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REDUTOR DE VELOCIDADE
Redutor de Velocidade são máquinas empregadas para se obterem grandes redução de trans-
missões, sem necessidade de recorrer a engrenagens de grandes diâmetros ou motoras de poucos den-
tes.
Os redutores podem ser constituídos de engrenagens paralelas, cônicas e com cora e rosca
sem-fim.
Freio Acoplamento
RENDIMENTO NO REDUTOR
O rendimento (η) é dado por par de engrenagem e depois é considerado o rendimento nos
mancais e em todo o redutor, tendo o rendimento total.
Resolução:
RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO
Tomando como exemplo a figura 1, a relação de transmissão é dada da seguinte forma:
n1 z 2
1o Par de Engrenagens: i1 = = A redução Total do sistema é dada da seguinte
n2 z 1
forma: iT = i1 . i2 . i3
n2 z 4
2o Par de Engrenagens: i2 = = ou ainda:
n3 z 3
n3 z 6 nentrada n 4
o
3 Par de Engrenagens: i3 = = i1 = =
n4 z 5 n saída n1
iT = i1 . i2 . i3 . ... . in
i=6a8
usaremos no máximo: io = 6
log i logarítimo i
n= =
log i o logarítimo io
Redução Real
O Valor da redução necessária deve estar entre: 0,97 < < 1,03
Redução Necessária
Exemplo de Calculo:
Determine o número de pares de engrenagens para os dados indicados abaixo :
n1 = 1750 rpm
dt = 500 mm
io = 6
v e = 8,0 m/mim
MOMENTOS TORÇORES
A redução por par de engrenagem também pode ser dada da seguinte forma:
M t2 Mt3 Mt 4
i1 = i2 = i3 =
M t1 Mt2 M t3
N
Momento Torçor no eixo 1: M t1 = 71620 . . ηm M t S = M t e . it . η t
n1
(Q + Q o ) . v e
Potência de regime: NR =
4500 . η t
Q = carga de elevação [ kgf ]
Qo = peso da talha [ kgf ]
v e = velocidade de elevação[ m/s ]
ηt = rendimento total
2 . Qo + Q
Carga Relativa: MR =
2 . (Q o + Q)
Tabela 1: Carga Relativa
A NBR 6146 define o grau de proteção pelas letras I P seguidas de dois algarismos, exemplo:
I P - 00
o o
O 1 algarismo indica a dimensão máxima dos corpos estranhos, e o 2 número o grau de prote-
ção contra a entra de água.
o o
1 Algarismo 2 Algarismo
0 sem proteção 0 sem proteção
1 corpos > 50 mm 1 pingos d’agua na vertical
o
2 corpos > 12 mm 2 pingos d’agua 15 com vertical
o
4 corpos > 1,0 mm 3 pingos d’agua 60 com vertical
5 proteção a poeira em 4 Respingos em todas as direções
qualidade prejudicial 5 jatos d’agua em todas as direções
6 água de vagalhões
Classe de Isolação:
Classe A E B F H
o o o o o
Temperatura 105 C 120 C 130 C 155 C 180 C
Máxima:
CARACTERÍSTICAS TÍPICAS
CARACTERÍSTICAS TÍPICAS
Exemplo de Aplicação:
Para os dados abaixo, determine:
Redutor a) a redução total do sistema;
b) o número de pares de engrenagens
Acoplamento c) rendimento total;
d) a potência do motor;
Motor e) a redução por par de engrenagem;
f) o momento torçor em cada eixo.
Q = 30 tf Qo = 640 tf
n1 = 1800 rpm dt = 400 mm
v e = baixa.
FREIOS ELETROMAGNÉTICOS
FREIOS DE SAPATA
Freios de Regulagem
Freios de regulagem são freios que mantém uma determinada velocidade intermediária.
