CADERNO 7 2 1 Artes Visuais PDF

Reorientação Curricular do 1º ao 9º ano
Currículo em Debate - Goiás
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS - CONVITE À AÇÃO
ARTES VISUAIS
7.2.1
GOIÂNIA - 2010
Governador do Estado de Goiás Presidente do Conselho de Administração: Maria Alice Setubal
Alcides Rodrigues Filho Superintendente: Maria do Carmo Brant de Carvalho
Coordenadora Técnica: Maria Amábile Mansutti
Secretaria de Estado da Educação Gerente de Projetos: Anna Helena Altenfelder
Milca Severino Pereira Coordenadora do Projeto: !"#$%&'"()%&*+%",-
Assessoria Pedagógica: Maria José Reginato
Superintendente de Educação Básica Assessoria da Coordenação: Adriano Vieira
José Luiz Domingues Assessoria por área de conhecimento: Adriano Vieira (Edu-
cação Física), Anna Josephina Ferreira Dorsa (Matemática),
Antônio Aparecido Primo (História), Conceição Aparecida
Núcleo de Desenvolvimento Curricular Cabrini (História), Flávio Augusto Desgranges (Teatro), Isabel
Flávia Osório da Silva Marques (Dança), Lenir Morgado da Silva (Matemática), Lui-
Kássia Miguel za Esmeralda Faustinoni (Língua Inglesa), Margarete Artacho
de Ayra Mendes (Ciências), Maria Terezinha Teles Guerra
Maria do Carmo Ribeiro Abreu
./0(10&"&2"03$456&7%809&!0$3%(9&:;(<;"%$0&.="4>$0-05
Coordenadora do Ensino Fundamental

Apoio Administrativo:
Maria Luíza Batista Bretas Vasconcelos
Solange Jesus da Silva
Gerente Técnico-Pedagógica do 1º ao 9º ano

Parceria
Maria da Luz Santos Ramos
Fundação Itaú Social
Vice-Presidente: Antonio Jacinto Matias
Elaboração do Documento
Diretora: Valéria Veiga Riccomini
Ana Rita da Silva, Edilene Batista Gonçalves de Assis, Edina Na-
Coordenadoras do Programa: Isabel Cristina Santana e Ma-
goshi, Fernanda Moraes de Assis, Gabriel Morais de Queiroz,
ria Carolina Nogueira Dias
Haydée Barbosa Sampaio de Araújo, Kátia Rodrigues de Souza,
Rochane Cezar Torres, Rosane Vera Wendland, Santiago Lemos,
Valeria Maria Barboza, Viviane Bolba Cardoso Revisão:
Felícia Batistta
Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte
Coordenador Pedagógico: Henrique Lima Assis Docentes da UFG, PUC-GO e UEG
Diretora: Luz Marina de Alcântara Adriano de Melo Ferreira (Ciências/UEG), Agostinho Po-
tenciano de Souza (Língua Portuguesa/UFG), Alice Fátima
Martins (Artes Visuais/UFG), Anegleyce Teodoro Rodrigues
Equipe de Apoio Pedagógico
(Educação Física/UFG), Darcy Cordeiro (Ensino Religioso/
Maria Soraia Borges, Wilmar Alves da Silva CONERGO), Denise Álvares Campos (CEPAE/UFG), Elia-
ne Carolina de Oliveira (Língua Inglesa/UEG), Eduardo
Equipe Técnica das Subsecretarias Regionais de Educação do Gusmão de Quadros (Ensino Religioso/PUC-GO), Eguimar
Estado de Goiás ?"8@)%4&*+0A"%$4&.="4>$0-0BC?=56&:49D&E;%F&*%$<;"%$0&?08-
cão (Educação Física/UFG), Lucielena Mendonça de Lima
Anápolis, Aparecida de Goiânia, Campos Belos, Catalão, (Letras/UFG), Maria Bethânia S. Santos (Matemática/UFG),
Ceres, Formosa, Goianésia, Goiás, Goiatuba, Inhumas, Ipo- !%$%0G&HI0$")%J0&K;"(4&.="4>$0-0BC?=56&L4D&?$"%$"&70(-
rá, Itaberaí, Itapaci, Itapuranga, Itumbiara, Jataí, Jussara, Lu-
des (História/UFG)
ziânia, Metropolitana, Minaçu, Mineiros, Morrinhos, Palmei-
ras de Goiás, Piracanjuba, Piranhas, Pires do Rio, Planaltina
de Goiás, Porangatu, Posse, Quirinópolis, Rio Verde, Rubia- Digitação e Formatação de Texto
taba, Santa Helena de Goiás, São Luís de Montes Belos, São Núcleo de Desenvolvimento Curricular
Miguel do Araguaia, Silvânia, Trindade, Uruaçu
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Equipes escolares
Ana Paula Toniazzo Antonini
Diretores, secretários, coordenadores pedagógicos, professores,
auxiliares administrativos, estudantes, pais e comunidade
Assessoria (6º ao 9º ano)

Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação
Comunitária (CENPEC)
4 Currículo em Debate - Goiás

SUMÁRIO
Apresentação ............................................................................................ 7
2'134&3"+'$35%6*47'38+'*6&%"9"%&+,-#')%8#."/01+')+'$35%6&3)%'::::::::::::::::::';;
Letramento em todas as áreas .................................................................... 14
Cultura Local ............................................................................................. 16
Um percurso de parceria ........................................................................... 18
Prática Docente em Arte Como Prática Intelectual:
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APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 27
Aula 1 ................................................................................................................. 31
Aula 2 ................................................................................................................. 37
Aula 3 ................................................................................................................. 41
Aula 4 ................................................................................................................. 45
Aula 5 ................................................................................................................. 47
Aula 6 ................................................................................................................. 48
Aula 7 ................................................................................................................. 50
Aula 8 ................................................................................................................. 51
Aula 09 ............................................................................................................... 53
Aula 10 ............................................................................................................... 53
Aula 11 ............................................................................................................... 55
Aula 12 ............................................................................................................... 56
Aula 13 ............................................................................................................... 58
Aula 14 ............................................................................................................... 59
Aula 15 ............................................................................................................... 60
ANEXOS ............................................................................................................. 63
SEQUÊNCIA DIDÁTICA 9º ANO - GRAFFITI/GRAFITE PROTESTO E ARTE ....... 73

APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 75
1ª Aula ................................................................................................................ 78
2ª Aula ................................................................................................................ 80
3ª Aula ................................................................................................................ 80
Artes Visuais 5
4ª Aula ................................................................................................................ 81
5ª Aula ................................................................................................................ 82
6ª Aula ................................................................................................................ 82
7ª Aula ................................................................................................................ 83
8ª Aula ................................................................................................................ 83
9ª Aula ................................................................................................................ 85
10ª Aula .............................................................................................................. 86
11ª Aula .............................................................................................................. 87
12ª Aula .............................................................................................................. 88
13ª Aula .............................................................................................................. 88
14ª Aula .............................................................................................................. 89
15ª Aula .............................................................................................................. 90
ANEXOS ............................................................................................................. 93

APRESENTAÇÃO
Com a publicação do Caderno 7, a Secretaria de Estado da Educação dá continuidade
à apresentação das Sequências Didáticas que reorientam os currículos do Ensino Funda-
mental nas escolas públicas estaduais. Neste documento, que integra a série Currículo em
Debate, os professores de 8º e 9º ano encontrarão importantes estratégias para o planeja-
mento e a execução do trabalho em sala de aula.
Estas Sequências Didáticas são resultado da contribuição de professores a partir de
suas práticas pedagógicas na rede estadual e de equipes de colaboradores de diferentes
áreas do conhecimento. É mais uma iniciativa da Secretaria da Educação no sentido de
fortalecer o processo de ensino e aprendizagem na escola pública.
A reorientação curricular implementada pela Secretaria da Educação abre caminhos
para uma nova educação. Uma educação que torna o estudante protagonista do seu
aprendizado. Nesse contexto, o diálogo entre professor e aluno ganha uma nova dimen-
são e torna-se fundamental para o aprimoramento da prática pedagógica.
Entregamos a todos os professores este rico acervo e esperamos que ele se torne, efeti-
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para a consolidação de uma educação de qualidade.
Milca Severino Pereira

Secretária de Estado da Educação de Goiás
Artes Visuais 7
Caros professores e professoras,
Ao publicar as Sequências Didáticas, estamos socializando com a comunidade escolar

goiana a convicção de todos que participaram efetivamente do processo de construção
deste Caderno, de que precisamos consolidar, na prática, o trabalho com as Matrizes
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lhar com o desenvolvimento da aquisição de habilidades pressupondo um efetivo conhe-
cimento; portanto, a apropriação da aprendizagem esperada por todos nós.
A equipe do Núcleo de Desenvolvimento Curricular tem, incansavelmente, se dedica-
do à pesquisa, ao estudo sistemático em busca de soluções pedagógicas para a melhoria
do ensino público estadual. Foi graças à parceria da equipe pedagógica das Subsecretarias
e, também, aos professores da rede estadual, que elaboramos mais um Caderno, da série
Currículo em Debate, com Sequências Didáticas problematizadoras e ricas em novos de-
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Este Caderno 7 representa o resultado de inúmeras reuniões da equipe do Núcleo de
Desenvolvimento Curricular com professores de 8º e 9º ano do Ensino Fundamental, sub-
secretários, coordenadores e subcoordenadores das regionais. Ressaltamos que estas valio-
sas Sequências Didáticas foram encaminhadas ao Núcleo de Desenvolvimento Curricular
por professores que atuam no exercício da sala de aula e outras foram ofertadas, em forma
de construção e reconstrução, por equipes de diferentes áreas do conhecimento, com o
desejo de que se constituam em legítimas contribuições da Reorientação Curricular.
É com satisfação que, mais uma vez, disponibilizamos um material de comprovada
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60%,+"#E
Superintendência de Educação Básica

Equipe do Núcleo de Desenvolvimento Curricular
Artes Visuais 9
A CULTURA JUVENIL: UMA INTERPRETAÇÃO DEMOGRÁFICA
DA JUVENTUDE
Prof. Dr. Eguimar Felício Chaveiro1

Profª Drª Miriam Aparecida Bueno2
Quem se ocupa em interpretar a escola, os fenômenos ligados à educação ou qual-

quer outra prática que coloca em cena o processo de ensino-aprendizagem, precisa tomar
consciência de que há um elemento comum, essencial e norteador: o sujeito humano, seus
impasses, seus problemas, suas potencialidades, suas dores, seus sonhos e, especialmente, a
sua incompletude. E pode haver – ou deverá haver – o que cantou Caetano Veloso: “gente
tem que brilhar”.
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fessores, é: “quem é o aluno hoje?”
Essa questão se desdobra em outras:
“Que sujeito é esse?”
“Quais são as suas dores, as suas feridas, as suas linhas de fuga?”
Segundo Arroyo (2004), os professores têm hoje, uma “imagem quebrada” dos alunos.
Não raro imaginam que irão para a escola, e para as salas de aulas, e encontrarão um tipo
de aluno. Mas comumente encontram outro. O aluno que desejava encontrar, construído
a partir de sua imagem de jovem, é quebrada pela realidade.
A maioria dos professores gostaria de encontrar um aluno obediente, disciplinado,
interessado, atento. Mas encontra um aluno prosaico, trânsfuga, “indecente”, irônico,
às vezes triste, geralmente eufórico. Aí, em situação de desespero, passa a defender uma
posição, a mais tradicional possível. Muitos se colocam atávicos, desejando a volta da pal-
matória. Outros proclamam ladainhas reclamatórias. Entram na desilusão pedagógica.
O professor, ao perguntar quem são estes sujeitos-alunos que vão à escola, pode des-
cobrir que se trata de produtos de intensas trajetórias sociais. São testemunhos viscerais
da sociedade mundial e brasileira e, por isso, participam ativamente de situações com-
plexas, como o desemprego, a crise econômica mundial, a ideologia sexista, a formação
do desejo pela mídia, das redes sociais que refazem o seu cotidiano, o seu mundo mental
e a sua percepção.
Pode descobrir também que essa trajetória é atravessada por um novo regime da vida
familiar, pela intensa mobilidade de símbolos, pelo desenraizamento de tradições, de va-
lores e gostos. São agentes do nomadismo contemporâneo, da aceleração do tempo, dos
espaços claustrofóbicos.
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Artes Visuais 11
O jovem, hoje, está inserido no mundo narcísico da moda, no mundo perigoso da
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da auto-ajuda; no mundo precoce da gravidez na adolescência, no hábito de ingestão de
bebidas alcoólicas, ainda tão precoce; no mundo da mudança da estrutura do trabalho.
Não é difícil descobrir que o jovem é um ser fragmentado. A juventude é heterogênea,
dispersa, contraditória.
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sempre existiu. Mas a juventude, como um coletivo identitário, é recente. E como grupo
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contemporânea a partir da luta contra a Guerra do Vietnã; da inserção nos movimentos
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Na década de 1980 emergiu uma juventude que tem fascínio pela tecnologia, pelo
consumo, pela Coca-Cola. Daí, algumas vertentes tratarem de fazer uma análise compa-
rativa: de uma juventude revolucionária da década de 1980 para uma juventude alienada
após a década de 1980.
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ticos? Se pensarmos bem, a maioria dos jovens, no Brasil, nessa época, estava no campo,
compunha as altas cifras do analfabetismo. Por isso, havia desigualdades nessa juventude.
Assim como permanecem hoje. É por isso que a juventude deve ser analisada conforme
o contexto social do qual participa.
O mundo de hoje apresenta uma taxa menor de analfabetismo; os jovens já não se ca-
sam tão cedo; as mulheres alongam o tempo da fertilidade, mas diminuem a fecundidade
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e o sentido de sua ação para compor a sedução ou para desenvolver a sexualidade.
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meira experiência sexual se dá por volta de 13 anos, conforme pesquisas. Estamos na
sociedade da pressa, que joga a criança para o mundo adulto precocemente.
Na sociedade da competição, da imagem, o jovem é valorizado como signo de propaganda.
E isso constitui uma cultura permeada por uma ideologia. Ninguém quer envelhecer. Ninguém
pode envelhecer. A cultura juvenil diz respeito à sedução, beleza, vitalidade, força sexual.
Desta forma, também, há a infantilização do adulto. Para saber quem é o jovem hoje, pre-
cisamos pensar na sua inserção social. Precisa-se, metodologicamente, fazer duas perguntas:
“Qual é a sociedade com a qual ele se depara?”
“Qual é o seu jogo e a sua astúcia diante dessa sociedade?”
Em síntese: para compreender o aluno atual faz-se necessário entender a cultura juve-
nil que, por sua vez, requer a interpretação de sua inserção na sociedade atual.
A inserção se dá numa sociedade de referências morais frágeis, fragmentadas, sem coesão.
De um lado, tudo se torna espetacularizado: a missa do Pe. Marcelo; o gesto porno-
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preconceitos conformam outra gestão existencial do tempo do jovem atual.
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nas midiáticas produzem outros meios que competem com os dos pais, efetivam semioti-
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Os jovens, chamados para consumir coisas e símbolos, desenvolvem táticas como as
dos adultos, privatizando as soluções, organizando-se em tribos ou gangues. Como o su-
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exemplo, tornam-se paliativos para resolver a sua angústia, embora por pouco tempo.
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J/.23$(:)$($4"(>(3)9$+,-/"4'("4/$%"1"'(1$50-;"1"'(3$#(9+09H3/&0'("#0+"4'(/%1/3-/94/%"-
da, desinteressada, sem capacidade de realizar projetos coletivos. Mas ao vê-la por outros
aspectos pode-se compreender que a juventude atual lida com os problemas de um jeito
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pla. Por isso, o trabalho em grupo é difícil, embora sua potência seja criativa. A ação da
juventude é qual o mundo é.
Em recente pesquisa, constatamos que o jovem ama a escola, mas não gosta das aulas.
Apropria-se dela, conforme pesquisa do MEC, como o lugar onde encontra os amigos,
namora, estabelece comunicação com seus pares. Daí podermos dizer que a escola é
apropriada pela cultura juvenil; coloca os trabalhos da reorientação curricular com o
dever de conhecer quem é o sujeito com o qual trabalhamos; e discutir nossas represen-
tações sobre ele.
Não há como efetivar “uma grande virada na escola” pensando a atual juventude a
partir da nossa juventude.
É preciso dar voz à juventude, respeitar sua cultura e, a partir daí, trabalhar os concei-
tos e valores que permeiam o seu mundo.
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polis – RJ: Ed. Vozes, 2004.
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nFf]NOf'(k$"%2M/$++$7(F(#)%1/"4/."UG0(1"(-)4&)+"7(p")+)2PMl(O1)3-'(TZZr
SOUZA, Regina Magalhães de. Escola e Juventude: o aprender a aprender. São Paulo:
OJR6QM")4)3'(TZZr7
CFsORCN'( ]0+#"7P)5W$&/!/1"1$3( $( qV%-)403( P0-/"/3l( 6"*>( S/403H,-07( \+<7( 8"&/"3( 1$(
P0)."'(N4."7(t9D<3(T[T("(Turv7(]"&"42f]'(TZZo7
Artes Visuais 13
LETRAMENTO EM TODAS ÁREAS
Agostinho Potenciano de Souza3
Não é para a escola, mas para vida que aprendemos (Sêneca)
J$31$(0(3>-)40(wNNN'(%H3(:)$(*"4"#03(90+&)<)B3(-;"#"#03(1$ letrado aquele que acu-

