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Nocoes Constitucional Penal Administrativo PDF
Nocoes Constitucional Penal Administrativo PDF
Palhoça
UnisulVirtual
2007
Apresentação
Por falar em distância, isso não significa que você estará sozinho.
Equipe UnisulVirtual.
Paulo Calgaro de Carvalho
Design instrucional
Carmen Maria Cipriani Pandini
Palhoça
UnisulVirtual
2007
Copyright © UnisulVirtual 2007
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.
340
C32 Carvalho, Paulo Calgaro de
Noções de direito constitucional, penal e administrativo: livro didático /
Paulo Calgaro de Carvalho; design instrucional Carmen Maria Cipriani
Pandini. - 2. ed. rev. e atual - Palhoça: UnisulVirtual, 2007.
172 p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7817-047-9
Créditos
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Charles Cesconetto Viviani Poyer Lamuniê Souza
Diva Marília Flemming Liana Pamplona
Itamar Pedro Bevilaqua Marcelo Pereira
Sumário
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Palavras do professor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Caros alunos,
Bom estudo!
Plano de estudo
o livro didático;
o AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem);
As atividades de avaliação (complementares, a
distância e presenciais).
Ementa
Noções de Direito Constitucional. Noções de Direito
Penal: o Direito Penal, a infração penal, o conceito de
crime e a definição das atribuições das polícias estaduais
a partir do crime. Principais crimes previstos no Código
Penal
Objetivos da disciplina
Geral
Identificar os principais conceitos e definições do ordenamento
jurídico brasileiro, constantes na Constituição Federal, Código
Penal, na administração pública, relacionados à segurança pública
no Brasil.
Específicos
Proporcionar o aprendizado do conteúdo proposto, evoluindo
gradativamente ao longo do curso, de forma que o aluno possua
uma base de conceitos jurídicos a fim de aplicá-los na vida
prática e capacitá-lo a interpretar algumas normas especialmente
previstas na Constituição Federal e Código Penal, além de outras
leis relacionadas à administração pública, buscando a reflexão
sobre a segurança pública no Brasil.
Conteúdo programático/objetivos
Veja, a seguir, as unidades que compõem o livro didático desta
disciplina e os seus respectivos objetivos. Esses se referem aos
resultados que você deverá alcançar ao final de uma etapa de
estudo. Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de
conhecimentos que você deverá possuir para o desenvolvimento
de habilidades e competências necessárias à sua formação.
12
Unidades de estudo: 3
13
Agenda de atividades/ cronograma
14
Atividades
Avaliação a Distância 1
15
1
UNIDADE 1
Noções de Direito
Constitucional
Objetivos de aprendizagem
Conhecer a organização do Estado, dos poderes e as
constituições brasileiras.
Identificar os principais direitos fundamentais, previstos
na Constituição Federal de 1988 e suas cláusulas pétreas.
Seções de estudo
Seção 1 Contextualizando o tema.
Seção 2 As constituições brasileiras.
Seção 3 As constituições e suas classificações.
Seção 4 O poder constituinte.
Seção 5 O processo legislativo.
Seção 6 As cláusulas pétreas.
Seção 7 O controle da constitucionalidade.
Seção 8 Os direitos e os deveres individuais.
Seção 9 As garantias constitucionais.
Seção 10 Os direitos sociais ou coletivos.
Seção 11 Da nacionalidade.
Seção 12 Os direitos políticos.
Universidade do Sul de Santa Catarina
18
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 1 19
Universidade do Sul de Santa Catarina
ESTADO
Vamos ver o que esse elemento significa na contextualização do
tema?
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
NACIONALIDADE
A nacionalidade é o vínculo que pessoa tem com o seu país,
que pode ser de modo originário quando ela nasce (ius soli
– onde nasceu, como por exemplo: brasileiro nato é quem
nasce no Brasil) ou de modo adquirido com a adoção de outra
nacionalidade (ius sanguinis – origem de sangue, independente do
local de nascimento, como por exemplo o italiano), com ou sem
renúncia à nacionalidade originária).
Unidade 1 21
Universidade do Sul de Santa Catarina
DIREITOS E GARANTIAS
Esse é um elemento importante no conjunto da estrutura da
pirâmide. Vamos analisá-lo conceitualmente.
PROCESSO LEGISLATIVO
É a previsão na Constituição Federal de como as leis são feitas.
Todos obedecem às leis, porque elas representam a vontade do
povo. É a Constituição Federal que regula o nascimento das leis e
a forma de participação do povo na sua elaboração.
