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Gru a Torre “Flat-

“Flat-top”
Grue à Tour “Flat-
“Flat-top”
“Flat-
“Flat-top” Tower Crane

“Flat-top” IT42
Grua de Torre “Flat- IT42f

irmãos tavares
Irmãos Tavares Lda. Malaposta 4520-506 SANFINS Telefone: 256 910 140 Fax: 256 910 149 http://www.irmaostavares.com/
irmãos tavares MANUAL DE INSTRUÇÕES

ÍNDICE
1 INFORMAÇÕES GERAIS 4
1.1 Identificação do equipamento 5
1.2 Objectivos 5
1.3 Indicações gerais sobre segurança 6
1.4 Indicações gerais de utilização 7
1.5 Normas aplicáveis 16
1.6 Marcação CE 18
2 CARACTERISTICAS TÉCNICAS 19
2.1 Generalidades 20
2.2 Estrutura metálica 24
2.3 Mecanismo de elevação 25
2.4 Mecanismo de orientação 26
2.5 Mecanismo de distribuição 28
2.6 Cabos de aço 29
2.7 Tambores e roldanas 30
2.8 Acessórios de lingagem 31
2.9 Contrapesos 32
2.10 Instalação eléctrica 36
2.11 Dispositivos de segurança 36
3 TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAMENTO 39
3.1 Transporte 40
3.2 Movimentação 40
3.3 Armazenamento 40
4 INSTALAÇÃO 41
4.1 Local de serviço 42
4.2 Instalação da base 44
4.3 Enrolamento dos cabos de aço 47
4.4 Ligações eléctricas 48
5 MONTAGEM E DESMONTAGEM 50
5.1 Generalidades 51
5.2 Montagem da grua 52
5.3 Desmontagem da grua 61
6 UTILIZAÇÃO E REGULAÇÃO 62
6.1 Qualificação do operador 63
6.2 Comandos 64
6.3 Sinais de comunicação 66

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6.4 Instruções de operação e controlo 67


6.5 Regulação dos dispositivos de segurança 70
7 ENSAIOS 74
7.1 Ensaios de função 75
7.2 Ensaios de carga 76
8 INSPECÇÃO E MANUTENÇÃO 77
8.1 Generalidades 78
8.2 Estrutura metálica 78
8.3 Mecanismo de elevação 79
8.4 Mecanismo de orientação 80
8.5 Mecanismo de distribuição 83
8.6 Cabos de aço 83
8.7 Acessórios de elevação 85
8.8 Tambores e roldanas 86
8.9 Contrapesos 86
8.10 Instalação eléctrica 86
8.11 Dispositivos de segurança 86
8.12 Lubrificação 86

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1 INFORMAÇÕES GERAIS

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1.1 Identificação do equipamento

Fabricante: irmãos tavares 2


Fabrico de Gruas, Lda.

Cliente:

Produto: Grua de Torre “Flat Top”

Modelo:

N.º de Série:

Ano de Fabrico:

1.2 Objectivos

Este Manual de Instruções destina-se a esclarecer os utilizadores deste equipamento acerca dos
procedimentos de montagem, uso e manutenção e dos eventuais riscos que a máquina apresenta.
Este documento deve sempre acompanhar a máquina e deve estar à disposição dos operadores da
grua, devendo ser lido integralmente por estes antes de iniciar qualquer operação.

O tempo de vida, a segurança e o estado de conservação deste equipamento dependem em primeira


análise da sua correcta utilização e da boa manutenção a que fica sujeito.
Assim, mesmo um operador experiente deve primeiro familiarizar-se com a máquina não deixando de
ler este Manual de Instruções.
Caso sejam necessárias quaisquer reparações deve ser contactado o fabricante ou um dos seus
representantes. Quaisquer danos que resultem da má utilização ou deficiente manutenção deste
equipamento excluem qualquer reparação ou substituição gratuita mesmo durante o período de
garantia.

ATENÇÃO! O fabricante deste equipamento declina quaisquer responsabilidades em


relação a danos a pessoas ou bens, derivados da não observância das normas de
segurança, uso e manutenção contidas neste Manual de Instruções.

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1.3 Indicações gerais sobre segurança

O projecto de uma máquina segura segue três passos fundamentais:


1. Eliminação ou redução dos riscos, na medida do possível (prevenção intrínseca);
2. Adopção das medidas de protecção necessárias em relação aos riscos que não possam ser
eliminados (protecção);
3. Informação dos utilizadores dos riscos residuais que possam subsistir (medidas adicionais).

ATENÇÃO! Observe escrupulosamente todas as indicações contidas neste Manual de


Instruções, a fim de evitar danos na máquina ou pôr em perigo pessoas, animais e
bens.

A seguinte lista apresenta genericamente os vários riscos que são aplicáveis nas gruas de torre:
• Riscos mecânicos, eléctricos e térmicos;
• Riscos provocados por ruído;
• Riscos provocados por radiação;
• Riscos provocados por substâncias perigosas;
• Riscos provocados por mau desenho ergonómico;
• Riscos provocados por arranques intempestivos;
• Riscos provocados pela impossibilidade de parar a máquina em segurança;
• Riscos provocados pela variação da velocidade de rotação de ferramentas;
• Riscos provocados pela falha da alimentação eléctrica;
• Riscos provocados pela falha do circuito de comando;
• Riscos provocados por erros de montagem;
• Riscos provocados por ruptura durante o serviço;
• Riscos provocados pela queda ou ejecção de objectos ou fluídos;
• Riscos provocados por falta de estabilidade ou derrubamento;
• Riscos provocados pelo escorregamento ou queda de pessoas;
• Riscos provocados pelo movimento;
• Riscos provocados pela posição de trabalho;
• Riscos provocados pelo sistema de controlo;
• Riscos provocados pela movimentação da máquina;
• Riscos provocados pela fonte de energia ou pela sua transmissão;
• Riscos provocados por terceiros;
• Riscos provocados por instruções inadequadas.

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1.4 Indicações gerais de utilização

• Antes de montar a grua, verificar se a área circundante permite a rotação completa da grua em
condições de fora de serviço;

• Montar a grua sobre uma superfície perfeitamente plana e assegurar que eventuais escavações
junto desta não criem o perigo de desabamento de terras;

• Não modificar os dispositivos de segurança ou alterar as suas regulações;

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• Controlar regularmente o estado de funcionamento dos limitadores;

• Não elevar cargas superiores à capacidade da grua e não elevar cargas em velocidade superior à
admissível;

• Não elevar cargas obliquas em relação à distribuição ou puxar cargas;

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• Não usar o movimento de orientação e de distribuição para movimentar ou empurrar cargas;

• Não elevar cargas aderentes ao solo ou a outros elementos ou previamente apertados;

• Não descarregar repentinamente as cargas com acessórios de descarga instantânea ou retirando o


gancho;

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• Não descer ou subir bruscamente as cargas do solo utilizando a velocidade mais rápida da elevação;

• Não elevar cargas de suportes instáveis, como pequenos barcos, andaimes velhos, etc.;

• Não elevar cargas fora do seu centro de gravidade;

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• Nunca oscilar a carga para descida fora do alcance de segurança da grua;

• Não efectuar manobras com risco de embater em obstáculos de qualquer natureza;

• Não pousar o moitão no solo; os cabos sem tensão podem danificar-se ou danificar qualquer coisa;

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• Não passar com as cargas sobre as pessoas;

• Não elevar pessoas;

• Evitar movimentar cargas quando não existe boa visibilidade;

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• Não usar por hábito o botão de STOP para parar os movimentos da grua;

• Não colocar publicidade ou qualquer outro objecto sobre a grua que aumente a superfície exposta
ao vento;

• Não elevar cargas com superfície superior à admissível (1m2/ton); ter atenção à velocidade do vento
e interromper o trabalho quando a velocidade se aproxima do máximo admissível (70 km/h)
procedendo conforme descrito nos pontos 22, 23, 24, 25 e 26;

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• Não deixar cargas suspensas com a grua em condições de fora de serviço;

• Não deixar o gancho preso a uma carga pousada no solo com a grua em condições de fora de
serviço;

• Para colocar a grua em condições de fora de serviço deve-se colocar o carrinho junto à torre, elevar
o gancho a uma altura adequada e libertar a rotação utilizando o sistema cata-vento;

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• Depois de colocar a grua em condições de fora de serviço, não esquecer desligar o interruptor geral;

• Proceder periodicamente à manutenção da grua controlando todos os componentes sujeitos a


desgaste (cabos, freios, etc.);

• Durante a operação de manutenção, montagem e desmontagem, o pessoal deve usar cintos de


segurança homologados;

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• Não consentir a utilização da grua a pessoas pouco qualificadas.

1.5 Normas aplicáveis

• IEC 60204-32:1998
Safety of machinery – Electrical equipment of machines – Part 32: Requirements for hoisting
machines.
• IEC 60439-1:2004
Low-voltage switchgear and controlgear assemblies – Part 1: Type-tested and partially type-tested
assemblies.
• ISO 2768-1:1989
General tolerances. Part 1: Tolerances for linear and angular dimensions without individual tolerance
indications.
• ISO 2768-2:1989
General tolerances. Part 2: Geometrical tolerances for features without individual tolerance
indications.
• ISO 4301-1:1986
Cranes and lifting appliances - Classification. Part 1: General.
• ISO 4301-3: 1993
Cranes - Classification. Part 3: Tower cranes.
• ISO 4302:1981
Cranes - Wind load assessment.
• ISO 4304:1987
Cranes other than mobile and floating cranes - General requirements for stability.
• ISO 4308-2:1988
Cranes and lifting appliances - Selection of wire ropes - Part 2: Mobile cranes – Coefficient of
utilization.
• ISO 4310:1981
Cranes - Test code and procedures.
• ISO 7296-1:1991
Cranes - Graphic symbols. Part 1: General.

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• ISO 7296-1:1991/A1:1996
Cranes - Graphic symbols. Part 1: General. Amendment 1.
• ISO 7363:1986
Cranes and lifting appliances - Technical characteristics and acceptance documents.
• ISO 7752-1:1983
Lifting appliances - Controls - Layout and characteristics - Part 1: General principles.
• ISO 7752-3:1993
Cranes - Controls - Layout and characteristics. Part 3: Tower cranes.
• ISO 8015:1985
Technical drawings - Fundamental tolerancing principle.
• ISO 8566-1:1992
Cranes - Cabins - Part 1: General.
• ISO 8566-3:1992
Cranes - Cabins - Part 3: Tower cranes.
• ISO 8686-1:1989
Cranes - Design principles for loads and load combinations. Part 1: General.
• ISO 8686-5:1992
Cranes - Design principles for loads and load combinations - Part 5: Overhead travelling and portal
bridge cranes.
• ISO 9373:1989
Cranes and related equipment - Accuracy requirements for measuring parameters during testing.
• ISO 9374-1:1989
Cranes - Information to be provided. Part 1: General.
• ISO 9927-1:1994
Cranes - Inspections. Part 1: General.
• ISO 9928-1:1990
Cranes - Crane driving manual. Part 1: General.
• ISO 9942-1:1994
Cranes - Information labels - Part 1: General.
• ISO 10245-1:1994
Cranes - Limiting and indicating devices. Part 1: General.
• ISO 10973:1995
Cranes - Spare parts manual.
• ISO 12480-1:1997
Cranes - Safe use. Part 1: General.
• ISO 12482-1:1995
Cranes - Condition monitoring. Part 1: General.
• ISO 13200:1995
Cranes - Safety signs and hazard pictorials - General principles.
• ISO 13920:1996
Welding - General tolerances for welded constructions - Dimensions for lengths and angles - Shape
and position.

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1.6 Marcação CE

De acordo com o ponto 1.7.3. da Directiva 98/37/CE do Parlamento Europeu e do Conselho respeitante
às máquinas, é colocado sobre o quadro eléctrico geral da máquina e na cabina, quando prevista, a
marcação CE. Esta marcação indica a conformidade da máquina com as directivas citadas e as normas
de segurança em vigor, descriminadas na declaração de conformidade do fornecedor que acompanha
este Manual de Instruções.