Freios para este caso, precisam ser calculados cuidadosamente e especialmente, caso por ca-
so, pois, levam-se em consideração as seguintes condições:
• velocidade regulada
• potência instalada
• tempo de atuação
• condições ambientais
REDUTOR O freio é colocado
sempre no eixo de entrada do
FREIO redutor, pois o troque é míni-
mo.
MOTOR
Freios eletromagnéticos Tipo
FNN
Fabricante: EMHL Eletrome-
cânica.
N
Mt e = 1,75 .71 620 . . ηm Momento torçor de entrada [ kgf. cm ]
ne
Mt 'e = 0,1 . Mt 'e transformação para (newtons x metros) [ N.m ] (Ver na tabela de escolha)
D = diâmetro da polia [ cm ]
c W
F µ = coeficiente de atrito
F lona do freio e polia
µ.P • ferro em fibra
µ = 0,4 a 0,6
d
• ferro amianto
D µ = 0,3 a 0,35
P
a P Medidas em função de D:
a = 1,43 . D
b
b = 0,58 . D
µ.P c = 0,19 . D
d = 0,88 . D
para verificação do Eldro
Mt 'e
momento torçor de entrada: Mt’e = µ . P . D P= [ N ] (newtons)
µ .D
b c
Calculo de F: F=P. [N] Calculo da força do eldro WNEC = F . [N]
a d
FNN 2 0 2 3
Tipo do ELDRO ED 23/5 = Força = 230 N
Diâmetro da polia em [ cm ]
Aplicação:
Tabela de Escolha do Freio FNN (esta tabela não traz a dimensões do freio)
Por Gravidade;
Sob Pressão ( ligas leves, Alumínio, Cobre, Zinco e Plástico) baixo ponto de fusão.
Shell Moldin;
Aplicações grosseiras ( exemplo: máquinas agrícolas )
SINTERIZAÇÃO ( metalurgia do Pó )
REMOÇÃO DE CAVACO
Por Formação: Requerem ferramentas de formato do vão do dente, usinagem po fresa módulo
necessita uma fresadora universal, um cabeçote divisor e um jogo de fresas módulo. Bastante utilizada,
o incoveniente é que teoricamente para cada módulo e nº de dentes seria necessário uma fresa módulo.
Na prática reduz-se o nº de F.M.
nº de F.M. 8 7 6 5 4 3 2 1
nº de Dentes 12 - 13 14 - 16 17 - 20 21 - 24 25 - 34 35 - 54 55 - 134 135 - ∞
Por Geração: Requerem máquinas especiais ( investimetno alto, possibilatam boa qualidade de
engrenagens ).
DIMENSIONAMENTO DE ENGRENAGEM
Nomenclatura
FR FN
reta tangente θ
Ft
σ f (tensão de flexão)
DP
σ c (tensão de compressão)
σ f − σ c (tensão de flexão-
tensão de compressão)
τc (tensão de cisalhamento)
2.M t Ft
Força Tangencial: Ft = Força Normal: FN =
dp cosθ
Força Radial: Fr = Ft . tg θ
q.Ft
σ max = ≤ σf σ f = tensão admissível [tabela pagina ]
L.m
q = fator de forma [ depende do z e θ , ver tabela a seguir]
Z 12 13 14 15 16 17 18 21 24
θ = 20º 4,6 4,35 4,10 3,9 3,75 3,60 3,50 3,30 3,20
q
θ = 14º 30’ -- 5,38 5,22 5,07 4,93 4,80 4,68 4,37 4,13
Z 28 34 40 50 65 80 100 até ∞ --
θ = 20º 3,10 3,0 2,9 2,8 2,7 2,6 2,5 2,5 --
q
θ = 14º 30’ 3,9 3,7 3,5 3,4 3,27 3,18 3,10 2,8 --
DADOS CONSTRUTIVOS
Nestes cálculos iremos estudar “Engrenagens Evolventes”.