mulou muita leitura, tornou-se instruído no vasto campo do conhecimento ou, então, na
literatura. O letrado é reconhecido pelo acúmulo de leituras e informações que possui.
M0+>#'( %"3( 1)"3( =4&/#"3( 1>-"1"3'( )#( %0!0( -0%-$/&0( !$#( 1$3&+0%"%10( "( :)"4/,-"UG0'(
muitas vezes zombeteira, do letrado tido como sábio, que pouca aplicação prática faz do
seu conhecimento. O sentido recente tem até uma direção oposta, pois a relação com a
escrita não é compreendida como a de erudição. O novo letrado é aquele que sabe fazer
uso prático dos diferentes tipos de material escrito.
No espaço escolar que esse conceito vem fazendo o movimento de ondas renovadoras.
O letramento passou a ser um convite a olhar de modo diferente as atividades pedagógicas
de todas as disciplinas. Movido por essa onda, o pêndulo dos professores está se afastando
do ponto da repetição das palavras do que é lido no livro didático ou ouvido nas aulas
expositivas, como modo de reconhecer que o aluno aprendeu, e procura o outro ponto
que é o da manifestação criadora do conhecimento. Parece estranho para as gerações que
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como motivação e não como lamúria.
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concepção que, entre nós, ainda está nos passos iniciais. Os antropólogos observaram que
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conhecimento, que circulava apenas pela orality (oralidade). Essa forma diferente da lin-
guagem, a literacy (letramento, entre nós; literacia, em Portugal), propiciava novas práticas
individuais e coletivas de adquirir e transmitir o saber, veiculando novos valores sociais.
N330(9+01)./"()#"(3/&)"UG0(%0!"'("(-)4&)+"(1"($3-+/&"7
Outro uso do termo está ligado a instituições internacionais (a UNESCO é a principal)
que procuram indicadores avaliativos do nível de letramento das nações atuais, ou seja,
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crita na vida cotidiana, em casa, no trabalho, na comunidade, visando alcançar objetivos
pessoais e ampliar seus conhecimentos e suas capacidades” (OCDE – Organização para
a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico. Letramento e sociedade do saber. 1997).
O letramento torna-se mais exigente quando, voltado aos usos sociais da escrita, não
só atende às práticas de ler e escrever, mas também se ocupa do aprender a questionar os
materiais escritos. Além das práticas relacionadas à escrita, preocupa-se com a qualidade
e a crítica.
As diversas disciplinas têm, em consequência desse ponto vista sobre o saber, uma vasta
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dem é manifestado pela repetição nas avaliações. Quantas horas de aula e de estudo para
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Vejamos um fato ilustrativo: um professor, ao iniciar o conteúdo “sistema digestivo”,
chamou três alunos à frente, deu a cada um deles um chocolate e pediu que dissessem o
que acontecia a cada passo, desde a mastigação. Do que foi ouvido, várias perguntas sur-
giram na cabeça dos aprendizes. Em outro momento, foi lido o capítulo do livro didático
e, em grupos, feitas algumas novas perguntas, por escrito. Mais aulas, com quadros ilus-
&+"&/!03'(4$/&)+"3'(-0%!$+3"3($#(<+)90'(9$+<)%&"3($(+$3903&"37(]0(,%"4'(-"1"("4)%0(1$!$+/"(
produzir um texto explicando ao irmão mais novo como se realiza o processo digestivo. O
letramento, nesse caso, incluiu atitude de pesquisa, leitura, conversas orientadas, escrita
dirigida a um interlocutor real.
Muitos docentes já ensinam com atitude de letramento. Faz algumas décadas que nos-
sa educação se volta para a relação entre a leitura da palavra e a leitura do mundo, uma
expressão de Paulo Freire que repercutiu muito bem porque os interlocutores estavam
-"%3"103(103(-0%&$=103(1/3&"%-/"103(1"(!/1"(9+D&/-"7(C01"3("3(1/3-/94/%"3($3&G0(+$!$%10(
suas práticas, buscando ligações do seu campo de saber com a vida cotidiana e suas ne-
cessidades de conhecimento.
O jeito de fazer um ensino de bom letramento não está disponível a pronta entrega.
Cada um de nós está convidado a fazer suas hipóteses pedagógicas, os cortes de certos
conteúdos, o acréscimo de outros. É um projeto coletivo, feito pelos professores da área,
conversando muito, aprendendo junto. Que conhecimentos são interessantes para o letra-
#$%&0($#(K$0<+","x(O#(L/3&H+/"x(O#(F+&$3x(O#(O1)-"UG0(SV3/-"x(O#(M0+&)<)B3x(O#(
Física? Em Química? Em Matemática? Em Biologia?
A cultura da escrita no meio escolar está procurando um outro viés, diferente e dis-
tanciado daquele da erudição. O que está escrito serve para a informação, as conversas
1/+$-/0%"1"3'(%0!03(&$@&03($3-+/&037(j$+'(*"4"+(305+$(0(:)$(*0/(4/10'($3-+$!$+(305+$(0(:)$(*0/(
lido e falado, são atividades que trazem essa nova onda para embelezar e atrair alunos e
professores para as praias do conhecimento das diversas áreas.
O pêndulo se move, pois somos criadores de situações didáticas semelhantes às situa-
ções que ocorrem nas atividades da vida social. Com essas práticas, com essa cultura vol-
tada para o novo letrado, estamos contribuindo para formar o cidadão preparado para o
&+"5"4;0'(9"+"("3(+$4"Ue$3(30-/"/3'(9"+"("(+$y$@G07(R#(b%<)40(+$&0'()#("-$%&0'()#(#"9"'(
)#(<+D,-0'()#(D-/10'()#($@$+-V-/0(1$("40%<"#$%&0'()#"(1"&"'()#"(9/%&)+"'()#($3&X#"-
<0'(1$/@"#(1$(3$+(05W$&03(10(9"9$4(0)(10(:)"1+0(1$(</.tEv($(&0+%"#23$(-0%;$-/#$%&03(9"+"(
a vida. Vale a pena, se a alma não é pequena.
Artes Visuais 15
CULTURA LOCAL
Noé Freire Sandes4
Cultura local é um dos conceitos que compõem o eixo do processo de reorientação

curricular em curso em Goiás. É certo que essa escolha expressa os anseios dos professo-
+$3(1$(L/3&H+/"(1"(+$1$(9=54/-"(10(O3&"10(1$(K0/D3l(9$%3"+("(;/3&H+/"("(9"+&/+(1"3(!/!B%-
cias e experiências do lugar. Essa percepção já se apresenta como proposta na década de
1990, com os Parâmetros Curriculares Nacionais. Cabe ressaltar a centralidade da noção
de identidade como chave do processo formativo defendido pelos parâmetros. O debate
sobre identidade estava claramente associado à idéia de diversidade, portanto, formulava-
23$()#"(-+V&/-"("(-$+&"(&+"1/UG0(;/3&H+/-"(:)$(3$<)/"'($#(3$)(9+0-$330(+$y$@/!0'()#(&$#90(
ordenado pelo Estado-Nação.
Romper com a historicidade tradicional, portanto, exigia a valorização da cultura lo-
cal. Nessa proposição se percebe claramente a presença do olhar antropológico como
guia da diversidade. Certamente, o diálogo entre historiadores e antropólogos tornou-se
#"/3(9+0*V-)0(-0#0(0(4"+<0(1$3$%!04!/#$%&0(1"(-;"#"1"(L/3&H+/"(6)4&)+"47(]"(!$+1"1$'(
abriga-se nesse campo uma imensa diversidade de trabalhos e metodologias que apontam
para a profícua relação entre os dois campos de conhecimento.
Nesse processo, o debate sobre história local ganha destaque. Finalmente, o que vem a
ser cultura ou história local? E por que não regional ou nacional? Ao que parece o debate
sobre nação e região permaneceu preso a tradição conservadora, pois tais escalas demar-
cavam um espaço homogêneo, alheio ao compromisso do historiador com a noção de di-
!$+3/1"1$7(]0($%&"%&0'(03($3&)103(-)4&)+"/3(+$1$,%/+"#(0(-"#90'("3(/1$%&/1"1$3(%"-/0%"/3(
se transformavam em objeto de investigação do historiador interessado na constituição e
na difusão desse imaginário nacional, ordenado por instituições culturais, entre as quais
a escola.
No processo de reorientação curricular em Goiás, a cultura local está associada ao
debate sobre a nação, com o claro intuito de discutir a formação de uma comunidade
%"-/0%"4($(+$</0%"47(F9+$3$%&"23$(&"#5>#(0(1$3",0(1$(+$y$&/+(305+$(!/!B%-/"3($($@9$+/-
ências locais e para tanto o debate sobre a relação entre a memória e a história se trans-
*0+#0)($#(/#90+&"%&$($3&+"&></"(9"+"(-0#9+$$%3G0(10(&$#90(;/3&H+/-07(N%&$+$33"!"("0(
grupo pensar a experiência local e sua relação com o social, pois a história é uma só. As
diferenças espaciais decorrem do uso de escalas diversas voltadas para compreensão da
"UG0(10(;0#$#(%0(&$#907(O%&+$&"%&0'(%$#(3$#9+$(-0%&"#03(-0#(9$3:)/3"3($(+$y$@e$3(
capazes de responder ao desejo legítimo do cidadão em recompor as experiências vividas
em sua região. Em Goiás, é perceptível a carência de pesquisas que respondam a essa
4"-)%"(10(-0%;$-/#$%&0(;/3&H+/-07(f$&0+%"#03("0(90%&0(1$(9"+&/1"(1$33"(+$y$@G0l("(+$-
gião se representa como comunidade-imaginada. A cultura goiana, sempre associada aos
elementos rurais de nossa cultura – em especial a culinária, as festas e a música sertaneja
i(3$("9+$3$%&"(-0#0(-"#90(1$(+$y$@G0(9"+"(0(;/3&0+/"10+7(O33$3(&+"U03(3G0(-0#90%$%&$3(
o(2(J0)&0+($#(L/3&H+/"($(M+0*$330+(1"(RSK

de uma cultura tanto urbana quanto rural, presente na capital e nos diversos municípios
do Estado.
O campo de estudos sobre Goiás e sua história foi constituído por estudiosos locais
1$31$(0(3>-)40(wNw'($($%-0%&+"(%"3()%/!$+3/1"1$3(<0/"%"3'(%03(#)3$)3($(%03(/%3&/&)&03(1$(
pesquisa um amplo acervo de dados e estudos sobre a região. Entretanto, há uma carên-
cia de materiais didáticos que permitam a difusão desses estudos para a rede escolar. O
1$3",0("(3$+($%*+$%&"10(-0%3/3&$($#($%-0%&+"+("3(-0%$@e$3($%&+$("3(!D+/"3($3-"4"3($($39"-
cialidades para que a cultura e a história local representem uma abertura para o diverso,
permitindo, assim, que as identidades constituídas em Goiás, e suas diferenças, sejam
representadas sempre no plural.
Referências
ANDERSEN, Benedict. Nação e consciência nacional. São Paulo: Ática, 1989
p\PN'(`-4$"7(Memória e Sociedade. São Paulo: Edusp, 1987.
p\RfJNOR'(M/$++$7 O Poder Simbólico7(j/350"l(J/*$4'(IY_Y
pRfsO'(M$&$+7(A escrita da História. São Paulo: Unesp, 1992.
DOSSE, François. A história à prova do tempo. Da história em migalhas ao resgate do sentido.
São Paulo: UNESP, 2001.
LFjpnF6LP'(8")+/-$7(A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.
LFjj'(P&)"+&7(A identidade cultural na pós-modernidade7(f/0(1$(k"%$/+0l(JMmF'(TZZ[7
Artes Visuais 17
UM PERCURSO DE PARCERIA
Equipe Cenpec5
“Aprender com outros educadores as artes do mesmo ofício.”

