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Projeto Final

Materiais, Equipamentos e Inst. elétricas prediais

Docente: Dr. Francisco Kleber de Araújo Lima


Discentes: Cássio Maciel Amanajás - 396299
Janderson da Silva Gomes – 366315
Ricardo Machado de Medeiros Filho - 375280

Fortaleza, 20 de Junho de 2018


Índice
1. Objetivos .......................................................................................................... 3
2. Memorial de cálculo ........................................................................................... 4
2.1. Determinação das cargas dos apartamentos .................................................. 4
2.1.1. Iluminação ........................................................................................... 4
2.1.2 Tomadas de uso geral (T.U.G’s) .............................................................. 5
2.1.3 Tomadas de uso específico (T.U.E’s) ........................................................ 6
2.1.4. Quadro de cargas do apartamento.......................................................... 7
2.1.5. Cálculo da demanda .............................................................................. 8
2.1.6. Padrão de fornecimento do apartamento ................................................. 8
2.1.7. Dimensionamento dos condutores e dispositivos de proteção do alimentador
geral do apartamento. .................................................................................... 8
2.2. Determinação das cargas do condomínio ....................................................... 9
2.2.1. Iluminação ........................................................................................... 9
2.2.2. Tomadas de uso geral (T.U.G’s) ............................................................ 12
2.2.3. Tomadas de uso específico (TUE’s) ........................................................ 14
2.2.4. Quadro de carga do condomínio. ........................................................... 25
2.2.5. Divisão dos circuitos terminais do condomínio......................................... 26
2.2.6 Cálculo da demanda do condomínio ........................................................ 32
2.2.7 Padrão de fornecimento do condomínio................................................... 34
2.2.8 Demanda total do PMUC ........................................................................ 34
3. Dimensionamento dos Condutores dos Circuitos Terminais .................................. 35
3.1. Critério da capacidade de condução de corrente ........................................... 35
3.2. Critério da queda de tensão ........................................................................ 36
3.3. Critério de curto circuito.............................................................................. 37
4. Dimensionamento de condutores e proteção dos alimentadores ............................ 5
4.1. Ramal de ligação Aéreo em baixa tensão....................................................... 5
4.2. Dimensionamento do alimentador geral do condomínio .................................. 5
2.2.12. Cálculo do alimentador geral das unidades consumidoras .... Erro! Indicador
não definido.
2.2.13. Padrão de fornecimento das unidades consumidoras (Apartamentos) .... Erro!
Indicador não definido.
3. Conclusões ...................................................................................................... 10
4. Bibliografia ...................................................................................................... 11
5. Anexos ............................................................................................................ 12
Anexo A – Dados luminotécnicos Dialux .............................................................. 12
Anexo B – Características dos Motores Elétricos................................................... 15

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Anexo C – Motor do Portão ................................................................................ 16
Anexo D – Disjuntores 5SX1 Siemens ................................................................ 17

1. Objetivos
Este projeto foi desenvolvido como parte da disciplina de Materiais,
Equipamentos e Instalações Elétricas Prediais da Universidade Federal do Ceará do curso
de Engenharia Elétrica e tem por objetivo realizar o projeto de uma instalação elétrica
em um prédio de múltiplas unidades consumidoras (PMUC). Vamos demonstrar o porquê
os apartamentos foram atendidos em trifásico através do memorial de cálculo.

O prédio analisado é o edifício Amazonia Residence, localizado na rua Carlos


Vasconcelos, 308 – Meireles, em Fortaleza – CE. O prédio, de 22 pavimentos, é composto
por 88 apartamentos, 4 por andar, 2 subsolos, Mezzanino, cobertura com casa de
máquinas, térreo, sendo apenas uma torre com disposição simétrica.

O projeto parcial da instalação é composto pelo memorial de cálculo, onde serão


feitos a determinação das cargas de cada apartamento e do condomínio, cálculos das
potências instaladas e demandas, divisão e dimensionamento dos circuitos terminais e
a determinação do padrão de fornecimento de energia das unidades consumidoras. Além
disso, será feito para o projeto parcial o dimensionamento dos condutores e proteções
dos alimentadores gerais e dos circuitos terminais, levando em consideração apenas o
critério de capacidade de corrente dos mesmos. Os critérios de queda de tensão e curto
circuito serão analisados no projeto final.

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2. Memorial de cálculo
O memorial de cálculo descreve em detalhes os cálculos efetuados para a
realização do dimensionamento da instalação elétrica.

2.1. Determinação das cargas dos apartamentos


As cargas dos apartamentos foram estimadas de acordo com os critérios
estabelecidos pela norma técnica NBR 5410/2008 e pelo projeto luminotécnico.

2.1.1. Iluminação
A potência de iluminação dos apartamentos-tipo foi estimada através da
realização do projeto luminotécnico detalhado com auxílio do software Dialux. A escolha
das luminárias ficou a critério do projetista.

Lâmpada dos apartamentos

 Marca/Modelo – Itaim ATÁ 1XHI-PAR30 45W


 Potência Elétrica: 45 W
 Tensão de Funcionamento: 220 V

A tabela 1 mostra a potência de iluminação estimada para cada ambiente dos


apartamentos, essa previsão foi baseada nos cálculos fornecidos pelo software Dialux.
A documentação referente aos cálculos luminotécnicos dos apartamentos encontram-
se no anexo [A].
Tabela 1 - Potência de iluminação para os apartamentos.

Iluminação
Dependência Área (m2)
Quantidade de
Potência (W)
luminárias
Sala estar/jantar 15,8 3 135
Cozinha/serviço 7,8 3 135
Suíte casal 13,14 2 90
Quarto 5,12 1 45
Gabinete 7,5 1 45
WC Suíte 3,60 1 45
WC 1 1,65 1 45
WC 2 2,0 1 45
Lavabo 1,30 1 45
Circulação 1,7 1 45
Varanda 1,77 1 45
Sacada 6,6 1 45
Carga instalada (W) 765
Fator de potência 0,85
Potêncial total (VA) 900
Fonte - O próprio autor.

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2.1.2 Tomadas de uso geral (T.U.G’s)
A carga de tomadas foi estimada de acordo com os critérios estabelecidos pela
NBR 5410/2008, que estabelece as seguintes recomendações:

Número mínimo de tomadas de uso geral (T.U.G’s)

a) Cômodos ou dependências com área inferior a 6m2, pelo menos 1 tomada.

b) Cômodos ou dependências com área superior a 6m2, pelo menos 1 tomada


para cada 5 metros, ou fração de perímetro, uniformemente distribuídas.

c) Banheiros: Pelo menos 1 tomada junto ao lavatório.

d) Cozinha, copas, copas-cozinhas, áreas de serviços, lavanderias: 1 tomada para


cada 3,5 m ou fração de perímetro.

e) Subsolos, sótãos, garagens e varandas: pelo menos 1 tomada.

Potência das tomada de uso geral (T.U.G’s):

a) Em banheiros, cozinhas, copas-cozinhas, áreas de serviço: 600 VA por tomada,


até 3 tomadas e 100 VA para as demais.

b) Outros cômodos: 100 VA por tomada.

Dessa forma, o número de tomadas e a potência de cada uma delas foi estimado
conforme mostra a tabela 2.
Tabela 2 - Carga de tomadas de uso geral nos apartamentos.

Área Perímetro Adotado Potência


Dependência Quantidade mínima
(m2) (m) 100 VA 600 VA (VA)
Sala estar/jantar15,8 17,25 5+5+5+2,25 = 4 5 - 500
Cozinha/serviço 7,8 13,94 3,5+3,5+3,5+3,44 = 4 2 3 2000
Suíte casal 13,14 16,1 5+5+5+1,1 = 4 5 - 500
Quarto 5,12 10,16 1 3 - 300
Gabinete 7,5 10,94 5 + 5 + 0,94 = 3 5 - 500
WC Suíte 3,60 8,84 1 - 1 600
WC 1 1,65 5,42 1 - 1 600
WC 2 2,0 6,0 1 - 1 600
Lavabo 1,30 4,6 1 - 1 600
Circulação 1,7 5,7 1 1 - 100
Varanda 1,77 5,7 1 1 - 100
Sacada 6,6 22,9 1 1 - 100
Carga total (kVA) 6,5
Fator de potência 0,8
Carga instalada (kW) 5,2
Fonte - O próprio autor.

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2.1.3 Tomadas de uso específico (T.U.E’s)
Número mínimo de tomadas de específico (T.U.E’s)

As tomadas de uso específicos (T.U.E’s) devem ser estimadas de acordo com os


aparelhos fixos que serão utilizados na residência, tais como geladeira, chuveiros e
torneiras elétricas e aparelhos de ar condicionado. Esses aparelhos normalmente
demandam uma potência maior e por conta disso devem ser alimentados por circuitos
próprios.

Potência das tomadas de uso específico (T.U.E’s)

Tomadas de uso específico (T.U.E’s): Adota-se a potência nominal de entrada do


aparelho a ser utilizado.

A Tabela 3 resume as informações referente aos aparelhos que serão adotados


e suas potências de entrada.
Tabela 3 - Carga de tomadas de uso específico nos apartamentos.

Cômodo Descrição Potência de entrada (W)


Suíte casal Ar condicionado 9000 Btu/h 830
Gabinete Ar condicionado 9000 Btu/h 830
Quarto Ar condicionado 9000 Btu/h 830
Carga instalada (kW) 2,49
Fonte - O próprio autor.

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Tomadas de uso
Dimensões Potência Tomadas de uso específico
geral
de
apartamentos.

Dependência
iluminaçã
Área Perímetro Potência Potência
o (VA) Quant. Discriminação
(m2) (m) (VA) (w)

Sala estar/jantar 15,8 17,25 135 5 5x100 - -

3x600
Cozinha/serviço 7,8 13,94 135 5 - -
2x100

Suíte casal 13,14 16,1 90 5 5x100 Ar condicionado 830

Quarto 5,12 10,16- 45 3 3x100 Ar condiconado 830


2.1.4. Quadro de cargas do apartamento

Gabinete 7,5 10,94 45 5 5x100 Ar condicionado 830

WC suíte 3,6 8,84 45 1 1x600 - -

Fonte - O próprio autor.


WC 1 1,65 5,42 45 1 1x600 - -

WC 2 2 6 45 1 1x600 - -
Tabela 4 - Memorial de cálculo (apartamento-tipo)

Lavabo 1,3 4,6 45 1 1x600 - -

Circulação 1,7 5,7 45 1 1x100 - -

Varanda 1,77 5,7 45 1 1x100 - -

Sacada 6,6 22,9 45 1 1x100 - -


A tabela 4 reúne todas as informações referente as cargas dimensionadas para os

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2.1.5. Cálculo da demanda
O cálculo da demanda nos apartamentos é feito de acordo com a equação [3] da
página 23 da norma técnica da Enel (NT-C 003).

𝐷𝐴𝑝𝑡𝑜 = 0,034939 𝑥 𝐴0,895075

Dado que a área útil do apartamento é de 67,98m2, a demanda por apartamento


é:
𝐷𝐴𝑝𝑡𝑜 = 0,034939 𝑥 (67,98)0,895075 = 1,53 𝑘𝑉𝐴

2.1.6. Padrão de fornecimento do apartamento


O padrão de fornecimento é determinado de acordo com o critério da potência
total instalada.

