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Eunice Liu
DESIGN GRÁFICO
Dissertação apresentada à
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade de São Paulo
para obtenção do título de Mestre
em Arquitetura e Urbanismo.
Design e Arquitetura
oi@euniceliu.com.br
Liu, Eunice
L783d Design gráfico : processo como forma / Eunice Liu.
– São Paulo, 2013.
192 p. : il.
Aprovada em
Banca Examinadora
Instituição:
Julgamento:
Assinatura:
Instituição:
Julgamento:
Assinatura:
Instituição:
Julgamento:
Assinatura:
A Deus.
A você.
Gratidão
À USP e à FAU.
Ao professor e orientador Vicente Gil Filho.
Ao professor Francisco Homem de Melo.
“Ó profundidade da riqueza,
Amém!”
RESUMO 17
ABSTRACT 19
1 INTRODUÇÃO 23
2 DESENVOLVIMENTO 33
A IMPRESSÃO 35
B FOTO-GRAFIA 47
C GRAVAÇÃO 53
D ACABAMENTO 59
DOBRAGEM 73
CORTE 83
E EFEITOS 93
F EDITORIAL 97
G ENCADERNAÇÃO 117
H MATERIAL 129
PAPEL 133
DIVERSOS 151
3 REFLEXÃO 177
4 BIBLIOGRAFIA 183
22
INTRODUÇÃO 1
23
24
1
33
34
A
35
36
IMPRESSÃO A
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A020 A024 A028 A032 A036
A
39
A040 A044 A048 A052 A056
XILOGRAVURA 600 LINOGRAVURA 905 SERIGRAFIA 960 THERMOFAX® 1950 GRAVURA METAL 1500
Xilogravura é um dos proces- A linogravura é um processo Processo de impressão Thermofax® é uma copiadora Processo encavográfico em
sos de impressão mais anti- semelhante à xilogravura, permeográfico, em que a térmica que produz matrizes que uma chapa de metal
gos. Consiste em entalhar a de impressão encavográfica, arte é gravada em uma tela permeográficas, a partir de é gravada, podendo ser
arte em madeira, entintá-la que usa como matriz uma de seda, náilon ou metálica, qualquer desenho, sobre um manualmente (talho-doce,
e imprimir, pressionando o base de linóleo, material por exposição de transpa- filme especial, que é vazado maneira-negra), com uso de
substrato sobre a matriz. composto de serragem, rência ou papel vegetal com pelo calor, gerando a tela para ferramental (buril, ponta-
É um processo encavográfico, cortiça, óleo de linhaça e arte a raios UV, sobre tela serigrafia. É possível imprimir seca, brunidor, raspador
e a relação entre o entalhe resina natural (originalmente com emulsão fotossensível. desenhos com detalhes e etc.), quimicamente, em que
(tipo do instrumento) e a para forrar pisos), cuja super- A tinta é espalhada com linhas finas. O maquinário a chapa recebe um banho
madeira (espécie e sentido fície é mais uniforme e macia um rodo e atravessa áreas produz matriz para impres- ácido, e é possível obter efei-
de corte da placa) caracteriza para entalhar. A impressão permeáveis de chapado. são com características tos de linhas e tonalidades de
a aparência final da arte. é espelhada. O resultado Há diversos tipos de tintas semelhantes às da serigrafia, chapados (água-forte, água-
A textura do próprio subs- se distingue da xilogravura (coloridas, fluorescentes, me- requerendo, porém, filme tinta), ou por outras técnicas,
trato pode aparecer na pela ausência de caracterís- tálicas, puff), e pode-se obter especial e em formato menor. como verniz mole, para se
impressão. Geralmente se ticas próprias da madeira efeitos de relevo e brilho Imprime em diversos subs- obter texturas. A matriz
usa tinta à base de óleo. na impressão, e chapados sobre inúmeros substratos. tratos, inclusive irregulares. entintada transfere a arte
A imagem final é espelhada. uniformes e densos. A deposição de tinta é visível para o substrato por prensa.
a olho nu. Imprime em cores As técnicas associadas po-
claras sobre fundos escuros. dem gerar vários resultados.
A041 A045 A049 A053 A057
40
A060 A064
Processo A
Data ano de invenção
Máquina rotativa, plana, ausente
Princípio relevografia, encavografia,
planografia, permeografia, digital,
eletrográfico, híbrido.
