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CAPÍTULO 16 (1)
ESTRUTURAS DE ARRIMO
1. INTRODUÇÃO
Sempre que se deseje vencer um desnível e não houver espaço para a construção de um talude,
ou ainda, quando se deseje efetuar aberturas no terreno natural, para a implantação de galerias, por
exemplo, há necessidade de construir estruturas de suporte que impeçam o desmoronamento do
terreno.
As estruturas de arrimo podem ser de vários tipos e proporcionam estabilidade de várias
maneiras. Existem os muros de arrimo de gravidade, de gravidade aliviada, muros de flexão, muros de
contraforte, cortinas de estacas prancha, cortinas de estacas secantes ou justapostas, cortinas de perfis
metálicos (H ou I) combinados com pranchões de madeira, paredes diafragma e eventualmente partes
de estruturas projetadas para outro fim, que têm por finalidade retenção como por exemplo os sub-
solos de edifícios e cortinas de pontes.
Pode-se utilizar estruturas de arrimo em obras temporárias, como na abertura de valas para
implantação de condutos e metrôs. Nestes casos, geralmente, introduzem-se os elementos da estrutura
anteriormente à escavação e à medida que se processa a escavação, complementa-se a estrutura com os
elementos adicionais: pranchões de madeira, estroncas, tirantes, etc. Completada a obra, procede-se
ao reaterro da escavação e os ele mentos utilizados no escoramento podem ser retirados e
reaproveitados.
Em obras definitivas, como no caso dos muros de arrimo, é normal proceder-se à escavação,
deixar um espaço livre atrás de onde será implantada a estrutura, para facilidade de trabalho, e, uma
vez completada a estrutura, procede-se ao reaterro do espaço deixado livre . Deve-se frisar, entretanto,
que estas não são regras gerais para estruturas temporárias e definitivas, havendo comumente
exceções.
Os muros de gravidade dependem basicamente de seu peso para manter a estabilidade; suas
dimensões são de tal ordem que não se desenvolvem tensões de tração em nenhuma seção.
No caso de muros de gravidade aliviada o principio básico é o mesmo, só que por razões de
economia substitui-se parte do muro pelo solo que atua sobre a base. Há necessidade de se reforçar o
concreto.
(1)
Mecânica dos Solos Volume II- Orencio Monje Vilar & Benedito de Souza Bueno- Departamento de Geotecnia- Escola de
Engenharia de São Carlos
130
A terra armada é um material que conjuga solo e uma armadura de tração (tiras metálicas, fios,
fibra de vidro, geotêxteis). Por um mecanismo de atrito cria-se uma pseudo-coesão que garante
estabilidade ao maciço. O revestimento tem por finalidade impedir que o solo situado entre armaduras
escoe e também proporcionar estética à estrutura.
A utilização de seções delgadas de concreto armado ocorre nos muros de flexão e de
contrafortes (Figura 16.4). Trabalham sob tensões de tração, daí a necessidade de utilizar-se concreto
armado.
Os muros de flexão são utilizados com razoável economia até alturas da ordem de 6,0 m; os
contrafortes por introduzirem uma rigidez adicional na estrutura aplicam-se para alturas maiores que
8,0 m e/ou quando as solicitações são elevadas.
As estacas prancha são peças de madeira, concreto armado ou aço que se cravam formando
por justaposição as cortinas e se prestam para estruturas de retenção de água ou solo, podendo ser
utilizadas tanto para obras temperarias quanto definitivas (Figura 16.5).
Figura 16.6 - Estacas prancha de extremidade livre (a)e de extremidade fixa (b). T-reação
devida à ancoragem; A-esforço sobre a cortina; R-empuxo passivo disponível; S-empuxo passivo
reverso, necessário para obter engastamento.
Esse tipo de escoramento segue a mesma linha de construção das estacas prancha, ou seja,
cravação dos perfis, início da escavação até a cota de colocação do primeiro elemento estrutural
adicional, prosseguimento da escavação até o próximo nível de entroncamento colocação da estronca,
e assim sucessivamente até o fundo da escavação (Figura 16.7).