Figura 1.1 - Símbolo CE

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2 CARACTERISTICAS TÉCNICAS

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2.1 Generalidades

2.1.1 Configuração de montagem

7500 kg
(Op.) 48 m
600 kg
10,3 m 14,7 m
4000 kg 2500 kg

7500 kg
42 m
19 m 1000 kg
7,5 m 13 m
4000 kg 2500 kg

7500 kg
(Op.) 40 m
14,2 m 21 m 1200kg
4000 kg 2500 kg

7500 kg
36 m
14,5 m 21,6 m 1400 kg
4000 kg 2500 kg

7500 kg

23 m 30 m
15,2 m
2500 kg 1850 kg
4000 kg

6500 kg

15,8 m 24 m
4000 kg 2500 kg

Figura 2.1 – Exemplos de configurações de montagem

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2.1.2 Dimensões e pesos

IT42f A (mm) B (mm) C (mm) Peso (kg)

E1a 6420 800 1495 902

C
A B

E2a 6396 800 1077 478

C
A B

E2 6366 800 1075 429


C
A B

6336 800 1054 328


C

E3 A B

E4 6281 800 1032 228


C

A B

E5a 6234 800 1015 209


C

A B

E5 6234 800 1015 199


C

A B
C

E6b A B
6169 800 1017 192

E6a
C

A B
3538 800 1017 109

2220 1410 2212 2776


C

A B
C

A B
6425 1092 898 3601

1200 430 2800 2500


C

A B

800 380 2800 2000


C

A B

800 190 2800 1000


C

A B

11855 1150 1150 1726


C

A B
C

A B
6055 1150 1150 954
C

A B
3235 1150 1150 592

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2.1.3 Quadro de cargas

IT42-1f
23,2 30 36 42 m
2000 1489 1203 1000 kg

25,7 30 36 40 m
Op.
2000 1676 1358 1200 kg

26,4 30 36 m
2000 1760 1400 kg

28 30 m
2000 1850 kg

IT42-2f ... 4f
14,7 18 24 30 36 42 48 m
Op.
2500 1979 1418 1087 869 715 600 kg

19 24 30 36 42 m
2500 1924 1489 1203 1000 kg

21 24 30 36 40 m
Op.
2500 2159 1676 1358 1200 kg

21,6 24 30 36 m
2500 2276 1760 1400 kg

23 24 30 m
2500 2434 1850 kg

IT42-2fd ... 4fd


10,3 18 24 30 36 42 48 m
Op.
4000 2083 1480 1124 890 724 600 kg

13 18 24 30 36 42 m
4000 2745 1970 1514 1213 1000 kg

14,2 18 24 30 36 40 m
Op.
4000 3056 2200 1697 1365 1200 kg

14,5 18 24 30 36 m
4000 3229 2309 1774 1400 kg

15,2 18 24 30 m
4000 3423 2452 1850 kg

15,8 18 24 m
4000 3460 2500 kg

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2.1.4 Velocidade dos mecanismos

Op. kW hp

m/min. 6 24 48 3 12 24
1f 9 12
ton. 2.0 2.0 1.0 4.0 4.0 2.0
m/min. 6 29 58 3 14.5 29
2f 11 15
ton. 2.5 2.5 1.25 4.0 4.0 2.5
m/min. 8 34 68 4 17 34
3f 13 18
ton. 2.5 2.5 1.25 4.0 4.0 2.5
m/min. 10 39 78 5 19.5 39
4f 19 26
ton. 2.5 2.5 1.25 4.0 4.0 2.5

m/min. 20 38 58 3 4

rpm 0,91 3,7 5

CEI 38 IEC 38 kVA


1f - 20 kVA 3f - 25 kVA
400V (+6% -10%) 50Hz 2000 / 14 / CE
2f - 22 kVA 4f - 32 kVA

2.1.5 Reacções máximas nos apoios

EM SERVIÇO
COM VENTO
H M T P Mt
(m) (kgm) (kg) (kg) (kgm)
12-15-18-21-24 -60198 -1258 -23146 -7856
27-30 -68088 -1450 -24146 -7856
33-36 -76675 -1639 -24946 -7856
39-42 -87109 -1856 -26696 -7856
45-48 -98897 -2152 -28446 -7856
51-54 -112370 -2457 -30646 -7856
57-60 -127529 -2770 -32746 -7856
63-66 -144520 -3086 -35146 -7856
69-72 -163336 -3401 -37446 -7856

FORA DE SERVIÇO
COM VENTO DE TEMPESTADE
H M T P Mt
(m) (kgm) (kg) (kg) (kgm)
12-15-18-21-24 -35970 -3217 -19146 --
27-30 -61213 -4021 -20146 --
33-36 -90839 -4815 -20946 --
39-42 -125389 -5671 -22696 --
45-48 -166182 -6782 -24446 --
51-54 -213216 -7905 -26646 --
57-60 -267667 -9112 -28746 --
63-66 -329886 -10356 -31146 --
69-72 -399566 -11610 -33446 --

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COM BASE
DE APOIO
Altura N.º de Peso das Base Em Fora
da grua pedras pedras de apoio serviço de serviço
(m) (kg) (m) R (kg) R (kg)
12-15-18-21-24 14 2500 3,2x3,2 -35000 -24500
8 3200 3,8x3,8 -30000 -20500
4 3500 4,5x4,5 -25000 -16500
27-30 16 2500 3,2x3,2 -38500 -31500
10 3200 3,8x3,8 -33500 -27500
6 3500 4,5x4,5 -28000 -23000
33-36 12 3200 3,8x3,8 -37000 -35000
10 3500 4,5x4,5 -33500 -31500
39-42 20 3200 3,8x3,8 -44500 -47000
14 3500 4,5x4,5 -39500 -41500
45-48 20 3500 4,5x4,5 -47500 -54000
8 6200 6x6 -38000 -43000
51-54 10 6200 6x6 -43500 -52500
57-60 14 6200 6x6 -52500 -66000
63-66 18 6200 6x6
69-72 24 6200 6x6

PRESSÃO
COM BASE
ADMISSÍVEL
CHUMBADA
DO TERRENO
Altura Largura Altura Em Fora Em Fora
da grua de betão de betão serviço de serviço serviço de serviço
(m) AxB (m) H (m) M (kgm) P (kg) T (kg) M (kgm) P (kg) T (kg) δt(kg/cm2) δt(kg/cm2)

12-15-18-21-24 3,9x3,9 1,5 -60198 -23146 -1258 -35970 -19146 -3217 1,5 1,5
27-30 4,1x4,1 1,5 -68089 -24146 -1450 -61213 -20146 -4021 1,5 1,5
33-36 4,5x4,5 1,5 -76975 -24946 -1639 -90839 -20946 -4815 1,5 1,5
39-42 5x5 1,5 -87109 -26696 -1856 -125389 -22696 -5671 1,5 1,5
45-48 5,5x5,5 1,5 -98897 -28446 -2152 -166182 -24446 -6782 1,5 1,5
51-54 6,1x6,1 2 -112370 -30646 -2457 -213216 -26646 -7905 1,5 1,5
57-60 6,6x6,6 2 -127529 -32746 -2770 -267667 -28746 -9112 1,5 1,5
63-66 7x7 2 -144520 -35146 -3086 -329886 -31146 -10356 1,5 1,5
69-72 7,5x7x5 2 -163336 -37446 -3401 -399566 -33446 -11610 1,5 1,5

2.2 Estrutura metálica

O projecto da estrutura metálica baseia-se na norma ISO 8686-1/3.


A lança é construída em tubo quadrado em aço estrutural (DIN 17100).
Os elementos da torre são construídos em cantoneira de aço estrutural (DIN 17100).
A plataforma rotativa é construída essencialmente através de secções soldadas a partir de chapa em
aço estrutural (DIN 17100).
A base fixa é construída através de tubos rectangulares em aço estrutural (DIN 17100) sendo as
sapatas de apoio constituídas fundamentalmente por secções ocas soldadas.
Todas as soldaduras são executadas segundo a norma DIN 4100.
Tanto a torre como a lança podem ser fornecidos com um tratamento de superfície de zincagem que
permite uma grande resistência à corrosão. Os restantes elementos estruturais são decapados antes
da aplicação de um primário à base de zinco e posteriormente pintados.

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Todos os elementos de ligação (cavilhas, parafusos, etc.) são submetidos a um tratamento de


electrozincagem antes de serem montados na grua.

ATENÇÃO! A estrutura desta grua é fabricada a partir de diferentes tipos de aço


estrutural DIN. Torna-se pois perigosa qualquer reparação ou substituição de
elementos com materiais desconhecidos.

2.3 Mecanismo de elevação

Este mecanismo é constituído por:


• 1 motor eléctrico;
• 1 freio;
• 1 redutor;
• 1 tambor.
O motor e o redutor estão montados sobre a contra-lança. O veio e o tambor estão montados entre as
longarinas da contra-lança.
A rotação do motor no qual está incorporado o freio, é reduzida por um redutor de engrenagens
cilíndricas e cónicas com veios de entrada e saída ortogonais.
À saída do redutor está ligado o veio de suporte do tambor de enrolamento do cabo do movimento de
elevação.
Classificação ISO 4301: M3 (elevação).

2.3.1 Motor

O motor de elevação é um motor eléctrico trifásico assíncrono, bobinado em gaiola, com três
velocidades e freio incorporado.
Alimentação 400 V / 50 Hz
Número de pólos (1ª / 2ª / 3ª) 16 / 4 / 2
Velocidades nominais (1ª / 2ª / 3ª) 375 / 1500 / 3000 min-1 IT42-1f
Potencias nominais (1ª / 2ª / 3ª) 2,2 / 9 / 9 kW
Velocidades nominais (1ª / 2ª / 3ª) 315 / 1390 / 2810 min-1 IT42-2f
Potencias nominais (1ª / 2ª / 3ª) 2,6 / 11 / 11 kW
Velocidades nominais (1ª / 2ª / 3ª) 375 / 1500 / 3000 min-1 IT42-3f
Potencias nominais (1ª / 2ª / 3ª) 3 / 13 / 13 kW
Velocidades nominais (1ª / 2ª / 3ª) 305 / 1374 / 2784 min-1 IT42-4f
Potencias nominais (1ª / 2ª / 3ª) 3,6 / 16 / 19 kW

2.3.2 Freio

Trata-se de um freio electromagnético tipo FCPL-DP que actua no momento em que falta a corrente
sendo a alimentação eléctrica feita em separado da do motor.

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O freio está equipado com uma bobina de corrente continua. A alimentação do freio é efectuada a partir
da placa de rectificação montada no quadro eléctrico geral da grua.
Alimentação 180 Vcc

2.3.3 Redutor

O redutor do mecanismo de elevação é um redutor de engrenagens cilíndricas e cónicas de três etapas


com veios de entrada e saída ortogonais.
Este tipo de redutor proporciona elevados rendimentos, funcionamento silencioso e uma grande
fiabilidade.
Índice de redução / Tambor de enrolamento 36,18-1 Ø 400 mm IT42-1f
-1
36,18 Ø 450 mm IT42-2f
-1
31,55 Ø 450 mm IT42-3f
-1
31,01 Ø 450 mm IT42-4f

2.4 Mecanismo de orientação

Este mecanismo é constituído por:


• 1 motor eléctrico;
• 1 freio;
• 1 embraiagem electromagnética (ralentisseur);
• 1 sistema cata-vento;
• 1 redutor;
• 1 pinhão;
• 1 cremalheira.
O conjunto freio-motor-redutor, estão montados rigidamente na contra-lança. A cremalheira faz a
ligação entre a plataforma rotativa e a contra-lança.
A cremalheira está ligada através de parafusos no aro interior da contra-lança e no aro exterior da
plataforma rotativa.
Um motor assíncrono normal apresenta uma característica momento/velocidade praticamente linear e
decrescente.
O ralentisseur opõe-se ao movimento através de um momento contrário, função da intensidade da
corrente de excitação e da velocidade de rotação.
Em conjunto com o freio, a rotação é reduzida por um redutor ao qual está ligado um pinhão que
engrena na cremalheira.
Classificação ISO 4301: M4

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2.4.1 Motor

O motor do movimento de orientação é um motor eléctrico trifásico assíncrono, bobinado em gaiola,


com uma velocidade e freio incorporado.
Alimentação 400 V / 50 Hz
-1
Velocidade nominal 1300 min
Potência nominal 3,7 kW

2.4.2 Freio

Trata-se de um freio electromagnético tipo FCO-CS que actua no momento em que falta a corrente
sendo a alimentação eléctrica feita em separado da do motor.
O freio está equipado com uma bobina de corrente continua. A alimentação do freio é efectuada a partir
da placa de rectificação montada no quadro eléctrico geral da grua.
Alimentação 20 Vcc

2.4.3 Ralentisseur

O ralentisseur é fundamentalmente uma embraiagem electromagnética por correntes de Foucault, de


indutor fixo e gaiola de aço enchavetada no veio.

2.4.4 Sistema Cata-vento

A colocação manual em cata-vento efectua-se do seguinte modo:


1. Levantar a alavanca de desbloqueio manual 4;
2. Carregar no botão 5;
3. Largar a alavanca de desbloqueio manual 4;
4. Libertar a pressão sobre o botão 5;
5. Verificar a liberdade do movimento de orientação.

