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prevenção de riscos no
Trabalho em altura
prOgrama dE CapaCITaçãO Em aTIVIdadE dE rIsCO
Caro Empregado,
A Vale tem o Respeito à vida como um de seus Valores inegociáveis.
Para que este valor seja disseminado e efetivamente praticado,
garantindo a segurança e a saúde de todos os colaboradores nas
operações, foram definidas várias estratégias em Saúde e Segurança.
Uma delas envolve a capacitação das equipes que trabalham em
atividades de risco, visando a prevenção de acidentes, o
compartilhamento do conhecimento e a melhoria contínua dos
resultados. Atingir a excelência em Saúde e Segurança significa
empreender transformações em comportamentos, decisões, práticas,
crenças e valores individuais, compartilhados por todos os
colaboradores onde quer que estejam.
A transformação só será alcançada quando todos nós na Vale,
líderes, empregados e contratados, estivermos compromissados
com a saúde e a segurança de cada um.

Respeito à vida acima de tudo!


1. Trabalho em Altura: Conceito 4

2. Equipamentos de Segurança - Tipos,

Funcionamento e Inspeção 10

3. Equipamentos Utilizados no Trabalho em Altura 22

4. Riscos Associados ao Trabalhoem Altura 40

Anexos 47

Referência 5
1
Trabalho em
Altura: Conceito
Trabalho em Altura: Conceito

OBJETIVO

►► Conhecer o que é Trabalho em Altura.


Atenção

►► Compreender os benefícios da prevenção de acidentes. Descrição dos assuntos que serão


diagramados

O que é Trabalho em Altura?


Pelas Normas estabelecidas pela Vale, Trabalho em Altura é todo trabalho em que há um risco de queda
por diferença de nível igual ou superior a 1,80 m (um metro e oitenta centímetros) em relação ao solo. |5|

Riscos e prevenção no trabalho em altura


Essa é uma norma estabelecida pela Vale. Caso exista uma legislação
especifica, a menor das diferenças de nível deve prevalecer.

Quem está apto a realizar Trabalhos em Altura?


O Trabalho em Altura envolve riscos de queda. Por isso, para realizá-lo é necessário que o empregado faça
exames ocupacionais que comprovem aptidão para a atividade.

Os exames devem considerar os seguintes aspectos críticos:

►► sistema nervoso (visão – acuidade, campo visual, visão estereoscópica; audição – acuidade,
equilíbrio e coordenação motora);

►► aparelho cardiovascular (freqüência e ritmo cardíacos e pressão arterial);

►► anamnese clínico ocupacional visando identificar alterações do sono, psicológicas e


psiquiátricas.

Por meio dos exames ocupacionais, é possível verificar se os executantes:

►► estão habilitados física e mentalmente,

►► possuem conhecimentos dos riscos,

►► estão capacitados para a realização de suas atividades.


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Os Exames levam a quatro possíveis resultados:

1. O empregado examinado está habilitado física e mentalmente para o trabalho a ser realizado.

2. O empregado examinado possui alterações de saúde em que se torna impossível o exercício da


atividade em altura. Logo, ele não poderá executar o trabalho.

3. O empregado apresenta alguma alteração, mas não o suficiente para impedi-lo de


executar o trabalho. Assim, ele é considerado apto, mas deverá participar de um grupo de
controle específico.

4. O empregado apresenta limitações


Atenção
temporárias de saúde que podem representar risco ao
Trabalho em Altura. Nesse caso, ele precisa ser afastado e só retornar às suas atividades depois
de uma reavaliação e liberação pelo médico responsável.

|6| Que o tipo de alimentação é um dos fatores responsáveis por tornar um


profissional apto ou não para realizar trabalhos em altura?

Isso porque a ingestão moderada de alimentos evita sonolência e redução


dos reflexos.

Além disso, a alimentação deve ser adequada à intensidade da atividade a


ser realizada e às condições climáticas.

Também é importante se re-hidratar em ambientes ou atividades que façam


o empregado suar em excesso. Caso contrário ele pode sofrer desidratação.

Capacitação do Profissional
Outro fator importante para realizar Trabalhos em Altura é a capacitação do profissional. Assim, você
precisa saber que para realizar Trabalhos em Altura, além de ser considerado apto nos Exames
Ocupacionais, o empregado também deve obrigatoriamente realizar o curso:

►► Prevenção de Riscos no Trabalho em Altura.


Para saber mais sobre os requisitos para o trabalho em Altura, leia a
Instrução para Requisitos de Atividades Críticas, RAC-01, com atenção.

Permissão para a realização de Trabalhos em Altura


A permissão de trabalho deve ser emitida no local de trabalho e deve atender aos requisitos do
procedimento específico e à elaboração de análise de risco da tarefa (ART).
Atenção
Para emitir a permissão de trabalho, devem ser analisados as seguintes condições:

►► ocorrência de descargas atmosféricas (raios), ventos fortes, chuva intensa, neve, iluminação
inadequada, poeira e ruído excessivo;

►► proximidade e contato com a rede elétrica energizada;


|7|
►► isolamento e sinalização de toda a área;

Riscos e prevenção no trabalho em altura


►► condições inadequadas dos executantes e dos equipamentos;

►► piso irregular ou de baixa resistência.

A permissão para que o trabalho em altura possa ser realizado deve ser concedida por um responsável
treinado que conheça os riscos envolvidos em todas as etapas da atividade.