Impressão direta (contato), indireta
LITOGRAFIA 1805 CROMOLITOGRAFIA (transferência), digital
Alimentação bobina, plana, híbrida (mista)
Litografia, do grego lithos, A cromolitografia é o
significa pedra, e grapho, processo planográfico de im-
Matriz cilindro, chapa, bloco, tela /
escrita. Trata-se de um pressão litográfica em cores, fotolito, borracha, fotopolímero,
processo de impressão e baseia-se no princípio de Arte tela, filme, pedra, metal, ausente
planográfica, em que a arte é repulsão entre óleo e água.
desenhada sobre uma matriz Cada cor é impressa sepa- Tinta espelhada, similar, digital
de pedra calcária (mais radamente, e pode haver opaca, transparente, metálica,
comum, devido aos finos diversas pedras, para impri-
grãos). O desenho é feito com mir um único original de arte. fluorescente, invisível/ à base
lápis ou materiais engordura- Pode ser necessária atenção d’água ou solvente, UV curável /
dos (pasta, pincel, bastão ao registro, para um encontro
etc.) e fixado à pedra com adequado de cores. Com
gordurosa, líquida, pastosa
produtos químicos, entintado o uso de pedras diferentes, Secagem UV, natural
e prensado ao substrato para pode-se obter qualidades Tonalidade plana, meio-tom, bitonal
impressão. A pedra pode ser variadas de chapados.
usada diversas vezes. Textura liso, alto-relevo
Tiragem original, baixa, alta, qualquer
Substrato liso, flexível, rígido, diversos
A061 A065 Características ex.: impressão com relevo, borda
borrada, original único, tiragem
variável ou idêntica, código de
barras, dados variáveis, tons
42
A088 A092 A096 A100 A104
A
FAX 1950 TÉRMICA 1965 JATO DE TINTA 1976 RISOGRAPH 1965 DATILOGRAFIA 1714
Copiadora térmica que Impressão sobre papel tér- A impressora em jato de Impressora digital perme- Máquina de escrever mecâni-
imprime sobre papel químico mico, químico, como no fax. tinta contém cabeças de im- ográfica de alta velocidade, ca de princípio tipográfico,
sensível ao calor. A arte origi- Geralmente alimentadas por pressão com micro orifícios, que produz internamente em que uma família de ca-
nal passa por um feixe de luz, bobinas pequenas, algumas que ejetam gotículas de tinta uma matriz de papel, que racteres em matriz metálica
que atravessa as áreas sem possuem fita de impressão, líquida sobre o substrato. é enrolada em tambor com de alto-relevo pressiona uma
arte do papel, gerando dados porém a maioria não usa Em papéis mais porosos, é tinta líquida. Imprime em dez fita entintada sobre o papel,
digitais de áreas com ou sem tinta. Impressão comumente possível enxergar os pontos. cores, algumas fluorescentes, imprimindo a letra. Geral-
imagem (sistema binário), em preto (escurecimento Papéis absorventes podem além das combinações, em mente não contém caracteres
produzindo a cópia. O resulta- do papel) ou bicolor (preto diminuir a resolução da uma variedade maior de pa- especiais, como os símbolos.
do é em alto contraste, preto e vermelho). Usada em au- imagem. Costuma-se usar péis que a laser. A arte-final A fita costuma ser preta,
e branco, como na xerografia, tomação comercial, cada cartuchos em ciano, magenta deve ser separada por cor, e o azul ou vermelha. Depen-
sem meio-tom. impressão é única, rápida e amarelo, sendo a cor preta meio-tom é reticulado. dendo da pressão aplicada
e econômica. Os papéis obtida da mistura das três. O registro impreciso é carac- sobre a tecla, a impressão
térmicos coloridos têm tons terístico da impressora. As pode texturizar o papel
pastéis. Ex.: notas fiscais, impressoras Risograph usam (especialmente se for macio),
etiquetas, extratos, crachás tinta à base de soja. Suas marcando-o mesmo sem
etc. A resolução é baixa, cores, peculiares e exclusivas, tinta, como em relevo-seco.
e a imagem desaparece com podem ser combinadas, ge- A tipografia é caracterizada
o tempo, exposta à luz. rando riqueza de tonalidades. por ser monoespaçada.