No que se refere a escavações escoradas podemos ter ainda os seguintes tipos de
escoramentos: estacas secantes, estacas justapostas e paredes diafragma.
O método de construção para os três casos é basicamente o mesmo: primeiro, escavação do
furo até a cota desejada (eventualmente as estacas podem ser também cravadas), estabilização do furo
com lama tixotrópica e posterior concentragem. As estacas secantes e paredes-diafragma encontram
maior aplicação quando se deseja impedir a migração de finos e/ou passagem de água; já as estacas
justapostas são utilizadas para reter solos granulares acima do NA quando então se conta com a
contribuição do arqueamento.
As paredes diafragma são construídas em painéis alternados com dimensões situadas entre 50
x 250 cm e 90 x 400 cm; a escavação é feita com caçamba tipo "clam-shell" e a concretagem é
submersa afastando-se a lama bentonítica que estabiliza o furo. A Figura 16.9 esquematiza as diversas
fases de construção de uma parede diafragma.
Figura 16.9 - Parede Diafragma: a) execução de paredes guia; b) escavação com auxilio de
lama; c) colocação de armadura; d) concretagem submersa; c) retirada dos tubos guia; f) secção.
Para o caso de solos argilosos pode ocorrer levantamento do fundo ("heave") e em se tratando
de solos arenosos pode ocorrer “piping”, caso haja entrada de água pelo fundo da escavação.
Quando se pode optar pelo material de preenchimento de estruturas de arrimo deve-se sempre
evitar solos argilosos devido aos inúmeros problemas que estes podem causar, tais como deformações
visco-elásticas, incertezas quanto aos desloca mentos necessários para produzir os estados de
equilíbrio plástico e aumento de esforços devido à expansibilidade que se manifesta comumente nos
solos finos. Um estudo sobre o comportamento insatisfatório de muros de arrimo mostrou que em
68% dos casos os muros estavam apoiados em argila e que 51 % dos muros tinham solos coesivos
como reaterro.
Regra geral, a correta determinação das cargas laterais atuantes sobre qualquer tipo de
estrutura de arrimo depende das deformações a que estará sujeita essa estrutura.
A determinação dos esforços laterais sobre muros de arrimo, pode ser feita por qualquer dos
métodos tradicionais, desenvolvidos no capitulo anterior e que seja aplicável ao problema em questão.
De qualquer forma, relembra-se que os esforços são decisivamente determinados pelas deformações
em jogo e muitas vezes, dada a rigidez da estrutura, não ocorrem deformações suficientes para
mobilizar os estados de equilíbrio plástico. Experimentos com areias densas realizados por Terzaghi
mostraram que a distribuição linear de esforços, tal qual preconizado nas teorias tradicionais, tem
chance de ocorrer quando o muro sofre um giro em torno do seu pé (Figura 16.l0 a).
Para areias compactas basta que o topo do muro se desloque cerca de 0,001 da sua altura, para
que o estado de tensões passe do repouso para o ativo. Como o deslocamento é muito pequeno, parece
lícito supor que essa situação ocorre comumente nos muros de arrimo em balanço.
Situação semelhante ocorre quando o muro tende a sofrer uma translação na horizontal.
Inicialmente o diagrama tende a uma forma parabólica (Figura 16.10 b), com a resultante situada a
meia altura; porém com pequenos deslocamentos (aa’) o diagrama passa a triangular (Figura 16.10 c),
com a resultante posicionando-se no terço inferior do muro. Terzaghi assinala que em função dos
pequenos deslocamentos necessários para atingir o estado de equilíbrio ativo, pode-se desprezar a
135
primeira etapa (Figura 16.10 b), quando se trata de muros em balanço e admitir distribuição linear de
esforços.
Caso o muro gire em torno de seu topo, as deformações na parte superior serão insuficientes
para atingir o estado de equilíbrio plástico (Figura 16.10 d). Entretanto, na parte inferior, os
deslocamentos já são suficientes para atingir o estado de equilíbrio limite. As partículas de areia da
parte superior, por causa da restrição lateral, tendem a movimentar-se para baixo, porém a essa
tendência de movimento contrapõem-se tensões de cisalhamento na parte de solo contígua à superfície
de desligamento.