CONTROLE DA CONSTITUCIONALIDADE
É interessante lembrar que a Constituição Federal deve ser
observada e, por isso, há o controle da constitucionalidade
realizado, principalmente, pelo Poder Judiciário.
Unidade 1 23
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia?
Que a Câmara dos Deputados possui os
representantes do povo, enquanto o Senado Federal
contém os representantes dos Estados-Membros?
E que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
formam o Congresso Nacional? E que o Congresso
Nacional tem sua sede em Brasília, Distrito Federal?
Você sabia?
que o plebiscito é uma consulta prévia feita
à população sobre projeto de lei ou medida
administrativa?
O parlamentarismo é o sistema de governo em
que a chefia do Estado é exercida pelo Presidente da
República, mas o governo é exercido por um gabinete
de ministros, liderado por um primeiro Ministro. O
Presidente da República é mera peça decorativa e
representa o país no exterior?
E o presidencialismo é o sistema de governo em
que a chefia do Estado e do Governo está reunida nas
mãos do Presidente da República?
24
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Você sabia?
que o nome do Brasil mudou conforme as
constituições federais?
O nome do Brasil na Constituição Federal durante
o Império era Império do Brasil, conforme a
Constituição de 1824. Depois o nome passou para
República dos Estados Unidos do Brasil, nas
constituições federais de 1891, 1934, 1937 e 1946.
E, finalmente, República Federativa do Brasil,
nas constituições federais de 1967, com a emenda
constitucional nº 01/1969 e a Constituição Federal de
1988 (FÜHRER, 2005. p. 60).
Unidade 1 25
Universidade do Sul de Santa Catarina
a) Quanto à origem
Promulgada ou votada, essa é fruto de um processo
democrático (portanto, democrática). Exemplo: as
constituições brasileiras de 1891, 1934,1946 e 1988.
Outorgada, essa é fruto do autoritarismo. Exemplo: as
constituições brasileiras de 1824, 1937 e a de 1967.
b) Quanto à mutabilidade
Flexível: não exige para sua alteração qualquer
processo mais solene.
Rígida: exige para sua alteração um critério mais
solene e difícil do que o processo de elaboração da lei
ordinária (comum).
Semi-rígida ou semiflexível: apresenta uma parte que
exige mutação por processo mais difícil e solene do que
o da lei ordinária.
c) Quanto à forma
Escrita ou dogmática: é aquela que está representada
por um texto completo e organizado.
Costumeira ou histórica: é aquela formada por textos
esparsos.
d) Quanto ao conteúdo
Material: são as Constituições que identificam a forma
e a estrutura do Estado e o sistema de governo.
Formal: são aquelas colocadas no texto constitucional,
sem fazer parte da estrutura mínima e essencial de
qualquer Estado.
26
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
e) Quanto à sistemática
Reduzida: é representada por um código único.
Variada: os textos estão espalhados em diversos
diplomas legais.
Unidade 1 27
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 1 29
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia?
Que a diferença entre a lei complementar e a lei
ordinária está no quorum de votação, pois o da lei
complementar depende de maioria absoluta (art.
69) das casas legislativas (Câmara dos Deputados e
Senado Federal), enquanto o quorum da lei ordinária
é maioria simples (art. 47). Se for lei estadual,
maioria absoluta da Assembléia Legislativa para
complementar, ou maioria simples para a lei ordinária.
O mesmo ocorre no caso das Câmaras de Vereadores
dos municípios.
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 1 31
Universidade do Sul de Santa Catarina
3) Rejeição expressa: ocorre quando o plenário não aprova a medida provisória. Essa rejeição
tem efeitos “ex tunc”, retroagindo até a data da edição, como se essa medida provisória
nunca tivesse existido. No caso de rejeição expressa, a medida provisória só poderá ser
reeditada na próxima sessão legislativa (art. 67 da CF).
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 1 33
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 1 35
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 1 37
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 1 39
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 1 41
Universidade do Sul de Santa Catarina
Assim temos:
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 1 43
Universidade do Sul de Santa Catarina
44
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 1 45
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 1 47
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 1 49
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 1 51
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 1 53
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 1 55
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Invioláveis: a liberdade, a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas (inciso
X), a casa (inciso XI), o sigilo de correspondência (inciso XII) e a previsão legal de condutas
criminosas (XXXIX).
