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“Flat-top”
Grue à Tour “Flat-
“Flat-top”
“Flat-
“Flat-top” Tower Crane
“Flat-top” IT42
Grua de Torre “Flat- IT42f
irmãos tavares
Irmãos Tavares Lda. Malaposta 4520-506 SANFINS Telefone: 256 910 140 Fax: 256 910 149 http://www.irmaostavares.com/
irmãos tavares MANUAL DE INSTRUÇÕES
ÍNDICE
1 INFORMAÇÕES GERAIS 4
1.1 Identificação do equipamento 5
1.2 Objectivos 5
1.3 Indicações gerais sobre segurança 6
1.4 Indicações gerais de utilização 7
1.5 Normas aplicáveis 16
1.6 Marcação CE 18
2 CARACTERISTICAS TÉCNICAS 19
2.1 Generalidades 20
2.2 Estrutura metálica 24
2.3 Mecanismo de elevação 25
2.4 Mecanismo de orientação 26
2.5 Mecanismo de distribuição 28
2.6 Cabos de aço 29
2.7 Tambores e roldanas 30
2.8 Acessórios de lingagem 31
2.9 Contrapesos 32
2.10 Instalação eléctrica 36
2.11 Dispositivos de segurança 36
3 TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAMENTO 39
3.1 Transporte 40
3.2 Movimentação 40
3.3 Armazenamento 40
4 INSTALAÇÃO 41
4.1 Local de serviço 42
4.2 Instalação da base 44
4.3 Enrolamento dos cabos de aço 47
4.4 Ligações eléctricas 48
5 MONTAGEM E DESMONTAGEM 50
5.1 Generalidades 51
5.2 Montagem da grua 52
5.3 Desmontagem da grua 61
6 UTILIZAÇÃO E REGULAÇÃO 62
6.1 Qualificação do operador 63
6.2 Comandos 64
6.3 Sinais de comunicação 66
1 INFORMAÇÕES GERAIS
Cliente:
Modelo:
N.º de Série:
Ano de Fabrico:
1.2 Objectivos
Este Manual de Instruções destina-se a esclarecer os utilizadores deste equipamento acerca dos
procedimentos de montagem, uso e manutenção e dos eventuais riscos que a máquina apresenta.
Este documento deve sempre acompanhar a máquina e deve estar à disposição dos operadores da
grua, devendo ser lido integralmente por estes antes de iniciar qualquer operação.
A seguinte lista apresenta genericamente os vários riscos que são aplicáveis nas gruas de torre:
• Riscos mecânicos, eléctricos e térmicos;
• Riscos provocados por ruído;
• Riscos provocados por radiação;
• Riscos provocados por substâncias perigosas;
• Riscos provocados por mau desenho ergonómico;
• Riscos provocados por arranques intempestivos;
• Riscos provocados pela impossibilidade de parar a máquina em segurança;
• Riscos provocados pela variação da velocidade de rotação de ferramentas;
• Riscos provocados pela falha da alimentação eléctrica;
• Riscos provocados pela falha do circuito de comando;
• Riscos provocados por erros de montagem;
• Riscos provocados por ruptura durante o serviço;
• Riscos provocados pela queda ou ejecção de objectos ou fluídos;
• Riscos provocados por falta de estabilidade ou derrubamento;
• Riscos provocados pelo escorregamento ou queda de pessoas;
• Riscos provocados pelo movimento;
• Riscos provocados pela posição de trabalho;
• Riscos provocados pelo sistema de controlo;
• Riscos provocados pela movimentação da máquina;
• Riscos provocados pela fonte de energia ou pela sua transmissão;
• Riscos provocados por terceiros;
• Riscos provocados por instruções inadequadas.
• Antes de montar a grua, verificar se a área circundante permite a rotação completa da grua em
condições de fora de serviço;
• Montar a grua sobre uma superfície perfeitamente plana e assegurar que eventuais escavações
junto desta não criem o perigo de desabamento de terras;
• Não elevar cargas superiores à capacidade da grua e não elevar cargas em velocidade superior à
admissível;
• Não descer ou subir bruscamente as cargas do solo utilizando a velocidade mais rápida da elevação;
• Não elevar cargas de suportes instáveis, como pequenos barcos, andaimes velhos, etc.;
• Não pousar o moitão no solo; os cabos sem tensão podem danificar-se ou danificar qualquer coisa;
• Não usar por hábito o botão de STOP para parar os movimentos da grua;
• Não colocar publicidade ou qualquer outro objecto sobre a grua que aumente a superfície exposta
ao vento;
• Não elevar cargas com superfície superior à admissível (1m2/ton); ter atenção à velocidade do vento
e interromper o trabalho quando a velocidade se aproxima do máximo admissível (70 km/h)
procedendo conforme descrito nos pontos 22, 23, 24, 25 e 26;
• Não deixar o gancho preso a uma carga pousada no solo com a grua em condições de fora de
serviço;
• Para colocar a grua em condições de fora de serviço deve-se colocar o carrinho junto à torre, elevar
o gancho a uma altura adequada e libertar a rotação utilizando o sistema cata-vento;
• Depois de colocar a grua em condições de fora de serviço, não esquecer desligar o interruptor geral;
• IEC 60204-32:1998
Safety of machinery – Electrical equipment of machines – Part 32: Requirements for hoisting
machines.
• IEC 60439-1:2004
Low-voltage switchgear and controlgear assemblies – Part 1: Type-tested and partially type-tested
assemblies.
• ISO 2768-1:1989
General tolerances. Part 1: Tolerances for linear and angular dimensions without individual tolerance
indications.
• ISO 2768-2:1989
General tolerances. Part 2: Geometrical tolerances for features without individual tolerance
indications.
• ISO 4301-1:1986
Cranes and lifting appliances - Classification. Part 1: General.
• ISO 4301-3: 1993
Cranes - Classification. Part 3: Tower cranes.
• ISO 4302:1981
Cranes - Wind load assessment.
• ISO 4304:1987
Cranes other than mobile and floating cranes - General requirements for stability.
• ISO 4308-2:1988
Cranes and lifting appliances - Selection of wire ropes - Part 2: Mobile cranes – Coefficient of
utilization.
• ISO 4310:1981
Cranes - Test code and procedures.
• ISO 7296-1:1991
Cranes - Graphic symbols. Part 1: General.
• ISO 7296-1:1991/A1:1996
Cranes - Graphic symbols. Part 1: General. Amendment 1.
• ISO 7363:1986
Cranes and lifting appliances - Technical characteristics and acceptance documents.
• ISO 7752-1:1983
Lifting appliances - Controls - Layout and characteristics - Part 1: General principles.
• ISO 7752-3:1993
Cranes - Controls - Layout and characteristics. Part 3: Tower cranes.
• ISO 8015:1985
Technical drawings - Fundamental tolerancing principle.