Curva Evolvente: É a Curva grada por um ponto fixo de uma circunferência que rola sem escorregar
dentro de um outra circunferência base.
Curva Evolvente
db
de
VALORES DE TRANSMISSÃO
n1 M t 2 z 2
i= = = i = 8 para carregamento manual;
n2 M t1 z 1 i = 6 para pequenas velocidades;
i = 3 para grandes velocidades.
I = Interferência: O dente da Engrenagem não pode raspar o fundo do dente do Pinhão. ( fundo, seria o
Diâmetro de Base )
d1 + d 2
D=
2
ESTIMATIVA DE MÓDULO
módulo módulo
1,25 1,5
2,0
1600
(RPM) Para Pinhão de 15 dentes
2,5 4,0
1200
800
3,0
5,0
400
6,5
0
4 8 12 16 20 24
Transmissão em (CV)
m salto m salto
0,3 - 0,4. . . 1,0 0,1 18,0 a 24,0 2,0
1,25 . . . 4,0 0,25 27,0 a 45,0 3,0
4,5 . . . 7,0 0,5 50,0 a 75,0 5,0
8,0 a 16,0 1,0
CÁLCULO DO MÓDULO
COMPRIMENTO DA ENGRENAGEM
passo P=π.m [ mm ]
TIPO DE ENGRENAGEM Ψ
L
Bruta 2,0
Cortada 2,5 a 3,0
Fresada 3,0 a 3,5
Fresada e Retificada 3,5 a 4,0
70.σf
TAXA DE TRABALHO REAL c= [ kgf/cm ]
2
v + 11
π .dp1.n1 n = [ rpm ]
velocidade tangencial: v= [ m/s] m = módulo
60000
σ f = tensão admissível do
2
material [ kgf/cm ]
diâmetro primitivo: dp1 = m.z 1 [ mm ]
DIMENSIONAMENTO DO MÓDULO
N 750.N
m = 244.3 = [ mm ]
c.Ψ .z.n c.Ψ .v
EXECUÇÃO E LUBRIFICAÇÃO
0,35.Ft .E i + 1
p max = . .Yc ≤ p adm
L.dp 1 i
6800 . HB 2
Padm = [ kgf/mm ]
2
n . h . 60
E.3
1 000 000
n . h . 60
Pmax .E.3
HB = 1 000 000 2
[ kgf/mm ] Em função da dureza HB (dureza Brinel)
6800
3
6800 . HB2 1 000 000
h = . [ horas] Em função das horas de vida da engrenagem
E . Pmax n . 60
Rolamento
Pressão
db dp
TENSÃO A
MATERIAL FLEXÀO AL- DURESA BRINEL HB
TERNADA (Kg/mm 2)
Tratamento DIN SAE σf (Kg/mm2 ) NÚCLEO FACES
σf Padm
2
MATERIAL DIN SAE 2 Kgf/mm
Kgf/mm
Obs.: Adotar o melhor material para o pinhão pois sofre mais esforço e desgaste
Aplicação:
1-) Dimensionar um par de engrenagens cilíndricas de dentes retos destinados a transmitir 5 CV a
1800rpm para 500rpm.
