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SOLDAGEM

AULA 01
PROF. ME. POLICARPO ALMEIDA
ENGENHARIA MECÂNICA
9º PERÍODO
• Policarpo Rosa de Almeida Neto
• Engenheiro Mecânico – UNIVASF
• Pós Graduação em MBA de Gestão de Projetos – UNOPAR
• Pós Graduado em Engenharia de Segurança de Trabalho
• Mestre em Energias Renováveis – IFCE
• Engenheiro Mecânico – Policarpo Almeida Engenharia

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EMENTA

• UNIDADE I • UNIDADE II
• Arco elétrico de soldagem • Automação da soldagem
• Fontes de energia para soldagem • Normas e qualificação em soldagem
• Tensões residuais e distorções em • Determinação dos custos de soldagem
soldagem

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EMENTA
• UNIDADE I • UNIDADE II
4. AUTOMAÇÃO DA SOLDAGEM
UNIDADE I
4.1 FUNDAMENTOS;
1. ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM
4.2 EQUIPAMENTOS;
1.1 INTRODUÇÃO;
4.3 PROGRAMAÇÃO DE ROBÔS PARA A SOLDAGEM;
1.2 CARACTERIZAÇÃO DO ARCO VOLTAICO APLICADO A SOLDAGEM;
1.3 COLUNA DE PLASMA; 4.4 APLICAÇÕES INDUSTRIAIS;

1.4 ABERTURA E MANUTENÇÃO DE UM ARCO; 4.5 EXERCÍCIOS.


1.5 O JATO DE PLASMA; 5.NORMAS E QUALIFICAÇÃO EM SOLDAGEM
1.6 CARACTERÍSTICA ESTÁTICA DO ARCO; 5.1 INTRODUÇÃO;
1.7 CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS DA FONTE; 5.2 NORMAS EM SOLDAGEM;
1.8 TIPOS DE CONTROLE UTILIZADOS NAS FONTES;
1.9 FORÇAS QUE GOVERNAM A TRANSFERÊNCIA METÁLICA; 5.3 REGISTRO E QUALIFICAÇÃO DE PROCEDIMENTOS E DE PESSOAL.
1.10 ESTABILIDADE NOS PROCESSOS DE SOLDAGEM. 5.4 IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE GARANTIA NA SOLDAGEM
2. FONTES DE ENERGIA PARA SOLDAGEM 5.5 CAUSAS DOS PROBLEMAS NA SOLDAGEM.
2.1 INTRODUÇÃO; 5.6 EXERCÍCIOS.
2.2 REQUISITOS BÁSICOS DAS FONTES; 6. DETERMINAÇÃO DOS CUSTOS DE SOLDAGEM
2.3 FONTES CONVENCIONAIS; 6.1 INTRODUÇÃO;
2.4 FONTES COM CONTROLE ELETRÔNICO;
6.2 ETAPAS DE CÁLCULO;
2.5 CONCLUSÃO;
6.3 CUSTOS DE MÃO DE OBRA;
2.6 EXERCÍCIOS.
6.4 CUSTOS DOS CONSUMÍVEIS;
3.TENSÕES RESIDUAIS E DISTORÇÕES EM SOLDAGEM
6.5 CUSTOS DE ENERGIA ELÉTRICA;
3.1 INTRODUÇÃO;
6.6 CUSTOS DE DEPRECIAÇÃO;
3.2 DESENVOLVIMENTO DE TENSÕES RESIDUAIS EM SOLDAS; 4
6.7 CUSTO DE MANUTENÇÃO;
3.3 CONSEQUÊNCIAS DAS TENSÕES RESIDUAIS;
3.4 DISTORÇÕES;
6.8 CUSTO DE OUTROS MATERIAIS DE CONSUMO;

3.5 CONTROLE DAS TENSÕES RESIDUAIS E DISTORÇÃO; 6.9 EXEMPLO;


3.6 EXERCÍCIOS. 6.10 EXERCÍCIOS
NOTAS

• Avaliações:
• 1ª Avaliação:
• Atividade Complementar;
• Prova.
• 2ª Avaliação:
• Prova;
• Práticas.

