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Matemática

Professor

Caderno de Atividades
Pedagógicas de
Aprendizagem
Autorregulada – 03
1° Série | 3° Bimestre

Disciplina Curso Bimestre Série


Matemática Ensino Médio 3° 1°

Habilidades Associadas
1. Identificar uma função polinomial do 2º grau.
2. Representar graficamente uma função do 2º grau
3. Compreender o significado dos coeficientes de uma função do 2º grau
4. Resolver problemas envolvendo o cálculo de máximos e mínimos
5. Reconhecer fenômenos que se repetem de forma periódica
6. Identificar o radiano como unidade de medida de arco e transformar a medida de grau para radiano e
vive versa.
Apresentação

A Secretaria de Estado de Educação elaborou o presente material com o intuito de estimular o


envolvimento do estudante com situações concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem
colaborativa e construções coletivas entre os próprios estudantes e respectivos tutores – docentes
preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado.
A proposta de desenvolver atividades pedagógicas de aprendizagem autorregulada é mais uma
estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de cidadãos do século XXI, capazes de explorar
suas competências cognitivas e não cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma
autônoma, por meio dos diversos recursos bibliográficos e tecnológicos, de modo a encontrar soluções
para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.
Estas atividades pedagógicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das
habilidades e competências nucleares previstas no currículo mínimo, por meio de atividades
roteirizadas. Nesse contexto, o tutor será visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem é
efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem.
Destarte, as atividades pedagógicas pautadas no princípio da autorregulação objetivam,
também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-
os a tomar consciência dos processos e procedimentos de aprendizagem que podem colocar em prática.
Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observação e autoanálise, ele passa a ter maior
domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina, será possível contribuir para
o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as
ferramentas da autorregulação.
Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princípio da autorregulação, contribui-se
para o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para o aprender a aprender, o
aprender a conhecer, o aprender a fazer, o aprender a conviver e o aprender a ser.
A elaboração destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulação Curricular, da
Superintendência Pedagógica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede
estadual. Este documento encontra-se disponível em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim
de que os professores de nossa rede também possam utilizá-lo como contribuição e complementação às
suas aulas.
Estamos à disposição através do e-mail curriculominimo@educacao.rj.gov.br para quaisquer
esclarecimentos necessários e críticas construtivas que contribuam com a elaboração deste material.

Secretaria de Estado de Educação

2
Caro Tutor,
Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas
habilidades e competências do 3° Bimestre do Currículo Mínimo de Matemática da 1ª
Série do Ensino Médio. Estas atividades correspondem aos estudos durante o período
de um mês.
A nossa proposta é que você atue como tutor na realização destas atividades
com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as
trocas de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no
percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você estimular o desenvolvimento da
disciplina e independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de
nossos alunos no mundo do conhecimento do século XXI.
Neste Caderno de atividades, os alunos irão estudar sobre as funções
quadráticas e introduzir o conceito de trigonometria na circunferência. Na primeira
parte vamos conhecerão a função polinomial do segundo grau, construindo seu gráfico
e aprendendo a utilizá-la na resolução de problemas. Em seguida, estudarão sobre a
trigonometria na circunferência, aprendendo a medir ângulos e arcos, e efetuando a
transformação de radianos para graus e vice versa.
Para os assuntos abordados em cada bimestre, vamos apresentar algumas
relações diretas com todos os materiais que estão disponibilizados em nosso portal
eletrônico Conexão Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedagógico para o
Professor Tutor.
Este documento apresenta 10 (dez) Aulas. As aulas são compostas por uma
explicação-base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias
relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão e
atividades respectivas. Estimule os alunos a ler o texto e, em seguida, resolver as
Atividades propostas. As Atividades são referentes a dois tempos de aulas. Para reforçar
a aprendizagem, propõe-se, ainda, uma pesquisa e uma avaliação sobre o assunto.

Um abraço e bom trabalho!


Equipe de Elaboração

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Sumário

Introdução ................................................................................................ 03
Objetivos Gerais ...................................................................................... 05
Materiais de Apoio Pedagógico .............................................................. 05
Orientação Didático-Pedagógica ............................................................. 06
Aula 1: A função polinomial do 2º grau ................................................... 07
Aula 2: Zeros da função quadrática .......................................................... 12
Aula 3 : Vértice da parábola da função quadrática .................................. 17
Aula 4 : Gráfico da função polinomial do 2° grau ................................... 22
Aula 5 : Coeficientes da função polinomial do segundo grau .................. 29
Aula 6 : Resolução de problemas com a função polinomial do 2º grau .. 36
Aula 7: Fenômenos periódicos ............................................................... 40
Aula 8: Medida de ângulos em graus ...................................................... 43
Aula 9: Medida de arcos em radianos .................................................... 49
Aula 10: Transformação de graus em radianos ....................................... 53
Avaliação ................................................................................................. 56
Avaliação Comentada .............................................................................. 57
Pesquisa ................................................................................................... 62

Referências .............................................................................................. 64

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Objetivos Gerais

Na 1ª série do Ensino Médio, os conteúdos mais importantes são o


conhecimento dos conjuntos numéricos e o estudo das Funções. Para atingir tal
objetivo, neste bimestre vamos inicialmente trabalhar a função exponencial com
atividades apresentando o crescimento e decrescimento na forma exponencial.
Consequentemente, promovemos um estudo analítico do gráfico, reconhecendo o
comportamento desta função e sua aplicabilidade em fenômenos encontrados no
cotidiano. Também falaremos sobre a trigonometria, onde conheceremos funções
circulares tais como: seno, cosseno e tangente, bem como seus gráficos e aplicações.

Materiais de Apoio Pedagógico

No portal eletrônico Conexão Professor, é possível encontrar alguns materiais


que podem auxiliá-los. Vamos listar estes materiais a seguir:

Teleaulas Telecurso – Aula 31: A função do 2° grau

Descrição: A aula trata do estudo das funções do 2° grau,


Orientações englobando a interpretação dos coeficientes.
Pedagógicas do CM Endereço eletrônico:
http://www.telecurso.org.br/matematica

Teleaulas Uma parábola para Júlia, da série O Mundo da Matemática.

Descrição: A Teleaula apresenta de forma contextualizada o


que é uma parábola e como a função polinomial do Segundo
Orientações
Grau ajuda a resolver vários problemas do cotidiano.
Pedagógicas do CM
Endereço eletrônico:
http://webeduc.mec.gov.br/portaldoprofessor/matematica/
condigital2/funcoes/funcao_do_segundo_grau.html

5
Teleaulas Telecurso – Aula 32: Máximos e mínimos

Descrição: Esta aula aborda a interpretação gráfica das


Orientações raízes e do vértice e a determinação de suas coordenadas.
Pedagógicas do CM Endereço eletrônico:
http://www.telecurso.org.br/matematica

Teleaulas Radianos e Graus

Descrição: Esse vídeo define o radiano e mostra


Orientações transformações de arco em radiano e vice-versa.
Pedagógicas do CM Endereço eletrônico:
http://www.youtube.com/watch?v=dWxTrjW03ro

Orientação Didático-Pedagógica

Para que os alunos realizem as Atividades referentes a cada dia de aula,


sugerimos os seguintes procedimentos para cada uma das atividades propostas no
Caderno do Aluno:
1° - Explique aos alunos que o material foi elaborado para que o aluno possa
compreendê-lo sem o auxílio de um professor;
2° - Leia para a turma a Carta aos Alunos, contida na página 3;
3° - Reproduza as atividades para que os alunos possam realizá-las de forma
individual ou em dupla;
4° - Se houver possibilidade de exibir vídeos ou páginas eletrônicas sugeridas na
seção Materiais de Apoio Pedagógico, faça-o;
5°- Peça que os alunos leiam o material e tentem compreender os conceitos
abordados no texto-base;
6° - Após a leitura do material, os alunos devem resolver as questões propostas
nas ATIVIDADES;
7° - As respostas apresentadas pelos alunos devem ser comentadas e debatidas
com toda a turma. O gabarito pode ser exposto em algum quadro ou mural da sala
para que os alunos possam verificar se acertaram as questões propostas na Atividade.