Os trabalhos só podem ser iniciados quando todo o processo de liberação


é concluído. A permissão deve estar disponível no local para consulta
e conferência, em caso de dúvidas, por qualquer um dos envolvidos
(executante, solicitante ou profissional do departamento de segurança).

Os prazos e o nome de todos os executantes devem ser respeitados. Caso


isso não aconteça, a liberação é anulada automaticamente.
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A Prevenção de Acidentes e seus Benefícios


As medidas de prevenção de acidentes são essenciais para todos os trabalhos realizados na Vale e devem
acontecer antes mesmo de o trabalho em altura ser iniciado. Além disso, devem ser mantidas até a
conclusão do mesmo.

Para prevenir acidentes, considere:

1- Redução do tempo de exposição ao risco:


transferir o que for possível para que o serviço
possa ser feito no solo, diminuindo o risco.

Exemplo: peças pré-montadas.

|8|

2- Impedir a queda: eliminar o risco através da


organização do trabalho na obra.

Exemplo: colocação de guarda-corpo e rodapé.

3- Proteção individual: Deve-se utilizar


Equipamentos de Proteção Individual sempre.

Exemplo: cinto de segurança tipo paraquedista.


É importante destacar que a segurança é fator primordial no exercício de
qualquer atividade. Por isso, a Vale disponibiliza para seus empregados os
equipamentos necessários para a execução das atividades de forma segura.

|9|

Riscos e prevenção no trabalho em altura


2
Equipamentos de
Segurança - Tipos,
Funcionamento e
Inspeção
Atenção

Equipamentos de Segurança: Tipos,


Funcionamento e Inspeção

ObjEtivo
►► Distinguir os principais tipos de equipamentos de segurança.

►► Condicionar o adequado funcionamento dos equipamentos de segurança à realização de trabalho


em altura.

►► Reconhecer a necessidade de inspeção periódica nos equipamentos de segurança.

O que são Equipamentos de Segurança? Os Equipamentos de Segurança


são equipamentos indispensáveis ao trabalho em altura e, por isso, você | 11 |
deve conhecer bem a função e a forma de utilizar esses Equipamentos.

Riscos e prevenção no trabalho em altura


Os Equipamentos de Segurança são equipamentos indispensáveis ao trabalho em altura e, por isso,
você deve conhecer bem a função e a forma de utilizar esses Equipamentos.

Os Equipamentos de Segurança fazem parte de dois


grandes grupos:
► Equipamentos de Proteção Individual (EPI);

► Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC).

Equipamentos de Segurança
A seguir, você conhecerá os diferentes tipos de Equipamentos de Proteção que devem ser utilizados nos
trabalhos em altura.

EPI
EPI é todo produto ou dispositivo utilizado por um único operário e que tem a função de proteger a
integridade física de seu usuário, diminuindo os impactos resultantes de um acidente de trabalho.

Um EPI pode ser conjugado e, nesse caso, o equipamento é formado por um conjunto de dispositivos.
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Conheça os EPI utilizados no trabalho em altura:

| 12 |

Cinto de segurança
paraquedista. Trava-quedas

Talabarte duplo
Corda
Capacetes de proteção.

Atenção | 13 |

Riscos e prevenção no trabalho em altura


Calçado de segurança.

O cinto de segurança tipo pára-quedista deve ser utilizado para


realizar serviços onde haja risco de queda acima de 1,8 m de altura
fixado em ponto de ancoragem.

É proibido usar qualquer cinto de segurança tipo abdominal.

O talabarte duplo deve ser usado exclusivamente como


equipamento de proteção individual.
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EPC
A proteção coletiva é prioritária e se sobrepõe à proteção individual. Assim, os Equipamentos de Proteção
Coletiva são aqueles que protegem todos os empregados envolvidos no trabalho em altura (em conjunto,
e não individualmente).

Eles servem para evitar que algum acidente ocorra em toda a área de trabalho.

| 14 |

Guarda-corpo e rodapé Guarda-corpo e rodapé

Linhas de vida
Atenção

Funções Específicas dos Equipamentos de Segurança


Os Equipamentos de Segurança têm funções específicas e estão divididos entre Equipamentos
antiqueda, nós e amarrações e Sistema de ancoragem.

Os equipamentos antiqueda podem ser de travamento ou de posicionamento. Os equipamentos de


travamento servem, como o próprio nome já diz, para travar a queda, impedindo que o empregado
caia. Já os equipamentos de posicionamento têm a função de suportar e posicionar o empregado
durante a execução do trabalho em altura.

Vale destacar que, em casos de queda, os


EPI atuam diminuindo a velocidade do corpo, atenuando trancos e/ou
amortecendo os impactos da parada da queda.
Atenção

| 15 |

Riscos e prevenção no trabalho em altura


Nós e Amarrações

Os nós são indispensáveis para o trabalho em altura e é fundamental que você saiba fazer o maior
número possível de nós e amarrações.

Os nós servem para unir cordas, realizar ancoragem, amarrar solteiras, entre outras funções. Além
disso, para escolher o tipo de nó que será aplicado, é preciso fazer uma análise sobre o objetivo da
utilização dele.

Sistema de ancoragem:

É tão importante quanto o próprio EPI e é considerado o coração do sistema e segurança.

Na execução de uma tarefa, o trabalhador nunca poderá estar desancorado


da estrutura.
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Inspeção dos Equipamentos de Segurança


Para utilizar equipamentos de proteção, é preciso que eles estejam sempre em condições adequadas.
Assim, a inspeção é fator essencial do processo e todos os EPI e EPC devem ser verificados antes do
início de qualquer atividade.