• ISO 8566-1:1992
Cranes - Cabins - Part 1: General.
• ISO 8566-3:1992
Cranes - Cabins - Part 3: Tower cranes.
• ISO 8686-1:1989
Cranes - Design principles for loads and load combinations. Part 1: General.
• ISO 8686-5:1992
Cranes - Design principles for loads and load combinations - Part 5: Overhead travelling and portal
bridge cranes.
• ISO 9373:1989
Cranes and related equipment - Accuracy requirements for measuring parameters during testing.
• ISO 9374-1:1989
Cranes - Information to be provided. Part 1: General.
• ISO 9927-1:1994
Cranes - Inspections. Part 1: General.
• ISO 9928-1:1990
Cranes - Crane driving manual. Part 1: General.
• ISO 9942-1:1994
Cranes - Information labels - Part 1: General.
• ISO 10245-1:1994
Cranes - Limiting and indicating devices. Part 1: General.
• ISO 10973:1995
Cranes - Spare parts manual.
• ISO 12480-1:1997
Cranes - Safe use. Part 1: General.
• ISO 12482-1:1995
Cranes - Condition monitoring. Part 1: General.
• ISO 13200:1995
Cranes - Safety signs and hazard pictorials - General principles.
• ISO 13920:1996
Welding - General tolerances for welded constructions - Dimensions for lengths and angles - Shape
and position.
1.6 Marcação CE
De acordo com o ponto 1.7.3. da Directiva 98/37/CE do Parlamento Europeu e do Conselho respeitante
às máquinas, é colocado sobre o quadro eléctrico geral da máquina e na cabina, quando prevista, a
marcação CE. Esta marcação indica a conformidade da máquina com as directivas citadas e as normas
de segurança em vigor, descriminadas na declaração de conformidade do fornecedor que acompanha
este Manual de Instruções.
2 CARACTERISTICAS TÉCNICAS
2.1 Generalidades
7500 kg
(Op.) 48 m
600 kg
10,3 m 14,7 m
4000 kg 2500 kg
7500 kg
42 m
19 m 1000 kg
7,5 m 13 m
4000 kg 2500 kg
7500 kg
(Op.) 40 m
14,2 m 21 m 1200kg
4000 kg 2500 kg
7500 kg
36 m
14,5 m 21,6 m 1400 kg
4000 kg 2500 kg
7500 kg
23 m 30 m
15,2 m
2500 kg 1850 kg
4000 kg
6500 kg
15,8 m 24 m
4000 kg 2500 kg
C
A B
C
A B
E3 A B
A B
A B
A B
C
E6b A B
6169 800 1017 192
E6a
C
A B
3538 800 1017 109
A B
C
A B
6425 1092 898 3601
A B
A B
A B
A B
C
A B
6055 1150 1150 954
C
A B
3235 1150 1150 592
IT42-1f
23,2 30 36 42 m
2000 1489 1203 1000 kg
25,7 30 36 40 m
Op.
2000 1676 1358 1200 kg
26,4 30 36 m
2000 1760 1400 kg
28 30 m
2000 1850 kg
IT42-2f ... 4f
14,7 18 24 30 36 42 48 m
Op.
2500 1979 1418 1087 869 715 600 kg
19 24 30 36 42 m
2500 1924 1489 1203 1000 kg
21 24 30 36 40 m
Op.
2500 2159 1676 1358 1200 kg
21,6 24 30 36 m
2500 2276 1760 1400 kg
23 24 30 m
2500 2434 1850 kg
13 18 24 30 36 42 m
4000 2745 1970 1514 1213 1000 kg
14,2 18 24 30 36 40 m
Op.
4000 3056 2200 1697 1365 1200 kg
14,5 18 24 30 36 m
4000 3229 2309 1774 1400 kg
15,2 18 24 30 m
4000 3423 2452 1850 kg
15,8 18 24 m
4000 3460 2500 kg
Op. kW hp
m/min. 6 24 48 3 12 24
1f 9 12
ton. 2.0 2.0 1.0 4.0 4.0 2.0
m/min. 6 29 58 3 14.5 29
2f 11 15
ton. 2.5 2.5 1.25 4.0 4.0 2.5
m/min. 8 34 68 4 17 34
3f 13 18
ton. 2.5 2.5 1.25 4.0 4.0 2.5
m/min. 10 39 78 5 19.5 39
4f 19 26
ton. 2.5 2.5 1.25 4.0 4.0 2.5
m/min. 20 38 58 3 4
EM SERVIÇO
COM VENTO
H M T P Mt
(m) (kgm) (kg) (kg) (kgm)
12-15-18-21-24 -60198 -1258 -23146 -7856
27-30 -68088 -1450 -24146 -7856
33-36 -76675 -1639 -24946 -7856
39-42 -87109 -1856 -26696 -7856
45-48 -98897 -2152 -28446 -7856
51-54 -112370 -2457 -30646 -7856
57-60 -127529 -2770 -32746 -7856
63-66 -144520 -3086 -35146 -7856
69-72 -163336 -3401 -37446 -7856
FORA DE SERVIÇO
COM VENTO DE TEMPESTADE
H M T P Mt
(m) (kgm) (kg) (kg) (kgm)
12-15-18-21-24 -35970 -3217 -19146 --
27-30 -61213 -4021 -20146 --
33-36 -90839 -4815 -20946 --
39-42 -125389 -5671 -22696 --
45-48 -166182 -6782 -24446 --
51-54 -213216 -7905 -26646 --
57-60 -267667 -9112 -28746 --
63-66 -329886 -10356 -31146 --
69-72 -399566 -11610 -33446 --
PRESSÃO
COM BASE
ADMISSÍVEL
CHUMBADA
DO TERRENO
Altura Largura Altura Em Fora Em Fora
da grua de betão de betão serviço de serviço serviço de serviço
(m) AxB (m) H (m) M (kgm) P (kg) T (kg) M (kgm) P (kg) T (kg) δt(kg/cm2) δt(kg/cm2)
12-15-18-21-24 3,9x3,9 1,5 -60198 -23146 -1258 -35970 -19146 -3217 1,5 1,5
27-30 4,1x4,1 1,5 -68089 -24146 -1450 -61213 -20146 -4021 1,5 1,5
33-36 4,5x4,5 1,5 -76975 -24946 -1639 -90839 -20946 -4815 1,5 1,5
39-42 5x5 1,5 -87109 -26696 -1856 -125389 -22696 -5671 1,5 1,5
45-48 5,5x5,5 1,5 -98897 -28446 -2152 -166182 -24446 -6782 1,5 1,5
51-54 6,1x6,1 2 -112370 -30646 -2457 -213216 -26646 -7905 1,5 1,5
57-60 6,6x6,6 2 -127529 -32746 -2770 -267667 -28746 -9112 1,5 1,5
63-66 7x7 2 -144520 -35146 -3086 -329886 -31146 -10356 1,5 1,5
69-72 7,5x7x5 2 -163336 -37446 -3401 -399566 -33446 -11610 1,5 1,5
2.3.1 Motor
O motor de elevação é um motor eléctrico trifásico assíncrono, bobinado em gaiola, com três
velocidades e freio incorporado.