6
Aula 1: A função polinomial do 2° grau.

Caro aluno, nessa aula nós estudaremos a função polinomial do 2° grau ou


função quadrática. Nas imagens abaixo, podemos observar alguns exemplos de
aplicação da função polinomial do 2° grau.
Essa função é representada por uma parábola (curva aberta), voltada para cima
ou para baixo. Note que podemos observá-la em algumas formas presentes em nosso
cotidiano. Vamos analisar cada um dos exemplos a seguir:

EXEMPLOS:

Nessa ponte podemos observar


que os cabos de sustentação da ponte,
apresentam a forma de parábola com a
concavidade voltada para cima. Note que
imagem é equivalente à representação
gráfica e função quadrática

Figura 1

Nesse túnel, a entrada tem o


formato de parábola cuja concavidade está
voltada para baixo. Esta também é uma das
aplicações da função.

Figura 2

7
1 ─ DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO QUADRÁTICA:

A função quadrática é toda função, f: 𝑅 → 𝑅 , na qual f(x) = ax² + bx + c, com a


≠ 0, pois se o a = 0, teremos uma função do 1° grau.

1.1 ─ IDENTIFICANDO OS COEFICIENTES:

A função quadrática é representada, por um trinômio do 2° grau, onde temos


os coeficientes, a, b e c. Observe:

 f(x) = 5x² + 3x – 7
Coeficientes: a = 5, b = 3 e c = ─7.
Essa é uma função quadrática.
 f(x) = x² ─ 5x
Coeficientes: a = 1, b = ─ 5 e c = 0.
Essa é uma função quadrática que não apresenta o coeficiente c.
 f(x) = -2x² + 10,
Coeficientes: a = ─2, b = 0 e c = 10.
Essa é uma função quadrática que não apresenta o coeficiente b.
 f(x) = 3x + 9,
Coeficientes: a = 0 (porque não temos a variável x2) b = 3 e c = 9.
Essa não é uma função quadrática.

Quando a função não


apresenta as variáveis
x e x2, os coeficientes
são zero!

EXEMPLO 01:
Dada a função f(x) = x² -7x + 10, calcule:
a) f(2) =
b) f(0) =

8
Resolução:
a) Nesse primeiro exemplo vamos calcular o valor de f(2), para isso temos que
substituir o x pelo número 2 na função, observe:
f(2) = x² -7x + 10
f(2) = 2² -7.2 + 10
f(2) = 4 - 14 + 10
f(2) = 0
b) Repetindo o processo para f(0).
f(0) = x² -7x + 10
f(0) = 0² -7.0 + 10
f(0) = 0 – 0 + 10
f(0) = 10

EXEMPLO 02:
Dada a função f: R → R, definida por f(x) = x² ─ 8x + 10, determine:
a) Os coeficientes da função;
b) Calcule x para, f(x) = ─ 5.

Resolução:
a) Observe que temos uma função f(x) = x² - 8x + 10 no formato, f(x) = ax² + bx + c,
agora temos que verificar a posição de cada coeficiente no formato acima e dizer
qual valor está no lugar do a, b e c.
a = 1, b = ─ 8, e c = 10.
b) Para resolver esse problema vamos substituir o f(x) por ─ 5, como vamos ver
abaixo:
f(x) = x² ─ 8x +10, assim vamos colocar da seguinte forma,
x² ─ 8x +10 = ─5, agora vamos resolver essa equação,
x² ─ 8x +10 +5 = 0, logo,
x² ─ 8x +15 = 0, para resolver essa equação temos que usar a velha e conhecida
−𝑏±√𝑏2 −4𝑎𝑐
fórmula de Bhaskara, que é dada por: 𝑥 = . Aplicando os valores dos
2𝑎

coeficientes na formula, temos:

9
−(−8) ± √(−8)2 − 4.1.15 8 ± √64 − 60 8 ± √4 8±2
𝑥= ,𝑥 = ,𝑥 = ,𝑥 =
2.1 2 2 2
8+2 10
x’ = = =5
2 2
8−2 6
x’ = = =3
2 2

S = {3,5}

EXEMPLO 03:
Dada a função f(x) = x² - 3x +b, determine o valor de b para f(─ 1) = ─ 1.

Resolução:
Inicialmente devemos substituir o valor de x pelo valor que está dentro dos
parênteses.
f(-1) = (-1)² -3.-1 + b, como f(-1) = -1, a equação ficará da seguinte forma.
(-1)² -3.(-1) +b = -1, agora vamos resolver:
1 + 3 + b = -1
4 + b = -1
b=-1-4
b=-5

Caro aluno chegou a hora de praticar!


Resolva a Ficha de Atividades a seguir para exercitar os conhecimentos que
você aprendeu, em caso de dúvidas retorne aos exemplos.

Atividades Comentadas 1

01. Dadas as funções abaixo, escreva ao lado de cada uma os coeficientes a, b e c:

a) f(x) = x² - 6x + 8, a = 1, b = -6 e c = 8.
b) f(x) = x – x² + 6, a = -1, b = 1 e c = 6.

10
c) f(x) = x² - 7x + 10, a = 1, b = -7 e c = 10.
d) f(x) = x² + 9, a = 1, b = 0 e c = 9.

02. Dada a função f(x) = x² - 5x + 4, determine:

a) f(2)
b) f(-1)
c) f(0)

Resolução:
a) Para calcular f(2), temos que substituir o x pelo 2, assim vamos ter:
f(2) = 2² -5 . 2 + 4
f(2) = 4 – 10 + 4
f(2) = -2
b) Como fizemos na questão acima.
f(-1) = (-1)² -5 . (-1) + 4
f(-1) = 1 + 5 + 4
f(-1) = 10
c) f(0) = 0² - 5 . 0 + 4
f(0) = 0 – 0 + 4
f(0) = 4

03. Sendo f(x) = x² - 7x + c, encontre o valor de c para, f(1) = 4.

Resolução:
Substituindo f(x) por 4 e o x por 1 temos:
4 = 1² -7 . 1 + c
4=1–7+c
4 + 6 = c , assim, 10 = c ou c = 10.

11
04. Dada a função f(x) = x² - 2x + 1, determine x para, f(x) = 0.

Como fizemos na questão acima, substituindo os valores.


x² - 2x + 1 = 0, para encontrar o valor de x, temos que calcular a equação do 2° grau,
assim usaremos a fórmula de Bhaskara:

−(−2) ± √(−2)2 − 4.1.1 2 ± √0


= =
2. 1 2
𝑥 ′ = 𝑥" = 1

Aula 2: Zeros da função quadrática.

Caro aluno! Nesta aula vamos estudar como encontrar os zeros das funções
polinomiais do 2° grau. Os zeros das funções são calculados quando calculamos f(x) = 0.
Observe como é simples!

1 – OS ZEROS DA FUNÇÃO:

Para calcular os zeros da função f(x) = ax² + bx + c, precisamos calcular f(x) = 0.


Logo, devemos calcular ax² + bx +c = 0. Observe que esta é a representação de uma
equação do 2° grau. Você se lembra de como resolvemos uma equação do 2° grau?
Vamos recordar!! Para resolver a equação ax² + bx + c = 0, com a, b e c ∈ 𝑅 e
a ≠ 0 temos que usar a Fórmula de Baskara, conforme revisamos na aula anterior:

−𝑏±√𝑏2 −4𝑎𝑐
𝑥= , em que ∆ = b² ─ 4.a.c
2𝑎

Lembre-se que o valor do ∆, determina a quantidade de raízes reais da equação:

∆> 0, há duas raízes reais diferentes.


∆= 0, há duas raízes reais iguais.
∆< 0, não há raiz real.

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Então podemos dizer que, o número de zeros da função será o mesmo número
de raízes da equação.

1.1- RELAÇÃO ENTRE COEFICIENTES E ZEROS DA FUNÇÃO:

Em toda equação do 2° grau, podemos utilizar a relação entre as raízes da


equação para resolver diversos problemas. Mas que relação é esta?
Considere x’ e x’’ as raízes de uma equação do 2° grau. Temos:

−𝑏
 Soma das raízes: x’ + x” = 𝑎
𝒄
 Produto das raízes: x’ . x” = 𝒂

EXEMPLO 01:
Determinar os zeros da função f(x) = x² - 6x +5:

Resolução:
Para resolver esse problema devemos igualar a função a 0, escrevendo f(x) = 0 .
Desse modo, a equação fica da seguinte forma: x² ─ 6x +5 = 0. Usando a fórmula de
Bhaskara, temos:
−𝑏±√𝑏2 −4𝑎𝑐
𝑥= , substituindo os coeficientes.
2𝑎

−(−6) ± √(−6)2 − 4.1.5


𝑥= ,
2.1
6 ± √36 − 20
𝑥= ,
2
6 ± √16
𝑥= ,
2
6±4
𝑥=
2

Logo, teremos duas raízes para esta equação:

6+4 10
x’ = = =5
2 2

13
6−4 2
x’’ = = =1
2 2

S = {1,5}
EXEMPLO 02:
Seja a função f(x) = x² ─ 6x + c, encontre o valor de c, para que se tenham dois zeros
reais diferentes.