A089 A093 A097 A101 A105
43
A108 A112 A116 A120 A124
44
A128 A132 Alguns processos de impressão primordiais, como A
a xilogravura, são particularmente marcantes, por carre-
garem traços do processo na arte impressa. A ferramenta
que trabalha a matriz de impressão e a própria madeira,
com textura e veios, cunham seus traços na deposição de
tinta de impressão, perceptíveis a olho nu. A serigrafia,
por sua vez, como também o thermofax, são processos
permeográficos e imprimem em cores opacas (claras ou
ESTÊNCIL MARMORIZAÇÃO
escuras) sobre substratos escuros, além da possibilidade
A impressão usando estêncil Marmorização é um processo de reproduzir efeito de relevo, transparência e brilho. Já
consiste em fazer uma más- artístico de desenho sobre
cara com a arte recortada, uma bandeja com água,
a tipografia imprime, com ou sem tinta, sobre substrato,
vazada, para impressão com pigmentos e surfactantes. por processo mecânico, gerando simultaneamente efeito
tinta (rolo, spray, pincel etc.) O papel é encostado à super- visual e tátil.
sobre diversos substratos. fície desenhada, para absor-
Máscaras impermeáveis ver a arte. As tintas podem Outros processos possuem particularidades, co-
suportam mais passagens de ser movimentadas usando mo o efeito tátil da termografia, por exemplo, que pode
tinta. A densidade e forma de instrumentos quaisquer
aplicação da tinta influi no re- (fio, vareta, canudo, cabelo, ser empregado tanto como impressão ou acabamento,
sultado formal da impressão. pipeta), e os surfactantes es- tendo efeito semelhante ao verniz, e inspirando livre racio-
Usando spray, a linha pode palham a tinta ou desenham
ter aspecto enevoado; anéis, por exemplo. Algumas
cínio no uso intercambiável ou mesclado de impressão e
usando esponja, é possível técnicas: sizing, suminagashi, acabamento.
produzir uma textura, por ex- ebru, kâghaz-e abrî, katheera, A impressora Risograph é também um exemplo
emplo. Com várias máscaras shambalîleh, sahlab, neftli
em registro, é possível pintar etc. Com tipos específicos de interessante de processo determinante de forma. Neste
compondo cores. pigmentos, pode-se marmo- caso, uma paleta singular e própria de cores de tintas,
rizar diferentes superfícies.
permite o desenvolvimento da arte a partir dessa infor-
A129 A133
mação. Se um processo usa quatro ou dez cores, como a
Risograph, o raciocínio de projeto muda. “Guias de viagem
das décadas de 1950 e 60, por exemplo, eram geralmente
impressos em duas cores, e não nas quatro disponíveis
para nós hoje. Isto significa que um cartógrafo encarou
uma série de desafios, que frequentemente eram resolvi-
dos graficamente. A paleta simplificada de cores signifi-
A130 A134 cava que estes guias tinha uma identidade gráfica forte.”
(GROOTENS, 2010, p. 17). É desafio do designer trabalhar
correspondência entre solução gráfica e processo.
Processos artesanais fazem uso de maquinário
simples, ou mesmo dispensam ferramental próprio, e têm
em comum produzir impressão unitária ou cópias indivi-
dualmente únicas, o que pode agregar valor artístico ou
de segurança. Cada processo possui suas particularidades
A131 A135
e possibilidades de uso. Alguns, menos industriais, per-
mitindo maior interferência manual, podem produzir im-
pressões de arte, e originais únicos; outros, industrialmen-
te mecanizados, garantem tiragem praticamente idêntica
e recursos especiais. Podem ser usados conjuntamente
ou por máquinas híbridas, ampliando possibilidades de re-
sultado formal de impressão. De uma ou outra forma, to- 45
dos possuem impressão cunhada pelo processo.
