatura da chama ser mais baixa, o que resulta em baixa eficiênciade aquecimento,
grandes quantidades de gás natural e oxigênio são requeridas para produzir a mesma taxa de
aquecimento obtida com oxiacetileno. Geralmente, são necessários maiores tempos de
preaquecimento com gás natural que com acetileno.

54
'S Curso de Inspetor de Soldagem - Processo§ de Soldagem

Para competir com o acetileno, o custo e disponibilidadede gás natural e)le oxigênio, o alto
consumo de gás e o tempo longo de preaquecimento devem ser conside d ~.

Os projetos do maça rico e do bico para o gás natural são diferentes d


~-
ueles para acetilen$f. A
condição de pressão do gás natural geralmente é menor e as rel~ es de combustão' são
diferentes.

. Propano
........

o propano é usado regularmente para corte devidoà sua dispnibilidadee ao seu oder calorífico
ser muito maior que o do gás natural. Para uma combustão ropriada durante o rte, o propano
requer 4 a 4,5 vezes seu volume em oxigênio de preaque mento. Este requi . o é parcialmente
compensado pelo seu alto poder calorífico. Ele é esto. do em forma líq tia e é facilmente
transportável para o serviço.

. Propileno

~
similarao propano em muitos aspectos, mas m um~ma
É
Este gás compete com o MPS para quase Od s o serviços em u se usa gás combustível. É
de mperatura maior. Um volume
de propilenorequer cerca de 2,6 volumes de xigênid'lfaraJse ob r uma chama neutra. O bico de
corte é similarao utilizadopara o MPS.

. Gasolina

A gasolina é usada como combustí: se ma~rico de corte e bico de projeto específico


para este fim. A chama é altam P rt 'f1toapropriada apenas para utilização em
cortes. A chama de alta tempe
é armazenada num recipiente
antes de entrar em combustãc.
~
r a com espessura de até 360 mm. A gasolina
a o líquido,porém vaporiza no bico do maçarico

É umprocessod

~
rte a arco em u os metais a serem cortados são fundidos pelo calor de um
arco entre o ele do e a peça. Umj de ar comprimidoremove o metal fundido. Normalmenteé
um processo manual usado e
automaticam te.
todas as posições, mas pode ser também operado

o proce pode ser usad iÍ1aços e alguns metais não ferrosos. É comumente usado para
i1 f
goivage . de soldas, para re ros de defeitos de soldas e reparo de fundidos. O processo requer
uma h ilidadede corte rela vamente alta.

~
Natoivagem de SOld S . necessário proceder a uma limpeza posterior, para remoção do carbono
d~ositado. Normalme te, a limpeza por esmerilhamento é satisfatória. A Figura 5.29 mostra as
'ncipais característi s do corte com eletrodo de carvão.

........

55
'-
-

t::.. -'
Curso de Inspetor de Soldagem . Processos de Soldagem
? FBTS '-'"

10.3- CORTE A PLASMA

o corte a plasma usa o calor de um arco de plasma (aproximadamente 15.000° C) para cortar
qualquer metal ferroso ou não-ferroso.

É um processo de corte que separa metais pela fusão de uma área localizada sob um arco
constrito e a remoção do materialfundido com um jato (de alta velocidade) de gás ionizado quente
saindo de um orifício. Pode ser usado em corte manual com um maçarico portátil ou em corte
mecanizado utilizando-se máquinas extremamente precisas, com dispositivos de traçagem
especiais. É usado para corte de aços e metais não ferrosos numa faixa de espessura de fina a
média. É indicado no corte de peças que contém elementos de ligas, que produzem óxidos
refratários, por exemplo, aços inoxidáveis e alumínios. O processo requer um menor grau de
habilidade do operador, em relação ao requerido para o oxicorte, com exceção do equipamento
para corte manual, que é muito mais complexo.

o processo de corte a plasma usa um arco constrito atirado entre um eletrodo resfriado a água e a
peça. O orifício que restringe o arco também é refrigerado a água. A corrente utilizada é a corrente
contínua, eletrodo negativo.
O arco elétrico poderá ser também do tipo não-transferido.

A qualidade do corte a plasma é superior aos outros tipos de corte por meio de calor devido ao
jato de plasma a alta temperatura.