Resolução:
Para se ter dois zeros reais diferentes, devemos escrever: ∆ > 0:
Vamos fazer os seguintes cálculos:
∆>0
b² - 4.a.c > 0
(-6)² -4.1.c > 0
36 -4c> 0
-4c> 0 – 36
−36
c< −4

c<9

Resumindo, podemos dizer que de acordo com os zeros da função, o gráfico da


função quadrática terá diferentes representações, observe os dois casos abaixo:

1°Caso: a > 0 ─ Concavidade da parábola voltada para cima.

∆>0 ∆=0 ∆<0

14
2°Caso: a < 0 ─ Concavidade da parábola voltada para baixo.

∆>0 ∆=0 ∆<0

Caro aluno chegou a hora de praticar!

Atividades Comentadas 2

01. Determine os zeros das seguintes funções:

a) f(x) = x² -2x + 1
observe.

−(−2) ± √(−2)2 − 4.11 2 ± √0 2 ±0


= =
2.1 2 2
2
𝑥′ = = 1
2
2
𝑥" = = 1
2

b) f(x) = x² -6x + 9
x’ = 3 e x” = 3

c) f(x) = -x² + 7x -10


x’ = 2 e x” = 5

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02. Usando a fórmula de Bhaskara, determine se existem zeros nas funções abaixo:

a) f(x) = 5x² - 3x +1
∆ = 𝑏2 − 4 . 𝑎 . 𝑐
∆ = (−3)2 − 4 . 5 . 1
∆ = 9 − 20
∆ = −11

b) f(x) = x² -5x +4
∆ = 𝑏2 − 4 . 𝑎 . 𝑐
∆ = (−5)2 − 4 . 1 . 4
∆ = 25 − 16
∆= 9

03. Para que valores reais de k, a função f(x) = kx² -5x + 4 admita zeros reais iguais?

Resolução:
Para que a função quadrática tenha dois zeros reais iguais, temos que fazer ∆= 0.
𝑏2 − 4 . 𝑎 . 𝑐 = 0
(-5)² - 4 . k . 4 = 0
25 – 16k = 0
- 16k = - 25
25
K=
16

04. Para que valores reais de m a função f(x) = 9x² -6x + m não admite zeros reais?

Resolução:
Para que a função não admita zeros reais temos que fazer, ∆ < 0.
b² - 4 . a . c < 0
(-6)² - 4 . 9 . m < 0
36 – 36m < 0
-36m < -36
m>1

16
Aula 3: Vértice da parábola da função quadrática.

Caro aluno! Nesta aula vamos aprender como determinar o vértice da parábola
e suas aplicações. Esse assunto vai nos ajudar na elaboração de gráficos e outras
aplicações que veremos mais adiante.
Você sabia que nas torres de
alta tensão, os cabos não estão
totalmente esticados, pois se
estivessem eles iriam se romper, devido
à dilatação e outros motivos. Por isso
eles são colocados em forma de
parábola, essa parábola tem um ponto

Figura 3 mais próximo do chão.

Então se considerarmos o fio uma parábola da função quadrática o ponto mais


próximo do chão será chamado de vértice.

1 ─ PONTOS MÁXIMOS E MÍNIMOS:

Nos gráficos da função quadrática, a concavidade das parábolas é determinada


pelo valor do coeficiente “a”. Isto significa que, se o coeficiente a for positivo, a
parábola apresenta concavidade voltada para cima e se a for negativo, para baixo.
Resumindo:

Observe o caso da entrada de um


túnel em formato de parábola. Podemos
dizer que: se esse túnel fosse o gráfico
da função quadrática a altura máxima do
túnel seria o vértice da parábola.

Figura 4

17
Figura 4

1.1 ─ CALCULANDO OS VÉRTICES DA PARÁBOLA:

Existe uma maneira mais fácil de encontrar o vértice na parábola, sem que você
precise construir o gráfico e tenha muito trabalho. Basta usar a seguinte fórmula:

Através desta fórmula, podemos descobrir o par ordenado que representa o


vértice da parábola, independente do valor de “a”. O vértice é dado por V = (Xv, Yv).

EXEMPLO 01:
Determine o par ordenado que representa o vértice na função f(x) = x² ─ 10x + 9.

Resolução:
Na função acima, primeiro vamos analisar se o coeficiente “a” é positivo ou
negativo. Como a = 1 > 0, temos uma parábola voltada para cima. Logo, teremos um

18
ponto mínimo. Para resolver e encontrar o vértice da parábola, temos que usar a
fórmula fornecida abaixo:
−𝑏 −∆
V = (2.𝑎 , )
4.𝑎

Vamos encontrar o valor do discriminante - ∆, e substituir na fórmula acima:

∆ = 𝑏2 − 4. 𝑎. 𝑐
∆ = (−10)2 − 4.1.9
∆ = 100 − 36
∆ = 64,

Agora que já conhecemos o valor de ∆, vamos substituí-lo na fórmula:

−(−10) −64
V=( , )
2.1 4.1
10 −64
V=(2 , )
4

V = (5 , −16)

EXEMPLO 02:
A trajetória da bola, num chute a gol, descreve uma parábola. Supondo que a sua
altura h, em metros, t segundos após o chute seja dada h = ─ t² + 6t, responda:
a) Em que instante a bola atinge a altura máxima?
b) Qual altura máxima atingida pela bola?

Resolução:
O enunciado descreve uma função decrescente, isso quer dizer que a parábola
apresenta concavidade voltada para baixo. Vamos agora descobrir o ponto máximo da
função.
−𝒃
a) tv = 𝟐𝒂 é a fórmula para calcular o tempo que a bola levou para chegar ao gol. Ou
−6 −6
seja, tv = 2.(−1),= − 2, = 3 segundos.
−∆
b) hv = 𝟒.𝒂 é a fórmula para calcular a altura máxima que a bola atingiu.

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Para substituir os valores indicados na fórmula, temos que primeiro calcular o
valor de discriminante, ou seja, do delta - ∆. Observe:

∆ = 62 − 4. (−1). 0
∆ = 36 + 0
∆ = 36, agora substituindo na fórmula:
−36
hv = 4.(−1)
−36
hv = = 9 metros de altura.
−4

Caro aluno chegou a hora de praticar!


Resolva a Ficha de Atividades a seguir para exercitar os conhecimentos que
você aprendeu, em caso de dúvidas retorne aos exemplos.

Atividades Comentadas 3

01. Dada a função quadrática f(x) = x² ─ 2x – 3, determine:

a) Se a concavidade da parábola está para cima ou para baixo. Justifique:

A concavidade é voltada para cima porque o temos a > 0

b) O par ordenado que representa o vértice da função.


−𝑏 −∆
V = ( 2𝑎 , 4𝑎 ), essa é a fórmula apresentada acima usada para calcular o par ordenado

representado pelo vértice. Substituindo na fórmula vamos ter:


−(−2) −((−2)2 − 4 . 1 . (−3))
𝑉=( , )
2. 1 4. 1
2 −16
𝑉= ( , )
2 4
V = (1,-4)

20
02. A função f(x) = -2x² + 4x – 1 admite valor máximo ou mínimo? Qual é esse valor?

Resolução:
Para saber se é máximo ou mínimo, temos que saber o valor de “a”, se ele for negativo
é ponto máximo, se positivo ponto mínimo. Em seguida calcule o vértice:
−𝑏 −∆
V = ( 2𝑎 , 4𝑎 )

−4 −(42 − 4 . (−2) . (−1))


𝑉=( , )
2 . (−2) 4 . (−2)
−4 8
𝑉=( , )
−4 −8
V = (1,-1)

03. Determine o valor máximo ou mínimo da função f(x) = x² - 4:

Resolução:
−𝑏 −∆
V = ( 2𝑎 , 4𝑎 ), quando for substituir os valores nas fórmulas, tenho que ter atenção com

o “b”, pois ele é 0.


−0 −(02 − 4 . 1 . (−4))
𝑉=( , )
2. 1 4. 1
−0 −16
𝑉=( , )
−2 4
V = (0,-4)

04. Uma pedra é lançada do solo verticalmente para cima. Ao fim de “t” segundos,
atinge a altura h, dada por h = -2t² + 16t.

a) Em que instante a pedra atinge a altura máxima?


b) Qual é a altura máxima atingida pela pedra?