A tabela [6] resume a potência total instalada nos apartamentos junto com o
respectivo fator de potência adotado para cada circuito.
Tabela 5 - Fator de potência e potência total instalada.

Fator de potência Potência instalada (W)


Iluminação 0,85 766
TUG’s e Reservas 0,8 10.528
TUE’s 0,85 2490
Potência total (W) 13.784
Fonte - O próprio autor.

Para as tomadas de uso específico foi utilizada a potência de entrada nominal


dos aparelhos conforme mostrado na tabela 3.

De acordo com o item 5.1.1 da NT-003 cada apartamento deve ser atendido por
ligação monofásica (F-N) em baixa tensão 220 V/60 Hz, pois a potência instalada de
cada unidade consumidora é inferior a 15 kW.

2.1.7. Dimensionamento dos condutores e dispositivos de proteção do


alimentador geral do apartamento.
O dimensionamento da seção dos condutores e dos dispositivos de proteção foi
realizado de acordo com a tabela [12] da NT-C 003.
Tabela 6 - Dimensionamento dos condutores e proteção para o alimentador geral.

Carga Seção dos condutores Corrente máxima


Tipo de (mm2)
instalada do disjuntor de
fornecimento
(W) Fase Neutro Proteção proteção (A)
Monofásico
13.784 25 25 25 80
(1F+N)
Fonte - O próprio autor.

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2.2. Determinação das cargas do condomínio
2.2.1. Iluminação
A potência de iluminação das áreas comuns do condomínio foi estimada através
da realização do projeto luminotécnico detalhado com auxílio do software Dialux. A
escolha das luminárias ficou a critério do projetista. Em alguns ambientes foi necessário
consultar a norma NBR 8995 que trata dos critérios mínimos para iluminação adequada
de determinados ambientes.

Luminárias utilizada para as áreas internas:

 Marca/Modelo – Itaim DORAH-E-GC 1XLED 29W


 Potência Elétrica: 29 W
 Tensão de Funcionamento: 220 V

Luminárias utilizada para as áreas externas:

 Marca/Modelo – Itaim Cuapara 1xTC-TSE


 Potência Elétrica: 15 W
 Tensão de Funcionamento: 220 V

Luminárias utilizada para o estacionamento

 Marca/Modelo – Itaim 4010 2xT26 32W


 Potência Elétrica: 32 W
 Tensão de Funcionamento: 220 V

Refletor utilizado para a quadra poliesportiva:


 Marca/Modelo – Refletor de LED holofote branco frio ip65
 Potência Elétrica: 200 W
 Tensão de Funcionamento: 110/220 V

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As Tabelas 10 a 15 mostram a potência de iluminação estimada para os
ambientes do condomínio, essa previsão foi baseada nos cálculos fornecidos pelo
software Dialux. A documentação referente aos cálculos luminotécnicos encontram-se
no anexo [A].
Tabela 7 - Potência de iluminação pavimento-itpo (Mezanino).

Iluminação
Dependência Área (m2)
Quantidade de luminárias Potência (W)
Salão de festas 59,93 6 174
Lavanderia 17,3 2 58
Copa 10 2 58
WC 1 4,51 1 29
WC 2 3,42 1 29
Hall de elevadores 20,34 2 58
Escada - 1 29
Sala de jogos 71,87 6 174
Home Theater 24,95 2 58
Ante câmara 2,17 1 29
Circulação - 5 145
Áreas externas - 6 120
Quadra poliesportiva - 4 1000
Carga instalada (W) 1.961
Fator de potência 0,85
Potência total (VA) 2.310

Tabela 8 - Potência de iluminação pavimento-tipo (Cobertura).

Iluminação
Dependência Área (m2)
Quantidade de luminárias Potência (W)
Sauna 13,05 1 29
Casa de máquinas 1 4,65 1 29
Fisioterapia 8,2 2 58
WC 1 2,37 1 29
WC 2 2,53 1 29
Ginástica 45,3 4 116
Estar 23,7 3 87
Gourmet 22,8 2 58
Copa 17,4 2 58
Repouso 19,4 1 29
Circulação 3,3 1 29
Hall 10,56 1 29
Barriletes 3,67 1 29
Ante Câmara 2,17 1 29
Escada - 1 29
Casa de máquinas 2 27,53 2 58
Terraço coberto - 4 116
Áreas externas - 6 90
Carga instalada (W) 931
Fator de potência 0,85
Potência total (VA) 1.096
Fonte - O próprio autor.

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Tabela 9 - Potência de iluminação pavimento-tipo (Térreo).

Iluminação
Dependência Área (m2)
Quantidade de luminárias Potência (W)
Estacionamento 44 vagas - 19 1216
Guarita 6,85 1 29
Vestiário Masc. 15,04 2 58
Vestiário Femin. 21,1 2 58
Hall elevadores 23,17 2 58
Hall recepção 54,89 6 174
Administração 13,19 2 58
Ante câmara 2,17 1 29
Escada - 1 29
Depósito 7,59 1 29
Circulação 7,70 1 29
Central de gás 5,48 1 29
Depósito de lixo 3,78 1 29
Áreas externas - 12 180
Carga instalada (W) 2.005
Fator de potência 0,85
Potência total (VA) 2.360
Fonte - O próprio autor.

Tabela 10 - Potência de iluminação pavimento-tipo (Subsolo 1).

Iluminação
Dependência Área (m2)
Quantidade de luminárias Potência (W)
Hall 19,11 1 29
Casa de bombas 9,59 1 29
Estacionamento 66 vagas 475,04 27 1728
Ante câmara 2,17 1 29
Escada - 1 29
Carga instalada (W) 1.844
Fator de potência 0,85
Potência total (VA) 2.170
Fonte - O próprio autor.

Tabela 11 - Potência de iluminação pavimento-tipo (Subsolo 2).

Iluminação
Dependência Área (m2)
Quantidade de luminárias Potência (W)
Hall 19,11 1 29
Gerador 9,59 1 29
Estacionamento 68 vagas 475,04 27 1728
Ante câmara 2,17 1 29
Escada - 1 29
Carga instalada (W) 1.844
Fator de potência 0,85
Potência total (VA) 2.170
Fonte - O próprio autor.

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Tabela 12 - Potência de iluminação pavimento-tipo (serviço).

Iluminação
Dependência Área (m2)
Quantidade de luminárias Potência (W)
Hall elevadores 36,33 4 116
Antecâmara 3,1 1 29
Escada - 1 29
Carga instalada (W) 22*174 = 3.828
Fator de potência 0,85
Potência total (VA) 4.505
Fonte - O próprio autor.

2.2.2. Tomadas de uso geral (T.U.G’s)


O dimensionamento das TUGs das áreas comuns internas do edifício foi feita
seguindo os critérios expostos no item 2.1.2 com a adição do seguinte critério
estabelecido pela NBR 5410:

“em halls de serviço, salas de manutenção e salas de equipamentos, tais como


casas de máquinas, salas de bombas, barriletes e locais análogos, deve ser previsto no
mínimo um ponto de tomada de uso geral. Aos circuitos terminais respectivos deve ser
atribuída uma potência de no mínimo 1000 VA;”

As Tabelas 16 a 20 mostram o dimensionamento das TUG’s para as áreas comuns.


Tabela 13 - TUG's para cobertura.

Adotado
Área Perímetro Quantidade Potência
Dependência 100 600 1000
(m2) (m) Mínima (VA)
VA VA VA
Casa de 3,8
7,84 1 - - 1 1000
máquinas 1
Fisioterapia 8,2 11,8 3 3 - - 300
WC 1 2,37 6 1 - 1 - 600
WC 2 2,53 6,2 1 - 1 - 600
Ginástica 45,3 32,3 7 7 - - 700
Estar 23,7 23,7 5 5 - - 500
Gourmet 22,8 19,1 4 4 - - 400
Copa 17,4 16,8 5 2 3 - 2000
Repouso 19,4 19,2 4 4 - - 400
Circulação 3,3 8,5 1 - - 1 1000
Hall 10,56 13,8 1 - - 1 1000
Casa de 27,53
21,8 1 - - 1 1000
máquinas 2
Varanda 9,5 20,9 1 1 - - 100
Potência total (kVA) 9,6
Fator de potencia 0,8
Carga instalada (kW) 7,68
Fonte - O próprio autor.

12
Tabela 14 - TUG's para o mezanino.

Adotado
Área Perímetro Quantidade Potência
Dependência 100 600 1000
(m2) (m) Mínima (VA)
VA VA VA
Salão de festas 59,93 34,6 7 7 - - 700
Lavanderia 17,3 17 5 2 3 - 2000
Copa 10 14 4 1 3 - 1900
WC 1 4,51 8,8 1 - 1 - 600
WC 2 3,42 7,8 1 - 1 - 600
Hall de
20,34 20,4 1 - - 1 1000
elevadores
Sala de jogos 71,87 44,8 9 9 - - 900
Home Theater 24,95 21,7 5 5 - - 500
Potência total (kVA) 8,2
Fator de potencia 0,8
Carga instalada (kW) 6,56
Fonte - O próprio autor.

Tabela 15 – TUG’s para o térreo.

Adotado
Área Perímetro Quantidade Potência
Dependência 100 600 1000
(m2) (m) Mínima (VA)
VA VA VA
Guarita 6,85 8,9 2 3 - - 300
Vestiário Masc. 15,04 18 1 - 2 - 1200
Vestiário
21,1 20 1 - 2 - 1200
Femin.
Hall elevadores 23,17 30,2 1 - - 1 1000
Hall recepção 54,89 30,2 6 6 - 600
Administração 13,19 15,6 4 5 - 500
Depósito 7,59 11,4 1 1 - 100
Circulação 9,3 17 1 - - 1 1000
Potência total (kVA) 5,9
Fator de potencia 0,8
Carga instalada (kW) 4,72
Fonte - O próprio autor.

Tabela 16 - TUG’s para os subsolos.

Área Perímetro Adotado Potência


Dependência
(m2) (m) 1000 VA (VA)
Hall elevadores 19,11 1 1000
Subsolo 1
Casa de bombas 11,9 15,2 1 1000
Hall elevadores 19,11 1 1000
Subsolo 2
Gerador 11,9 15,2 1 1000
Potência total (kVA) 4,0
Fator de potencia 0,8
Carga instalada (kW) 3,2
Fonte - O próprio autor.

13
Tabela 17 - TUG's para os 22 pavimento-tipo.

Adotado
Área Perímetro Potência
Dependência 1000
(m2) (m) 100 VA (VA)
VA
Hall elevadores 36,33 49,9 - 1 1000
Escada - - 1 - 100
Potência total (kVA) 22*1100 = 24,2
Fator de potência 0,8
Carga instalada (kW) 19,36
Fonte - O próprio autor.

2.2.3. Tomadas de uso específico (TUE’s)


2.2.3.1. Dimensionamento do sistema de recalque.

As bombas de recalque, que se localiza no subsolo 1, terão a função de elevar a


água que vai estar armazenada na cisterna, que também está no subsolo, e a água do
poço profundo, para as caixas d’águas presentes no topo do prédio.

