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N-464 REV.

F SET / 96

CONSTRUÇÃO, MONTAGEM E
CONDICIONAMENTO DE
DUTO TERRESTRE
Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Toda esta Norma foi alterada em relação à revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto


desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela
adoção e aplicação dos itens da mesma.
Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser
CONTEC utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de
Comissão de Normas não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-
Técnicas gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta
Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros
verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas


condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade
de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário
desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e
“aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática
SC - 13 Recomendada].
Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir
Oleodutos e Gasodutos
para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão
Autora.
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão
Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a
proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas
durante os trabalhos para alteração desta Norma.
“A presente norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO
S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho –


GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para
informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 46 páginas


N-0464 REV. F SET / 96

PÁGINA EM BRANCO

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N-0464 REV. F SET / 96

SUMÁRIO

1 OBJETIVO ................................................................................................................................................... 5

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES......................................................................................................... 5

3 PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS............................................................................................................... 6

4 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS........................................................................................................................ 7

4.1 INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS......................................................................... 7

4.1.1 GERAL........................................................................................................................ 7

4.1.2 TUBOS........................................................................................................................ 7

4.1.3 FLANGES ................................................................................................................... 8

4.1.4 CONEXÕES ................................................................................................................ 8

4.1.5 VÁLVULAS.................................................................................................................. 9

4.1.6 JUNTAS DE VEDAÇÃO............................................................................................... 10

4.1.7 PARAFUSOS E PORCAS............................................................................................ 10

4.1.8 TAMPÕES DE FECHO RÁPIDO.................................................................................. 11

4.1.9 AMOSTRAGEM........................................................................................................... 11

4.2 ARMAZENAMENTO E PRESERVAÇÃO ...................................................................................... 12

4.2.1 TUBOS........................................................................................................................ 12

4.2.2 FLANGES ................................................................................................................... 12

4.2.3 VÁLVULAS.................................................................................................................. 12

4.2.4 PARAFUSOS E PORCAS............................................................................................ 12

4.2.5 JUNTAS DE VEDAÇÃO............................................................................................... 13

4.2.6 CONEXÕES ................................................................................................................ 13

4.2.7 TAMPÕES DE FECHO RÁPIDO.................................................................................. 13

4.3 PROJETO EXECUTIVO............................................................................................................... 14

4.4 LOCAÇÃO E MARCAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO E DA PISTA ................................................ 14

4.5 ABERTURA DA PISTA ................................................................................................................ 15

4.6 ABERTURA E PREPARAÇÃO DA VALA...................................................................................... 17

4.7 TRANSPORTE, DISTRIBUIÇÃO E MANUSEIO DE TUBOS E OUTROS MATERIAIS .................. 18

4.8 CURVAMENTO ........................................................................................................................... 20

4.9 SOLDAGEM ................................................................................................................................ 22

4.10 INSPEÇÃO APÓS SOLDAGEM ................................................................................................. 24

4.11 REVESTIMENTO EXTERNO DAS JUNTAS............................................................................... 27

4.12 PINTURA................................................................................................................................... 27

4.13 ABAIXAMENTO E COBERTURA DA VALA................................................................................ 27

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4.14 CRUZAMENTOS E TRAVESSIAS.............................................................................................. 31

4.15 SINALIZAÇÃO DE FAIXA DE DOMÍNIO DE DUTOS.................................................................. 32

4.16 PROTEÇÃO E RESTAURAÇÃO ................................................................................................ 32

4.17 TESTE HIDROSTÁTICO............................................................................................................ 35

4.18 MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE COMPLEMENTOS................................................................ 39

5 DESENHOS "CONFORME CONSTRUÍDO" ................................................................................................. 39

6 CONDICIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES................................................................................................. 40

TABELAS
TABELA 1 - EXTENSÃO DE INSPEÇÃO POR ENSAIO NÃO-DESTRUTIVO POR RADIOGRAFIA OU

ULTRA-SOM ................................................................................................................................. 26

TABELA 2 - TOLERÂNCIA DA ESPESSURA DE PAREDE - K ......................................................................... 37

TABELA A-1 - SELEÇÃO DA MALHA DA TELA ............................................................................................... 44

TABELA A-2 - FITA DE POLIETILENO ............................................................................................................ 44

TABELA A-3 - FIO DE POLIETILENO .............................................................................................................. 44

TABELA B-1 - METODOLOGIAS DE AMOSTRAGEM E PRESERVAÇÃO DE ÁGUA PARA

TESTE HIDROSTÁTICO (PARÂMETROS QUÍMICOS).............................................................. 45

TABELA B-2 - METODOLOGIAS DE AMOSTRAGEM E PRESERVAÇÃO DE ÁGUA PARA

TESTE HIDROSTÁTICO (PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS) .............................................. 46

ANEXOS
ANEXO A - FIGURAS ...................................................................................................................................... 42

FIGURA A-1 - INSTALAÇÃO DA TELA DE SEGURANÇA (COM FITA) E DA PLACA DE CONCRETO 43

FIGURA A-2 - TELA DE SEGURANÇA COM FITA.............................................................................. 44

ANEXO B - TABELAS ...................................................................................................................................... 45

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/OBJETIVO

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1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para construção, montagem, teste,
condicionamento e aceitação de dutos terrestres.

1.2 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição e também a
instalações já existentes, quando da sua manutenção.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a
presente Norma.

Norma Regulamentadora - Explosivos - Portaria Nº3214 - Do Ministério do


Trabalho;
Normas de Segurança para Armazenamento, Descontaminação e Destruição de
Explosivos do Ministério do Exército;
PETROBRAS N-12 - Acondicionamento e Embalagem de Válvulas;
PETROBRAS N-47 - Levantamento Topográfico;
PETROBRAS N-133 - Soldagem;
PETROBRAS N-381 - Execução de Desenho Técnico;
PETROBRAS N-442 - Pintura Externa de Tubulações, em Instalações Terrestres;
PETROBRAS N-505 - Lançador e Recebedor de Pig para Duto;
PETROBRAS N-556 - Isolação Térmica de Oleoduto com Poliuretano Expandido;
PETROBRAS N-650 - Aplicação de Revestimento à Base de Alcatrão de Hulha
em Tubulações Enterradas ou Submersas;
PETROBRAS N-683 - Estocagem de Tubos Não Revestidos em Área Descoberta;
PETROBRAS N-845 - Investigação Geotecnológica;
PETROBRAS N-862 - Execução de Terraplenagem;
PETROBRAS N-1041 - Cadastramento de Imóveis em Levantamento Topográfico
Cadastral;
PETROBRAS N-1190 - Cercas e Portões;
PETROBRAS N-1502 - Revestimento Externo de Concreto em Dutos;
PETROBRAS N-1594 - Execução de Ensaios Não-Destrutivos - Ultra-Som;
PETROBRAS N-1595 - Ensaio Não-Destrutivo - Radiografia;
PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo - Visual;
PETROBRAS N-1710 - Codificação de Documentos Técnicos de Engenharia;
PETROBRAS N-1744 - Projeto de Oleodutos e Gasodutos Terrestres;
PETROBRAS N-1947 - Aplicação de Revestimento à Base de Esmalte de Asfalto
em Tubulações Enterradas ou Submersas;
PETROBRAS N-1965 - Movimentação de Carga com Guindaste;
PETROBRAS N-2047 - Apresentação de Projeto de Dutos Terrestres;
PETROBRAS N-2177 - Projeto de Cruzamento e Travessia de Duto Terrestre;
PETROBRAS N-2180 - Relatório para Classificação de Locação de Gasodutos
Terrestres;
PETROBRAS N-2200 - Sinalização de Faixa de Domínio de Duto e Instalação
Terrestre de Produção;
PETROBRAS N-2203 - Apresentação de Relatórios de Cruzamentos e Travessias
de Dutos;

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PETROBRAS N-2238 - Revestimento de Dutos Enterrados com Fitas Plásticas de


Polietileno;
PETROBRAS N-2328 - Revestimento de Junta de Campo para Duto Enterrado;
PETROBRAS N-2444 - Material de Tubulação para Dutos, Bases, Terminais e
Estações;
ABNT NBR 5425 - Guia para Inspeção por Amostragem no Controle e
Certificação da Qualidade;
ABNT NBR 5426 - Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeção por
Atributos;
ABNT NBR 5427 - Guia para Utilização da norma ABNT NBR 5426;
ABNT NBR 6502 - Rochas e Solos;
ABNT NBR 12712 - Projeto de Sistemas e Distribuição de Gás Combustível;
ANSI/ASME B 1.1 - Unified Inch Screw Threads;
ANSI/ASME B 16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fittings;
ANSI/ASME B 16.20 - Metallic Gaskets for Pipe Flanges - Ring Joint, Spiral
Wounds and Jacketed;
ANSI/ASME B 16.21 - Non Metallic Flat Gaskets for Pipe Flanges;
ANSI/ASME B 16.34 - Valves - Flanged, Threaded and Welding End;
ANSI/ASME B 31.4 - Liquid Transportation Systems for Hydrocarbons, Liquid
Petroleum Gas, Anhydrous Ammonia and Alcohols;
ANSI/ASME B 31.8 - Gas Transmission and Distribution Piping Systems;
API SPEC 5L - Line Pipe;
API SPEC 6D - Specification for Pipeline Valves (Gate, Plug, Ball and
Check Valves);
API STD 598 - Valve Inspection and Test;
API STD 1104 - Welding Pipelines and Related Facilities;
API RP 1110 - Recommended Practice for the Pressure Testing of Liquid
Petroleum Pipelines;
MSS SP-6 - Standard Finish for Contact Faces of Pipe Flanges and
Connecting End Flanges of Valves and Fittings;
MSS SP-44 - Steel Pipeline Flanges;
MSS SP-55 - Quality Standard for Steel Castings for Valves, Flanges and
Fittings and other Piping Components;
ASME Boiler and Pressure Vessel Code - Section IX.

3 PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS

Devem ser emitidos obedecendo às documentações técnicas e gerenciais recebidas, para


análise e aprovação prévia, constando no mínimo de:

a) característica dos equipamentos a serem utilizados nas diferentes fases da


construção;
b) locação da faixa de domínio;
c) terraplenagem, incluindo: acesso, abertura de pista, desmatamento, corte, aterro e
desmonte de rocha;
d) abertura e preparação da vala;
e) manuseio, transporte e distribuição dos tubos;
f) curvamento dos tubos;
g) concretagem dos tubos;

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h) ajustagem, alinhamento e fixação dos tubos e acessórios para soldagem;


i) procedimento de soldagem e respectivos registros de qualificação;
j) inspeção por ensaios não-destrutivos;
k) revestimentos anticorrosivos em tubos, juntas e componentes de tubulação;
reparos nos revestimentos;
l) travessias e cruzamentos;
m) abaixamento e cobertura na vala, inclusive proteção da vala;
n) deteção de amassamento e limpeza interna dos tubos pela passagem de "pigs";
o) interligações ("tie-in") e instalação de complementos;
p) teste hidrostático;
q) restauração da pista;
r) sinalização de faixa de domínio de dutos;
s) execução dos desenhos "CONFORME CONSTRUÍDO";
t) condicionamento das instalações.

4 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

4.1 Inspeção de Recebimento de Materiais

4.1.1 Geral

4.1.1.1 Os materiais devem ser inspecionados logo após o seu recebimento e antes de sua
aplicação na montagem e devem estar de acordo com os documentos de compra e
especificações de projeto.