Miguel G. Arroyo
Se olharmos para trás, vemos um longo caminho de parceria e construção coletiva per-
-0++/107(N%/-/"#03'("(1/3-)33G0(10(-)++V-)40(10([z("0(Yz("%0'(%0(,%"4(1$(((TZZo'(1$5"&$%10(
0(3/<%/,-"10(1$()#"(+$0+/$%&"UG0(-)++/-)4"+(:)$(-0%&+/5)V33$(9"+"("(<"+"%&/"(10(1/+$/&0(
à educação dos adolescentes e jovens goianos. O direito a uma educação de qualidade
foi entendido aqui como acesso, permanência e terminalidade com sucesso, portanto, o
grande pilar de sustentação dos trabalhos.
As equipes pedagógicas das 38 subsecretarias do estado (cerca de 400 educadores)
$%-0%&+"!"#23$'(+$<)4"+#$%&$'(9"+"(+$y$&/+'(W)%&0(-0#("($:)/9$(&>-%/-029$1"<H</-"(1"(
Superintendência do Ensino Fundamental, docentes das Universidades Federal, Estadual
e Católica e equipe do Cenpec, as bases teóricas da proposta, em diálogo com a realidade
educacional da rede de ensino estadual de Goiás.
O movimento que acontecia na formação centralizada repetia-se nas diferentes regiões
do estado, com diferentes níveis de participação, dependendo da possibilidade de mobili-
zação de cada subsecretaria.
M"+&/#03'($%&G0'(1$()#("#940(1/"<%H3&/-0(1"(+$1$($(*0#03(+$y$&/%10(305+$($33"(+$"-
4/1"1$'(&$0+/."%10(305+$($4"7(\3(9+01)&03(1$33$(#0#$%&0'(:)$(-;"#"#03(1$(cf$y$@e$3(
para a Reorientação Curricular” foram muito importantes e alguns deles nos forneceram
alicerces para a construção da proposta curricular do Estado. Podemos citar alguns:
{("(1$,%/UG0(103($/@03("+&/-)4"10+$3(10(-)++V-)40(i(4$/&)+"($(9+01)UG0(1$(&$@&0'(9+D&/-
cas juvenis e práticas culturais locais, que contribuíram para tornar mais orgânico e
#$%03(*+"<#$%&"10(0(-)++V-)40(((10([z("0(Yz("%0^(
{(a construção coletiva de textos de concepção das áreas que estabeleceram consenso em
relação aos objetivos, objetos de estudo e métodos de ensino para cada uma delas.
O%-$++"#03($33$(9+/#$/+0(#0#$%&0'($#(TZZ['(-0#("($%&+$<"(?(+$1$(103(-"1$+-
nos Currículo em Debate (1 a 4 ) e com uma assembleia, na cidade de Pirenópolis, que
indicava, então, à futura administração do estado, a necessidade de continuar as
1/3-)33e$3(305+$(0(-)++V-)40(1$([z("0(Yz("%0($(0(1$3$W0(:)$(-0#$U"!"("(3$+($@9+$330(
A(2(F1+/"%0(q/$/+"'(8"+/"(k03>(f$</%"&0($(8$|+/(q$%-/(6;/$*,l(F33$330+$3(10(6$%&+0(1$(O3&)103($(M$3:)/3"3($#(O1)-"UG0'(6)4&)+"($(
Ação Comunitária - Cenpec

como na fala de uma professora: “ Agora, o que precisamos é de diretrizes comuns
que nos indiquem claramente os conteúdos que devemos desenvolver em cada ano
de escolaridade e em cada disciplina”.
Construir uma matriz curricular para toda a rede estadual também era a demanda da
nova administração, que continuou apostando na participação, mas agora em outra mão:
a equipe da Superintendência indo às subsecretarias.
Que movimento seria necessário para a construção de uma matriz curricular destina-
da à toda a rede, que levasse em conta os objetivos e eixos da Reorientação Curricular e
-0%&$#94"33$("3(-0%-$9Ue$3(1$(-"1"(D+$"(10(-0%;$-/#$%&0'(WD(1$,%/103'(-0%W)%&"#$%&$'(
nos cadernos Currículo em Debate?
Num primeiro momento foi realizada uma investigação, com os professores, dos con-
teúdos e das práticas pedagógicas mais presentes nas salas de aula do estado para, a partir
daí, desencadear ampla discussão sobre eles, elaborar as matrizes por ano e por área do
conhecimento e colocá-las para a validação da rede.
Estudos, reuniões, propostas, idas e vindas, consensos, disputas, certezas, incertezas e
#)/&0(&+"5"4;0(#"+-"+"#($33"(1/3-)33G0($'(%0(,%"4(1$(TZZ_'(0(6"1$+%0(A(1"(f$0+/$%-
tação Curricular – Matrizes Curriculares- foi publicado, constituindo um importante
parâmetro para os educadores de Goiás.
Nesse caderno estão indicados conteúdos e expectativas de aprendizagens que gostaríamos
de que nossa juventude se apropriasse para inserir-se nesse complexo mundo em que vivemos.
O que ensinar estava portanto acordado, mas era necessário responder outras ques-
tões: Como ensinar novos conteúdos, tradicionalmente ausentes das grades curriculares?
Como estudar velhos e valiosos conteúdos, dando-lhes sentido? Como ensinar de forma
que a marcha do ensino acompanhe a marcha da aprendizagem?
Foi para tentar dar respostas a estas questões que pensamos em elaborar, de forma tam-
bém conjunta com a rede, somando saberes, propostas exemplares de desenvolvimento
de determinados conteúdos, sugeridos pelos próprios professores, dada sua complexidade
ou sua originalidade . Optamos por organizar esses conteúdos em sequências didáticas
Assim foram publicados trezes cadernos Currículo em Debate(%z([2(Sequências Didáticas(9"+"(03([z(
e 7º anos e treze cadernos Currículo em Debate nº 7- Sequências Didáticas para o 8º e 9º anos, os quais,
praticamente fecham mais um ciclo do movimento de Reorientação Curricular.
A expectativa é de que essas sequências didáticas sejam estudadas, discutidas, experi-
mentadas na fala e no gesto de cada professor e no olhar curioso de cada aluno.
A expectativa é também de que os professores, em momentos individuais e coletivos, se
/%39/+$#($(-+/$#(%0!"3(P$:)B%-/"3(J/1D&/-"3'(94"%$W"1"3(-0#(-"+/%;0($(+$y$@G0'(4$!"%-
do em conta o que sua área de conhecimento preza e o que seus alunos necessitam para
avançar no processo de aprendizagem.
Além dessas expectativas, temos também um desejo: o de que as idéias e conteúdos,
presentes nos materiais produzidos participativamente, sejam objeto de estudo nas univer-
sidades e que nossos futuros professores os analisem e, também, ajudem a transformá-los,
tornando sempre viva a discussão curricular no estado de Goiás.
Artes Visuais 19
Melhorar a qualidade da escola pública brasileira é de responsabilidade de cada um e
1$(&0103(%H37(O%!04!$(!D+/"3($(/#90+&"%&$3(#)1"%U"3(-0#0("3(+$*$+$%&$3("0(,%"%-/"#$%-
&0(1"($1)-"UG0'(?()+<$%&$(!"40+/."UG0(1"(9+0,33G0(10-$%&$($(*0+#"UG0(1$($1)-"10+$3'(?((
grande mobilização para uma gestão educacional democrática e participativa, a serviço
da garantia do direito à educação para todos os brasileiros. E envolve também uma séria
discussão curricular.

PRÁTICA DOCENTE EM ARTE COMO PRÁTICA INTELECTUAL:
POLÍTICA, PESQUISA, REFLEXÃO, PENSAMENTO, DESEJO.
Henrique Lima Assis1
Em continuidade ao Programa de Reorientação Curricular iniciado em 2004, esta

publicação apresenta o resultado de mais um momento de diálogo com professores e pro-
fessoras de arte representantes das diferentes regiões do Estado. Este caderno de número
7, da série “Currículo em Debate”, integra as sequências didáticas2 dos 8º e 9º anos do
ensino fundamental, o qual é destinado aos docentes que ensinam arte na rede estadual
de educação de Goiás.
As sequências didáticas constituem-se em mais um momento de discussão e constru-
ção curricular nas escolas. Fundamentados, principalmente, em Moreira (2001), Sacristãn
tIYYAv( $( P/4!"( tIYYYv'( 60#9+$$%1$#03( 0( -)++V-)40( -0#0( )#"( 3$4$UG0( 1$( -)4&)+"'( :)$(
enfatiza certos elementos, em um universo mais amplo de possibilidades, em detrimento
1$(0)&+037(60#9+$$%1$#03'(&"#5>#'(0(-)++V-)40(-0#0(-"#90(1$(3/<%/,-"UG0'(&$++/&H+/0'(
10-)#$%&0'(+$1$(1$(+$4"Ue$3'(901$+'(&+"W$&H+/"'(")&05/0<+","'(:)$'(90+(#$/0(1"3(1/39)&"3'(
tanto individuais quanto coletivas, contribui para a produção de identidades culturais.
Porquanto não há neutralidade em nenhuma seleção, não podemos olhar com ino-
cência ou romantismo para as seleções que os currículos operam, pois ao enfatizar ou
omitir temas, conteúdos, habilidades, saberes, estas seleções anunciam posições políticas
e ideológicas que atuam a favor de interesses de determinados grupos. Nesta direção,
Freire (1987) nos dizia que ensinamos sempre a favor de alguém e contra alguém, ou seja,
as ênfases e omissões curriculares constituem-se no resultado das disputas culturais, dos
$#5"&$3'(103(-0%y/&03($#(&0+%0(103(3"5$+$3'(;"5/4/1"1$3'(!"40+$3(:)$()#(<+)90(-0%3/1$+"(
plausíveis de serem ensinados e aprendidos por outros. Neste contexto, “ao acolherem
certas vozes e ao silenciarem outras, intenta-se produzir determinadas identidades raciais,
3$@)"/3'(%"-/0%"/3'(-0%,+#"%1023$(0)(%G0(+$4"Ue$3(1$(901$+(;$<$#X%/-"3d(t6F]O](m(
8\fONfF'(TZZI'(97(Zuv7(O%&G0'($%3/%$#03("(*"!0+(1$(&0103(03(%03303($3&)1"%&$3E
Compreendemos, também, a educação em arte como uma seleção da cultura, e assim,
procuramos desenvolver ações educativas que extrapolam as aprendizagens para além do
universo eurocêntrico e monocultural. Sabemos que coexistem múltiplas lógicas de rela-
cionar, ver, criar, imaginar, simbolizar, investigar, representar por meio das imagens, sons
e movimentos. Neste sentido, apoiados em Silva (1999), pensamos e desejamos um currí-
culo de arte que seja capaz de questionar os saberes consensuais, assegurados, conhecidos
e assentados e que promova estratégias que favoreçam ou estimulem, em relação às iden-
I(2((8$3&+$($#(6)4&)+"(q/3)"4(SFqQRSK'(j/-$%-/"10($#(F+&$3(q/3)"/3(SFqQRSK'(600+1$%"'(%0(6$%&+0(1$(O3&)10($(M$3:)/3"(6/-
+"%1"(1"(F+&$'("($:)/9$(1$(F+&$(10(]=-4$0(1$(J$3$%!04!/#$%&0(6)++/-)4"+'(1"(P)9$+/%&$%1B%-/"(1$(O1)-"UG0(pD3/-"(Q(P$-+$&"+/"(1$(
Estado da Educação.
T(2((F(3$:)B%-/"(1/1D&/-"(9"+"(6;/$*,($&("4(tTZZY'(97(Irv(c>()#"(3/&)"UG0(1$($%3/%0($("9+$%1/."<$#(94"%$W"1"'(0+<"%/."1"(9"330("(
9"330($(0+/$%&"1"(9$40((05W$&/!0(1$(9+0#0!$+()#"("9+$%1/."<$#(1$,%/1"7(PG0("&/!/1"1$3(3$:)$%-/"1"3('(-0#("(/%&$%UG0(1$(0*$+$-$+(
1$3",03(1$(1/*$+$%&$3(-0#94$@/1"1$3(9"+"(:)$(03("4)%03(9033"#'(<+"1"&/!"#$%&$'("9+09+/"+$#23$(1$(-0%;$-/#$%&03'("&/&)1$3($(!"40+$3(
considerados fundamentais.
Artes Visuais 21
tidades culturais, o cruzamento de fronteiras, o impensado, o arriscado, o inexplorado, o
ambíguo, o hibrido, o nômade.
Para que esses pensamentos e desejos sejam concretizados, faz-se necessário: (a) a su-
peração da ruptura que há entre o que acontece dentro e fora da escola, construindo,
para tanto, sequências didáticas que possam dialogar com os desejos e interesses dos estu-
dantes; (b) o exercício docente especialista, conforme as Diretrizes Operacionais da Rede
M=54/-"(O3&"1)"4(1$(O%3/%0(1$(K0/D3(TZZYQTZIZ^(t-v("(*0+#"UG0(-0%&V%)"($(-0%&/%)"1"(
dos docentes e (d) a adequação de espaço físico e a aquisição de materiais artístico-peda-
<H</-03($39$-V,-03("(-"1"(D+$"(1"("+&$7(
Pensar e desejar uma educação em arte que facilite “experiências críticas”, conforme
",+#"( L$+%"%1$.( tTZZY'( 97( TZ_v'( :)$( 1$3$3&"5/4/.$#( ;$<$#0%/"3'( :)$( "9+0@/#$#( 03(
sujeitos das representações dos universos negro, indígena, homossexual, feminino, ido-
30'(/%*"%&02W)!$%/4'(-4"33$(&+"5"4;"10+"'(9$330"3(-0#(1$,-/B%-/"'(90+($@$#940'(1$#"%1"'(
além dos itens acima citados, professores comprometidos e empenhados “no aperfeiçoa-
mento de sua prática [...] capaz[es] de bem exercer a crítica do existente, função de todo
$(:)"4:)$+(/%&$4$-&)"4d(t8\fONfF(m(8F6OJ\'(TZZI'(97(ITIv7(
Professor como intelectual – uma prática docente em arte como uma prática intelectu-
"4(i(3)3-/&"("3(1/#$%3e$3(904V&/-"'(/%!$3&/<"&/!"($(+$y$@/!"(10("&0(1$($1)-"+7(K/+0)@(tIY__v(
",+#"(:)$("(-"&$<0+/"(/%&$4$-&)"4($%*"&/."(&"%&0("("&/&)1$(/%&$+$33"1"(1"(9+D&/-"(10-$%&$(
quanto o papel que o professor desempenha na legitimação ou no questionamento de
determinados interesses. Esperamos, diante deste cenário, que o professor se posicione
904/&/-"#$%&$("0(1$-/1/+Q3$4$-/0%"+("(*"!0+(10(:)$($(1$(:)$#(9+$&$%1$("&)"+Q$%3/%"+7
]0(-)++V-)40'(#"/3($39$-/,-"#$%&$(%$3&"3(3$:)B%-/"3(1/1D&/-"3'(0(-0#9+0#/330(904V&/-
-0'(/%!$3&/<"&/!0($(+$y$@/!0(#"&$+/"4/."23$(%"(3$4$UG0'(%"(0+<"%/."UG0($(%"(1/3903/UG0(103(
-0%&$=103(-0%3/1$+"103(#"/3(3/<%/,-"&/!03(9"+"(-"1"(-0%&$@&0($(:)$(901$#'(0)(#$4;0+'(
devem colaborar para que os estudantes se localizem melhor no mundo em que vivem e
percebam as diferentes situações a que os indivíduos e grupos estão submetidos por razões
econômicas, políticas, étnicas, raciais e de gênero, dentre outras.
Em sintonia com estas concepções, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás –
SEDUC – GO acredita que a cultura precisa ser estudada a partir da expansão de tudo
o que a ela está vinculado e ao papel distintivo que assume em todos os aspectos da vida
30-/"47(J$("-0+10(-0#(L"44(tIYYuv(c"(-$%&+"4/1"1$(1"(-)4&)+"d(9+$3$%&$(%"3(0+/$%&"Ue$3(
curriculares para a disciplina arte3, nas suas diferentes áreas, parte do pressuposto de que
*0&0<+","3'(&$-$4"<$%3'(-"%&"&"3'(-/+-0'(*04<)$103'(3$+$3&"3'(-/+"%1"3'(9$U"3(1$("+&$3"%"&03'(
"+:)/&$&)+"3'(,4#$3'(outdoors, jingles, bordados, dispositivos de alta tecnologia, vitrines, li-
vros didáticos, roupas, imagens televisivas, folia de reis, shows, performances, concertos, con-
<"1"3'(%0&/-/D+/0(1$(&$4$!/3G0'(<+D,-03'($3-)4&)+"3'(-)++V-)403($3-04"+$3'(90+($@$#940'(%G0(
são apenas manifestações culturais, porém, são práticas de representação, impregnadas
de experiência estética, a inventar sentidos que circulam e operam nos territórios culturais
0%1$(3/<%/,-"103($(;/$+"+:)/"3(3G0(-0%3&+)V1037
Uma das seleções feitas pela SEDUC – GO para que as aprendizagens artísticas se
r(2((F3(0+/$%&"Ue$3(-)++/-)4"+$3(9"+"(D+$"(1$("+&$(901$#(3$+(-0%3)4&"1"3(%0(6"1$+%0(A(1"(3>+/$(6)++V-)40($#(J$5"&$(%0(3/&$(;&&9lQQ
}}}73$1)-7<07<0!75+Q$1)-"-"0Q$%3/%0Q*)%1"#$%&"4Q1/+$&+/.$37"39(~("-$33"10($#(ZYQZ[QTZIZ7