Unidade 1 57
Universidade do Sul de Santa Catarina
GARANTIAS CONSTITUCIONAIS
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 1 59
Universidade do Sul de Santa Catarina
SEÇÃO 11 - Da nacionalidade
A Constituição Federal de 1988 colocou a nacionalidade como
espécie dos direitos fundamentais. Nacionalidade é o vínculo
jurídico-político que liga o indivíduo a um determinado Estado,
tornando-o componente do mesmo. A nacionalidade pode ser:
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Você sabia?
que a nacionalidade e a cidadania são termos
distintos? Enquanto a nacionalidade é adquirida
por fatores relacionados ao nascimento ou pela
naturalização, a cidadania adquire-se formalmente
pelo alistamento eleitoral, dentro de requisitos legais.
Unidade 1 61
Universidade do Sul de Santa Catarina
62
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Atividades de auto-avaliação
Unidade 1 63
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Saiba mais
<http://www.suigeneris.pro.br/direito_dc.htm>
<http://www.abdconst.com.br/>
<http://www.mundojuridico.adv.br/html/artigos/direito_
constitucional.htm>
<http://www.drheart.com.br/apostilas_e_resumos_de_direito_
c.htm>
<http://professores.unirp.edu.br/azor/site/constitu.htm>
Unidade 1 65
2
UNIDADE 2
Objetivos de aprendizagem
Conhecer os conceitos de crime e contravenção penal.
Seções de estudo
Seção 1 O Direito Penal.
Seção 2 A infração penal e as Polícias Civil e Militar.
Seção 3 Dos crimes contra a pessoa.
Seção 4 Dos crimes contra o patrimônio.
Seção 5 Dos crimes contra o sentimento religioso e
contra respeito aos mortos.
Seção 6 Dos crimes contra os costumes.
Seção 7 Dos crimes contra o casamento.
Seção 8 Dos crimes contra a paz pública.
Seção 9 Dos crimes contra a fé pública.
Seção 10 Dos crimes contra a administração pública.
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
O Código Penal está dividido em duas partes: uma geral e outra especial.
Na parte geral, o Código Penal prevê as Na parte especial, o Código Penal descreve as
linhas gerais de sua aplicação. condutas criminosas e suas penas.
Por isso, o direito penal tem por missão manter a vida harmônica
em sociedade. Para tanto, utiliza-se da punição para realizar o
controle social.
Unidade 2 69
Universidade do Sul de Santa Catarina
70
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 2 71
Universidade do Sul de Santa Catarina
Estado de necessidade
Considera-se em estado de necessidade aquele que pratica o
fato previsto como crime para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar,
direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não
era razoável exigir-se. Ou seja, estado de necessidade é a situação
fática em que a pessoa realiza uma conduta descrita na lei como
crime, mas diante das circunstâncias não é considerada ilícita.
Legítima defesa
Não há crime quando o agente pratica o fato em legítima defesa,
cujos requisitos são: reação a uma agressão humana; agressão
injusta, atual ou iminente; defesa de direito próprio ou alheio; uso
moderado dos meios necessários; intenção de defender.
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Polícia Militar – preservação Atuação conjunta da Polícia Civil e da Polícia Polícia Civil – preservação
da ordem pública, por meio do Militar – Art. 5º, LXI, da Constituição Federal e Art. da ordem pública, por meio da
policiamento ostensivo, fardado e 282, do Código de Processo Penal: “Art. 5º [...] LXI investigação das infrações penais,
armado, como força de dissuasão - ninguém será preso senão em flagrante delito ou excetos as militares. Atua na
do poder de polícia. Tem por por ordem escrita e fundamentada de autoridade repressão da infração penal. É
missão principal a prevenção da judiciária competente [...]” e “Art. 282 - À exceção conhecida como Polícia Judiciária.
infração penal. É conhecida como do flagrante delito, a prisão não poderá efetuar-
Polícia Administrativa. se senão em virtude de pronúncia ou nos casos
determinados em lei, e mediante ordem escrita da
autoridade competente.”
Unidade 2 73
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Homicídio
É a morte de um homem injustamente praticada por outro.
Ocorre com a morte, ou seja, com a cessação do funcionamento
cerebral, circulatório e respiratório da vítima. Pode ser executado
tanto por ação (desfecho de tiros, facadas) ou omissão (babá
que deixa de alimentar criança) quando o agente tem o dever
jurídico de impedir a morte. No homicídio o criminoso tem que
ter o dolo, isto é, a vontade de praticar o crime, ou assumir o
risco da morte. O homicídio além de ser simples, pode ser ainda:
privilegiado (art. 121, § 1º), qualificado (art. 121, § 2º) e culposo
(art. 121 §§ 3º e 4º).