Resolução:
a) Para saber o instante da altura máxima da pedra, temos que calcular o Xv, pois T é a
letra que está no lugar do x.
Xv = -b/2a

21
Xv = -16/2.(-2)
Xv = -16/-4
Xv = 4 segundos.

b) Yv = −∆/ 4𝑎
Yv = -(16² - 4 . (-2) . 0) / 4 . (-2)
Yv = -256 / -8
Yv = 32 metros.

Aula 4: Gráfico da função polinomial do 2° grau.

Na aula de hoje, vamos aprender a construir o gráfico da função quadrática de


uma maneira simples e fácil. Mas para isso precisaremos conhecer bem algumas
características das parábolas. Algumas delas já estudamos ao abordar os zeros da
função e o vértice! Vamos lá!!

1 ─ A PARÁBOLA:

O gráfico da função polinomial do 2° grau é uma curva aberta chamada parábola,


que pode ser voltada para cima ou para baixo, sua posição vai depender do coeficiente
“a”, na função f(x) = ax² + bx + c.

O sorriso de cada boneco representa o gráfico da função quadrática, se o “a” for


positivo, ele estará feliz (concavidade voltada para cima), se o “a” for negativo, ele
estará triste (concavidade voltada para baixo). Observe como representar no gráfico:

22
Figura 5

 f(x) = x² ─5x +6, (a = 1 > 0), logo concavidade voltada para cima.
 f(x) = ─5x² ─ 40x, (a = ─ 5 < 0), logo concavidade voltada para baixo.

1.1- COMO CONSTRUIR UM GRÁFICO:

Para construir o gráfico da função quadrática, nós iremos inicialmente construir


uma tabela atribuindo valores a variável x e encontrar os valores para y, mas não
podemos atribuir poucos valores para x, porque quanto menos valores, mais difícil é a
visualização do gráfico. Vamos observar alguns exemplos:

EXEMPLO 01:
Ache o valor de k na função f(x) = ( k – 7 )x² - 8x + 16 de modo que:
a) f seja do 2° grau;
b) a parábola tenha concavidade voltada para cima.

Resolução:
a) Para que a função seja do 2° grau, ou seja, a ≠ 0, temos que considerar que
K – 7 ≠ 0, logo K ≠ 0 + 7, então K ≠ 7.
b) A parábola é voltada para cima quando, a > 0 agora temos que escrever esta
afirmação em uma linguagem matemática. Observe:
K–7>0
K>0+7
K>7

23
EXEMPLO 02:
Construir o gráfico da função f(x) = x² ─ 5x ─ 6:

Resolução:
Para iniciar a atividade temos que construir uma tabela.
Observe:
X X² - 5x - 6 (x,y)
-2 (-2)² -5.(-2) - 6 = 4 + 10 - 6 = 8 (-2,8)
-1 (-1)² -5.(-1) -6 = 0 (-1,0)
0 0² -5.0 -6 = -6 (0,-6)
1 1² -5.1 -6 = -10 (1,-10)
2 2² -5.2 -6 = -12 (2,-12)

Agora utilize os pares ordenados para construir o gráfico da função:

f(x) = x² ─ 5x ─ 6:

24
EXEMPLO 03:
Construa o gráfico da função y = ─ 2x² + 18:

Resolução:
Inicie construindo a tabela, veja:

X -2X² + 18 (x,y)
-3 -2.(-3)² +18 = -2. 9 + 18= -18 + 18 = 0 (-3,0)
-2 -2.(-2)² + 18 = 10 (-2,10)
-1 -2.(-1)² +18 = 16 (-1,16)
0 -2. 0² + 18 = 18 (0,18)
1 -2. 1² +18 = 16 (1,16)
2 -2. 2² +18 = 10 (2,10)
3 -2. 3² +18 = 0 (3,0)

Agora utilize os pares ordenados para construir o gráfico da função:

y = ─ 2x² + 18

25
Agora temos que verificar se você aprendeu. Resolva os exercícios abaixo e em caso de
dúvidas retorne aos exemplos.

Atividades Comentadas 4

01. Ache m na função f(x) = (m – 3)x² ─ 7x + 10, de modo que:

a) f seja do 2° grau;
Para que a função acima seja do 2° grau 𝑎 ≠ 0, assim temos que resolver a seguinte
equação:
(m – 3)≠ 0
m≠3

b) a parábola seja voltada para baixo.


A parábola é voltada para baixo quando a < 0.
(m – 3) < 0
m<3

02. Dada a função f(x) = x² - 3x + 2, complete a tabela e construa o gráfico:

Para encontrar os pares ordenados na tabela, temos que substituir os valores de x na


função usando os números selecionados:
x (x,y)
-3 (-3)² -3 . (-3) + 3 = 9 + 9 + 2 = 20 (-3,20)
-2 ... (-2,12)
-1 ... (-1,6)

26
0 ... (0,2)
1 ... (1,0)
2 ... (2,0)
3 ... (3,2)

O gráfico:

03. Com o auxílio da tabela, construa o gráfico da função f(x) = ─ x² + 4:

x (x,y)
-3 - (-3)² + 4 = -9 + 4 = -5 (-3,-5)
-2 ... (-2,0)
-1 ... (-1,3)
0 ... (0,4)
1 ... (1,3)
2 ... (2,0)
3 ... (3,-5)

27
O gráfico.

Aula 5: Coeficientes da função polinomial do segundo grau

Até agora já aprendemos que a função quadrática é toda função na


forma f(x) = ax2 + bx + c, com a0. Aprendemos também que o sinal do coeficiente de
x2, ou seja, o valor de a, define se a função é crescente ou decrescente. E por fim,
estudamos que a função polinomial dos segundo grau pode ter até duas raízes. Essas
raízes nos fornecem uma importante relação, que irá nos ajudar em alguns
probleminhas!! Vamos estudar essas relações?

1 ─ SOMA E PRODUTO:

Vamos aprender agora, outra forma de escrever a função quadrática? Sabendo


as raízes de uma função polinomial do segundo grau, podemos escrever a função.
Toda função polinomial do segundo grau pode ser escrita na forma f(x) = x 2 –Sx + P,
onde S é a soma das raízes e P o produto das raízes.

EXEMPLO 01:

28
Sejam {2,3} o conjunto das raízes da função polinomial do segundo grau.
Escreva a função:

Resolução:
S = x 1 + x2 = 2 + 3 = 5
P = x 1 . x2 = 2 . 3 = 6
Como f(x) = x2 – Sx + P, temos f(x) = x2 – 5x +6

EXEMPLO 02:
Dada a função f(x) = x2 – 8x +15, calcule suas raízes:

Resolução:
Pela definição dada, sabemos que a soma das raízes é 8 e o produto das raízes é
15. A pergunta é: quais números que somados resultam em 8 e multiplicados, resultam
em 15?
Vamos fazer uma tabela para analisar:

x 1 x2 S P
1 7 8 7
2 6 8 12
3 5 8 15

Note que os únicos números que somados valem 8 e multiplicados resultam em


15 são 3 e 5. Logo, as raízes da função são 3 e 5.

2 ─ RELAÇÃO ENTRE OS COEFICIENTES E A PARÁBOLA:

A variação dos valores dos coeficientes, implica diretamente no gráfico. Cada


coeficiente faz com que o gráfico da função assuma um comportamento diferente.
Vamos analisar cada um dos casos:

29
A ─ COEFICIENTE DE X2 OU VALOR DE “a ”:

Como já vimos, o valor de a define se a função é crescente ou decrescente.


Note que se a = 0, a função será uma função polinomial do primeiro grau, ficando seu
gráfico representado por uma reta.
É fácil observar que conforme diminuimos o valor do coeficiente a na função,
isto é, o gráfico se aproxima de zero e a parábola tende a se abrir. Se aumentar o valor
do coeficiente a, a parábola tende a se fechar.
Dada a função f(x) = ax2 +3x – 6, vamos variar o valor do coeficiente a para
verificar o comportamento da função. Observe a evolução das figuras:

f(x) = 6x2+3x-6; a = 6

f(x) = 3x2+3x-6; a = 3

f(x) = x2+3x-6; a = 1

f(x) = 0,2x2 + 3x - 6; a = 0,2

Observe que variando o valor do coeficiente a, a parábola se abre ou fecha. O


mesmo acontece quando a função é decrescente.

