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DIREITO PROCESSUAL PENAL

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SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS

EXISTEM 2 - inquisitório e acusatório

+ o sistema misto, que existe doutrinariamente, formado a partir da junção dos sistemas
inquisitório e acusatório,

SISTEMA INQUISITÓRIO OU INQUISITORIAL

vinculado à junção dos papeis processuais de julgar, acusar e defender emam única/mesma
figura/pessoa

. POLIVALÊNCIA dessa pessoa - que impõe a sua vantagem

acusador - colhe as provas que embasam a acusação

o sistema inquisitório é incompatível /é contrário / vai de encontro com o sistema jurídico atual

existem princípios constitucionais de observância obrigatória que regem o processo pena, tanto na
fase judicial quanto na fase pré-judicial ou na fase pré-processual : ampla defesa, contraditório,
imparcialidade do juiz, etc

sistema acusatório - adotado pelo ordenamento jurídico pátrio - evidente distinção dos papéis
entre os atores processuais - o juiz exerce, no topo da pirâmidade, as funções de órgão julgador e
de garantidor de aplicação das garantias fundamentais das partes envolvidas - a figura do acusador
está logo abaixo, responsável por colher todas as provas/elementos aptos à indicação ou nãoa
realização da infração penal e da autoria dessa ação penal - mais abaixo, encontra-se a
defesa/órgão defensor , tendo como viés principal a realização da defesa do acusado, bem como
da efetiva aplicação dos princípios do contraditório e da ampla defesa.

em perfeita consonância com a CF/88

o órgão julgador está no topoda pirâmide - o juiz não exerce funções de acusação e de defesa. -
isto, contudo, não impede que o juiz, no processo penal, determine a produção de provas - no
nosso sistema processual penal vigora o princípio da verdade ideal - em virtude da existência desse
princíío da verdade real, o juiz pode determinar a produção de provas que entender convenientes
na fase judicial - na fase pré-processual, na fase do inquérito, o juiz poderá determinar a produção
de provas consideradas urgentes, no caso de uma perícia ( só pode ser realizada na fase pré-
processual, o juiz a determina em virtude da impossibilidade de repeti-la na fase judicial)

. exercício da função de acusador - nas ações penais públicas, condicionadas ou incondicionadas,


essa função é exercida pelo MP - cabe ao membro do MP a colheita de todas as provas necessárias
à indicação da autoria e à indicação/informação da materialidade - pode colher provas que
indiquem a não realização do crime por aquela pessoa e a não existência de elementos suficientes
para a comprovação do crime - a função do MP é a formação dos elements relacionados à autoria
e à materialidade - mas o MP não está atrelado à realização da acusação contra determinada
pessoa - se existirem elementos relativos à não existência do crime ou à não prática do crime de
determinada pessoa , é obrigação do MP não oferecer denúncia contra àquela pessoa ou pedir o
arquivamento do inquérito policial

realização dos atos de defesa - terceiro ator processual - o defensor tem como viés principal o
exercício ou a materialização do princípio da ampla defesa ou do contraditório (atos necessárioas à
defesa dos acusados) - ampla defesa é subdividida em 2 princípios: princípio da defesa técnica
(exercida pelo advogado, detentor de capacidade potulatória, tem atributos/prerrogativas
profisisonais no exercício da defesa de determinada pessoal) e princípio da defesa pessoal
(exercida pelo próprio acusado quando do interrogatório, o acusado indica todos os meios de
prova ou informações necessárias à comprovação de não ter sido ele o autor do crime)

o contraditório - o defensor contradita todas as informações trazidas pelo órgão acusador (MP) e
das provas produzidas por determinação do órgão julgador - cabe ao defensor rebatê-las

no BRASIL, ADOTA-SE O SISTEMA ACUSATÓRIO

FASE PRÉ-PROCESSUAL - fase em qe são realizadas as investigações preliminares

FASE PROCESSUAL - tem início após o recebimento da denúncia pelo juiz

durante a ação penal, no decorrer do procesos judicial não há qualquer dúvida, há evidente
vigência dos princípios do contraditório e da ampla defesa, da imparcialidade do juiz, etc -
restando materializado através das prerrogativas profisisonais, das formalidades existentes dos
procedimentos que dão azo/vigência a esses principípios