Verifique se algum equipamentos de proteção apresenta:

► Deformação.
► Trinca.
► Oxidação acentuada.
► Rachaduras.
► Cortes.
| 16 | ► enfraquecimento das molas.
► Costuras rompidas.

No caso do cinturão de segurança, por exemplo, é preciso verificar se existem:

Perfurações ou cortes nas fitas

Trincas ou danificações nas fivelas

Rompimento nas costuras ou na forração

Perfurações ou cortes nas fitas frontais

Trincas ou fissuras nas argolas

Rompimento de pontos das costuras

Checar se há trincas ou danificações nas fivelas


Você deve analisar o ajuste do cinturão antes de iniciar qualquer trabalho.
Sendo assim, observe seu ajuste na cintura, no peito e nas coxas.

É preciso inspecionar também, no talabarte duplo, o absorvedor de energia


e as costuras, observando se existem rompimentos. Nele, verifique ainda
se existem fissuras ou deformações nas travas e molas dos mosquetões,
desgastes ou outros danos na fita de conexão e cortes ou perfurações na
fita de poliéster.

No talabarte de segurança para trabalhos de posição, você deve checar


se existem fissuras no mosquetão e no trava-quedas, e se há cortes ou
perfurações na fita de poliéster ou de alguns fios da corda.

Checar mosquetões: travas e molas, | 17 |


identificando se há fissuras ou deformações
Checar absorvedor de energia para

Riscos e prevenção no trabalho em altura


identificar se há rompimentos
Checar a fita de conexão do mosquetão,
identificando possíveis danos ou desgastes.

Checar todas as costuras,


observando se há rompimentos Checar a fita de poliéster, identificando
qualquer corte ou perfuração

Checar todas as costuras,


observando se há rompimentos
Checar mosquetões: travas e molas,
identificando se há fissuras ou deformações

Caso algum destes pontos apareça no momento da inspeção, o


talabarte de segurança deverá ser retirado de uso.

No talabarte de segurança para trabalhos de posição, você deve checar se existem fissuras no mosquetão
e no trava-quedas, e se há cortes ou perfurações na fita de poliéster ou de alguns fios da corda.
Checar a fita de poliéster, identificando
qualquer corte ou perfuração. Retirar de uso.

Checar se há fissuras no trava quedas.

Checar se há fissuras no mosquetão e se


a trava está em perfeito estado.

Checar se há fissuras ou trincas no


Checar se há cortes, desgastes ou rompi- mosquetão, travas e molas nos mosquetões.
mento de alguns fios da corda do talabarte.
Checar todas as costuras,
observando se há rompimentos
Checar mosquetões: travas e molas,
identificando se há fissuras ou deformações

VAlER - EDUCAçãO VAlE Caso algum destes pontos apareça no momento da inspeção, o
talabarte de segurança deverá ser retirado de uso. Ch
ide
pe

nspeção do Talabarte de Segurança:


C
o
d
Checar a fita de poliéster, identificando
qualquer corte ou perfuração. Retirar de uso.

Checar se há fissuras no trava quedas.

Checar se há fissuras no mosquetão e se


a trava está em perfeito estado.

Ve
Checar se há fissuras ou trincas no
na
Checar se há cortes, desgastes ou rompi- mosquetão, travas e molas nos mosquetões.
mento de alguns fios da corda do talabarte.

| 18 |
Caso algum destes pontos apareça no momento da inspeção, o
talabarte de segurança deverá ser retirado de uso.

Inspeção do trava-quedas:

Checar se as duas travas estão


ativadas antes do uso
Checar se há rompimento de
pontos das costuras

Checar se há nós, perfurações


ou cortes nas cordas
Checar se há perfurações
ou cortes nas fitas

Checar mosquetões: travas e molas,


identificando se há fissuras ou deformações

Checar se há fissuras no mosquetão e se a


Checar a fita de poliéster, trava está em perfeito estado.
identificando qualquer corte ou Checar se há fissuras no trava quedas.
perfuração. Retirar de uso.
pontos das costuras

Checar se há nós, perfurações


ou cortes nas cordas
Checar
Checar se
se as
háduas travas estão
perfurações
ativadas antes do
ou cortes nas fitasuso
Checar se há rompimento de
pontos das costuras
Checar mosquetões: travas e molas,
Checarse
identificando sehá
háfissuras
nós, perfurações
ou deformações
ou cortes nas cordas
Inspeção do trava-quedas de Posição:
Checar se há perfurações
ou cortes nas fitas

Checar mosquetões: travas e molas,


identificando se há fissuras ou deformações

Checar se há fissuras no mosquetão e se a


Checar a fita de poliéster, trava está em perfeito estado.
identificando qualquer corte ou Checar se há fissuras no trava quedas.
perfuração. Retirar de uso.