4.1.1.2 Todos os materiais devem ser identificados e certificados. A identificação deve


permitir a rastreabilidade até o certificado de qualidade do material.

4.1.1.3 O exame visual de fundidos deve ser feito conforme critério estabelecido pelos
padrões MSS-SP-55.

4.1.2 Tubos

4.1.2.1 Todos os tubos devem estar identificados conforme os critérios do API Spec. 5L.

4.1.2.2 Deve ser verificado, por amostragem, conforme plano de inspeção (norma
ABNT NBR 5425), se as seguintes características dos tubos estão de acordo com as
especificações indicadas no projeto ou normas referenciadas:

a) espessura, ovalização e diâmetro, segundo API Spec.5L;


b) chanfro e ortogonalidade, segundo API Spec.5L;

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c) estado das superfícies interna e externa, segundo critérios da especificação do


material;
d) empenamento, segundo API Spec.5L;
e) estado do revestimento, segundo critérios da especificação de projeto.

4.1.2.3 Os critérios e exigências para aceitação e reparo de defeitos superficiais da fabricação


dos tubos devem estar de acordo com os da norma ANSI/ASME B 31.4, para oleodutos, e
os da ANSI/ASME B 31.8, para gasodutos.

4.1.3 Flanges

4.1.3.1 Os flanges devem possuir identificação estampada com as seguintes informações: tipo
do flange, tipo de face, especificação e grau do material, diâmetro nominal, classe de pressão e
diâmetro do furo.

4.1.3.2 Os certificados de qualidade de material de todos os flanges devem estar de acordo


com a especificação ASTM pertinente.

4.1.3.3 As seguintes características dos flanges devem estar de acordo com as especificações
indicadas no projeto ou as normas referenciadas:

a) diâmetro interno, segundo ANSI/ASME B 16.5 ou MSS-SP-44;


b) espessura do bisel nos flanges de pescoço de acordo com as especificações de
projeto;
c) altura e diâmetro externo do ressalto, segundo ANSI/ASME B 16.5 ou
MSS SP 44;
d) acabamento da face de contato segundo MSS-SP-6;
e) dimensões de face de flanges segundo ANSI/ASME B 16.5 ou MSS-SP-44;
f) dimensões de extremidades para solda de topo, encaixe para solda ou rosca (tipo
e passo), segundo ANSI/ASME B 16.5 ou MSS-SP-44;
g) dimensões da face para junta de anel, segundo ANSI/ASME B 16.5.

4.1.3.4 Deve ser verificado em todos os flanges se existem trincas, dobras, mossas, rebarbas,
corrosão e amassamentos, bem como o estado geral da face e ranhura, sem presença de
agentes causadores de corrosão, segundo critérios das normas
ANSI/ASME B 16.5, MSS SP -6 ou MSS-SP-44.

4.1.4 Conexões

4.1.4.1 As conexões devem estar identificadas por pintura ou puncionamento pelo fabricante,
com os seguintes dados: especificação completa do material, diâmetro, classe de pressão ou
espessura, tipo e marca do fabricante.

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4.1.4.2 Os certificados de qualidade do material devem estar de acordo com as especificações


ASTM ou ANSI aplicáveis.

4.1.4.3 Deve ser verificado se as seguintes características das conexões estão de acordo com
as especificações indicadas pelo projeto:

a) diâmetro nas extremidades;


b) circularidade;
c) distância centro-face;
d) chanfro, encaixe para solda ou rosca (tipo e passo);
e) espessura;
f) angularidade das curvas 45 e 90 graus;
g) estado da superfície quanto a amassamentos, corrosão, trincas e soldas
provisórias.

4.1.5 Válvulas

4.1.5.1 Todas as válvulas devem estar embaladas e acondicionadas de acordo com a norma
API Spec.6D.

4.1.5.2 Todas as válvulas devem estar identificadas por plaqueta, de acordo com a codificação
de projeto.

4.1.5.3 Em todas as válvulas dotadas de acionadores, devem ser realizados, previamente à


montagem, testes de funcionamento.

4.1.5.4 Os certificados de qualidade do material devem estar de acordo com a especificação


ASTM aplicável.

4.1.5.5 Deve ser verificado se as seguintes características das válvulas estão de acordo com as
especificações no projeto:

a) espessura do corpo;
b) flanges (item 4.1.3);
c) distância entre flanges;
d) diâmetro interno.

4.1.5.6 O estado da superfície do corpo da válvula deve ser verificado quanto a corrosão,
amassamento e falhas de fundição, empenamento da haste e aspecto geral do volante, segundo
critérios da norma MSS-SP-55.

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4.1.5.7 Deve ser realizado, previamente, o teste hidrostático do corpo e sede das válvulas. A
pressão de teste deve estar de acordo com a norma API SPEC 6D. Deve ser realizado um teste
de contravedação e vedação para todas as válvulas de bloqueio.

4.1.5.8 As válvulas devem ser mantidas limpas, secas e engraxadas. As partes que devem ser
protegidas são os internos e a haste, não sendo, entretanto, necessário desmontar a válvula
para esta proteção.

4.1.6 Juntas de Vedação

4.1.6.1 Todas as juntas devem estar identificadas, contendo as seguintes características:


material, tipo de junta, material de enchimento, diâmetros, classe de pressão e o padrão
dimensional de fabricação.

4.1.6.2 As juntas de tipo anel (RTJ) não devem apresentar corrosão, amassamento, avarias
mecânicas e trincas.

4.1.6.3 Deve ser verificado se as seguintes características das juntas estão de acordo com as
especificações indicadas no projeto ou normas referenciadas:

a) Não-Metálicas:

Espessura, diâmetros externo e interno segundo critérios da norma


ANSI/ASME B 16.21.

b) Metálicas:

Espessura, diâmetro externo e interno, passo (juntas espiraladas ou corrugadas) e


dureza (anel) segundo critérios da norma ANSI/ASME B 16.20.

4.1.7 Parafusos e Porcas

4.1.7.1 Todos os lotes de parafusos e porcas devem ser identificados com as seguintes
características: especificação, tipo de parafuso e dimensões.

4.1.7.2 Os certificados de qualidade do material de todos os lotes de parafusos e porcas


devem estar de acordo com as especificações ASTM aplicáveis.

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4.1.7.3 Deve ser verificado, por amostragem definida no item 4.1.9b), se as seguintes
características das porcas e parafusos estão de acordo com as especificações adotadas pelo
projeto ou as normas referenciadas:

a) comprimento do parafuso, diâmetro do parafuso e porca, altura e distância entre


faces e arestas da porca e tipo e passo da rosca, segundo os critérios das normas
ANSI/ASME B 1.1, ANSI/ASME B 16.5 ou MSS SP-44;
b) parafusos devidamente protegidos, livres de amassamentos, trincas e corrosão.

4.1.8 Tampões de Fecho Rápido

4.1.8.1 Todos os tampões de fecho rápido para lançadores ou recebedores de "Pigs" devem
estar identificados, de acordo com as especificações do projeto.

4.1.8.2 Os certificados de material devem estar em conformidade com a especificação do


projeto.

4.1.8.3 Deve ser verificada se as seguintes características estão de acordo com o projeto:

a) diâmetro interno;
b) chanfro;
c) integridade do anel de vedação;
d) classe de Pressão;
e) material.

4.1.9 Amostragem

4.1.9.1 O plano de inspeção para verificação das características de inspeção por amostragem
solicitadas nos itens 4.1.2.2 (tubos) e 4.1.7.3 (parafusos e porcas), conforme normas
ABNT NBR 5425, ABNT NBR 5426 e ABNT NBR 5427 é o seguinte:

a) tubos: nível geral de inspeção II,QL 15, plano de amostragem simples e risco do
consumidor 5%;
b) parafusos e porcas nível geral de inspeção II, QL 10. plano de amostragem
simples e risco do consumidor 5%;
c) eletrodos: conforme norma PETROBRAS N-133;
d) embalagem de Tintas de acordo com as TABELAS 6 e 7 da norma
ABNT NBR 5427;
e) materiais de revestimento anticorrosivo: conforme normas PETROBRAS N-650,
N-1947 e N-2238.

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4.2 Armazenamento e Preservação

4.2.1 Tubos

4.2.1.1 O armazenamento dos tubos deve obedecer ao disposto nas seguintes normas:

a) para tubos não revestidos: norma PETROBRAS N-683;


b) para tubos revestidos: normas PETROBRAS N-650, N-1947 e N-2238;
c) para tubos isolados com poliuretano: norma PETROBRAS N-556;
d) para tubos concretados: norma PETROBRAS N-1502.

4.2.1.2 Para movimentação de tubos devem ser usados dispositivos de suspensão (patolas)
que acomodem perfeitamente as extremidades dos tubos, de modo a assegurar a integridade
dos chanfros e evitar a sua ovalização.

4.2.1.3 Os tubos devem ser mantidos permanentemente limpos, evitando-se a deposição de


materiais estranhos em seu interior. Em nenhuma hipótese os tubos devem ser usados como
local de armazenamento para ferramentas ou qualquer outro material.

4.2.1.4 Os chanfros dos tubos e conexões devem ser protegidos com verniz à base de resina
vinílica após a sua limpeza manual ou mecânica que elimine gordura e pontos de corrosão.

4.2.2 Flanges

4.2.2.1 As faces de assentamento dos flanges devem ser protegidas contra corrosão com
aplicação de graxa anticorrosiva não solúvel em água, bem como protegidas contra avarias. Os
flanges devem ser armazenados e protegidos contra intempéries.

4.2.2.2 Os chanfros dos flanges devem ser protegidos com verniz à base de resina vinílica.

4.2.3 Válvulas

Devem ser armazenadas e preservadas de acordo com a norma PETROBRAS N-12.

4.2.4 Parafusos e Porcas

4.2.4.1 Devem ser protegidos contra corrosão pela aplicação de graxa anticorrosiva não
solúvel em água.

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4.2.4.2 Devem ser armazenados em locais protegidos das intempéries, identificados e sem
contato direto com o solo.

4.2.4.3 As porcas devem ser armazenadas rosqueadas nos parafusos.

4.2.5 Juntas de Vedação

4.2.5.1 As juntas de amianto e tipo anel devem ser armazenadas em superfícies planas, em
locais abrigados das intempéries.

4.2.5.2 As superfícies metálicas das juntas devem ser protegidas com graxa anticorrosiva não
solúvel em água.

4.2.6 Conexões

4.2.6.1 As conexões devem ser mantidas em suas embalagens originais, devidamente


identificadas e protegidas das intempéries.

4.2.6.2 As conexões para solda de topo devem ter os chanfros protegidos por verniz à base de
resina vinílica.

4.2.6.3 As roscas das conexões devem ser protegidas por meio de graxa anticorrosiva não
solúvel em água ou verniz removível à base de resina vinílica.

4.2.6.4 O armazenamento deve ser feito de modo a evitar acúmulo de água dentro das
conexões e o contato direto entre elas ou com o solo.

4.2.7 Tampões de Fecho Rápido

4.2.7.1 Devem ser armazenados fechados e protegidos de danos mecânicos e contra a


corrosão.

4.2.7.2 O anel de vedação deve ser armazenado com vaselina em embalagem plástica.

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4.3 Projeto Executivo

4.3.1 São considerados projetos executivos, de responsabilidade da executante, todos os


projetos de detalhamento necessários à execução dos serviços de construção e montagem.

4.3.2 Os documentos técnicos devem ser executados conforme a norma PETROBRAS


N-2047 (Apresentação de Projeto de Dutos Terrestres) e codificados conforme a norma
PETROBRAS N-1710 (Codificação de Documentos Técnicos de Engenharia).