Para dimensionar as bombas de recalque foi necessário utilizar o catálogo da


Schneider referenciado [5]. Os parâmetros utilizados foram:

Vazão:

Para estimar a vazão foi necessária, saber quanto, em média, de pessoas irá
morar no condomínio. Foi considerada também a quantidade média de água que uma
pessoa consome num dia e o tempo de operação da bomba.

A quantidade média de quantas pessoas moram no condomínio foi determinada


através da tabela 24 presente no item 2.2.3.2 do relatório.

200𝐿 352 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 1𝑚3 𝑚3


𝑉= ∗ ∗ = 8,8
𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 8ℎ 1000𝐿 ℎ

De acordo com a sugestão da Schneider o diâmetro da tubulação para o valor da


vazão encontrado é de 2 polegadas ou 60 milímetros indicado na tabela 21.

Tabela 18 - Diâmetro da tubulação sugerida pela Schneider.

Fonte - [5]

É necessário também fazer cálculo do fator de perda de carga (F.P.D) na


tubulação de acordo com diâmetro da tubulação. O F.P.D na tubulação encontrada na
tabela 22 foi de 2,6%.

14
Tabela 19 - Fator de Perda de Carga.

Fonte - [5]

Perda de Carga

Para se calcular a perda de carga(P.C) é necessário saber o comprimento da


tubulação (comprimento da tubulação de sucção + a de recalque) A perda de carga é
encontrada de acordo com a equação seguinte referenciada na fonte [5] da Schneider:

𝑃. 𝐶 = (𝐶𝑇 ∗ 𝐹𝑝𝑐(%)) (1)

PC = (84,4)*0,026 = 2,19 m.c.a

Obs: O cálculo do comprimento da tubulação foi feito baseado na altura da


cisterna, onde a bomba de recalque irá ficar, as caixas d’águas no topo do prédio
acrescido de 10% de margem de segurança pelos desvios de tubulações.

Altura Manométrica Total

Sabendo os valores da altura de sucção (A.S), altura de recalque (A.R) e P.C


pode se calcular a altura manométrica total (ATM), que é dada pela soma da altura de
sucção, altura de recalque e perda de carga. Portanto, tem-se:

𝐴𝑇𝑀 = (𝐴𝑆 + 𝐴𝑅 + 𝑃𝐶) + 5%

𝐴𝑇𝑀 = (0 + 76,62 𝑚 + 2,19) + 5%

ATM =78,86 m.c.a

15
Potência da Bomba de Recalque

Para calcular a potência da bomba de recalque são necessários os valores da


vazão (Z) e da ATM e diâmetro da tubulação. Segundo a tabela 23 a bomba mais indicada
é a bomba VME-5840 que apresenta uma potência de 4 CV.

Tabela 20 - Modelo da bomba de recalque.

Fonte - [5].

Segundo o catálogo da WEG [anexo III.I], o fator de potência (F.P) e o


rendimento (ŋ) do motor(W22-IR2) usado na bomba VME-5840 da Schneider é de 84%
e 87,5%.

Então a potência de entrada em VA é:

𝑃(𝐶𝑉) ∗ 736
𝑃(𝑉𝐴) =
𝜂 ∗ 𝐹. 𝑃
𝑃 = 4005,44𝑉𝐴

2.2.3.2 Dimensionamento dos elevadores


Cálculo da População do Edifício
A população de cada apartamento será estimada conforme o seguinte critério da
NBR-5665 [11]:
Tabela 21 - Relação Quantidade de pessoas por dormitório.

Quantidade de pessoas Número de Dormitórios


2 pessoas 1
4 pessoas 2
5 pessoas 3
6 pessoas 4+
1 pessoa 1 Dormitório de serviçal
Fonte - [11].

Cada apartamento contém 2 dormitórios, totalizando 4 pessoas por apartamento.

O prédio possui 88 apartamentos, totalizando 352 pessoas.

16
Cálculo dos tempos
O número de paradas prováveis do elevador é obtido pela seguinte fórmula:
𝑃−2 𝑐
𝑁 = 𝑃 − (𝑃 − 1) ∗ ( )
𝑃−1
Onde:
N = número de paradas prováveis
P = Número de paradas do elevador
C = Lotação da cabina

Sendo P = 27 (22 pavimentos, 2 subsolos, 1 térreo e o mezzanino) e


considerando C igual a 8 pessoas, tem-se:
𝑁 = 8 𝑝𝑟𝑜𝑣á𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠

O percurso do carro é de 82,3 m. Portanto, a velocidade selecionada de acordo


com a Tabela 25 é de 2,5 m/s.
Tabela 22 - Velocidades recomendadas para edifícios residenciais.

Velocidade (m/s) Percurso (m)


De 0,75 a 1,00 Até 29
De 1,00 a 1,50 De 30 a 44
De 1,25 a 2,00 De 45 a 59
De 1,75 a 2,50 De 60 a 74
De 2,50 a 3,00 De 75 a 90
Fonte - [15].

Tempo T1: É o tempo que a cabina gasta para percorrer o percurso ida e volta,
sem parar:
2 ∗ 𝑃𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜
𝑇1 =
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟
𝑇1 = 65,84 𝑆

Tempo T2: Tempo gasto nas operações de aceleração e desaceleração durante


todo o percurso, conforme Eq. 2
𝑁 ∗ 𝑇𝑎𝑟
𝑇2 = (2)
2
𝑇2 = 22 𝑠

Onde:

N = número de paradas prováveis


Tar = dado pela Tabela 26.

17
Tabela 23 - Tempo de Aceleração e Retardamento.

Tar (s) Velocidade (m/s)


2,5 0,75
3 1
3 1,25
3,5 1,5
4 1,75
4,5 2
5,5 2,5
6 Acima de 2,50
Fonte - [15].

Tempo T3: Tempo gasto nas operações de abertura e fechamento das portas,
conforme Equação abaixo. O edifício possui abertura de portas central.
𝑇3 = 𝑁 ∗ 𝑇𝑎𝑓

𝑇3 = 31,20 𝑠

Onde:

N = número de paradas prováveis


Taf = Dado pela Tabela 27.
Tabela 24 - Tempo de Abertura e Fechamento de Porta.

Taf (s) Tipo de porta


3,9 Abertura central
5,5 Abertura lateral
6 Eixo vertical
Fonte - [15].

Tempo T4: Tempo gasto para entrada e saída de passageiros durante todo o
percurso, conforme equação abaixo. A porta do elevador é menor que 1,1 m.
𝑇4 = 𝐶 ∗ 𝑇𝑒𝑠
𝑇4 = 19,2 𝑠

Onde:
C = capacidade da cabina
Tes = Dado pela Tabela 28
Tabela 25 - Tempo de entrada e Saída de Cada Passageiro.

Tes (s) Abertura da porta


2,4 Menor que 1,1
2 Maior ou igual a 1,1
Fonte - [15].

18
O tempo total de viagem é dado por:
𝑇𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑇1 + 𝑇2 + 1,1 ∗ (𝑇3 + 𝑇4)

𝑇𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 139,75 𝑠

Cálculo da Capacidade de Tráfego


Para calcular a capacidade de tráfego, é preciso calcular inicialmente a
capacidade de transporte, que é a quantidade de pessoas transportadas em 5 minutos
por um elevador, conforme equação seguinte:
300 ∗ 𝐶
𝐶𝑡 =
𝑇𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝐶𝑡 = 17,17 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠

Onde:
C = capacidade da cabina
A capacidade de tráfego é a soma das capacidades de transportes de todos os
elevadores do prédio.

Considerando os três elevadores com as mesmas características, tem-se que a


capacidade de tráfego é dada por:
𝐶𝑇 = 𝑁º𝑒𝑙𝑒𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 ∗ 𝐶𝑡
𝐶𝑇 = 51,51 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠

De acordo com a NBR-5665, o conjunto de elevadores deve ser capaz de


transportar em 5 min 10% da população do prédio, que equivale a 35 pessoas.

Como CT>24, o dimensionamento de 3 elevadores com velocidade de 2,5 m/s e


capacidade máxima de 8 pessoas está correto.

19
Características do Elevador

O elevador selecionado é o modelo LUXEN da Hyundai. São elevadores com


máquina de tração sem engrenagem e de média velocidade.

O requisito dos motores é dado pela Tabela 29, disponibilizada no catálogo da


Hyundai [6]
Tabela 26 - Requisitos de Potência Elétrica.

Pessoas Velocidade Motor Potência


(Kg) (m/min) (kW) (kVA)
60 2,8 3
6 90 4,2 4
105 4,9 5
60 3,4 4
8 90 5,1 6
105 5,9 7
60 3,7 4
9 90 5,6 6
105 6,5 7
60 4,3 5
10 90 6,5 7
105 7,6 9
Fonte - [6].

São selecionados 3 elevadores com carga de 8 pessoas, velocidade de 105 m/min


(1,75 m/s), com motores de 5,9 kW e potência de 7 KVA cada.

20
2.2.3.3 Dimensionamento da bomba contra incêndio

De acordo com as normas do Corpo de Bombeiros do Ceará, NT01-2008 [12] e


NT06-2008 [13], o condomínio se enquadra na categoria A-2 (Habitação multifamiliar)
e, por possuir mais de dois pavimentos, necessita de hidrantes.

O cálculo da potência da bomba é feito com base na apostila de Sistemas de


Proteção Contra Incêndios da Universidade Regional de Blumenau [15]. A potência da
bomba é dada:
𝛾 ∗ 𝑄 ∗ 𝐻𝑚
𝑃𝑜𝑡 =
75 ∗ 𝜂

Onde:
γ = Peso específico do Líquido a ser elevado (H2O = 1000kgf/m³)
Pot = Potência do motor (CV);
Q = Vazão da água (m3/s);
𝜂 = Rendimento de todo o sistema da bomba;
Hm = Altura manométrica total.

O valor de Q é dado pela Tabela 30 do Corpo de Bombeiros equivalente a 0,0025


m /s (150 l/s).
3

Tabela 27 - Tipos de sistema de proteção por hidrante.

Fonte - [13].

De acordo com a apostila de Sistemas de Proteção Contra Incêndios, 𝜂 é em


geral entre 40 a 80%, será adotado 80%. A altura manométrica já foi calculada para a
bomba de recalque, que é Hm = 78,86 m.c.a.
A potência mínima da bomba calculada é 3,3 CV. Será adotada então uma bomba
de 4 CV do modelo BPI-21 R 2 ½ da fabricante Schneider. Onde o rendimento é 87,5%
e o fator de potência é 84%, segundo a o catálogo da WEG (W22 IR2).
𝑃(𝑉𝐴) = 4005𝑉𝐴

21
2.2.3.4 Dimensionamento da bomba de drenagem

Para o cálculo da bomba de drenagem será considerada a altura manométrica


do subsolo 2 ao passeio, que equivale a 5,6 m. A bomba escolhida foi o modelo BCA-40
1 1/2 no catálogo de bombas da Schneider de 1,5 CV, onde o rendimento é 82,6% e o
fator de potência é 84%.

𝑃(𝐶𝑉) ∗ 736
𝑃(𝑉𝐴) =
𝜂 ∗ 𝐹. 𝑃
𝑃(𝑉𝐴) = 1591𝑉𝐴

Tabela 28 - Bomba de Drenagem.