Pinhão Aço 1060 h = 10 000 horas
Coroa Aço 1035 Fresadas θ = 20o
2-) Verifique um par de engrenagens cilíndricas de dentes retos para os seguintes dados:
N = 30CV z1 = 22 dentes Material: Aço cementado
n1 = 1200 rpm z2 = 97 dentes Pinhão 16 MnCr5
m = 6,5 mm θ = 20o
Coroa 1015
3-) Determine a potencia máxima para uma engrenagem cilindrica de dentes retos para os seguintes
dados:
m = 5,0 mm Material: Aço beneficiado 34Cr4
z = 30 dentes n = 600 rpm
3
m
N= .C.Ψ .z.n
244
Ftg A
h1 h b
s
dp
Lc
dp
1 M t = Ft . [kgf.mm]
π
W= .b.h2 b = .h 2
h 32 2
Lc = 1,5 . L
largura do cubo [mm]
Mt
h = 3 80
b n o .σ f h1 = 0,8 . h
Aplicação:
1-) Dimensione os braços e o cubo da engrenagem para os seguintes dados, e fazer um croquis:
m= 6,0 mm
z1 = 19 dentes N = 30 CV
z2 = 64 dentes n1 = 1200 rpm
Micrômetro
db
dp
z.θ
número mínimo de dentes para medir n= [Dentes]
180 o
)
medidas sobre dentes: w = m . cos θ . [ π . ( v + 0,5 ) + z . (tg θ − θ )] [mm]
Aplicação:
1-) Determine a medida (W) para uma engrenagem para os seguintes dados:
θ = 20
o
z = 14 dentes m = 6,5 mm
2-) Determine a medida (W) para uma engrenagem para os seguintes dados:
θ = 20
o
z = 20 dentes m = 5,0 mm
3-) Uma engrenagem de 31 dentes precisa ser fabricada, cuja a medida W = 39,07 mm. Calcular (m)
e (θ)
Pn
Ph = passo circunferencial, periférico ou frontal
cosβ
z.Pc m
Ph = passo da hélice mc = módulo circunferencial ou aparente
tgβ cosβ
Pc
L’
Pn
Fa
X
Fa Fa
β Fn
Ft
Comprimento do dente Arco de engrenamento Força Normal aos Dentes
L Ft
L' = X = L . tg β Fn =
cosβ cosβ
2. Mt
Fa = Ft . tg β Ft =
dp
O inconveniente da força axial pode ser eliminado acoplando duas engrenagens com inclinação
oposta ou fresando a engrenagem com dupla inclinação.
As vezes as engrenagens
à espinha de peixe apre-
sentam os dentes defasa-
dos em relação ao vértice,
o que proporciona enorme
vantagens, especialmente
nos caso de pinhões de
poucos dentes
NOMENCLATURA
i = 30 com v = 18 m/s
Maior será o ângulo [ β ] mais suave será o engrenamento porem maior será [ Fa ] e [ FN ]
USINAGEM
Querendo cortar as engrenagens com fresas comuns, devemos calcular o módulo normal e o
número de dentes de uma RODA IDEAL.
A roda ideal é uma engrenagem fictícia, cilíndrica de dentes retos, cujos os dentes possuem
seção à seção normal dos dentes da engrenagem helicoidal.
z
dp = z . m c =
cos β
z
zi =
cos 3 β
A fresa de disco que poderá cortar a engrenagem helicoidal de [ z ] dentes inclinados de [ β ],
será a mesma fresa de disco que poderá cortar a engrenagem cilíndricas de dentes retos com [ z i ]
dentes.
FORÇAS NO ENGRENAMENTO
Engrenagem
Motora θ
θ' =
cosβ
Ft
θ’ 2. Mt
Fr Ft =
dp
β
Fa = Ft . tg β
Ft
Ft
Fn =
cosβ
Fa
Fr
FN Engrenagem
Motora
θ
Fn
tg θ
Fr = Ft . = Ft . tg θ '
Força Radial :
cos β [ kgf ]
Fn Ft
FN = =
Força Normal:
cos θ cos β.cos θ [ kgf ]
DADOS CONSTRUTIVOS:
L L
X β
Fa Fa
DIMENSIONAMENTO
Estas engrenagens apresentam sempre 2 ou 3 dentes engrenados, o que permite aumentar as
tensões de 25 a 50%.