Figura 2.2 - Sistema cata-vento

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A colocação eléctrica do cata-vento efectua-se do seguinte modo:
1. Carregar no botão de cata-vento. A buzina toca continuamente;
2. Carregar no botão de emergência. Desliga a buzina;
3. Desligar a corrente geral.
Para retirar o cata-vento:
1. Ligar a corrente geral;
2. Carregar no botão de marcha. A buzina toca continuamente;
3. Carregar no botão de rotação. Desliga a buzina e o cata-vento.
O sistema cata-vento está equipado com uma bobina de corrente continua. A alimentação do sistema
de cata-vento é efectuada a partir da placa de rectificação montada no quadro eléctrico geral da grua.
Alimentação 20 Vcc

2.4.5 Redutor

O redutor do movimento de orientação é um redutor de engrenagens epicicloidais de três etapas com


veios de entrada e saída alinhados.
Este tipo de redutor proporciona elevados índices de redução, funcionamento silencioso e tem uma
grande resistência.
Índice de redução 180-1

2.4.6 Cremalheira

Diâmetro exterior / interior 1144 / 870 mm


Altura total 100 mm
N.º de dentes / Módulo dos dentes 111 / 10 mm
N.º de parafusos 40 x (M20 x 150) + 36 x (M20 x 140)

2.5 Mecanismo de distribuição

Este mecanismo é constituído por:


• 1 motor eléctrico;
• 1 freio;
• 1 redutor;
• 1 tambor.
O motor e o redutor estão montados no início da lança sob um apoio rígido. A rotação do motor é
reduzida pelo redutor que tem ligado o veio de suporte do tambor de enrolamento do cabo do
movimento de distribuição.

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O controlo da sua velocidade de rotação é efectuado por um variador de frequência que controla a
frequência de entrada fornecida ao motor, e desse modo, o movimento do motor.
Classificação ISO 4301: M2

2.5.1 Motor

O motor de distribuição é um motor eléctrico trifásico assíncrono, com uma velocidade e freio
incorporado.
Alimentação 400 V / 50 Hz
-1
Velocidade nominal 1300 min
Potência nominal 3 kW

2.5.2 Freio

Trata-se de um freio electromagnético tipo FCO-CS que actua no momento em que falta a corrente
sendo a alimentação eléctrica feita em separado da do motor.
O freio está equipado com uma bobina de corrente continua. A alimentação do freio é efectuada a partir
da placa de rectificação montada no quadro eléctrico geral da grua.
Alimentação 20 Vcc

2.5.3 Redutor

O redutor do movimento de distribuição é um redutor de coroa dentada e parafuso sem-fim com veios
de entrada e saída ortogonais.
Este tipo de redutor proporciona elevados índices de redução, funcionamento silencioso e tem uma
grande resistência.
Índice de redução 40-1

2.6 Cabos de aço

Os diâmetros e constituição dos vários cabos de aço são determinados segundo a norma DIN 15020.

2.6.1 Cabo de elevação

Tipo de construção 24×7-CWS


Diâmetro nominal 10 mm
Tipo de enrolamento Antigiratório
Tipo de torção À direita
Classe de Resistência 1960 N/mm2
Tratamento superficial Galvanizado e lubrificado
Comprimento 140 m

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2.6.2 Cabo de distribuição

Tipo de construção 6×19M-CF


Diâmetro nominal 6 mm IT42-1f … 4f
8 mm IT42-1fd … 4fd
Tipo de enrolamento Cruzado
Tipo de torção À direita
Tensão de rotura 1770 N/mm2
Tratamento superficial Galvanizado
Comprimento 84 / 53 m Lança de 42 m
96 / 59 m Lança de 48 m (op.)

2.6.3 Cabo de segurança

Tipo de construção 6×19M-CF


Diâmetro nominal 8 mm
Tipo de enrolamento Cruzado
Tipo de torção À direita
Tensão de rotura 1770 N/mm2
Tratamento superficial Galvanizado
Comprimento 44 m Lança de 42 m
50 m Lança de 48 m (op.)

2.7 Tambores e roldanas

O diâmetro dos tambores e roldanas tal como os perfis dos rastos foram projectados de acordo com as
normas DIN 15061-1/2 e DIN 15062-1/2.

2.7.1 Cabo de elevação

Diâmetro de enrolamento no tambor 450 mm D/d = 45


Diâmetro de enrolamento nas roldanas 250 mm D/d = 25

2.7.2 Cabo de distribuição

Diâmetro de enrolamento no tambor 400 mm D/d = 67


Diâmetro de enrolamento nas roldanas 125 mm D/d = 21

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2.8 Acessórios de lingagem

Todos os acessórios de lingagem estão de acordo com a directiva CE relativamente às máquinas


possuindo uma carga de rotura no mínimo 4 vezes a carga de trabalho.

2.8.1 Corrente

Resistência G80
Carga útil 3150 kg / IT42-1f … 4f 5300 kg / IT42-1fd … 4fd
Tipo L = 250 mm; Ø = 10 mm L = 250 mm; Ø = 13 mm

2.8.2 Gancho

Resistência G80
Carga útil 3150 kg / IT42-1f … 4f 5300 kg / IT42-1fd … 4fd
Tipo Segurança automática e giratório

2.8.3 Manilha

Resistência G80
Carga útil 3150 kg / IT42-1f … 4f 5300 kg / IT42-1fd … 4fd
Tipo Omega

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2.9 Contrapesos

A geometria e a quantidade de contrapesos são calculados de modo satisfazer a norma ISO 12485 que
estabelece critérios de cálculo para a estabilidade ao derrube de gruas de torre.
A tolerância no peso final de cada bloco de betão é de 2%. Cada bloco deverá ser pesado e marcado
de uma maneira legível e permanente com o peso real do mesmo.
Considera-se uma densidade média de 2.4 para o betão armado.

2.9.1 Contrapesos da base

Figura 2.3 – Disposição dos contrapesos

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4000

300 1101 1798 Ø180

1100
890

Figura 2.4 - Geometria do contrapeso de 3200 kg (base de apoio 3,8 m)

3885
220 299

320

320 650
98

149
1389 844

Figura 2.5 - Armação metálica para o contrapeso de 3200 kg (ferro Ø12 mm)

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2.9.2 Contrapesos da contra-lança

Lança Peso Distância


(m) (kg) (m)
48 (Op.) 2500 7,190
2000 6,785
2000 6,405
1000 6,120
7500
42 2500 7,190
2000 6,785
2000 6,405
1000 6,120
7500
40 (Op.) 2500 7,190
2000 6,785
2000 6,405
1000 6,120
7500
36 2500 7,190
2000 6,785
2000 6,405
1000 6,120
7500
30 2500 7,190
2000 6,785
2000 6,405
1000 6,120
7500
24 2500 7,190
2000 6,785
2000 6,405
6500
Montagem da grua 2500 7,190
2500

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Figura 2.6 - Geometria dos contrapesos

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2.10 Instalação eléctrica

A instalação eléctrica obedece, nas suas características gerais, à norma IEC 60204 relativa ao
equipamento eléctrico de máquinas, e à norma IEC 60439 relativa à compatibilidade electromagnética
de equipamentos.
A alimentação da grua deve ser efectuada com uma tensão de 400V (+6% -10%) 50Hz. Se a tensão for
demasiado baixa, reduz a potência nos motores e podem ser actuados os freios involuntariamente.

2.10.1 Quadros eléctricos

Os quadros eléctricos (parcial e geral) respondem a todos os casos normais de aplicação no exterior no
que diz respeito à presença de água, presença de corpos sólidos, choques mecânicos e vibrações. O
grau de protecção correspondente é IP 54 (IEC 529).
O acesso aos quadros deve ser limitado ao operador da grua ou a pessoal qualificado para a
manutenção eléctrica. As chaves dos quadros eléctricos devem estar à guarda do operador da grua.

2.11 Dispositivos de segurança

Os dispositivos de segurança instalados na grua destinam-se a evitar as consequências de uma


manobra anormal. Não são elementos de utilização constante e não devem ser usados como tal. O
operador deve estar atento em qualquer altura, obedecendo às regras de segurança e às
características da máquina, evitando o accionar de qualquer um destes dispositivos.

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ATENÇÃO! Inspeccione diariamente os dispositivos de segurança. Nunca desregule ou


curto-circuite as ligações dos interruptores deliberadamente visando obter melhores
performances da máquina.

2.11.1 Limitadores de movimento

2.11.1.1 Limitador de elevação

Este dispositivo encontra-se fixado no tambor de enrolamento do cabo de elevação.


Funções a desempenhar:
• Evitar que o cabo de elevação se desenrole completamente do tambor e inverta o sentido de
enrolamento;
• Evitar que o moitão choque com o carrinho durante o movimento de elevação.
Este limitador regista o número de revoluções que são efectuadas pelo veio e logo, indirectamente, o
comprimento de cabo desenrolado.
Caso sejam ultrapassadas as posições máxima ou mínima do moitão, são accionados, através de
cames, os interruptores SE2 (Segurança Elevação 2ª vel.) e SED (Segurança Elevação Descida) ou
SES (Segurança Elevação Subida), que provocam o abrandamento e paragem do motor de elevação.
A partir deste momento só existe a possibilidade de mover o tambor de elevação no sentido inverso ao
praticado antes da paragem.

2.11.1.2 Limitador de orientação

Este dispositivo encontra-se fixado na cabeça junto à cremalheira.


Funções a desempenhar:
• Evitar a torção excessiva e consequente deterioração dos cabos eléctricos que se encontram nos
mastros.
Este limitador regista o número de voltas que são efectuadas pela grua através de um carreto que
engrena na cremalheira.
Caso sejam ultrapassadas 2 voltas no mesmo sentido a partir da posição inicial, são accionados,
através de cames, os interruptores SRD (Segurança Rotação Direita) ou SRE (Segurança Rotação
Esquerda), que provocam a paragem do motor de orientação.
A partir deste momento só existe a possibilidade de mover a lança no sentido inverso ao praticado
antes da paragem.

2.11.1.3 Limitador de distribuição

Este dispositivo encontra-se fixado no tambor de enrolamento do cabo de distribuição.


Funções a desempenhar:
• Impedir que o carrinho se desloque para além da sua zona normal de acção, evitando por um lado
que se aproxime demasiado da torre, e por outro, que se aproxime demasiado da ponta da lança.

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Este limitador regista o número de revoluções que são efectuadas pelo veio e logo, indirectamente, o
comprimento de cabo desenrolado.
Caso sejam ultrapassadas as posições máxima ou mínima do carrinho, são accionados, através de
cames, os interruptores SC2 (Segurança Carrinho 2ª vel.) e SCF (Segurança Carrinho à Frente) ou
SCA (Segurança Carrinho Atrás), que provocam o abrandamento e paragem do motor de distribuição.
A partir deste momento só existe a possibilidade de mover o carrinho no sentido inverso ao praticado
antes da paragem.

2.11.2 Limitadores de carga

2.11.2.1 Limitadores do momento de derrube

Estes dispositivos encontram-se fixados no tirante de ligação da cabeça com a lança.


Funções a desempenhar:
• O limitador CCF (Carga Carrinho à Frente) impede de mover, no sentido da ponta da lança, uma
carga superior àquela que tenha como efeito um momento de derrube inadmissível da grua;
• O limitador SMD (Segurança Momento Derrube) impede a elevação, em qualquer ponto da lança, de
uma carga superior àquela que tenha como efeito um momento de derrube inadmissível da grua.
A força de tracção da lança, resultante de uma qualquer carga, provoca uma pequena deformação do
tirante proporcional a esse momento. Duas barras soldadas amplificam o movimento obtido que é
aproveitado para accionar os limitadores.
No momento em que CCF se acciona, torna-se impossível avançar a carga no sentido da ponta da
lança.
No momento em que SMD se acciona, liga-se o sinal sonoro e torna-se impossível subir a carga. Para
desligar o sinal sonoro tem de se baixar a carga.

2.11.2.2 Limitadores de carga máxima

Estes dispositivos encontram-se fixados na cabeça.


Funções a desempenhar:
• O limitador SGV (Segurança Grande Velocidade) impede a elevação de uma carga superior à
calibrada para a velocidade máxima de elevação;
• O limitador SCM (Segurança Carga Máxima) impede a elevação de uma carga superior à carga
máxima da grua em qualquer velocidade de elevação.
A força de tracção do cabo da elevação, resultante de uma qualquer carga, provoca uma pequena
deformação das molas montadas junto à roldana da cabeça. Uma barra soldada amplifica o movimento
obtido que é aproveitado para accionar os limitadores.
No momento em que SGV se acciona, torna-se impossível accionar a velocidade máxima de elevação.
No momento em que SCM se acciona, liga-se o sinal sonoro e torna-se impossível subir a carga. Para
desligar o sinal sonoro tem de se baixar a carga.

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3 TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAMENTO

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3.1 Transporte

Os seguintes conjuntos da grua são transportados em separado:


• Base de apoio;
• Cabeça;
• Contra-lança;
• Contrapesos;
• Elementos da lança;
• Elementos da torre.

3.2 Movimentação

A elevação da máquina através de uma grua móvel (auto-grua) deve ser feita com as devidas
precauções.
A operação de movimentação deve ser previamente planeada tendo em conta as várias condicionantes
que possam existir. A execução deve ser deixada a pessoal especializado.
Alguns pontos a ter em conta são:
• Peso total e dimensões do equipamento a elevar;
• Capacidade de carga e alcance da grua móvel (auto-grua);
• Existência de lingas de correntes e acessórios de elevação.