Como conseqüência, a tensão vertical na parte inferior da cunha é menor do que a tensão
vertical em repouso, que corresponde ao peso de solo sobrejacente. Disso resulta, um diagrama
parabólico com tensões altas próximo à superfície e baixas próximo ao pé do muro (Figura 16.10 d).
Este fenômeno de transferência de cargas na massa de solo, de um nível que passou pela
ruptura, para outro nível contínuo, fora da zona de ruptura, recebe o nome de arqueamento. O
arqueamento condiciona uma série de comportamentos observados nos solos, sobretudo nos
granulares, como por exemplo, na distribuição de esforços sobre valas escoradas (item 4) e na
capacidade de carga de estacas.
Outra situação na qual a distribuição de esforços não é linear ocorre quando as extremidades
inferior e superior do paramento estão impedidas de se deslocar, porém, com possibilidade de flexão
na parte central (Figura 16.10 e). Novamente, por efeito de arqueamento, o diagrama assume uma
forma dupla parabólica com esforços menores onde os deslocamentos são maiores. Exemplo clássico
de tipos de estruturas sujeitas a restrições desse tipo refere-se a cortinas de contenção em pontes e sub-
solos de edifícios. Estas estruturas estando apoiadas sobre fundações pouco deformáveis terão a sua
parte superior impedidas de deslocar pela presença das lajes. Deve-se chamar a atenção para o caso de
a estrutura ser bastante rígida, o que poderá impedir deformações apreciáveis e gerar um estado de
esforços próximo do repouso.
Chama-se a atenção também para o caso dos solos pré-adensados que podem apresentar
coeficientes de empuxo maiores que a unidade.
A Figura 16.11 mostra sugestões para a definição das dimensões de muros de arrimo, segundo
Bowles (l977).
O projeto estrutural do muro consiste em apenas uma das etapas do projeto global. Os
esforços laterais podem gerar situações de instabilidade, seja por desligamento da estrutura ou
tombamento. A Figura 16.12 ilustra os esforços a observar na verificação ao desligamento e ao
tombamento de um muro de arrimo.
A parcela horizontal do empuxo deve ser comparada com todos os esforços resistentes e que
na Figura 16.12 são:
- coesão e atrito na base: a resistência que se desenvolve entre muro e solo pode ser colocada
semelhantemente à envoltória de resistência dos solos S = Ca + f N
Onde: Ca - força de adesão solo muro (Ca = ca . B)
f - coeficiente de atrito
empuxo passivo (E p)
Evidentemente o empuxo ativo a considerar será composto de todas as ações que possam atuar
sobre o muro: solo, água, sobrecargas, etc.
E ph + c a B + f ⋅ N'
FS = N' = N − U
E Ah
Devido a vários problemas que podem ocorrer com a coesão, recomenda-se utilizar em solos
argilosos como adesão solo-muro Ca = (0,5 a 0,75)c limitando-se esse valor a um máximo de 5 tf /m .
Para concreto lançado fresco sobre o solo, pode-se tomar f = tg φ.
Dentre as forças que se devem incluir em N, esta EAv, componente vertical do empuxo. Caso
não se possa garantir que o solo situado frente ao muro venha a permanecer durante a vida útil da obra
não se deve considerar a sua contribuição.
Normalmente, procura-se obter os seguintes fatores de segurança:
O deslizamento geralmente constitui a situação mais critica para muros sobre solos arenosos.
Caso haja camadas de menor resistência subjacentes ao solo de apoio do muro, deve-se considerar a
possibilidade de deslizamento por essa camada.
O Fator de Segurança ao tombamento é calculado considerando-se os momentos em relação
ao pé do muro (ponto A Figura 16.12).
137
W ⋅ a + Ep ⋅ c
FS =
Ea b
Caso se utilizem solos siltosos ou argilosos, como material de reaterro, além das dificuldades
já apontadas no item 1, deve-se esperar aumento de esforços devido à água, mesmo existindo um
eficiente sistema de drenagem. Em épocas de intensa precipitação, o nível de água tardará a baixar,
pois devido à baixa permeabilidade desses solos, a água fluirá muito lentamente para o dreno.