30
B ─ COEFICIENTE DE X OU VALOR DE “b”:

Nesta aula estudamos que o coeficiente b também é a soma das raízes. Como
resultado da soma das raízes pode ser: zero, um número positivo ou negativo,vamos
analisar cada uma das situações:
Se b > 0 a parábola corta o eixo y no ramo crescente:

Se b < 0 a parábola corta o eixo y no ramo descrescente:

31
Se b = 0 a aparábola corta o eixo y no vértice:

C – TERMO INDEPENDENTE OU VALOR DE ” c ”:

Dada a função polinomial do segundo grau, f(x) = ax2 + bx + c, se considerarmos


x = 0 teremos: f(0) = a.02 + b.0 + c, ou seja, f(0) = c.
Então, podemos concluir que a parábola irá interceptar o eixo y no ponto (0,c):

32
No caso do exemplo, temos a função f(x) = x2+ 3x + 3, como c = 3, a parábola
intersepta o eixo y no valor 3.

Atividades Comentadas 5

01. Dadas as raízes, construa a função em cada caso:

a) {2, 0} =
S = 2 + 0 = 2; P = 2.0 = 0, como a função é na forma ax 2 –Sx+P teremos y = x2 – 2x
b) {-1, 6} =
S = -1 + 6 = 5; P = -1.6 = -6, como a função é na forma ax2 –Sx+P teremos y = x2-5x-6
c) {-3,3} =
S = -3 + 3 = 0; P = -3.3 = 9, como a função é na forma ax2 –Sx+P teremos y = x2-9
d) {0,0} =
S = 0 + 0 = 0; P = 0.0 = 0, como a função é na forma ax 2 –Sx+P teremos y = x2

02. Dados os gráficos, verifique em cada caso se os sinais dos coeficientes a, b, c são
positivos ou negativos:

a)

Concavidade para baixo: a<0

33
Corta o eixo y no ramo crescente: b>0
Intersecção da curva com o eixo y em y=-3: c<0
b)

Concavidade para baixo: a>0


Corta o eixo y no ramo crescente: b>0
Intersecção da curva com o eixo y em y=-2: c<0

03. Em uma bilheteria de cinema, o responsável pela venda de bilhetes falou para
Filipe que o preço do ingresso é igual a soma das raízes da função f(x) = x2 – 6x + 4.
Filipe fez as contas e pagou com uma nota de dez Reais. Quanto o vendedor de
ingressos dará de troco?

Resolução:
Como o valor de b é a soma das raízes na equação, temos que –b = -6, logo b = 6.
Se Filipe pagou com 10 reais, teremos 10 – 6 = 4
Resposta: O troco será de 4 reais.

04. Construa o gráfico da parábola que tem os seguintes coeficientes: a=1; b=4 e c=3.

Resolução:
Temos uma função onde a soma das raízes é -4 e o produto é 3.
Sendo assim, as raízes serão -1 e -3.
A intersecção com y é (0,3)

34
Temos o gráfico:

Aula 6: Problemas sobre Função Polinomial do 2º grau.

A função polinomial do segundo grau pode ser utilizada para modelar


diferentes situações do cotidiano. São diversas as aplicações de Funções Quadráticas,
desde aplicações financeiras até o cálculo no desenvolvimento de bactérias.
Nesta aula, veremos algumas aplicações práticas da utiliação da função
polinomial do segundo grau na resolução de algumas questões.

EXEMPLO 01:
Após várias pesquisas e desenvolovimento de cálculos, os responsáveis pelo
departamento econômico de uma empresa chegaram a conclusão que o lucro é dado
pela função L(x) = ─ x2 + 30x ─ 5, onde a quantidade de material vendido
semanalmente é representada pela variável x. Dadas estas informações, a diretoria
quer saber qual o lucro semanal máximo possível?

35
Resolução:
Como o gráfico da função é uma parábola com a concavidade voltada para
baixo, teremos um ponto máximo. Nesse sentido, podemos afirmar que o lucro máximo
é dado pela ordenada do vértice, ou seja o valor de L.
−
Sabemos que o valor y do vértice (neste caso L) é dado por 4𝑎 .

Vamos calcular o valor do discriminante:  = b2 – 4ac = 302 – 4 . (-1).(-5) =


900 – 20 = 880.
−880
Como o lucro máximo é dado pela ordenada do vértice, teremos −4
= 220.

O lucro máximo semanal é 220 unidades monetárias.

EXEMPLO 02:
Uma pedra é arremessada para cima com um aparelho instalado no solo. A altura (h)
atingida pela pedra em relação ao solo, em função do tempo (t), é dada pela expressão
h(t) = -5t2 + 40t + 100. Em que instante t a pedra atinge a altura máxima? Justifique:

Resolução:
Como a função é decrescente, temos o vértice como o ponto máximo. Dessa
forma, basta calcular a abscissa do vértice, no caso o valor de t:.
tV = -b/2a  tV = -40 / 2.(-5)  tV = -40/-10  tV = 4

EXEMPLO 03:
Fernando tem uma fazenda, na qual há um galinheiro. Ele quer dobrar a área do
galinheiro e, para tal , vai aumentá-lo, conforme ilustra o desenho a seguir:

5m

5m x

36
Qual a expressão que permite calcular esse aumento?

Resolução:
Como os lados do galinheiro medem cada um 5 metros, temos que sua área
atual é 25m2. Obviamente, como queremos o dobro, o galinheiro deverá ter 50 m 2. A
área do novo galinheiro é dada por (5+x) (5+x) = 50. Desenvolvendo o produto teremos:
25 + 5x + 5x + x2 = 50
x2 + 10x +25 – 50 = 0
x2 + 10x -25 = 0

Hora de exercitar!! Vamos fazer os exercícios?

Atividades Comentadas 6

01. Carol é vendedora em uma livraria. Ela recebe em função da quantidade de livros
vendidos, independente do preço do livro. Seu salário é definido pela função
S(x) = x2 ─ 3x +200, onde S(x) é o salário e x a quantidade de livros vendidos. Quantos
livros Carol terá de vender para ter um salário de R$ 900,00?

Resolução:
Se S(x) = 900 teremos:
x2 ─ 3x +200 = 900
x2 ─ 3x +200 – 900 = 0
x2 ─ 3x -700 = 0
−(−3)±√(−3)2 −4.1.(−700) 3±√9+2800 3±√2809 8±53
= ,𝑥 = ,𝑥 = ,𝑥 =
2.1 2 2 2
3+53 56
x’ = = = 23
2 2
3−53 −50
x’ = = = −25 Vamos desconsiderar a quantidade negativa.
2 2

37
Resposta: Carol terá de vender 53 livros para receber salário de 900,00.
02. (SAERJINHO) Em uma experiência usando uma “catapulta”, Rodrigo jogou uma
bolinha de gude. A trajetória que a bolinha descreveu é dada pela função
y = ─ x2 + 2x + 0,5, em que y representa a altura, em metros, da bolinha em seu
deslocamento e x a distância horizontal, em metos, que ela se desloca. Qual a altura
máxima, em metros, atingida pela bolinha?

Resolução:
Como a função é decrescente (a<0) teremos ponto de máximo. Assim, basta calcular o
y no vértice da função:
−
Yv = 4𝑎

 = b2 – 4ac = 22 – 4 .(-1).(0,5) = 4 + 2 = 6
− −6 −6
Yv = 4𝑎 = 4.(−1) = = 1,25 metros.
−4

03. Bia tem 18 anos e Bruna 15 anos. Daqui a quantos anos o produto de suas idades
será igual a 378 anos?

Resolução:
Daqui a x anos as idades serão (18 + x) e (15 +x). O produto será:
(18 + x).(15 +x) = 378
270 + 18x + 15x + x2 = 378
X2 + 33x + 270 = 378
X2 + 33x +270 – 378 = 0
X2 + 33x – 108 = 0
Resolvendo a equação teremos:
−33±√(33)2−4.1.(−108) −33±√1089+432 −33±√1521 −33±39
= ,𝑥 = ,𝑥 = ,𝑥 =
2.1 2 2 2
−33+39 6
x’ = = =3
2 2
−33−39 −72
x’ = = = −36. Descartando o valor negativo, pois estamos falando em idades.
2 2

Como x = 3, teremos:
Bia 18+3 = 21
Bruna 15+3 = 18

38
21 . 18 = 378 anos
04. Em uma empresa, o custo na produção de um determinado produto é dado pela
função C(x) = 3x + 100. Sabendo que o preço de venda é dado pela função p = -x +5.
Calcule:

a) A receita:
b) A função Lucro:
c) A quantidade que define o lucro máximo:

Resolução:
a)Vamos chamar a quantidade de x.
Como a receita é dada pelo produto da quantidade pela receita, teremos:
R(x) = p.x
R(x) = (-x+5) . x
R(x) = -x2 + 5x
b) O lucro é dado pela diferença entre a Receita e o Custo.
L(x) = R(x) – C(x)
L(x) = - x2 + 5x - (3x+100)
L(x) = -x2 + 5x -3x -100
L(x) = -x2 + 2x -100
c) É preciso calcular a ordenada do vértice, visto que a função é decrescente e temos
ponto de máximo:
−
Yv = 4𝑎

 = b2 – 4ac = 22 – 4 .(-1).(-100) = 4 - 400 = -396


− −396 −396
Yv = = = = 99 unidades.
4𝑎 4.(−1) −4

Aula 7: Fenômenos periódicos.