4.4 Locação e Marcação da Faixa de Domínio e da Pista

4.4.1 A faixa de domínio e a pista devem ser demarcadas a partir da diretriz estabelecida nos
documentos de projeto e de acordo com as seguintes condições:

a) as laterais da faixa de domínio e da pista devem ser identificadas no máximo a


cada 50 metros;
b) as testemunhas devem ser colocadas nas laterais da faixa de domínio, em locais de
fácil visibilidade;
c) sinalização de referência provisória deve ser fixada a cada quilômetro;
d) os pontos de inflexão horizontais devem ser marcados.

4.4.2 Quando necessário, a diretriz projetada pode ser alterada, desde que a alteração seja
previamente aprovada; o levantamento topográfico planialtimétrico, cadastral e jurídico da
faixa de domínio e apresentação de resultados da diretriz modificada devem ser executados de
acordo com as normas PETROBRAS N-47, N-1041 e N-2180.

4.4.3 A locação da posição de outros dutos existentes, em relação ao eixo da faixa, deve ser
feita de acordo com os seguintes critérios:

a) consulta aos desenhos "Conforme Construído" e ao cadastro das concessionárias


de serviços públicos;
b) localização dos dutos existentes através do emprego de detector de tubos e de
sondagens por poços cavados manualmente;
c) sondagem adicional em caso de existirem dúvidas nos resultados do detector de
tubos;
d) colocação de sinalização provisória sobre os dutos existentes com espaçamento
máximo de 20 metros: nas curvas essa distância deve ser reduzida para um valor
condizente com seu raio de curvatura;
e) sinalização e proteção adequada dos suspiros, pontos de testes e peças especiais
existentes;
f) identificação e sinalização dos trechos onde for detectada baixa cobertura dos
dutos existentes, de forma a alertar os operadores de equipamentos sobre a
impossibilidade de trânsito nestes locais.

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4.5 Abertura da Pista

4.5.1 Somente em condições excepcionais, quando for concluído pela total inviabilidade
técnica dos serviços de montagem, serão permitidos cortes que alterem os perfis - transversal e
longitudinal - originais do terreno: todos os cortes devem ser executados de acordo com um
projeto de terraplenagem específico.

4.5.2 Os raios de curvatura horizontais e verticais da pista devem estar compatíveis com o
método previsto para a mudança de direção do duto, procurando-se, sempre que possível,
respeitar os limites para curvamento a frio dos dutos revestidos, conforme definido no item
4.8.4.

4.5.3 A camada vegetal, quando removida, deve ser estocada para posterior reposição nos
taludes de corte, aterros, pistas, caixas de empréstimo ou bota-fora, quando da restauração.
Nesse caso a pista acabada deve ter uma inclinação transversal para o lado oposto ao da vala,
da ordem de 2%.

4.5.4 O bota-fora, quando ocorrer, deve ser disposto em local adequado com a prévia
autorização dos proprietários, envolvendo as autoridades competentes, e com inclinações
compatíveis com a natureza do material constituinte, de modo que seja evitado qualquer dano
a terceiros e obstrução ou poluição de mananciais.

4.5.5 Independente dos serviços de proteção e drenagem definitiva que serão realizados na
pista, serviços necessários de drenagem e proteção em áreas críticas devem ser imediatamente
realizados, de modo a não expor a riscos a pista e as propriedades adjacentes.

4.5.6 Deve ser evitado que os talvegues originais dos cursos d'água interceptados sejam
assoreados pelo material da terraplenagem, com o conseqüente lançamento do duto em cota
superior à linha do talvegue original.

4.5.7 Os acessos de serviço somente podem ser executados com a autorização formal dos
proprietários e autoridades competentes.

4.5.8 Devem ser executados todos os serviços provisórios necessários à preparação da pista.

4.5.9 Nas travessias de cursos d'água, a abertura da pista deve ser feita de forma a evitar o
represamento ou diminuição da seção de escoamento.

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4.5.10 Tanto quanto possível deve ser evitada a realização de aterros na pista, os quais
quando necessários devem ser realizados de forma controlada de modo a ser obtido um grau
de compactação no mínimo igual ao das condições locais.

4.5.11 Deve ser executada uma drenagem provisória da pista. As saídas de água sobre as saias
dos aterros devem ser evitadas; quando indispensáveis, a região atingida do aterro deve ser
adequadamente protegida.

4.5.12 Os cursos d'água que originalmente escoem para ou sobre a pista devem ser desviados
e canalizados. Nos casos em que não for possível executar o desvio dos cursos d'água ou em
que a abertura da pista interferir com mananciais, devem ser executadas as obras que se
fizerem necessárias para evitar o arraste de material, a erosão da pista ou a destruição do
manancial.

4.5.13 Quando a faixa atravessar áreas ocupadas por vegetações arbóreas onde se fizer
necessário o desmatamento, devem ser tomados os seguintes cuidados:

a) o tombamento das árvores deve ser sobre a faixa;


b) as árvores de grande porte devem sofrer desgalhamento prévio de modo a não
atingir a vegetação fora da faixa;
c) o destocamento e a remoção de raízes ao longo do eixo da vala devem ser
executados;
d) os tocos e raízes existentes na pista devem ser removidos, de modo a permitir o
livre trânsito de equipamentos.

4.5.14 Quando a diretriz atravessar pomares, jardins, matas, reservas florestais e áreas de
reflorestamento, a pista deve ser aberta com a largura estritamente necessária ao lançamento
da linha e de modo a não ocasionar o rebaixamento do greide existente.

4.5.15 Devem ser pesquisadas, materializadas e perfeitamente identificadas, antes da abertura


da pista, as interferências com vias, tubulações de água, esgoto e gás, cabos elétricos e
telefônicos, drenos, valas de irrigação, canais e outras instalações superficiais e subterrâneas.

4.5.16 Se for necessário o uso de material explosivo para remoção de rochas, raízes e outros
obstáculos existentes na pista, devem ser observadas as disposições do Ministério do Exército
e Ministério do Trabalho.

4.5.17 Todas as providências devem ser tomadas de modo a minimizar as interferências e os


possíveis prejuízos que possam advir, em decorrência da execução dos serviços, às atividades
desenvolvidas pelo proprietário da área, ou pela autoridade governamental competente, tais
como:

a) nenhum trabalho deve ser iniciado sem o conhecimento do proprietário;

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b) nenhuma remoção de instalações de terceiros pode ser feita sem a autorização


dos mesmos;
c) em caso de cercas a serem removidas, deve ser construida uma provisória, até a
sua reconstrução definitiva; a cerca provisória deve ser mantida fechada sempre
que a passagem não estiver sendo utilizada;
d) devem ser executados todos os serviços complementares considerados
necessários à segurança, à proteção pessoal e às atividades econômicas
desenvolvidas na área atravessada, como, por exemplo:

- cercas de proteção em taludes, principalmente em áreas de criação de animais;


- sinalização de alerta para movimentação de equipamentos.

4.5.18 Os blocos de rocha que se apresentam em posição perigosa nas laterais da pista devem
ser removidos ou estabilizados.

4.5.19 As testemunhas e demais sinalizações provisórias removidas durante a abertura da pista


devem ser recompostas.

4.6 Abertura e Preparação da Vala

4.6.1 Na execução dos serviços de abertura da vala devem ser consideradas as seguintes
informações fornecidas pelo projeto:

a) posição do eixo da vala, em relação à linha de centro da pista;


b) dimensões da seção da vala;
c) raios de curvatura permitidos, para cada diâmetro e espessura da linha, conforme
item 4.8.4;
d) interferência com instalações existentes.

4.6.2 Devem ser estaqueados, a cada dois metros, os locais com curvas horizontais
executadas mecanicamente.

4.6.3 Deve ser mantida uma equipe de topografia, com a finalidade de locar o eixo e de fazer
o levantamento planialtimétrico do fundo da vala, necessário à preparação do programa de
curvamento dos tubos.

4.6.4 Nos pontos onde o tubo deve ser curvado, a vala deve ser pelo menos 30 (trinta) cm
mais larga (curvas horizontais) ou mais profunda (curvas verticais) do que as dimensões
originais, a fim de permitir acomodação da tubulação.

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4.6.5 Devem ser removidas todas as irregularidades existentes no fundo da vala, de forma a
garantir o apoio contínuo da linha; as pontas de rocha ou matacões devem ser cortadas, no
mínimo, 20 (vinte) centímetros abaixo da cota do fundo da vala. No caso de terrenos moles ou
compressíveis, essa altura deve ser aumentada para 50 (cinqüenta) centímetros.

4.6.6 Na abertura da vala, devem ser observadas as seguintes recomendações:

a) a técnica de desmonte a ser adotada para valas em rocha sã ou fraturada deve


garantir a geometria fixada no projeto e atender ao item 4.5.16;
b) a ocorrência de surgências, infiltrações e percolações devem ser investigadas e
cadastradas; devem ser previstos meios adequados para a sua drenagem no fundo
da vala, tais como: colchão de areia e dreno cego;
c) as valas devem ser abertas somente após a preparação da coluna para
abaixamento e devem ser cercadas e sinalizadas, em áreas habitadas ou nas suas
proximidades.

4.6.7 A abertura da vala deve atender às autorizações emitidas pelo órgão responsável ou
proprietário, tais como: sinalização, tapumes, remanejamento, passagens provisórias,
escoramentos, proteções de estruturas e edificações adjacentes. O material proveniente das
escavações deve ser disposto de modo a não causar obstruções a terceiros.

4.6.8 Nas transições entre diferentes profundidades de vala, recomenda-se que a concordância
do fundo da vala seja compatível com o curvamento natural do tubo utilizado.

4.7 Transporte, Distribuição e Manuseio de Tubos e Outros Materiais

4.7.1 As operações de transporte dos materiais, especialmente tubos, devem ser realizadas de
acordo com as disposições das autoridades responsáveis pelo trânsito na região atravessada.
As ruas, rodovias federais, estaduais e municipais, ou estradas particulares não devem ser
obstruídas durante o transporte e este deve ser feito de forma a não constituir perigo para o
trânsito normal de veículos.

4.7.2 No transporte de tubos, as cargas devem ser dispostas de modo a permitir amarração
firme e a não danificar o tubo ou seu revestimento. Antes de efetuar o desamarramento da
pilha para descarga, deve ser feita uma inspeção visual, a fim de verificar se os tubos estão
convenientemente apoiados, sem risco de rolamento.

4.7.3 Devem ser mantidos nos locais de armazenamento e nos de distribuição de tubos ao
longo da faixa, pessoal e equipamentos adequados ao manuseio dos tubos, conforme norma
PETROBRAS N-1965, bem como à manutenção, segurança e limpeza permanente da área.

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4.7.4 Os tubos devem ser distribuídos ao longo da faixa, de maneira a não interferir no uso
normal dos terrenos atravessados.

4.7.5 Os tubos devem ser distribuídos, conforme planilha de distribuição baseada em projeto,
contendo no mínimo os seguintes dados: material, diâmetro, espessura, revestimento
anticorrosivo, isolamento, curvatura, revestimento de concreto e número do tubo (conforme
seqüência de montagem).

4.7.5.1 Caso seja adotada numeração seqüencial do tubo para montagem, deve haver uma
correlação com o número do fabricante.

4.7.6 A estocagem ao longo da faixa e a movimentação de tubos revestidos ou isolados deve


obedecer ao disposto nas seguintes normas:

a) para tubos não revestidos: norma PETROBRAS N-683;


b) para tubos revestidos: normas PETROBRAS N-650, N-1947 e N-2238;
c) para tubos isolados com poliuretano: norma PETROBRAS N-556;
d) para tubos concretados: norma PETROBRAS N-1502.