Fonte - [5].

2.2.3.5 Dimensionamento do motor do portão

O motor do portão foi determinado pelo catálogo da PPA [14] e anexo C. Será
utilizado será de 525 W.

Usando um fator de potência e rendimento de motores da WEG, que apresentam


potência iguais ao do motor do portão, tem-se, F.P de 74% e o rendimento de 82,6%.

𝑃(𝑊)
𝑃(𝑉𝐴) =
𝜂 ∗ 𝐹. 𝑃
𝑃(𝑉𝐴) = 842𝑉𝐴

22
2.2.3.6 Dimensionamento da bomba de pressurização

A bomba de pressurização vai manter toda a rede hidráulica do prédio com


pressão uniforme o tempo todo.

A bomba é escolhida com base na pressão manométrica total (69,6 m) e a vazão


(8,8 m3/h), como calculado no projeto da bomba de recalque

Tabela 29 - Bomba de pressurização.

Fonte - [5].

A bomba escolhida então é o modelo VFD-VME 9650 de 5 CV. No catálogo da


WEG um motor de 5CV (W22 IR) tem fator de potência 87% e o rendimento de 87,6%
.
𝑃(𝐶𝑉) ∗ 736
𝑃(𝑉𝐴) =
𝜂 ∗ 𝐹. 𝑃
𝑃(𝑉𝐴) = 4828,6𝑉𝐴

23
2.2.3.7 Dimensionamento da bomba da hidromassagem

Para dimensionar a bomba de hidromassagem foi necessário utilizar o catálogo


da Danco referenciado [10].
A bomba escolhida então é o modelo HAD-W7C de 1/2 CV da Danco. No catálogo
da WEG para motores monofásico [Anexo III.II] um motor de 1/2CV (W22 monofásico)
tem fator de potência 99% e o rendimento de 61,3%. E considerando a altura
manométrica de 2mca, que é a altura de 2 metros da hidromassagem para um volume
de 16m³ já que o volume da hidromassagem vai ser de 14m³.
Tabela 30 - Modelo da bomba de hidromassagem.

Fonte - [10].

Então a potência de entrada em VA é:

𝑃(𝐶𝑉) ∗ 736
𝑃(𝑉𝐴) =
𝜂 ∗ 𝐹. 𝑃
𝑃 = 606,4𝑉𝐴

2.2.3.8 Sauna a vapor

A sauna a vapor escolhida é o modelo Compact line inox de 12 kW/380 V trifásico


da Sodramar. As especificações técnicas encontram-se na referência [13]. A empresa
não disponibiliza o fator de potência e nem o rendimento do equipamento, dessa forma,
foi estimado um fator de potência de 0,92 e rendimento de 80%.

Então a potência de entrada do equipamento em VA é:


12000
𝑃(𝑉𝐴) = = 16304,3 𝑉𝐴
0,92 ∗ 0.8

24
2.2.4. Quadro de carga do condomínio.
A tabela 34 mostra o quadro de carga do condomínio, a potência em kilowatts
de iluminação e TUG’s foi calculada de acordo com os valores estimados na seção 2.2.1
e 2.2.2 respectivamente do relatório.

A potência das TUE’s foi estimado de acordo com os valores dimesionados 2.2.3
do relatório.
Tabela 31 - Quadro de cargas do condomínio.

Potência de TUG’s TUE’s


Pavimento iluminação Potência Potência
Quantidade Descrição
(kVA) (kVA) (VA)
3x Elevadores 21000
Bomba de
4828,6
pressurização
Cobertura 1,1 35 9,6 Bomba de incêndio 4005
Sauna 16304,3
Bomba de
606,4
hidromassagem
Térreo 2,36 21 5,9 Motor do portão 842

Bomba de recalque 4005,4


Subsolo 1 2,17 2 2
Bomba de
1591
drenagem
Subsolo 2 2,17 2 2 - -
Mezanino 2,31 33 8,2 - -
22
Pavimentos- 4,51 44 24,2 - -
tipo
Fonte - O próprio autor.

25
2.2.5. Divisão dos circuitos terminais do condomínio

Os circuitos terminais foram divididos de acordo com a função e potência, de


modo que a potência fosse bem dividida e seguindo as exigências do ponto 9.5.3 da
NBR 5410. As tabelas 35 a 44 mostram a divisão das cargas no quadro de carga definidos
no projeto. Foram previstos ao todo 12 quadros de distribuição para o condomínio.
Tabela 32 - Quadro de distribuição da cobertura.

Quadro de distribuição da cobertura


Circuitos Corrente
Potência Potência Fase
terminais de
Dependências aparente FP Ativa
projeto
Nº Tipo (VA) (W) A B C
(A)
Ginástica
Estar
Gourmet
Iluminação Copa
1 584 0,85 496 2,65 x
1 Antecamâra
C. de máquinas
2
Áreas externas
Sauna
C. de máquinas
1
Fisioterapia
WC 1
WC 2
Iluminação Repouso
2 512 0,85 435 2,33 x
2 Circulação
Hall
Barriletes
Terraço coberto
Escada
WC 1
3 TUG’s 1 1200 0,8 960 5,45 x
WC 2
4 TUG’s 2 Copa 2000 0,8 1600 9,1 x
C. de máquinas
1
Fisioterapia
5 TUG’s 3 Ginástica 3300 0,8 2640 15 x
Estar
Gourmet
Repouso
Circulação
Hall
6 TUG’s 4 C. de máquinas 3100 0,8 2480 14,1 x
2
Varanda
7 Reserva - 2220 0,8 1776 10,1 x
8 Reserva - 2220 0,8 1776 10,1 x
Total 3936 3811 4416
Fonte - O próprio autor.

26
Tabela 33 - Quadro de distribuição do mezanino.

Quadro de distribuição do mezanino


Circuitos Corrente
Potência Potência Fase
terminais de
Dependências aparente FP Ativa
projeto
Nº Tipo (VA) (W) A B C
(A)
Hall de
elevadores
Sala de jogos
Iluminação Quadra
1 1484 0,85 1261 6,75 x
1 poliesportiva
Escada
Salão de festas
Lavanderia
Copa
WC 1
Iluminação WC 2
2 824 0,85 700 3,76 x
2 Home Theater
Antecâmara
Circulação
Áreas externas
WC 1
3 TUG’s 1 1200 0,8 960 5,45 x
WC 2
Copa
4 TUG’s 2 3900 0,8 3120 17,7 x
Lavanderia
Salão de festas
Hall elevadores
5 TUG’s 3 3100 0,8 2480 14,1 x
Sala de jogos
Home Theater
6 Reserva - 2220 0,8 1776 10,1 x
7 Reserva - 2220 0,8 1776 10,1 x
Total 3997 4256 3820
Fonte - O próprio autor.

27
Tabela 34 - Quadro de distribuição do térreo.

Quadro de distribuição do térreo


Circuitos Corrente
Potência Potência Fase
terminais de
Dependências aparente FP Ativa
projeto
Nº Tipo (VA) (W) A B C
(A)
Estacionamento
Guarita x
Iluminação Vestiários
1 1670 0,85 1419 7,6
1 Depósito de lixo
Central de gás
Hall recepção
Hall elevadores x
Administração
Depósito
Iluminação
2 Antecâmara 690 0,85 586 3,14
2
Circulação
Áreas externas
Escada
Vestiários x
3 TUG’s 1 2700 0,8 2160 12,3
Guarita
Hall recepção x
Hall elevadores
4 TUG’s 2 Administração 3200 0,8 2560 14,5
Depósito
Circulação
5 Reserva - 2220 0,8 1776 10,1 x
6 Reserva - 2220 0,8 1776 10,1 x
Total 3146 3195 3936
Fonte - O próprio autor.

Tabela 35 - Quadro de distribuição do subsolo 1.

Quadro de distribuição do subsolo 1


Circuitos Corrente
Potência Potência Fase
terminais de
Dependências aparente FP Ativa
projeto
Nº Tipo (VA) (W) A B C
(A)
Estacionamento
Casa de x
bombas
1 Iluminação Hall elevadores 2170 0,85 1844 9,86
Antecâmara
Escada
Casa de x
2 TUG’s bombas 2000 0,8 1600 9,1
Hall elevadores
3 Reserva - 2220 0,8 1776 10,1 x
4 Reserva - 2220 0,8 1776 10,1 x
Total 3444 1776 1776
Fonte - O próprio autor.

28
Tabela 36 - Quadro de distribuição do subsolo 2.

Quadro de distribuição do subsolo 2


Circuitos Corrente
Potência Potência Fase
terminais de
Dependências aparente FP Ativa
projeto
Nº Tipo (VA) (W) A B C
(A)
Estacionamento
Gerador x
Hall elevadores
1 Iluminação 2170 0,85 1844 9,86
Antecâmara
Escada
Gerador
2 TUG’s Hall elevadores 2000 0,8 1600 9,1 x
3 Reserva - 2220 0,8 1776 10,1 x
4 Reserva - 2220 0,8 1776 10,1 x
Total 1776 3440 1776
Fonte - O próprio autor.

Tabela 37 - Quadro de distribuição dos pavimentos.

Quadro de distribuição dos pavimentos


Circuitos Corrente
Potência Potência Fase
terminais de
Dependências aparente FP Ativa
projeto
Nº Tipo (VA) (W) A B C
(A)
Iluminação x
1 Pavimentos 1-5 1025 0,85 870 4,66
1
Iluminação Pavimentos 6- x
2 1025 0,85 870 4,66
2 10
Iluminação Pavimentos 11- x
3 1025 0,85 870 4,66
3 15
Iluminação Pavimentos 16- x
4 1025 0,85 870 4,66
4 20
Iluminação Pavimentos 21- x
5 410 0,85 348 1,9
5 22
6 TUG’s 1 Pavimentos 1-5 5500 0,8 4400 25 x
Pavimentos 6- x
7 TUG’s 2 5500 0,8 4400 25
10
Pavimentos 11- x
8 TUG’s 3 5500 0,8 4400 25
15
Pavimentos 16- x
9 TUG’s 4 5500 0,8 4400 25
20
Pavimentos 21- x
10 TUG’s 5 2200 0,8 1760 10
22
11 Reserva - 2220 0,8 1776 10,1 x
12 Reserva - 2220 0,8 1776 10,1 x
13 Reserva - 2220 0,8 1776 10,1 X
Total 7916 9170 9670
Fonte - O próprio autor.

29
Tabela 38 - Quadro de distribuição dos elevadores.

Quadro de distribuição dos elevadores na cobertura


Circuitos Corrente
Potência Potência Fase
terminais de
Dependências aparente FP/ƞ Ativa
projeto
Nº Tipo (VA) (W) A B C
(A)
Elevador Casa de
1 7000 * 5900 10,6 x x x
1 máquinas 2
Elevador Casa de
2 7000 * 5900 10,6 x x x
2 máquinas 2
Elevador Casa de
3 7000 * 5900 10,6 x x x
3 máquinas 2
0,8 /
4 Reserva - 4000 3200 6,1 x x x
100%
0,8 /
5 Reserva - 4000 3200 6,1 x x x
100%
Total 8034 8034 8034
Fonte - O próprio autor.