4. ESCAVAÇÕES ESCORADAS
γH
N=
c
Para valores de N superiores a 6 é provável uma ruptura pela base e para N variando entre 3 e
4 tem-se o início de formação de zonas de plastificação, com movimentos significantes do solo.
O fator de redução m da expressão
4c
KA = 1 - m (argilas moles e médias)
γ H
oscila entre 0,4 e 1,0. Segundo as medições efetuadas nas argilas de Oslo (normalmente
adensadas, aparentemente) e Chicago (ligeiramente pré-adensadas) é provável que m = 1,0 em argilas
pré-adensadas e m < 1,0 nas argilas normalmente adensadas, sempre quando N > 4 e a camada de
argila seja suficientemente espessa para que se desenvolva integralmente a zona plástica.
No dimensionamento estrutural dos perfis, pode-se considerá-los como uma viga continua
com a parte superior em balanço e intermediariamente apoiado nas estroncas e a parte inferior em
balanço ou com as condições de apoio determinadas pela profundidade de embutimento do perfil
(ficha). Um processo rápido para determinação dos esforços sobre as estroncas está representado na
Figura 16.18.
Figura 16.18 - Processo simplificado para determinação dos esforços nas estroncas.
Outra alternativa, esta mais simples consiste na colocação de escoras apoiadas no fundo da
escavação.
A distribuição de esforços adotada para o metrô de São Paulo aparece nas Figuras 16.20 e
16.21, para solos arenosos e solos argilosos respectivamente.
Figura 16.20 - Distribuição de esforços para solos arenosos Metrô de São Paulo.
No presente caso, considera-se que o solo onde está embutido o perfil proporcione um apoio
situado a 60% do comprimento da ficha. Cargas adicionais, tais como devidas a fundações de
edifícios, devem ser incluídas.
Figura 16.21 - Distribuição de esforços para solos argilosos. Metrô de São Paulo.
142
1 c 1
zo = ⋅ 2,67 ⋅ ⋅
2 γ KA
A profundidade da fenda assim calculada deverá ser limitada a 3,0 m e o peso de solo, até a
profundidade zo é tomado como uma sobrecarga. Além disso, deve-se supor a fenda preenchida por
1
água o que resulta um esforço adicional de γ W ⋅ z o2 .
2
Na verificação da estabilidade da pranchada, um dos aspectos a considerar refere-se à
profundidade da ficha to. Para facilitar essa verificação pode-se, na adoção do diagrama equivalente,
considerar o empuxo ativo como atuante em toda a extensão do perfil (h + to), conforme se mostrará
no próximo item.
Nas paredes de perfil metálico com pranchões, estes descem somente até o fundo da
escavação, formando uma parede continua. Abaixo do fundo, seguem apenas os perfis, sendo
necessário verificar o empuxo passivo disponível para garantir o apoio do perfil. Uma forma de
cálculo proposta por Weissenbach, considerando perfil com aba bo = 30 cm e espaçamento entre L >
l,50 m, é dada pelas expressões.
to - comprimento da ficha
f1 solo
2,0 - marca em blocos (c > 1,0 tf /m2)
1,5 - areia (Dr > 70%)
0,6 - silte e argila
b - (b - largura da aba do perfil - cm)
f2 =
30
L - (L - espaçamento entre perfis - m)
f3 =
1,50
143
Para espaçamentos usuais entre perfis (L = 1,50 a 2,00 m) é comum admitir-se a parede como
contínua até o fim do perfil. Assim o empuxo passivo a considerar pode ser calculado pelas teorias
tradicionais.
Na verificação da ficha procura-se um fator de segurança mínimo de 1,5. Quando no ajuste do
diagrama consideram-se os esforços como atuantes em toda a extensão do perfil, o fator de segurança
da ficha é dado por (Figura 16.22).
Assim, no calculo dos esforços sobre o perfil (viga continua apoiada em A, B, C, D) despreza-
se a parcela ∆EA, a qual se considera que atue diretamente 'sobre o apoio da ficha.