4.7.7 Para o manuseio dos tubos durante carregamento ou descarregamento, devem ser
usadas cintas de largura apropriada ou ganchos especiais (patolas) para evitar danos nos tubos.
Estes ganchos devem ser revestidos de material mais macio que o material do tubo, sendo os
ganchos projetados para conformar-se à curvatura interna dos tubos, devendo também apoiar
um mínimo de 1/8 da circunferência do tubo.

4.7.8 Para o descarregamento de feixes de tubos não revestidos devem ser utilizadas cintas de
nylon. Tais cintas devem ajustar-se ao feixe, de modo a impedir movimentos relativos entre os
tubos.

4.7.9 Os equipamentos utilizados na distribuição dos tubos devem ter as suas lanças
protegidas com borracha, feltro ou material similar.

4.7.10 Nos trechos em que for necessário o emprego de explosivos, a distribuição de tubos
deve ser executada após a escavação.

4.7.11 Em rampas íngremes, deve ser executada uma ancoragem provisória dos tubos
distribuídos na pista para evitar o seu deslizamento.

4.7.12 Quando distribuídos, os tubos devem ser apoiados com cuidado, de forma a impedir a
ocorrência de danos no bisel e no revestimento anticorrosivo. Os tubos devem ser apoiados
sobre sacos com material selecionado e ficar no mínimo a 30 cm do solo.

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4.8 Curvamento

4.8.1 O curvamento de tubos deve obedecer ao disposto nas seguintes normas:

a) para oleodutos - ANSI/ASME B 31.4;


b) para gasodutos - ANSI/ASME B 31.8 e ABNT NBR 12712.

4.8.2 Deve ser verificada a adequação dos equipamentos de curvamento ao tubo a ser
curvado.

4.8.3 Para adequação ao projeto de terraplenagem e abertura da vala, no que se refere aos
seus raios horizontais e verticais, o raio mínimo de curvatura do tubo deve ser previamente
verificado, através de um teste de qualificação, utilizando-se os tubos a serem aplicados,
preservando-se o disposto no item 4.8.1.

4.8.4 O método de curvamento deve ser previamente aprovado e satisfazer às seguintes


condições mínimas de inspeção:

a) a diferença entre o maior e o menor dos diâmetros externos, medidos em


qualquer seção do tubo, após o curvamento, não pode exceder 5% do seu
diâmetro externo especificado na norma dimensional de fabricação;
b) não são permitidos enrugamento e danos mecânicos no tubo e no revestimento;
c) o tubo com grau de curvatura igual ou superior a 50% do grau máximo de
curvatura, estabelecido no seu procedimento de curvamento, deve ser
inspecionado por passagem de gabarito interno para verificar se a ovalização está
dentro do prescrito em 4.8.4 a). Para a determinação do diâmetro da placa do
gabarito deve ser utilizada a seguinte fórmula:

DP = 0,975 x D - 2 x e

Onde: DP = diâmetro da placa;


e = espessura nominal de parede do tubo;
D = diâmetro externo do tubo.

d) o tubo, mesmo com grau de curvatura inferior a 50% do grau máximo de


curvatura, que após inspeção visual apresentar indícios de ovalização maior do
que a indicada em 4.8.4 a) deve ser submetido a inspeção por passagem de
gabarito interno;
e) deve ser feita inspeção visual em toda a superfície do tubo para verificar possíveis
danos nos biséis, corpo e no revestimento anticorrosivo;
f) a curvatura deve ser distribuída, o mais uniformemente possível, ao longo do
comprimento do tubo;
g) em cada extremidade do tubo a ser curvado deve ser deixado um comprimento
reto mínimo determinado na qualificação;

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h) nos tubos com costura, não é permitida a coincidência da solda longitudinal com
a geratriz mais tracionada ou mais comprimida, devendo o curvamento ser
executado de forma que a solda longitudinal seja localizada o mais próximo
possível do eixo neutro do tubo curvado, com uma tolerância de 30 graus;
i) nos curvamentos de tramos que contenham uma solda circunferencial, deve ser
deixado um comprimento reto mínimo de 01(um) metro para cada lado desta;
caso isto não seja possível, o curvamento pode ser realizado, desde que a solda
circunferencial seja totalmente radiografada após o curvamento; não é admitido o
reparo da solda;
j) o curvamento de tubos com costura deve ser realizado de modo a evitar, durante a
soldagem, a coincidência das soldas longitudinais, mantendo a defasagem mínima;
k) antes do curvamento a geratriz que vai ser mais comprimida deve ser marcada a
tinta;
l) devem ser marcadas a tinta as seções do tubo a serem golpeadas durante o
curvamento;
m) o tubo já curvado não pode ter aumentado o seu raio de curvatura;
n) o tubo curvado deve ter a posição de sua geratriz superior marcada junto às
extremidades.

4.8.5 Quando a temperatura ambiente for inferior a 18 graus Celsius, os tubos dotados de
revestimento betuminoso devem ser submetidos a um aquecimento pelo lado interno, antes de
serem curvados, tomando-se o devido cuidado para que a temperatura se mantenha abaixo do
ponto de amolecimento do material do revestimento.

4.8.6 Quando for utilizado o curvamento natural, este não deve ultrapassar o limite elástico do
material, fixado pelo projeto.

4.8.7 O raio mínimo de curvatura, para curvamento natural, para linhas trabalhando com
produtos a temperatura ambiente, deve ser calculado pela seguinte fórmula:

Ec. D / 2
R =
0,9 Sv − 0,7 PD / 2e

Onde: R = raio mínimo de curvatura para curvamento natural, em cm;


Ec = módulo de elasticidade do material, em MPa;
Sv = tensão mínima de escoamento especificada, em MPa;
D = diâmetro externo do tubo, em cm;
e = espessura nominal da parede do tubo, em cm;
P = pressão de projeto do duto, em MPa.

Nota: Ec = 2,00 x 105 MPa para aço-carbono a temperatura ambiente de 21°C.

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4.8.8 O curvamento a quente só pode ser empregado quando seu método de execução previr
aquecimento uniforme por indução elétrica de alta-freqüência e resfriamento controlado.

4.8.9 Os tubos curvados devem ser marcados com as seguintes informações:

a) ângulo da curva;
b) posição da geratriz superior (na montagem);
c) local de aplicação;
d) sentido de montagem.

4.9 Soldagem

4.9.1 A soldagem deve ser executada de acordo com as normas PETROBRAS N-133,
ANSI/ASME B 31.4 e ANSI/ASME B 31.8.

4.9.2 Para dutos a qualificação dos procedimentos de soldagem e dos soldadores deve ser
feita de acordo com o API Std 1104. Para complementos, como alternativa, pode ser usada a
norma ASME Seção IX.

4.9.3 A preparação e detalhamento de chanfros e ajustagem das peças devem ser verificados
por meio de gabaritos apropriados aferidos e estar de acordo com as normas
ANSI/ASME B 31.8 para gasodutos e ANSI/ASME B 31.4 para oleodutos.

4.9.4 Quando for necessária a remoção de uma solda circunferencial, esta deve ser feita
através de um anel cujo corte esteja no mínimo a 50 mm de distância do eixo da solda.

4.9.5 Todas as extremidades biseladas para soldagem devem ser esmerilhadas e as bordas dos
tubos devem ser escovadas numa faixa de 50 mm em cada lado da região do bisel, externa e
internamente, ao tubo. Se houver umidade, a junta deve ser seca por uso de maçarico, com
chama não concentrada (chuveiro).

4.9.6 Antes do acoplamento dos tubos, deve ser feita inspeção e limpeza interna, para
verificação de presença de detritos ou impurezas, que possam prejudicar a soldagem ou
passagem dos "pigs" de limpeza e detecção de amassamento. Deve-se na oportunidade
identificar, nas extremidades, a posição da solda longitudinal.

4.9.7 Antes do acoplamento dos tubos, suas extremidades não revestidas devem ser
inspecionadas interna e externamente, verificando-se descontinuidades, como defeitos de
laminação, mossas, amassamentos, entalhes ou outras descontinuidades superficiais.

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4.9.8 Não são permitidos amassamentos e entalhes no bisel com mais de 2 mm de


profundidade; caso ocorram, tais defeitos devem ser removidos por métodos mecânicos de
desbaste ou pela retirada de um anel. Mesmo critério aplica-se para válvulas e conexões.

4.9.9 Todos os biséis de campo dos tubos devem ser feitos de acordo com os critérios de
acabamento previstos no API Spec 5L.

4.9.10 Devem ser utilizados, preferencialmente, acopladores de alinhamento interno.

4.9.11 Os acopladores de alinhamento interno não devem ser removidos antes da conclusão
do primeiro passe.

4.9.12 Quando for usado acoplador de alinhamento externo, o comprimento do primeiro


passe de solda deve ser simetricamente distribuído em pelo menos 50% da circunferência antes
de sua remoção.

4.9.13 O tubo não deve ser movimentado antes da conclusão do primeiro passe ou após o
lixamento deste. Neste caso, deve-se concluir a execução do segundo passe para permitir sua
movimentação. No caso de tubos concretados ou colunas que possam ser submetidas a tensão
durante a soldagem, a movimentação só deve ser feita após a conclusão do segundo passe.

4.9.14 No acoplamento de tubos de mesma espessura nominal, o desalinhamento máximo


permitido é de 20% da espessura nominal, limitando-se a 1,6 mm. Para tubos de espessuras
diferentes devem ser usados os padrões das normas ANSI/ASME B 31.4 e
ANSI/ASME B 31.8, respeitando-se a resistência mecânica necessária à junta, sendo preferível
o uso de niple de transição.

4.9.15 O preaquecimento, quando aplicável, deve-se estender por pelo menos 100 mm de
ambos os lados do eixo da solda.

4.9.16 A temperatura de preaquecimento, estipulada no procedimento de soldagem


qualificado, deve ser mantida durante toda a soldagem e em toda a extensão da junta e
verificada através de lápis de fusão ou pirômetro de contato, na superfície diametralmente
oposta à incidência da chama de aquecimento.

4.9.17 No preaquecimento de tubos, é permitido o uso de maçarico, com chama não


concentrada (chuveiro).

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4.9.18 O intervalo de tempo entre os passes de solda, deve atender ao especificado no


procedimento de soldagem qualificado, conforme API STD 1104.

4.9.19 Na montagem devem ser observados os seguintes cuidados adicionais:

a) manter fechadas, através de tampões, as extremidades dos trechos soldados, a fim


de evitar a entrada de animais, água, lama e objetos estranhos; não é permitida a
utilização de pontos de solda para fixação destes tampões;
b) recolher as sobras de tubos e restos de consumíveis de soldagem, bem como de
quaisquer outros materiais utilizados na operação de soldagem, os quais devem
ser transportados para o canteiro da obra;
c) reaproveitar sobras de tubos, desde que estejam em bom estado;
d) já que não são permitidos entalhes metalúrgicos provocados pela abertura de arco
de soldagem em tubulações onde a máxima pressão de operação (MPO)
provoque tensões circunferenciais iguais ou superiores a 40% da tensão mínima
de escoamento especificada; qualquer vestígio deste defeito deve ser eliminado de
acordo com as normas ANSI/ASME B 31.4, ANSI/ASME B 31.8 e
ABNT NBR 12712;
e) devem ser iniciados os passes de solda em locais defasados em relação aos
anteriores e o início de um passe deve sobrepor o final do passe anterior;
f) não é permitido o puncionamento das soldas para sua identificação;
g) não é permitido reparo em áreas de solda anteriormente reparadas.