Unidade 2 75
Universidade do Sul de Santa Catarina
Infanticídio
É o crime que ocorre quando a mãe mata o próprio filho durante
o parto ou logo após, em estado puerperal. Estado puerperal é
o conjunto de perturbações psicológicas e físicas sofridas pela
mulher em face do fenômeno do parto (RT 548:348). É o estado
76
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Aborto
É a interrupção da gravidez com a conseqüente morte do feto
(RJTJSP, 37:234). É a expulsão prematura do feto por vontade da
mãe (dolo), ou por vontade de terceiros (dolo), que realiza um ato
contra o feto (p. ex: utilização de agulhas, substâncias abortivas,
pancadas, choques elétricos, etc.). Qualquer que seja a fase da
gravidez (desde a concepção até o rompimento da membrana
amniótica). Depois de iniciado o processo do parto é infanticídio,
e não aborto criminoso. Além do aborto provocado pela gestante,
há também o aborto provocado por terceiro sem consentimento
da gestante (artigo 125, do Código Penal) e o aborto com o
consentimento da gestante (artigo 126, do Código Penal).
Apesar da existência de crime, o aborto é permitido para salvar a
vida da mãe, ou para retirar o feto, cuja gravidez foi decorrente de
estupro.
Lesão corporal
Lesão corporal compreende toda e qualquer ofensa ocasionada
à normalidade funcional do corpo ou organismo humano, seja
do ponto de vista anatômico, seja do ponto de vista fisiológico
ou psíquico. Nesse último caso (psíquico) temos, por exemplo, a
provocação de um susto, sem qualquer ação física sobre a vítima
como uma conturbação psíquica ou choque nervoso. A conduta
consiste em atingir a integridade corporal ou a saúde física ou
mental de outrem. A lesão física é a modificação do organismo
humano por intermédio de ferimentos, mutilações, equimoses,
hematoma, etc.
Unidade 2 77
Universidade do Sul de Santa Catarina
Vamos lá?
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 2 79
Universidade do Sul de Santa Catarina
d) Omissão de socorro
É o crime em que o agente deixa de prestar assistência
à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa
inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e
iminente perigo, sem risco pessoal; ou não pedir,
nesses casos, o socorro da autoridade pública. O
crime tem como requisitos: a) o encontro de criança
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Da rixa
Rixa é a briga entre mais de duas pessoas, acompanhadas de vias
de fato ou violências físicas recíprocas. Para caracterizar o crime
de rixa há necessidade de um número mínimo de três pessoas
ainda que tenha morrido (RT,584:420). Pouco importa se um
deles é inimputável (como menor de 18 de anos ou pessoa com
problemas mentais), ou se o rixoso não é identificado.
Unidade 2 81
Universidade do Sul de Santa Catarina
Calúnia
Na calúnia o crime é atribuir falsamente um crime a alguém.
Assim, atribuir fato real não constitui calúnia. A falsidade
da imputação pode recair sobre o fato e/ou autoria do fato
criminoso. No primeiro caso, o fato atribuído à vítima não
ocorreu, no segundo, o fato criminoso é verdadeiro, sendo falsa
a imputação de autoria. Se a imputação falsa for de contravenção
penal não será crime calúnia, mas crime de difamação. São
formas de calúniar:
a) explícita
82
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
b) implícita
c) reflexa
Difamação
A difamação consiste na atribuição de fato ofensivo à reputação
do sujeito passivo. Ora, enquanto no crime de calúnia exige-
se a imputação falsa que verse sobre crime, na difamação
o fato atribuído pelo agente à vítima não é criminoso, mas
simplesmente ofensivo a seu apreço social. São os seguintes
requisitos para o crime de difamação:
Injúria
É a manifestação, por qualquer meio, de um conceito ou
pensamento que importe ultraje, menoscabo ou vilipêndio contra
alguém. É a palavra insultosa, o xingamento, o impropério,
o gesto ultrajante, todo e qualquer ato que exprima desprezo,
Unidade 2 83
Universidade do Sul de Santa Catarina
1) constrangimento ilegal;
2) ameaça;
3) seqüestro ou cárcere privado;
4) redução à condição análoga de escravo;
5) violação de domicílio.
84
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Constrangimento ilegal
“Pela Constituição Federal “ninguém será obrigado a fazer
ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” (art.