ATENÇÃO! Cumpra sempre as regras gerais de segurança durante as operações de


elevação e movimentação. Caso surjam dúvidas consulte o Manual de Instruções da
grua.

3.3 Armazenamento

Durante o armazenamento prolongado devem ser tomadas algumas precauções de modo a evitar a
deterioração da grua. O acesso à máquina durante estes períodos deve ser condicionado a pessoal
autorizado.
A máquina deve ser, sempre que possível, armazenada num local abrigado preferencialmente coberto
de modo a evitar a oxidação e corrosão da estrutura da grua e dos cabos de aço. Consequentemente,
devem ser evitados ambientes particularmente corrosivos tal como locais próximos do mar e locais de
elevada humidade (< 90%).
Prolongadas exposições a baixas temperaturas (< -40ºC), podem deteriorar componentes sintéticos
nomeadamente os cabos condutores de electricidade. De igual modo podem surgir danos durante
exposições prolongadas a elevadas temperaturas (> 40ºC).
Em situações onde existe movimentação de cargas ou de veículos perto da grua estacionada devem
ser tomadas precauções de modo a não haver danificação mecânica da mesma.
Em qualquer caso deve ser feita uma inspecção geral à grua no final de um tempo prolongado de
armazenamento ou quando esta esteve sujeita a condições atmosféricas particularmente adversas.

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4 INSTALAÇÃO

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4.1 Local de serviço

ATENÇÃO! Em muitas situações torna-se necessária a autorização de entidades


públicas para a montagem e utilização de gruas. Informe-se previamente.

O acesso à máquina deve ser negado a pessoas não autorizadas. É pois conveniente prever uma
vedação do estaleiro ou, pelo menos da zona circundante da base da grua.
Na escolha do local de serviço há que ter em conta vários aspectos descritos nos pontos seguintes.

4.1.1 Transporte

Para existir a possibilidade de colocar e retirar a máquina do local de serviço há que prever um corredor
para a rebocagem ou o espaço para a movimentação aérea antes ou após a sua utilização.

4.1.2 Montagem e desmontagem

Há que ter em conta o espaço necessário para a montagem e desmontagem da grua.

4.1.3 A existência de espaços de passagem.

De modo a evitar esmagamentos de pessoas durante a rotação da grua, há que ter atenção em deixar
pelo menos 50 cm de espaço entre o raio de acção da grua e uma qualquer parede ou outro objecto.

4.1.4 Rotação livre

Há que ter em conta o espaço necessário para permitir a rotação livre e a 360º da grua. A lança da
máquina não pode interferir com edifícios, árvores, postes de electricidade ou telefone, bens
empilhados ou áreas de acesso púbico. Há que igualmente ter em conta a altura final da construção a
executar.

4.1.5 Linhas de transmissão de electricidade

Antes da instalação da grua há que verificar a existência ou não de linhas aéreas de transmissão de
energia eléctrica. Na prática existem duas categorias:
• Linhas de baixa tensão (tipicamente suportadas por postes de betão ou de madeira);
• Linhas de alta tensão (tipicamente suportadas por torres de aço).
Em nenhuma parte da grua deve existir a possibilidade de contacto eléctrico no caso de linhas de baixa
tensão e a distancia mínima das linhas de alta tensão deve ser 5 m.
Caso surja a necessidade de realizar operações em que exista o risco de contacto com uma linha de
tensão, deve ser contactada a autoridade responsável de modo a ser desligado o respectivo ramal.
Todos os condutores devem ser considerados em qualquer altura como estando em tensão, a não ser
que haja informações incontestáveis do caso contrário.

4.1.6 Interferência com gruas ou com objectos

O espaço mínimo para a passagem de pessoas entre as partes mais salientes da grua deve ter 0,6 m
de largura e 2,5 m de altura.

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Se várias gruas se encontram próximas entre si, a localização destas deve ser estabelecida de forma
que entre as lanças e os mastros susceptíveis de colidirem haja uma distância mínima de 2 m, a
distancia vertical entre o elemento mais alto da outra grua deve ter no mínimo 3 m e o espaço livre
vertical entre a lança e a última área de circulação de pessoal deve ter no mínimo 3 m.
Se uma grua se move nos extremos da via deve ser instalado um dispositivo no final da via de forma
que a grua pare a uma distância de 0,5 m do fim da via. Estes últimos devem ser instalados no mínimo
a 1 m do final da via.

4.1.7 Planicidade do solo

A inclinação máxima dos apoios em relação à horizontal não pode exceder 5%. Em qualquer caso há
que ter o cuidado em providenciar apoios que permitam nivelar a máquina sem permitir
escorregamentos.

4.1.8 Resistência e estabilidade do solo

Nas imediações da máquina não podem ser executadas operações que instabilizem o solo tais como
escavações ou explosões. De igual modo não podem existir cavidades subterrâneas ou linhas de água
que retirem resistência ao solo.

4.1.9 Ventos fortes

A presença de edifícios pode dar origem a locais onde ocorrem frequentemente ventos fortes. Em
qualquer caso deve ser tido em conta a direcção dos ventos predominantes.

4.1.10 Proximidade de aeródromos

Caso a grua deva ser montada na vizinhança de um aeródromo ou aeroporto devem ser contactadas as
respectivas autoridades de modo a tomar conhecimento das regras e procedimentos locais.

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4.2 Instalação da base

ATENÇÃO! O fabricante desta grua declina qualquer responsabilidade em relação à


resistência e estabilidade do terreno e do tipo de betão utilizado na manufactura da
base chumbada.

4.2.1 Base sobre solo

A grua é fornecida com niveladores nas sapatas de apoio que servem para estabilizar e nivelar a base
da grua sobre o solo. Sob estes niveladores devem ser colocados calços de madeira dura de boa
qualidade e em bom estado de conservação.

Figura 4.1 - Dimensões (mm) dos calços de madeira

Admite-se para o solo uma resistência média de 3 kg/cm2 como valor mínimo para a montagem da
base sobre o solo. Antes de posicionar os calços de madeira é conveniente calcar o solo com bastante
intensidade.
Caso o solo não apresente as características de resistência mínimas, deve-se proceder à montagem da
base sobre betão conforme ilustrado anteriormente.
Colocação da base sobre os calços de madeira:
1. Remover as cavilhas de fixação dos braços da base;
2. Rodar os braços até à posição de serviço e introduzir as cavilhas nos furos adequados de modo a
impossibilitar a rotação dos braços;
3. Acertar a posição da base em relação aos calços de madeira;
4. Desenroscar os fusos dos niveladores até as placas assentarem sobre os calços de madeira;
5. Acertar o nível segundo o comprimento e a largura da base ajustando os niveladores. Há que ter o
cuidado de não movimentar os calços durante esta operação;
6. Verificar se os fusos não estão desenroscados para além do meio da rosca. Caso isto se verifique
baixar todos os niveladores de modo a atingir a altura de rosca indicada.
7. Verificar novamente o nível em ambas as direcções.
Verifique o nivelamento no final da montagem e posteriormente todos os dias antes da entrada da grua
em serviço. Se existir algum desvio importante há que investigar as causas do mesmo e tomar
providências para tornar segura a posição da grua.

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4.2.2 Base sobre betão

PRESSÃO
BASE
ADMISSÍVEL
SOBRE BETÃO
DO TERRENO
Altura Largura Altura Base Em Fora Em Fora
da grua de betão de betão de apoio serviço de serviço serviço de serviço
(m) A (m) H (m) B (m) M (kgm) P (kg) T (kg) M (kgm) P (kg) T (kg) δt(kg/cm2) δt(kg/cm2)

12-30 4,6 0,4 3,2 -70419 -59146 -2016 -66186 -55146 -4712 1,5 1,5
33-42 5,1 0,4 3,8 -91110 -93696 -2844 -133040 -89696 -6689 1,5 1,5
45-48 6 0,5 4,5 -103950 -102646 -3294 -176304 -98646 -8060 1,5 1,5
51-60 7,2 0,6 6 -135080 -125546 -4273 -284216 -121546 -10951 1,5 1,5

Figura 4.2 - Base sobre betão para diversas alturas

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4.2.3 Base chumbada

Figura 4.3 - Base chumbada para as diversas alturas

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4.3 Enrolamento dos cabos de aço

Antes de proceder à montagem da grua devem ser verificados os vários enrolamentos dos cabos de
aço de modo a evitar qualquer problema devido a cabos desviados da posição durante o transporte:
• O cabo de elevação deve estar devidamente enrolado no tambor de enrolamento respectivo e
passar correctamente pelas roldanas no topo da contra-lança, no carrinho e no moitão;
• O cabo de distribuição deve estar devidamente enrolado no tambor de enrolamento respectivo e
passar correctamente pelas roldanas na lança.
De igual modo deve ser verificado o bom funcionamento das roldanas. Se alguma roldana não rodar ou
o fizer com dificuldade, devem ser substituídos os rolamentos da mesma.

Figura 4.4 - Enrolamento do cabo de elevação

Figura 4.5 - Enrolamento do cabo de elevação (4 cabos)

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Figura 4.6 - Enrolamento do cabo de distribuição

4.4 Ligações eléctricas

4.4.1 Ligação à terra

A ligação da grua à terra deve ser feita segundo as normas internacionais (IEC/CENELEC). O varão em
cobre deve ter as dimensões mínimas em conformidade com a norma VDE100.
A grua possui um terminal próprio para esta ligação, que se encontra num dos braços de apoio da base
da grua. O cabo condutor que liga a grua à terra deverá ter uma secção mínima de 20 mm2 e não pode
passar por interruptores ou fusíveis.
Os varões de terra devem possuir um terminal soldado de modo a permitir a fixação do cabo condutor.
Junto à superfície deve existir uma caixa de protecção com uma abertura de modo que a ligação do
cabo ao varão esteja protegida e possa ser verificada.
Caso a humidade do solo seja insuficiente, torna-se necessário humedecer regularmente o solo à volta
do varão.

ATENÇÃO! A ligação à terra deverá ser independente do condutor neutro do cabo de


alimentação da grua.

4.4.2 Ligação à rede

A ligação à rede do estaleiro é da responsabilidade do utilizador.


O cabo eléctrico de alimentação a utilizar deve ter uma secção mínima que evite uma queda de tensão
superior a 5% entre a tomada do estaleiro e o interruptor geral da máquina.
Em concordância com este valor, e tendo em conta o comprimento total do cabo, deve também ser
escolhida a sua secção em conformidade com a potência eléctrica instalada.

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Figura 4.7 - O cabo eléctrico de alimentação não deve estar enrolado em serviço

A ligação da grua à rede eléctrica deve passar pelos seguintes aspectos:


• As características da energia eléctrica disponível no local de instalação deve ser verificada quanto à
compatibilidade com a máquina em termos de tensão, corrente e frequência eléctrica;
• Devem ser utilizadas as protecções adequadas de modo a interromper o fornecimento de energia
eléctrica à grua em caso de curto-circuito, sobrecarga eléctrica ou passagem de corrente eléctrica
para a terra.

ATENÇÃO! A máquina trabalha com tensões de alimentação perigosas. Verifique a


correcta ligação dos condutores eléctricos antes da ligação à rede. Cumpra as normas
e procedimentos de segurança em relação ao trabalho com material eléctrico.

A ligação à rede eléctrica é efectuada através do quadro eléctrico parcial, pendurado no primeiro
mastro junto à base de apoio da grua:
1. Verificar se os interruptores gerais dos quadros eléctricos (parcial e geral) estão desligados;
2. Verificar a ligação eléctrica do cabo de alimentação;
3. Verificar a ligação eléctrica do cabo de terra;
4. Estabelecer ligação ao quadro eléctrico parcial;
5. Ligar os interruptores gerais dos quadros eléctricos (parcial e geral);
6. Verificar a tensão eléctrica nos quadros eléctricos (parcial e geral);
7. Testar o sentido de rotação dos motores.

ATENÇÃO! Não efectue junções, derivações ou modificações de algum tipo ao longo


das linhas de alimentação. Utilize sempre um cabo inteiro com a secção recomendada
e o mínimo comprimento. Verifique regularmente o bom estado dos contactos e
ligações eléctricas.

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5 MONTAGEM E DESMONTAGEM

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5.1 Generalidades

Qualquer grua de torre deve ser montada ou desmontada sob orientação de pessoal especializado.
Como os procedimentos de montagem podem ser muito variados de grua para grua torna-se essencial
seguir as instruções do Manual de Instruções para a montagem correcta e em segurança de cada
modelo de grua.
Este Manual de Instruções deve pois estar a ser seguido atentamente durante estas operações de
modo a se evitar danos materiais ou pessoais ou perdas de tempo desnecessárias.
Em caso de dúvidas ou falta de pessoal habilitado deve ser contactado o fabricante que dispõe de
pessoal especializado e habilitado para a montagem da máquina.
Quaisquer normas gerais de segurança existentes para o local de trabalho devem ser respeitadas.

ATENÇÃO! Grande parte dos acidentes com gruas de torre, ocorrem durante a
montagem ou desmontagem das mesmas. Os procedimentos descritos neste capítulo
devem ser cumpridos escrupulosamente de modo a evitar acidentes.