* O fabricante já disponibiliza os valores de potência aparente e ativa, não necessitando assim do


conhecimento do FP e rendimento.

Tabela 39 - Quadro de distribuição de bombas da cobertura.

Quadro de distribuição de bombas da cobertura


Circuitos Corrente
Potência Potência Fase
terminais de
Dependências aparente FP/ƞ Ativa
projeto
Nº Tipo (VA) (W) A B C
(A)
Bomba de 0,87 /
1 Barriletes 4828,6 4201 7,31 x x x
pressurização 87,6%
Casa de 0,92 /
2 Sauna 16304,3 15000 24,7 x x X
máquinas 1 80%
0,99 /
3 Hidromassagem Hidromassagem 606,4 600,3 2,76 x x x
61,3%
0,8 /
4 Reserva - 4000 3200 6,1 x x x
100%
0,8 /
5 Reserva - 4000 3200 6,1 x x x
100%
Total 8734 8734 8734
Fonte - O próprio autor.

Tabela 40 - Quadro de distribuição da bomba de incêndio.

Quadro de distribuição da bomba de incêndio na cobertura


Circuitos Corrente
Potência Potência Fase
terminais de
Dependências aparente FP/ƞ Ativa
projeto
Nº Tipo (VA) (W) A B C
(A)
Bomba
0,84 /
1 de Barriletes 4005 3364,2 6,1 x x x
87,5%
incêndio
0,8 /
2 Reserva - 4000 3200 6,1 x x X
100%
0,8 /
3 Reserva - 4000 3200 6,1 x x x
100%
Total 3255 3255 3255
Fonte - O próprio autor.

30
Tabela 41 - Quadro de distribuição de bombas.

Quadro de distribuição de bombas no subsolo 1


Circuitos Corrente
Potência Potência Fase
terminais de
Dependências aparente FP/ƞ Ativa
projeto
Nº Tipo (VA) (W) A B C
(A)
Bomba de Casa de 0,84 /
1 4005,44 3364,6 6,1 x x x
recalque bombas 87,5%
Bomba de Casa de 0,84 /
2 1591 1336,4 2,41 x x X
drenagem bombas 82,6%
0,8 /
3 Reserva - 4000 3200 6,1 x x x
100%
0,8 /
4 Reserva - 4000 3200 6,1 x x x
100%
Total 3700 3700 3700
Fonte - O próprio autor.

Tabela 42 - Quadro de distribuição de motores.

Quadro de distribuição de motores no térreo


Circuitos Corrente
Potência Potência Fase
terminais de
Dependências aparente FP/ƞ Ativa
projeto
Nº Tipo (VA) (W) A B C
(A)
Motor do 0,84 /
1 Pilotis 842 707,3 3,2 x
portão 87,5%
0,8 /
3 Reserva - 4000 3200 6,1 x x x
100%
0,8 /
4 Reserva - 4000 3200 6,1 x x X
100%
Total 2841 2134 2134
Fonte - O próprio autor.

Tabela 43 - Quadro geral de baixa tensão.

Quadro geral da baixa tensão


Circuitos terminais Potência ativa Fases
Potência aparente (kVA)
N° Tipo (kW) A B C
1 QD da cobertura 15,14 12,16 x x x
2 QD do mezanino 14,95 12,08 x x x
3 QD do térreo 12,7 10,28 x x x
4 QD do subsolo 1 8,61 7,0 x x x
5 QD do subsolo 2 8,61 7,0 X x x
6 QD dos pavimentos 35,37 26,76 x x x
7 QD dos elevadores 29,0 24,1 x x x
8 QD de bombas da cobertura 29,73 26,2 X x x
9 QD de bombas do subsolo 13,6 11,1 x x x
10 QD de motores do térreo 8,84 7,11 x x x
Fonte - O próprio autor.

31
2.2.6 Cálculo da demanda do condomínio
A demanda do condomínio será calculada de acordo com o critério da carga
instalada estabelecido pela NT-003.

O critério estabelece que a demanda deve ser calculada de acordo com a equação
(1).

𝐷 = (0,77𝑎 + 0,7𝑏 + 0,75𝑐 + 0,59𝑑 + 1,2𝑒 + 𝑓) [𝑘𝑉𝐴] (1)

Onde,

𝐷 → Demanda total da instalação em kVA;

𝑎 → Demanda das potências, em kVA para iluminação e tomadas de uso geral


(ventiladores, televisores, equipamentos de som, computadores, etc.), conforme Tabela
1 da NT-003;

𝑏 → Demanda de todos os aparelhos de aquecimento em kVA (chuveiro, aquecedores,


fornos, fogões, churrasqueiras, torradeiras, microondas, etc.), calculada conforme
Tabela 6 da NT-003, utilizando o fator de potência unitário;

𝑐 → Demanda de todos os aparelhos de ar condicionado, em kW, calculada conforme


Tabelas 4 e 5 DA NT-003;

𝑑 → Potência nominal em kW das bombas de água do sistema de serviço da instalação


(não considerar bomba de reserva);

𝑒 → Demanda de todos os elevadores, em kW calculada conforme Tabela 2;

𝑓 → outras cargas não relacionadas em kVA. Neste caso o projetista deve estipular o
fator de demanda característico das mesmas.

Cálculo de a:

A potência de iluminação e tomadas de uso geral estimada para o condomínio foi


de 12,43 kW e 41,52 kW respectivamente. Dessa forma, o fator de demanda aplicado é
de 0,35 de acordo com a tabela 1 da NT-003 [3].

𝑎 = (12,43 + 41,52) ∗ 0,35 = 18,89 𝑘𝑊

Cálculo de b:

O único aparelho de aquecimento utilizado na planta foi a sauna com potência


nominal de 12 kW, dessa forma o fator de demanda aplicado é de 80%.

𝑏 = 12 ∗ 0,8 = 9,6 𝑘𝑊

32
Cálculo de c:

No projeto não foram previstas cargas dessa natureza.

Cálculo de d:

Nesse cálculo será incluído as bombas de recalque, drenagem, pressurização e


hidromassagem.

𝑑 = 3,36 + 1,34 + 4,2 + 0,61 = 9,51 𝑘𝑊

Cálculo de e:

A potência total dos elevadores estimada foi de 17,7 kW, o fator de demanda
aplicado será de 0,65 de acordo com a tabela 2 da NT-003 [3].

𝑒 = 17,7 ∗ 0,65 = 11,51 𝑘𝑊

Cálculo de f:

Nesse cálculo será incluído apenas a potência do motor de portão. O fator de


demanda atribuído será de 80%.

𝑓 = 0,53 ∗ 0,8 = 0,43 𝑘𝑊

Cálculo da demanda do condomínio:

𝐷𝑐 = (0,77𝑎 + 0,7𝑏 + 0,75𝑐 + 0,59𝑑 + 1,2𝑒 + 𝑓)

𝐷𝑐 = (0,77 ∗ 18,89 + 0,7 ∗ 9,6 + 0,59 ∗ 9,51 + 1,2 ∗ 11,51 + 0,43)

= 41,12 𝑘𝑉𝐴

33
2.2.7 Padrão de fornecimento do condomínio

A carga instalada do condomínio foi superior a 75 kW, mas de acordo com a NT-
003 [3], pontos 5.1 e 5.2, as unidade consumidoras cujos equipamentos atendem aos
serviços comuns (condomínio) do PMUC pode ser conectada em baixa tensão mesmo
com carga instalada superior a 75 kW, desde que seja apresentado e aprovado o cálculo
da demanda desta unidade consumidora e que o disjuntor termomagnético de proteção
projetado possua corrente nominal trifásica igual ou inferior a 125 A.

A corrente calculada é dada por:

𝐷𝑐𝑜𝑛𝑑𝑜𝑚í𝑛𝑖𝑜 41,12
𝐼= = = 62,47 𝐴 < 125 𝐴
√3 ∗ 380 √3 ∗ 380
Dessa forma, o condomínio poderá ser atendido pela rede secundária da Enel,
através de três condutores de fase 380 V / 60 Hz e um condutor neutro caso o projeto
de cálculo seja aprovado pela concessionária. A conexão deve ser realizada conforme
desenho 003.03 de [2] (Anexo B), através de um único transformador.

2.2.8 Demanda total do PMUC

Como mencionado no item 2.2.7. o PMUC deverá ser atendido através da rede
secundária trifásica da enel 380 V/60 Hz. Dessa forma, só haverá um ponto de
conexão com a rede externa, sendo necessário assim o cálculo da demanda total do
prédio.

De acordo com o item 2.1.6 do relatório a demanda por apartamento é de 1,53


kVA, aplicando o fator de diversificação para 88 apartamentos da tabela 16 da NT-003
[3] e o fator de segurança, têm-se que a demanda total dos apartamentos é dada por:
𝐷𝑎𝑝𝑡𝑜 = (𝐹𝑑𝑖𝑣 ∗ 𝐷𝑎𝑟𝑒𝑎 ) ∗ 𝐹𝑠 = (56,62 ∗ 1,53) ∗ 1,4 = 121,3 𝑘𝑉𝐴

Com a posse da demanda dos apartamentos e da demanda do condomínio é


possível calcular a demanda total do prédio.
𝐷𝑝𝑟é𝑑𝑖𝑜 = 𝐷𝑐𝑜𝑛𝑑𝑜𝑚í𝑛𝑖𝑜 + 𝐷𝑎𝑝𝑡𝑜 = 41,12 + 121,3 = 162,42 𝑘𝑉𝐴

Dessa forma, o PMUC pode ser alimentado através de um transformador de 300


Kva.

34
3. Dimensionamento dos Condutores dos Circuitos Terminais

Após o cálculo da intensidade da corrente de projeto de um circuito terminal, é


necessário dimensionar o condutor que será utilizado neste, esse condutor deve permitir
a passagem de corrente de elétrica sem excessivo aquecimento e com uma queda de
tensão predeterminada. Além disso, deve ser compatível com a capacidade dos
dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.

3.1. Critério da capacidade de condução de corrente

De posse do valor da corrente de projeto é possível aplicar o critério da


ampacidade para dimensionamento do condutor, esse critério considera que o condutor
não deve ser submetido a valores de corrente superior ao seu limite de condução durante
períodos prolongados em serviço normal.

É necessário aplicar sobre os valores de corrente alguns fatores de correção que


mantenham o condutor em regime contínuo, com a temperatura igual ou inferior aos
limites estabelecidos por norma. São duas as correções que serão adotadas neste
projeto, cada uma corresponderá um fator de correção k.

a) Correção de temperatura, quando a temperatura do ambiente nos quais serão


instalados os cabos for diferente daquela para a qual as tabelas foram estabelecidas.
Obtém-se o fator k1 da tabela 40 da NBR 5410 [1].

b) Agrupamento de circuitos, quando forem mais de três condutores carregados


em um mesmo eletroduto. Obtém-se o fator k2 das tabelas 42 a 45 da NBR 5410 [1].