Alimentação 400 V / 50 Hz
Número de pólos (1ª / 2ª / 3ª) 16 / 4 / 2
Velocidades nominais (1ª / 2ª / 3ª) 375 / 1500 / 3000 min-1 IT42-1f
Potencias nominais (1ª / 2ª / 3ª) 2,2 / 9 / 9 kW
Velocidades nominais (1ª / 2ª / 3ª) 315 / 1390 / 2810 min-1 IT42-2f
Potencias nominais (1ª / 2ª / 3ª) 2,6 / 11 / 11 kW
Velocidades nominais (1ª / 2ª / 3ª) 375 / 1500 / 3000 min-1 IT42-3f
Potencias nominais (1ª / 2ª / 3ª) 3 / 13 / 13 kW
Velocidades nominais (1ª / 2ª / 3ª) 305 / 1374 / 2784 min-1 IT42-4f
Potencias nominais (1ª / 2ª / 3ª) 3,6 / 16 / 19 kW
2.3.2 Freio
Trata-se de um freio electromagnético tipo FCPL-DP que actua no momento em que falta a corrente
sendo a alimentação eléctrica feita em separado da do motor.
O freio está equipado com uma bobina de corrente continua. A alimentação do freio é efectuada a partir
da placa de rectificação montada no quadro eléctrico geral da grua.
Alimentação 180 Vcc
2.3.3 Redutor
2.4.1 Motor
2.4.2 Freio
Trata-se de um freio electromagnético tipo FCO-CS que actua no momento em que falta a corrente
sendo a alimentação eléctrica feita em separado da do motor.
O freio está equipado com uma bobina de corrente continua. A alimentação do freio é efectuada a partir
da placa de rectificação montada no quadro eléctrico geral da grua.
Alimentação 20 Vcc
2.4.3 Ralentisseur
2.4.5 Redutor
2.4.6 Cremalheira
O controlo da sua velocidade de rotação é efectuado por um variador de frequência que controla a
frequência de entrada fornecida ao motor, e desse modo, o movimento do motor.
Classificação ISO 4301: M2
2.5.1 Motor
O motor de distribuição é um motor eléctrico trifásico assíncrono, com uma velocidade e freio
incorporado.
Alimentação 400 V / 50 Hz
-1
Velocidade nominal 1300 min
Potência nominal 3 kW
2.5.2 Freio
Trata-se de um freio electromagnético tipo FCO-CS que actua no momento em que falta a corrente
sendo a alimentação eléctrica feita em separado da do motor.
O freio está equipado com uma bobina de corrente continua. A alimentação do freio é efectuada a partir
da placa de rectificação montada no quadro eléctrico geral da grua.
Alimentação 20 Vcc
2.5.3 Redutor
O redutor do movimento de distribuição é um redutor de coroa dentada e parafuso sem-fim com veios
de entrada e saída ortogonais.
Este tipo de redutor proporciona elevados índices de redução, funcionamento silencioso e tem uma
grande resistência.
Índice de redução 40-1
Os diâmetros e constituição dos vários cabos de aço são determinados segundo a norma DIN 15020.
O diâmetro dos tambores e roldanas tal como os perfis dos rastos foram projectados de acordo com as
normas DIN 15061-1/2 e DIN 15062-1/2.
2.8.1 Corrente
Resistência G80
Carga útil 3150 kg / IT42-1f … 4f 5300 kg / IT42-1fd … 4fd
Tipo L = 250 mm; Ø = 10 mm L = 250 mm; Ø = 13 mm
2.8.2 Gancho
Resistência G80
Carga útil 3150 kg / IT42-1f … 4f 5300 kg / IT42-1fd … 4fd
Tipo Segurança automática e giratório
2.8.3 Manilha
Resistência G80
Carga útil 3150 kg / IT42-1f … 4f 5300 kg / IT42-1fd … 4fd
Tipo Omega
2.9 Contrapesos
A geometria e a quantidade de contrapesos são calculados de modo satisfazer a norma ISO 12485 que
estabelece critérios de cálculo para a estabilidade ao derrube de gruas de torre.
A tolerância no peso final de cada bloco de betão é de 2%. Cada bloco deverá ser pesado e marcado
de uma maneira legível e permanente com o peso real do mesmo.
Considera-se uma densidade média de 2.4 para o betão armado.
4000
1100
890
3885
220 299
320
320 650
98
149
1389 844
Figura 2.5 - Armação metálica para o contrapeso de 3200 kg (ferro Ø12 mm)
A instalação eléctrica obedece, nas suas características gerais, à norma IEC 60204 relativa ao
equipamento eléctrico de máquinas, e à norma IEC 60439 relativa à compatibilidade electromagnética
de equipamentos.
A alimentação da grua deve ser efectuada com uma tensão de 400V (+6% -10%) 50Hz. Se a tensão for
demasiado baixa, reduz a potência nos motores e podem ser actuados os freios involuntariamente.
Os quadros eléctricos (parcial e geral) respondem a todos os casos normais de aplicação no exterior no
que diz respeito à presença de água, presença de corpos sólidos, choques mecânicos e vibrações. O
grau de protecção correspondente é IP 54 (IEC 529).
O acesso aos quadros deve ser limitado ao operador da grua ou a pessoal qualificado para a
manutenção eléctrica. As chaves dos quadros eléctricos devem estar à guarda do operador da grua.
Este limitador regista o número de revoluções que são efectuadas pelo veio e logo, indirectamente, o
comprimento de cabo desenrolado.
Caso sejam ultrapassadas as posições máxima ou mínima do carrinho, são accionados, através de
cames, os interruptores SC2 (Segurança Carrinho 2ª vel.) e SCF (Segurança Carrinho à Frente) ou
SCA (Segurança Carrinho Atrás), que provocam o abrandamento e paragem do motor de distribuição.
A partir deste momento só existe a possibilidade de mover o carrinho no sentido inverso ao praticado
antes da paragem.
3.1 Transporte
3.2 Movimentação
A elevação da máquina através de uma grua móvel (auto-grua) deve ser feita com as devidas
precauções.
A operação de movimentação deve ser previamente planeada tendo em conta as várias condicionantes
que possam existir. A execução deve ser deixada a pessoal especializado.
Alguns pontos a ter em conta são:
• Peso total e dimensões do equipamento a elevar;
• Capacidade de carga e alcance da grua móvel (auto-grua);
• Existência de lingas de correntes e acessórios de elevação.
3.3 Armazenamento
Durante o armazenamento prolongado devem ser tomadas algumas precauções de modo a evitar a
deterioração da grua. O acesso à máquina durante estes períodos deve ser condicionado a pessoal
autorizado.