Checar se há fissuras no mosquetão e se a


Checar
Checarse há cortes,
a fita desgastes
de poliéster, trava está em Checar
perfeitoseestado.
há fissuras ou trincas
ou rompimentoqualquer
identificando de alguns fiosou
corte no mosquetão, travas e molas
Checar se há fissuras no trava quedas.
da corda do talabarte.
perfuração. Retirar de uso. nos mosquetões.

| 19 |

Riscos e prevenção no trabalho em altura


Checar se há cortes, desgastes Checar se há fissuras ou trincas
ou rompimento de alguns fios no mosquetão, travas e molas
da corda do talabarte. nospossui
Verificar se o mosquetão mosquetões.
fissuras ou
desgastes e sua rosca está em perfeito estado
Inspeção do trava-quedas Retrátil

Verificar se há fissuras ou trincas


na caixa do trava-quedas.
Verificar se o mosquetão possui fissuras ou
desgastes e sua rosca está em perfeito estado
Checar se há desgaste ou
rompimento do cabo

Verificar Checar se houve rompimento do indicador


Verificarse
sehá fissuras ou trincas
o mosquetão possui
na caixa ou
do desgastes
trava-quedas. de stress - retirá-lo de uso caso o mesmo
fissuras e se suas
esteja rompido
molas estão em perfeito estado

Checar se há desgaste ou
rompimento do cabo

Checar se houve rompimento do indicador


Verificar se o mosquetão possui
de stress - retirá-lo de uso caso o mesmo
fissuras ou desgastes e se suas
esteja rompido
molas estão em perfeito estado
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Fique atento aos seguintes defeitos em cabos:


>> Oxidação do cabo, comprometendo a sua resistência.
>> Ruptura dos fios, em número acima de um a cada passo do cabo.
>> Deformação permanente, tais como dobras, esmagamentos, pernas
salientes, entre outras.
>> Diminuição do diâmetro nominal do cabo (em mais de 10%).
>> Desgaste por abrasão dos fios externos (em mais de 30%).
>> Distorção do cabo (dobra, amassamento ou gaiola de passarinho).
>> o caso de cordas de poliamida, é preciso verificar se há:
>> Rompimentos como cortes ou desgastes: nesse caso, se a primeira
camada da corda estiver rompida e o corte alcançar a segunda
camada amarela, a corda deverá ser substituída.
| 20 | >> Qualquer tipo de nó em todo comprimento das cordas: caso haja,
recomenda-se a substituição, visto que a mesma perde até 40% de
sua resistência.
Atenção

| 21 |

Riscos e prevenção no trabalho em altura


Caso qualquer equipamento possua algum dos defeitos apresentados,
ele deve ser substituído.
3
Equipamentos
Utilizados no
Trabalho em
Altura
Equipamentos Utilizados no Trabalho
em Altura

ObJEtivo

►► Apontar os equipamentos e os recursos utilizados na realização de trabalhos em altura.

Quais são os equipamentos utilizados no Trabalho em Altura?


Os principais equipamentos e recursos do trabalho em altura são:

Superfícies de passagem – Escadas, Rampas, Passarelas

►► Andaimes.
| 23 |
►► Plataformas aéreas.

Riscos e prevenção no trabalho em altura


►► Balancim individual.

►► Passarelas para telhado.

Superfícies de Passagem
As superfícies de passagem são estruturas usadas para que as pessoas ou os equipamentos leves possam
passar na área onde o trabalho está sendo realizado. Podem ser de madeira ou qualquer outro material
não condutor de Eletricidade que resista aos esforços a que elas possam ser submetidas.

CLIPS DE LINHA DE VIDA DE 40m


AMARRAÇÃO ESTICADOR

ABSORVEDOR
DE ENERGIA

INT. 01 INT. 02 FIM. 01


INT. 01

PILARETE INICIAL
(QUANTIDADE A SER DEFINIDA
CONFORME METRAGEM DA LINHA)

TELHADO
EXISTENTE

VISTA FRONTAL
PILARETE INICIAL
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As superfícies de passagem devem ser inspecionadas periodicamente,


compradas de fornecedores cadastrados que atendam às especificações
técnicas de cada empresa (tamanho, capacidade máxima etc.) e utilizadas
para o fim a que se destinam, evitando-se qualquer tipo de improvisação.

Escadas:

As escadas podem ser móveis, fixas ou plataformas.

| 24 |

Imagem Escada
Escada Móvel Escada Fixa
Plataforma
Escadas móveis:
As escadas móveis são usadas na indústria da construção para que as pessoas possam passar em
pisos com diferença de nível e também para serviços em altura.

As escadas móveis podem ser de três tipos: simples, extensíveis ou tesoura. Independente do tipo,
são fabricadas com a armação em materiais não condutores para evitar a transmissão de cargas
elétricas ao usuário.

As escadas móveis são usadas para acessos provisórios e serviços de pequeno porte, desde que
atendam aos seguintes requisitos:

Tipos de Escadas Móveis:


► Simples (de mão) - Essa escada deve ser utilizada para serviços de pequeno porte.
| 25 |

Riscos e prevenção no trabalho em altura


7 m (altura máxima)
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► Extensível - É utilizada para trabalhos de pequeno porte.


► Roldana.
► Guias.
► Duas catracas.
► Corda para manobra de extensão.
► Sapata antiderrapante de segurança.

| 26 |
Roldana

Corda

Montante

Travessas

Guia

Catraca
► Tesoura (cavalete ou de abrir) - Deve apresentar dobradiças com afastadores e limitadores de
abertura com sistema antibeliscão, o que evita lesões na mão de quem a está utilizando.

| 27 |

Riscos e prevenção no trabalho em altura


Escada tipo Tesoura devem atender aos seguintes requisitos:

►► Comprimento máximo – 6m.

►► Os degraus podem ser em material condutor.

►► Possuir limitador de espaço.

►► Manter as condições originais do fabricante.

►► Possuir sapatas antiderrapantes.