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BIBLIOGRAFIA

• OKUMURA, T., TANIGUCHI, C. Engenharia de Soldagem e Aplicações. São Paulo, LTC, 1982.
• WAINER, E., BRANDI, S. e MELLO, F. D.H., Soldagem: Processos e Metalurgia. São Paulo, Edgard Blücher,
1992.
• MAGRINI, R. O., Segurança do Trabalho na Soldagem Oxiacetilênica, São Paulo, Fundacentro, 1994.
• MARQUES, P. V., MODENESI, P. J., BRACARENSE, A. Q., Soldagem Fundamentos e Tecnologia, Belo Horizonte,
Editora UFMG, 2007.
• SCOTTI, A.; PONOMAREV, V., Soldagem MIG/MAG: melhor entendimento, melhor desempenho – São Paulo;
Artiliber Editora, 2008.
• ZIEDAS, S. e TATINI, I. Soldagem, São Paulo, SENAI, 1997

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INTRODUÇÃO
• SOLDAGEM:
• Um grande número de diferentes processos utilizados na fabricação e
recuperação de peças, equipamentos e estruturas é abrangido pelo
termo "SOLDAGEM".
• Classicamente, a soldagem é considerada como um processo de união,
porém, na atualidade, muitos processos de soldagem ou variações
destes são usados para a deposição de material sobre uma
superfície, visando à recuperação de peças desgastadas ou para a
formação de um revestimento com características especiais.
• Diferentes processos relacionados com a soldagem são usados para
corte de peças metálicas e em muitos aspectos estas operações se
assemelham a operações de soldagem.

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INTRODUÇÃO

• SOLDAGEM:
• Dois métodos principais são utilizados, os quais originam os dois grandes grupos de
processos de soldagem.
• O primeiro consiste em deformar as superfícies de contato, permitindo a aproximação
dos átomos a distâncias da ordem de r0.
• As peças podem ser aquecidas localmente de modo a facilitar a deformação das
superfícies de contato.

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INTRODUÇÃO

• SOLDAGEM:
• O segundo método se baseia na aplicação localizada de calor na região da junta até
a fusão do metal de base e do metal de adição (quando este é utilizado);
• Como resultado desta fusão, as superfícies entre as peças são eliminadas e, com a
solidificação do metal fundido, a solda é formada.

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INTRODUÇÃO

• SOLDAGEM:
• Soldagem por fusão: utilizam
fusão dos materiais a serem
unidos.
• Soldagem no estado sólido: não
ocorre fusão dos materiais a
serem unidos ou de qualquer
outro.
• Brasagem: fusão somente do
material de adição (T> 450C).
• Solda Branda: fusão somente
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do
material de adição (T< 450C).
INTRODUÇÃO

• SOLDAGEM:
• Soldagem no estado sólido:
• A soldagem feita em estado sólido envolve energia mecânica para poder aproximar a estrutura dos
materiais, gerando uma atração atômica, podendo ser através de ação, fricção, impacto ou pressão;
• Não ocorre fusão dos materiais a serem unidos ou de qualquer outro.

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INTRODUÇÃO
• SOLDAGEM:
• Brasagem: fusão somente do material de adição (T>
450C).
• A solda por brasagem difere-se da oxisolda na temperatura de
fusão do metal adicionado e do material base a ser unido;
• A solda por brasagem ocorre à temperaturas abaixo da fusão
do metal base, mas em temperaturas iguais ou acima da de
fusão do material a adicionar;
• A soldagem por brasagem é mais aplicada em juntas de aço,
e o material de adição usado é o bronze, fornecido em
varetas que podem ser imersas no fluxo ou que já possuam o
fluxo em uma camada superficial.
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INTRODUÇÃO

• SOLDAGEM:
• Solda Branda: fusão somente do material de adição (T< 450C).
• Solda branda é um processo similar a brasagem, porém realizado em temperaturas abaixo de 450°C;
• Também é muito conhecida como solda fraca, solda mole e solda branda;
• Aplicações: tubulações hidráulicas, instrumentos de precisão (manômetros, barômetros, etc.), bijuterias,
talheres, radiadores automotivos e industriais, circuitos eletrônicos, vedações de juntas diversas, metais
sanitários e componentes metálicos em geral.

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INTRODUÇÃO

• SOLDAGEM:
• Vantagens:
• Economia de tempo e de material;
• Desvantagens:
• Redução de peso; • Dificuldade de desmontagem;

• Uniões mais estanques; • Presença de tensões e deformações;

• Uniões mais resistentes; • Alteração provocadas pelo


aquecimento;
• Uniões possíveis de serem usinadas.
• Mão de obra especializada.