A máquina deve ser, sempre que possível, armazenada num local abrigado preferencialmente coberto
de modo a evitar a oxidação e corrosão da estrutura da grua e dos cabos de aço. Consequentemente,
devem ser evitados ambientes particularmente corrosivos tal como locais próximos do mar e locais de
elevada humidade (< 90%).
Prolongadas exposições a baixas temperaturas (< -40ºC), podem deteriorar componentes sintéticos
nomeadamente os cabos condutores de electricidade. De igual modo podem surgir danos durante
exposições prolongadas a elevadas temperaturas (> 40ºC).
Em situações onde existe movimentação de cargas ou de veículos perto da grua estacionada devem
ser tomadas precauções de modo a não haver danificação mecânica da mesma.
Em qualquer caso deve ser feita uma inspecção geral à grua no final de um tempo prolongado de
armazenamento ou quando esta esteve sujeita a condições atmosféricas particularmente adversas.
4 INSTALAÇÃO
O acesso à máquina deve ser negado a pessoas não autorizadas. É pois conveniente prever uma
vedação do estaleiro ou, pelo menos da zona circundante da base da grua.
Na escolha do local de serviço há que ter em conta vários aspectos descritos nos pontos seguintes.
4.1.1 Transporte
Para existir a possibilidade de colocar e retirar a máquina do local de serviço há que prever um corredor
para a rebocagem ou o espaço para a movimentação aérea antes ou após a sua utilização.
De modo a evitar esmagamentos de pessoas durante a rotação da grua, há que ter atenção em deixar
pelo menos 50 cm de espaço entre o raio de acção da grua e uma qualquer parede ou outro objecto.
Há que ter em conta o espaço necessário para permitir a rotação livre e a 360º da grua. A lança da
máquina não pode interferir com edifícios, árvores, postes de electricidade ou telefone, bens
empilhados ou áreas de acesso púbico. Há que igualmente ter em conta a altura final da construção a
executar.
Antes da instalação da grua há que verificar a existência ou não de linhas aéreas de transmissão de
energia eléctrica. Na prática existem duas categorias:
• Linhas de baixa tensão (tipicamente suportadas por postes de betão ou de madeira);
• Linhas de alta tensão (tipicamente suportadas por torres de aço).
Em nenhuma parte da grua deve existir a possibilidade de contacto eléctrico no caso de linhas de baixa
tensão e a distancia mínima das linhas de alta tensão deve ser 5 m.
Caso surja a necessidade de realizar operações em que exista o risco de contacto com uma linha de
tensão, deve ser contactada a autoridade responsável de modo a ser desligado o respectivo ramal.
Todos os condutores devem ser considerados em qualquer altura como estando em tensão, a não ser
que haja informações incontestáveis do caso contrário.
O espaço mínimo para a passagem de pessoas entre as partes mais salientes da grua deve ter 0,6 m
de largura e 2,5 m de altura.
Se várias gruas se encontram próximas entre si, a localização destas deve ser estabelecida de forma
que entre as lanças e os mastros susceptíveis de colidirem haja uma distância mínima de 2 m, a
distancia vertical entre o elemento mais alto da outra grua deve ter no mínimo 3 m e o espaço livre
vertical entre a lança e a última área de circulação de pessoal deve ter no mínimo 3 m.
Se uma grua se move nos extremos da via deve ser instalado um dispositivo no final da via de forma
que a grua pare a uma distância de 0,5 m do fim da via. Estes últimos devem ser instalados no mínimo
a 1 m do final da via.
A inclinação máxima dos apoios em relação à horizontal não pode exceder 5%. Em qualquer caso há
que ter o cuidado em providenciar apoios que permitam nivelar a máquina sem permitir
escorregamentos.
Nas imediações da máquina não podem ser executadas operações que instabilizem o solo tais como
escavações ou explosões. De igual modo não podem existir cavidades subterrâneas ou linhas de água
que retirem resistência ao solo.
A presença de edifícios pode dar origem a locais onde ocorrem frequentemente ventos fortes. Em
qualquer caso deve ser tido em conta a direcção dos ventos predominantes.
Caso a grua deva ser montada na vizinhança de um aeródromo ou aeroporto devem ser contactadas as
respectivas autoridades de modo a tomar conhecimento das regras e procedimentos locais.
A grua é fornecida com niveladores nas sapatas de apoio que servem para estabilizar e nivelar a base
da grua sobre o solo. Sob estes niveladores devem ser colocados calços de madeira dura de boa
qualidade e em bom estado de conservação.
Admite-se para o solo uma resistência média de 3 kg/cm2 como valor mínimo para a montagem da
base sobre o solo. Antes de posicionar os calços de madeira é conveniente calcar o solo com bastante
intensidade.
Caso o solo não apresente as características de resistência mínimas, deve-se proceder à montagem da
base sobre betão conforme ilustrado anteriormente.
Colocação da base sobre os calços de madeira:
1. Remover as cavilhas de fixação dos braços da base;
2. Rodar os braços até à posição de serviço e introduzir as cavilhas nos furos adequados de modo a
impossibilitar a rotação dos braços;
3. Acertar a posição da base em relação aos calços de madeira;
4. Desenroscar os fusos dos niveladores até as placas assentarem sobre os calços de madeira;
5. Acertar o nível segundo o comprimento e a largura da base ajustando os niveladores. Há que ter o
cuidado de não movimentar os calços durante esta operação;
6. Verificar se os fusos não estão desenroscados para além do meio da rosca. Caso isto se verifique
baixar todos os niveladores de modo a atingir a altura de rosca indicada.
7. Verificar novamente o nível em ambas as direcções.
Verifique o nivelamento no final da montagem e posteriormente todos os dias antes da entrada da grua
em serviço. Se existir algum desvio importante há que investigar as causas do mesmo e tomar
providências para tornar segura a posição da grua.
PRESSÃO
BASE
ADMISSÍVEL
SOBRE BETÃO
DO TERRENO
Altura Largura Altura Base Em Fora Em Fora
da grua de betão de betão de apoio serviço de serviço serviço de serviço
(m) A (m) H (m) B (m) M (kgm) P (kg) T (kg) M (kgm) P (kg) T (kg) δt(kg/cm2) δt(kg/cm2)
12-30 4,6 0,4 3,2 -70419 -59146 -2016 -66186 -55146 -4712 1,5 1,5
33-42 5,1 0,4 3,8 -91110 -93696 -2844 -133040 -89696 -6689 1,5 1,5
45-48 6 0,5 4,5 -103950 -102646 -3294 -176304 -98646 -8060 1,5 1,5
51-60 7,2 0,6 6 -135080 -125546 -4273 -284216 -121546 -10951 1,5 1,5
Antes de proceder à montagem da grua devem ser verificados os vários enrolamentos dos cabos de
aço de modo a evitar qualquer problema devido a cabos desviados da posição durante o transporte:
• O cabo de elevação deve estar devidamente enrolado no tambor de enrolamento respectivo e
passar correctamente pelas roldanas no topo da contra-lança, no carrinho e no moitão;
• O cabo de distribuição deve estar devidamente enrolado no tambor de enrolamento respectivo e
passar correctamente pelas roldanas na lança.