39
Você já parou para ver o pôr do sol? E a lua? Já parou para olhar o céu e ver a
lua em suas diferentes fases? É interessante como dia, após dia o sol se nasce e se põe,
sempre no mesmo horário. Alguns fenômenos, por exemplo, o movimento da terra,
seguem um padrão. São os chamados fenômenos periódicos.
A seguir apresentamos uma interessante poesia escrita por Maria Augusta
Ferreira Neves a respeito deste assunto:

“Oscila a onda
Baixa a maré
Vem o pôr do sol
A noite cai
O pêndulo marca a hora
Chega a onda sonora
Os fenômenos sucedem-se em ritmos amenos
Os ciclos repetem-se com simetria
O cientista estudou
E tudo são senos e co-senos
Da trigonometria.”

A poesia fala sobre diversas situações do dia a dia e também cita a


trigonometria. A maré, o pôr do sol, o balanço do pêndulo, etc. Note que todos são
fenômenos que se repetem periodicamente, mas o que são fenômenos periódicos?
Podemos reconhecer um fenômeno periódico a partir do conhecimento de um
ciclo completo desse movimento, estabelecendo então uma previsão do seu
comportamento. O Pêndulo de um relógio é um exemplo, conforme cita a poesia.
No estudo da trigonometria vamos utilizar um círculo trigonométrico. O que é
um círculo trigonométrico? Vamos construir sobre o plano cartesiano uma
circunferência de raio unitário e centro na origem.

40
O círculo tem origem no ponto A e cresce em sentido anti-horário. Como um
círculo tem 360°, se movimentarmos o ponto A pela extensão da circunferência, após
dar uma volta completa, retornará ao ponto de partida. Podemos seguir este mesmo
trajeto quantas vezes quisermos. Note que este movimento também pode ser definido
como um Fenômeno Periódico.
Como você pode perceber os eixos x e y dividem o círculo em quatro partes. A
cada uma destas partes chamaremos de quadrante, e contaremos estes quadrantes no
sentido anti-horário.

Atividades Comentadas 7

01. Cite situações onde se evidencia a realização de um fenômeno periódico:

Resposta pessoal. Algumas sugestões de resposta são: O ciclo lunar; as marés; o


batimento cardíaco, etc.

41
02. Construa um círculo com centro na origem do sistema cartesiano e divida em 4
quadrantes. Sobre o eixo x, marque um ponto positivo da circunferência e chame de
ponto A.

03. Utilizando o círculo trigonométrico da questão anterior, vamos movimentar o ponto


A sobre a circunferência. Responda sobre qual eixo o ponto A ficará após percorrer:

a) 1 volta.
Ficará sobre o eixo x. No mesmo lugar.
b) 1 volta e meia.
Sobre o eixo x
c) Duas voltas mais um quarto de volta.
Sobre o eixo y

04. Construa um círculo trigonométrico e faça a divisão em 8 partes.

42
Aula 8: Medida de ângulos em graus

Nesta aula, iremos dar continuidade ao estudo inicial da trigonometria na


circunferência. Já tivemos oportunidade de estudar as razões trigonométricas no
triângulo retângulo. Agora, vamos continuar avançando o estudo da trigonometria, a
fim de conhecer algumas das funções trigonométricas: seno, cosseno e tangente.

1 ─ ÂNGULOS NO CÍRCULO TRIGONOMÉTRICO:

Na aula anterior aprendemos a construir um círculo trigonométrico. Como


vimos, é um círculo de raio unitário e sentido anti-horário. Vamos representar este
círculo mais uma vez:

Tomando o ponto O como origem, vamos traçar uma semirreta passando por
um ponto P qualquer da circunferência.

43
Note que a semirreta faz com o eixo x um ângulo ,tendo vértice em O. Este
ponto P pode mover-se sobre a circunferência, formando assim diferentes ângulos.
Para medir estes ângulos, utilizaremos o grau.

2 ─ MEDIDA DE ÂNGULO NA CIRCUNFERÊNCIA:

A unidade de medida de Ângulo que utilizaremos para nosso estudo é o grau.


Mas quanto vale um grau? Se dividirmos uma circunferência em 360 partes, cada uma
dessas partes é chamada de grau. Assim, dada uma circunferência de raio 1, o grau é
igual ao comprimento dessa circunferência dividido por 360.

Não podemos
esquecer que o
sentido positivo é
anti- horário.
+

44
Sendo assim, como a circunferência é dividida em 4 quadrantes, quantos graus
3600
têm em cada quadrante? Simples. Basta dividir 360° por 4, ou seja, . Então,
4

podemos afirmar que cada quadrante tem 90°.

Desse modo, podemos definir os quadrantes da seguinte forma:

 Primeiro quadrante: 0o até 90º


 Segundo quadrante: 90º até 180º
 Terceiro quadrante: 180º até 270º
 Quarto quadrante: 270º até 360º

EXEMPLO 01:
Em qual quadrante fica localizado um ângulo de 106 graus?

Resolução:
Como o primeiro quadrante tem 90º, temos que 106° é igual a 90° + 16°. Desta forma,
o ângulo 106° está no segundo quadrante. Conforme desenho abaixo:

EXEMPLO 02:
Em qual quadrante se localiza a extremidade do ângulo de ─ 48°?

45
Resolução:
Sabemos que o sentido positivo do círculo trigonométrico é anti-horário, assim para
determinar um ângulo negativo, devemos medir em sentido contrário, ou seja, sentido
horário. Observe a figura:

Está claro que ─48° se localiza no quarto quadrante.


É interessante lembrar que o ângulo de 310° terá a mesma extremidade do
ângulo de 48°. Observe que 48° e 312° têm sentidos diferentes.

EXEMPLO 03:
Determine em qual quadrante se localiza a extremidade do ângulo 780°:

Resolução:
Sabemos que uma volta completa na circunferência equivale a 360°. Assim, vamos
calcular quantas voltas existem em 780°. Dividindo 780° por 360°, encontraremos
resultado 2, com resto 60°. Isto significa que com 780°, é possível dar duas voltas e
seguir mais 60°.

46
1º volta

2º volta
780º

Atividades Comentadas 8

01. Escreva o quadrante onde se localiza a extremidade de cada ângulo:

a) 59º Primeiro quadrante;


b) - 258º Terceiro quadrante;
c) 312º Quarto quadrante;
d) 170º Segundo quadrante.

02. Escreva o quadrante onde se localiza a extremidade de cada ângulo:

a) 1240º
1240: 360 = 3 com resto 160º. Segundo quadrante
b) 2400º
2400:360 = 6 com resto 240º. Terceiro Quadrante
c) – 950º
-950:360 = 2 com resto - 230. Segundo quadrante.

47
03. Construa um círculo trigonométrico e represente o ângulo de 120º:

04. Em cada caso, escreva um ângulo com sentido oposto que tenha a mesma
extremidade do ângulo dado na circunferência:

a) 2400
-1200
b) 1200
-2400
c) 60º
-3000

Aula 9: Medida de arcos em radianos.

Na aula anterior aprendemos que a semirreta que parte do centro (origem) do


sistema cartesiano e passa por um ponto da circunferência, define um ângulo.
Aprendemos que os ângulos são medidos em graus e que o círculo trigonométrico é
dividido em 4 quadrantes.
Nesta aula, iremos aprender mais um pouco sobre o círculo trigonométrico,
vamos estudar os arcos.

1 – ARCOS NO CÍRCULO TRIGONOMÉTRICO:

48
Arco é um segmento da circunferência definida por dois pontos. Observe a
figura abaixo:

A semirreta que parte da origem e passa pelo ponto C da circunferência, define


̂ . Este arco é definido pelo ângulo , e em graus, tem a mesma medida.
o arco 𝐵𝐶
Porém, para nosso estudo, vamos considerar a medida dos arcos em Radianos.