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INTRODUÇÃO
• CONSUMÍVEL:
• O termo consumíveis é aplicado aos produtos que são consumidos durante a
execução de uma soldagem;
• Na seleção dos consumíveis, primeiramente deve-se ter o conhecimento do
processo de soldagem a ser utilizado, pois cada processo de soldagem define
os consumíveis que serão empregados.de obra especializada;
• Utilizados na soldagem a gás:
• Gases combustíveis – Acetileno, Propano;
• Gases comburentes – Oxigênio, Ar atmosférico;
• Varetas;
• Fluxos – Que são os fundentes que facilitam a remoção dos óxidos superficiais e
melhoram a fluidez da poça de fusão

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INTRODUÇÃO
• TIPOS:
• Processo de soldagem a Arco Submerso (SAW)
• Na soldagem por arco submerso um arco é formado
entre a peça de trabalho e o final do consumível, onde
ambos estão cobertos por uma camada de fluxo
granular (daí o nome arco submerso).
• Aplicações
• Fabricação de vasos de pressão, navios e barcos,
plataformas e tubos;
• Revestimento e recuperação de peças assim como
cilindros de laminação, rolos de lingotamento contínuo,
cones de altos-fornos, material rodante, dentre outras.
• Consumíveis:
• Eletrodos (nus);
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• Fluxo
INTRODUÇÃO
• TIPOS:
• Processo de soldagem a Arco Submerso (SAW)
• Vantagens
• Altas velocidades de soldagem;
• Altas taxas de deposição;
• Boa integridade do metal de solda;
• Processo de fácil uso;
• Melhor ambiente de trabalho e maior segurança para o
operador uma vez que o arco está protegido pelo fluxo.
• Limitações
• Limitação de soldagem nas posições plana e horizontal;
• Chapas de elevada espessura;
• Normalmente limitado a juntas em linha.
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INTRODUÇÃO
• TIPOS:
• Soldagem a gás:
• A soldagem a gás é um processo através do qual os metais
são soldados por meio de aquecimento com uma chama de
um gás combustível e oxigênio;
• Isso produz uma chama concentrada de alta temperatura
que funde o metal base e o metal de adição, se ele for
usado;
• Embora esse processo gere temperaturas elevadas, estas
ainda são baixas se comparadas com as geradas pelo arco
elétrico;
• Por causa disso, a velocidade de soldagem é baixa e,
apesar da simplicidade e baixo custo, o uso em processos
industriais da soldagem a gás é muito restrito.
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INTRODUÇÃO
• TIPOS:
• Utilizados na soldagem a gás:
• Gases combustíveis – Acetileno, Propano;
• Gases comburentes – Oxigênio, Ar atmosférico;
• Varetas;
• Fluxos – Que são os fundentes que facilitam a
remoção dos óxidos superficiais e melhoram a
fluidez da poça de fusão

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INTRODUÇÃO

• TIPOS DE CHAMAS:
• Varia de acordo com as proporções dos gases;
• Chama carburante ou redutora:
• É usada para solda de alumínio e de revestimentos;
• Maior proporção do acetileno na mistura;
• Pode ser observado um cone interno brilhante e um cone intermediário que aumenta de
comprimento à medida que cresce o teor de acetileno;
• Como uma chama redutora contém carbono não queimado, sua temperatura é mais baixa que
numa chama neutra ou oxidante;
• Se este excesso de carbono encontra a poça de solda fundida, a mesma parece estar fervendo.
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INTRODUÇÃO

• TIPOS DE CHAMAS:
• A chama neutra ou normal:
• Obtida pela mistura equivalente de oxigênio e acetileno, utilizada para o aquecimento e solda da
maioria dos metais;
• Esse tipo de chama atinge uma temperatura de cerca de 3.100 C° e forma um cone branco e
brilhante.
• Esta chama faz um som característico (um assobio);
• Ela normalmente não afeta a composição química metal soldado e normalmente produz uma solda
de boa aparência, tendo propriedades comparáveis ao metal base;
• É muito usada para soldar aços estruturais de baixo carbono e alumínio.

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INTRODUÇÃO

• TIPOS DE CHAMAS:
• Chama oxidante:
• A proporção de oxigênio é maior do que a de acetileno;
• Utilizada na soldagem de latão e bronze;
• Ela consiste de um cone interior branco muito curto e uma cobertura exterior mais curta;
• Ela é a chama mais quente produzida por uma fonte de gás combustível e oxigênio.