Quando houver três ou mais níveis de estroncas as reações sobre as estroncas situadas entre
0,25H e 0,75H são majoradas de 30% devido às simplificações assumidas dos esforços. na
determinação
A estabilidade de fundo da escavação foi analisada por Terzaghi que considerou a capacidade
de carga do solo, quando solicitado por uma "sapata corrida" de largura B, tal qual se esquematiza na
Figura 16.23.
Nesse estudo são abordadas valas com solo coesivo (φ = 0) e arenosos (c = 0). Apresenta-se a
seguir uma dedução englobando as duas analises de Terzaghi para solo com coesão a atrito.
Para um solo genérico, pode-se definir a carga na "sapata" de largura B, devida ao solo como:
Q B = W - E A tg φ - c ⋅ H
σ RH = c ⋅ N c + q . N q + γ ⋅ B ⋅ Ng
Terzaghi considerou que a carga máxima (Q’RH) que o solo pode suportar à profundidade H,
para uma sapata de largura B é:
Q RH
Q 'RH =
2
onde: - Q RH = 2B (c Nc + q Nq + g ⋅ B ⋅ N ⋅ γ )
Q 'RH B(c N c + q ⋅ N q + γ ⋅ B⋅ N γ )
FS = =
QB W - E A ⋅ tg φ - c H
Figura 16.24 - Estabilidade contra levantamento de fundo em solos coesivos (NAVFAC DM-
7, 1971).
A estabilidade pode ser calculada por qualquer dos métodos apresentados no Capítulo 14,
devendo-se garantir um fator de segurança adequado para a situação mais critica que possa ocorrer.
Observe que as estroncas atuam como esforços externos e devem ser incluídas na analise de
estabilidade.
As deformações do solo contido pela parede são responsáveis por deslocamentos da superfície
do terreno adjacente à escavação. Surge então a necessidade de quantificar os recalques associados
aos deslocamentos da pranchada para verificar a sua influência sobre as estruturas vizinhas.
Trata-se de uma das verificações mais difíceis e mais incertas no dimensionamento do
escoramento de uma escavação, em função das simplificações impostas em todas as faces de
dimensionamento e do desconhecimento do comportamento real do solo.
Peck (1967) ressalta que os recalques dependem das propriedades do solo, das dimensões da
escavação, da técnica de escavação, do tipo de escoramento empregado e da técnica de construção do
escoramento. Por estas razões é extremamente difícil realizar previsões acerca do tema sendo
necessário recorrer a medidas em obras semelhantes e a uma considerável dose de julgamento por
parte do projetista. Baseado em medidas (ou na inexistência delas...) em diversas obras, Peck afirma
que escavação em areias densas e em materiais granulares coesivos provavelmente exibirão pequenos
recalques, desde que se empreguem boas técnicas de construção no escoramento. Já em argilas moles
os recalques a esperar deverão ser elevados. O gráfico da Figura 16.26 permite obter ordens de
grandeza dos recalques a esperar devido a deslocamentos da pranchada.
EXEMPLO 16.1
φ = 35o
δ = 30o 1 ⋅ 0,82
KA = = 0,28
i = 10o 0,91 ⋅ 0,42
0,87 +
0,98
1 E Ah = 5,76 tf/m
EA = ⋅ 1,90 ⋅ 5 2 ⋅ 0,28 = 6.65 tf/m
2 E Av = 3,32, tf/m
Obs. 1 tf = 10 kN
- peso do muro
5 +1
W2 = ⋅ 1,60 ⋅ 2,50 = 12,0 tf/m
2
FS D =
(12,0 + 5,0 + 3,32)
=
11,73
= 2,0
5,76 5,76
- tensões na fundação
y considerando momentos em relação ao centro da base do muro (ponto C), tem-se:
148
excentricidade da resultante – e
tf . m
e=
∑M ∑ M = 6,65 ⋅ 0,90 + 12,0 ⋅ 0,02 - 5 ⋅ 0,80 = 2,58 m
∑V ∑ V = 20,32 tf / m
20,32 6 x 2,58
2,58 σ = ± = 10,16 ± 3,87
e = ≅ 0,13 m 2,0 2,0 2
20,32
σA = 14,03 tf / m 2 σ B = 6,29 tf / m 2
SINOPSE
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