na fase pré-processual, há o inquérito policial - realização dos atos investigatórios por um delegado
de polícia sem vigência do contraditório - CONTRADITÓRIO DIFERIDO aplicável ao IP - há quem diga
que há no nosso sistema um sistema misto - composto por um sistema inquisitório - fase pré-
processual - por conta do contraditório difereido e outras características do IP e da aplicação do
sistema acusatório na fase judicial

SISTEMA MISTO é composto pelo sistema inquistório na fase do inquérito e do sistema acusatório
na fase processual - a soma desses dois sistema traria o sistema misto - existe
DOUTRINARIAMENTE

mas no ordenamento jurídico pátrio, adotamos o sistema acusatório


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LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO

. aplicação das leis processuais penais - trazidas ao nosso ordenamento no que tange à sua
applicação

sistemas trazidos pela DOUTRINA no que tange à aplicação da lei processual penal no tempo

SISTEMA DE APLICAÇÃO DE NOVAS LEIS aos novos processos

.1) surgiu uma nova lei processual penal - essa lei só será aplicável aos novos processos - aos
processos que têm início após o período de vigência da lei

. 2) as processuais penais nova só são aplicáveis às próximas fases processuais - as fases


processuais vindouras - só haverá a aplicação de uma nova lei processual penal na nova fase do
processo - a fase que esteja vigente será encerrada de acordo com a lei vigente quando esta teve
início, a nova lei processual penal, mesmo que passe a vigorar no decorrer dessa fase, só será
aplicável, só terá vigênncia na próxima fase processual

. 3) a aplicação das leis processuais novas será imediata - ou seja, transposto o período de vacatio
legis ou se a lei não estiver sujeita ao período de vacatio legis, ela será aplicável imediatamente
àquele processo - independentemente do processo já estar em curso e independentemente da
fase processual. surgiu um nova lei processual, ela é aplicável de imediato, independentementeda
fase da qual esteja o processo.

DAS 3 TEORIAS TRATADAS, NO BRASIL, ADOTA-SE A TEORIA DA APLICAÇÃO IMEDIATA - as


processuais penais novas são aplicáveis imediatamente, independentemente da fase atual do
processo.

Supondo que haja uma alteração de um procedimento processual penal: interposição do protesto
por novo júri foi excluído - abolido do nosso ordenamento

. crime que foi cometido em um período que ele ainda existia - a nova lei processual penal será
aplicada imediatamente - seguindo essa dinâmica, mesmo que o sujeita tenha praticado o crime
quando ainda existia o protesto por novo júri, mas foi julgado anos depois quando este recurso já
havia sido abolido do ordenamento - Ele NÃO TERÁ DIREITO ao protesto por novo júri

artigo , XXXVIII, a - todos os crimes dolosos contra à vida estão sujeitos ao julgamento pelo
procedimento do tribunal do júri - homicídio por exemplo
3 classificações

EXISTEM LEIS PROCESSUAIS PENAIS

LEIS PENAIS MATERIAIS

LEIS PROCESSUAIS PENAIS COM EFEITOS MATERIAIS - LEIS MISTAS - leis processuais penais que
produzem efeitos materiais

regras relativas à aplicação da lei penal

a lei penal tem aplicação imediata também, MAS ELA NÃO RETROAGE NO TEMPO PARA
PREJUDICAR O RÉU E SÓ OPERARÁ EFEITOS QUANDO FOR BENEFÍCIA AO RÉU

no que tange às normas penais materiais não há a retroatividade maléfica, só retroatividade


benéfica

NORMAS PROCESSUAIS PENAIS MATERIAIS - normas que tratam de institutos processuais que
produzem efeitos materiais realcionados ao direito penal