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INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO
• TIPOS :
• Processo TIG:
• Definição: soldagem a arco com eletrodo de tungstênio e
proteção gasosa (Gas Tungsten Arc Welding – GTAW);
• Uso de eletrodo de Tungstênio não consumível;
• Proteção gasosa feita por gás inerte ou mistura de gases
inertes (Argônio e Hélio);
• Soldagem poderá ser feita com ou sem material de
adição;
• A velocidade de avanço afeta a penetração e a largura
no processo, sendo esta última, porém, muito mais
afetada.
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INTRODUÇÃO
• Consumíveis:
• Gás (Argônio, Hélio);
• Vareta (GTAW manual) e arame (GTAW
• TIPOS :
• Processo TIG:
mecanizado).
• Vantagens
• Baixa produção de escória e fumos, com ótima visibilidade da poça de fusão;
• Excelente controle da energia transferida(arco suave e estável);
• Indicada para chapas finas e peças de difícil soldabilidade;
• Ótimo acabamento (pouca necessidade de limpeza).
• Desvantagens
• Comprimento fixo do consumível (máx. 1000 mm, em vareta);
• Limitado a espessuras de 10 mm;
• Risco de inclusões de Tungstênio;
• Boas competências do soldador;
• Grande sensibilidade às correntes de ar;
• Custo dos gases de proteção;
• Baixa produtividade e alto custo.

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INTRODUÇÃO

• TIPOS:
• Processos a Arco Elétrico:
• O metal de base no percurso do arco é fundido, formando uma poça de metal fundido;
• O eletrodo é também fundido e assim transferido à poça de fusão na forma de glóbulos
de metal fundido a cada 0,001 a 0,01 segundos a elevada temperatura;
• A temperatura do gás no centro do arco ao longo de seu eixo é de 6000ºC, a
temperatura do cátodo é de 3200ºC e a temperatura no anodo é de 3400ºC.
• Consumíveis:
• Eletrodo Revestido.

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INTRODUÇÃO
• TIPOS:
• Processos a Arco Elétrico:
• Vantagens:
• É bastante simples e versátil.;
• Possui grande variedade de eletrodos, desde os
tecnologicamente mais simples, até os eletrodos especiais
para ligas especificas;
• Possui uma gama abrangente de bitolas para comportar
igualmente uma faixa ampla de corrente e, possibilitar
soldagens em espessuras próximas a 1,5 mm até espessuras
que excedem os 50 mm sendo que a partir dos 4 mm
utilizam-se passes múltiplos.

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INTRODUÇÃO
• TIPOS:
• Processos a Arco Elétrico:
• Desvantagens:
• Em razão de ser um processo eminentemente manual,
depende muito da habilidade do soldador;
• Não se aplica a materiais de baixo ponto de fusão
como chumbo, estanho, zinco e metais muito reativos,
como titânio, zircônio, molibdênio e nióbio;
• Possui baixa produtividade, devido principalmente a
necessidade de reposição de eletrodos em tempos
relativamente curto
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INTRODUÇÃO
• TIPOS:
• MIG/MAG
• MIG – Metal Inert Gas;
• MAG – Metal Active Gas;
• É composto por um arco elétrico que é estabelecido entre
a peça e um consumível na forma de arame;
• O arco funde continuamente o arame à medida que este
é alimentado à poça de fusão;
• Consumíveis:
• Eletrodo nu;
• Gases (argônio, hélio). 30
INTRODUÇÃO

• TIPOS:
• MIG/MAG
• Vantagens:
• A soldagem pode ser executada em todas as posições;
• Não há necessidade de remoção de escória;
• Alta taxa de deposição do metal de solda;
• Tempo total de execução de soldas de cerca da metade do tempo se comparado ao eletrodo revestido;
• Altas velocidades de soldagem; menos distorção das peças;
• Largas aberturas preenchidas ou amanteigadas facilmente, tornando certos tipos de soldagem de reparo mais
eficientes
• Não há perdas de pontas como no eletrodo revestido.

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INTRODUÇÃO
• CONSUMÍVEL:
• MIG/MAG

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INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO

• CLASSIFICAÇÃO:
• Classificação das juntas quanto à posição relativa entre os elementos a soldar
• Juntas de topo;
• Juntas em ângulo ou filete;
• Juntas em arestas ou de bordamento;
• Juntas sobrepostas ou de cobertura.

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INTRODUÇÃO

• CLASSIFICAÇÃO:

35
INTRODUÇÃO

• CLASSIFICAÇÃO:

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INTRODUÇÃO

• TERMINOLOGIA:

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INTRODUÇÃO

• SIMBOLOGIA:

38
INTRODUÇÃO

• SIMBOLOGIA:

39
INTRODUÇÃO

• SIMBOLOGIA:

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INTRODUÇÃO

• SIMBOLOGIA:

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• PRÓXIMA AULA:
• Arco elétrico de soldagem

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OBRIGADO!

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