4.10 Inspeção Após Soldagem

4.10.1 Os critérios de aceitação de descontinuidades de soldagem e reparo de dutos e seus


complementos, quando da inspeção das soldas por ensaios não-destrutivos, devem seguir os
requisitos do API Std 1104.

4.10.2 Quando for iniciada a soldagem de um duto ou quando houver mudança no


procedimento de soldagem, devem ser inspecionadas as 50 (cinqüenta) primeiras juntas em
toda a circunferência.

4.10.2.1 Se adotado o processo de soldagem manual por eletrodo revestido, a inspeção acima
mencionada deve ser por radiografia ou ultra-som. Caso seja adotado qualquer outro processo
de soldagem , a inspeção deve ser por radiografia e ultra-som.

4.10.3 Completada a soldagem do trecho inicial citado no item 4.10.2 a mesma deve ser
reiniciada após o resultado dos ensaios não-destrutivos previstos nesta Norma.

4.10.4 Se o índice de rejeição for inferior ou igual a 10% das juntas soldadas, a partir do
trecho ensaiado devem ser usados os critérios previstos nos itens 4.10.7 e 4.10.8.

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4.10.5 Se o índice de rejeição for superior a 10%, um trecho seguinte de igual número de
juntas conforme item 4.10.2 deve ser inspecionado pelo mesmo método, em toda a
circunferência. Caso, no segundo trecho, a rejeição continue superior a 10% deve ser feita a
análise da causa da rejeição, englobando: soldadores, material, consumíveis, máquina de solda,
condições ambientais e outros. Após ação corretiva no processo deve ser inspecionado um
novo trecho de igual número de juntas ao inicial e assim sucessivamente.

4.10.6 As juntas a serem inspecionadas por ensaio radiográfico ou ultra-som, são classificadas
de acordo com os seguintes critérios:

a) Juntas de Escolha Dirigida - são aquelas juntas onde haja suspeita de defeitos,
levantadas durante o acompanhamento da soldagem, ou de inspeção obrigatória;
b) Juntas Aleatórias - escolhidas aleatoriamente dentro dos percentuais exigidos
nesta Norma.
c) Juntas de Aumento de Amostragem - são aquelas oriundas do aumento de
amostragem de inspeção conforme item 4.10.10.1.

4.10.6.1 As juntas de escolha dirigidas e as inspecionadas 100%, conforme projeto, não fazem
parte do controle estatístico, nem justificam o aumento de amostragem.

4.10.6.2 O controle estatístico das juntas é sempre realizado por quilômetro.

4.10.7 Para oleodutos, a extensão dos ensaios não-destrutivos a serem aplicados é a seguinte:

a) Inspeção Visual:

- 100% das juntas, em toda a circunferência conforme norma PETROBRAS


N-1597;

b) Inspeção por Ensaio Radiográfico ou Ultra-Som:

- juntas de cruzamentos, travessias, "tie-ins" e trechos especiais indicados no


projeto: 100% das juntas, em toda a circunferência;
- juntas de tubulações instaladas em áreas residenciais, comerciais e industriais:
100% das juntas, em toda a circunferência;
- juntas de tubulações de lançadores, recebedores de pigs e complementos: 100%
das juntas, em toda a circunferência;
- demais juntas: 10% das juntas, em toda a circunferência.

4.10.8 Para gasodutos, a extensão dos ensaios não-destrutivos é a seguinte:

a) Inspeção Visual:

- 100% das juntas, em toda a circunferência, conforme norma PETROBRAS


N-1597;

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b) Inspeção por Ensaio Radiográfico ou Ultra-Som:

- juntas de cruzamentos, travessias, estações de compressão, "tie-ins" e trechos


especiais indicados no projeto: 100% das juntas, em toda a circunferência;
- juntas de tubulações de lançadores, recebedores de pigs e complementos:100%
da junta, em toda a circunferência;
- demais juntas: de acordo com a TABELA 1.

TABELA 1 - EXTENSÃO DE INSPEÇÃO POR ENSAIO NÃO-DESTRUTIVO

POR RADIOGRAFIA OU ULTRA-SOM(1)

Limites Classe de Porcentagem (min)

(2) Locação de Juntas a serem Ensaiadas


Sc < 0,2 Sy qualquer 0%
Sc ≥ 0,2 Sy 1 10%
2 15%
3 40%
4 75%

Notas: 1) Pode-se dispensar o ensaio não-destrutivo em


qualquer das duas seguintes situações:
a) gasoduto com diâmetro nominal inferior a
6" - independentemente do valor da tensão
Sc;
b) reduzida quantidade de soldas em um
gasoduto projetado para Sc < 0,4 Sy
independentemente do diâmetro nominal;
c) em ambos casos as soldas devem ser
visualmente inspecionadas e aprovadas por
um inspetor de solda qualificado;

2) Sy = tensão mínima de escoamento especificada;


Sc = tensão circunferencial produzida pela
máxima pressão de operação.

4.10.9 O ensaio por ultra-som deve preferencialmente gerar um registro gráfico ou digital
abrangendo 100% da circunferência da junta inspecionada.

4.10.10 Durante a execução dos serviços de construção do duto, deve ser realizado um
acompanhamento do "Índice de Juntas Reprovadas" calculado para cada quilômetro do duto
soldado, conforme abaixo:

Total de Juntas Reprovadas por END no Quilômetro


ÍndicedeJuntasReprovadas= x 100%
Total de Juntas Inspecionadas por END no Quilômetro

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4.10.10.1 Quando o índice de juntas reprovadas for superior a 12,5% deve haver aumento de
amostragem, na proporção de 2 (duas) juntas adicionais a serem inspecionadas para cada junta
reprovada.

4.10.10.2 Caso as juntas sejam aprovadas no aumento de amostragem, o quilômetro é


considerado liberado, após o devido reparo dos defeitos.

4.10.10.3 Caso alguma junta seja reprovada após o aumento de amostragem, deve ser feito
novo aumento de amostragem, na mesma proporção, quantas vezes for necessário, até que
todas as juntas de um mesmo aumento de amostragem sejam aprovadas, ou se alcance a
totalidade das juntas do quilômetro inspecionado por END.

4.11 Revestimento Externo das Juntas

4.11.1 O revestimento externo das juntas deve obedecer ao disposto nas especificações de
projeto e nas seguintes normas:

a) para tubos revestidos: normas PETROBRAS N-650, N-1947, N-2238 e N-2328;


b) para tubos isolados com poliuretano: norma PETROBRAS N-556;
c) para tubos concretados: norma PETROBRAS N-1502.

4.11.2 Nas travessias, cruzamentos e onde indicado no projeto, as juntas dos tubos revestidos
com concreto devem ser igualmente concretadas.

4.12 Pintura

A pintura externa dos trechos aéreos deve ser executada de acordo com a norma
PETROBRAS N-442, atendendo às condições ambientais estabelecidas no projeto.

4.13 Abaixamento e Cobertura da Vala

4.13.1 O abaixamento dos tubos na vala deve ser realizado imediatamente após o exame das
condições dos tubos, do revestimento e da vala. O exame visa principalmente:

a) localizar defeitos ou danos nos tubos e no revestimento;


b) verificar a existência de tampões nas extremidades dos trechos a serem abaixados;
caso negativo, deve ser feita uma inspeção visual e proceder a uma limpeza
interna, quando necessário;
c) verificar as condições do fundo da vala e das suas paredes laterais.

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4.13.2 O abaixamento dos tubos não revestidos externamente com concreto deve ser
precedido do esgotamento da água existente na vala. Quando não for possível tal esgotamento
e, conseqüentemente, a verificação das condições da vala, devem ser utilizados meios que
assegurem a proteção do revestimento anticorrosivo dos tubos, como mantas de proteção
mecânica e esteiras de madeira.

4.13.3 Quando a vala for aberta em terrenos com ocorrência de rochas, que podem causar
danos ao revestimento externo dos tubos, o abaixamento deve ser precedido da utilização de
meios adequados de proteção, podendo ser utilizados, inclusive combinados, os métodos a
seguir:

a) revestimento do fundo da vala com uma camada de solo, isento de pedras e


outros materiais que possam danificar o revestimento do tubo, na espessura
mínima de 20 (vinte) centímetros;
b) uso de apoios de sacos de areia ou de solo selecionado, espaçados regularmente
de forma a evitar qualquer contato dos tubos com o fundo da vala;
c) envolvimento dos tubos com mantas de proteção mecânicas e esteiras de madeira;
d) envolvimento dos tubos com jaqueta de concreto de proteção mecânica.

4.13.4 O abaixamento deve ser feito por método que garanta a perfeita acomodação dos tubos
no fundo da vala e em sua posição correta, evitando deslocamentos, deslizamentos, tensões e
oscilações excessivas, deformações e danos ao revestimento.

4.13.5 O espaçamento entre os pontos de sustentação dos tubos a serem abaixados, deve ser
de forma a garantir a não-ocorrência de tensões, que possam ultrapassar o limite elástico do
material. O número mínimo de pontos de sustentação durante o abaixamento deve ser de 3
(três).

4.13.6 Para o abaixamento de trechos revestidos com isolante térmico deve ser observado o
seguinte:

a) não devem ser utilizados pontos de sustentação deslizantes ou rolantes;


b) as faixas de sustentação devem ter largura suficiente de modo a não provocar o
esmagamento do isolamento térmico;
c) o número mínimo de pontos de sustentação deve ser definido previamente pelo
projeto.

4.13.7 Quando for utilizado o método de abaixamento com alças, os seguintes cuidados
devem ser observados:

a) o trecho entre duas alças consecutivas deve ser abaixado de forma a ajustar-se
corretamente ao fundo da vala;

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b) a distância entre duas alças, bem como a sua localização e distribuição ao longo
do trecho a ser abaixado, deve ser determinada em função das curvas verticais e
horizontais existentes no trecho considerado; o comprimento das alças é função
das características da tubulação, da configuração e extensão do trecho a ser
abaixado e a folga a ser absorvida;
c) nenhuma alça deve ser abaixada na vala sem que um comprimento suficiente de
tubulação esteja coberto entre a alça e a extremidade livre do trecho;
d) a tubulação abaixada deve ser coberta com uma camada suficiente de solo para
mantê-la assentada no fundo da vala;
e) o abaixamento das alças deve ser feito durante o horário de menor temperatura
ambiente; essa operação deve ser feita de forma que a maior extensão possível do
trecho fique assentada no fundo da vala e que todas as seções do tubo fiquem
submetidas a tensões de compressão longitudinal;
f) durante o abaixamento das alças, todas as curvas verticais de concavidade voltada
para cima, bem como as curvas horizontais, devem ficar assentadas no fundo da
vala, sendo que as curvas horizontais devem ser posicionadas de encontro à
parede da vala.

4.13.8 Todo tubo deve ser abaixado na vala e coberto imediatamente após o teste do
revestimento, de acordo com a norma ou especificação aplicável.

4.13.9 Em locais onde houver a ocorrência de percolação, surgência e interceptação de veios


d'água, em rampas de inclinação superior a 5%, o abaixamento deve ser seguido pela
construção de um sistema de drenagem de fundo de vala, conforme projeto.