46
B
47
48
FOTO-GRAFIA B
50
B20 B24 B28 B32 B36
B
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C
53
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GRAVAÇÃO C
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C20 C24 C28 C32 C36
C
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D
59
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ACABAMENTOS D
62
D020 D024
LAMINAÇÃO
D031 D035
D
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TIPOGRAFIA D042 D046 D050 D054
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HOT-STAMPING D061 D065 D069 D073
D
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TINTA D080 D084 D088 D092
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D096 D100 D104 D108 D112
D
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D119 D123 D127 D131
DIVERSOS
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D135 D139
MANUAL D146 D150
D
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D154 D158 D162 D166
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D
71
72
D
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DOBRAGEM D
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D189 D193
Eu me lembro vividamente do primeiro dia [do Cur- D
so Preliminar]. Josef Albers entrou na sala, levan-
do com ele um monte de jornais. [...] em seguida,
se dirigiu a nós [...] “Senhoras e senhores, nós so-
mos pobres, não ricos. Não podemos dar ao luxo
de desperdiçar materiais ou de tempo. [...] Toda
a arte começa com um material, e, portanto, te-
CORTADA CRUZ mos primeiro de investigar o que o nosso mate-
rial pode fazer. Assim, inicialmente vamos experi-
Dobragem com intersecção Dobragem em duas direções,
da lâmina, encaixando-a por cruzando-se ortogonalmente,
mentar sem visar a fabricação de um produto. No
corte, geralmente paralelo podendo não ser ortogonal ao momento, vamos preferir a inteligência à beleza.
à dobra. O encaixe mantém substrato. Permite inúmeras [...] Nossos estudos devem levar a um pensamen-
a possibilidade de abrir e combinações de dobragens
fechar, com menor ou maior equidistantes ou variadas, to construtivo. [...] Eu quero que você agora tome
volume final. Dependendo do para lados distintos, e múl- os jornais [...] e tente fazer algo fora delas que é
substrato, o encaixe aumenta tiplos cruzamentos. Amplia
a resistência ortogonal à possibilidades de arte e
mais do que o que você tem agora. Quero que você
carga. Origina campos inter- desenho de faces, simples respeite o material e use-o de uma maneira que
nos de leitura de arte. ou combinada, compondo faz sentido - preserve suas características ineren-
frente e verso.
tes. Se você puder fazê-lo sem ferramentas como
facas e tesouras, e sem cola, melhor.”
(DEMAINE, 2013, p. 196).
D190 D194
D191 D195
78
D217 D221
D
ENRUGADA FRANZIDA
Dobragem enrugada é Dobragem franzida, realizável Fig. 7 Notações e documentação de vinco em papel, 1764
realizada manualmente e não em substratos macios, pas-
necessita, necessariamente, síveis de serem amassados,
de linhas de vinco. A mão enrugados, enrolados etc., Dobragens foram estudadas, resultando em teo-
trabalha diretamente a ma- retendo marcas. Temperatura remas como o de Toshikazu Kawasaki, que determina se
téria, produzindo resultados ou umidade podem auxiliar
formais que mesclam do- na fixação do franzido. uma dobragem é planificável, e o de Jun Maekawa, que
bragem, curvagem, franzidos Distingue-se da dobragem afirma que o número de dobras montanha em uma do-
etc. Uma mesma dobradura, enrugada, por produzir textu-
realizada por dobra comum ra de dobra concentrada. Este bragem planificável difere do número de dobras vale por
ou enrugada, tem resultado tipo de dobragem aumenta a exatamente duas dobras.
formal distinto. superfície, em relação a uma
área quadrada equivalente
Alguns nomes foram cunhados, para se referir a
do material liso, característica tipos específicos de dobragem, como, por exemplo: zhezhi
que pode ser funcionalmente (do chinês, zhe significa dobrar, e zhi, papel), equivalente
desejável, para isolamento
ou absorção, por exemplo. ao origami (do japonês, ori é dobrar, e kami, papel); jianzhi
(do chinês, jian é cortar, e zhi, papel), equivalente ao kiri-
gami (do japonês, kiru é cortar, e kami, papel), e que pode
D218 D222
ser associado ao corte, como no caso dos pop-ups (do in-
glês, pop-up é emergir), ou a outros recursos de acaba-
mento, como colagem, por exemplo, não possuindo deno-
minações específicas.
Olhando para formas resultantes de soluções de
design que fazem uso, preferencialmente exclusivo, de
dobragem, procurou-se reconhecer alguns tipos básicos,
D219 D223 fundamentais, de dobragem, que são também princípios
gerais, dos quais todas as soluções com dobra se originam.