O cálculo é o mesmo que os da engrenagens cilíndricas de dentes retos, mas entretanto nas
formulas e nas tabelas entra com os números de dentes fictícios.
z
zi =
cos 3 β
FORMULAS DE VERIFICAÇÃO
q.Ft
Tensão de Trabalho no Pé do Dente: σ max = ≤ σf [ kgf/mm ]
2
L.m
0,35.Ft .E i + 1
Pressão de Rolamento: p max = . .Yc ≤ p adm 2
[ kgf/mm ]
L.dp 1 i
N 750.N
Calculo do Módulo: m = 244.3 = [ mm ]
c.Ψ .z i .n c.Ψ .v
Aplicação:
1-) Dimensionar um par de engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais e eixos paralelos capaz de
transmitir N = 15 CV de 1200 rpm para 200 rpm.
Dados: Material Fresadas
Pinhão: Aço DIN 15CrNi6 θ = 20o β = 16o
Coroa DIN C45 Vida Útil 10000 horas
2-) Uma engrenagem cilíndrica de dentes helicoidais de ferro fundido GG25 possui 132 dentes e módu-
lo m = 7,0 mm gira a uma rotação de 150 rpm, e seu ângulo de pressão θ = 20 . Determine a poten-
o
3-) Escolher o material para uma engrenagem cilíndrica de dentes helicoidais que possui 45 dentes e
m = 6,0 mm gira a 1200 rpm e transmite uma potência de 50 CV.
Dados: Fresadas e Retificadas
β = 15o
Mancais
O mancal pode ser definido como suporte ou guia em que se apoia o eixo.
No ponto de contato entre a superfície do eixo e a superfície do mancal, ocorre atrito. Dependendo da
solicitação de esforços, os mancais podem ser de deslizamento ou de rolamento.
Mancais de deslizamento
Geralmente, os mancais de deslizamento são constituídos de uma bucha fixada num suporte. Esses
mancais são usados em máquinas pesadas ou em equipamentos de baixa rotação, porque a baixa velo-
cidade evita superaquecimento dos componentes expostos ao atrito.
O uso de buchas e de lubrificantes permite reduzir esse atrito e melhorar a rotação do eixo.
As buchas são, em geral, corpos cilíndricos ocos que envolvem os eixos, permitindo-lhes uma melhor
rotação. São feitas de materiais macios, como o bronze e ligas de metais leves.
Mancais de rolamento
Quando necessitar de mancal com maior velocidade e menos atrito, o mancal de rolamento é o mais
adequado.
Os eixos das máquinas, geralmente, funcionam assentados em apoios. Quando um eixo gira dentro de
um furo produz-se, entre a superfície do eixo e a superfície do furo, um fenômeno chamado atrito de
escorregamento.
Quando é necessário reduzir ainda mais o atrito de escorregamento, utilizamos um outro elemento de
máquina, chamado rolamento.
São geralmente constituídos de dois anéis concêntricos, entre os quais são colocados elementos rolan-
tes como esferas, roletes e agulhas.
O anel externo é fixado no mancal, enquanto que o anel interno é fixado diretamente ao eixo.
As dimensões e características dos rolamentos são indicadas nas diferentes normas técnicas e nos catá-
logos de fabricantes.
Ao examinar um catálogo de rolamentos, ou uma norma específica, você encontrará informações sobre
as seguintes características:
Em geral, a normalização dos rolamentos é feita a partir do diâmetro interno d, isto é, a partir do diâme-
tro do eixo em que o rolamento é utilizado.
Para cada diâmetro são definidas três séries de rolamentos: leve, média e pesada.
As séries leves são usadas para cargas pequenas. Para cargas maiores, são usadas as séries média ou
pesada. Os valores do diâmetro D e da largura L aumentam progressivamente em função dos aumentos
das cargas.
Os rolamentos classificam-se de acordo com as forças que eles suportam. Podem ser radiais, axiais e
mistos.
• Axiais - não podem ser submetidos a cargas radiais. Impedem o deslocamento no sentido axial, isto
é, longitudinal ao eixo.
Conforme a solicitação, apresentam uma infinidade de tipos para aplicação específica como: máquinas
agrícolas, motores elétricos, máquinas, ferramentas, compressores, construção naval etc.