5º, inciso II). Assim, obrigar alguém, mediante violência ou
grave ameaça, a fazer ou a deixar de fazer alguma coisa fora
dos casos previstos em lei, constitui crime de constrangimento
ilegal. É indispensável que a vítma possua capacidade de
autodeterminação, que significa liberdade de vontade, no
sentido de fazer o que bem entenda. Para que ocorra o crime são
necessários os seguintes requisitos:
Ameaça
Ameaçar é prometer a alguém um mal injusto e grave (relevane).
Na ameaça, o criminoso pretende somente atemorizar a vítima
A ameaça deve ser séria idônea à intimidação. Ou seja, um mal
grave. Pode ser futura ou atual e iminente. São forma de ameaça:
Unidade 2 85
Universidade do Sul de Santa Catarina
86
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 2 87
Universidade do Sul de Santa Catarina
Violação de domicílio
Conforme a Constituição Federal, “a casa é asilo inviolável do
indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial”
(art. 5º, inciso XI). Assim, constitui crime a conduta de o agente
ingressar na casa alheia (inclusive pátio) sem a permissão de
quem de direito. O objetivo do artigo é assegurar a tranqüilidade
doméstica. Para o Código Penal, domicílio é a moradia (casa,
barraca, maloca, gruta, apartamento, vagão, trailer, etc.).
88
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
c) privilegiado – 155, § 2º
ESPÉCIES DE FURTO
d) de energia – 155, § 3º Subtrair significa tirar,
retirar de outrem
e) qualificado – 155, § 4º bem móvel, sem a sua
permissão, com o fim
f) furto de veículo automotor – 155, § 5º de assenhoramento
definitivo. Implica na
retirada do bem sem
O furto simples vem previsto no artigo 155, caput, do Código o consentimento do
possuidor ou proprietário.
Penal, e consiste em “subtrair, para si ou para outrem, coisa
alheia móvel”, cuja pena é de “reclusão, de um a quatro anos e
multa.” São meios de execução:
Unidade 2 89
Universidade do Sul de Santa Catarina
90
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 2 91
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 2 93
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
pode ser simples (art. 159, caput); qualificada (art.. 159, §§ 1º,
2º e 3º), que são crimes hediondos. E ainda(art. 159, § 4º) há a
delação premiada.
Unidade 2 95
Universidade do Sul de Santa Catarina
de ouro de menor valia do que aquele que lhe foi entregue para
confecção da jóia; c) o agente não devolve o objeto ou não lhe dá
o destino conveniente, para o qual recebeu; d) o agente afirma
que não recebeu a coisa; e) reconhece-se a apropriação indébita
na atitude do motorista que, trabalhando com veículo alheio
e devendo diariamente entregar os ganhos, desaparece com o
veículo, sendo detido em flagrante dias após, tendo alterado o
prefi xo identificador do carro e se apoderado das férias recebida”
(TACrim – JTACrim, 21/340); f) funcionário de despachante
que, recebendo dinheiro do cliente para licenciamento do veículo,
falsifica as guias de recolhimento para utilizá-las em proveito
próprio (TJPR – RTJE, 120/221).
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 2 97
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 2 99
Universidade do Sul de Santa Catarina
100
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Assédio sexual
Configura-se assédio sexual quando se vislumbram atos de
insinuação sexual que atingem o bem-estar de uma mulher
ou um homem, constituindo-se esses no meio pelo qual o
assediador constrange o sujeito, objeto de seu desejo, a prestar
favores sexuais sob a condição de com isso preservar ou adquirir
direitos. É crime o comportamento que inclui comentários,
olhares, submissão a contatos físicos repetidos, não-recíprocos e
não-desejados, suscetíveis de ameaçar a segurança do emprego
de uma pessoa ou criar um ambiente de trabalho angustiante
ou intimidante. Basta que o assediador proponha enfática e
definitivamente a prestação de favores sexuais, valendo-se de
sua posição hierárquica, em troca da manutenção de direitos da
vítima, para que esse se configure.