Foram assim nomeados: paralela (simétrica, assimétrica,
envelope, cortada, cruz), angular, com centro (pontual ou
axial), parcial e combinada. Curva e curvagem podem não
culminar em dobras. Algumas classes se caracterizam pe-
lo resultado formal resultante, como a irregular, enrugada
e franzida, e outras, por serem soluções projetuais, como
D220 D224
vincagem, origami, padrão e colapsível. Esta última, de-
signada por conter o princípio e embrião de dobragem,
abrir e fechar, podendo constituir soluções funcionais.
Dobragens podem ser desenhadas ou criativa-
mente originadas, manipulando o material. Interessante-
mente, a experimentação criativa da Bauhaus contém to-
das as possibilidades categorizadas como fundamentais 79
D225 D229 D233 D237 D241
80
D245 D249 nesta pesquisa. O dobrador é quem dobra o papel com D
arte, fazendo uso da técnica, e não o contrário. Nos exer-
cícios propostos por Joseph Albers, nenhuma explicação
técnica era dada. Akira Yoshizawa diz que, na prática do
origami, “há sempre uma estética nas mãos, no desenho,
no pensamento” (Polish, 1995, p. 13). Uma solução de projeto
pode ser, sem recurso adicional, resolvida simplesmente
com mão e papel, pela dobragem.
PADRÃO COMBINADA
Quase toda matéria-prima é disponibilizada em
Solução de vinco, even- Tipos básicos de dobra, folha, para uso, e a dobragem é uma das técnicas mais co-
tualmente associado à como os classificados, podem
dobragem, para desenhar ser combinados de infinitas
muns de se trabalhar os materiais pelo design. “A maio-
padrões planos ou tridimen- formas, e ainda mais, quando ria dos problemas de dobramento e desdobramento são
sionais. Pode ser colapsível, combinados ao corte. atraentes do ponto de vista puramente matemático, da
expandindo e diminuindo. O resultado pode ser: simples
Pode ser um aumentador de ou complexo; fechado, beleza dos próprios problemas. No entanto, a maioria dos
área de superfície, ou confor- aberto ou colapsível; simé- problemas tem ligações próximas a importantes aplica-
mador de textura superfi- trico, parcialmente simétrico
cial. Os padrões ocasionam ou assimétrico; rigorosa- ções industriais. Dobragem tem aplicações em robótica,
efeitos de luz e sombra. mente geométrico ou dobra de tubo hidráulico, e tem conexões com o dobra-
livremente irregular; plano
ou tridimensional. Os tipos
mento de proteínas. Dobradura em papel tem aplicações
de dobragem podem ser em chapa metálica, embalagens, dobragem de air-bag.”
desenhados ou manipulados (DEMAINE, 2010).
livremente, previamente
empregados ou criativa- A dobra é um recurso aplicável em muitas áreas:
mente originados, manipu- design, moda, arquitetura, engenharia, computação, me-
lando o material.
cânica, robótica etc. E pode ser estudada pela geometria,
D246 D250
matemática (algoritmos de dobragem), programação, de-
sign etc. É possível enxergar princípios de dobragem em
muitas ciências. “Problemas práticos de fabricação de pro-
dutos com folhas requerem operações simples e limita-
das operações de dobragem.” (ARKIN, 2004).
O resultado de dobragem pode ser simples,
complexo, fechado, aberto, colapsível, simétrico, parcial-
D247 D251 mente simétrico, assimétrico, rigorosamente geométrico,
livremente irregular, plano, tridimensional.
Em design gráfico, a dobra (usando dobradeira ou
faca especial) e o corte (refile ou faca especial) são, asso-
ciados à impressão, os recursos mais comuns.
“A folha avulsa, impressa apenas de um lado, pode
ser um pôster ou uma carta. Quando é dobrada
uma vez, torna-se um folheto; dobrada de novo e
D248 D252
presa, é uma brochura; múltiplas folhas dobradas
e aparadas formam uma revista ou livro”
(HOLLIS, 2001, p. 3).