Algumas indicações gerais:


• Colocar sempre as gulpilhas nas cavilhas;
• Ter o cuidado de não sujar ou danificar os cabos de aço;
• Efectuar os vários movimentos em pequena velocidade;
• Parar imediatamente o movimento em caso de prisão;
• Consultar este manual antes de cada montagem ou desmontagem.

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5.2 Montagem da grua

Pressupõe-se que a grua se encontra nas devidas condições, mencionadas nas instruções para a
instalação, nomeadamente:
• Correctamente nivelada;
• Cabos de aço em posição;
• Correctamente ligada à terra e à rede eléctrica local.
A montagem da grua deve ser efectuada num dia com boa visibilidade e com vento pouco intenso.
Devem ser evitadas situações de chuva intensa ou de nevoeiro. Em caso de dúvidas acerca das
condições atmosféricas na altura da montagem, deve ser consultado um boletim meteorológico. A
velocidade do vento não deverá ser superior a 15 m/s (54 km/h) durante a montagem.

ATENÇÃO! Nunca efectuar montagens durante a noite.

A pessoa responsável pela montagem deve certificar-se junto do responsável pela obra de que os
contrapesos existem em quantidade e qualidade suficientes para a colocação destes na grua. Em caso
de dúvidas devem ser verificadas as medidas exteriores dos mesmos de acordo com as dimensões
exigidas neste Manual de Instruções.

ATENÇÃO! Evitar a aproximação à grua de pessoas e bens durante a montagem. Os


procedimentos descritos de seguida devem ser cumpridos escrupulosamente de
modo a evitar acidentes. As operações devem ser efectuadas apenas por pessoal
qualificado.

Nenhuma montagem deve ser considerada como concluída sem haver uma inspecção final da grua de
acordo com a seguinte lista:
1. Verificar a posição e o estado dos apoios e do solo circundante;
2. Confirmar novamente que os contrapesos e lastros estão em quantidade correcta e devidamente
posicionados na grua;
3. Inspeccionar em pormenor o sistema de encaixe dos mastros;
4. Verificar se todos os freios dos vários mecanismos estão livres de produtos de conservação,
gorduras ou tintas. Caso se verifique alguma contaminação dos freios há que proceder à sua
limpeza com um produto adequado;
5. Confirmar se o sentido de rotação dos motores está de acordo com as indicações da botoneira;
6. Confirmar o funcionamento dos mecanismos, em especial a actuação dos freios e embraiagens;
7. Verificar se todos os limitadores estão a desempenhar correctamente as suas funções;
8. Inspeccionar a lubrificação da cremalheira. Esta deve apresentar uma quantidade uniforme de
massa consistente ao longo de todo o perímetro da mesma;
9. Confirmar se todas as cavilhas e parafusos estão correctamente colocados e devidamente
apertados;
10. Verificar o nível de lubrificante de todas as caixas redutoras;
11. Inspeccionar todos os cabos eléctricos exteriores, confirmando que estes se encontram em bom
estado e na devida posição.

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5.2.1 Montagem seccionada

Figura 5.1 – Montagem da base Figura 5.2 – Montagem do mastro (ver figura 5.4)

Figura 5.3 – Colocação dos contrapesos da base (ver paragrafo 2.1.5)

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IT40f / IT42f / IT46f / IT51f
Altura comercial - Commercial height - Коммерческая высота (m) 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45 48 51 54 57 60 63 66 69 72
12,3 15,1 17,1 19,9 23,9 26,9 29,7 32,7 35,5 38,5 41,2 44,2 47,2 50,1 53,0 55,9 58,8
Altura teórica - Theoretical height - Теоретическая высота (m)
11,1 13,9 16,9 19,7 22,7 25,5 28,5 31,5 34,3 37,3 40,0 43,0 45,9 48,9 51,7 54,7 57,5 60,5 63,3 66,8 69,1

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MAS3 mont. 1,15 L150x12 (L70) L=2980 F50 M50 71330-0004 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x
MAS2 mont. 1,15 L150x12 (L70) L=5800 F50 M50 71320-0019 A527S 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x
MAS1 mont. 1,15 L150x12 (L70) L=11600 F50 M50 71310-0062 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 2x 1x 2x 1x 2x 1x 2x 1x 2x 1x 2x 1x 2x
irmãos tavares

MAS1 mont. 1,15 L150x15 (L70) L=11600 F50 M50 71310-0065 A557S 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x
MAS2 mont. 1,15 L180x18 (L80) L=5800 F50 M50 "boster" 71320-0062 A888S 1x 1x

MAS cónico mont. 1,15 / 1,60 PL180x15 (L90) L=5800 71350-0016 D859S 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x
MAS2 mont. 1,60 L180x15 (L90) L=5800 F50 M50 71320-0048 B859S 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x

MAS cónico mont. 1,60 / 2,05 PL180x15 (L90) L=5800 71350-0009 F859S 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x
MAS2 mont. 2,05 L180x18 (L90) L=5800 F60 M50 esp. 71320-0052 C889E 1x 1x 1x 1x 1x 1x
MAS2 mont. 2,05 L180x18 (L90) L=5800 F60 M60 71320-0071 C889S 1x 1x 1x 1x
MAS2 mont. 2,05 L200x18 (L90) L=5800 F60 M60 71320-0068 C089S 1x 1x

Base montada 3,2m HEB 500 71110-0060 - 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x

REPRODUÇÃO PROIBIDA
Base montada 3,8m HEB 500 71110-0069 - 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x
Base montada 4,5m HEB 600 71110-0067 - 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x
Base montada 6,0m HEB xxx 71110-xxxx - 1x 1x 1x 1x 1x 1x

MAS4 mont. 1,15 L150x15 (L70) L=1500 F50 71340-0002 G557S 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x 1x


MAS4 mont. 1,15 L180x18 (L80) L=1500 F50 71340-0005 G888S 1x 1x

MAS4 mont. 1,60 L180x15 (L90) L=1500 F50 71340-0006 J859S 1x 1x

MAS4 mont. 2,05 L180x15 (L90) L=2000 F50 71340-0008 K859S 1x 1x


MAS4 mont. 2,05 L180x18 (L90) L=2000 F60 71340-0010 K889S 1x 1x 1x 1x
MANUAL DE INSTRUÇÕES

MAS4 mont. 2,05 L200x18 (L90) L=2000 F60 71340-0011 K089E 1x 1x


LOS DATOS SE PUEDEN MODIFICAR SIN LA ADVERTENCIA ANTICIPADA - THE DATA CAN BE CHANGE WITHOUT NOTICE - ИНФОРМАЦИЯ МОЖЕТ БЫТЬ ИЗМЕНЕНA БЕЗ ПРЕДУПРЕЖДЕНИЯ

Figura 5.4 – Tabela de composição de mastros sem amarração (revisão n.º 22)

DC.005 R00
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Figura 5.5 – Montagem da cabeça Figura 5.6 – Montagem da contra-lança

Figura 5.7 – Colocação dos contrapesos necessários para montar a lança (ver paragrafo 2.9.2)

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Lança/pluma/braccio E1a E2a E2 E3 E4 E5a E5 E6a E6b

(Op.) 48 m X X X X X X X X
42 m X X X X X X X
(Op.) 40 m X X X X X X X
36 m X X X X X X
30 m X X X X X
24 m X X X X

Figura 5.8 – Montagem da lança

Figura 5.9 – Colocação dos restantes contrapesos da contra-lança (ver paragrafo 2.9.2)

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5.2.2 Montagem telescopada

Figura 5.10 – Montagem telescopada para diversas alturas e respectivas amarrações

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Figura 5.11 – Montagem do mastro para montar o mastro de telescopar (ver figura 5.4)

Figura 5.12 – Montagem da cabeça Figura 5.13 – Montagem da contra-lança

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Figura 5.14 – Colocação dos contrapesos necessários para montar a lança (ver paragrafo 2.9.2)

Figura 5.15 – Montagem da lança (ver figura 5.8)

Figura 5.16 – Colocação dos restantes contrapesos da contra-lança (ver paragrafo 2.9.2)

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Figura 5.17 – Montagem do mastro de telescopar

Figura 5.18 – Colocação do mastro na viga

Figura 5.19 – Colocação de mastro no moitão para equilíbrio

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Figura 5.20 – Abertura para montagem do mastro

5.3 Desmontagem da grua

A desmontagem da grua desenrola-se praticamente no sentido inverso ao da montagem. Há que ter em


conta os cuidados que foram mencionados no início deste capítulo.

ATENÇÃO! Evitar a aproximação à grua de pessoas e bens durante a desmontagem.


Proceda sempre com o máximo cuidado e evacue a zona de perigo da máquina.

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6 UTILIZAÇÃO E REGULAÇÃO

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6.1 Qualificação do operador

A movimentação de qualquer parte da grua, quer esteja a elevar uma carga ou não, só deve ser
permitida a uma pessoa competente e devidamente nomeada pelo técnico responsável da obra ou por
outra pessoa com funções de chefia.
O operador da grua deve possuir aptidões mínimas para poder ser nomeado. Enumeram-se de seguida
as qualidades elementares que o operador deve possuir:

• Ter a idade mínima de 18 anos;

• Estar apto fisicamente e mentalmente para o cargo;

• Ter a formação necessária para a utilização da máquina;

• Conhecer as características gerais e os aspectos funcionais da grua;

• Ter lido as instruções de utilização deste Manual de Instruções.


As pessoas encarregadas de trabalharem com a grua têm de ser familiarizadas com as medidas de
segurança necessárias. Em casos especiais de utilização cabe ao técnico responsável enunciar as
instruções suplementares e dá-las a conhecer aos operadores e restante pessoal em contacto com a
grua.

6.1.1 Responsabilidades do operador

As responsabilidades do operador incluem:

• Execução de todas as manobras que envolvam a movimentação da grua;

• Conhecimento das instruções contidas neste Manual de Instruções;

• Cumprimento das normas gerais de segurança;

• Cumprir e fazer cumprir os procedimentos descritos neste Manual de Instruções;

• Operações de manutenção primária, incluindo a limpeza da máquina.

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6.2 Comandos

6.2.1 Descrição

A grua pode ser comandada através de uma botoneira ligada à máquina por um cabo eléctrico ou
através de um comando rádio. Todas as operações de utilização podem pois ser controladas a partir do
solo.

ATENÇÃO! O fabricante desta grua recomenda a utilização de comandos rádios


devidamente homologados.

A botoneira é constituída normalmente pelos botões seguintes:

XSC XFR XD XS XRE XRD XCA XCF XP XM/XAL

O 1

Figura 6.1 – Botoneira

Botão Função

XSC Botão de cata-vento

XFR Botão de freio de rotação

XD e XS Botão de elevação descida e subida

XRE e XRD Botão de rotação esquerda e direita

XCA e XCF Botão de carrinho atrás e à frente

XP Botão de paragem

XM/XAL Botão de marcha/alarme

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6.2.2 Funcionamento

O botão XP desliga o circuito de potência da grua. Este botão deve ser premido em caso de
emergência ou sempre que o operador abandona os comandos da grua.

O botão XM/XAL liga o circuito de potência da grua e provoca a emissão de um sinal auditivo. Sempre
que se inicia o trabalho com a grua terá que se premir este botão com o botão XP desactivado.

Os botões XS e XD relativos ao movimento de elevação possuem ambos três posições. Ao pulsar


normalmente, é seleccionada a primeira velocidade de elevação. Pulsando novamente e mais
intensamente, é seleccionada a segunda velocidade de elevação. Pulsando mais, obtém-se a terceira
velocidade e a máxima de elevação.
Existem algumas situações de excepção que impossibilitam certos movimentos:
• Quando a carga a elevar é superior à carga máxima admissível, apenas é permitido baixar a carga;
• Quando a carga a elevar é superior à carga admissível para uma dada posição do carrinho, apenas
é permitido baixar a carga ou recuar o carrinho;
• Quando a carga a elevar é superior à carga admissível para a velocidade máxima, não é possível a
mudança para esta velocidade;
• A velocidade máxima de elevação só é activada 4 segundos após o início do movimento de
elevação.

Os botões XRE e XRD relativos ao movimento de orientação possuem ambos três posições. Ao pulsar
normalmente, é seleccionada a primeira e automaticamente a segunda velocidade de rotação.
Pulsando novamente e mais intensamente, é seleccionada a terceira velocidade de rotação. Pulsando
mais, obtém-se a quarta velocidade e a máxima de rotação.
Quando a grua roda o número máximo de voltas autorizado no mesmo sentido, apenas é permitido
rodar a grua no sentido contrário.

Os botões XCF e XCA relativos ao movimento de distribuição possuem ambos três posições. Ao pulsar
normalmente, é seleccionada a primeira velocidade do carrinho. Pulsando novamente e mais
intensamente, é seleccionada a segunda velocidade do carrinho. Pulsando mais, obtém-se a terceira
velocidade e a máxima do carrinho.
Quando a carga elevada é superior à carga admissível na ponta da lança só é possível recuar o
carrinho ou baixar a carga.