►► Sinalização da carga máxima.


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| 28 |

Escadas fixas:
As escadas fixas podem ser do tipo marinheiro, de uso coletivo ou de plano inclinado.

Marinheiro:

É composta por estruturas metálicas e é utilizada para chegar a locais elevados ou que ultrapassem
seis metros de profundidade.
A escada marinheiro e a escada vertical devem atender aos seguintes requisitos:

►► Possuir linha de vida vertical em toda a sua extensão. Nos casos onde o acesso é esporádico
(máximo 1 vez por semana) e a altura não exceda a 6 m é facultativo o uso de talabartes duplos
em substituição a linha de vida vertical.

►► Distância entre os degraus e a estrutura de fixação de, no mínimo, 12cm.

►► Para cada lance de, no máximo 9m, deve existir um patamar intermediário de descanso,
protegido por guarda-corpo e rodapé.
Atenção
►► Possuir gaiola protetora a partir de 2m acima da base, até 1 m acima da última superfície de
trabalho.

| 29 |
A plataforma deve possuir ainda:

Riscos e prevenção no trabalho em altura


►► sistema guarda-corpo, quando em instalações permanentes.

►► rodapé com travessão superior de 1,20m.

►► rodapé com 20cm de altura.

►► espaço para descanso com dimensão mínima de 60cm x 60cm.

Veja o que não pode ser feito nas escadas de marinheiro:

>> não utilize com outra pessoa a mesma seção existente entre os pontos
de fixação.
>> não transporte cargas, a fim de que você possa usar as duas mãos para
apoio nos degraus.
>> não desça ou suba a escada de costas.
>> não apoie as mãos nos montantes.

Além disso, não é permitido passar nenhum tipo de tubulação ou outro


material que ofereça risco ao usuário no interior da gaiola.
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Veja um exemplo de escada Marinheiro:

Plataforma para
descanso
60 cm x 60 cm

Piso

Chumbador

| 30 |
Degrau
25 cm a 30 cm

Chumbador
Típico

2 Chumbadores
40 cm

45 cm
5 cm 5 cm
55 cm

De uso coletivo:

Essa escada é usada quando mais de 20 empregados estiverem realizando um trabalho em que seja
preciso passar por diferenças de nível. A largura da escada de uso coletivo será definida de acordo
com o número de trabalhadores que a utilizarão, conforme tabela a seguir:

NÚMERO DE LARGURA MÍNIMA


COLABORADORES (METROS)

45 0,80

45 e 90 1,20

90 e 135 1,50*

Mais de 135 2*

* Reforço inferior intermediário


Atenção

Quando a escada de uso coletivo tiver largura superior a 1,50m, ela deve
ter um reforço inferior intermediário, que evitará a flexão do degrau da
escada. Porém, se ela tiver largura igual ou superior a dois metros, ela
poderá apresentar corrimão intermediário. Contudo, se essa escada tiver
desnível superior a 2,90m, ela deve ter um patamar intermediário, com a
mesma largura da escada e comprimento mínimo igual à largura.

De Plano inclinado:
Esse tipo de escada deve possuir guarda-corpos resistentes e elementos de drenagem. Além disso,
seus degraus devem ser do tipo antideslizante.

Plataformas: | 31 |

Essa escada deve ser fabricada em material antiderrapante e não-condutor. Caso o material seja

Riscos e prevenção no trabalho em altura


condutor, deve apresentar a placa de Uso Proibido para Atividades com Eletricidade. Essa escada
precisa possuir ainda pés com estabilizador e sapatas de borracha, guarda-corpo e rodapé nos dois
lados e ao redor de toda a plataforma de trabalho. Além disso, a escada plataforma deve apresentar
capacidade de carga visível à distância.
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Rampas:
São planos inclinados, de uso temporário, usados na indústria da construção para passar por pisos
com diferença de nível.

Passarelas:
Tratam-se de planos horizontais, de uso temporário. Elas são utilizadas para transposição sobre
escavações ou vãos que apresentam margens do mesmo nível.

Andaimes

O que são?
São plataformas elevadas, suportadas por meio de estruturas provisórias ou outros dispositivos de
sustentação.Com eles, é possível executar alguns trabalhos com segurança, como demolições, reparos,
| 32 |
pinturas, limpezas e manutenções.

O andaime deve ser do tipo tubular convencional de tubos lisos e acessórios (braçadeiras e luvas) ou do
tipo tubular de travamentos por encaixe tipo cunha, não sendo permitidos andaimes de encaixe simples
por quadro.

Os andaimes deve apresentar os seguintes requisitos:

►► guarda-corpo;

►► rodapé;

►► piso (plataforma de trabalho toda preenchida e livre);

►► sem rodízio (rodas);

►► dispositivo de fechamento do acesso à plataforma de trabalho recompondo o guarda-corpo ao


redor de toda a plataforma;

►► montado para resistir às solicitações a que estará submetido;

►► indicar as cargas admissíveis de trabalho.


Atenção

Para trabalhos em subestações elétricas em que seja indispensável à realização


de atividades com circuitos parcial ou totalmente energizados, podem ser
utilizados andaimes de material não metálico com características de resistência
mecânica distintas das estabelecidas acima, desde que sejam atendidos os
seguintes requisitos:

>> laudo técnico ou projeto elaborado por profissional habilitado que


comprove a estabilidade e resistência do conjunto;
>> rigidez dielétrica em conformidade com a classe de tensão dos
equipamentos elétricos.