A dobragem, em papel ou outros materiais, com-
binada ou associada a recursos de impressão e acaba-
mentos, amplia ainda mais as possibilidades criativas de
projeto e os resultados formais. A arte precede a técnica. 81
82
D
83
84
CORTE D
86
D271 D275
D
ASSEMELHAR ESCREVER
O corte usando faca especial O corte usando faca especial
pode ser empregado para pode ser empregado para
imitar coisas, de forma mais recortar formas de letras,
ou menos literal. A relação escrever com vazados. A tipo-
de semelhança pode ou não grafia estêncil é um exemplo,
estar associada a outros os olhos das letras são esco-
recursos de impressão ou rados por hastes ou vazados.
acabamento. O relógio, por É possível recortar desenhos
exemplo, se assemelha
Fig. 9 Documentação de corte e vinco em papel, 1721
de blocos de textos, em que
pela escala real e desenho áreas vazias se sustentam
de silhueta. O carretel, pela em áreas cheias. Tipos de cortes podem ser analisados. Alinhando-
planificação abstrata do
objeto e função atribuída. se todas as arestas e vértices por dobragem, por exemplo,
pode-se chegar a uma forma geométrica com um único
corte. É possível fazer em formas geométricas mais com-
plexas, vincando a mediana, quando esta cruza com a bis-
setriz, e mantendo o alinhamento das arestas dobradas,
D272 D276
teorema estudado pelo matemático Erik Demaine. Cortes
associados a dobragens permitem multiplicar, rebater, es-
pelhar formas (Fig. 10).
D273 D277
D274 D278
Com o recurso de corte, é possível desenhar, es-
crever, vazar, compor etc., conforme retratam as possibili-
dades de projeto com uso de refile, faca especial, faca de
meio-corte e serrilha, referidas e analisadas por solução
projetual. Algumas usam a faca associada a outros recur-
sos, porém, em todos os projetos, o corte participa do re-
sultado. A análise é arbitrária, uma forma ordenada de co-
nhecer objetivamente soluções e design. 87
D279 D283 D287 D291 D295
88
D299 D303 D307 D311 D315
D
89
D319 D323 D327 D331 D335
90
D339 D343
MEIO-CORTE CIRCULAR SERRILHA D
PADRONIZAR
Cortes podem ser usados A faca meio-corte é pouco Facas circulares fazem cortes Cortes serrilhados são cortes
para desenhar padrões em profunda, e usada para padrões em várias medidas com pequenas interrupções,
diversos materiais. cortar papéis adesivos sem de diâmetro, inclusive usados geralmente para
Os padrões podem modi- traspassar até o papel base, furações pequenas, como picotar, rasgar ou destacar
ficar a rigidez do material, facilitando o destaque. para fichário, cinto ou sapa- um substrato, com facilidade.
tornando-o mais flexível, Pode também marcar uma tos, por exemplo. Podem também ser usados
maleável. Superfícies rígidas, superfície, para facilitar a para vincar substratos
como chapas de metal, vincagem, sem que trinque, rígidos. O desenho do picote
podem ser flexibilizadas para de algum substrato rígido pode ser circular, linear
curvagem, por exemplo, com ou espesso, como uma folha ou personalizado.
padrões de corte. de PVC, por exemplo.
91
92
E
93
E01 E02 E03 E04 E05
94
E06 E07
EFEITOS E
REVELAÇÃO TEMPERATURA
A impressão em tinta Tintas termocrômicas podem
raspadinha pode ser usada modificar cores e arte, sob
sobre outras impressões, variações de temperatura.
revelando-a, ao ser raspada
permanentemente.
Efeitos são resultantes de relações. Em design
gráfico, relações podem ser estabelecidas usando mate-
rial, processos de impressão, gravação, acabamento, ma-
E13 E14
nipulação etc. Múltiplas e simultâneas relações constitu-
em o design.
Materiais possuem propriedades físicas, mecâni-
cas, químicas, dentre outras, que determinam caracterís-
ticas formais, como alvura, luminosidade, transparência,
opacidade, coloração, textura, porosidade, dureza, flexi-
bilidade, acidez, aroma, odor etc. Podem ser manipula-
NA LUZ CONTRA-LUZ
dos por processos artesanais, industriais ou associados.
Podem ser calandrados, usinados, fresados, extrudados,
Solução de arte que faz uso Imagem de texto, gera uma fundidos, forjados, sinterizados, conformados, injetados,
de faca especial, para ser terceira leitura, além da
vista sob a luz, produzindo frente e do verso, quando soldados, inflados, moldados, termoformados, torneados,
sombra que soma-se à arte. vista contra a luz. O subs- cortados, dobrados, bobinados, soprados, impressos, fil-
trato permite a passagem
de luz.
mados, pintados, estampados, gravados, carimbados, en-
caixados, prensados, impressos, costurados, laminados,
acabados, plastificados, colados etc. Há tipos de impres-
E20 E21 são próprios para os diferentes materiais, que podem ser
trabalhados antes ou depois de receber impressão. O pro-
jeto, o design articula as relações de proporção, ordem,
alinhamento, modulação, movimento, simetria, contras-
te, ritmo, cor, luz, sombra, textura, odor, aroma etc.