Unidade 2 101
Universidade do Sul de Santa Catarina
102
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 2 103
Universidade do Sul de Santa Catarina
104
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 2 105
Universidade do Sul de Santa Catarina
106
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 2 107
Universidade do Sul de Santa Catarina
Figuras típicas:
108
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Peculato-apropriação
Peculato-desvio
Peculato-desvio
Unidade 2 109
Universidade do Sul de Santa Catarina
Peculato-culposo
110
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 2 111
Universidade do Sul de Santa Catarina
112
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 2 113
Universidade do Sul de Santa Catarina
114
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 2 115
Universidade do Sul de Santa Catarina
116
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 2 117
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atividades de auto-avaliação
118
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Síntese
Unidade 2 119
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais
<http://www.direitopenal.adv.br/>
<http://www.dji.com.br/dicionario/direito_penal.htm>
<http://www.suigeneris.pro.br/direito_dp.htm>
<http://www.drheart.com.br/resumos_e_apostilas_de_
direito_p.htm>
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/areas.asp?sub0=18>
120
3
UNIDADE 3
Noções de Direito
Administrativo
Objetivos de aprendizagem
Conhecer a estruturação do sistema formal da
administração pública.
Seções de estudo
Seção 1 A Constituição Federal com enfoque no
Direito Administrativo.
Seção 2 Os princípios da administração pública.
Seção 3 A Organização da administração pública.
Seção 4 As funções administrativas e os poderes
administrativos.
Seção 5 Os atos administrativos.
Seção 6 Os contratos administrativos.
Seção 7 A licitação.
Universidade do Sul de Santa Catarina
122
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – pluralismo político.
Parágrafo único: Todo o poder emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição”.
Unidade 3 123
Universidade do Sul de Santa Catarina
124
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 3 125
Universidade do Sul de Santa Catarina
126
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Assim, temos:
Unidade 3 127
Universidade do Sul de Santa Catarina
128
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
PRINCÍPIOS
a) Princípio da legalidade
Pelo princípio da legalidade a administração pública, em toda
a sua atividade, está presa aos mandamentos da lei, deles não se
podendo afastar, sob pena de invalidade do ato e responsabilidade
de seu autor.
Unidade 3 129
Universidade do Sul de Santa Catarina
130
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 3 131
Universidade do Sul de Santa Catarina
c) Princípio da moralidade
Esse deriva do princípio da legalidade e da impessoalidade.
Afastando-se da legalidade e da impessoalidade tem-se uma
conduta imoral por parte do gestor da coisa pública. A conduta
do administrador público tem que ser proba, pautada na fé
pública. Ele tem que agir dentro dos princípios e valores éticos,
trabalhando pautado no bem comum. Os atos administrativos
passam por um controle ético para averiguar a manifestação do
Estado (impessoalidade).
132
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
d) Princípio da publicidade
Trabalhar com o princípio da publicidade é trabalhar em duas
frentes:
e) Princípio da eficiência
A administração pública deve nas suas funções agir com
eficiência em prol do bem-estar social. Por isso, tem o dever
de atender o administrado da melhor maneira e suprir as
necessidades da sociedade nas mais diversas áreas como saúde,
segurança, educação, saneamento básico, entre outras. Trabalhar
com eficiência é trabalhar em três planos:
Unidade 3 133
Universidade do Sul de Santa Catarina
Princípio da razoabilidade
Encontra-se na Constituição Estadual de São Paulo, embora
não esteja contido na Constituição Federal. Razoabilidade tem
haver com racionalidade. Deve desenvolver sua atividade com
positividade jurídica. Uma conduta administrativa plausível,
aceitável, racional. Alguns autores colocam o princípio da
razoabilidade ao lado do princípio da proporcionalidade.
Trabalhar com o princípio da razoabilidade é tentar adequar a
melhor conduta possível do administrador com o menor esforço
possível da administração pública.
134
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Princípio da proporcionalidade
Sempre são utilizados casados os princípios da razoabilidade
e da proporcionalidade, uma vez que se completam. A
administração pública não pode praticar atos desmedidos. A
medida administrativa é desmedida quando a conseqüência é
mais gravosa que o ato que lhe deu origem. A administração
pública só vai intervir quando de maneira necessária agindo com
medidas proporcionais. A administração pública só pode agir de
forma que sua conduta não seja maior que o ato que ela pretenda
combater, disciplinar. A conduta da administração pública deve
ser proporcional ao pedido da coletividade, da sociedade. Tudo o
que ultrapassar a medida social para buscar a função social será
ilegal.
Princípio da autotutela
Princípio que está baseado em três premissas:
Unidade 3 135
Universidade do Sul de Santa Catarina
136
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 3 137
Universidade do Sul de Santa Catarina
138
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 3 139
Universidade do Sul de Santa Catarina
140
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 3 141
Universidade do Sul de Santa Catarina
142
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 3 143
Universidade do Sul de Santa Catarina
144
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
poder discricionário;
poder vinculado;
poder hierárquico;
poder de polícia.