Para montar os andaimes, é necessária uma autorização ou avaliação prévia


dos solicitantes ou contratantes. Essa autorização ou avaliação prévia é feita | 33 |
através de uma permissão de serviço.

Riscos e prevenção no trabalho em altura


Inspeção dos Andaimes: Como fazer?
Para um trabalho correto e seguro, é preciso verificar os seguintes componentes do andaime.

► Tubos de encaixe
► Abraçadeiras fixas e giratórias
► Luva de acoplamento
► Piso de alumínio
► Piso de madeira
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Plataformas
A plataforma é um equipamento móvel composto por uma estação de trabalho, chamada cesto ou
plataforma e sustentado por uma haste metálica (lança) ou uma tesoura posicionada em sua base. Assim,
a plataforma é levantada até o lugar desejado para realizar o trabalho.

Há dois tipos de plataformas: as suspensas e as elevatórias.

Plataformas Suspensas
A plataforma suspensa (andaime suspenso) pode ser utilizada para trabalhos em fachadas (limpeza,
pintura, obras) desde que possua:

►► guarda-corpo, rodapé e piso;

►► fixação em elemento estrutural da edificação;

| 34 | ►► dispositivo de bloqueio mecânico automático, atendendo à máxima capacidade de carga do


equipamento;

►► placa de identificação com a carga máxima de trabalho permitida em local visível;

►► cabo de aço com carga de ruptura igual a, no mínimo, cinco vezes a carga máxima utilizada.

Plataformas Elevatórias
A plataforma elevatória (tesoura standard, tesoura todo-terreno (TD), telescópica, mastro vertical,
articulada, unipessoal e rebocável) deve possuir os seguintes requisitos:

►► indicação da capacidade de carga e alcance máximo visível à distância;

►► cones refletivos para sinalização horizontal da localização da máquina;

►► sistema de controle de descida de emergência;

►► aviso sonoro e visual de translação;

►► dispositivo antibasculante e limitador de carga;

►► fixações para cinto de segurança na plataforma;

►► sistema de travamento/frenagem das rodas quando em operação;

►► sistema de estabilização automática a ser utilizado precedentemente à subida da plataforma;

►► plataforma operacional com piso em material antiderrapante.


Quando usar?
Quando o trabalho em altura a ser realizado apresenta potencial de queda igual ou superior a 1,80m,
recomenda-se utilizar a plataforma elevatória (também chamada plataforma aérea ou man lift).

Essa plataforma deve ser utilizada para substituir andaimes ou outros equipamentos, sendo manejada por
uma pessoa devidamente habilitada.

Veja abaixo alguns exemplos de plataformas elevatórias.

Atenção

| 35 |

Riscos e prevenção no trabalho em altura


Atenção

A plataforma aérea deve apresentar proteção contra choques elétricos.

Antes de realizar o trabalho com essa plataforma, é preciso que você faça
uma inspeção visual e um teste funcional nela.

Durante a operação com a plataforma elevatória, é preciso que o operador


tenha uma visão clara da distância que irá percorrer.

A área deve estar livre de obstáculos, depressões, rampas ou outros fatores


de risco. Além disso, a área onde será realizado o trabalho com a plataforma
deve ser delimitada e sinalizada, de forma a impedir a circulação de
trabalhadores.

Somente o operador qualificado e habilitado deve controlar o equipamento.

É obrigatório o auxílio de uma pessoa para o deslocamento da plataforma


para o local do trabalho.

O piso da plataforma não deve ter materiais e equipamentos soltos, pois


podem causar acidentes.
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Veja o que não pode ser feito ao operar uma plataforma aérea:

►► Não deslocá-la em rampas com inclinações superiores à especificada pelo fabricante.

►► Não posicioná-la junto a qualquer outro objeto que tenha por finalidade lhe dar equilíbrio.

►► Não operá-la quando estiver posicionada sobre caminhões, trailers, carros, veículos flutuantes,
estradas de ferros, andaimes ou similares, a menos que tenha sido projetada para esse fim.

►► Não subir em seu guarda-corpo para atingir lugar mais alto.

►► Não utilizar escadas, tábuas ou qualquer outro objeto para aumentar a sua altura.

►► Não permitir que uma pessoa a opere pelo controle do solo. Isso só deve ser feito em caso de
emergência.

Guarda-corpo
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O guarda-corpo deve ser utilizado como proteção contra queda de altura e atender aos seguintes
requisitos.

Instalações provisórias
►► A parte superior do parapeito deve estar a 1,2 m acima das áreas de trabalho ou circulação.

►► A travessa (parapeito intermediário) deve ser de 0,7 m acima das áreas de trabalho ou
circulação.

►► O rodapé deve ter altura mínima de 20 cm.

Instalações permanentes

►► A parte superior deve estar no mínimo a 0,9 m acima das áreas de trabalho ou circulação;

►► O rodapé deve ter altura mínima de 20 cm.

Balancim Individual
O balancim individual, também chamado cadeira suspensa, deve atender prioritariamente ao projeto
elaborado por profissional habilitado para isso. Para a utilização do balancim é preciso que os cabos de
aço sejam protegidos de quinas vivas e saliências.
O Balancim Individual deve possuir os seguintes requisitos:

►► ligação frontal (peito);

►► ponto de ancoragem do cabo de sustentação da cadeira independente do ponto de ancoragem


do cabo da trava-queda e resistência a, no mínimo, 1.500 kg;

►► dispositivo de descida e subida, com dupla trava de segurança.