Dessa forma, a corrente de projeto Ip e a corrente corrigida I’p são calculadas


de acordo com as equações dada por:
𝑆𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
(1𝜙)
220
𝐼𝑝 =
𝑆𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
(3𝜙)
{√3 ∗ 380
𝐼𝑝
𝐼′ 𝑝 =
𝑘1 𝑥 𝑘2

Com esse valor de I’p o cabo de cobre com isolação de PVC é escolhido de acordo
com a tabela 36 da NBR 5410 [1] utilizando-se o método de referência B1 para dois
condutores carregados em circuitos monofásicos ou três condutores carregados em
circuitos trifásicos.

Os condutores de neutro e proteção são dimensionados de acordo com a tabela


36 e 48 da NBR 5410 [1] respectivamente.

35
3.2. Critério da queda de tensão

Este critério é aplicado para verificar os valores de queda de tensão que ocorrem
ao longo de um circuito terminal para permitir o funcionamento adequado dos aparelhos,
equipamentos e motores que serão submetidas a essa tensão. Dessa forma, é necessário
dimensionar os condutores para que esta queda de tensão não ultrapasse os limites
estabelecidos pela NBR 5410 [1], que estabelece as seguintes condições:

a) 7%, calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT,


no caso de transformador de propriedade da unidade consumidora;

b) 7%, calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT


da empresa distribuidora de eletricidade, quando o ponto de entrega for aí localizado;

c) 5%, calculados a partir do ponto de entrega, nos demais casos de ponto de


entrega com fornecimento em tensão secundária de distribuição;

d) 7%, calculados a partir dos terminais de saída do gerador, no caso de grupo


gerador próprio.

A queda de tensão nos circuitos pode ser obtida através de:

Para circuitos monofásicos:


𝐼𝑐 ∗ 𝐿𝑐 ∗ (𝑅𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑋𝑠𝑒𝑛𝜃)
Δ𝑉𝑐 =
10 ∗ 𝑁𝑐𝑝 ∗ 𝑉𝑓𝑛

Para circuitos trifásicos:

√3 ∗ 𝐼𝑐 ∗ 𝐿𝑐 ∗ (𝑅𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑋𝑠𝑒𝑛𝜃)
Δ𝑉𝑐 =
10 ∗ 𝑁𝑐𝑝 ∗ 𝑉𝑓𝑓

Onde,

𝐼𝑐 – Corrente de projeto, em A;
𝐿𝑐 - Comprimento do circuito, em m;
𝑅 – Resistência do cabo selecionado, em mΩ/m;
X − Resistência do cabo selecionado, em mΩ/m;
𝑁𝑐𝑝 – Número de condutores paralelos por fase;
𝑉𝑓𝑛 - Tensão fase-neutro;
𝑉𝑓𝑓 - Tensão fase-fase;
𝜃 – Ângulo do fator de potência da carga

36
Os valores de R e X são determinados de acordo com a tabela 44.

Tabela 44 - Resistência e Reatância para condutores.

Fonte - Desconhecida

3.3. Critério de curto circuito

No dimensionamento dos condutores, faz-se necessário tomar conhecimento a


respeito do nível das correntes de curto-circuito nos diferentes pontos da instalação,
isto porque essas correntes podem aquecer o condutor afetando assim o seu
isolamento.

Para realizar o dimensionamento por esse critério, é necessário calcular


a corrente de curto-circuito em cada ponto da instalação. Essas corrente foram
calculadas utilizando a metodologia adotada no livro Instalações elétricas [19].

A corrente de curto-circuito calculada nos terminais secundário do


transformador é:
100 𝑃𝑛𝑡
𝐼𝑘0 = .
𝑈𝑘𝑛 √3 ∗ 𝑉𝑛𝑠

Onde,

𝐼𝑘0 → Corrente de curto circuito, em A;

𝑈𝑘𝑛 → Tensão de curto-circuito, em V%;

𝑃𝑛𝑡 → Potência nominal do transformador, em VA;

𝑉𝑛𝑠 → Tensão no secundário do transformador.

37
O PMUC poderá ser alimentando por um transformador de 300 kVA baseado no
cálculo da demanda total, dessa forma a corrente de curto-circuito no secundário do
trafo é dada por:
100 300000
𝐼𝑘0 = . = 19,74 𝑘𝐴
4 380
O valor de 𝑈𝑘𝑛 foi estimado através de dados coletados no manual do eletricista
da Scheneider [18], que é de 4% para transformador de 300 kVA.

Após calculada a corrente de curto-circuito no secundário do transformador, é


possível mensurar a corrente de curto-circuito em qualquer da instalação

Logo, a seção mínima do condutor de cobre pode ser determinada para uma
corrente de curto-circuito, através da equação:

√𝑡𝑎 ∗ 𝐼𝑐𝑐
𝑆𝐶𝑢 = [𝑚𝑚2 ]
234 + 𝑇𝑓
0,34 ∗ √𝑙og( )
234 + 𝑇𝑖

Onde,

𝐼𝑐𝑐 → Corrente simétria de curto-circuito, em kA;

𝑡𝑒 → Tempo de eliminação de defeito, em s;

𝑇𝑓 → Temperatura máxima de curto-circuito suportada pela isolação do


condutor, em ºC;

𝑇𝑖 → Temperatura máxima admissível pelo condutor em regime normal de


operação, em ºC

38
Tabela 48 – Dimensionamento de condutores apartamento-tipo
Quadro de distribuição do mezanino dos apartamentos

Fator de Seção Seção dos condutores (mm2)


correção condutores Capacidade Queda C. de
C. de C. Limite Comprimento
de de curto-
projet fictícia queda de do circuito Mínima Utilizada
F/N/PE condução tensão circuito
o (A) K1 K2 (A) tensão (%) (m)
(mm2) (A) (%) (A)
F F N PE

2,17 0,79 0,65 4,22 1,5 17,5 2,00 15 0,2 10,23 2,5 1,5 1,5 1,5

1,93 0,79 0,65 3,75 1,5 17,5 2,00 10 0,12 1,5 1,5 1,5

9,55 0,79 0,65 18,6 2,5 24 2,00 15 0,44 2,5 2,5 2,5

9,1 0,79 0,70 16,45 2,5 24 2,00 10 0,28 2,5 2,5 2,5

10,9 0,79 0,65 21,25 2,5 24 2,00 15 0,5 2,5 2,5 2,5

4,44 0,79 0,65 8,64 2,5 24 2,00 10 0,13 2,5 2,5 2,5

4,44 0,79 0,65 8,64 2,5 24 2,00 10 0,13 2,5 2,5 2,5

4,44 0,79 0,80 7,02 2,5 24 2,00 15 0,2 2,5 2,5 2,5
10,1 0,79 0,65 19,65 2,5 24 2,00 15 0,46 2,5 2,5 2,5

10,1 0,79 0,65 19,65 2,5 24 2,00 15 0,46 2,5 2,5 2,5

10,1 0,79 0,65 19,65 2,5 24 2,00 15 0,46 2,5 2,5 2,5

Fonte – O próprio autor.

39
Tabela 48 – Dimensionamento de condutores cobdertura
Circuitos terminais
Quadro de distribuição do mezanino da cobertura
Potência
Fator de Seção Seção dos condutores (mm2) aparente
correção condutores Capacidade Nº Tipo (VA)
Queda C. de
C. Limite Comprimento
de de curto-
fictícia queda de do circuito Mínima Utilizada
F/N/PE condução tensão circuito
K1 K2 (A) tensão (%) (m)
(mm2) (A) (%) (A) 1 Iluminação 1 477
F F N PE
2 Iluminação 2 424

0,79 0,89 10,23 1,5 10,3 2,00 20 2,00 10,23 2,5 1,5 1,5 1,5 3 TUG 1 2100

0,79 1,5 2,00 1,5 1,5 1,5 4 TUG 2 2000

0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5 5 TUG 3 2400

0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5 6 TUE 976

0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5 7 TUE 976

0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5 8 TUE 976

0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5 9 Reserva 2220

0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5 10 Reserva 2220

Fonte – O próprio autor. 11 Resrva 2220

40
Tabela 48 – Dimensionamento de condutores mezanino
Quadro de distribuição do mezanino do mezanio

Fator de Seção Seção dos condutores (mm2)


correção condutores Capacidade Queda C. de
C. Limite Comprimento
de de curto-
fictícia queda de do circuito Mínima Utilizada
F/N/PE condução tensão circuito
K1 K2 (A) tensão (%) (m)
2 (A) (%) (A)
(mm )
F F N PE

0,79 0,89 10,23 1,5 10,3 2,00 20 2,00 10,23 2,5 1,5 1,5 1,5

0,79 1,5 2,00 1,5 1,5 1,5


Circuitos terminais
0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5
C. de
Potência
0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5 projet
aparente
Nº Tipo o (A)
0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5 (VA)

0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5

0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5 1 Iluminação 1 584 2,65

Fonte – O próprio autor. 2 Iluminação 2 512 2,33

Tabela 48 – Dimensionamento de condutores térreo 3 TUG 1 1200 5,45

4 TUG’s 2 2000 9,1


Quadro de distribuição do mezanino do térreo
Circuitos terminais 5 TUG’s 3 3300 15
Seção dos condutores (mm2) C. de
Potência 6 TUG’s 4 3100 14,1
Queda C. de projet
Limite Comprimento aparente
de curto- o (A) 7 Reserva 2220 10,1
queda de do circuito Mínima Utilizada Nº Tipo (VA)
tensão circuito
tensão (%) (m) 8 Reserva 2220 10,1
(%) (A)
F F N PE
1 Iluminação 1 1484 6,75
5
2,00 20 2,00 10,23 2,5 1,5 1,5 1,5 2 Iluminação 2 824 3,76
2,00 1,5 1,5 1,5 3 TUG 1 1200 5,45
2,00 2,5 2,5 2,5 4 TUG’s 2 3900 17,7
2,00 2,5 2,5 2,5 5 TUG’s 3 3100 14,1
2,00 2,5 2,5 2,5 6 Reserva 2220 10,1

41
2,00 2,5 2,5 2,5 7 Reserva 2220 10,1

Fonte – O próprio autor.


Circuitos terminais Fator de Seção
correção condutores Capacidade
C. de C.
Potência de
projet fictícia
aparente F/N/PE condução
Nº Tipo o (A) K1 K2 (A)
(VA) (mm2) (A)

1 Iluminação 1 1670 7,6 0,79 0,89 10,23 1,5 10,3

2 Iluminação 2 690 3,14 0,79 1,5

3 TUG 1 2700 12,3 0,79 2,5

4 TUG’s 2 3200 14,5 0,79 2,5

5 Reserva 2220 10,1 0,79 2,5

6 Reserva 2220 10,1 0,79 2,5

2
Tabela 48 – Dimensionamento de condutores subbsolo 1
Quadro de distribuição do mezanino do subsolo 1

Circuitos terminais Fator de Seção Seção dos condutores (mm2)


correção condutores Capacidade Queda C. de
C. de C. Limite Comprimento
Potência de de curto-
projet fictícia queda de do circuito Mínima Utilizada
aparente F/N/PE condução tensão circuito
Nº Tipo o (A) K1 K2 (A) tensão (%) (m)
(VA) (mm2) (A) (%) (A)
F F N PE

1 Iluminação 2170 9,86 0,79 0,89 10,23 1,5 10,3 2,00 20 2,00 10,23 2,5 1,5 1,5 1,5

2 TUG 2000 9,1 0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5

3 Reserva 2220 10,1 0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5

4 Reserva 2220 10,1 0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5

Fonte – O próprio autor.