Poder discricionário
Opção de escolha, diante de mais de uma opção que a lei dá,
para que o agente desenvolva sua atividade. Perceba que não é a
opção de fazer ou não fazer, mas sim a escolha da melhor opção
de agir (que atenda ao interesse público). É uma opção dentre
as propostas. Para Hely Lopes Meirelles (2002, p. 114) poder
discricionário “é o que o direito concede à administração de
modo explícito ou implícito para a prática de atos administrativos
com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e
conteúdo”.
Poder vinculado
Está vinculado a uma determinação legal. Quando houver
na atuação do agente uma vinculação total na lei. Não há
possibilidade de escolha do agente. A lei dá os parâmetros e o
agente não pode fugir deles. Também para Hely Lopes Meirelles
(2002, p. 113) poder vinculado ou regrado “é aquele que a lei
confere à administração pública para a prática de atos de sua
competência, determinado os elementos e requisitos necessários à
sua formalização”.
Poder hierárquico
Tem-se um poder central, com escala, hierarquia com
manifestação de graduação de competências. Trabalha-se com
a idéia de subordinação das atividades administrativas. É a
idéia de graduação de competência. É o instrumento para que
as atividades de um órgão ou ente sejam realizadas de modo
coordenado, harmônico, eficiente, com observância da legalidade
e do interesse público. É o poder hierárquico que possibilita
Unidade 3 145
Universidade do Sul de Santa Catarina
Poder de polícia
É a limitação de direitos das pessoas que a administração
pública estabelece para melhor convivência entre os cidadãos.
Ou seja, “é a faculdade de que dispõe a administração pública
para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e
direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio
Estado.” (MEIRELLES, 2002, p. 127). O poder de polícia de
natureza administrativa tem por fim limitar atividades lícitas
e se difunde por toda a administração pública. Já o poder de
polícia de natureza judiciária tem por escopo limitar atividades
ilícitas. O poder de polícia é realizado pelo Estado (por sua
administração pública), não podendo delegar, outorgar tal poder
a terceiros.
146
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
O que é competência?
Unidade 3 147
Universidade do Sul de Santa Catarina
148
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
a) Presunção de legitimidade
Todo ato administrativo tem presunção de legitimidade,
decorrente do princípio da legalidade. Até que se prove em
contrário, presumem-se legítimos os atos administrativos e
verdadeiros os fatos neles registrados. Exemplo, a notificação de
trânsito realizada pelo agente de trânsito, pois, até que se prove
ao contrário, a notificação realizada pelo agente de trânsito
presume-se verdadeira.
b) Imperatividade
c) Exigibilidade
O poder público exige o cumprimento das obrigações induzindo
à obediência. Por isso, o ato administrativo manifesta uma
exigência da administração pública. Por exemplo, o fechamento
de um rua pela Guarda Municipal para a passagem de uma
procissão.
Unidade 3 149
Universidade do Sul de Santa Catarina
d) Auto-executoriedade
Consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam
de imediato a direta execução pela própria administração,
independentemente de ordem judicial (MEIRELLES, 2002, p.
157).
150
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 3 151
Universidade do Sul de Santa Catarina
152
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Unidade 3 153
Universidade do Sul de Santa Catarina
Comentários
No convênio tem-se natureza jurídica de verba e há
disposição de vontades das partes, com o mesmo
objetivo.
Já no contrato por disposição expressa da lei deve-
se aplicar o princípio da isonomia e da contratação
benéfica. No convênio não, ele é estabelecido com o
intuito personae, não precisa ser por meio de licitação.
Sendo que no contrato há interesses contrapostos
(distintos) e no convênio há interesse comum.
154
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
SEÇÃO 7 - A licitação
Não é novidade para você que a licitação é um instrumento
importante no que se refere à administração pública, não é?
Uma vez que a administração pública não pode desenvolver
sozinha suas aptidões, assim precisa selecionar a melhor proposta
de contratação com o poder público, por meio da licitação.
A administração só utilizará o processo licitatório quando se
relacionar com particulares e tem por fundamento legal a lei
8.666/93, conhecida como Lei das Licitações.
Unidade 3 155
Universidade do Sul de Santa Catarina
dispensa de licitação;
inexigibilidade de licitação.