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Riscos e prevenção no trabalho em altura


Passarelas para Telhado
A passarela para trabalho em telhados deve possuir os seguintes requisitos:

►► fabricação em material antiderrapante;

►► dispositivo de interligação/travamento entre os elementos pranchões;

►► pontos de ancoragens e linha de vida acompanhando a extensão da passarela para uso de cinto
de segurança durante a permanência sobre a mesma.
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CLIPS DE LINHA DE VIDA DE 40m


AMARRAÇÃO ESTICADOR

ABSORVEDOR
DE ENERGIA

INT. 01 INT. 02 FIM. 01


INT. 01

PILARETE INICIAL
(QUANTIDADE A SER DEFINIDA
CONFORME METRAGEM DA LINHA)

| 38 |

TELHADO
EXISTENTE

VISTA FRONTAL
PILARETE INICIAL
4
Riscos Associados
ao Trabalho
em Altura
Riscos Associados ao Trabalho em Altura

Obejtivo

►► Destacar os riscos associados ao trabalho em altura.

►► Aplicar medidas de prevenção na realização de trabalhos em altura.

Riscos no Trabalho em Altura


Existem muitos riscos durante a execução do trabalho em altura. Por isso, é necessário o estudo do lugar e
dos equipamentos a serem usados, assim como o treinamento e a capacitação dos envolvidos.
Pré-operação
O que é preciso antes de realizar qualquer trabalho em altura?

Antes de realizar qualquer atividade em altura, é preciso analisar o lugar onde ela irá acontecer. Com isso,
evitam-se acidentes e também se escolhe o melhor método de acesso ao local do trabalho.

Antes de tudo, é preciso tomar as precauções necessárias quanto à segurança do local.

| 41 |

Riscos e prevenção no trabalho em altura


Planejamento do Projeto
O Planejamento do Projeto deve ser feito em conjunto com toda a equipe. Assim, você deve lembrar que
tanto o acesso quanto a execução do trabalho em altura acontecem por necessidade de realizar uma tarefa
específica.

Estude previamente e planeje eventuais resgates de trabalhadores em altura em caso de acidentes.


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Riscos no Acesso ao Trabalho


No trabalho em altura, os riscos de acidentes são uma constante, tanto durante a execução da atividade
como também no acesso ao local onde ela deve ser realizada.

Assim, algumas questões devem consideradas para evitar, ao máximo, a exposição do trabalhador a esses
riscos:

| 42 |
Caso não seja possível nenhuma dessas alternativas, é preciso avaliar os riscos que não podem ser
evitados e tomar as medidas necessárias para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores no local
de trabalho.

Avaliar os riscos significa examinar cuidadosamente as situações de perigo a que os trabalhadores estão
expostos no acesso ao local do trabalho ou durante sua execução.

Veja um exemplo:

AVALIAÇÃO EXEMPLOS

Como é o posto de Cobertura horizontal de oficina de manutenção de


trabalho? máquinas agrícolas – 2.000 m ².

Qual é a fonte do risco? ► Edifício;


► Árvores;
► Poste de eletricidade; | 43 |

► Fachada de um edifício;

Riscos e prevenção no trabalho em altura


► Ponte;
► Teatro;
► Estaleiro naval;
► Oficina de montagem;
► Reparação da estrutura metálica da ponte rolante.
Qual é atividade do ► Varredura das folhas acumuladas sobre o teto;
trabalhador?
► Reparação de uma linha elétrica;
► Limpeza de fachada;
► Manutenção em ponte rolante;
► Manutenção ou construção de avião.
Quem é o trabalhador? ► Trabalhador temporário de 22 anos de idade;
► Titular de um primeiro emprego;
► Pessoa com problemas físicos específicos (vertigens etc.).
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Sendo assim, ao planejar o trabalho, siga as seguintes orientações:

►► Deve ser efetuada avaliação pré-tarefa para execução das atividades de trabalho em altura. A
avaliação pré-tarefa deve ser parte da permissão de trabalho e ser realizada pelo responsável
pela liberação.

►► Deve ser respeitada a capacidade de carga garantida pelo fabricante para os equipamentos de
proteção individual utilizados em trabalhos em altura. O controle deve ser definido através de
procedimento local.

►► Para todo o trabalho em altura com potencial de queda igual ou superior a 1,8 m, deve ser
analisada a possibilidade de utilização de plataforma elevatória, em substituição a andaimes,
balancins, passarelas de telhado ou outros equipamentos afins.

►► Todos os equipamentos e sistemas de proteção devem ser inspecionados antes do início das
atividades e substituídos em caso de detecção de anormalidades como: deformação, trinca,
Atenção
oxidação acentuada, rachaduras, cortes, enfraquecimento das molas e costuras rompidas.

| 44 | ►► Os andaimes devem possuir sinalização indicando sua condição: “Liberado” ou “Não Liberado”,
com indicação dos responsáveis pela montagem e liberação.

►► Os andaimes devem possuir indicação da carga máxima de trabalho.

►► A ancoragem da linha de vida deve ser feita em ponto externo da estrutura de trabalho, salvo
em situações especiais tecnicamente comprovadas por profissional habilitado.

►► Os cabos de aço das plataformas suspensas e balancins precisam ser protegidos contra quinas
vivas ou outras superfícies que provoquem atrito.