A Figura 5.30 mostra um resumo das principais características do corte a plasma.

~I

-
-

56
'S Curso de Inspetor de Soldagem . Processo.l de Soldagem

Figura 5.28 - Oxicorte (Oxygen Cutting - OC)

Maçaricode Cone

TIPO DE OPERAÇÃO:
Manual ou Automática

CARACTERíSTICAS:

VELOCIDADE DE CORTE:
ESPESSURAS CORTADAS: 1
POSiÇÕES: Todas Gás combustível
CUSTO DO EQUIPAM!NTO: 0,2
(Soldagem com eletrgáo revestido =1)
ÚSTRIA DO PETRÓLEO E PETROQuíMICA:

apas de aço carbono e de baixa liga. Tubos

LIMITAÇÕES:

. Limitadosaos aços carbono e de baixa


liga;
- Distorçães da peça;

lerada devido ao enriquecimento de O2 na atmosfera

57
'-'

c... ,
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem -;;1FBTS

Figura 5.29 - Corte com eletrodo de carvão (AirCarbon Arc Cutting - AAC)

Poru-Eletrodo
Eletrodo de eervio

Arco-EI6trico comprimido

TIPO DE OPERAÇÃO: EQUIPAMENTOS:


Retificador,Gerador, Transformador
Manual ou Automática Suprimento de Ar Comprimido
Porta-Eletrodoespecial p/Jato de Ar

CARACTERíSTICAS: CONSUMíVEIS:

ESPESSURAs: ilimitada
POSiÇÕES: Todas -Eletrodo de carvão revestido de cobre.
FAIXADE CORRENTE:80 a 160ct

APLlCAÇOES TíPICAS NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO E PETROQuíMICA:

Goivagem em soldas de topo em tanques e vasos de pressão em aços carbono e aços de


baixa liga.
Remoção do clad de aço inoxidávelde chapas cladeadas.

VANTAGENS: LlMITAÇOES:

-Corte rápido; -Corte impreciso;


- Usa osmesmos equipamentos da - Risco de Contaminações (Cu do
soldagem com eletrodo revestido eletrodollíquido expulso pelo ar, rico em
carbono).
- A operação requer limpeza logo a seguir.
,
SEGURANÇA:

-Emissão de radiações visíveis e ultravioleta


- Projeções em alta temperatura. '-
- Nível excessivo de ruído

58
'-
Curso de Inspetor de Soldagem - Process9's de Soldagem

Figura 5.30 - Corte a Plasma (Plasma Are Cutting - PAC)

TIPO DE OPERAÇÃO:

Manual ou Automática

CARACTERíSTICAS: NSUMíVEIS:
- Gás de plasma
. Argõnio(Titânioe Zircônio)
. Nitrogênio/misturasN2+ H2ou Ar + H2
ESPESSURAS: 3,2 a ,mm (metais não-ferrosos)
'-' : 70 a 1000A . Arcomprimidoou Nitrogênio(aços
carbono)
2- Gás de proteção
CO2ou Ar (aços C)
CO2 (aços in~xidáveis)
Ar+ H2(alumínio)
'-'
AI1L1CAÇOESTíPIC NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO E PETROQuíMICA:
aços carbono, a inoxidáveis e alumínio.
LIMITAÇÕES:

: brilho do arco, salpicos, fumaças.

59
Curso de Inspetor de Soldagem - Processos de Soldagem
~
.-;7 FBTS

11- EQUIPAMENTOS E TÉCNICAS DE PRÉ E PÓS-AQUECIMENTO E DE TRATAMENTO


TÉRMICO

11.1- FUNDAMENTOS DO PROCESSO

Com o intuito de esclarecer em que consistem o preaquecimento e tratamento térmico, daremos a


seguir algumas noções básicas sobre estes. Uma abordagem mais completa sobre suas
vantagems e desvantagens e seus objetivos deve ser procurada no MÓDULO 6 - Metalurgia da
Soldagem.

. o preaquecimento consiste no aquecimento da junta numa etapa anterior a soldagem. Seu


principal objetivo é reduzir a velocidade de resfriamento da junta soldada. Em conseqüência,
diminui a tendência de formar martensita (em metais ferríticos). Além de reduzir o nível das
tensões de contração, o preaquecimento possibilita ao hidrogênio, quando presente, a
difundir-separa fora da solda (efeito secundário).