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6.3 Sinais de comunicação

Em muitas situações torna-se indispensável o recurso a sinais visuais de comunicações entre um


trabalhador e o operador da grua. A norma ISO 9925-1 especifica quais os sinais de mão a serem
usados para a definição dos movimentos a serem efectuados pelo operador.

Figura 6.2 - Sinais de Comunicação

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6.4 Instruções de operação e controlo

As gruas só podem ser usadas para determinados fins, nomeadamente operações de elevação e
movimentação, dentro dos limites de utilização definidos neste Manual de Instruções.

ATENÇÃO! Qualquer uso dado à máquina fora dos limites de utilização previstos pode
levar a graves acidentes.

As seguintes instruções devem ser seguidas pelo operador da grua de modo a garantir a segurança de
pessoas e bens, bem como o bom funcionamento e a longevidade da máquina.

6.4.1 No início de serviço

• Verificar se a velocidade do vento é inferior a 70 km/h;


• Verificar se a temperatura ambiente se situa entre -15 e 45ºC (limite de operacionalidade);
• Verificar os apoios e a resistência do solo circundante a estes;
• Verificar o nivelamento da grua;
• Verificar o alinhamento da lança e da torre;
• Verificar o estado e a posição dos contrapesos;
• Verificar o estado e o enrolamento dos cabos de aço;
• Verificar se não foram acrescentados objectos estranhos à máquina;
• Verificar o estado dos cabos eléctricos e da ligação à terra;
• Verificar se a fonte de tensão está dentro dos limites especificados;
• Ligar os interruptores gerais da máquina;
• Verificar visualmente os dispositivos de segurança;
• Verificar o corte eléctrico de emergência;
• Verificar o funcionamento do sinal sonoro;
• Verificar o funcionamento dos dispositivos de segurança;
• Suprimir a rotação livre da grua ao vento;
• Ensaiar todos os movimentos da grua sem carga;
• Ensaiar todos os movimentos com carga.
Caso a grua tenha estado fora de serviço durante mais de uma semana, deve ser conduzido um exame
mais pormenorizado que, para além dos pontos anteriores, deve incluir os pontos do parágrafo 6.4.7.

6.4.2 Durante o serviço sem vento

• Antes de levantar uma carga deve ter-se uma visão perfeita da mesma e do espaço de trabalho;
• Evitar o movimento de cargas em situações onde não existe boa visibilidade;

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• Programar os movimentos com antecedência especialmente em caso de manobras complicadas;


• Usar correctamente os acessórios de elevação (lingas, ganchos, garfos, etc.);
• Prender a carga a elevar de maneira a que a mesma não possa efectuar movimentos imprevistos;
• Não amarrar cargas excentricamente ao centro de gravidade das mesmas;
• Avaliar o peso da carga e sua posição antes de a levantar;
• Não ultrapassar a carga máxima permitida para cada posição do carrinho;
• Não levantar cargas superiores às permitidas para uma dada velocidade;
• Não levantar cargas que estejam fixas ao chão ou a outro local;
• Não levantar ou repousar carga sobre suportes instáveis;
• Não passar cargas sobre pessoas sem aviso prévio;
• Não levantar pessoas com a carga ou sem ela;
• Não efectuar a elevação da carga obliquamente;
• Não arrastar ou puxar cargas horizontalmente;
• Não levantar ou repousar carga na velocidade máxima;
• Nunca engatar ou bater com a carga em obstáculos;
• Nunca aproximar demasiado as cargas à torre da grua (> 2 m);
• Não balançar propositadamente a carga;
• Eliminar sempre as oscilações da carga durante o seu movimento;
• Não deixar cair a carga abruptamente;
• Não dar folga ao cabo da elevação pousando o moitão sobre o chão;
• Não usar habitualmente a paragem de emergência para suspender movimentos;
• Nunca desregular ou curto-circuitar os dispositivos de segurança;
• Parar imediatamente todos movimentos em caso de emergência.

6.4.3 Durante o serviço com vento

Em adição ao que foi referido para o caso de serviço sem vento:

• Não utilizar a grua quando a velocidade do vento ultrapassa 70 km/h;


• Avaliar a área da carga exposta ao vento antes de a levantar;
• Não levantar cargas cuja superfície lateral seja superior a 3 m2;
• Não utilizar a grua quando não é possível um posicionamento seguro da carga devido a rajadas;
• Não utilizar a grua quando não é possível fazer o movimento de rotação contra o vento.

6.4.4 No final de serviço

• Retirar quaisquer cargas suspensas do gancho;


• Subir o moitão à sua posição extrema superior;

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• Estacionar o carrinho junto à torre;


• Colocar a grua a girar livremente ao vento (em cata-vento);
• Desligar a grua através do botão de emergência;
• Desligar o interruptor geral do quadro eléctrico parcial;
• Verificar a ligação da grua à terra.

6.4.5 Em caso de tempestade

• Retirar quaisquer cargas ou acessórios de elevação suspensas no gancho;


• Subir o moitão à sua posição extrema superior;
• Estacionar o carrinho junto à torre;
• Desligar a grua através do botão de emergência;
• Colocar a grua a girar livremente ao vento (em cata-vento);
• Desligar o interruptor geral da máquina;
• Desligar os disjuntores de corrente eléctrica;
• Não permanecer junto à grua devido ao perigo de relâmpagos.
No caso de existir uma previsão de ventos particularmente fortes, recomenda-se que a grua seja
desmontada antes de ser atingida por estes.

6.4.6 Em caso de temperaturas negativas

Quando as temperaturas exteriores são inferiores a 0ºC há que ter em conta que podem existir partes
mecânicas da grua que ficam imobilizadas devido a gelo acumulado. Assim devem ser inspeccionados
periodicamente ao longo do dia de trabalho todos os componentes que possam ser atingidos tal como
freios, dispositivos de segurança, rolamentos, etc.

Há que ter em conta que pode haver congelação de água condensada no interior de componentes. Não
é aceitável a utilização dos motores da grua para desencravar componentes ou cargas imobilizadas
devido a congelação. A temperaturas inferiores a -15ºC aumenta a viscosidade dos lubrificantes dos
redutores atingindo-se o limite de funcionamento.

6.4.7 Controlos semanais

Os seguintes controlos devem ser efectuadas semanalmente quando a grua está em uso regular:

• Inspeccionar visualmente os cabos de aço procurando fios partidos, empalmes, gaiolas ou outros
sinais de danificação, desgaste ou corrosão; inspeccionar igualmente as respectivas terminações;
• Inspeccionar visualmente roldanas e tambores procurando defeitos nos gornes ou nos rolamentos;
• Inspeccionar a estrutura procurando defeitos, nomeadamente, diagonais partidas ou deformadas,
sinais de desgaste anormal, soldaduras fissuradas, ligações aparafusadas soltas, etc.;
• Inspeccionar ganchos, manilhas, argolões e outros auxiliares de lingagem, procurando sinais de
desgaste, deformações ou fissuras;
• Controlar o bom funcionamento de freios e embraiagens.

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6.5 Regulação dos dispositivos de segurança

ATENÇÃO! Inspeccione e regule diariamente os dispositivos de segurança. Nunca


desregule ou curto-circuite as ligações dos interruptores deliberadamente visando
obter melhores performances da máquina.

6.5.1 Limitadores de movimento

6.5.1.1 Limitador de elevação

A regulação deste limitador é feita sem carga e deve ser efectuada quando se verifica qualquer
anomalia no seu funcionamento:
1. Retirar a tampa de protecção;

2. Enrolar o cabo de elevação até que o gancho se encontre a cerca de 1 m do carrinho;


3. Rodar a respectiva came através do parafuso de ajuste de modo a accionar o interruptor SES;

4. Desenrolar o cabo de elevação até que o gancho toque no solo e/ou permaneçam 2 voltas de cabo
no tambor;
5. Rodar a respectiva came através do parafuso de ajuste de modo a accionar o interruptor SED;

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6. Colocar o gancho a cerca de 2 m das posições máxima e mínima definidas;


7. Rodar a respectiva came através do parafuso de ajuste de modo a accionar o interruptor SE2;

8. Colocar a tampa de protecção;

9. Testar o funcionamento deste limitador.

6.5.1.2 Limitador de orientação


A regulação deste limitador é feita sem carga e deve ser efectuada quando se verifica qualquer
anomalia no seu funcionamento:
1. Retirar a tampa de protecção;
2. Colocar a grua numa posição em que os cabos eléctricos não estejam torcidos;
3. Rodar a grua 1 volta no sentido dos ponteiros do relógio (vista de cima);
4. Rodar a respectiva came através do parafuso de ajuste de modo a accionar o interruptor SRD;
5. Rodar a grua 2 voltas no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio (vista de cima);
6. Rodar a respectiva came através do parafuso de ajuste de modo a accionar o interruptor SRE;
7. Colocar a tampa de protecção;
8. Testar o funcionamento deste limitador.

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6.5.1.3 Limitador de distribuição

A regulação deste limitador é feita sem carga e deve ser efectuada quando se verifica qualquer
anomalia no seu funcionamento:
1. Retirar a tampa de protecção;
2. Colocar o carrinho a uma distância de segurança da torre;
3. Rodar a respectiva came através do parafuso de ajuste de modo a accionar o interruptor SCA;
4. Colocar o carrinho a uma distância de segurança da ponta da lança;
5. Rodar a respectiva came através do parafuso de ajuste de modo a accionar o interruptor SCF;
6. Colocar o carrinho a cerca de 1 m das posições máxima e mínima definidas;
7. Rodar a respectiva came através do parafuso de ajuste de modo a accionar o interruptor SC2;
8. Colocar a tampa de protecção;
9. Testar o funcionamento deste limitador.

6.5.2 Limitadores de carga

6.5.2.1 Limitadores do momento de derrube

A regulação do limitador CCF é efectuada cada vez que a grua é montada ou quando se verifica
qualquer anomalia no seu funcionamento:
1. Marcar no chão as posições relativas ao alcance máximo da carga máxima da grua “Qmáx” e de
“Qmáx” + 10%;
2. Mover o carrinho sem carga para o início da lança;
3. Levantar cerca de 1 m a carga máxima da grua em velocidade mínima;
4. Avançar a carga até ao primeiro ponto marcado;
5. Regular a posição do parafuso de calibração de modo a este se aproximar do ponto de contacto do
interruptor mas sem o actuar;
6. Recuar alguns metros com a carga e avançar novamente sem parar;
7. Verificar se pára o carrinho entre as duas posições marcadas; caso contrário repetir a calibração.

A regulação do limitador SMD é efectuada cada vez que a grua é montada ou quando se verifica
qualquer anomalia no seu funcionamento:
1. Mover o carrinho sem carga para a ponta da lança;
2. Levantar a carga máxima permitida à ponta da lança em velocidade nominal;
3. Regular a posição do parafuso de calibração de modo a este se aproximar do ponto de contacto do
interruptor mas sem o actuar;
4. Baixar a carga e adicionar 10% à mesma;
5. Tentar levantar a carga em velocidade mínima;
6. Verificar se actua o sinal sonoro e pára a elevação; caso contrário repetir a calibração.

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6.5.2.2 Limitadores de carga máxima

A regulação do limitador SGV é efectuada cada vez que a grua é montada ou quando se verifica
qualquer anomalia no seu funcionamento:
1. Mover o carrinho sem carga para o meio da primeira parte da lança;
2. Levantar a carga máxima permitida em velocidade máxima;
3. Regular a posição do parafuso de calibração de modo a este se aproximar do ponto de contacto do
interruptor mas sem o actuar;
4. Baixar a carga e adicionar 10% à mesma;
5. Levantar a carga em velocidade nominal e tentar mudar para a velocidade máxima;
6. Verificar se não entra a velocidade máxima; caso contrário repetir a calibração.

A regulação do limitador SCM é efectuada cada vez que a grua é montada ou quando se verifica
qualquer anomalia no seu funcionamento:
1. Mover o carrinho sem carga para o meio da primeira parte da lança;
2. Levantar a carga máxima da grua em velocidade nominal;
3. Regular a posição do parafuso de calibração de modo a este se aproximar do ponto de contacto do
interruptor mas sem o actuar;
4. Baixar a carga e adicionar 10% à mesma;
5. Tentar levantar a carga em velocidade mínima;
6. Verificar se actua o sinal sonoro e pára a elevação; caso contrário repetir a calibração.

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7 ENSAIOS

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7.1 Ensaios de função

Estes ensaios visam testar o bom funcionamento geral da máquina e a acção dos dispositivos de
segurança.
Durante estes ensaios devem estar calibrados todos os dispositivos de segurança.
No final dos ensaios deve ser elaborado um relatório contendo os seguintes elementos:
• Identificação da grua e do responsável pelos ensaios;
• Data e local dos ensaios;
• Constatações e conclusão.