2 – MEDIDA DE ARCOS NA CIRCUNFERÊNCIA:

Mas o que são radianos? Quanto vale um radiano?


Radiano é uma medida do arco que tem o mesmo comprimento do raio da
circunferência que o contém. No caso do círculo trigonométrico, o radiano é o arco
1
unitário que corresponde a .
2

Nesse sentido, podemos então dizer que uma circunferência tem 2 radianos.
Vamos abreviar escrevendo, radianos com rd.

49
No círculo
trigonométrico, o
valor de  é 3,14
aproximadamente.

Assim, podemos definir:


 Primeiro quadrante: 0 rd até 2 rd

 Segundo quadrante: 2 rd até  rd
3
 Terceiro quadrante:  rd até rd
2
3
 Quarto quadrante: rd até 2 rd
2

É importante lembrar que o sentido positivo do arco é anti-horário.

EXEMPLO 01:
Considere como referência um círculo trigonométrico de raio igual a 1 centímetro.
3
Calcule o comprimento de um arco de .
5

Resolução:
3 . 3,14 9,42
Como  = 3,14, teremos 5
= 5
 1,88 𝑐𝑚

EXEMPLO 02:

50
5
Em qual quadrante se encontra o arco ?
2

Resolução:
Dividindo 5 por 2, teremos como resposta 2 e resto 1, que podemos
representar simplesmente por . Como 2 corresponde a uma volta completa,
teremos duas voltas mais meia volta.

5
2

Dessa forma, a extremidade do arco está sobre o eixo horizontal, ou seja, o eixo X.

Atividades Comentadas 9

01. Tomando como referência uma circunferência de raio igual a 1 centímetro, calcule
o comprimento dos arcos representados em radianos:

3 3.3,14 9,42
a) = = = 1,884 𝑐𝑚
5 5 5

b) 3 = 3.3,14 = 9,42 cm
7 7 .3,14 21,98
c) 8
= 8
= 8
= 2,75 𝑐𝑚

51
02. Verifique em qual quadrante está a extremidade de cada arco:

7 7 .180 1260
a) = = = 6300  630:360 = 1 volta + 2700. Está localizado sobre o eixo y,
2 2 2

entre o terceiro e o quarto quadrantes.


11 11.180 1980
b) = = = 6600  660 : 360 = 1 volta + 3000.Quarto quadrante.
3 3 3

03. Se desenharmos um relógio em um círculo de raio 1 cm, qual a medida do ângulo


que mostra a abertura de um arco referente à medida de 5 minutos?

Resolução:
Um relógio tem 60 minutos. Podemos dividir em 12 arcos de 5 minutos.
Como a circunferência tem 360°, cada arco de 5 minutos vale:
360:12 = 300.

04. Qual o ângulo que define o arco formado pelos ponteiros de um relógio de raio 1
cm, quando marcam 4 horas?

Resolução
Ao marcar 4 horas, os ponteiros estarão exatamente sobre os números 12 e 4. Como
são doze horas no relógio, cada hora equivale a 30 0. Assim, 4 horas equivale a 4 . 300 =
1200.

Aula 10: Transformação de graus em radianos e vice-versa

Nas aulas anteriores, observamos como efetuar medidas de ângulos e arcos.


Como foi possível observar a semirreta que define um Ângulo, define também o arco

correspondente a este Ângulo, isto é, o ângulo de 90º corresponde ao arco 2. NA

verdade estamos medindo em duas unidades diferentes. O grau e o radiano, mas


como efetuar a conversão destas medidas?
Vamos estudar como transformar graus em radianos e vive versa:

52
1 – CONVERTENDO GRAUS PARA RADIANOS:

Para converter uma medida em graus, para radianos vamos adotar a seguinte
comparação:
2 ...................... 3600

Isto significa que, em ambas as medidas, estamos representando uma volta


completa. Metade de uma volta, pode ser definida pelo mesmo raciocínio.

 --------------- 1800
EXEMPLO 01:
Determine o arco correspondente a um ângulo de 600.

Resolução:
Vamos analisar proporcionalmente:
 --------------- 1800
X --------------- 600
Efetuando os cálculos desta regra de três, teremos:
180 x = 60
60 6
Logo, teremos que: X = 180 . Simplificando a fração por 10, teremos: . Vamos
18
 
mais uma vez simplificar, agora por 6, reduzimos a fração para 3. Isto é, 60 graus = 3

rd.

EXEMPLO 02:
Determine em centímetros, o comprimento de um arco definido pelo ângulo de 800
em uma circunferência de raio 1 cm.

Resolução:
Inicialmente vamos transformar graus em radianos.
 --------------- 1800
X --------------- 800
Efetuando os cálculos desta regra de três, teremos:

53
180 x = 80
80 8
Logo teremos que: X = . Simplificando a fração por 10, teremos: . Vamos
180 18
4 4
mais uma vez simplificar, agora por 2. Teremos então, . Isto é, 60 graus = rd.
9 9

Vamos agora definir o comprimento em centímetros:


4.3,14 12,56
 = 3,14, assim, = =  1,4.
9 9

2 – CONVERTENDO RADIANOS PARA GRAUS:

Converter um arco em graus é tarefa simples! Devemos tomar alguns cuidados


com exemplos de modo a ilustrar o desenvolvimento do assunto.

EXEMPLO 01:
4
Dado o arco definido por , calcule em graus, a medida do ângulo equivalente ao arco
9

formado.

Resolução:
4. 4 .180 720
Como  = 180º , teremos: = = = 80° .
9 9 9

EXEMPLO 02:
3
Em qual quadrante se encontra o arco correspondente a ?
5

Vamos converter para graus:


3 3.180 540
= = = 108°
5 5 5

Atividades Comentadas 10

01. Transforme as medidas de radianos para graus:

a) 5 = 5 . 1800 = 9000
8 8.180 1440
b) = = = 1600
9 9 9

54
2 2 .180 360
c) 15 = = = 240
15 15

02. Transforme as medidas de graus para radianos:

a) 340°
180 .............. 
340 .............. x
340 34 17
180x = 340  x = = =
180 18 9

b) 540°
180 .............. 
540 .............. x
540 54 27 9
180x = 540  x = = = = = 3
180 18 9 3

c) – 780°
180 .............. 
-780 .............. x
−780 −78 −39 −13
180x = -780  x = = = =
180 18 9 3

03. Complete a tabela a seguir:

Medida
Radianos
do ângulo
00 0

900
2
1800 
3
2700
2
3600 2

04. Determine em centímetros, o comprimento de um arco definido pelo ângulo 1200:

180 .............. 
120 .............. x

55
120 12 2
180x = 120  x = = =
180 18 3

Como  = 3,14, teremos:


2.3,14 6,28
= = 2,09 𝑐𝑚
3 3

Avaliação

Caro Professor Aplicador, sugerimos duas diferentes formas de avaliar as turmas


que estão utilizando este material: uma avaliação e uma pesquisa.
Nas disciplinas em que os alunos participam da Avaliação do Saerjinho, podem
utilizar a seguinte pontuação:

 Saerjinho: 2 pontos;
 Avaliação: 5 pontos;
 Pesquisa: 3 pontos.

Nas disciplinas que não participam da Avaliação do Saerjinho podem utilizar a


participação dos alunos durante a leitura e execução das atividades do caderno como
uma das três notas. Neste caso teríamos:

 Participação: 2 pontos;
 Avaliação: 5 pontos;
 Pesquisa: 3 pontos.

A seguir apresentaremos as avaliações propostas neste caderno para este


bimestre. Abaixo você encontrará o grupo de questões que servirão para a avaliação dos
alunos. As mesmas questões estão disponíveis para os alunos no Caderno de Atividades
Pedagógicas de Aprendizagem Autorregulada – 03.