. o pós-aquecimento consiste na manutenção da junta soldada, após a soldagem, a uma


temperatura acima da temperatura ambiente, por um período de tempo determinado. Seu
objetivo principal é aumentar a difusão do hidrogênio.

. o tratamento térmico de alívio de tensões consiste em se aquecer uma peça ou equipamento


a uma temperatura determinada, durante um certo período de tempo observando-se
velocidades de aquecimento e resfriamento convenientes. Tem por objetivo principal promover
uma diminuição das tensões residuais da peça ou equipamento. Pode, também, promover o
revenimento da martensita, que algumas vezes resulta da operação de soldagem.

Para que o tratamento térmico de alívio de tensões alcance seus objetivos é necessário que:

. a taxa de aquecimento seja uniforme e controlada, para dar um baixo gradiente térmico,
permitindo a dispersão de calor no material e evitando a introdução de tensões residuais
devido a efeito térmico no materiql;

. a temperatura de tratamento (temperatura do patamar) seja controlada e oscile apenas dentro


de limites pré-determinados;

. o tempo de permanência na temperatura de tratamento seja controlado e não seja excedido


em demasia;

. a taxa de resfriamento seja uniforme e controlada, pois o resfriamento não uniforme pode
gerar tensões residuais no material. A taxa de resfriamento alta tende a provocar trincas.

11.2- TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS

Para se efetuar um tratamento térmico, um método que representa uma solução tecnicamente
perfeita é a utilização de um fomo. No entanto, freqüentemente, as dimensões das peças ou
equipamentos impedem sua entrada no fomo, e em outros casos impõe-se o tratamento de soldas
em elementos que fazem parte de grandes e extensas construções, tais como tubulações, torres
de destilação, vasos de pressão, etc. Nesses casos, e dependendo das normas e condições de
segurança, pode ser efetuado um tratamento térmico localizado.

Existem diversos métodos apropriados para a aplicação de aquecimento e tratamento térmico -


localizados,tais como:

60

,.
Curso de Inspetor de Soldagem - Processosfte Soldagem
",.

J
/ '"
-/leé- ÁCUGC/iMENTO = lCS_L1GcUECI;'V~d" 7()
. aque~mentoporind~~o;. ,. - RElJ-['zíR t. l/é{CC/C.~{)6 - j)/; ( '$4 C' 7)0
. aqueCimentopor reslstenClaeletrica; f'tL D RIo fiJEIt' 7L Lt/l ~. .
'
. aquecimentoporchama. ~ ,..{::!.eÇ-;C, I {., GEMI C
T4NOC
<> Á /'/lLJ/.d 7éNs/7,4
MIC(dJ éS71lL' 7t../~A
. Aquecimento por indução " c
rIM S/1- - (

~ ,,1J{![)4R. /)/~(. ~ ~C' L>C#I!)"


-- A comparação com o funcionamento de um transformador é o.
aquecimento por indução.

Aplicando-se uma tensão alternada ao primário do transfLador, será indu""" um fluxo


magnético no núcleo, o qual por sua vez induziráuma tensão ?c; ~~ndário (ver F~; 2.31)

enrolamemo
enrolamento I
secundário
prim6rio

;1

Figura5.31/FunCio~'4Irjó d t físformador 1

Transferindo-se este princípiopa


flexível, colocado na região
aq
old
ci z
i?ítopor' dução (ver Figura 5.32) vê-se que o cabo
'as espiras ao redor da peça, representa o
1
I

enrolamento primário.A cama. . I a e ,na região do enrolamento, representa tanto o


núcleo como o enrolamento eu d . ti. tra sf adoro Quando se aplica ao cabo uma tensão
alternada de freqüência ap priada,. ed ça dentro da região do cabo se aquece, devido à 1
contínua inversão m gné . e devido corre es de Foucault induzidas.

~
1
A freqüência influi profundidade d penetração das correntes induzidas, entretanto,
considerando-se qu o tratamento térmi. de aços é um processo demorado, a influência da
conduçãotérmicaI) materialé maior.~üências maiscomumente usadassão60e 400Hz. I

Vantagensdo ajuecimento por inducao: i

. São po eis altas velocidad de aquecimento.