ATENÇÃO! Estes procedimentos só devem ser executados por operários qualificados


e devem ser acompanhados por um técnico credenciado. A zona de perigo da máquina
deve ser evacuada previamente aos ensaios.

7.1.1 Movimento de elevação

1. Retirar quaisquer cargas do gancho;


2. Movimentar o gancho até à posição máxima inferior em velocidade máxima e verificar se o limitador
interrompe o movimento;
3. Movimentar o gancho até à posição máxima superior em velocidade máxima e verificar se o
limitador interrompe o movimento;
4. Repetir os pontos 2 e 3 com a carga máxima permitida em velocidade máxima.

7.1.2 Movimento de orientação

1. Retirar quaisquer cargas do gancho;


2. Iniciar o movimento fazendo girar a grua no sentido horário;
3. Atingir a velocidade máxima de rotação;
4. Continuar o movimento até que este seja interrompido pelo limitador;
5. Iniciar o movimento em sentido contrário fazendo girar;
6. Atingir a velocidade máxima de rotação;
7. Continuar o movimento até que este seja interrompido pelo limitador;
8. Repetir os pontos 2 e 7 com a carga máxima permitida na ponta da lança.

7.1.3 Movimento de distribuição

1. Retirar quaisquer cargas do gancho;


2. Movimentar o carrinho em velocidade máxima para o início da lança até que o movimento seja
interrompido pelo limitador;
3. Movimentar o carrinho em velocidade máxima para a ponta da lança até que o movimento seja
interrompido pelo limitador;
4. Repetir os pontos 2 e 3 com a carga máxima permitida na ponta da lança.

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7.2 Ensaios de carga


Estes ensaios são conduzidos com os dispositivos de limitação de carga desligados e devem ser
efectuados na primeira montagem da grua.
No final dos ensaios deve ser elaborado um relatório contendo os seguintes elementos:
• Identificação da grua e do responsável pelos ensaios;
• Data e local dos ensaios;
• Constatações e conclusão.

ATENÇÃO! Estes procedimentos só devem ser executados por operários qualificados


e devem ser acompanhados por um técnico credenciado. A zona de perigo da máquina
deve ser evacuada previamente aos ensaio.

7.2.1 Ensaio estático


O ensaio estático destina-se fundamentalmente a demonstrar a competência estrutural da grua e dos
seus componentes.
Este deve ser considerado como bem sucedido caso não se verifiquem fissuras no material,
deformações permanentes, fissuras na pintura ou qualquer deficiência que afecte a função ou
segurança da máquina. De igual modo não podem ocorrer desapertos ou danos nas ligações entre os
vários elementos da grua.
O ensaio consiste na suspensão de uma sobrecarga de 25% em relação à carga máxima admissível à
ponta da lança e de seguida com uma sobrecarga de 25% em relação à carga máxima da grua, a uma
distância de 10 cm do solo, durante 10 minutos, nas seguintes posições do carrinho:
• Na ponta da lança;
• A meio do primeiro elemento da lança.
As cargas referidas atrás devem ser impostas progressivamente de modo a evitar efeitos dinâmicos.
Não efectuar este ensaio no caso de haver ventos fortes.

7.2.2 Ensaio dinâmico


O ensaio dinâmico destina-se fundamentalmente a demonstrar a funcionalidade dos mecanismos da
grua e respectivos freios.
Este deve ser considerado como bem sucedido caso não se verifiquem danos nos mecanismos ou
componentes estruturais da máquina. De igual modo não podem ocorrer desapertos ou danos nas
ligações entre os vários elementos da grua.
O ensaio realiza-se primeiro com a suspensão de uma sobrecarga de 10% em relação à carga máxima
admissível à ponta da lança e de seguida com uma sobrecarga de 10% em relação à carga máxima da
grua, a uma distância de 20 cm do solo.
Consiste na execução repetida, com prudência e sem choques de todos os movimentos (elevação,
orientação e distribuição) e suas combinações, com as carga referidas dentro dos limites designados
para o modelo em causa.
A execução destes movimentos deve prolongar-se durante 1 hora e deve incluir repetidos arranques e
paragens ao longo dos alcances dos vários movimentos.

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8 INSPECÇÃO E MANUTENÇÃO

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8.1 Generalidades

A vida útil da grua depende fortemente da qualidade da manutenção que é praticada. As indicações
que são dadas devem ser cumpridas integralmente de modo aumentar a segurança, melhorar o
desempenho e o estado de conservação da máquina:

• Substitua partes ou peças defeituosas da máquina por outras aconselhadas ou fornecidas


directamente pela empresa fabricante;
• Nunca tente reparações provisórias ou de qualquer maneira arriscadas;
• Os trabalhos de manutenção e reparação só podem ser efectuados por pessoal qualificado e
conhecedor da máquina;
• Não utilize pulseiras, correntes, relógios ou outros objectos pessoais que possam prejudicar os
movimentos durante a manutenção da máquina. De igual modo devem ser usadas roupas
adequadas sem mangas compridas ou pulsos largos e calçado com sola anti-derrapante;
• Em trabalhos que implicam a subida ao mastro ou lança da grua é fundamental o uso de cinto de
segurança.

ATENÇÃO! Todos os trabalhos de manutenção na grua devem ser efectuados com a


máquina desligada da corrente eléctrica. Cumpra sempre as normas e os
procedimentos de segurança em aplicáveis.

8.2 Estrutura metálica

Geometria:
• Os perfis utilizados na estrutura da grua não podem encontrar-se deformados ou danificados de
qualquer outro modo, especialmente nos elementos sujeitos a compressão.
Ligações soldadas:
• Os cordões de soldadura devem ser observados visualmente.
Ligações encavilhadas:
• Verificar os furos e o estado geral das cavilhas e confirmar a existência de troços de segurança.
Ligações aparafusadas:
• Verificar os furos, parafusos, porcas e anilhas. Confirmar o aperto dos parafusos.
Corrosão:
• Os elementos sujeitos a esforços não se podem encontrar enfraquecidos devido à acção da
corrosão. Verificar locais onde se pode acumular água e locais onde existem cordões de soldadura
interrompidos.
Cabos de aço:
• Confirmar as dimensões dos cabos de aço e procurar a existência de danos e oxidação.

ATENÇÃO! Notifique imediatamente a empresa fabricante caso se verifique qualquer


anomalia na estrutura da grua. Não tente utilizar a máquina com danos estruturais.

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8.3 Mecanismo de elevação

8.3.1 Motor

• Verificar ao longo do tempo de utilização do motor, se as condições de instalação mecânica e


eléctrica estão correctas;
• Os rolamentos do motor estão lubrificados para a vida do mesmo e dispensam lubrificação adicional;
• Limpar periodicamente as alhetas de ventilação do motor e verificar se o orifício de ventilação se
encontra desobstruído.

8.3.2 Freio

• Ajustar o momento de travagem (200h ou mensalmente).


Caso o momento de travagem seja baixo demais, pode acontecer que a carga suspensa tende a
descer com a paragem do motor.
Caso o momento de travagem seja alto demais, pode acontecer que o freio actue mesmo com o
motor alimentado, provocando sobrecargas e sobreaquecimentos no motor, para além do desgaste
do próprio freio.
A intensidade de frenagem é controlada através de um parafuso de regulação na extremidade do
motor:
1. Para aumentar o momento de frenagem, girar o parafuso no sentido anti-horário;
2. Para diminuir o momento de frenagem, girar o parafuso no sentido horário;
3. Caso seja necessário desbloquear o motor quando este não está a ser alimentado, reduzir ao
máximo o momento de frenagem.
• Controlar a largura do entre-ferro (200h ou mensalmente).
Um ajuste deficiente do entre-ferro (folga de atracção entre as superfícies de frenagem) provoca um
funcionamento irregular do freio e um desgaste prematuro do disco de travagem. Pode também
acontecer que o freio não «abra» quando alimentado:
1. Retirar a cobertura de protecção do freio;
2. Remover o parafuso de fixação da armadura móvel;
3. Desenroscar completamente a armadura móvel (sentido anti-horário);
4. Enroscar a armadura móvel um quarto de volta ou três furos (sentido horário);
5. Enroscar o parafuso de fixação;
6. Colocar a cobertura de protecção.
Caso se verifique algum desgaste no disco de travagem pode-se proceder ao ajuste do entre-ferro
de modo a compensar este desgaste:
1. Desenroscar a armadura móvel um furo (sentido anti-horário) em caso de bloqueio do freio;
2. Enroscar a armadura móvel um furo (sentido horário) em caso de desgaste.
O disco deve ser substituído antes de estar completamente desgastado.

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8.3.3 Redutor

• Controlar o nível do óleo (200h ou mensalmente).


Caso se utilize óleo mineral (ISO VG220 EP de origem) há que proceder á sua substituição periódica
(2400h ou anualmente).
Caso se tenha substituído o óleo mineral de origem por óleo sintético é dispensável a sua completa
renovação.
O óleo deve ser removido da caixa do redutor logo após um período de trabalho da grua de modo a
que o óleo ainda esteja aquecido:
1. Desenroscar o bujão superior;
2. Colocar recipiente em posição;
3. Desenroscar o bujão inferior;
4. Deixar esvaziar completamente;
5. Enroscar o bujão inferior;
6. Encher o redutor de óleo pela abertura superior até não admitir mais lubrificante;
7. Enroscar o bujão superior.

8.3.4 Chumaceiras

• Lubrificar os rolamentos de suporte do veio através dos canais de lubrificação (200h ou


mensalmente).

8.4 Mecanismo de orientação

8.4.1 Motor

• Verificar ao longo do tempo de utilização do motor, se as condições de instalação mecânica e


eléctrica estão correctas;
• Os rolamentos do motor estão lubrificados para a vida do mesmo e dispensam lubrificação adicional;
• Limpar periodicamente as alhetas de ventilação do motor e verificar se o orifício de ventilação se
encontra desobstruído.

8.4.2 Freio

• Ajustar o momento de travagem (200h ou mensalmente);


• Controlar a largura do entre-ferro (200h ou mensalmente);
• Controlar o desgaste do disco de travagem (200h ou mensalmente).
O disco deve ser substituído antes de estar completamente desgastado.

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8.4.3 Redutor

• Controlar o nível do óleo, tanto no caso de utilização de óleo mineral como de óleo sintético (200h ou
mensalmente).
Caso se utilize óleo mineral (ISO VG220 EP de origem) há que proceder á sua substituição
periódica. (4800h ou bianualmente). Caso se tenha substituído o óleo mineral por óleo sintético é
dispensável a sua completa renovação:
1. Desenroscar o bujão superior;
2. Colocar recipiente em posição;
3. Desenroscar o bujão inferior;
4. Deixar esvaziar completamente;
5. Enroscar o bujão inferior;
6. Encher o redutor de óleo pela abertura superior até não admitir mais lubrificante;
7. Enroscar o bujão superior.

ATENÇÃO! Usar os lubrificantes recomendados.

8.4.4 Cremalheira

A cremalheira ou rolamento de coroa dentada é o órgão pelo qual passam todos os esforços devidos
ao peso próprio, à carga e movimentação da grua. Pela sua importância e por motivos de segurança e
conservação devem ser feitas as seguintes operações de manutenção:
• Lubrificar periodicamente os rolamentos e os dentes da cremalheira segundo o mapa.
A lubrificação destina-se a diminuir atritos, isolar e proteger contra a corrosão.
No caso dos rolamentos deve ser visível, após lubrificação, um anel de massa uniforme ao longo da
abertura que separa o anel exterior do anel interior.
A lubrificação dos dentes deve ser suficiente para haver uma distribuição uniforme em toda a
cremalheira.
Em casos especiais (grande humidade, muita poeira e sujidade, ou grande variações térmicas)
devem ser encurtados os períodos de tempo entre lubrificações.
• Verificar periodicamente o aperto dos parafusos que ligam a cremalheira à base e à plataforma
rotativa.
A verificação do aperto dos parafusos deve ocorrer de cada vez que a grua é desmontada e, pelo
menos, uma vez por ano.

ATENÇÃO! Nas verificações nunca proceder ao reaperto dos parafusos.

Para isto deve ser usada uma chave dinamométrica que deve ser regulada para um valor
correspondente ao diâmetro do parafuso e à classe do material do mesmo.

ATENÇÃO! A precisão da chave dinamométrica deve ser verificada periodicamente.