De igual modo deve ser verificado o bom funcionamento das roldanas. Se alguma roldana não rodar ou
o fizer com dificuldade, devem ser substituídos os rolamentos da mesma.
A ligação da grua à terra deve ser feita segundo as normas internacionais (IEC/CENELEC). O varão em
cobre deve ter as dimensões mínimas em conformidade com a norma VDE100.
A grua possui um terminal próprio para esta ligação, que se encontra num dos braços de apoio da base
da grua. O cabo condutor que liga a grua à terra deverá ter uma secção mínima de 20 mm2 e não pode
passar por interruptores ou fusíveis.
Os varões de terra devem possuir um terminal soldado de modo a permitir a fixação do cabo condutor.
Junto à superfície deve existir uma caixa de protecção com uma abertura de modo que a ligação do
cabo ao varão esteja protegida e possa ser verificada.
Caso a humidade do solo seja insuficiente, torna-se necessário humedecer regularmente o solo à volta
do varão.
Figura 4.7 - O cabo eléctrico de alimentação não deve estar enrolado em serviço
A ligação à rede eléctrica é efectuada através do quadro eléctrico parcial, pendurado no primeiro
mastro junto à base de apoio da grua:
1. Verificar se os interruptores gerais dos quadros eléctricos (parcial e geral) estão desligados;
2. Verificar a ligação eléctrica do cabo de alimentação;
3. Verificar a ligação eléctrica do cabo de terra;
4. Estabelecer ligação ao quadro eléctrico parcial;
5. Ligar os interruptores gerais dos quadros eléctricos (parcial e geral);
6. Verificar a tensão eléctrica nos quadros eléctricos (parcial e geral);
7. Testar o sentido de rotação dos motores.
5 MONTAGEM E DESMONTAGEM
5.1 Generalidades
Qualquer grua de torre deve ser montada ou desmontada sob orientação de pessoal especializado.
Como os procedimentos de montagem podem ser muito variados de grua para grua torna-se essencial
seguir as instruções do Manual de Instruções para a montagem correcta e em segurança de cada
modelo de grua.
Este Manual de Instruções deve pois estar a ser seguido atentamente durante estas operações de
modo a se evitar danos materiais ou pessoais ou perdas de tempo desnecessárias.
Em caso de dúvidas ou falta de pessoal habilitado deve ser contactado o fabricante que dispõe de
pessoal especializado e habilitado para a montagem da máquina.
Quaisquer normas gerais de segurança existentes para o local de trabalho devem ser respeitadas.
ATENÇÃO! Grande parte dos acidentes com gruas de torre, ocorrem durante a
montagem ou desmontagem das mesmas. Os procedimentos descritos neste capítulo
devem ser cumpridos escrupulosamente de modo a evitar acidentes.
Pressupõe-se que a grua se encontra nas devidas condições, mencionadas nas instruções para a
instalação, nomeadamente:
• Correctamente nivelada;
• Cabos de aço em posição;
• Correctamente ligada à terra e à rede eléctrica local.
A montagem da grua deve ser efectuada num dia com boa visibilidade e com vento pouco intenso.
Devem ser evitadas situações de chuva intensa ou de nevoeiro. Em caso de dúvidas acerca das
condições atmosféricas na altura da montagem, deve ser consultado um boletim meteorológico. A
velocidade do vento não deverá ser superior a 15 m/s (54 km/h) durante a montagem.
A pessoa responsável pela montagem deve certificar-se junto do responsável pela obra de que os
contrapesos existem em quantidade e qualidade suficientes para a colocação destes na grua. Em caso
de dúvidas devem ser verificadas as medidas exteriores dos mesmos de acordo com as dimensões
exigidas neste Manual de Instruções.
Nenhuma montagem deve ser considerada como concluída sem haver uma inspecção final da grua de
acordo com a seguinte lista:
1. Verificar a posição e o estado dos apoios e do solo circundante;
2. Confirmar novamente que os contrapesos e lastros estão em quantidade correcta e devidamente
posicionados na grua;
3. Inspeccionar em pormenor o sistema de encaixe dos mastros;
4. Verificar se todos os freios dos vários mecanismos estão livres de produtos de conservação,
gorduras ou tintas. Caso se verifique alguma contaminação dos freios há que proceder à sua
limpeza com um produto adequado;
5. Confirmar se o sentido de rotação dos motores está de acordo com as indicações da botoneira;
6. Confirmar o funcionamento dos mecanismos, em especial a actuação dos freios e embraiagens;
7. Verificar se todos os limitadores estão a desempenhar correctamente as suas funções;
8. Inspeccionar a lubrificação da cremalheira. Esta deve apresentar uma quantidade uniforme de
massa consistente ao longo de todo o perímetro da mesma;
9. Confirmar se todas as cavilhas e parafusos estão correctamente colocados e devidamente
apertados;
10. Verificar o nível de lubrificante de todas as caixas redutoras;
11. Inspeccionar todos os cabos eléctricos exteriores, confirmando que estes se encontram em bom
estado e na devida posição.
Figura 5.1 – Montagem da base Figura 5.2 – Montagem do mastro (ver figura 5.4)
MAS1 mont. 1,15 L150x15 (L70) L=11600 F50 M50 71310-0065 A557S 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x
MAS2 mont. 1,15 L180x18 (L80) L=5800 F50 M50 "boster" 71320-0062 A888S 1x 1x
MAS cónico mont. 1,15 / 1,60 PL180x15 (L90) L=5800 71350-0016 D859S 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x
MAS2 mont. 1,60 L180x15 (L90) L=5800 F50 M50 71320-0048 B859S 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x
MAS cónico mont. 1,60 / 2,05 PL180x15 (L90) L=5800 71350-0009 F859S 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x
MAS2 mont. 2,05 L180x18 (L90) L=5800 F60 M50 esp. 71320-0052 C889E 1x 1x 1x 1x 1x 1x
MAS2 mont. 2,05 L180x18 (L90) L=5800 F60 M60 71320-0071 C889S 1x 1x 1x 1x
MAS2 mont. 2,05 L200x18 (L90) L=5800 F60 M60 71320-0068 C089S 1x 1x
REPRODUÇÃO PROIBIDA
Base montada 3,8m HEB 500 71110-0069 - 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x
Base montada 4,5m HEB 600 71110-0067 - 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x
Base montada 6,0m HEB xxx 71110-xxxx - 1x 1x 1x 1x 1x 1x
Figura 5.4 – Tabela de composição de mastros sem amarração (revisão n.º 22)
DC.005 R00
irmãos tavares MANUAL DE INSTRUÇÕES
Figura 5.7 – Colocação dos contrapesos necessários para montar a lança (ver paragrafo 2.9.2)
(Op.) 48 m X X X X X X X X
42 m X X X X X X X
(Op.) 40 m X X X X X X X
36 m X X X X X X
30 m X X X X X
24 m X X X X
Figura 5.9 – Colocação dos restantes contrapesos da contra-lança (ver paragrafo 2.9.2)
Figura 5.11 – Montagem do mastro para montar o mastro de telescopar (ver figura 5.4)
Figura 5.14 – Colocação dos contrapesos necessários para montar a lança (ver paragrafo 2.9.2)
Figura 5.16 – Colocação dos restantes contrapesos da contra-lança (ver paragrafo 2.9.2)
6 UTILIZAÇÃO E REGULAÇÃO
A movimentação de qualquer parte da grua, quer esteja a elevar uma carga ou não, só deve ser
permitida a uma pessoa competente e devidamente nomeada pelo técnico responsável da obra ou por
outra pessoa com funções de chefia.