tornem experiências críticas foi a organização do trabalho pedagógico no formato de
3$:)B%-/"3(1/1D&/-"37(C"4($3-04;"(*0/(#0&/!"1"(&$%10($#(!/3&"(:)$($33$(#01$40(9$+#/&$(
"03($3&)1"%&$3()#"(9"+&/-/9"UG0(#"/3("&/!"($(3/<%/,-"&/!"(%03(9+0W$&03(1$(&+"5"4;0(3$%10(
a sequência didática um conjunto de atividades planejadas que levam em consideração a
organização do tempo e a diversidade cultural dos grupos de estudantes.
É consenso na literatura educacional que planejar é fundamental para a excelência do
trabalho pedagógico. A partir das dinâmicas que movem as salas de aula, o ato de plane-
W"+'($#(-0%3&"%&$(1/D40<0(-0#(03(9$%3"#$%&03($(1$3$W03(103($3&)1"%&$3'(1$,%$(#$&"3'(&$-
mas e objetos de estudo, mobiliza recursos pedagógicos e humanos, motiva investigações.
Permite, ainda, a avaliação do percurso, o replanejamento e a ampliação das atividades.
Assim, para que as aulas de arte possibilitem aos sujeitos a apropriação e construção
1$(-0%;$-/#$%&03($(3/<%/,-"Ue$3'("3(3$:)B%-/"3(1/1D&/-"3($3&G0(0+<"%/."1"3(%)#"($3&+)-
&)+"(:)$(9+09e$("+&/-)4"+l(t"v("&/!/1"1$3(9"+"(!$+/,-"UG0(103(-0%;$-/#$%&03(9+>!/03(103(
estudantes, o que já sabem ou ouviram falar sobre a modalidade artística selecionada para
estudo; (b) atividades de ampliação dos conhecimentos; (c) atividades de sistematização
dos conhecimentos que garantam a retomada do percurso investigado, estudado, cons-
truído; (d) atividades de avaliação formativa que permitem aos professores acompanhar
os estudantes para intervir, ajustando o processo de ensino ao processo de aprendizagem,
observando a caminhada dos estudantes e, se for o caso, estabelecer novos encaminha-
mentos em relação ao processo cognitivo. Estas etapas estão aprofundadas no texto “Os
1$3",03(10(9+0-$330(1$($4"50+"UG0(1"3(3$:)B%-/"3(1/1D&/-"3d'(%0(-"1$+%0([7T'(P$:)B%-/"3(
didáticas – Convite à Ação, da série “Currículo em Debate”.
Outra dimensão política da ação docente é a acadêmica, expressa na ideia do professor
pesquisador. Esta dimensão tem sido fruto de inúmeras investigações, estudos de didática
e reformas educacionais na atualidade. Desses estudos, algumas características do profes-
30+(/%&$4$-&)"4'(9$3:)/3"10+($(+$y$@/!0(3G0(+$33"4&"1"3'($%&+$($4"3'
t"v(0(9+0*$330+(:)$(9$3:)/3"(0(-0%;$-/#$%&0($39$-V,-0(:)$($%3/%"^(t5v(0(9+0-
fessor que pesquisa sua prática em sala de aula; (c) professor que propõe ativi-
dades de pesquisa para seus alunos; e (d) professor aplica em seu cotidiano os
princípios e as atitudes de pesquisa, ou seja, que adota uma postura de investi-
<"10+(tfF8\P(TZZZ("9)1(8\fONfF(m(8F6OJ\'(TZZI'(97(IT[v7
Nesta perspectiva, os professores, ao lerem as sequências didáticas que integram o pre-

3$%&$(-"1$+%0'(1$!$#(9$+-$5$+(:)$(%G0(3$(&+"&"#(1$(#01$403("(3$+$#(+$9+01)./103(,$4#$%&$(
$#(3$)3(-0&/1/"%03($3-04"+$3'(#"3(1$()#(-0%!/&$(?(+$y$@G0'(?(9$3:)/3"'(?(-0%3&+)UG0(9$+#"%$%-
te, tomando-as como mais uma possibilidade de construir caminhos junto aos seus estudantes e
comunidades, arriscando, experimentando, dialogando, planejando, desestabilizando hegemo-
%/"3'(9+01)./%10(3/<%/,-"Ue$3'("9+$%1$%10($'(305+$&)10'(9$3:)/3"%107(
F(9"+&/+(103($@$#9403("9+$3$%&"103(":)/'(!0-B3'(9+0*$330+$3(1$("+&$'(9+0,33/0%"/3(/%-
telectuais que são, poderão elaborar suas próprias sequências didáticas, centradas no di-
álogo constante com seus estudantes e contextos, na pesquisa, na exploração, no distin-
&/!0'(%0(#$&"*H+/-0'(%"(!"40+/."UG0(10(9$+-)+30'(%"(+$y$@G0'(9$+#/&/%10("03($3&)1"%&$3(
conhecerem-se ou reconhecerem-se como sujeito integrante de uma cultura.
Em suma, nossa expectativa é que possamos construir referências de escolas que nossos
Artes Visuais 23
estudantes procuram, desejam, merecem. Do mesmo modo, que possamos questionar
toda sorte de discriminações e silêncios que ocorrem nos espaços escolares, o que implica
em problematizar as categorias, as hierarquias e os processos que as têm construído histó-
+/-"($(30-/"4#$%&$7(60%*0+#$("33/%"4"(O/3%$+(tTZZ_'(97(I[v'(c&"/3("39/+"Ue$3'(#$)3("#/<03'(
3G0($3&+$4"3(9$4"3(:)"/3(!"4$("(9$%"($3&/-"+23$d7(h)$(%03($3&/:)$#03E
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
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t\+<7v7(M$&+H904/3l(q0.$3'IYYA7
PNjqF'(C0#".(C"1$)(1"7(Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo
L0+/.0%&$l(O1/&0+"(F)&B%&/-"'(IYYY7

Alunas do curso Pratica Escolar em Artes – Anápolis – Goiás 2010 Fotos: Haydèe Sampaio
SEQUÊNCIA DIDÁTICA - 8º ANO

MODA COMO FENÔMENO SOCIAL
ARTES VISUAIS
“
“O trabalho apresentado demonstrou o quanto
o ensino de arte vem sendo trabalhado de forma
a atender às orientações curriculares no sentido
de proporcionar aos estudantes um ensino de
qualidade, voltado para uma aprendizagem
inovadora, que desperte a criatividade, o
senso crítico e preserve a herança cultural
através das sequências didáticas.
Sem dúvida, as sequências didáticas possibilitam
uma diversidade de aprendizagem e construção
de conhecimentos, em que os professores de
arte tiveram a opção de desenvolver nas escolas
trabalhos voltados para a sua realidade, cujas
"9I")%-)%J0J"9& I;J"$0G& 9"$& )4(3"Q3;08%F0J096&
ao executarem as atividades propostas.”
Professora Marcia Maria da Cunha

SRE – Aparecida de Goiânia
”
MODA COMO
FENÔMENO SOCIAL
APRESENTAÇÃO
Autores:
Édina Nagoshi4
Haydée Barbosa Sampaio de Araújo5
Esta sequência didática foi construída com o intuito de pensar sobre a moda, que,
segundo Ferraz (2008, p. 1), “guarda a memória de cada tempo, como demonstração da
arte de viver de um período ou de um povo, quando não, as duas coisas ao mesmo tem-
po”. Ela é um sistema produtivo no qual são articulados sentimentos que transpassam a
!/1"(30-/"4'(<$+"%10(9+01)&03'($#9+$<03($(-/+-)4"UG0(#0%$&D+/"7(F,%"4'(cF(#01"(%G0(>(
apenas um enfeite estético, um acessório decorativo da vida coletiva: é sua pedra angular
:)$(+$#01$4"("(30-/$1"1$(/%&$/+"(?(3)"(/#"<$#7d(j/90!$&3|(tTZZr'(97ITv7(
A necessidade de se vestir sempre foi uma constante em diferentes civilizações, seja
para proteção contra fatores naturais ou por motivos de aparência. Desta forma, o ves-
tuário, segundo Ferraz (2008), é “tudo que serve para cobrir o corpo, para adorná-lo ou
para protegê-lo das injúrias do ar”, isso inclui roupa, acessórios, maquilagem, em um
3)53/3&$#"(1$(-4"33/,-"UG0((1"(#01"($%:)"%&0(3/3&$#"(9+01)&/!07(
\(!$3&)D+/0(>()#($#9+$$%1/#$%&0($3&>&/-0'(0%1$(03(3/<%/,-"103(/%&$+*$+$#(%"(*0+#"(
que os indivíduos reinventam sua própria aparência, tornando-se uma construção históri-
-"'(40-"4/.D!$4(%0(&$#90Q$39"U0'("W)3&"%10(30-/"4#$%&$((03(/%1/!V1)03((9$40(-0#9"+&/4;"+(
1$(3/<%/,-"103("9+$3$%&"103(9$4"(#01"7(O33"(%$-$33/1"1$(1$("W)3&"#$%&0(901$(3$+($@94/-
cada pelo comprometimento do indivíduo com o seu ambiente.
F(#01"Q!$3&)D+/0Q+0)9"(%G0($3&D(*0+"(1$33$("W)3&$7(P$)3(9+01)&03(3G0($4"50+"103(9$4"(
informação, pela sedução do novo, em uma relação de estímulos e respostas às pressões,
resistência e regulação social que propõem práticas de reorganização segundo as concep-
ções culturais, incluindo transformações sociais e afetando diversos aspectos da vida em
sociedade, onde a aparência tem o seu domínio.
o(2((j/-$%-/"1"($#(F+&$3(!/3)"/3(i(RSK'(M+0*$330+"(10(6$%&+0(1$(O3&)103($(M$3:)/3"(6/+"%1"(1"(F+&$Q(POJR62K\7
A(2((O39$-/"4/3&"($#(8$&01040</"3(1"(F+&$(1$(60%&"+(L/3&H+/"(F94/-"1"3(?(O1)-"UG0^(j/-$%-/"1"($#(F+&$3(!/3)"/3(i(RSK'(M+0*$330+"(
10(6$%&+0(1$(O3&)103($(M$3:)/3"(6/+"%1"(1"(F+&$Q(POJR62K\7
Artes Visuais 27
Não se sabe ao certo quando começou o uso da roupa pelo ser humano. Mas sabemos
que com ela começa o poder social daquilo que parece sem importância. Esse poder é
fruto de um sistema cuja formação é sócio-histórica e tem o seu princípio fundamentado
no corpo, como primeiro objeto de propriedade do indivíduo.
A roupa funciona como uma segunda pele e também como instrumento de comunica-
ção. Neste sentido, os posicionamentos dos indivíduos estão presentes a cada vez que se
escolhe uma roupa, pois este ato representa um comprometimento com a aparência, que
>(+$y$&/10(%"(%$-$33/1"1$(1$(3$("-$/&"+($(1$(3$+("-$/&0'(+$*0+U"%10(0(1$3$W0(1$(9$+&$%-/-
mento e, também, de ascensão social.
Quadro 01
MODA
Sistema de Produção
qOPCRfN\
P)523/3&$#"(1$(-4"33/,-"UG0(1"(#01"
ROUPA
Produto
Isso é Moda! Por ela é possível trilhar um percurso educativo.
M+0*$330+'(4$#5+$23$(1$(:)$(%033"3(+0)9"3($3&G0(-;$/"3(1$(#$%3"<$%3(-01/,-"1"3'(/#-
pregnadas com a nossa personalidade. Cada sujeito traduz seus pensamentos em peças
de vestuário. Como queremos que o mundo nos veja? Como eu me vejo? Compreender
"(+$4"UG0($%&+$(0(/%1/!V1)0Q#01"Q!$3&)D+/0Q+0)9"(9033/5/4/&"("0($3&)1"%&$("#94/"+(3)"(
visão em relação à moda e ao poder de funcionamento da mesma na sociedade contem-
porânea, onde a atração pelo novo torna-se valor mundano e de posicionamento social.
Esta sequência está organizada e planejada como um roteiro de trabalho construído
de forma a permitir vivências. O foco, neste processo, está na percepção da moda como
9+01)&0(-)4&)+"4(1$(/1$%&/,-"UG0'(903/-/0%"#$%&03($(#$+-"10'(90/3("(/%1=3&+/"(1"(#01"(
remodela os indivíduos e incita o consumo. As atividades se darão por meio da produção
de imagens, incluindo desenhos, colagem, papietagem (modelagem com papel), permea-
dos pela contextualização e compreensão crítica dessas produções.
A proposta não está fechada, pelo contrário, você, professor (a), deve interagir com sua
$@9$+/B%-/"($("W)3&D24"("0(-0%&$@&0(1$(3$)3("4)%037(j$#5+"%10(:)$(0($%3/%0(1"("+&$(90+(