• De rolos - os corpos rolantes são formados de cilindros, rolos cônicos ou barriletes. Esses rolamen-
tos suportam cargas maiores e devem ser usados em velocidades menores.
• De agulhas - os corpos rolantes são de pequeno diâmetro e grande comprimento. São recomendados
para mecanismos oscilantes, onde a carga não é constante e o espaço radial é limitado.
Vantagens Desvantagens
• Menor atrito e aquecimento. • Maior sensibilidade aos choques.
• Baixa exigência de lubrificação. • Maiores custos de fabricação.
• Tolerância pequena para carcaça e alojamento
• Intercambialidade internacional.
do eixo.
• Não suporta cargas tão elevadas como os man-
• Não há desgaste do eixo.
cais de deslizamento.
• Pequeno aumento da folga durante
• Ocupa maior espaço radial.
a vida útil.
Tipos e seleção
Com essas informações, consulta-se o catálogo do fabricante para identificar o rolamento desejado.
Rolamentos
Tipos e finalidades
Os rolamentos podem ser de diversos tipos: fixo de uma carreira de esferas, de contato angular de uma
carreira de esferas, autocompensador de esferas, de rolo cilíndrico, autocompensador de uma carreira
de rolos, autocompensador de duas carreiras de rolos, de rolos cônicos, axial de esfera, axial autocom-
pensador de rolos, de agulha e com proteção.
escora simples
escora dupla
A pista esférica do anel da caixa confere ao rolamento a propriedade de alinhamento angular, compen-
sando possíveis desalinhamentos ou flexões do eixo.
Rolamento de agulha
Possui uma seção transversal muito fina em comparação com os rolamentos de rolos comuns.
É utilizado especialmente quando o espaço radial é limitado.
As designações Z e RS são colocadas à direita do número que identifica os rolamentos. Quando acom-
panhados do número 2 indicam proteção de ambos os lados.
Desgaste
O desgaste pode ser causado por:
• deficiência de lubrificação;
• presença de partículas abrasivas;
• oxidação (ferrugem);
• desgaste por patinação (girar em falso);
• desgaste por brinelamento.
Fadiga
A origem da fadiga está no deslocamento da peça, ao girar em falso. A peça se descasca, principalmen-
te nos casos de carga excessiva.
Descascamento parcial revela fadiga por desalinhamento, ovalização ou por conificação do alojamento.
Falhas Mecânicas
O brinelamento é caracterizado por depressões correspondentes aos roletes ou esferas nas pistas do
rolamento. Resulta de aplicação da pré-carga, sem girar o rolamento, ou da prensagem do rolamento
com excesso de interferência.
Goivagem é defeito semelhante ao anterior, mas provocado por partículas estranhas que ficam prensa-
das pelo rolete ou esfera nas pistas.
Sulcamento é provocado pela batida de uma ferramenta qualquer sobre a pista rolante.
Queima por corrente elétrica é geralmente provocada pela passagem da corrente elétrica durante a
soldagem. As pequenas áreas queimadas evoluem rapidamente com o uso do rolamento e provocam o
deslocamento da pista rolante.
As rachaduras e fraturas resultam, geralmente, de aperto excessivo do anel ou cone sobre o eixo.
Podem, também, aparecer como resultado do girar do anel sobre o eixo, acompanhado de sobrecarga.
O engripamento pode ocorrer devido a lubrificante muito espesso ou viscoso. Pode acontecer, tam-
bém, por eliminação de folga nos roletes ou esferas por aperto excessivo.
Para evitar paradas longas na produção, devido a problemas de rolamentos, é necessário ter certeza de
que alguns desses rolamentos estejam disponíveis para troca. Para isso, é aconselhável conhecer com
antecedência que rolamentos são utilizados nas máquinas e as ferramentas especiais para sua monta-
gem e desmontagem.