O operador da grua deve possuir aptidões mínimas para poder ser nomeado. Enumeram-se de seguida
as qualidades elementares que o operador deve possuir:
6.2 Comandos
6.2.1 Descrição
A grua pode ser comandada através de uma botoneira ligada à máquina por um cabo eléctrico ou
através de um comando rádio. Todas as operações de utilização podem pois ser controladas a partir do
solo.
O 1
Botão Função
XP Botão de paragem
6.2.2 Funcionamento
O botão XP desliga o circuito de potência da grua. Este botão deve ser premido em caso de
emergência ou sempre que o operador abandona os comandos da grua.
O botão XM/XAL liga o circuito de potência da grua e provoca a emissão de um sinal auditivo. Sempre
que se inicia o trabalho com a grua terá que se premir este botão com o botão XP desactivado.
Os botões XRE e XRD relativos ao movimento de orientação possuem ambos três posições. Ao pulsar
normalmente, é seleccionada a primeira e automaticamente a segunda velocidade de rotação.
Pulsando novamente e mais intensamente, é seleccionada a terceira velocidade de rotação. Pulsando
mais, obtém-se a quarta velocidade e a máxima de rotação.
Quando a grua roda o número máximo de voltas autorizado no mesmo sentido, apenas é permitido
rodar a grua no sentido contrário.
Os botões XCF e XCA relativos ao movimento de distribuição possuem ambos três posições. Ao pulsar
normalmente, é seleccionada a primeira velocidade do carrinho. Pulsando novamente e mais
intensamente, é seleccionada a segunda velocidade do carrinho. Pulsando mais, obtém-se a terceira
velocidade e a máxima do carrinho.
Quando a carga elevada é superior à carga admissível na ponta da lança só é possível recuar o
carrinho ou baixar a carga.
As gruas só podem ser usadas para determinados fins, nomeadamente operações de elevação e
movimentação, dentro dos limites de utilização definidos neste Manual de Instruções.
ATENÇÃO! Qualquer uso dado à máquina fora dos limites de utilização previstos pode
levar a graves acidentes.
As seguintes instruções devem ser seguidas pelo operador da grua de modo a garantir a segurança de
pessoas e bens, bem como o bom funcionamento e a longevidade da máquina.
• Antes de levantar uma carga deve ter-se uma visão perfeita da mesma e do espaço de trabalho;
• Evitar o movimento de cargas em situações onde não existe boa visibilidade;
Quando as temperaturas exteriores são inferiores a 0ºC há que ter em conta que podem existir partes
mecânicas da grua que ficam imobilizadas devido a gelo acumulado. Assim devem ser inspeccionados
periodicamente ao longo do dia de trabalho todos os componentes que possam ser atingidos tal como
freios, dispositivos de segurança, rolamentos, etc.
Há que ter em conta que pode haver congelação de água condensada no interior de componentes. Não
é aceitável a utilização dos motores da grua para desencravar componentes ou cargas imobilizadas
devido a congelação. A temperaturas inferiores a -15ºC aumenta a viscosidade dos lubrificantes dos
redutores atingindo-se o limite de funcionamento.
Os seguintes controlos devem ser efectuadas semanalmente quando a grua está em uso regular:
• Inspeccionar visualmente os cabos de aço procurando fios partidos, empalmes, gaiolas ou outros
sinais de danificação, desgaste ou corrosão; inspeccionar igualmente as respectivas terminações;
• Inspeccionar visualmente roldanas e tambores procurando defeitos nos gornes ou nos rolamentos;
• Inspeccionar a estrutura procurando defeitos, nomeadamente, diagonais partidas ou deformadas,
sinais de desgaste anormal, soldaduras fissuradas, ligações aparafusadas soltas, etc.;
• Inspeccionar ganchos, manilhas, argolões e outros auxiliares de lingagem, procurando sinais de
desgaste, deformações ou fissuras;
• Controlar o bom funcionamento de freios e embraiagens.
A regulação deste limitador é feita sem carga e deve ser efectuada quando se verifica qualquer
anomalia no seu funcionamento:
1. Retirar a tampa de protecção;
4. Desenrolar o cabo de elevação até que o gancho toque no solo e/ou permaneçam 2 voltas de cabo
no tambor;
5. Rodar a respectiva came através do parafuso de ajuste de modo a accionar o interruptor SED;
A regulação deste limitador é feita sem carga e deve ser efectuada quando se verifica qualquer
anomalia no seu funcionamento:
1. Retirar a tampa de protecção;
2. Colocar o carrinho a uma distância de segurança da torre;
3. Rodar a respectiva came através do parafuso de ajuste de modo a accionar o interruptor SCA;
4. Colocar o carrinho a uma distância de segurança da ponta da lança;
5. Rodar a respectiva came através do parafuso de ajuste de modo a accionar o interruptor SCF;
6. Colocar o carrinho a cerca de 1 m das posições máxima e mínima definidas;
7. Rodar a respectiva came através do parafuso de ajuste de modo a accionar o interruptor SC2;
8. Colocar a tampa de protecção;
9. Testar o funcionamento deste limitador.
A regulação do limitador CCF é efectuada cada vez que a grua é montada ou quando se verifica
qualquer anomalia no seu funcionamento:
1. Marcar no chão as posições relativas ao alcance máximo da carga máxima da grua “Qmáx” e de
“Qmáx” + 10%;
2. Mover o carrinho sem carga para o início da lança;
3. Levantar cerca de 1 m a carga máxima da grua em velocidade mínima;
4. Avançar a carga até ao primeiro ponto marcado;
5. Regular a posição do parafuso de calibração de modo a este se aproximar do ponto de contacto do
interruptor mas sem o actuar;
