Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ARTES PERFORMATIVAS»
memória descritiva
1. CONTORNOS DO PROJECTO......................................................................3
1.1. FUNDAMENTAÇÃO.....................................................................................3
1.3. OBJECTIVOS..................................................................................................5
2
OFICINA PERMANENTE DE ARTES PERFORMATIVAS
Memória Descritiva do desenvolvimento da acção
1. CONTORNOS DO PROJECTO
1.1. FUNDAMENTAÇÃO
3
performativas, que a comunidade científica e o meio educativo em particular têm
vindo colocar na ordem do dia.
De acordo com este princípio de acção e com vista a dotar de suporte vivencial
o contexto em que esta evolução deve operar-se, é de todo o interesse que o acréscimo
da oferta de opções de Ensino Artístico que venham a prefigurar-se no Ensino
Secundário, seja acompanhado por um trabalho preparatório ao nível do Ensino
Básico, aumentando ao mesmo tempo a oferta de oportunidades de aplicação prática
dos conhecimentos adquiridos estimulando ainda interacções entre diversos graus de
ensino, as quais não deixarão de contribuir para cimentar a unidade do sistema.
Os professores dos graus mais avançados do Ensino Básico, confrontados
com, e quantas vezes submergidos por, um meio social envolvente desestruturado e
violento, que se reflecte fatalmente no interior da escola, os professores do 1º Ciclo,
condicionados pelas limitações da monodocência, e os educadores de infância,
limitados pelos condicionalismos de um currículo demasiado vago, têm em diversos
momentos manifestado a sua apetência e entusiasmo por iniciativas pedagógicas que
tragam aos seus locais de trabalho o brilho e a vivacidade da inovação e da
criatividade.
Por outro lado, e considerando apenas o âmbito da educação artística, oferecer
às disciplinas performativas as mesmas oportunidades de expressão que, em geral, são
atribuídas às artes plásticas ou ao manuseamento criativo da língua materna, e mesmo
assim criando ainda novas e originais possibilidades de trabalhar também nessas
disciplinas, localizar vocações e preparar a possibilidade de futuras opções
alternativas constitui por certo uma sementeira que se prevê fecunda, num terreno que
é, de certeza, o mais fértil.
4
criativa, da expressão pelo movimento rítmico, da expressão dramática e musical irá,
pelo desenvolvimento da própria prática, sendo concebido um espectáculo e
construído um guião que constituirá, a partir daí, o quadro de referência para o
trabalho criativo subsequente e, ao mesmo tempo, objecto de permanente trabalho de
repetição e aperfeiçoamento. Recursos como a recuperação de materiais e as técnicas
associadas às artes circenses (malabarismo, contorcionismo, acrobacia, ilusionismo,
palhaços, etc.) serão também mobilizados para a composição de uma performance
construída em módulos independentes (vulgo “sketches”) que, mantendo a fidelidade
à fábula descrita no guião, serão montados de forma a adaptar o espectáculo às
especificidades dos ambientes educativos em que vai ser apresentado, utilizando uns,
não utilizando outros, e mantendo sempre activo o trabalho de criação por forma a
dispor de uma panóplia cada vez mais variada de possibilidades de intervenção.
Este espectáculo será, então, utilizado como “leit-motiv” e capital negocial
para que em cada Escola ou Jardim de Infância sejam desencadeados projectos
criativos em artes performativas que, por sua vez, reproduzirão o mesmo modelo de
desenvolvimento em espiral que terá então já beneficiado da experiência acumulada
durante o período de concepção e montagem.
1.3. OBJECTIVOS
5
são objectivos gerais assinalados à explanação prática deste projecto:
6
- compreender que a arte produz emoções e gera intercompreensão
entre pessoas e culturas;
- utilizar as potencialidades expressivas conjugadas do corpo, da voz,
do gesto e do movimento para comunicar com naturalidade;
- relacionar gestos, palavras, sons e movimentos com a expressão de
sentimentos, ideias e emoções;
- relacionar-se com o espaço e explorá-lo.
7
1.4.2. As crianças matriculadas nas Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico e as que,
eventualmente, estejam abrangidas por Escolas do Ensino Básico Integrado ou façam
parte do sistema do Ensino Particular e Cooperativo.
1.4.3. Os adolescentes matriculados, quer nas Escolas atrás referidas, quer nas EB
2,3 , ainda que observando o carácter preferencial óbvio daquelas que beneficiam de
estatuto especial..
1.4.5. Os estudantes que, tendo acabado o 12º Ano, não entraram na Universidade ou
se encontram a repetir uma ou mais disciplinas do 12º Ano e se vêem conduzidos para
uma “terra de ninguém” educativa que contribui ainda mais para os tornar presa
potencial de todos os riscos em que são férteis as idades correspondentes a períodos
de transição.
8
1.6.ASPECTOS INOVADORES E EFEITO MULTIPLICADOR
9
que, eventualmente, tenham ou estejam a receber, todos os performers serão alvo de
uma formação prática essencial em cada uma das áreas da actividade performativa,
de modo a garantir que todos disponham da proficiência técnica mínima ao nível das
expressões corporal, dramática, rítmica e musical, bem como um razoável domínio
dos mecanismos do esquema corporal e a preparação física que lhes permita dar
resposta às solicitações criativas e de execução da referida actividade performativa.
Esta actividade formativa, ainda que seja necessariamente desenvolvida com
maior intensidade no período inicial do trabalho, prolongar-se-á ao longo de todo o
tempo de duração da acção, mantendo sempre com a actividade criativa um “tandem”
de tensão e equilíbrio indispensável a toda a actividade artística séria.
Ao mesmo tempo serão lançadas as bases conceptuais que levarão à montagem
de uma performance composta sobre módulos separados que possam ser utilizados em
diferentes situações performativas segundo a selecção e o arranjo mais conveniente
em vista das características do meio onde a performance vá ser apresentada.
Tão cedo quanto possível, durante o primeiro período começarão a ser
estabelecidos os contactos que permitirão dar sequência aos diferentes níveis de
colaboração que a implementação de um projecto deste género exige.
A partir do segundo período terão início as actividades de apresentação por
forma a ir estabelecendo os contactos que, através desta actividade de apresentação e
da auscultação do campo em que se desenvolve o trabalho, permita, ao longo do
terceiro período, proceder a avaliação do impacto das apresentações e ao lançamento
dos projectos performativos nas Escolas e Jardins de Infância.
Actividades de apoio efectivo em Escolas e Jardins de Infância poderão ser
desencadeadas de imediato, de acordo com a iniciativa e a vontade dos respectivos
estabelecimentos.
2.2.2. Ana Cristina Cantinho – responsável pela formação básica na área da expressão
dramática e da dança, bem como pela coordenação do projecto para o Ensino
Pré-Escolar.
10
2.3.AVALIAÇÃO DA ACÇÃO
11