DECADÊNCIA - prazo de 6 meses para que a pessoa exerça o seu direito de representação no que
tange às ações penais públicas condicionadas - supondo que eu tenha sido vítima de uma ação
penal pública condicionada - para que o MP denuncia o autor dos fatos, o sujeito ativo daquela
conduta criminosa é necessário enquanto vítima represente ao MP para que ele denuncia aquela
pessoa - eu vítima tenho direito à representação - caso não exerça no prazo essa representação
operará a decadência - instituto de defesa processual - associada ao direito de representação nas
ações penais públicas condicionadas - a decadência é causa da extinção da punibilidade conforme
expressa previsão do artigo 107 do CP - portanto, é um instuto de de direito processual que opera
efeitos materiais - lei processual penal de efeitos materiais

prazo hoje é de 6 meses

artigo 225 no CP - o crime de estupro para que haja a denúncia é necessária a representação da
vítima - prazo de 6 meses para essa representação - haveria extinção da punibilidade se a a vítima
não reprentasse em 6 meses

. surge norma processual penal que amplia, aumenta o período para representação
ao autor dos fatos - ao provável réu da ação penal - essa alteração processual penal é maléfica -
prazo foi alargado - NÃO se APLICA - leis processuais penais de efeitos materiais seguem a
dinâmica trazida pela junção das regras do CP E DO CPP - APLICO IMEDIATAMENTE A LEI
PROCESSUAL PENAL , CONTUDO QUANDO ELA FOR PREJUDICIAL AO RÉU, ELA NÃO REATROAGIRÁ ,
quando for benéfica operará efeitos ultra-ativos.

se há o aumento do prazo de representação, só será aplicado aos sujeitos que cometerem crimes
de estupro, por exemplo, após a vigência dessa alteração, mesmo que essa alteração se dê
somente no CPP

AS LEIS PROCESSUAIS PENAIS TÊM APLICAÇÃO IMEDIATA , mas quando a lei PROCESSUAL PENAL
tiver efeitos materiais, sendo prejudicial, ela não terá aplicação imediata - a lei processual penal
quando prejudicial ao réu não retroage, não abarcando atos cometidos antes da sua vigência.

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PRINCÍPIOS GERAIS INFORMADORES DO SISTEMA PROCESSUAL PENAL pátrio - principais princípios


aplicáveis ao processo penal

expressamente, explícitos ou implícitos

os princípios são analisados/estudado em consonância com todo o nosso sistema processual penal
- de forma sistemática

IP - contraditório e contraditório diferido

procedimentos - contraditório e ampla defesa e princípio da obrigatoriedade

denúncia, queixa - oficialidade, obrigatoriedade, etc

jecrim - obrigatoriedade mitigada

PRINCÍPIO do Contraditório - um dos princípios basilares, dá sustentação ao sistema judicial -


contraditar/ de ir ao encontro/ se reafirmar/ impor nova visão/ a defesa providencia elementos
que evidenciem impropriedades/inverdades/elementos inverídicos nessa prova – rebater os
elementos

PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA – um dos princípios norteadores do processo judicial


Dividida em duas vertentes, em 2 subprincípios, quais sejam: A DEFESA PESSOAL (ou autodefesa) –
realizada pelo próprio investigado/acusado – no interrogatório, ele tem direito de dar a sua versão
dos fatos, indicar os elementos que ele considera suficientes/necessários à elucidação daquele
questão) E A DEFESA TÉCNICA (defesa realizada pelo advogado – fundamentada em elementos
técnicos, jurídicos e probatórios aos quais o advogado tenha acesso – indicação do advogado de
uma nulidade por exemplo ou quando da realização da resposta à acusação – aponta os elementos
de não autoria ou de ausência de materialidade naquela circunstância, crime imputado ao seu
cliente

(positiva e negativa – nemo tenetur se detegere)

PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO – AS DECISÕES JUDICIAIS SERÃO SUBMETIDAS A UMA


INSTÂNCIA SUPERIOR – MATERIALIZADO NO DIREITO AO RECURSO

Sujeito condenado em 1 instância – a ele será imposta a pena em virtude dessa sentença –
contudo, ele não é obrigado a aceitar os termos dessa sentença, ele pode interpor o recurso de
apelação – A POSSIBILIDADE DE INTERPOSIÇÃO de apelação dá azo ao princípio do duplo grau de
jurisdição – terá direito a ver submetida a sua demanda, as suas razões a uma instância superior