6. Recuar alguns metros com a carga e avançar novamente sem parar;
7. Verificar se pára o carrinho entre as duas posições marcadas; caso contrário repetir a calibração.
A regulação do limitador SMD é efectuada cada vez que a grua é montada ou quando se verifica
qualquer anomalia no seu funcionamento:
1. Mover o carrinho sem carga para a ponta da lança;
2. Levantar a carga máxima permitida à ponta da lança em velocidade nominal;
3. Regular a posição do parafuso de calibração de modo a este se aproximar do ponto de contacto do
interruptor mas sem o actuar;
4. Baixar a carga e adicionar 10% à mesma;
5. Tentar levantar a carga em velocidade mínima;
6. Verificar se actua o sinal sonoro e pára a elevação; caso contrário repetir a calibração.
A regulação do limitador SGV é efectuada cada vez que a grua é montada ou quando se verifica
qualquer anomalia no seu funcionamento:
1. Mover o carrinho sem carga para o meio da primeira parte da lança;
2. Levantar a carga máxima permitida em velocidade máxima;
3. Regular a posição do parafuso de calibração de modo a este se aproximar do ponto de contacto do
interruptor mas sem o actuar;
4. Baixar a carga e adicionar 10% à mesma;
5. Levantar a carga em velocidade nominal e tentar mudar para a velocidade máxima;
6. Verificar se não entra a velocidade máxima; caso contrário repetir a calibração.
A regulação do limitador SCM é efectuada cada vez que a grua é montada ou quando se verifica
qualquer anomalia no seu funcionamento:
1. Mover o carrinho sem carga para o meio da primeira parte da lança;
2. Levantar a carga máxima da grua em velocidade nominal;
3. Regular a posição do parafuso de calibração de modo a este se aproximar do ponto de contacto do
interruptor mas sem o actuar;
4. Baixar a carga e adicionar 10% à mesma;
5. Tentar levantar a carga em velocidade mínima;
6. Verificar se actua o sinal sonoro e pára a elevação; caso contrário repetir a calibração.
7 ENSAIOS
Estes ensaios visam testar o bom funcionamento geral da máquina e a acção dos dispositivos de
segurança.
Durante estes ensaios devem estar calibrados todos os dispositivos de segurança.
No final dos ensaios deve ser elaborado um relatório contendo os seguintes elementos:
• Identificação da grua e do responsável pelos ensaios;
• Data e local dos ensaios;
• Constatações e conclusão.
8 INSPECÇÃO E MANUTENÇÃO
8.1 Generalidades
A vida útil da grua depende fortemente da qualidade da manutenção que é praticada. As indicações
que são dadas devem ser cumpridas integralmente de modo aumentar a segurança, melhorar o
desempenho e o estado de conservação da máquina:
Geometria:
• Os perfis utilizados na estrutura da grua não podem encontrar-se deformados ou danificados de
qualquer outro modo, especialmente nos elementos sujeitos a compressão.
Ligações soldadas:
• Os cordões de soldadura devem ser observados visualmente.
Ligações encavilhadas:
• Verificar os furos e o estado geral das cavilhas e confirmar a existência de troços de segurança.
Ligações aparafusadas:
• Verificar os furos, parafusos, porcas e anilhas. Confirmar o aperto dos parafusos.
Corrosão:
• Os elementos sujeitos a esforços não se podem encontrar enfraquecidos devido à acção da
corrosão. Verificar locais onde se pode acumular água e locais onde existem cordões de soldadura
interrompidos.
Cabos de aço:
• Confirmar as dimensões dos cabos de aço e procurar a existência de danos e oxidação.
8.3.1 Motor
8.3.2 Freio
8.3.3 Redutor
8.3.4 Chumaceiras
8.4.1 Motor
8.4.2 Freio
8.4.3 Redutor
• Controlar o nível do óleo, tanto no caso de utilização de óleo mineral como de óleo sintético (200h ou
mensalmente).
Caso se utilize óleo mineral (ISO VG220 EP de origem) há que proceder á sua substituição
periódica. (4800h ou bianualmente). Caso se tenha substituído o óleo mineral por óleo sintético é
dispensável a sua completa renovação:
1. Desenroscar o bujão superior;
2. Colocar recipiente em posição;
3. Desenroscar o bujão inferior;
4. Deixar esvaziar completamente;
5. Enroscar o bujão inferior;
6. Encher o redutor de óleo pela abertura superior até não admitir mais lubrificante;
7. Enroscar o bujão superior.
8.4.4 Cremalheira
A cremalheira ou rolamento de coroa dentada é o órgão pelo qual passam todos os esforços devidos
ao peso próprio, à carga e movimentação da grua. Pela sua importância e por motivos de segurança e
conservação devem ser feitas as seguintes operações de manutenção:
• Lubrificar periodicamente os rolamentos e os dentes da cremalheira segundo o mapa.
A lubrificação destina-se a diminuir atritos, isolar e proteger contra a corrosão.
No caso dos rolamentos deve ser visível, após lubrificação, um anel de massa uniforme ao longo da
abertura que separa o anel exterior do anel interior.
A lubrificação dos dentes deve ser suficiente para haver uma distribuição uniforme em toda a
cremalheira.
Em casos especiais (grande humidade, muita poeira e sujidade, ou grande variações térmicas)
devem ser encurtados os períodos de tempo entre lubrificações.
• Verificar periodicamente o aperto dos parafusos que ligam a cremalheira à base e à plataforma
rotativa.
A verificação do aperto dos parafusos deve ocorrer de cada vez que a grua é desmontada e, pelo
menos, uma vez por ano.
Para isto deve ser usada uma chave dinamométrica que deve ser regulada para um valor
correspondente ao diâmetro do parafuso e à classe do material do mesmo.
O momento de aperto é influenciado em grande medida pelo coeficiente de atrito entre as roscas e
entre a cabeça do parafuso e o assento. Os factores a ter em conta são:
1. O atrito entre roscas (rugosidade, tratamento superficial, tipo de lubrificação, comprimento
enroscado, utilização da rosca);
2. O atrito entre a cabeça do parafuso e o assento (rugosidade, tratamento superficial, diferenças
de dureza, desvios geométricos dos assentos).
Deve-se pois ter em conta a lubrificação e sujidade que existe na zona de aperto dos parafusos. As
roscas «secas» necessitam de um momento de aperto superior ao nominal, enquanto roscas
lubrificadas requerem apertos menores.
Durante o controlo, os parafusos não devem estar sujeitos a tracção.
Caso alguns dos parafusos apresentar um momento de aperto superior ao valor máximo ou inferior
ao valor mínimo fixados na tabela devem ser parcialmente ou totalmente substituídos.