Tabela 48 – Dimensionamento de condutores subsolo 2


Quadro de distribuição do mezanino do subsolo 2

Circuitos terminais Fator de Seção Seção dos condutores (mm2)


correção condutores Capacidade Queda C. de
C. de C. Limite Comprimento
Potência de de curto-
projet fictícia queda de do circuito Mínima Utilizada
aparente F/N/PE condução tensão circuito
Nº Tipo o (A) K1 K2 (A) tensão (%) (m)
(VA) (mm2) (A) (%) (A)
F F N PE

1 Iluminação 2170 9,86 0,79 0,89 10,23 1,5 10,3 2,00 20 2,00 10,23 2,5 1,5 1,5 1,5

2 TUG 2000 9,1 0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5

3 Reserva 2220 10,1 0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5

4 Reserva 2220 10,1 0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5

Fonte – O próprio autor.


Tabela 48 – Dimensionamento de condutores pavimento-tipo
Quadro de distribuição do mezanino dos pavimentos

Circuitos terminais Fator de Seção Seção dos condutores (mm2)


correção condutores Capacidade Queda C. de
C. de C. Limite Comprimento
Potência de de curto-
projet fictícia queda de do circuito Mínima Utilizada
aparente F/N/PE condução tensão circuito
Nº Tipo o (A) K1 K2 (A) tensão (%) (m)
(VA) 2 (A) (%) (A)
(mm )
F F N PE

1 Iluminação 1 1025 4,66 0,79 0,89 10,23 2,5 10,3 2,00 20 2,00 10,23 2,5 1,5 1,5 1,5

2 Iluminação 2 1025 4,66 0,79 2,5 2,00 1,5 1,5 1,5

3 Iluminação 3 1025 4,66 0,79 2,5 2,00 1,5 1,5 1,5

4 Iluminação 4 1025 4,66 0,79 2,5 2,00 1,5 1,5 1,5

5 Iluminação 5 410 1,9 0,79 2,5 2,00 1,5 1,5 1,5

6 TUG 1 5500 25 0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5

7 TUG 2 5500 25 0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5

8 TUG 3 5550 25 0,79 2,5 2,00 2,5 2,5 2,5


9 TUG 4 5500 25 0,79 2,5 2,5 2,5 2,5

10 TUG 5 2200 10 0,79 2,5 2,5 2,5 2,5

11 Reserva 2220 10,1 0,79 2,5 2,5 2,5 2,5

12 Reserva 2220 10,1 0,79 2,5 2,5 2,5 2,5

13 Reserva 2220 10,1 0,79 2,5 2,5 2,5 2,5

Fonte – O próprio autor.


Tabela 48 – Dimensionamento de condutores elevadores
Quadro de distribuição dos elevadores

Circuitos terminais Fator de Seção Seção dos condutores (mm2)


correção condutores Capacidade Queda C. de
C. de C. Limite Comprimento
Potência de de curto-
projet fictícia queda de do circuito Mínima Utilizada
aparente F/N/PE condução tensão circuito
Nº Tipo o (A) K1 K2 (A) tensão (%) (m)
(VA) (mm2) (A) (%) (A)
F F N PE

1 Elevador 1 7000 10,6 0,79 0,89 10,23 10,3 2,00 20 2,00 10,23 2,5 2,5 2,5 2,5

2 Elevador 2 7000 10,6 0,79 2,00

3 Elevador 3 7000 10,6 0,79 2,00

4 Reserva 4000 6,1 0,79 2,00

5 Reserva 40000 6,1 0,79 2,00

Fonte – O próprio autor.

Tabela 48 – Dimensionamento de condutores bombas cobertura


Quadro de distribuição de bombas da cobertura

Circuitos terminais Fator de Seção Seção dos condutores (mm2)


correção condutores Capacidade Queda C. de
C. de C. Limite Comprimento
Potência de de curto-
projet fictícia queda de do circuito Mínima Utilizada
aparente F/N/PE condução tensão circuito
Nº Tipo o (A) K1 K2 (A) tensão (%) (m)
(VA) (mm2) (A) (%) (A)
F F N PE

1 Bomba de P. 42828,6 7,31 0,79 0,89 10,23 10,3 2,00 20 2,00 10,23 2,5 2,5 2,5 2,5

2 Sauna 16304,3 24,7 0,79 2,00

3 Hidromassage 606,4 2,76 0,79 2,00


m
4 Reserva 4000 6,1 0,79 2,00

5 Reserva 4000 6,1 0,79 2,00

Fonte – O próprio autor.


Tabela 48 – Dimensionamento de condutores bomba de incêndio
Quadro de distribuição da bomba de incêndio

Circuitos terminais Fator de Seção Seção dos condutores (mm2)


correção condutores Capacidade Queda C. de
C. de C. Limite Comprimento
Potência de de curto-
projet fictícia queda de do circuito Mínima Utilizada
aparente F/N/PE condução tensão circuito
Nº Tipo o (A) K1 K2 (A) tensão (%) (m)
(VA) (mm2) (A) (%) (A)
F F N PE

1 B. incêncio 4005 6.1 0,79 0,89 10,23 10,3 2,00 20 2,00 10,23 2,5 2,5 2,5 2,5

2 Reserva 4000 6.1 0,79 2,00

3 Reserva 40000 6.1 0,79 2,00

Fonte – O próprio autor.

Tabela 48 – Dimensionamento de condutores bombas


Quadro de distribuição de bombas

Circuitos terminais Fator de Seção Seção dos condutores (mm2)


correção condutores Capacidade Queda C. de
C. de C. Limite Comprimento
Potência de de curto-
projet fictícia queda de do circuito Mínima Utilizada
aparente F/N/PE condução tensão circuito
Nº Tipo o (A) K1 K2 (A) tensão (%) (m)
(VA) (mm2) (A) (%) (A)
F F N PE

1 B. Recalque 4005,4 6,1 0,79 0,89 10,23 10,3 2,00 20 2,00 10,23 2,5 2,5 2,5 2,5

2 B. drenagem 1591 2,41 0,79 2,00

3 Reserva 40000 6,1 0,79 2,00

4 Reserva 40000 6,1 0,79 2,00

Fonte – O próprio autor.


2
2.2.7. Dimensionamento das Proteções dos Circuitos Terminais

Os DR’s (dispositivo diferencial residual) são selecionados de acordo com os


parâmetros que o ponto 5.1.3.2.2 da NBR5410 determina.

O valor da corrente diferencial residual escolhida foi 30mA.

Os disjuntores são selecionados de acordo com a corrente nominal do circuito.


Sendo necessário que:
𝐼𝑏 < 𝐼𝑑 < 𝐼𝑐

Onde:

Ib é a corrente de projeto do circuito, tomando como base sua potência e tensão,


Id é a corrente nominal do disjuntor e Ic é a capacidade de condução do condutor.

Na tabela [35] mostra o valor de cada disjuntor termomagnético que cada circuito
terminal deve ter.

Os disjuntores foram selecionados de acordo com o catálogo Disjuntores 5SX1


da Siemens anexo D.
Tabela 45 - Valor da corrente dos disjuntor termomagnético/DR.

Seção
Corrente Proteção
(mm2)
Potência Ib Nominal
Circuito Propósito N° de
(VA) (A) Fase DTM (A) Tipo
Polos

1 Iluminação Cobertura 2500 11.36 1,5 13 DMT 1

2 Iluminação Cobertura 2420 11 1,5 13 DMT 1

3 Iluminação Mezanino 2340 10.6 1,5 13 DMT 1

4 Iluminação Mezanino 1900 8.6 1,5 10 DMT 1

5 Iluminação Térreo 2036 9.25 1,5 10 DMT 1

6 Iluminação Térreo 2404 10.92 1,5 13 DMT 1

7 Iluminação subsolo 1 2108 9.58 1,5 10 DMT 1

8 Iluminação subsolo 2 2108 9.58 1,5 10 DMT 1

2
TUG 1
9 1200 5.45 2,5 6 DMT+DR 1
Cobertura

TUG 2
10 2000 9.09 2,5 10 DMT+DR 1
Cobertura

11 TUG 3 Cobertura 3200 14.54 2,5 16 DMT 1

12 TUG 4 Cobertura 3100 14.09 2,5 16 DMT 1

13 TUG 5 Mezanino 1200 5.45 2,5 6 DMT + DR 1

14 TUG 6 Mezanino 3900 17.7 2,5 20 DMT + DR 1

15 TUG 7 Mezanino 3100 14.09 2,5 16 DMT 1

16 TUG 8 Térreo 2400 10.9 2,5 13 DMT + DR 1

17 TUG 9 Térreo 3500 15.9 2,5 16 DMT 1

18 TUG 10 Subsolo1 2000 9.09 2,5 10 DMT 1


19 TUG 11 Subsolo2 2000 9.09 2,5 10 DMT 1
TUE Bomba de
20 4005,4 6,08 2,5 10 DMT + DR 1
Recalque
TUE Bomba de
21 1591 2.4 2,5 4 DMT + DR 1
Drenagem
TUE Bomba de
22 4005 6,08 2,5 10 DMT + DR 1
Incêndio

23 TUE Motor Portão 842 4.84 2,5 6 DMT 1

TUE Bomba
24 606,4 2.75 2,5 4 DMT + DR 1
Hidromassagem
TUE Motor Elevador
25 7000 10,64 2,5 13 DMT + DR 1
Social 1

TUE Motor Elevador


26 7000 10,64 2,5 13 DMT + DR 1
Social 2

TUE Motor Elevador


27 7000 10,64 2,5 13 DMT + DR 3
Social 3

TUE Bomba de
28 4828,6 7.33 2,5 10 DMT + DR 3
Pressurização
Iluminação
29 pavimentos 3600 16.36 2,5 20 DMT 1
1-5
Iluminação
30 3600 16.36 2,5 20 DMT 1
pavimentos

3
6-10

Iluminação
31 pavimentos 3600 16.36 2,5 20 DMT 1
11-15
Iluminação
32 pavimentos 3600 16.36 2,5 20 DMT 1
16-20
Iluminação
33 pavimentos 1440 6,5 2,5 10 DMT 1
21-22
TUG
34 Pavimentos 5500 25 4 32 DMT 1
1-5
TUG
35 Pavimentos 5500 25 4 32 DMT 1
6-10
TUG
36 Pavimentos 5500 25 4 32 DMT 1
11-15
TUG
37 Pavimentos 5500 25 4 32 DMT 1
16-20
TUG
38 Pavimentos 2200 10 2,5 13 DMT 1
21-22

39 Circuito Reserva 2200 10 2,5 13 DMT 1

40
Circuito Reserva 2200 10 2,5 13 DMT 1

41 Circuito Reserva 2200 10 2,5 13 DMT 1

42 Circuito Reserva 2200 10 2,5 13 DMT 1

43 Circuito Reserva 2200 10 2,5 13 DMT 1

44 Circuito Reserva 2200 10 2,5 13 DMT 1

Fonte - O próprio autor.