Os rolamentos são cobertos por um protetor contra oxidação, antes de embalados. De preferência, de-
vem ser guardados em local onde a temperatura ambiente seja constante (21ºC). Rolamentos com pla-
ca de proteção não deverão ser guardados por mais de 2 anos. Confira se os rolamentos estão em sua
embalagem original, limpos, protegidos com óleo ou graxa e com papel parafinado.
Lubrificantes
Com graxa
A lubrificação deve seguir as especificações do fabricante da máquina ou equipamento. Na troca de
graxa, é preciso limpar a engraxadeira antes de colocar graxa nova. As tampas devem ser retiradas
para limpeza. Se as caixas dos rolamentos tiverem engraxadeiras, deve-se retirar toda a graxa e lavar
todos os componentes.
Com óleo
Olhar o nível do óleo e completá-lo quando for necessário. Verificar se o respiro está limpo. Sempre que
for trocar o óleo, o óleo velho deve ser completamente drenado e todo o conjunto lavado com o óleo
novo. Na lubrificação em banho, geralmente se faz a troca a cada ano quando a temperatura atinge, no
máximo, 50ºC e sem contaminação; acima de 100ºC, quatro vezes ao ano; acima de 120ºC, uma vez
por mês; acima de 130ºC, uma vez por semana, ou a critério do fabricante.
Rolamento autocompensador de
esferas.
Rolamento autocompensador de
rolos.
Observe novamente as representações simbólicas dos rolamentos e repare que a mesma representa-
ção simbólica pode ser indicativa de tipos diferentes de rolamentos.
Quando for necessário, a vista frontal do rolamento também pode ser desenhada em representação
simplificada ou simbólica.
Dimensionamento de Rolamento
O material a ser utilizado para o calculo é o da SKF, escolhido pelo professor que é uma referencia para
os alunos, pois estes podem com este conhecimento adotar qualquer outro tipo de rolamento.
Folga Interna
Seleção do Rolamento:
Para selecionar o tamanho do rolamento é necessário estar de posse dos seguintes dados:
Onde:
p
1 000 000 C p = 3 para rolamentos de esfera
Lh = .
60 . n P . 9,8 p = 10/3 rolamento de rolos
Rolamento de esferas:
L . n . 60
C ≥ 3 h . P . 9,8 [N]
1 000 000
Rolamento de Rolos:
L . n . 60 3
C ≥ 10 h . P . 9,8
1 000 000 [N]
C
C ≥ . P . 9,8 [N] C/P = relação de carga ver tabela
P
Exemplo de Aplicação:
1-) Calcular a carga dinâmica para rolamentos rígidos de esferas para os seguintes dados:
Resolução:
L . n . 60 20 000 .1000 . 60
C ≥ 3 h . P . 9,8 calculando C ≥ 3 . 300 . 9,8
1 000 000 1 000 000
C
C ≥ . P . 9,8 calculando C ≥ (10,6 ) . 300 . 9,8 e então temos: C ≥ 31 164 N
P
2-) Calcular a carga dinâmica para rolamentos rígidos de esferas para os seguintes dados:
Resolução:
L . n . 60 3 20 000 .1000 . 60 3
C ≥ 10 h . P . 9,8 calculando C ≥ 10 . 300 . 9,8
1 000 000 1 000 000
C
C ≥ . P . 9,8 calculando C ≥ (8,38 ) . 300 . 9,8 e então temos: C ≥ 24 637 N
P
Aplicação:
1-) Determine a vida útil do rolamento rígido de esferas para os dados indicados abaixo:
Fr = 280 kgf
n =800 rpm
série 6308
2-) Determine a vida útil do rolamento da série 6308 para os seguintes dados:
Fr = 280 kgf
Fa = 170 kgf
n = 800 rpm
Folga normal
PROJETOS
MECÂNICOS
3o Ciclo de
Técnico em Mecânica