Avaliação Comentada

56
Segue o gabarito das questões da avaliação proposta no caderno de atividades
do aluno:

01. Dadas as funções abaixo, escolha a única que não é definida como função
polinomial do segundo grau:

(A) f(x) = 3x2 – 5x + 9


(B) f(x) = -x2
(C) f(x) = 3 – 4x + x2
(D) f(x) = x-2 + 3x – 5
(E) f(x) = 2- x2 + 4x

Resolução:
1
O expoente é negativo, o que nos dará 𝑥 2

02 – Quais os zeros da função f(x) = x2 +x -6

(A) -2 e 3 (B) 2 e -3 (C) -2 e -3 (D) 2 e 3 (E) 0 e 1

Resolução:

−1 ± √(1)2 − 4.1. (−6) −1 ± √1 + 24 −1 ± √25 −1 ± 5


𝑥= ,𝑥 = ,𝑥 = ,𝑥 =
2.1 2 2 2
−1+5 4 −1−5 −6
x’ = = =2 x’ = = = −3
2 2 2 2

03 – Na empresa siderúrgica Ferro & Aço Ltda, o lucro na produção de lingotes de ferro
é dada pela função Lucro = L(x) = -x2 +3x – 6. Onde x representa a quantidade de ferro
produzido ( em toneladas) e L(x) o lucro da empresa. Determine a quantidade a ser
produzida para que o lucro seja máximo:

(A) 4 toneladas;
(B) 3 toneladas;

57
(C) 2 toneladas;
(D) 1,5 toneladas;
(E) 6 toneladas.

Resolução:
Como a função é decrescente (a<0), teremos ponto de máximo. Basta calcular a
abscissa do Vértice:
−𝑏 −3 −3
Xv = 2𝑎 = 2.(−1) = −2 = 1,5 toneladas. Letra D

04 – No gráfico a seguir é correto afirmar que:

(A) a = 0; b> 0; c> 0


(B) a>0; b<0; c> 0
(C)a > 0; b> 0; c > 0
(D) a<0; b < 0 ; c < 0
(E) a<0; b < 0; c = 0

Resolução:
A função é crescente: a>0. A curva corta o eixo y no ramo decrescente: b<0.
A interseção com o eixo y é 4. c>0
05 – Qual a função que melhor representa o gráfico da questão 4:

(A) f(x) = x2 – 4x + 4;
(B) f(x) = x2 – 4x – 4;
(C) f(x) = - x2 – 4x – 4;
(D) f(x) = - x2 + 4x + 4;
(E) f(x) = -x2 – 4x + 4.

Resolução:
A curva corta o eixo x em x = 2. Assim, x 1 = 2 e x2 = 2.
Soma: x1 + x2 = 2+2 = 4
Produto x1 . x2 = 2 . 2 = 4

58
f(x) = x2-Sx+P
f(x) = x2 – 4x +4

06 – As raízes da função polinomial do segundo grau são 2 e 0. Podemos afirmar que a


função é igual a:

(A) f(x) = x2 – 2x
(B) f(x) = x2 – 2x + 2
(C) f(x) = x2 – 2
(D) f(x) = x2 + 2x
(E) f(x) = x2 + 2x – 2

Resolução:
Soma: x1 + x2 = 2+0 = 2
Produto x1 . x2 = 2 . 0 = 0
f(x) = x2-Sx+P
f(x) = x2 – 2x + 0
f(x) = x2 – 2x

07 – Os ângulos -20º, 50º e 190º têm suas extremidades respectivamente em quais


quadrantes?

(A) III, I, IV
(B) IV, I, III (Resposta correta)
(C) IV, III, I
(D) I, III, IV
(E) I, IV, III

08 – Os ponteiros de um relógio marcam duas horas. Qual o arco definido pelos


ponteiros do relógio?


(A) 14

59

(B) 2

(C) 𝟑

(D) 6

(E) 12

Resolução:
Ao marcar 2 horas, os ponteiros estarão exatamente sobre os números 12 e 2. Como
são doze horas no relógio, cada hora equivale a 30 0. Assim, 2 horas equivalem a 2 . 300
= 600.
180 ...............
60 ................. x
180 x = 60
60 6 
x = 180 = =
18 3

 
09 – Os arcos cujas medidas são 5 𝑟𝑑 𝑒 𝑟𝑑 correspondem respectivamente À medida
9

de quais ângulos?

(A) 36o e 20º


(B) 20° e 40°
(C) 36° e 40°
(D) 20° e 36°
(E) 40° e 36°

Resolução:
 180
= = 360
3 5
 180
= = 200
9 9

10 – Os ângulos 180º, 60º e 30º correspondem respectivamente a quais medidas?

 
(A) ; 6 ; 3

60
 
(B) ; 𝟑 ; 𝟔
 
(C) ; 3 ; 2
 
(D) ; 2 ; 3
 
(E) ; 4 ; 6

Resolução:
180 
600 = =
3 3
180 
300 = =
6 6

61
Pesquisa

Caro professor aplicador, agora que o aluno já estudou todos os principais


assuntos relativos ao 3° bimestre, é hora de discutir um pouco sobre a importância
deles em suas vidas.
Iniciamos este estudo, definindo a função polinomial do 2º grau e depois vimos
suas aplicações. Aprendemos também um pouco sobre trigonometria, especificamente
a medida de ângulos e arcos. Agora vamos exercitar um pouco mais!
Leia atentamente as questões a seguir e através de uma pesquisa responda
cada uma delas de forma clara e objetiva. Você agora vai assistir ao vídeo localizado
na internet no endereço http://www.youtube.com/watch?v=yc164_2VvpI.
Após assistir este vídeo, responda as questões abaixo, se achar necessário,
consulte outros vídeos e textos e pesquise mais sobre o assunto.

ATENÇÃO: Não se esqueça de identificar as Fontes de Pesquisa, ou seja, o nome dos


livros e sites nos quais foram utilizados.

I – Apresente algumas situações do cotidiano onde podemos empregar a função


polinomial do segundo grau.
Resposta esperada: Antenas Parabólicas, Cálculo de valores máximos, Cálculo de
valores Mínimos, Aplicações financeiras, etc.

II – Faça uma pesquisa sobre a utilização da função polinomial do segundo grau no


estudo da física. Quais assuntos são abordados onde esta função se faz presente?
Movimento Uniforme Variado. Equação do espaço, Equação de Torricelli.

III – Faça uma pesquisa em jornais e revistas. Encontre figuras onde a parábola está
presente.
Resposta Pessoal. Espera-se assuntos onde a aplicação da função polinomial do
segundo grau é utilizada para modelar situações.

62
IV – Pesquise na internet, jornais, revistas, livros, ou outro material de consulta.
Descubra situações que são cíclicas, ou seja, que se repetem. São os chamados
fenômenos periódicos.
Resposta Pessoal. Esperam-se assuntos que apresentem situações que se repetem de
acordo com uma determinada regra.

63
Referências

[1] IEZZI, Gelson; MURAKAMI, Carlos. Fundamentos de Matemática Elementar 1:


Conjuntos e funções. 8 ed. São Paulo: Atual, 2006
[2] IEZZI, Gelson; ET al. Matemática, Ciências e Aplicações 1; 6ª edição.São Paulo;
Saraiva, 2010.
[3] SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez. Matemática Ensino Médio; 5ª edição. São
Paulo; Saraiva. 2008
[4] LIMA, Elon Lages; ET al. A Matemática do Ensino Médio; volume 1; Rio de Janeiro,
Sociedade brasileira de Matemática, 2006

Fonte das Imagens

[1] Figura 1: Fonte: http://parquedaciencia.blogspot.com.br/2013/04/conicas-nocoes-


intuitivas-e-aplicacoes.html
[2] Figura 2: Fonte: http://www.gobiernodecanarias.org/citv/galeria/O_ElHierro/
[3] Figura 3: http://veja.abril.com.br/noticia/economia/celpa-tem-prejuizo-liquido-78-
maior-em-2012
[4] Figura 4: http://soumaisenem.com.br/matematica/conhecimentos-
algebricos/coordenadas-do-vertice-da-parabola
[5] Figura 5: http://pir2.forumeiros.com/t7582-funcao-e-equacao-do-segundo-grau

64
Equipe de Elaboração

COORDENADORES DO PROJETO

Diretoria de Articulação Curricular


Adriana Tavares Mauricio Lessa

Coordenação de Áreas do Conhecimento


Bianca Neuberger Leda
Raquel Costa da Silva Nascimento
Fabiano Farias de Souza
Peterson Soares da Silva
Marília Silva

COORDENADORA DA EQUIPE
Raquel Costa da Silva Nascimento
Assistente Técnico de Matemática

PROFESSORES ELABORADORES

Ângelo Veiga Torres


Daniel Portinha Alves
Fabiana Marques Muniz
Herivelto Nunes Paiva
Izabela de Fátima Bellini Neves
Jayme Barbosa Ribeiro
Jonas da Conceição Ricardo
Reginaldo Vandré Menezes da Mota
Tarliz Liao
Vinícius do Nascimento Silva Mano
Weverton Magno Ferreira de Castro

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