JECRIM – lei 9.099/95 – procedimento mais célere, mais informal, também há a possibilidade do
direito ao recurso – no JECRIM

Princípio da não culpabilidade (ARTIGO 5, INCISO LXVIII, CF) – PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE


INOCÊNCIA – ninguém será considerado culpado antes do trânsito em julgado de uma sentença
condenatória

PRINCÍPIO DO IMPULO OFICIAL – uma vez iniciada a ação penal – ela tem início com o recebimento
da denúncia pelo Juiz – após iniciada a ação penal, o juiz de direito tem a obrigação de impulsioná-
la até o final do julgamento – deve impulsionar a ação penal

Artigo 17 do CPP – impulso oficial dado pelo delegado de polícia no decorrer do inquérito policial –
portanto, o IMPULSO OFICIAL tem aplicação tanto na fase pré-processual tanto na fase processual
pelo juiz de direito

PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE – aplicável tanto ao MP – responsável pelo oferecimento da


denúncia, titular da ação penal, quanto ao delegado de polícia - presentes os elementos de autoria
e materialidade, o promotor de justiça é OBRIGADO a ofertar/oferecer a denúncia
A LEI DO JECRIM – 9.099/95 – dá evidente aceitação à aplicação, trouxe ao ordenamento jurídico
pátrio, da justiça penal consensual no BRASIL

Em virtude do artigo 77 dessa lei, instituiu-se a TRANSAÇÃO PENAL – doutrinariamente, entende-


se que o princípio da obrigatoriedade será mitigado quando o crime ou ação penal for de menor
potencial ofensivo – procedimento sumaríssimo

– mitigação do princípio da obrigatoriedade só no caso da transação penal da lei 9.099/95, o


promotor de justiça faz um acordo para que não haja o oferecimento da denúncia – exceção ao
princípio da obrigatoriedade

PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE – a denúncia será oferecida por um promotor de justiça e as


investigações serão conduzidas por um delegado de polícia, todos devidamente constituídos em
conformidade com a lei – não haverá a nomeação de promotor de justiça ou nomeação de
delegado de polícia ad hoc – a titularidade da ação penal e a presidência do inquérito policial serão
realizados por órgãos oficiais devidamente constituídos em conformidade com a legislação vigente

PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL - SUBIDIVIDO EM DUAS VEDAÇÕES – A VEDAÇÃO AOS TRIBUNAIS DE


EXCEÇÃO e a DEFINIÇÃO DA COMPETÊNCIA EM UM MOMENTO ANTERIOR À PRÁTICA DO CRIME E
ESTABELECIDA ATRAVÉS DO RESPEITO ÀS FONTES CONSTITUCIONAIS

Não é possível que se nomeie um juiz depois da prática/do cometimento de um crime, não é
possível que se estabeleça a competência após o crime – e sim estabelecido previamente

PRINCÍPIO DA VERDADE REAL

ARTIGO 156 DO CPP - Diligências de ofício de um magistrado

Trabalha-se com a reconstituição dos fatos para que sejam trazidos ao processo todas as
informações com precisão para que se constitua efetivamente o que aconteceu – o juiz de direito
não está adstrito às informações trazidas pelas partes – no processo penal, o juiz tem uma
liberdade maior em virtude do princípio da verdade real

O JUIZ PODE DETERMINAR A REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIAS DE OFÍCIO.

NO PROCESSO CIVIL NÃO HÁ A ADOÇÃO DESSE PRINCÍPIO DA VERDADE REAL – NO PROCESSO


PENAL SIM
PRNCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO

artigo 93, inciso XIX da CF/88 – o magistrado/juiz responsável pelo julgamento da causa poderá
julgá-la de acordo com o seu convencimento, mas terá por obrigação fundamentar os motivos e as
razões que o levaram a tomar este posicionamento

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