156
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Atividades de auto-avaliação
Unidade 3 157
Universidade do Sul de Santa Catarina
158
Noções de Direito Constitucional, Penal e Administrativo
Síntese
Unidade 3 159
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais
<http://www.dji.com.br/dicionario/direito_administrativo.htm>
<http://www.suigeneris.pro.br/direito_dadm.htm>
<http://www.mundojuridico.adv.br/html/artigos/direito_
administrativo.htm>
<http://www.neofito.com.br/apost/apadm.htm>
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/areas.asp?sub0=13>
160
Para concluir o estudo
Caro aluno,
162
Referências
DIREITO CONSTITUCIONAL
ARAÚJO, A. D.; NUNES JÚNIOR, V. S.. Curso de Direito
Constitucional. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
CAETANO, M. Direito constitucional. 2. ed. Rio de Janeiro:
Forense, v.1, 1987.
CAPEZ, F. Curso de processo penal. 11. ed. São Paulo: Saraiva,
2004.
DOWER, N. G. B. Direito constitucional simplificado. 2. ed. São
Paulo: Nelpa, 2000.
FERNANDES, A. S. Processo penal constitucional. 3. ed. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
FERREIRA, W. J. Comentários à Constituição Federal de 1988.
São Paulo: Julex, v. 1, 1989.
FÜHRER, M. C. A.; FÜHRER, M. R. E. Resumo de Direito
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KELSEN, H. Teoria pura do Direito. São Paulo: Martins Fontes,
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MEIRELLES, H. Ls. Direito municipal brasileiro. 4. ed. 1998.
ROUSSEAU, J-J. Obras políticas II: do contrato social. Porto
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SOARES, A. et al. Legislação policial militar anotada:
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DIREITO PENAL
ANDRADE, V. R. Introdução crítica ao estudo do sistema penal:
elementos para compreensão da atividade repressiva do Estado.
Florianópolis: Diploma Legal, 1999.
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BASTOS JÚNIOR, E. J. de. Código Penal em exemplos práticos.
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BITENCOURT, C. R. Manual de Direito Penal. Parte Geral. 5. ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 1999.
______. Manual de Direito Penal: parte especial. São Paulo: Saraiva,
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BRASIL. Código Penal. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
______. Constituição da República Federativa do Brasil. 27. ed. São
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CAPEZ, F. Curso de Direito Penal. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
DELMANTO, C.; DELMANTO, R.; DELMANTO JÚNIOR, R. Código Penal
Comentado. 40. ed. São Paulo: Renovar, 1998.
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SIRVINSKAS, L. P. Introdução ao estudo do Direito Penal. São Paulo:
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CRETELLA JÚNIOR, J. Curso de Direito Administrativo. 12. ed. Rio de
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DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
FIGUEIREDO, L. V. Curso de Direito Administrativo. 7ª ed. São Paulo:
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FÜHRER, M. C. A.; ÜHRER, M. R. E. Resumo de Direito Administrativo. 19.
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MEIRELLES, H. L. Direito Administrativo Brasileiro. 27. ed., São Paulo:
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PESSOA, R. Curso de Direito Administrativo. Brasília: Consulex, 2000.
TÁCITO, C. Desvio de poder no controle dos atos administrativos,
legislativos e jurisdicionais. Revista de Direito Administrativo,
Renovar, n. 188, p. 2.
165
166
Sobre o professor conteudista
170
3. Inicialmente, cabe ressaltar que a administração pública “é o conjunto
de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do governo, quais
sejam o bem comum da coletividade” (MEIRELLES, 2002, p. 63) e a
licitação é uma ferramenta utilizada pela administração pública para
realizar compras e contratar serviços. Assim, por exemplo, quando um
município precisa comprar uma ambulância, ele utiliza a licitação, em
que os interessados apresentam suas propostas de venda e o município
escolhe a melhor oferta, levando-se em conta o preço e o tipo de
ambulância. Já imaginaram o município comprar uma ambulância
de brinquedo? Não daria certo. Ou até mesmo uma ambulância de
um ferro-velho? Por isso, a licitação tem sua importância no contexto
social, pois é a ferramenta que dá a todos os interessados a igualdade
de condições de oferecerem os seus produtos e serviços, tendo a
administração pública a faculdade de escolher a melhor oferta em prol
do interesse público. Afinal, não é isso que você faz quando contrata o
serviço de um encanador ou quando compra algo? Afinal, você vai atrás
dos três B(s): bom, bonito e barato. Da mesma forma, a administração
pública o faz por meio da licitação.
171