4.13.10 Nos locais onde o lençol d'água aflorar na vala, devem ser adotados métodos
adequados para garantir o abaixamento da tubulação e seu perfeito assentamento no fundo da
vala. Pode ser adotado qualquer dos seguintes métodos, de acordo com as recomendações do
projeto:

a) executar os serviços necessários de drenagem ou rebaixamento de lençol d'água e


encher o tubo com água doce e limpa, utilizando-se o reaterro da vala para
estabilização; neste caso, a água deve ser totalmente removida logo após a
cobertura da tubulação;
b) revestir externamente a tubulação com concreto, de acordo com a norma
PETROBRAS N-1502, com a espessura necessária para garantir o assentamento
e a permanência da tubulação no fundo da vala;
c) utilizar o método descrito na norma PETROBRAS N-2177.

4.13.11 Em trechos onde houver o paralelismo com outros dutos protegidos catodicamente, a
cobertura deve ser precedida da interligação elétrica entre os dutos, de forma a se obter o
equilíbrio do sistema e a proteção do novo duto.

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4.13.12 Antes de se iniciar a cobertura de qualquer trecho do duto, devem ser reparados
todos os danos porventura causados ao tubo e revestimento durante a operação de
abaixamento.

4.13.13 Após a inspeção do revestimento anticorrosivo, o tubo deve ser abaixado e coberto
de imediato. A primeira camada da cobertura, até uma altura de 30 cm acima da geratriz
superior da tubulação, deve ser constituída de solo isento de torrões, pedras soltas e material
orgânico e outros materiais que possam causar danos ao revestimento. O restante deve ser
completado com material da vala, podendo conter pedras de até 15 (quinze) centímetros na
sua maior dimensão.

4.13.14 A cobertura mínima deve atender às seguintes condições:

a) áreas de cultura mecanizada: 1,50m;


b) áreas urbanas, industriais ou com possibilidade de ocupação: 1,20m;
c) cruzamentos e travessias, conforme norma PETROBRAS N-2177;
d) áreas com terrenos rochosos: 0,60m;
e) áreas com terrenos de baixa consistência: 1,50m;
f) áreas com existência de valetas de drenagem/irrigação ou pequenos córregos, de
profundidade até 0,5m: 1,00m;
g) demais áreas: 1,00m.

4.13.15 Não é permitido o rebaixamento do greide da faixa para obtenção de material para a
cobertura.

4.13.16 A operação de cobertura deve ser executada de forma a garantir a segurança e a


estabilidade do duto enterrado e a eficiente manutenção futura da instalação. Em
conseqüência, as seguintes recomendações gerais devem ser observadas:

a) em princípio, todo o material retirado durante a escavação da vala que atender ao


item 4.13.13, deve ser recolocado na mesma, na operação de cobertura,
cuidando-se para que a camada externa do solo e da vegetação retorne a sua
locação original;
b) deve ser providenciada uma sobrecobertura ao longo da vala, a fim de compensar
possíveis acomodações do material, exceto nos casos previstos pela alínea c);
c) a sobrecobertura não deve ser executada nos seguintes casos:

- passagem através de regiões cultivadas e/ou irrigadas nas quais a pista, após
restaurada, deve ficar no nível anterior, de forma a não causar embaraços ao
cultivo e à irrigação;
- trechos em que a existência de uma sobrecobertura ao longo da vala possa
obstruir a drenagem da pista;
- cruzamentos e, ao longo de ruas, estradas, acostamentos, pátios de ferrovias,
trilhos, caminhos e passagens de qualquer natureza.

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d) quando a sobrecobertura deixar de ser realizada, deve ser providenciada a


compactação adequada do material de cobertura, exceto em áreas alagadas ou em
terreno de baixa consistência;
e) nos trechos em rampa, devem ser adotados métodos adequados para evitar
deslizamentos ou erosão do material de cobertura.

4.13.17 Em regiões urbanas ou industriais, quando da execução da cobertura, deve ser


instalada tela de segurança com fita de aviso, conforme FIGURAS A-1 e A-2 do ANEXO A,
sobre a placa de concreto de proteção mecânica do duto. A critério da fiscalização, pode ser
dispensada a placa de concreto nos locais onde existirem poucas instalações subterrâneas de
infraestrutura junto ao duto.

4.14 Cruzamentos e Travessias

4.14.1 Na construção e montagem de dutos terrestres está incluída a execução de


cruzamentos sob rodovias, ruas e ferrovias, bem como de travessias de cursos d'água, canais,
áreas alagadas e reservatórios, devendo ser observadas as indicações da norma PETROBRAS
N-2177, respeitando-se rigorosamente os seguintes princípios básicos:

a) o projeto deve aliar os aspectos de segurança construtiva e operacional dos dutos,


com a garantia de minimizar os impactos negativos ao meio ambiente;
b) o projeto construtivo a ser apresentado pela firma executora, além de obedecer
ao disposto nesta norma, deve atender às limitações e restrições do órgão
responsável pela operação e/ou regulamentação do meio atravessado, o qual deve
aprovar o referido projeto antes da sua execução;
c) todos os estudos geológicos, hidrológicos e de perfil de erosão e outros
considerados necessários para garantia de um bom projeto construtivo das
travessias e cruzamentos devem ser realizados e apresentados pela executante.

4.14.2 A instalação de tubo camisa em cruzamento sob vias deve obedecer às seguintes
recomendações gerais:

a) devem ser usados tubos concretados para evitar o contato direto com o tubo
camisa, facilitando a introdução e a retirada da tubulação;
b) as extremidades do tubo camisa devem ser vedadas com massa asfáltica;
c) deve ser assegurada a limpeza interna do tubo camisa, bem como a livre passagem
da tubulação pelo seu interior.

4.14.3 Durante a execução dos cruzamentos deve ser instalada a sinalização adequada,
inclusive a noturna, para a segurança do tráfego, atendendo a todas as condições e exigências
do órgão responsável pela operação da via atravessada.

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4.14.4 Nos casos de travessias enterradas ou sobre o leito, devem ser observadas as seguintes
recomendações gerais:

a) após a locação do eixo da travessia deve ser executado o levantamento


topográfico e batimétrico da seção da travessia ao longo do eixo, antes e após a
abertura da vala, quando for o caso, para a confirmação das condições previstas
no projeto da travessia;
b) exceto quando previsto de outra forma pelo projeto, o lançamento do duto deve
ser feito puxando-o ao longo do eixo previamente locado, diretamente sobre o
leito ou flutuando;
c) o duto deve ser lançado horizontalmente, sendo permitida a utilização de curvas
verticais (cavalotes) apenas nos casos em que sejam necessárias grandes
escavações nas margens;
d) após o lançamento do duto, a seção submersa deve ser inspecionada com a
finalidade de verificar a existência de danos nos tubos e/ou revestimento, bem
como detectar a existência de extensões não apoiadas;
e) caso seja constatada a existência de trechos submersos não apoiados, devem ser
providenciados suportes de forma a limitar as tensões aos valores admissíveis
previamente calculados;
f) nas travessias indicadas pelo projeto, em que haja a necessidade de teste
hidrostático simplificado, este deve ser realizado conforme item 4.17.7;
g) nos casos acima mencionados deve ser feita a passagem de "Pig" com placa
calibradora, impulsionada com ar comprimido, após o lançamento.

4.14.5 Nos cruzamentos com linhas de transmissão de energia elétrica, deve ser observado o
disposto na norma PETROBRAS N-2177 e as seguintes recomendações adicionais:

a) o afastamento dos cabos de aterramento deve ser, no mínimo de 3 metros;


b) na existência de cabo contra-peso (aterramento) no vão do cruzamento entre as
torres de sustentação dos cabos condutores, deve ser providenciado junto à
operadora do sistema o seu remanejamento;
c) a utilização de explosivos nas proximidades de linhas de transmissão deve ser
evitada, ficando o seu uso condicionado à aprovação e acompanhamento pela
companhia operadora do sistema.

4.15 Sinalização de Faixa de Domínio de Dutos

Deve obedecer aos critérios do projeto e à norma PETROBRAS N-2200.

4.16 Proteção e Restauração

4.16.1 Os serviços de proteção e restauração da faixa de domínio devem ser definidos em


função dos seguintes princípios básicos:

a) garantia de segurança para a pista e conseqüentemente para o duto;

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b) garantia da segurança e da restauração das condições originais das propriedades


de terceiros e bens públicos decorrentes de possíveis conseqüências negativas,
diretas ou indiretas, causadas pela implantação do duto;
c) minimização dos impactos causados ao meio ambiente, restituindo-se, na medida
do possível, as condições originais das áreas envolvidas.

4.16.1.1 No caso de faixas com dutos existentes, antes do início dos serviços de restauração
deve ser recuperada a sinalização provisória, conforme item 4.4.3.

4.16.2 Os serviços constam basicamente, além da restauração definitiva das instalações


danificadas, da execução de drenagem superficial e proteção vegetal das áreas envolvidas, que
devem ser iniciadas o mais cedo possível, seguindo-se imediatamente à operação de cobertura,
de maneira que os terrenos atravessados permaneçam sujeitos aos trabalhos de reconstrução o
menor tempo possível.

4.16.3 Os serviços de drenagem superficial devem ser realizados em função das características
das áreas, atravessadas de modo a proporcionar proteção dos eventuais taludes formados com
a abertura da pista, e proteção de terrenos de terceiros em função das eventuais alterações na
drenagem natural das áreas, ocasionadas pela implantação dos dutos.

4.16.4 De forma geral a drenagem superficial da pista deve evitar o escoamento de águas
pluviais sobre a vala e, sempre que possível, deve ser prevista sua descarga lateral, analisando-
se cuidadosamente e tomando-se as providências necessárias para evitar o impacto prejudicial
nas áreas atingidas.

4.16.5 O projeto de drenagem de cada trecho deve ser definido em função das condições
locais e da área de contribuição; as disposições seguintes são recomendações de caráter
genérico:

a) o sistema de drenagem de uma pista em encosta é normalmente do tipo espinha


de peixe com calhas transversais, devidamente espaçadas, com caimento da vala
para as extremidades da pista, onde se interligam com as canaletas longitudinais;
b) as calhas transversais e canaletas longitudinais normalmente são conformadas no
próprio terreno, com revestimento vegetal ou solo-cimento ou com utilização de
canaletas de concreto; os tipos de calhas de drenagem e respectivas dimensões e
quantidade devem ser definidas pelo projeto executivo;
c) devem ser previstas também canaletas no topo e pé dos taludes de corte e aterro;
d) quando necessário devem ser previstas caixas de passagem, que podem ser de
solo-cimento, alvenaria ou concreto, para conexão entre dois segmentos de
canaleta ou para dissipação de energia cinética;
e) com o objetivo de estabilizar erosões causadas por cursos d'água que atravessam
a pista, pode ser prevista a execução de enrocamento de pista a jusante da faixa,
de modo a garantir a cobertura mínima do tubo;

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f) as travessias de reservatórios, rios, canais e outros cursos d'água devem ser


completamente restauradas, imediatamente após concluídos os trabalhos; os
serviços necessários para garantir a estabilidade das margens dos cursos d'água e
reservatórios atravessados devem ser executados utilizando-se materiais
adequados e revestimento vegetal nativo;
g) as cercas atravessadas durante a construção, provisoriamente reconstituídas em
atendimento ao disposto no item 4.5.17 c) desta Norma, devem ser restauradas
em caráter definitivo, de forma que as novas cercas apresentem condições e
resistência iguais ou superiores às originais.

4.16.6 A proteção vegetal da pista e encosta deve ser realizada em áreas expostas à erosão
superficial ou em área onde por qualquer motivo seja necessário o restabelecimento da
vegetação.