Apresentam-se no quadro seguinte valores indicativos para aperto dos parafusos considerando, no
caso do aperto nominal, as superfícies ligeiramente lubrificadas:
Momento de aperto em Nm
Rosca métrica (segundo DIN/ISO 898)
(seg. DIN 13) Mínimo Nominal Máximo
(parafuso untado MoS2) (0.9 x Mmáx.) (µ ≅ 0,14)
M16 224 279 310
M18 310 387 430
M20 447 558 620
M22 598 747 830
8.5.1 Motor
8.5.2 Freio
8.5.3 Redutor
• Controlar o nível do óleo, tanto no caso de utilização de óleo mineral como de óleo sintético (200h ou
mensalmente).
Caso se utilize óleo mineral (ISO VG220 EP de origem) há que proceder á sua substituição
periódica. (4800h ou bianualmente).
Caso se tenha substituído o óleo mineral por óleo sintético é dispensável a sua completa renovação.
8.5.4 Carrinho
8.6.1 Inspecção
Os cabos devem ser inspeccionados em intervalos regulares. A inspecção dos cabos inclui o exame
dos seguintes parâmetros:
• Diâmetro do cabo;
• Passo do cabo;
• Corrosão, abrasão, esmagamento;
• Deformação por choque;
• Fricção;
• Efeito de calor;
• Tipo, número, posição e frequência de rotura de arames;
• Quantidade e distribuição de lubrificante;
• Idade do cabo;
• Tensão no cabo.
Os primeiros sinais de alteração de comportamento dum cabo devem ser cuidadosamente
monitorizados.
Após a primeira semana de utilização após cada montagem, há que verificar a tensão do cabo de
distribuição do carrinho e, se necessário, ajustar a tensão do mesmo. Caso se torne necessário há que
repetir esta operação em qualquer altura.
Um cabo deve ser imediatamente retirado de serviço e substituído quando se verificam uma ou várias
das seguintes situações:
• A rotura de um dos cordões;
• Arames partidos ou deslocados em dois cordões adjacentes;
• A rotura de um elevado número de arames, associada a grande desgaste;
• Arames achatados tocando uns nos outros, frouxos e com uma redução no diâmetro de 40%;
• A superfície dos arames fortemente picada (por corrosão) e os arames frouxos;
• Existência de cocas;
• Expulsão da alma de aço;
• Expulsão de arames mesmo apenas num só cordão;
• Refincas ou nós apertados, dos quais resulta uma deformação permanente;
• Porção de cabo achatado devido a esmagamento local;
• Efeitos cumulativos de diversos factores de deterioração.
8.6.2 Lubrificação
Os cabos de aço necessitam de lubrificações periódicas. Deve ser usado uma massa de lubrificação
geral.
Cabo de elevação:
• Verificar semanalmente e lubrificar quando necessário;
Outros cabos:
• Semestralmente e antes de qualquer montagem ou desmontagem.
Antes de aplicar o lubrificante, devem ser removidos do cabo todas as acumulações de pó, areias ou
outros materiais abrasivos. A limpeza deve ser efectuada com uma escova de arame dura mergulhada
em solvente, auxiliada com ar comprimido ou com vapor. O cabo deve ser lubrificado imediatamente
após a limpeza.
Existem diversas técnicas de aplicação de lubrificantes. As mais comuns são as de banho contínuo,
gota a gota, derrame, com desperdícios, com pincel ou jacto sob pressão.
Evitar que os cabos entrem em contacto com poeiras, areias, terra, cimento ou outro material abrasivo.
Quando o cabo se encontra em serviço num ambiente rico em abrasivos, deve ser escolhido um
lubrificante que evite a aderência das impurezas com as quais o cabo se encontra em contacto.
8.6.3 Substituição
Inspeccionar visualmente todos os dias antes de iniciar o trabalho, o estado dos ganchos, das
manilhas, destorcedores, dos elos de corrente e argolas. As inspecções devem incidir sobre os
seguintes pontos:
• A existência de desgaste ou fissuras;
• Deformações locais do material ou geométricas;
• Indícios de oxidação excessiva ou corrosão;
• Existência da patilha de segurança nos ganchos;
• Visibilidade das marcações.
O gancho de elevação necessita de lubrificação com massa de uso geral na zona do destorcedor
sempre que este se apresentar “seco”.
Os acessórios não podem ser reparados, soldados ou tratados termicamente pois o material pode
sofrer alterações estruturais.
Todos os acessórios devem ser inspeccionados por uma pessoa competente num período mínimo de 6
meses.
Tanto os tambores como as roldanas por onde passam cabos de aço podem mostrar sinais de
desgaste. Caso esse desgaste seja tal que possa comprometer a segurança das operações da grua,
torna-se conveniente substituir o componente em causa.
8.9 Contrapesos
Em caso de deterioração dos contrapesos, especialmente quando existe perda de massa ou estes se
fracturam, torna-se necessário a sua substituição ou sua reparação.
Controlar regularmente os seguintes pontos:
• Quantidade correcta de contrapesos;
• Dimensões e posição das pedras;
• Verificar os meios auxiliares de imobilização.
8.12 Lubrificação
8.12.1 Lubrificantes
Temperaturas Classe de
Tipo de Símbolo
de serviço 1) viscosidade Especificação
lubrificante DIN 51502
(ºC) ISO 3448
Massa para
ligações -20...+120 NLGI CL2 KPF 2 K DIN 51825-3 KP
2K
aparafusadas
1)
No caso de serviço continuo a temperatura de serviço é cerca de 30 a 50ºC à temperatura ambiente.
• Na primeira montagem:
Descrição Operação Lubrificante
Cremalheira (dentes) Adicionar Massa
Cremalheira (rolamentos) Adicionar Massa
Redutor de elevação Verificar/Adicionar Óleo
Redutor de rotação Verificar/Adicionar Óleo
Redutor de distribuição Verificar/Adicionar Óleo
Roldana deslizante Verificar/Adicionar Massa
Cabos Verificar/Adicionar Massa
Partes móveis dos dispositivos de segurança Verificar/Adicionar Massa
• Periodicamente:
Descrição Intervalo Operação Lubrificante
Cremalheira (dentes) 100h (2 semanas) Adicionar Massa
Cremalheira (rolamentos) 100h (2 semanas) Adicionar Massa
Redutor de elevação 400h (2 meses) Verificar/Adicionar Óleo
4800h (24 meses) Substituir Óleo
Chumaceiras do veio 200h (1 mês) Adicionar Massa
Redutor de orientação 400h (2 meses) Verificar/Adicionar Óleo
4800h (24 meses) Substituir Óleo
Redutor de distribuição 400h (6 meses) Verificar/Adicionar Óleo
4800h (24 meses) Substituir Óleo
Chumaceira do veio 200h (1 mês) Adicionar Massa
Cabo de elevação 200h (1 mês) Verificar/Adicionar Massa
Partes móveis dos 200h (1 mês) Verificar/Adicionar Massa
dispositivos de segurança