4
4. Dimensionamento de condutores e proteção dos alimentadores
4.1. Ramal de ligação Aéreo em baixa tensão

Em posse da demanda total do PMUC, faz-se necessário dimensionar o ramal de


ligação através da tabela .... . A demanda total calculada para o prédio foi de 162,42
kVA (item 2.2.8.).
Tabela 46 - Ramal de ligação aéreo em baixa tensão.

Fonte – [3]

Portanto, a seção dos condutores fica definida:

𝑺𝒓𝒍 = 𝟑𝑭#𝟗𝟓 𝒎𝒎𝟐 + 𝟏𝑵#𝟓𝟎 𝒎𝒎𝟐

4.2. Dimensionamento do alimentador geral do condomínio

Critério da capacidade de condução:

Para o cálculo do alimentador geral do condomínio, utiliza-se novamente a


demanda total do prédio.

A corrente de projeto do alimentador é dada por:


𝐷𝑝𝑟é𝑑𝑖𝑜 162,42 𝐾
𝐼𝑏 = = = 246,78 𝐴
√3 ∗ 380 √3 ∗ 380
A corrente será corrigida pelo fator de correção para temperaturas ambientes
diferentes de 30oC para linhas não sub-terrâneas de acordo com a tabela 54 da NBR
5410 [1] para isolação de PVC (45oC). Além disso, será aplicado também o fator de
correção para circuitos trifásicos não-equilibrados que determina um fator de 0,86 para
correção, dessa forma a corrente corrigida é dada por:
279,91
𝐼′𝑏 = = 363,23 𝐴
0,79 ∗ 0,86
O condutor de fase é escolhido de acordo com a tabela 36 da NBR 5410 [1],
método de referência B1 para 3 condutores carregados em isolação de PVC. Os
condutores de neutro e proteção são dimensionados de acordo com a tabela 48 e 58 da
NBR 5410 [1] respectivamente.

𝑺𝒂𝒍 = 𝟑𝑭#𝟑𝟎𝟎 𝒎𝒎𝟐 + 𝟏𝑵#𝟏𝟓𝟎 𝒎𝒎𝟐 + 𝟏𝑷𝑬#𝟏𝟓𝟎 𝒎𝒎𝟐

5
Critério da queda de tensão:

Após o dimensionamento do condutor através do método da capacidade de


corrente é necessário validar essa informação de acordo com o critério da queda de
tensão. Para isso será utilizada a equação presente no item 3.2 do relatório. A distância
considerada do ponto de entrega até o CPG será de 40m. Os valores de R e X são
determinados de acordo com a tabela 44, foi considerado um fator de potência de 0,92.

√3 ∗ 246,78 ∗ 40 ∗ (0,0781 ∗ 0,92 + 0,1068 ∗ 0,39)


Δ𝑉𝑐 = = 0,51%
10 ∗ 380

Critério de curto-circuito:

6
4.3. Dimensionamento do alimentador do Centro de medição

O prédio é composto por 88 apartamentos mais as áreas comuns, a NT-003 [3]


estabelece que o empreendimento deve possuir 2 centros de medição. Portanto, a
divisão em cada centro ficou como mostra a tabela ....
Tabela 47 - Divisão dos centros de medição.

Centro de medição 1 Centro de medição 2


44 Apartamentos + Condomínio 44 Apartamentos
Fonte - O próprio autor.

Os centros de medição ficarão localizados no térreo como já foi indicado


previamente durante a construção da planta baixa do prédio.

4.3.1 Alimentador do CM 1

Para dimensionar o alimentador do CM 1 deve-se primeiro calcular a potência


demanda para este, desse modo, as equações expostas nos itens 2.1.5 e 2.2.6 do
relatório serão utilizadas novamente.
𝐷𝑎𝑝𝑡𝑜 = (𝐹𝑑𝑖𝑣 ∗ 𝐷𝑎𝑟𝑒𝑎 ) ∗ 𝐹𝑠 = (31,94 ∗ 1,53) ∗ 1,4 = 68,42 𝑘𝑉𝐴

Com a posse da demanda dos apartamentos e da demanda do condomínio é


possível calcular a demanda total do centro de medição 1.
𝐷𝐶𝑀1 = 𝐷𝑎𝑝𝑡𝑜 + 𝐷𝑐𝑜𝑛𝑑𝑜𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 68,42 + 41,12 = 109,54 𝑘𝑉𝐴

Critério da capacidade de condução:

A corrente de projeto do alimentador é dada por:


𝐷𝐶𝑀1 109,54 𝐾
𝐼𝑏 = = = 166,43 𝐴
√3 ∗ 380 √3 ∗ 380
A corrente será corrigida pelo fator de correção para temperaturas ambientes
diferentes de 30oC para linhas não sub-terrâneas de acordo com a tabela 54 da NBR
5410 [1] para isolação de PVC (45oC). Além disso, será aplicado também o fator de
correção para circuitos trifásicos não-equilibrados que determina um fator de 0,86 para
correção, dessa forma a corrente corrigida é dada por:
166,43
𝐼𝑏′ = = 245 𝐴
0,79 ∗ 0,86
O condutor de fase é escolhido de acordo com a tabela 36 da NBR 5410 [1],
método de referência B1 para 3 condutores carregados em isolação de PVC. Os
condutores de neutro e proteção são dimensionados de acordo com a tabela 48 e 58 da
NBR 5410 [1] respectivamente.

𝑺𝑪𝑴𝟏 = 𝟑𝑭#𝟏𝟓𝟎 𝒎𝒎𝟐 + 𝟏𝑵#𝟕𝟎 𝒎𝒎𝟐 + 𝟏𝑷𝑬#𝟗𝟓 𝒎𝒎𝟐

7
Critério da queda de tensão:

A distância entre o CPG e o centro de medição é pequena, dessa forma pode-se


desconsiderar o critério da queda de tensão.

Critério de curto circuito:

8
4.3.2 Alimentador do CM 2

Para calcular o alimentador do centro de medição 2 será seguido o mesmo


processo que foi feito anteriormente para o CM 1.
𝐷𝑎𝑝𝑡𝑜 = (𝐹𝑑𝑖𝑣 ∗ 𝐷𝑎𝑟𝑒𝑎 ) ∗ 𝐹𝑠 = (31,94 ∗ 1,53) ∗ 1,4 = 68,42 𝑘𝑉𝐴

𝐷𝐶𝑀2 = 𝐷𝑎𝑝𝑡𝑜 = 68,42 = 68,42 𝑘𝑉𝐴

Critério da capacidade de condução:

A corrente de projeto do alimentador é dada por:


𝐷𝐶𝑀2 68,42 𝐾
𝐼𝑏 = = = 103,95 𝐴
√3 ∗ 380 √3 ∗ 380
A corrente corrigida é dada por:
103,95
𝐼𝑏′ = = 153 𝐴
0,79 ∗ 0,86
Dimensionamento dos condutores:

𝑺𝑪𝑴𝟐 = 𝟑𝑭#𝟕𝟎 𝒎𝒎𝟐 + 𝟏𝑵#𝟑𝟓 𝒎𝒎𝟐 + 𝟏𝑷𝑬#𝟑𝟓 𝒎𝒎𝟐

Critério da queda de tensão:

A distância entre o CPG e o centro de medição é pequena, dessa forma pode-se


desconsiderar o critério da queda de tensão

9
3. Conclusões
Durante o projeto parcial, determinou-se as cargas a serem instaladas nos
apartamentos e no condomínio. Também, distribuiu-se as cargas em circuitos
terminais, os quais tiveram seus condutores determinados apenas pelo critério
de capacidade de corrente. Também foi dimensionada as proteções dos circuitos
terminais e proteções gerais dos alimentadores.
O projeto de cada apartamento resultou em um potência instalada de
19,5kW para os apartamentos, o que leva a um fornecimento trifásico em baixa
tensão. A demanda do apartamento é de 1,53kVA, segundo a Tabela 15 da NT-
003.
A demanda do condomínio resultou em 48,93kVA, no caso é necessário
instalar um transformador de 75kVA. Ainda de acordo com a NT-003, pontos 5.1
e 5.2, a unidade consumidora deve ser atendida em média tensão 13,8 kV com
subestação própria, como a potência instalada ficou superior a 75 kW. Neste caso
o PMUC vai possuir dois alimentadores separados, um para o condomínio através
da rede primária e outro para os unidades consumidoras através da rede
secundária de baixa tensão.

10
4. Bibliografia

[1] ABNT, NBR 5410:2008. Instalações elétricas de baixa tensão.

[2] Coelce, NT-001/2012. Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária de

distribuição.

[3] Enel, NT-C 003/2016. Fornecimento de energia elétrica a prédios de múltiplas unidades

consumidoras.

[4] Niskier, J.; Macintyre, A. Instalações Elétricas. 5ed., Editora: LTC, 2008.

[5] Schneider Motobombas. Tabela para seleção de bombas e motobombas.

[6] Hyundai. Elevadores de Passageiros.

[8] WEG. W22: Motor Elétrico Trifásico.

[9] WEG. W22: Motor Elétrico Monofásico

[10] Danco Motobombas. Tabela para seleção de bombas de hidromassagem.

Disponível em: < http://www.dancor.com.br/dancor-site-

novo/public/uploads/catalogo_geral/catalogo_geraleral-2014.pdf>. Acesso em: 19/04/2018.

11
[11] ABNT, NBR 5665:1987. Cálculo do Tráfego nos Elevadores.

[12] Corpo de Bombeiros Militar. Estado do Ceará. Norma técnica Nº 001/2008:

Procedimento Administrativo.

[13] Corpo de Bombeiros Militar. Estado do Ceará. Norma técnica Nº 006/2008: Sistema de

Hidrantes para Combate a Incêndio.

[14]PPA- Portões.

[15] Atlas Schindler. Manual de Transporte Vertical em Edifícios: Elevadores de Passageiros,

Escadas Rolantes, Obra Civil e Cálculo de Tráfego.

Disponível em: < http://www.schindler.com/content/dam/web/br/PDFs/NI/manual-

transporte-vertical.pdf>. Acesso em: 20/04/2018.

[16] Siemens. Disjuntores 5SX, 5SL, 5SY e 5SP A proteção adequada para cada tipo de

projeto. Disponível em: < https://w3.siemens.com.br/automation/br/pt/downloads-

bt/Documents/Minidisjuntores/Cat%C3%A1logo/Catalogo-Minidisjuntores_2016_PT-

v1.pdf>. Acesso em: 02/05/2018.

[17] Sauna Universal 12kw Inox p/ até 18,0m³. Disponível em:


<http://loja.sodramar.com.br/produto/2081592/sauna-universal-12kw-inox-p-ate-
180m%C2%B3>. Acesso em: 11/06/2018

5. Anexos
Anexo A – Dados luminotécnicos Dialux

A.1) Térreo

12
Fonte - O próprio autor.

A.2) Subsolo 1

13
Fonte - O próprio autor.

A.3) Subsolo 2

14
Fonte - O próprio autor.

Anexo B – Características dos Motores Elétricos


B.1) Motores W22 WEG trifásico

15
Fonte - [8].

B.2) – Motores W22 WEG monofásico

Fonte - [9].

Anexo C – Motor do Portão


Portão PPA

16
Fonte – [14].

Anexo D – Disjuntores 5SX1 Siemens

Fonte – [16]

17

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