4.16.7 A definição das áreas a serem protegidas, assim como os métodos de semeadura,
preparo do terreno, análise e correção dos solos, controle de pragas e adubações, são objetos
de projeto específico da executante.

4.16.8 Sem qualquer restrição à utilização de soluções regionais, recomendam-se os seguintes


tipos de proteção vegetal:

a) semeadura manual - utilizando-se 60% de Bermuda Grass (CYNODON


DACTYLON) ou Brachária Umidícula e 40% de Jatrana ou Soja perene ou
Calepogonio;
b) hidrossemeadura - utilizando-se 60% de Brachária Umidícula ou Bermuda Grass
(CYNODON DACTYLON) e 40% de Calepogonio ou Jerina (CENTROGEMA
PUBESCENS) ou Soja perene (GLYCINE JAVANICA).

4.16.9 Quando a pista atravessar terrenos cultivados, devem-se adotar cuidados especiais em
sua restauração para assegurar que os terrenos possam ser utilizados, independentemente de
qualquer outro serviço adicional por parte dos proprietários. Devem-se retirar todas as pedras,
raízes, galhos e outros materiais depositados na faixa e eliminar todos os obstáculos e
irregularidades do terreno resultantes dos serviços de construção, e ser reposta a cobertura de
terra vegetal existente antes da abertura da pista.

4.16.10 Exceto quando estabelecido de outra forma, devem ser eliminados ou removidos
todos os acessos, pontes, pontilhões e outras instalações provisórias, utilizadas nos trabalhos
de construção.

4.16.11 Deve ser realizada a limpeza completa da faixa e dos terrenos utilizados durante os
serviços de construção, retirando-se equipamentos, ferramentas e sobras de outros materiais.

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4.17 Teste Hidrostático

4.17.1 Após a conclusão da montagem dos dutos, as linhas devem ser submetidas a teste
hidrostático para a detecção de eventuais defeitos e para alívio das tensões mecânicas.

4.17.1.1 A pressão mínima de teste deve ser estabelecida de acordo com as normas
ANSI/ASME B 31.4 para oleodutos e ANSI/ASME B 31.8 para gasodutos.

4.17.1.2 A pressão de teste não deve ser superior àquela que produza na tubulação tensão
circunferencial superior à tensão mínima de escoamento especificada na norma de fabricação
do tubo.

4.17.1.3 Os equipamentos necessários à realização do teste hidrostático devem atender ao


item 2.4 do API-RP-1110. Os instrumentos necessários para execução do teste, acompanhados
dos respectivos certificados de aferição, são os seguintes:

a) balança de peso morto ou instrumento equivalente com resolução de 0,1 kgf/cm2


(9,8 kPa);
b) registrador contínuo de pressão que forneça um registro permanente em função
do tempo;
c) manômetros com resolução máxima de 5 kgf/cm2 (490,33 kPa) com leituras feitas
no terço médio da escala;
d) registrador contínuo de temperatura que forneça um registro permanente em
função do tempo, sendo colocado em contato direto com o duto em trecho
enterrado;
e) termômetro de leitura direta para determinação da temperatura ambiente.

Nota: Como alternativa pode ser utilizado um sistema computadorizado de monitoração de


pressão/temperatura, desde que os sensores individuais de pressão incluídos no sistema
possuam um nível de sensibilidade compatível e possam ser calibrados de maneira similar
àqueles instrumentos listados acima.

4.17.2 Um plano de teste hidrostático deve ser preparado previamente ao início dos trabalhos
de montagem da tubulação, a fim de se determinar, em tempo hábil, os pontos de divisão da
linha, a pressão de teste a ser utilizada em cada trecho, pontos de captação e descarte de água
e resultados de análise da água a ser utilizada, conforme o item 2.5 do API-RP-1110.

4.17.2.1 Um procedimento de teste hidrostático deve ser preparado previamente ao início dos
trabalhos e atender ao item 2.6 do API-RP-1110, com as seguintes recomendações:

a) toda a extensão da linha a ser testada deve estar completamente cheia de água e
com a cobertura executada;

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b) as pressões de teste em qualquer ponto do trecho testado devem estar limitadas


aos valores máximo e mínimo indicados no projeto;
c) a linha deve permanecer cheia de água por no mínimo 24 horas antes do início do
teste e a uma pressão de 50% da pressão de teste;
d) a pressão deve ser elevada de forma moderada e a uma taxa constante até atingir
a 100% da pressão de teste e mantida durante uma hora;
e) em seguida, deve ser escoada a quantidade de água necessária para que a pressão
atinja 50% da pressão de teste;
f) a pressão deve ser novamente elevada de forma moderada e a taxa constante até
atingir 70% da pressão de teste; a partir deste ponto o bombeamento deve evitar
grandes variações de pressão, garantindo que incrementos de 1 kg/cm2
(98,06 kPa) sejam perfeitamente lidos e anotados; o incremento deve ser dado
com intervalo mínimo de 3 minutos, até atingir novamente a 100% da pressão de
teste;
g) observar então um período mínimo de 3 horas para estabilização da linha;
h) retornar a pressão para 100% da pressão de teste e começar a contagem de
tempo, recuperando a pressão quando esta cair 0,5% da pressão de teste;
limitando-se a repetição desse procedimento a 24 horas de linha pressurizada ou
02 (duas) recuperações; adotando-se o que resultar maior tempo de teste;
i) a linha será aprovada quando em 24 horas a pressão não cair abaixo de 99,5% da
pressão de teste;
j) em situações onde haja risco de se ultrapassar a "máxima pressão de teste"
indicada pelo projeto, devido à recuperação de pressão, por efeito de
temperatura, deve-se reduzir a pressão de teste para no máximo 96% da "máxima
pressão de teste";
k) a pressão de teste, preferencialmente, deve ser atingida nas horas mais quentes do
dia, de forma a se evitar sobrepressões na tubulação, devido à elevação da
temperatura.

4.17.3 Com a finalidade de assegurar a limpeza interna e a inexistência de amassamentos,


ovalizações ou redução de seção interna da tubulação, a linha ou trecho a ser testado deve ser
percorrido pelo menos por um "pig" de limpeza e por um "pig" calibrador, observando-se:

4.17.3.1 O preenchimento prévio do trecho inicial da tubulação com água, em uma extensão
mínima de 500m.

4.17.3.2 O lançamento do "pig" calibrador deve ser feito com um intervalo mínimo de 1000m,
após o lançamento do "pig" de limpeza.

4.17.3.3 O "pig" calibrador deve possuir dispositivo que possibilite seu acompanhamento e
sua localização, mesmo quando não estiver em movimento.

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4.17.4 O diâmetro da placa calibradora do "Pig" deve ser calculado para qualquer diâmetro de
tubulação, pela seguinte fórmula:

Dp = DE − 2e(1 + K ) − 0,025DE − 0, 250"

Onde:
Dp = diâmetro da placa (pol.);
DE = diâmetro externo do tubo (pol.);
e = espessura nominal de parede do tubo ou da conexão, o que for maior (pol.);
K = tolerância da espessura, conforme TABELA 2.

TABELA 2 - TOLERÂNCIA DA ESPESSURA DE PAREDE - K

Diâmetro Nominal Processo de Grau do Aço (API 5L)


do Duto Fabricação B X42 a X70
< 2" CC e SC 0,20 0,15
2" a 18" CC e SC 0,15 0,15
≥ 20" CC 0,18 0,20
≥ 20" SC 0,15 0,18
Notas: 1) CC = com costura.
2) SC = sem costura.

4.17.4.1 A placa de calibração deve ser de aço-carbono SAE-1020, com espessura mínima
abaixo:

a) 1/4" para tubos com diâmetros ≥ 6";


b) 1/8" para tubos com diâmetros < 6".

4.17.4.2 Deve ser instalado um registrador de pressão e um manômetro, no local de


bombeamento, para acompanhamento das variações de pressão, durante a passagem de"Pig".

4.17.4.3 Os pontos da linha que venham a provocar o amassamento da placa devem ser
substituídos.

4.17.4.4 Após a substituição dos trechos amassados, a linha deve ser novamente percorrida
pelo "Pig" calibrador.

4.17.4.5 A linha deve ser considerada aceita para teste hidrostático quando a placa não
apresentar amassamentos.

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4.17.5 O enchimento da linha deve ser feito com água doce, limpa e isenta de elementos
agressivos ao tubo e previamente analisada conforme metodologias definidas nas TABELAS
B-1 e B-2 do ANEXO B. Para evitar corrosão e desenvolvimento de microorganismos, deve
ser prevista a instalação de filtros de forma a impedir, durante o bombeamento, o carreamento
de partículas para o interior do duto. Devem ser adotados todos os cuidados necessários à
retirada de ar da linha e os métodos devem estar previstos nos procedimentos citados no item
4.17.2.1.

4.17.5.1 O critério de aceitação da água é função do seu tempo de permanência no interior da


tubulação, e o laudo da mesma deve ser fornecido por um laboratório credenciado.

4.17.5.2 O emprego de inibidor de corrosão e bactericidas deve ser evitado, ficando o seu uso
restrito a situações onde não existam alternativas para o suprimento de água de boa qualidade
para o teste; nesse caso, devem ser verificadas as condições para o descarte da água após o
teste.

4.17.5.3 Em situações especiais previstas no projeto básico, devem ser instalados "Vents"
para facilitar a pré-operação do duto. Nesses casos, os "Vents" devem ser convenientemente
protegidos com caixa de concreto, sinalizados e indicados no projeto executivo.

4.17.6 O fechamento das extremidades de cada trecho da linha a ser testada deve ser feito por
meios adequados. Devem ser instaladas câmaras de recebimento do "pig" e linhas de descarte
d'água nos terminais de cada trecho, de maneira a minimizar eventuais danos ao meio ambiente
durante o escoamento.

4.17.7 As travessias, indicadas pelo projeto, que devem receber o teste hidrostático
simplificado, antes e após o seu lançamento, devem ser testadas, conforme abaixo:

4.17.7.1 Antes do lançamento:

a) pressurizar o cavalote, com as juntas sem revestimento, durante 02 (duas) horas,


com a pressão máxima de teste;
b) realizar inspeção visual para detectar vazamentos.

4.17.7.2 Após o lançamento o cavalote deve ser percorrido por "pig" calibrador, conforme
definido no item 4.17.4.1.

4.17.8 Durante a execução do teste hidrostático, deve ser providenciado isolamento e


sinalização das áreas onde a tubulação em teste estiver aparente.

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4.17.9 Os trabalhos de correção das eventuais falhas verificadas devem ser executados
imediatamente. Em seguida, devem ser repetidas todas as atividades de teste hidrostático
anteriormente executado.

4.18 Montagem e Instalação de Complementos

Complementos são as instalações necessárias à segurança, proteção e operação dos dutos,


compreendendo, mas não se limitando ao seguinte:

a) Lançadores/recebedores de "Pigs" e esferas;


b) Válvulas de bloqueio e retenção, derivações e "by-pass";
c) Sistema de proteção catódica, incluindo:
- pontos de teste eletrolítico;
- leitos dos anodos;
- retificadores e equipamentos de drenagem;
- juntas de isolamento;
d) Instrumentação;
e) Provadores de corrosão.

Notas: 1) As válvulas, lançadores/recebedores e provadores de corrosão devem ser instalados


após a conclusão da limpeza e teste hidrostático do duto.
2) Para gasodutos as válvulas devem ser instaladas após a secagem e condicionamento
do duto.
3) Devem ser garantidas condições permanentes de acesso às áreas onde forem
instaladas as Válvulas de Bloqueio, Lançadores/Recebedores de "Pig" e
Retificadores.