meio da compreensão crítica, contextualização e fazer artístico são exercícios baseados no
estabelecimento de relações e interpretações que ampliam repertórios e revelam territórios.
Tema: Moda como fenômeno social

Ano: 8º
Eixo temático: posicionamentos
Nº. de aulasl(IA(
Modalidade:(1$3/<%(1$(#01"Q1$3$%;0Q9"9/$&"<$#
Conceitos: "53&+"&0($(,<)+"&/!0'(5/($(&+/1/#$%3/0%"4
Recursos Materiais: +$!/3&"'(,4#$3'(9"9$4'(-04"'(4D9/3'(&$-/10
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
{(M$+-$5$+("(#01"Q!$3&)D+/0(-0#0(*$%X#$%0(1$(/1$%&/,-"UG0($(903/-/0%"#$%&07
{(60#9+$$%1$+("(#01"Q!$3&)D+/0(-0#0(9+01)&0(-)4&)+"47
{(f$4"-/0%"+(&/903(1$(903/-/0%"#$%&03(%"(30-/$1"1$(t30-/"4'(+$4/</030'(9+0,33/0%"4v("&+"-
vés do vestuário.
DICAS INTRODUTÓRIAS
{(F(/1$/"(>(:)$(!0-B'(9+0*$330+'(3$#9+$(+$y/&"(305+$(0(9+0-$330(1$($%3/%0($("9+$%1/."-
<$#'("33/#'(*0&0<+"*"+'(,4#"+'(+$</3&+"+'(3G0("Ue$3(:)$("W)1"+G0(%$33"3(+$y$@e$37
{(Os registros permitem a (re) construção do processo vivido, propiciando uma visão
<$+"4(10(#$3#0'(*"-/4/&"%10("(/1$%&/,-"UG0(103($%&+"!$37(PG0(/%3&+)#$%&03(/%1/39$%-
sáveis para situar a aprendizagem dos estudantes e a partir daí organizar a sequência
do ensino.
{(Guarde todos os seus trabalhos, até completar o ano, mesmo os rascunhos, você vai
:)$+$+(!B2403'(-0#9"+D2403($($3&"5$4$-$+(+$y$@e$37
{(Crie, assim como seu aluno, um portfólio para coletar referências de textos, ima-
gens e ideias de outras propostas pedagógicas que possam incrementar esta sequência.
j$#5+$23$(3$#9+$(1$(1"&D24"37
{(É essencial que você tenha uma pesquisa bem fundamentada de modo a ter argu-
mentos consistentes para dialogar com os alunos.
{(Providencie o material antes da prática, para poder realizá-la com tranquilidade.
\3(,4#$3(3G0(-0%3&"%&$3(/%39/+"Ue$3(9"+"(&+"5"4;03(103($3&/4/3&"37(M+0-)+$(!$+l(
Artes Visuais 29
{(80+&$($#(q$%$."(1$(j)-;/%0(q/3-0%&/('n"+%$+(p+03(IYuI7
{(\(&"4$%&030(f/94$|(1$(F%&;0%|(8/%<;$44"'(M"+"#0)%&(M/-&)+$3Q8/+"#"@('IYYY7
{(60+"UG0(P$4!"<$#(1$(J"!/1(j|%-;'(M04|K+"#(S/4#$1(O%&$+&"/%#$%&'(IYYZ(tORFv7
{(Mágico de Oz de Victor Fleming : Metro-Goldwyn-Mayer1939,
{(j/<"Ue$3(M$+/<03"3((1$(P&$9;$%(S+$"+3'(n"+%$+(p+03IY__
{(p4"1$(f)%%$+(1$(f/14$|(P-0&&'(n"+%$+(p+03(IY_T
{(Antes de dar início ao planejamento, é importante que você construa um acervo de

imagens masculinas e femininas referentes ao vestuário, tiradas de vários contextos da
história da arte, publicidade, cultura popular, estética do cotidiano, mobiliário, arquite-
tura (ver anexo 1). É pertinente a utilização de imagens que permitam discussões sobre
posicionamentos, através da aparência.([
{(Pesquise vestuário em museus, alguns preservam acervos de indumentárias de vários
9$+V0103(;/3&H+/-037(N#"<$%3(1$("+&$'(+$!/3&"3($39$-/"4/."1"3'(,4#$3'(%0!$4"3($(D45)%3(
1$(*0&0<+","(&"#5>#(3G0(H&/#"3(!/&+/%$3(1"(#01"($(103(-03&)#$3(1$(:)"4:)$+(>90-"7
AVALIAÇÃO
{(Faça sempre um diagnóstico antes de apresentar um conteúdo, considerando as in-
*0+#"Ue$3(05&/1"3(("&>("(-0%-4)3G0(1"3("&/!/1"1$37(N330(9033/5/4/&"(-0%;$-$+(0(%V!$4(1$(
cada estudante e seus avanços.
{(Os critérios de avaliação devem ser claros. Só quando o estudante sabe o que se espe-
ra dele é que passa a se responsabilizar pelo seu próprio aprendizado.
{(Registrar as atividades e guardar as produções é importante para analisar o percurso
de cada um durante a Sequência.
{(F0(1$3","+(03($3&)1"%&$3(-0#(:)$3&e$3(:)$("/%1"(%G0(*0+"#(1/3-)&/1"3($#(3"4"'(!0-B(
analisa o percurso que estão construindo e a relação entre conhecimento adquirido e
informações novas.
{(O principal objetivo da avaliação não é atender à burocracia, determinando as notas
a serem enviadas para a secretaria, mas sim analisar o que foi aprendido e o que pode
ser ampliado a partir dos resultados compartilhados.
{(Ao avaliar, leve em conta a melhoria do grupo como um todo e as mudanças indivi-
duais de cada estudante em relação a ele mesmo.
{(Valorize a heterogeneidade e lembre-se de que a turma não tem só uma identidade,
mas é o resultado das características de cada indivíduo.
[(2((M03/-/0%"#$%&0(t$@$+-V-/0(-+V&/-0(5"3$"10(%0($3&"5$4$-/#$%&0(1$(+$4"Ue$3($(/%&$+9+$&"Ue$3'(:)$(901$(3$+(/%&$%3/,-"10(90+(#$/0(1"(
"#94/"UG0(1$(+$9$+&H+/0(1$(+$9+$3$%&"UG0(3/#5H4/-"v(-"1$+%0(A(-)++V-)40($#(1$5"&$7

{(Destaque os comportamentos éticos, não deixe que outro tipo de relação faça parte
da rotina de sua sala.
{(A autoavaliação é fundamental para perceber fragilidades. Coloque sua prática em
xeque: Como você ensinou os conteúdos previstos? Que resultados você percebeu no
grupo e em cada indivíduo? Em que você precisa melhorar? Pense nessas e em outras
:)$3&e$3(9"+"(+$y$&/+("0(40%<0(10(9$+-)+307
{( Portfólio é o nome dado à pasta de anotações e anexos dos estudantes, podendo ser
denominado também de protocolo de atividades. Podem conter rascunhos, anotações
de ideias relacionadas ao trabalho, comentários, imagens, trabalhos práticos, fotogra-
,"3'(:)$3&/0%D+/03'(+$y$@e$3($3-+/&"3'("%D4/3$3(1$(/#"<$%3'(+$3$%;"3($(-0#$%&D+/03($%&+$(
professor e estudante como evidencia do trabalho em desenvolvimento.
Aula 1
Valorize, inicialmente, os saberes que os alunos já possuem sobre o tema abordado, criando
momentos de trocas de informações e opiniões. (PCN)
N%/-/$()#"(-0%!$+3"(305+$(-0#0(!0-B($(03("4)%03(*".$#("($3-04;"(1$(3)"3(+0)9"3("0(3"-
írem de casa, lembrando que o vestuário é uma máscara social, pode esconder ou revelar
o corpo, descrever personalidades e estilos. Deixa transparecer sentimentos, vida, estética,
movimento, posição social, épocas e lugares através de suas formas, cores e texturas. Não
atende apenas à necessidade de cobrir o corpo, mas é um elemento de comunicação, uma
forma de expressão e integração social, que traz consigo experiência, valores, desejos e
marca a forma como nos vemos e como queremos ser vistos pelo mundo que nos cerca.
Quadro 02
Segundo Georg Simmel, a moda tem sua origem e desenvolvimento ligados ao aparecimen-
to e desenvolvimento das cidades, já que as pessoas passam a ter maior preocupação com
cuidados pessoais, com a aparência e com a diferenciação das camadas sociais. Para as pes-
soas da cidade a moda se tornava uma forma de exteriorizar a personalidade de cada um.
A cidade também proporcionava o crescimento econômico e facilitava o acesso a bens de
-0%3)#0'(-0#0("(+0)9"7(C)10(/330("*$&"!"("($*$#$+/1"1$(1"(#01"'(90/3("3(-"#"1"3(30-/"/3(
inferiores conseguiam imitar as camadas sociais mais altas; estas, por sua vez, passavam a
adotar uma nova maneira de se diferenciar socialmente, e com isso se desencadeia um pro-
cesso constante de busca pela novidade.
}}}71/"40<07"+&75+Q
Sugestões de atividades
60%1)."(0(1/D40<0(-0#("(&)+#"("&+"!>3(1$33"3(+$y$@e$37(M+0!0:)$203(-0#(:)$3&e$3'(
como por exemplo:
Artes Visuais 31
1.O que é moda? É comunicação ou apenas roupa? Por quê?
2.Você acha que está na moda? Por quê?
(r7\(:)$(3/<%/,-"($3&"+(%"(#01"x
(o7h)"4(0(3/<%/,-"10(1"((+0)9"((9"+"(!0-Bx
([7\(:)$(!0-B(-0%3/1$+"(50"("9"+B%-/"x
7.Que valores são transmitidos por meio da moda?
8.Os seus hábitos de consumo estão relacionados com a moda?
9.A moda está relacionada com a arte? Em que aspectos?
IZ7q0-B(3$(3$%&$(/%y)$%-/"10(9$4"(#V1/"'((%0(!$3&)D+/0($(%"3(:)$3&e$3(-0#90+&"#$%-
tais? Como?
C+"5"4;$(-0#(/#"<$%3(9$330"/3(1$(3$)3("4)%03(3$#9+$(:)$(9033V!$47R&/4/."%10(/#"<$%3(
de celebridades, da história da arte e outras que façam parte do contexto de seus alunos,
caso necessite de exemplos.
Sugestão de material complementar

F(#$%3"<$#(1"3(+0)9"37(;&&9lQQ!$W"7"5+/47-0#75+QZYZuZ_Q9IZ_73;&#4
Filme: Diabo veste Prada((1$((J"!/1(S+"%$4'TZCL6$%&)+|(S0@(7TZZ[(
Imagem 01
Faraó Miquerrinos
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/piramides/imagens/piramides56.jpg

K8+.%8'WD
Imagem 03
JunNakao http://www.ipanema.blog.br/wordpress/2009/10/jum-nakao/
Artes Visuais 33
Imagem 04
The Infanta Margarita (1659), Diego Rodriguez de Silva y Velazquez
K8+.%8'WV
Eleonora de Toledo de Agnolo di Cosimo, known as Bronzino6&-(%9+"J&)R&STUTR