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O momento de aperto é influenciado em grande medida pelo coeficiente de atrito entre as roscas e
entre a cabeça do parafuso e o assento. Os factores a ter em conta são:
1. O atrito entre roscas (rugosidade, tratamento superficial, tipo de lubrificação, comprimento
enroscado, utilização da rosca);
2. O atrito entre a cabeça do parafuso e o assento (rugosidade, tratamento superficial, diferenças
de dureza, desvios geométricos dos assentos).
Deve-se pois ter em conta a lubrificação e sujidade que existe na zona de aperto dos parafusos. As
roscas «secas» necessitam de um momento de aperto superior ao nominal, enquanto roscas
lubrificadas requerem apertos menores.
Durante o controlo, os parafusos não devem estar sujeitos a tracção.
Caso alguns dos parafusos apresentar um momento de aperto superior ao valor máximo ou inferior
ao valor mínimo fixados na tabela devem ser parcialmente ou totalmente substituídos.
Apresentam-se no quadro seguinte valores indicativos para aperto dos parafusos considerando, no
caso do aperto nominal, as superfícies ligeiramente lubrificadas:

Momento de aperto em Nm
Rosca métrica (segundo DIN/ISO 898)
(seg. DIN 13) Mínimo Nominal Máximo
(parafuso untado MoS2) (0.9 x Mmáx.) (µ ≅ 0,14)
M16 224 279 310
M18 310 387 430
M20 447 558 620
M22 598 747 830

ATENÇÃO! O aperto correcto dos parafusos da cremalheira é fundamental para a


segurança da grua.

• Substituir os parafusos e porcas.


No aperto da cremalheira devem ser utilizados parafusos e porcas com classe de resistência 10.9
(segundo DIN 931).
Não substituir apenas um os dois parafusos pois estes podem ficar demasiado solicitados em
serviço. Os parafusos e as porcas devem ser integralmente substituídos cada sete anos.
De cada vez que os parafusos são substituídos por novos, devem ser reapertados após um mês de
serviço da grua. Usar sempre parafusos e porcas com as mesmas dimensões que os originais.
O aperto de parafusos novos deve ser feita em dois passos:
1. Aperto de todos os parafusos até 60% do valor final;
2. Aperto dos parafusos até ao valor apresentado na tabela.
Parafusos e porcas que tenham sido utilizados durante mais de três anos com os apertos indicados
na tabela não podem ser reutilizados. Em qualquer dos casos não devem ser reutilizados parafusos
e porcas que apresentem defeitos tal como corrosão e empenos ou se foram sujeitos a esforços
superiores aos admissíveis.

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8.5 Mecanismo de distribuição

8.5.1 Motor

• Verificar ao longo do tempo de utilização do motor, se as condições de instalação mecânica e


eléctrica estão correctas;
• Os rolamentos do motor estão lubrificados para a vida do mesmo e dispensam lubrificação adicional;
• Limpar periodicamente as alhetas de ventilação do motor e verificar se o orifício de ventilação se
encontra desobstruído.

8.5.2 Freio

• Ajustar o momento de travagem (200h ou mensalmente);


• Controlar a largura do entre-ferro (200h ou mensalmente);
• Controlar o desgaste do disco de frenagem (200h ou mensalmente).

8.5.3 Redutor

• Controlar o nível do óleo, tanto no caso de utilização de óleo mineral como de óleo sintético (200h ou
mensalmente).
Caso se utilize óleo mineral (ISO VG220 EP de origem) há que proceder á sua substituição
periódica. (4800h ou bianualmente).
Caso se tenha substituído o óleo mineral por óleo sintético é dispensável a sua completa renovação.

8.5.4 Carrinho

• Verificar estado das rodas, nomeadamente de existem fissuras ou desgaste (1200h ou


semestralmente).

8.6 Cabos de aço

A manutenção em intervalos regulares e o emprego de alguns cuidados a instalar e manusear dos


cabos de aço garantem um funcionamento seguro e aumentam consideravelmente a vida dos mesmos.
Há que ter um cuidado particular no manuseamento, controlo e manutenção do cabo de elevação
devido à sua constituição particular (cabo anti-giratório).

ATENÇÃO! Durante o manuseamento dos cabos de aço usar sempre luvas de


protecção.

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8.6.1 Inspecção

Os cabos devem ser inspeccionados em intervalos regulares. A inspecção dos cabos inclui o exame
dos seguintes parâmetros:
• Diâmetro do cabo;
• Passo do cabo;
• Corrosão, abrasão, esmagamento;
• Deformação por choque;
• Fricção;
• Efeito de calor;
• Tipo, número, posição e frequência de rotura de arames;
• Quantidade e distribuição de lubrificante;
• Idade do cabo;
• Tensão no cabo.
Os primeiros sinais de alteração de comportamento dum cabo devem ser cuidadosamente
monitorizados.
Após a primeira semana de utilização após cada montagem, há que verificar a tensão do cabo de
distribuição do carrinho e, se necessário, ajustar a tensão do mesmo. Caso se torne necessário há que
repetir esta operação em qualquer altura.

ATENÇÃO! Nunca trabalhar com cabos danificados.

Um cabo deve ser imediatamente retirado de serviço e substituído quando se verificam uma ou várias
das seguintes situações:
• A rotura de um dos cordões;
• Arames partidos ou deslocados em dois cordões adjacentes;
• A rotura de um elevado número de arames, associada a grande desgaste;
• Arames achatados tocando uns nos outros, frouxos e com uma redução no diâmetro de 40%;
• A superfície dos arames fortemente picada (por corrosão) e os arames frouxos;
• Existência de cocas;
• Expulsão da alma de aço;
• Expulsão de arames mesmo apenas num só cordão;
• Refincas ou nós apertados, dos quais resulta uma deformação permanente;
• Porção de cabo achatado devido a esmagamento local;
• Efeitos cumulativos de diversos factores de deterioração.

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8.6.2 Lubrificação

Os cabos de aço necessitam de lubrificações periódicas. Deve ser usado uma massa de lubrificação
geral.
Cabo de elevação:
• Verificar semanalmente e lubrificar quando necessário;
Outros cabos:
• Semestralmente e antes de qualquer montagem ou desmontagem.
Antes de aplicar o lubrificante, devem ser removidos do cabo todas as acumulações de pó, areias ou
outros materiais abrasivos. A limpeza deve ser efectuada com uma escova de arame dura mergulhada
em solvente, auxiliada com ar comprimido ou com vapor. O cabo deve ser lubrificado imediatamente
após a limpeza.
Existem diversas técnicas de aplicação de lubrificantes. As mais comuns são as de banho contínuo,
gota a gota, derrame, com desperdícios, com pincel ou jacto sob pressão.
Evitar que os cabos entrem em contacto com poeiras, areias, terra, cimento ou outro material abrasivo.
Quando o cabo se encontra em serviço num ambiente rico em abrasivos, deve ser escolhido um
lubrificante que evite a aderência das impurezas com as quais o cabo se encontra em contacto.

8.6.3 Substituição

No caso de substituição de cabos há que o ter cuidado de os desenrolar correctamente, antes de


instalar o cabo, de modo a se conservar o mesmo sentido de enrolamento e a evitar «cocas» ou a
abertura dos cordões.

8.7 Acessórios de elevação

Inspeccionar visualmente todos os dias antes de iniciar o trabalho, o estado dos ganchos, das
manilhas, destorcedores, dos elos de corrente e argolas. As inspecções devem incidir sobre os
seguintes pontos:
• A existência de desgaste ou fissuras;
• Deformações locais do material ou geométricas;
• Indícios de oxidação excessiva ou corrosão;
• Existência da patilha de segurança nos ganchos;
• Visibilidade das marcações.
O gancho de elevação necessita de lubrificação com massa de uso geral na zona do destorcedor
sempre que este se apresentar “seco”.
Os acessórios não podem ser reparados, soldados ou tratados termicamente pois o material pode
sofrer alterações estruturais.
Todos os acessórios devem ser inspeccionados por uma pessoa competente num período mínimo de 6
meses.

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8.8 Tambores e roldanas

Tanto os tambores como as roldanas por onde passam cabos de aço podem mostrar sinais de
desgaste. Caso esse desgaste seja tal que possa comprometer a segurança das operações da grua,
torna-se conveniente substituir o componente em causa.

8.9 Contrapesos

Em caso de deterioração dos contrapesos, especialmente quando existe perda de massa ou estes se
fracturam, torna-se necessário a sua substituição ou sua reparação.
Controlar regularmente os seguintes pontos:
• Quantidade correcta de contrapesos;
• Dimensões e posição das pedras;
• Verificar os meios auxiliares de imobilização.

8.10 Instalação eléctrica

• Verificar diariamente a ligação à terra; se necessário humedecer o solo à volta do varão;


• Verificar diariamente a tensão eléctrica; se necessário reajustar a alimentação do transformador;
• Verificar mensalmente o bom estado do quadro eléctrico e seus acessórios; caso exista humidade,
oxidação ou componentes danificados proceder à sua reparação;
• Verificar anualmente o bom estado dos contactos e ligações eléctricas; caso existam componentes
eléctricos que apresentem um desgaste acentuado proceder à sua substituição.

8.11 Dispositivos de segurança

• Inspeccionar visualmente os contactos e ligações no inicio do serviço (diariamente);


• Verificar o funcionamento eléctrico e mecânico (semanalmente);
• Calibrar os limitadores de carga (em cada montagem).

8.12 Lubrificação

O lubrificante é um componente fundamental em qualquer sistema mecânico.


Lubrificações regulares e cuidadas aumentam a esperança de vida e diminuem a taxa de avarias dos
equipamentos. Como tal é unanimemente reconhecido que é rentável haver este cuidado face ao
pequeno esforço que é exigido.
Gruas com trabalho permanente junto ao mar devem ter cuidados especiais por parte dos respectivos
donos tais como serem lubrificadas mensalmente e repintadas de 6 em 6 meses.

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8.12.1 Lubrificantes

Temperaturas Classe de
Tipo de Símbolo
de serviço 1) viscosidade Especificação
lubrificante DIN 51502
(ºC) ISO 3448

Óleo para -20...+80 VG 220


CLP CLP CLP
engrenagens -15...+85 VG 320 CLP DIN 51517-3 220 320 460
de sem-fim
-10...+90 VG 460
Óleo de -20...+80 VG 68
CLP CLP CLP
engrenagens -15...+85 VG 100 CLP DIN 51517-3 68 100 220
cilíndricas -10...+90 VG 220
Massa BC
-20...+120 BB DIN 51513
geral
Massa para BC
-20...+120 BB DIN 51513
engrenagens
Massa para
-20...+120 NLGI Cl00 K 2 K DIN 51825-1 KP
rolamentos 2K

Massa para
ligações -20...+120 NLGI CL2 KPF 2 K DIN 51825-3 KP
2K
aparafusadas
1)
No caso de serviço continuo a temperatura de serviço é cerca de 30 a 50ºC à temperatura ambiente.

8.12.2 Frequência de lubrificação

• Na primeira montagem:
Descrição Operação Lubrificante
Cremalheira (dentes) Adicionar Massa
Cremalheira (rolamentos) Adicionar Massa
Redutor de elevação Verificar/Adicionar Óleo
Redutor de rotação Verificar/Adicionar Óleo
Redutor de distribuição Verificar/Adicionar Óleo
Roldana deslizante Verificar/Adicionar Massa
Cabos Verificar/Adicionar Massa
Partes móveis dos dispositivos de segurança Verificar/Adicionar Massa

• Após 200h (1º mês):


Descrição Operação Lubrificante
Roldana deslizante Verificar/Adicionar Massa
Redutor de elevação Substituir Óleo
Redutor de rotação Substituir Óleo
Redutor de distribuição Substituir Óleo

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• Antes de cada montagem:


Descrição Operação Lubrificante
Cremalheira (dentes) Adicionar Massa
Cremalheira (rolamentos) Adicionar Massa
Redutor de elevação Verificar/Adicionar Óleo
Redutor de orientação Verificar/Adicionar Óleo
Redutor de distribuição Verificar/Adicionar Óleo
Roldana deslizante Adicionar Massa
Cabo de elevação Verificar/Adicionar Massa
Partes móveis dos dispositivos de segurança Verificar/Adicionar Massa
Mastros Adicionar Massa

• Antes de cada desmontagem:


Descrição Operação Lubrificante
Cremalheira (dentes) Adicionar Massa
Cremalheira (rolamentos) Adicionar Massa
Redutor de elevação Verificar/Adicionar Óleo
Redutor de orientação Verificar/Adicionar Óleo
Redutor de distribuição Verificar/Adicionar Óleo
Roldana deslizante Adicionar Massa
Cabo de elevação Verificar/Adicionar Massa
Partes móveis dos dispositivos de segurança Verificar/Adicionar Massa
Mastros Adicionar Massa

• Periodicamente:
Descrição Intervalo Operação Lubrificante
Cremalheira (dentes) 100h (2 semanas) Adicionar Massa
Cremalheira (rolamentos) 100h (2 semanas) Adicionar Massa
Redutor de elevação 400h (2 meses) Verificar/Adicionar Óleo
4800h (24 meses) Substituir Óleo
Chumaceiras do veio 200h (1 mês) Adicionar Massa
Redutor de orientação 400h (2 meses) Verificar/Adicionar Óleo
4800h (24 meses) Substituir Óleo
Redutor de distribuição 400h (6 meses) Verificar/Adicionar Óleo
4800h (24 meses) Substituir Óleo
Chumaceira do veio 200h (1 mês) Adicionar Massa
Cabo de elevação 200h (1 mês) Verificar/Adicionar Massa
Partes móveis dos 200h (1 mês) Verificar/Adicionar Massa
dispositivos de segurança

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