5 DESENHOS "CONFORME CONSTRUÍDO"

5.1 Durante a execução dos serviços de construção, montagem e testes, devem ser preparados
desenhos CONFORME CONSTRUÍDO ("As Built") das instalações, em planta e perfil, de
acordo com a norma PETROBRAS N-2047 e demais exigências abaixo:

a) os desenhos devem ser apresentados, no mínimo, em escala igual ao


Levantamento Topográfico Cadastral;
b) eixo da vala em relação à linha de centro da faixa;
c) limites da faixa de domínio e de pista realmente abertas;
d) locação e posição dos marcos topográficos, quilométricos e sinalização dos
limites de faixa e de dutos;
e) locação real do duto e demais tubulações em perfil;
f) classificação dos solos e rochas encontrados, conforme norma ABNT NBR-6502;
g) distribuição de tubos, com indicação do diâmetro, material e espessura de parede;
h) revestimento (tipo e espessura), concretagem;
i) indicação, locação e respectivos afastamentos típicos das tubulações existentes na
faixa, com suas seções típicas;
j) cruzamentos e travessias, referindo-se aos desenhos de detalhe correspondentes;

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k) locação e detalhamento das instalações relativas aos complementos e acessórios


instalados, referindo-se aos respectivos desenhos de detalhe (válvulas, suportes,
ancoragens, respiros, sistema de proteção catódica);
l) locação e detalhamento das instalações existentes na faixa, inclusive daquelas
destinadas à proteção da pista, referindo-se aos desenhos de detalhe
correspondentes a interferências com instalações aéreas e subterrâneas, tubos e
caixas de drenagem, rodovias, ferrovias, pontes, diques, indicando o nome e
divisa das propriedades e municípios envolvidos;
m) classe de locação para gasoduto;
n) estaqueamento progressivo e desenvolvido , realizado sobre o eixo da vala;
o) indicação e locação das sinalizações, proteções da faixa e dutos enterrados;
p) indicação da resistividade do solo.

5.2 Para cada cruzamento e/ou travessia executada, devem ser indicados, nos desenhos de
detalhe específicos, os seguintes elementos:

a) detalhes, em escala, do duto ao longo do cruzamento ou travessia, em planta e em


corte, com todas as dimensões, cotas em relação ao terreno natural, ao fundo do
curso d'água (travessia) ou ao topo da estrada (cruzamento) e distâncias às
instalações e construções existentes nas proximidades;
b) posição do eixo da tubulação em relação à linha de centro da faixa;
c) tipo de instalação e método de construção utilizado;
d) acessórios instalados (tubos-camisa, respiros, válvulas de bloqueio, suportes e
ancoragens);
e) tipo de terreno existente;
f) outras informações, conforme relacionadas no item 5.1 quando aplicáveis.

5.3 Todos os desenhos citados nos itens 5.1 e 5.2 devem ser elaborados em formato digital,
abrangendo no mínimo 1000 metros de faixa em escala de 1:1000.

6 CONDICIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES

6.1 Condicionamento das instalações são todas as atividades necessárias para, após o término
dos serviços de construção e montagem do duto, colocá-lo em condições de ser pré-operado
com o produto previsto.

6.1.1 Para oleodutos considera-se o duto condicionado quando estiver completamente cheio
d'água.

6.1.2 Para gasodutos considera-se o duto condicionado quando estiver seco, com o ponto de
orvalho conforme definido no projeto básico e completamente inertizado.

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6.2 As atividades a serem executadas no condicionamento devem ser definidas previamente e


atender no mínimo aos seguintes itens:

a) relação de equipamentos e ferramental a ser utilizado;


b) descrição das atividades a serem executadas;
c) meios de transporte a serem utilizados;
d) previsão de instalação de medidor de vazão nas captações e/ou descartes;
e) análise de adequabilidade dos raspadores e/ou pigs, em função do material
empregado na sua construção e o diâmetro e comprimento do duto;
f) análise do perfil hidráulico da linha, verificando a possibilidade de formação de
bolsões de ar ou líquido e as atividades necessárias para a sua retirada do duto;
g) se for o caso, descrição das atividades necessárias para a secagem do duto;
h) definição do método para o acompanhamento dos "pigs" e/ou raspadores,
inclusive prevendo a sua localização mesmo durante eventual parada do seu
deslocamento;
i) estudo dos métodos de descarte a serem utilizados;
j) controle de pressão de bombeamento;
k) sistemática de comunicação à comunidade;
l) sistema de comunicação a ser utilizado, com suas características e área geográfica
de cobertura;
m) matriz de atribuições do pessoal envolvido;
n) previsão de utilização de dispositivos para lançamento e recebimento de "pigs" de
espuma, se for o caso;
o) testes de funcionamento dos complementos;
p) registro dos resultados.

6.3 Recomenda-se que o condicionamento seja realizado logo após o término do teste
hidrostático, em toda a extensão do duto.

6.3.1 Admite-se condicionamento de trechos parciais, desde que sejam garantidas as


condições previstas nos itens 6.1.1 e 6.1.2.

6.4 Para oleoduto, a água utilizada no condicionamento deve atender ao previsto nos itens
4.17.5 e 4.17.5.1.

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/ANEXO A

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PÁGINA EM BRANCO

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ANEXO A - FIGURAS

Notas: 1) Afastamento máximo entre placas: 40 cm;


2) As placas devem ter comprimento de 50 cm. Essa dimensão, a critério da
fiscalização, pode ser modificada a fim de facilitar o transporte e instalação;
3) Usar armação tipo tela soldada com malha de arame de 10 x 10 cm e diâmetro do
arame de 4,5 mm nas duas direções.

FIGURA A-1 - INSTALAÇÃO DA TELA DE SEGURANÇA (COM FITA)

E DA PLACA DE CONCRETO

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TABELA A-1 - SELEÇÃO DA MALHA DA TELA

Diâmetro Externo da Tipo de Largura da Tela Diâmetro do Fio Largura da Fita Espessura da
Tubulação (mm) Malha (mm) (mm) (mm) Fita (mm)
Até 50 DP-10 100 2,0 50 0,10
De 50 a 300 DP-15 150 2,5 75 0,10
Acima de 300 DP-20 200 2,5 100 0,10

TABELA A-2 - FITA DE POLIETILENO

Métodos
Propriedades Valores Especificados
Mínimo Máximo de Ensaio
Cor Alaranjado-Segurança 1867 Visual
Preto 0010 (inclusive o desenho
Inscrição -
da caveira)
Variação de espessura (%) -0 +20 Micrômetro
Variação de largura (%) 10 Escala
Densidade (g/cm3). 0,915 0,930 DIN-53479
Resistência à tração longitudinal (kgf/cm2). 90 120 DIN-53455
Alongamento na ruptura (%). > 400 - DIN-53455

TABELA A-3 - FIO DE POLIETILENO

Métodos
Propriedades Valores Especificados
Mínimo Máximo de Ensaio
Cor Alaranjado-Segurança 1867 Visual
-0
Variação no diâmetro do fio (%) Paquímetro
+20
Densidade (g/cm3). 0,940 0,965 DIN-53479
Resistência à tração longitudinal (kgf/cm2). 300 350 DIN-53455
Alongamento na ruptura (%). > 800 - DIN-53455

FIGURA A-2 - TELA DE SEGURANÇA COM FITA

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/ANEXO B

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ANEXO B - TABELAS

TABELA B-1 - METODOLOGIAS DE AMOSTRAGEM E PRESERVAÇÃO

DE ÁGUA PARA TESTE HIDROSTÁTICO


(PARÂMETROS QUÍMICOS)

Período Máximo
Volume Mínimo
de Estocagem
Determinação Recipiente de Amostra Preservação
Recomendado/
(mL)
Regulamentado +
Alcalinidade P, V 200 Refrigerar 24h/14d
Analisar imediatamente ou
Carbono Orgânico Total V 100 refrigerar e acrescentar 7d/28d
H2SO4 até pH<2
Cloreto P, V 500 Analisar imediatamente 0,5h/2h
Condutividade P, V 500 Refrigerar 28d/28d
V, boca Acrescentar HNO3 até
Óleos e Graxas 1000 28d/28d
larga pH<2, Refrigerar
Acrescentar HNO3 até
Dureza P, V 100 6 meses/6 meses
pH<2
Para metais dissolvidos,
filtrar imediatamente,
Cálcio e Ferro P(A), V(A) - 6 meses/6 meses
acrescentar HNO3
até pH<2
Analisar assim que for
possível ou acrescentar
Nitrogênio P, V 500 7d/28d
H2SO4 até pH<2,
Refrigerar
Frasco de
Oxigênio Dissolvido 300 Analisar imediatamente 0,5h/1h
DBO
Analisar em poucos dias,
Turbidez P, V - manter em local escuro por 24h/48h
24h
pH P, V - Analisar imediatamente 2h/2h
Sílica P - Refrigerar, não congelar 28d/28d
Sólidos Totais P, V - Refrigerar 7d/7-14d
Sólidos Suspensos P, V - Refrigerar 7d/7-14d
Sulfato P, V - Refrigerar 28d/28d
Refrigerar; adicionar
4 gotas de
Sulfeto P, V 100 imediato/5d
2N (CH3COO)2Zn
pH alcalino

Nota: Para determinações não listadas use recipiente de vidro ou plástico; é preferível refrigerar durante a
estocagem e analisar o mais rápido possível.
Refrigeração-Estocagem a 4°C, no escuro.
P=> plástico (polietileno ou equivalente)
V=> Vidro.
V(A) ou P(A) = lavado com solução de HNO3 1:1.
* Ver o texto para maiores detalhes.
+ Agência de Proteção ao Meio Ambiente. Regras Propostas. Registro Federal 44, Nº 244, 18 de
dezembro de 1979.

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TABELA B-2 - METODOLOGIAS DE AMOSTRAGEM E PRESERVAÇÃO

DE ÁGUA PARA TESTE HIDROSTÁTICO


(PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS)

Volume Mínimo Período Máximo


Determinação Recipiente de Amostra Preservação de Estocagem
(mL) Recomendado
Manter refrigerado (não
Bactérias Redutoras de congelar). O frasco deve
V(C) 1 50 24-48h
Sulfato (BRS) ser completamente
preenchido.
Manter refrigerado (não
Bactérias Anaeróbias
congelar). O frasco deve
Heterotróficas Totais V(C) 1 50 24-48h
ser completamente
(BANHT)
preenchido.
Manter refrigerado (não
Bactérias Facultativas
congelar). O frasco deve
Heterotróficas Totais V(C) 1 50 24-48h
ser completamente
(BFHT)
preenchido.
Bactérias Aeróbias Manter refrigerado (não
V(C) 2 100 24-48h
Totais (BAHT) congelar)
Bactérias Produtoras de Manter refrigerado (não
V(C) 2 50 24-48h
Ácidos (BPA) congelar)
Bactérias Precipitantes Manter refrigerado (não
V(C) 2 50 24-48h
de Ferro (BPF) congelar)

Nota: V(C) 1 = Frasco de vidro tipo antibiótico (cap. 50 mL). Lavado com detergente, enxagüado com água
corrente, seco em estufa a 100°C, lacrado e esterilizado em autoclave por 15 min a
121°C/1 atm.
V(C) 2 = Frasco de vidro (cap. 125 mL), boca larga e esmerilhada. Lavado com detergente, enxagüado
com água corrente, seco em estufa a 100°C e esterilizado em autoclave por 15 min a
121°C/1 atm.

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