Imagem 06
Arte egípcia
Imagem 07 Imagem 08
“Estátua de Arsínoe II”. Edgar Degas - Ballerina di 14 anni -1818
Artes Visuais 35
Imagem 09 Imagem 10
Christian Schad .The 1930s: Batoni Pompeo 1708
The Making of “The New Man”
' '''K8+.%8';;''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''K8+.%8';D
“Mondrian”, de Yves Saint Laurent. Flávio de Car valho com o traje New Look1956
Para casa
Peça aos estudantes que analisem três(3) pessoas, essa observação pode ser na sala de
")4"'($#(-"3"'(%"(Cq'(%"(+)"7(M0%&)$("4<)#"3(053$+!"Ue$37

1. Como estavam vestidas?
2. Por que se vestiam daquele jeito?
3. O que lhe chamou atenção nelas?
4. Você acha que estavam adequadamente vestidas para o que iam fazer (trabalhar,
,-"+($#(-"3"'(9+"&/-"+($390+&$'(1/!$+3G0vx(M0+(:)Bx
A7(O@94/:)$((0(#0&/!0(1"($3-04;"(1$33"3(9$330"37
[7(O3-+$!"'("0(4"10(1"3(053$+!"Ue$3'("3(-"+"-&$+V3&/-"3((t*V3/-"3'(-0#90+&"#$%&"/3v(1"3(
pessoas observadas.
Quadro 03
!"#$%&'("$)#*+(*,(%-./012)*+0*
Critérios
aprendizagem
{( N%&$<+"UG0(%"("&/!/1"1$
{( Diálogos entre professores e estudantes com
Participação em sala de aula evidência no trabalho em desenvolvimento
{( Comportamento dos estudantes
{( Relatos verbais
{( Coerência do exemplo com o tema proposto

{( Clareza nas anotações de ideias relacionadas
Atividade para casa
ao tema
{( N%&$<+"UG0($%&+$(&$@&0($(/#"<$#
Professor (a), informe ao seu aluno que toda sua produção textual e imagética deve ser
arquivada no portfólio.
Para a próxima aula trazer revistas, tesoura, cola, papel A4.
Aula 2
Converse com seus alunos sobre a experiência de observar pessoas e roupas na ativi-
dade proposta para casa. Utilize imagens do seu acervo imagético, inserindo entre elas
algumas pessoas usando jeans, para pontuar situações de posicionamentos do vestuário e
suas possibilidades de comunicação.
F9+$3$%&$(1$,%/Ue$3 de posicionamento, procurando estabelecer vínculos com a moda.
Contextualize as imagens, buscando relacionar os conceitos de arte, vestuário, moda e
posicionamento.
Nesse diálogo, procure desenvolver a compreensão crítica das imagens a partir das
seguintes questões:
Artes Visuais 37
{(J$(:)$(#"%$/+"(0(!$3&)D+/0(/%&$+*$+$(%"(/1$%&/,-"UG0(10(/%1/!/1)0'(%"(3)"(903/UG0(
na sociedade?
{(Que elementos do vestuário nos instigam o prazer de ver e ser visto?
A partir da observação feita no dever para casa, deve ser selecionada e recortada das
revistas uma imagem. Estabeleça comparações que destaque, semelhanças e diferenças
entre a imagem escolhida na revista e a observação feita em casa, pontuem por meio dos
elementos como acessórios, maquiagem, peças do vestuário, a diversidade cultural expressa
no modo de se vestirem, a pessoa observada e a imagem escolhida nas revistas. Demonstran-
10(03(!D+/03(&/903(1$(903/-/0%"#$%&03(%"(30-/$1"1$l(30-/"4'(+$4/</030'(9+0,33/0%"47
Imagem 13
Foto: Wagner de Araújo
''''K8+.%8';X'''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''K8+.%8';V
Foto: Fernanda Moraes Foto: Ana Rita

Imagem 16 Imagem 17
Foto: Haydèe Sampaio Lucas Cranach the Elder
Portrait of Henry the Devout of Saxony. 1514
Imagem 18
Foto : Wagner Araujo
Artes Visuais 39
Imagem 19
Foto: Wagner Araujo
Quadro 04
A moda é a forma como nos apresentamos para o mundo, como nos mostramos para as
pessoas. Não é apenas um elemento estético, mas uma pedra angular que remodela a socie-
dade inteira à sua imagem.
Um objeto quando se torna “da moda” pontua sempre o novo, pois desperta o desejo de
possuí-lo e agrega a esse desejo valores que antes pareciam não existir ou não ter importân-
cia, dessa forma, deixa claro o passado que está sendo remodelado e reapresentado como
novo. Um objeto só se torna “da moda” quando é aceito por um grupo que carrega, nele,
sinais de pertencimento, e que delega o valor de novo a este objeto.
j/90!$3&3|TZZr97IIA((
Quadro 05
!"#$%&'("$)#*+(*,(%-./012)*+0*
Critérios
aprendizagem
{( Coerência quanto ao conteúdo do tema
Pesquisa de imagem e produção de
{( 6"9"-/1"1$(1$(/%&$+9+$&"UG0'(+$y$@G0
texto
{( Clareza na exposição das ideias
{( N%&$<+"UG0(%"("&/!/1"1$
{( Diálogos entre professores e estudantes
com evidencia no trabalho em desenvolvi-
Participação em sala de aula mento
{( Relatos verbais

Para casa
Oriente os estudantes a pesquisarem, na internet e em livros, a história do jeans, des-
tacando um fato histórico e econômico sobre posicionamento social e produção em série,
utilizando texto e imagem.
Os resultados devem ser apresentados na forma de trabalho escrito e colagens de pes-
soas de diversas épocas usando jeans.

Filme: Juventude Transviada de Nicholas Ray'(n"+%$+(p+03'IYAA
Filme: Hair de Milos Forman, Fox Filmes,1979
q$+("%$@0(2(;/3&H+/"(1"(#01"(Q Adolescência e Rebeldia : modas de vanguarda
Aula 3
Professor (a), leve para a sala imagens de ambos os sexos vestindo jeans, lembrando
:)$(0(W$"%3((*0/(V-0%$(1"(W)!$%&)1$("(9"+&/+(10("%03([Z7h)"%10(03(W0!$%3(-+/"+"#(3)"(#"-
neira de vestir, desprezando a sociedade de consumo e adotando a aparência das classes
mais pobres, tornando-o “uniforme” da época. Mostre como o vestuário tornou-se uma
+$9+$3$%&"UG0(1"(W)!$%&)1$(+$5$41$($(-0%&$3&"10+"($(3$(#01/,-0)(-0#(0(&$#90'(%0(-0+&$'(
nas cores e nos complementos, conceitos e concepções.
K8+.%8'DW''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''
Foto Orkut Santiago Lemos
Artes Visuais 41
K8+.%8'D;'
Foto Haydée Sampaio
'''K8+.%8'DD'''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''K8+.%8'DY'''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''
Foto: Fernanda Moraes Foto: Daniela Sampaio

K8+.%8'DX''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''
Foto: Daniela Sampaio
Faça uma introdução à percepção visual da forma, através dos conceitos:

contraste:($3&+"&></"(!/3)"4(9"+"("<)U"+(0(3/<%/,-"10'(%G0(3H($@-/&"($("&+"/("("&$%UG0(
10(053$+!"10+'(#"3(1+"#"&/."($33$(3/<%/,-"107
equilíbrio: o estado de distribuição onde toda ação chegou a uma pausa.
harmonia: disposição formal bem organizada no todo ou entre as partes de um
todo.
harmonia por ordem: acontece quando se produz concordâncias e uniformidades
entre as unidades que compõem as partes de um objeto ou o próprio objeto como o todo.
harmonia por regularidade: consiste em favorecer a uniformidade de elementos
no desenvolvimento de uma ordem tal que não se permitam irregularidades, desvios e de-
salinhos e na qual o objeto alcance um estado absolutamente nivelado em termos visuais.
p)3:)$($@$#94/,-"+(03(-0%-$/&03(9+0903&03'()&/4/."%10("3(3)"3(/#"<$%3($("(103("4)%037(
M$U"(:)$($3-04;"#()#"(/#"<$#(1$(,<)+"(-0#(W$"%3(:)$(+$4"-/0%$(-0#("(#01"($(*"U"#(
uma análise apontando cores, tecidos, texturas, utilizando um dos conceitos abordados
%$3&"(")4"7(80%&$()#(!"+"4'(0+<"%/."%10()#"(4/%;"(10(&$#90'(/1$%&/,-"%10("(;/3&H+/"(
do jeans.
Artes Visuais 43
Quadro 06
!"#$%&'("$)#*+(*,(%-./012)*+0*
Critérios
aprendizagem
{( Capacidade de análise e de criticidade sobre o

Produção de texto
conteúdo e as imagens
{( N%&$<+"UG0(%"("&/!/1"1$
{( Diálogos entre professores e estudantes com
Participação em sala de aula evidência no trabalho em desenvolvimento
{( Relatos verbais
{( N1$%&/,-"UG0( %"3( /#"<$%3( 103( -0%-$/&03( $3-

&)1"103( t$@"<$+0Q-0%&+"3&$Q;"+#0%/"Q$:)/4V-
5+/0Q(3/#94/-/1"1$v
N#"<$%3 {( Coerência com o tema
{( Qualidade das imagens
{( Organização das imagens
Próxima aula
Revistas de moda, cola, tesoura.
M+0*$330+'(9+0!/1$%-/$(/#"<$%3(103(-0%-$/&03($@"<$+0(Q-0%&+"3&$(Q(;"+#0%/"(Q($:)/4V-
5+/0(Q(3/#94/-/1"1$(:)$(3$+G0(&+"5"4;"103(%"(9+H@/#"(")4"7
Filme: Maria Antonieta 1$(P0,"(609904"'(604)#5/"(M/-&)+$'TZZ[
Filme:’’Coco Antes de Chanel’’((-0#(F)1+$|(C")&0)(n"%$+(p+03TZZY
K8+.%8'DV'''''''''''''''''''''''''''''''''''''''K8+.%8'DZ''''''''''''''''''''''''''''K8+.%8'D[''''''''''''''''''''''''''''
Antonio Mor Isabel_de_Valois Teodoro bizâncio Auriga de Delfos

K8+.%8'DN
Lucas de Crranach
Aula 4
Professor(a), Monte um painel com imagens representando os conceitos:
exagerol(-0%,<)+"UG0($@&+"!"<"%&$(!/3"%10()#"($@9+$33G0(!/3)"4(/%&$%3"7((
simplicidade: organização de formas fáceis de assimilação, leitura rápida, baixo
número de informação a serem organizadas
contraste/harmonia/equilíbrio/simplicidade: através da roupa, explique
cada conceito e peça que cada aluno faça uma colagem, representando cada conceito
associado aos estereótipos e ditadura da beleza.
C+"5"4;$(03(-0%-$/&03("-/#"(90+(#$/0(1$(/#"<$%3($((9+0#0!"(1$5"&$37
J/!/1"("(-4"33$($#(1)94"3'($3-04;"#()#(,4#$(0)(&$4$%0!$4"((:)$(WD("33/3&/+"#(9"+"(
comentar as suas impressões a partir do mesmo:
{(%0#$(10(,4#$(0)(&$4$%0!$4"^
{(local onde se passa a historia;
{(tempo em que se passa;
{(os principais cenários;
{(a trama principal;
{(descrição dos personagens principais, os conceitos trabalhados na aula anterior e
0)&+03(:)$(-0%3$<)/+$#(/1$%&/,-"+(%0(!$3&)D+/0(1$33$3(9$+30%"<$%3^
{(1$3$%;0( 1"3( -"+"-&$+V3&/-"3( $( 1$3-+/UG0( 1"3( 3/&)"Ue$3( :)$( -0%,+#$#( 03( -0%-$/&03(
escolhidos.
])#"(*04;"(1$(9"9$4(3)4,&$'(9$U"("03("4)%03(9"+"($3-04;$+()#(9$+30%"<$#($(1$3$%;"+(
0(3$)(,<)+/%07
Artes Visuais 45
Quadro 07
Característica / Concei-
Personagem Roupa
to

Bonecas de papel (ver anexo)
'''K8+.%8'D\''''''''''''''''''K8+.%8'YW'''''''''''''''''''''K8+.%8''Y;''''''''''''''K8+.%8'YD'''''''''''''''''''
Quadro 08
!"#$%&'("$)#*+(*,(%-./012)*+0*
Critérios
aprendizagem
{( Compreensão dos conceitos estudados
Atividade para casa
{( Clareza na contextualização dos conceitos