. Tempe turas podemser troladasnumafaixaestreita.
. Um .uecimento localiza não é produzido.
. As binastêmumavid onga.

o custo inicialé a -,
Afontede ene;al é grandee menosportátilque outrasfontesde aquecimento.

61
.......

t::... .......
Curso de Inspetor de Soldagem . Processos de Soldagem -:7 FEITS

_. --- .. ~-

Figura5.32 - Aquecimentopor indução

. Aquecimento por Resistência Elétrica

o método de aquecimento por resistência elétrica funciona com o uso de fios ou fios feitos de
materiais que tenham uma resistência elétrica alta, apoiados ou enrolados ao redor das regiões a
serem tratadas e ligados à fonte de energia elétrica. Uma camada de isolamento cobre a
superfície externa das resistências, a fim de se reduzir a perda de calor por radiação. O
aquecimento se realiza mediante a condução do calor produzido pelo fio resistor, para o material
cujas tensões devem ser aliviadas.

Vantagens do aquecimento por resistência elétrica:

. Aquecimentocontínuo e uniforme.
. Aquecimentopode ser mantido durante a operação de soldagem.
. Temperatura pode ser ajustada rapidamente.
. Soldadores podem trabalhar com relativo conforto e não precisa parar para ajustar a
temperatura de preaquecimento.

Desvantagens:
. Alguns elementos do método podem queimar-se- durante um tratamento térmico,
interrompendoou dificultandoo tratamento.
. Podem ocorrer aberturas de arco entre a resistência e a peça tratada.

A Figura5.33 mostra um esquema de tratamento térmico por aquecimentocom resistência


elétrica.

A Figura 5.34 mostra um esquema de preaquecimento de tubulação através de aquecimento por


resistência elétrica.

62

,.-.
.......
Curso de Inspetor de Soldagem - Proc de Soldagem
.......

......

.......

rmico por Resistência Elétrica

Terminal de Aço Inoxidável

>- Termopar
--

igura 5.34 - Esquema de preaquecimento por resistência elétrica

63
-
&:..
-
Curso de Inspetor de Soldagem . Processos de So/dagem -::1 FBTS '-'

. Aquecimentopor Chama
'-'
No aquecimento de soldas com uma ou mais chamas (tochas), a quantidade e a concentração do '-'
calor transferido para a solda depende não apenas da quantidade de combustível consumido e da
eficiência da combustão, mas do ajuste da chama, da distância entre a chama e a solda, da
manipulação da chama, e do controleda perda de calor para a atmosfera.

o aquecimento por chama é um método conveniente, eficiente e econômico de tratamento


térmico. É especialmente adequado para serviços no campo em peças relativamente pequenas.
Este método deve ser executado com cuídado e por operadores experientes ou sob supervisão,
porque se o aquecimento é aplicado inadequadamente pode-se perder a solda.

A fonte de calor é produzida pela queima de um gás combustível misturado com o ar ou oxigênio.

Vantagens do aquecimento por chama:


.. Baixocusto.
Portátil.

Desvantagens:
. Precisão e repetibilidade mínimas.
. Distribuiçãode temperatura pouco uniforme.
. Uma grande quantidade de operadores habilidosoé requerida.

A Figura 5.35 mostra uma instalação de tratamento térmico de aquecimento por chamas.

Figura 5.35. Tratamento Térmico por Anel de Gás

......

64
Curso de Inspetor de Soldagem . Processo I de Soldagem

. Aquecimento por Material Exotérmico

A maioria dos tratamentos térmicos localizados de solda empregam uma

~ te de calor que pope


ser controlada para se obter o ciclo térmico desejado. Estes processos tilizam elementos .d'ue
podem ser reutilizados,mas que requerema atenção de um operador du nte o tratamento.

o sistema de aquecimento exotérmico emprega uma fonte de


consumível, que não requer muita mão-de-obra na sua instalação.
tomo de 1 a 2 homens-hora.

- o material exotérmico produz calor pela reação controla9á de uma mistu


desprende calor em conseqüênciada reação, que pode ser, p6r exemplo:

....
Vantagens deste processo:

. Nenhum custo de equipamento.


. Nenhum operador requerido durante o tratame
. Portátil.

Desvantagens:

.
.

65

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