É preciso:

Analisar com cuidado os equipamentos de segurança (cinturão tipo


paraquedista, pontos de ancoragem, cordas e talabartes).

Buscar pontos mais resistentes para a utilização dos equipamentos de


proteção contra quedas.

Ter atenção ao sair do piso neutro até o local de trabalho – deve-se estar
sempre ancorado.

Ao executar trabalhos em altura, atente para as seguintes normas e recomendações:

É proibido usar qualquer tipo de equipamento de guindar como suporte/apoio de elevação de pessoas
para atividades de trabalho em altura.
A ancoragem do talabarte duplo será feita em ponto externo à estrutura de trabalho, salvo em situações
especiais tecnicamente comprovadas por profissional habilitado. Nestas situações especiais, deve ser
elaborado, por profissional habilitado, projeto que comprove a estabilidade e resistência do conjunto.

É proibido usar qualquer tipo de cinto de segurança como base/apoio de sustentação para realização de
trabalhos em altura.

Quando for usado trava-quedas retrátil em ponto fixo, o deslocamento horizontal do trabalhador, em
relação ao centro do aparelho, não deve ser superior a 1/3 da distância entre o ponto de ligação do cinto
de segurança e o solo. Caso necessário, utiliza-se obrigatoriamente a linha de vida horizontal para
assegurar esta distância máxima.

A chave de partida de plataformas elevatórias deve ficar sob responsabilidade do operador.

Na mudança de turno/equipe de trabalho, deve-se dar baixa nas permissões de trabalho (PT) relativas às
atividades de todas as equipes envolvidas que estão encerrando sua participação e emitir novas PT para a
continuidade dos serviços, ou então revalidar as PT iniciais.
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Riscos e prevenção no trabalho em altura


Anexo

►► Recomendações de segurança NR18;

►► Responsabilidades para liberação.


Recomendações de segurança NR18
É proibida a improvisação na montagem de trechos para interligação de plataformas e a área sob a
plataforma de trabalho deve ser devidamente sinalizada e delimitada, sendo proibida a circulação de
trabalhadores dentro daquele espaço.

Responsabilidades

NR 18.15.47.1 Os manuais de orientação do fabricante, em língua portuguesa, deverão estar à disposição


no canteiro de obras ou nas frentes de trabalho.

NR 18.15.47.2 A instalação, a manutenção e a inspeção periódica dessas plataformas de trabalho devem


ser feitas por trabalhador qualificado, sob supervisão e responsabilidade técnica de profissional
legalmente habilitado.

NR 10.8.1 É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico na
área reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.
| 47 |
NR 10.8.2 É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente qualificado e com
registro no competente conselho de classe.

NR 10.8.3 É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições,


simultaneamente:

a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado;

b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.

NR 10.8.3.1 A capacitação só terá validade para a empresa que o capacitou e nas condições estabelecidas
pelo profissional habilitado e autorizado responsável pela capacitação.

NR 10.8.4 São considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou capacitados e os profissionais


habilitados, com anuência formal da empresa.
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Responsabilidades para Liberação


Embasamento legal

Responsabilidade civil

É a obrigação de reparar o dano causado a outro. Apresenta-se como relação obrigacional, cujo objetivo é
a prestação de ressarcimento. Decorre de fato ilícito praticado pelo agente responsável ou por pessoa por
quem ele responde ou de simples imposição legal.

Dano material

Código civil Art. 159 – “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano”.

Responsabilidade criminal

Consiste na existência de pressupostos psíquicos pelos quais alguém é chamado a responder penalmente
| 48 | pelo crime que praticou. É a obrigação que alguém tem de arcar com as consequências jurídicas do crime.

Dano físico/ obrigação penal

Código penal Art. 132 – “Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente”. Pena: detenção de
três meses a um ano se o fato não constitui crime mais grave.

Responsabilidade solidária

Consiste na delegação de serviços e/ ou tarefas sem que isso implique a desobrigação de atender as
consequências das ações praticadas pelo subcontratado.

Responsabilidade dentro da NR1

Item 1.6 – “Sempre que uma ou mais empresas, tendo embora cada uma delas, personalidade jurídica
própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial,
comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão para efeito de aplicação das Normas
Regulamentares (NR), solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas”.
NBR 6327 – Cabo de aço – uso gerais

NBR 6494 – Segurança nos andaimes

NBR 11370 – Equipamento de proteção individual – Cinturão e talabarte de segurança

NBR 14626 – Equipamento de proteção individual – Trava-quedas guiado em linha de vida flexível

NBR 14627 – Equipamento de proteção individual – Trava-quedas guiado em linha rígida

NBR 14628 – Equipamento de proteção individual – Trava-quedas retrátil

NBR 14629 – Equipamento de proteção individual – Absorvedor de energia

NBR 14751 – Equipamento de proteção individual – Cadeira suspensa

NR 1 – Disposições gerais – MTE

NR 6 – EPI – Equipamento de Proteção Individual – MTE

NR 7 – PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – MTE

NR 10 – Segurança em instalações em serviços em eletricidade – MTE

NR 18.13 – Medidas de proteção contra quedas de altura – MTE

NR 18.16 – Cabos de aço e cabos de fibra sintética – MTE

RAC – Instrução para requisitos de atividades críticas – Trabalhos em altura – Anexo 1

RTP 01 – Medidas de proteção contra quedas de altura – Fundacentro

RTP 04 – Escadas, rampas e passarelas – Fundacentro

Código Penal

Código Civil
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