Para a próxima aula: trazer tesoura e revistas que possam ser recortadas.
Aula 5
Quadro 09
60#0("(+0)9"(9$+#/&$(/1$%&/,-"+("3(-"+"-&$+V3&/-"3(1$(3$)3()3)D+/03x
8$3#0(":)$4$3(:)$(",+#"#(%G0(3$(9+$0-)9"+$#(-0#(0(:)$(3$(!$3&$#'($3&G0($%-05+/%10(
3/<%/,-"103(90+(#$/0(10(!$3&/+7(O@/3&$#(3/<%/,-"103(:)$(%G0(3$(4$$#("&+"!>3(1"(4/%<)"<$#(
verbal, e sim por meio de outra linguagem que tem o seu próprio código. A roupa é uma
forma poderosa de comunicação que converte os corpos em sinais legíveis, induzindo o
053$+!"10+("(+$-0%;$-$+(903/-/0%"#$%&03(30-/"/37(8"+-"(03(/%1/!V1)03(1$()#(#010(3/<%/,-
cativo, a ponto de se converterem em signos que podem ser lidos tanto pelos outros, quanto
90+(3/(#$3#037(k)4/"%"(P"|)/+/(}}7*"3;/0%5)554$37-0#Q;/3&0+/"
S"U"()#"(+$y$@G0($(1$3$%!04!"()#"("&/!/1"1$(1$($@940+"UG0(!/3)"47
Promova uma roda de debate mostrando a imagem de uma pessoa desconhecida da
#V1/"($(9$U"("03("4)%03(9"+"(/1$%&/,-"+$#(03(#"&$+/"/3(-0#(:)$(3)"3(!$3&/#$%&"3(*0+"#(
confeccionadas (tecido, linha, couro, plástico), bem como suas propriedades, como: dure-
za, maleabilidade, brilho, opacidade, transparência, peso, leveza.
Chame a atenção de seus alunos para o contexto de utilização dessa roupa: verão, in-
verno, campo, cidade, trabalho, esporte, lazer. Em seguida, leve-os a descobrirem algumas
características e informações sobre a pessoa que está na imagem:
{(Para onde ela pode estar indo?
{(Qual seria a sua ocupação?
{(Seria uma pessoa preocupada com a aparência? Por quê?
{(P$+/"(9033V!$4(/1$%&/,-"+(0(3$)(<+)90(30-/"4x(60#0x
Explore as informações que julgar interessantes e repita o processo com outra imagem
-0%&+"3&"%&$(-0#("(9+/#$/+"'(9"+"(1/!$+3/,-"+("3(4$/&)+"37(M0+($@$#940l(3$("%&$3($3-04;$)(
feminino, troque por masculino; se idoso, agora escolha jovem.
Peça a cada aluno para recortar três imagens de pessoas, valorizando a diversidade de
características do vestuário.
Faça um círculo e peça para que os alunos se dirijam ao espaço central agrupando suas
/#"<$%3'( "( 9"+&/+( 1"3( 3$#$4;"%U"3( $%-0%&+"1"37( `( /#90+&"%&$( :)$( 0( $39"U0( ,:)$( 5$#(
delimitado entre cada agrupamento de imagens dispostas no chão.
S/%"4/.$("(9+0903&"(+$y$&/%10(305+$(03(-+/&>+/03(1$("<+)9"#$%&0($(-4"33/,-"UG0($(-0#0(
esse processo é recorrente no dia-a-dia, ou seja, como acontecem os agrupamentos de
pessoas e como isso se torna evidente no vestuário.
Artes Visuais 47
Próxima aula
Professor(a), organize uma expedição cultural até o shopping ou rua do comércio da
cidade. Fique atento às opções que sua cidade oferece, visite o local escolhido antes de
4$!"+(03("4)%03($(/%*0+#$23$(305+$(+$<+"3'(-0#0("(9+0/5/UG0(1$(,4#"<$%3(0)(*0&0<+","37(
Explique aos alunos a relação entre o tema das aulas e o local visitado. Providencie, junto
à direção da escola, transporte e alimentação para o grupo. Durante o percurso, pontue
questões de acesso a roupas.
Quadro 10
As celebridades, por exemplo, são peças da engrenagem de um sistema produtivo que é a

moda, e o seu acesso às roupas produzidas pela indústria funciona em um sistema de divul-
<"UG0(".$/&"10(9$403(6"U"10+$3(1$(C$%1B%-/"3'(Trendwatchers'(0)(\53$+!"10+$3(1$(C$%1B%-
-/"37(O33$3(9+0,33/0%"/3($3&G0($39"4;"103(9$40(#)%10(-0#("(*)%UG0(1$(1$3-05+/+(#0!/#$%-
tos culturais e estéticos e até atitudes individuais que irão determinar o que vai dar o tom na
indústria da moda, na publicidade, no design e até em parte da produção de artes plásticas
nos meses ou anos seguintes.
jFKO(P>+</07(M+0-$3303(1$(J$-/3G0(1$(60#9+"(i(q"+$W0(*V3/-0($(q"+$W0(\%4/%$(;&&9lQQ*"3;/0-
%5)554$37-0#Q%$<0-/03Q9+0-$330321$21$-/3"021$2-0#9+"2!"+$W02,3/-02$2!"+$W020%4/%$Q
Aula 6
Expedição cultural
Professor(a), explique à turma a diferença entre visita educativa e de entretenimento,

pois essa saída não pode ser considerada simplesmente um passeio que quebre a rotina
das aulas. O importante é que o aprendizado obtido na visita esteja relacionado ao con-
teúdo trabalhado em classe.
((((M$U"(:)$(*"U"#("%0&"Ue$3'(1$3$%;03(0)(*0&0<+","3'(5)3-"%10(/1$%&/,-"+(03(-0%-$/-
tos da percepção visual da forma nas vitrines e exposição de produtos, incluindo também
mobiliário, roupas, manequins, acessórios e a maneira como os vendedores se vestem.
Dirija o olhar de seus alunos para esses aspectos tendo como ponto de partida o visual
merchandising da loja: estilo, cor, forma, composição, utilidade.
Quadro 11
O visual merchandising da loja ou o estilo e o design são responsáveis pela nossa decisão “racional”.
Antes da decisão de compra, do cálculo do custo e benefício e da avaliação dos riscos, somos convi-
dados a entrar numa atmosfera de desejo, co-desenhar o produto, experimentar e nos envolver com
seus diferenciais mágicos, interagir com a marca, seus amantes e seguidores.

Imagem33
Foto: Haydèe Sampaio
Solicite dos seus alunos que durante a expedição façam um reconhecimento do proces-
30(1$(1$-/3G0(1$(-0#9+"'(90+(#$/0(1$(*0&0<+","3(0)(1$3$%;037
Sugira que toquem as peças, quando possível, percebendo suas texturas, cheiros, cores,
comparando, analisando, direcionando o olhar para valores agregados por sua diferencia-
UG0($(90+(/%y)B%-/"(1"(#V1/"("&+"!>3(1"(;/9$+2!"40+/."UG0(103(#"&$+/"/3'(&>-%/-"3'($3&/40'(
#"+-"7(O@7l($%:)"%&0()#"(-"#/3$&"(5+"%-"(,0(rZ(%"3(40W"3("#$+/-"%"3(-)3&"(fTZ'ZZ'(
)#"(-"#/3$&"(5+"%-"(,0(rZ(%"(6"4!/%(s4$/%(-)3&"(fTAZ'ZZ7
Quadro 12
M+0-)+$("#94/"+(03(-0%;$-/#$%&03(+$4"-/0%"103("(-)3&0(5$%$,-/0(/#94V-/&03($#(-"1"(9$U"(
de vestuário, pois, mais do que produtos materiais e concretos, desejamos comprar experi-
B%-/"3'(!"40+$3(/#"&$+/"/3($(3/#5H4/-03(:)$(%03(&+"%3#/&"#(*0+U"($(901$+'(3&"&)3'(")&0-0%,"%-
U"'(5$4$."'(/#"<$#(9$330"4($(9$+&$%-/#$%&0("(<+)903($(-0#)%/1"1$37(P$<)%10(P>+</0(j"<$'(
“O valor das coisas é proporcionalmente igual à importância que você dá a elas.” Extraído
do livro A Ancestral Arte da Poesia'(1$(SD5/0(O)3)./"%7
j$!$(03($3&)1"%&$3("(/1$%&/,-"+$#("3 9+0,33e$3(4/<"1"3(?(#01"7(tq$+("%$@0v
Artes Visuais 49
Para casa
Peça aos estudantes que organizem os materiais (desenhos, *0&0<+","3($(0)&+"3(/#"<$%3(
observadas nas vitrines e pessoas durante o passeio), criando uma composição visual para
ser exposta em mural na próxima aula.
Quadro 13
!"#$%&'("$)#*+(*,(%-./012)*+0*
Critérios
aprendizagem
Anotações {( Coerência e coesão nas ideias anotadas
{( Acabamento
Composição visual {( Coerência entre a imagem e a atividade
proposta
Participação {( N%&$+"UG0(%"3(1/3-)33e$3
Aula 7
M+0*$330+t"v'(9"+"(/%/-/"+'(+$&0#$(03(-0%-$/&03(#01"Q"+&$Q-0%3)#0Q1$3$W0Q"9"+B%-/"(
1/3&/%UG0(30-/"4Q1/&"1)+"(1"("9"+B%-/"'(1/3-)&/103(%"3(")4"3("%&$+/0+$3
Recolha e exponha, no quadro ou parede, as composições feitas em casa, iniciando um
diálogo com os estudantes sobre suas impressões durante o passeio e contextualizando-as
com os conceitos acima.
M$U"(:)$($3-04;"#()#"(1"3(/#"<$%3(9+01)./1"3($(+$y/&"#'(90+(#$/0(1$()#(&$@&0(1$(
no mínimo 20 linhas, sobre a frase popular “O hábito faz o monge?”, lembrando que as
roupas fornecem informações sobre as pessoas, suas referências estéticas, recursos mate-
riais e funções sociais.
Quadro 14
!"#$%&'("$)#*+(*,(%-./012)*+0*03%("-
Critérios
dizagem
{( Coerência com o tema apresentado.

C$@&0
{( Clareza das ideias relacionadas ao tema.

Aula 8
F(;"5/4/1"1$(1$(+$9+$3$%&"UG0("&+"!>3(10((1$3$%;0($%:)"%&0(9+0W$&0'(1$,%$(05W$&/!03'(
&+"U"(#$&"3'1$,%$("4&$+%"&/!"3(%"(-0%,<)+"UG0(1$(304)Ue$3(($(-0#)%/-"UG0(1$(+$3)4&"-
103(90+(#$/0(1"(+$9+$3$%&"UG0(<+D,-"'(9"+"(:)$(0("4)%0(9033"(()&/4/."+(($(1$3$%!04!$+(0(
desenho de croqui como conhecimento instrumental de auxilio no desenvolvimento de
projetos maiores, como a criação de peças de vestuário.
Quadro 15
\(1$3$%;0(1$(-+0:)/(>("(5"3$(0%1$(3$($3&"5$4$-$(&010(0(9+0-$3307(C$#(-0#0(,%"4/1"1$(1$-
monstrar se o produto será ou não produzido. É uma técnica de linha pura, com eventuais
&$@&)+"3(+D9/1"3'(#"/3(+$9+$3$%&"&/!"3(:)$(+$"4/3&"37(t(P)$(W$%|%S"3;/0%(1$3/<%(v
Quadro 16
O desenho é ferramenta de comunicação e expressão de idéias, fundamental para expressar
304)Ue$3(:)$($3&G0(%"(/#"</%"UG0($(&$#(-0#0(,%"4/1"1$(1$3$%!04!$+(0(9+0-$330(1$(-+/"UG07(
h)"%10(3$(&+"&"(1$(#01"'(/330(%G0(>()#"($@-$UG07(tP)$(W$%|%S"3;/0%(1$3/<%(v
Professor(a), ao iniciar os desenhos de croqui, lembre-se de que em sua sala existe toda
)#"(1/!$+3/1"1$(:)$(901$(/%-4)/+((<B%$+0'(3$@)"4/1"1$'(&$%1B%-/"3'(9$330"3(-0#(1$,-/B%-
cia e diferentes etnias. Dê liberdade para que seus estudantes explorem à vontade esses
universos pessoais, criando soluções e estimulando-os a criar modelos, por exemplo: de
&/#$(1$(*)&$504'(+0)9"3(1$(3)9$+2;$+H/3'()%/*0+#$3(9+0,33/0%"/3($($390+&/!03'(<+)903(-0#0(
Emos, punk, gays, travestis, lésbicas.
Obs.: Essa Atividade pode ser feita em relevo, por meio de colagens.
Sugestões de material complementar
;&&9lQQ*"3;/0%5)554$37-0#Q;/3&0+/"21"2#01"(Q(3)9$+;$+0/32#01"2$2*"%&"3/"Q
' ' 'K8+.%8'YX''''''''''''''''''''''''''''''''''''''K8+.%8'YV
/%O;V4&J"&->;$%("9&I0$0&W8&J%9"(4&J"&G4J0
Artes Visuais 51
Imagem 36
/%O;V4&J"&->;$%("9&I0$0&W8&J%9"(4&J"&G4J0
Para casa
Fazer 10 desenhos de croqui em diferentes posturas a partir de uma linha central,
representando os diferentes grupos culturais.
Próxima aula
Professor(a), providencie do seu acervo pessoal diferentes imagens de pessoas em di-
!$+3"3(3/&)"Ue$3Q-0%&$@&03($(1/390%/5/4/.$()#"(-H9/"($#(&"#"%;0(Fo((9"+"(-"1"("4)%07
Quadro 17
!"#$%&'("$)#*+(*,(%-./012)*+0*
Critérios
aprendizagem
{( Proporção
{( Volume
Croqui {( Movimento
{( N1$%&/,-"UG0( 103( <+)90s na sua repre-
sentação

Aula 09
Organize os estudantes em grupos e distribua uma imagem para cada um, das que
foram ampliadas, solicitando que conversem entre si sobre os aspectos comportamentais,
estado de espírito e personalidade que transparecem de cada imagem.
A seguir, peça que cada aluno escreva um texto relacionando os aspectos percebidos
na imagem, desenvolvendo-o através de um tema. Por exemplo, um aluno escolhe o tema
andarilho, porque percebeu o sentimento de liberdade na imagem.
A proposta deste exercício é uma oportunidade de experimentação da contextualiza-
ção da imagem através da descrição, com desdobramentos interpretativos e subjetivos.
Somos normalmente ensinados a entender a informação de maneira abstrata por meio
1$(9"4"!+"3($(%=#$+037(N+$#03'(90+(#$/0(1"(/#"<$#($3-04;/1"'(+$4"-/0%"+(3$%&/#$%&03'(
de forma a extrair dela informações necessárias para estruturar o design que é ir além da
94"3&/-/1"1$'(1$,%/%10(90+(#$/0(1"(/#"<$#($3-04;/1"(&010(0(9+0-$330(1$(-+/"UG0'(/%-4)/%-
10(&$-%040</"Q&$%1B%-/"Q(9$3:)/3"7
Próxima aula: peça para os estudantes que tragam 01 folha de papel cartão preto,
tesoura, régua, cola , papéis coloridos, pedaços de tecidos em cores determinadas pelas
informações do projeto.
Aula 10
M+0*$330+(t"v'(%$3&"(")4"(!0-B(1$!$(9+0!/1$%-/"+()#"(,-;"("(3$+(9+$$%-;/1"(9$403($3&)-
dantes, lembrando que a imagem e os aspectos destacados na aula anterior serão o eixo
condutor de toda sua produção, a partir dessa aula.
Ficha de Análise
Quadro 18
Aspectos destacados na imagem escolhida

Sexo:
( ) Feminino ( ) Masculino
Categoria:
t((v(C+"5"4;0(t((v(j".$+(t((v(O390+&$(t((v(f$4/</G0(
t((v(\)&+03QO39$-/,:)$(
Artes Visuais 53
Personalidade:
t((v(60%&$3&"10+"(t((v(N%&+0!$+&/1"(t((v(f$5$41$(t((v(f$&+"V1"(t((v(60#90+&"1"(t((v(j/5$+"4
t((v(N%&$4$-&)"4((t((v(O@/<$%&$(t((v(O@&+0!$+&/1"(t((v(N++$!$+$%&$(t((v(F<+$33/!"(t((v(P$%3)"4
(t((v(O@H&/-"(t((v(64D33/-"(t((v(801$+%"(t((v(\)&+03QO39$-/,:)$(
Detalhes que serão incrementados na roupa:

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,:)$
Padrão econômico:
t((v(8>1/0t((v(F4&0(t((v(p"/@0(t((v((t((v(\)&+03QO39$-/,:)$
Segmentos:
( ) Sob-medida ( ) Prêt-à-porter
Cores:
______________________________________________________________________
Tipos de tecidos:
t((v(6+$9$(t((v(k$"%3(t((v(P$1"(t((v(8"4;"(t((v(j/%;0(t((v(\)&+03QO39$-/,:)$
Acessórios:
t((v(N4;H3(t((v(6/%&03(t((v(O3&"#9"3(t((v(M0-;$&$(t((v(\)&+03QO39$-/,:)$

Tipologia:
t((v(p4)3"(t((v(6"4U"(t((v(P05+$903/UG0(t((v(P"/"(t((v(q$3&/10(t((v(6"3"-0(t((v(\)&+03QO39$-/,-
:)$
Formas:
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v(8/%/(t((v(C0#"+"2:)$2-"/"(t((v(t((v(\)&+03QO39$-/,:)$

Quadro 19
!"#$%&'("$)#*+(*,(%-./012)*+0*
Critérios
aprendizagem
{( Coerência com a proposta e com a ima-

Preenchimento da Ficha de Análise
gem escolhida

Próxima aula: Peça para os estudantes trazerem 01 folha de papel cartão branco,
tesoura, régua, cola , papéis coloridos, pedaços de tecidos em cores determinadas pela
informações do projeto.
Aula 11
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10(0(9$+,4("0(&$#"7
Agora, iremos construir uma cartela de cores composta por todas aquelas que serão
utilizadas, incluindo o preto e o branco, reportando ao tema escolhido para o trabalho.
Exemplo: tema romântico: cores neutras, gama de rosados; tema energético: cores quen-
tes e intensas.
(6"+&$4"3(-0#(_("(Y(-0+$3((3G0(0(3),-/$%&$(9"+"(-0#90+()#"(-04$UG07
Para uma melhor visualização, a cartela de cores deve ser apresentada sobre um fundo
5+"%-0(-0#(/%&$+!"40(#V%/#0(1$(I(-#($%&+$()#"("#03&+"(1$(-0+($(0)&+"7(N330(3$+!$(9"+"(
:)$("3(-0+$3(%G0($@$+U"#(/%y)B%-/"($(/%&$+*$+B%-/"($%&+$(3/7
O tamanho mínimo para a amostra de cor é 2 x 3cm ou 3 x 2 cm. A amostra deve ser
uniforme e sem textura.
Peça que os alunos construam essa cartela de cores com recortes de tecido e papel
colando-os na base do papel cartão.
Com a cartela de cores em mãos, eles montarão uma coleção com 3 croquis, utilizando
as cores da cartela e os detalhes da roupa observada na imagem escolhida (se na imagem
tiver bordado ou sobreposições de tecidos, ou estampas, por exemplo, esse detalhe deve
acompanhar toda a coleção).
Quadro 20
Baseados na experiência da produção do croqui produzido na 8ª aula, os estudantes

escolherão um dos croquis para trabalhar um modelo que se relacione com o tema esco-
lhido na aula 9, devendo observar todos os detalhes.
Artes Visuais 55
Quadro 21
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Critérios
aprendizagem
{( Proporção
{( Forma
{( Volume
Croqui
{( Movimento
{( Execução do planejamento
{( Representação de texturas e materiais
{( Organização
Cartelas de cores
{( Acabamento
Aula 12
Nesta aula, os estudantes irão trabalhar com o croqui produzido na aula anterior, am-
pliar e dar enfoque à cor, textura, detalhes ( botões, bordado, tecido, estampa, sobrepo-
sições) fazendo as correções com os detalhes necessários para a produção em um molde
tridimensional, por meio da Moulage e da Papietagem.
Moulage: técnica de desenvolver uma roupa ou molde trabalhando diretamente no
corpo ou no manequim.
Imagem 37 Imagem 38 Imagem 39
Papietagem: técnica de modelagem com papel. São tiras de papel coladas umas às
outras sobre um molde. A matéria-prima utilizada é o papel jornal, o papel branco e o
grude (cola feita a base de farinha e água). As peças são moldadas com vários pedacinhos

1$(9"9$4(3$%10(305+$903&03($(-04"103(-0#(0(<+)1$7(]0(,%"4(>(*$/&0()#"(-"#"1"(-0#(9"-
pel branco para melhorar o acabamento. Depois as peças podem ser pintadas ou receber
outros tipos de acabamento como decoupage, craquelê etc. (ver glossário).
Imagem 40 Imagem 41
''''K8+.%8'XD'''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''K8+.%8'XY''
Imagem 44
obras de Violise Lunn
Artes Visuais 57
Quadro 22
Como fazer?
Usam-se diversas camadas sobrepostas de jornal (ou folhas de revista) e cola caseira (grude)
:)$(3G0(-04"1"3(305+$()#"(5"3$(:)"4:)$+'(9+01)./%10()#"($3&+)&)+"(,+#$(1$90/3(1$(3$-"7(
O jornal deve ser rasgado em pequenos pedaços, sem o uso da tesoura para a melhor junção
1"3(,5+"37
Qualquer objeto pode ser usado como forma, depois subtraído da máscara. Mas podemos
usar, também, uma estrutura permanente feita de papelão, plástico, madeira etc.
Receita da cola caseira (ou grude):
Para cada 1 colher (de sopa) de farinha de trigo, usa-se 1 xícara de água.
Dissolve-se a farinha de trigo na água e leva-se ao fogo mexendo para não embolar.
Para que o grude tenha maior durabilidade, recomenda-se o uso de algumas gotas de desin-
fetante (Pinho Sol) ou formol.
Para a próxima aula

M$1/+("03("4)%03(:)$(&+"<"#()#"(50%$-"Q50%$-0(9"+"(3$+!/+(-0#0(5"3$(9"+"("(#0%-
tagem da papietagem e moulagem: papel alumínio, tesoura, cola, jornal ou papel crepon.
Quadro 23
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Critérios
aprendizagem
{( Proporção
{( Movimento
Croquis {( Volume
{( C$@&)+"
{( Acabamento
Aula 13
Professor(a ), nesta aula será iniciado o trabalho de papietagem.
Peça aos estudantes que cubram a boneca(o) com papel alumínio, para proteger a
5"3$7(N%/-/$#("(9"9/$&"<$#(#01$4"%10("(9$U"'(-0%*0+#$(0(-+0:)/(t!$3&/10'(-"#/3"'(-"4U"v7(
Picotem o papel com as mãos e aos poucos vão colando sobre a boneca(o), sobrepondo
as pontas para não soltarem, colando uma folha sobre a outra. Depois de modelado,

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Para casa
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Quadro 24
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Critérios
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>' Acabamento
=-2("%-<"& >' Cobertura
>' Limpeza
Para a próxima aula

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Aula 14
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Quadro 25
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Critérios
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>' Acabamento
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Para Casa
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Artes Visuais 59
Aula 15
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Quadro 26
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Quadro 27
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Critérios
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Portifolio >'6$"!F/#(-'#$&'$'%"&-'2!$2$9%$
>'Acabamento
>'?!<-/(.-3E$
>'Limpeza
>'T(&"/9E$
>'P/A7-)!-&"/%$

Glossário
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Artes Visuais 61
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
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Magia e técnica, arte e políticaD'$0!-9'"9#$*1()-95'cE$'=-7*$+'P)(%$!-'b!-9(*("/9"5'
b?qq?J+'=-%!(#"5'WXXr'n'A Moral e a Máscara.'[($')"'p-/"(!$D'P)5'[$##$5
bd[sP+'="%"!5'ijjr'n'Hibridismo Cultural.'cE$'q"$2$*)$D'P)(%$!-'d/(9(/$95
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qf=?]P\csv't(**"9+'%!-)73E$'e-!(-'q7#(-'e-#1-)$+'f&2Q!($')$'P,F&"!$D'A Moda e
seu destino nas sociedades modernas+'c-$'=-7*$+'6$&2-/1(-')-9'q"%!-9+WXYX
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ANEXO
Anexo 01
Adolescência e Rebeldia : modas de vanguarda
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habitat no G-5G*#/G)):+'#$&$'/7&'#$9&$9'"&'9('&"9&$5'P!-',!"A7"/%-)-'2"*-'A7-9"'
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Artes Visuais 63
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James Dean – Via blog Mestre Joca
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Elvis Presley - via blog Tranca-On-line Marlon Brando – Via blog Themave – Bijou

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Emos - tribo urbana contemporânea - via blog Desenblogue
Artes Visuais 65
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Roqueiros – Outra tribo urbana – via blog Canto do Oráculo

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Artes Visuais 67
Anexo 02
Bonecas de papel
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Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2008/03/bonecas_de_papel.html#ixzz0m403p6dh
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Artes Visuais 69
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Anexo 03
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Artes Visuais 71
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Reorientação em Pirenópolis
SEQUÊNCIA DIDÁTICA - 9º ANO

GRAFFITI/GRAFITE PROTESTO E ARTE
ARTES VISUAIS
“
“O curso de reorientação abriu novos horizontes
para nós, professores de arte, contribuindo,
principalmente, com a perfeita compreensão
do que é uma sequência didática e quais as
melhores formas de aplicá-la na prática.
O processo de construção das sequências
enriqueceu o nosso olhar sobre este instrumento
ainda tão novo no nosso cotidiano. Os
estranhamentos acerca dessa atividade foram
esclarecidos, como conceitos e técnicas das
quais conhecíamos, mas não tínhamos perfeito
entendimento.
A ideia das sequências didáticas é inovadora
e contribui para uma sistematização do ensino
das artes visuais, além de auxiliar o professor
na difícil tarefa de trabalhar uma disciplina
”
sem material didático apropriado.”
Professora Silvia Cecilia da Silva Faria

SRE – Anápolis
GRAFFITI/GRAFITE
PROTESTO E ARTE
Edilene Batista Gonçalves de Assis1
Kátia Rodrigues 2
Rochane Cezar Torres3
Santiago Lemos4
Édina Nagoshi5
APRESENTAÇÃO
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Artes Visuais 75
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Artes Visuais 77
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1ª Aula
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Quadro 1
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Portfólio: é uma coletânea de todo o trabalho em andamento, desenvolvido a partir de um conjunto de ações,
!"#$%&'(#!#)%$"*+',!#,'#)%-%./!(#0!12)%%3$/!(#2)!,"4/!(#5"%#6!)'1#'7)%7'3,!#8'*!)%$#'+)'89$#,'$#%.2%):;30:'$#
desenvolvidas dentro de um determinado período de tempo e por uma análise contínua da9'aulas.
V@C?K@I@
\!-."!'$9'!"<(9%!$9'B2-*-:!-9H#1-:"C'/-'2!I@(&-'-7*-.
IMAGENS DE GRAFFITI /GRAFITE:
Imagem 1 Imagem 2
Foto: Rochane Torres Foto: Kátia Rodrigues
Imagem 3 Imagem 4
Foto: Edilene Batista Foto: Santiago Lemos
Artes Visuais 79
2ª Aula
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3ª Aula
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Quadro 2
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4ª Aula
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Portfólio:
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Artes Visuais 81
5ª Aula
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6ª Aula
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Imagem 7 Imagem 8
Imagem 7/8 Sticker – Fotos: Santiago Lemos
Portfólio:
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7ª Aula
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Portfólio:
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8ª Aula
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Artes Visuais 83
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Abstrato:
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Figurativo:
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Foto: Kátia Rodrigues Foto: Rochane Torres
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9ª Aula
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Foto Rochane Torres Foto Edilene Batista
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Artes Visuais 85
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10ª AULA
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Quadro 3
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Portfólio:
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11ª Aula
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Quadro 4
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Artes Visuais 87
Portfólio:
Os estudantes deverão fazer o registro da visita por meio de fotos e coleta de impressões entre os colegas.
12ª Aula
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Quadro 5
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13ª Aula
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14ª Aula
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Imagem 15 Imagem 16
Fotos: Santiago Lemos. Moldes vazados sobre o suporte (cartolina)
Artes Visuais 89
Imagem 17
Fotos: Santiago Lemos
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15ª Aula
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Quadro 6
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ANEXOS
01
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Artes Visuais 93
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Foto: Edilene Batista
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Imagem 21 Imagem 22
Foto: Edilene Batista Foto Rochane Torres
Artes Visuais 95
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Imagem 23 Imagem 24
Foto: Edilene Batista Foto: Kátia Rodrigues
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Imagem 25 Imagem 26
Foto: Santiago Lemos Foto: Rochane Torres
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Foto: Rochane Torres Foto: Santiago Lemos.

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Imagem 29 Imagem 30
Foto: Kátia Rodrigues Foto: Edilene Batista
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Imagem 31 Imagem 32
Foto: Santiago Lemos. Foto: Kátia Rodrigues
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Artes Visuais 97
Imagem 33
Exemplos de sticker. Fotos 35 :Edilene Batista

03
Na Onda do STICKER
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Artes Visuais 99
Imagem 34 Imagem 35
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hidrocor, canetinha e ou pincel atônico;
Imagem 36 Imagem 37
r'2-99$: recorte o desenho; l'2-99$D recorte o papel contact e cole sob o

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Imagem 38 Imagem 39
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seu stick
=-99$9')$'9%(#w"!. Fotos 34 a 39:Edilene Batista / Kátia Rodrigues

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Artes Visuais 101

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04
Conceitos: ABSTRATO E FIGURATIVO
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Arte abstrata
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B"92"#(-*&"/%"'/-9'-!%"9':(97-(9C'A7"'/E$'!"2!"9"/%-'$08"%$9'2!I2!($9')-'/$99-'!"-*()-)"'
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Artes Visuais 103

05
Como construir história em quadrinhos
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Artes Visuais 105

06
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Artes Visuais 109

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Artes Visuais 111


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