Nesta seção, listaram-se algumas soluções de
projeto de design gráfico, como exemplos de relações de
efeito. Todo projeto de design possui uma forma e relação
CONOTAÇÃO ESCURO
de efeito, pode ser simplesmente uma solução que res-
O material e a arte do cartão Cartaz que possui segunda ponde adequadamente a um problema, ou inédito e sur-
conotam um tambor de leitura quando visto no
bateria, com o qual possuem escuro, fazendo uso de tinta
preendente. O design é a associação entre os elementos
similaridade material. luminescente. que conformam o projeto, a matéria e os processos, rela-
cionados, vinculados por projeto. Quanto melhor esta-
belecidas as relações e unidade entre o conteúdo e a for-
ma, melhor o design. 95
96
F
97
98
EDITORIAL F
lombada
espinha
cabeceado
capa
guarda
seixa
marcador
marca
miolo
aresta
canto
100
F019
ABERTURA Sobre a atividade editorial, assim definiu Munari: F
Não apenas o projeto gráfico de capa de um livro ou de
uma série de livros, mas também o projeto do próprio livro
como objeto e portanto: o formato, o tipo de papel, a cor
das tintas em relação à cor do papel, a encadernação, a es-
colha dos caracteres tipográficos de acordo com o assunto
do livro, a definição da mancha do texto em relação à pági-
APARENTE na, o local da numeração das páginas, as páginas de rosto,
o caráter visual das ilustrações ou fotografias que acom-
Espinhas aparentes geral- Vincagens para facilitar a
mente mostram costuras abertura do volume deixam
panham o texto, e assim por diante (MUNARI, 2002, p. 25).
(industriais ou manuais). marcas, linhas paralelas à “Para designers, escolher o papel adequado para
A estrutura aparente tam- lombada, que flexibilizam um trabalho deve ser tão importante quanto escolher a
bém torna visível papel, cor, a capa, facilitando a leitura
impressão, vinco e compo- e manipulação do volume. tipografia adequada – ambas decisões são parte do input
sição do miolo. criativo do designer” (WILLIAMS, 1993). E Plínio Martins:
“Chamamos aqui de projeto gráfico a transformação de
idéias e conceitos em uma forma de ordem estrutural
e visual. [...] O livro deve ser projetado como uma entida-
de total dominada pela harmonia entre todos os seus
elementos internos e externos” (MARTINS, 2001, p. 92).
E William Morris: “Podemos fazer com ele [um livro] o que
quisermos, segundo aquilo que sua natureza, como livro,
exigir da arte” (BIERUT et al., 2010, p. 1).
F020 F023
Nos livros ilegíveis experimentais de Munari, ele
propõe um conjunto de experimentos visuais pautados
em livros sem texto, com o objetivo de verificar se “o livro
como objeto pode comunicar alguma coisa, em termos
visuais e táteis” (MUNARI, 1998, p. 211), explorando mate-
riais, formatos, encadernações, recortes, sequências, tex-
turas. Concluindo que a forma interfere na leitura, proje-
tos editoriais com ilustração e texto, como Na noite es-
F021 F024 cura, são publicados posteriormente.
Forma desenhada por projeto gráfico e material
deve expressar o conteúdo. A forma não é uma moldura
ou um excesso ao conteúdo, mas parte deste. Projeto grá-
fico define formato, diagramação, tipografia, tamanhos
de corpos de letras e imagens, entrelinha, manchas e que-
bras de texto, espaçamentos, margens, sangrias, propor-
F022 F025
ções, vazios etc. E o material, papel, gramaturas, cader-
nos, impressão, encadernação, capa, peso, acabamentos
etc. Ambos são informações que comunicam ao leitor de
forma não verbal. “Nas artes visuais todo conteúdo e for-
mas dependem das sensações visuais, táteis e motoras
– a primeira é dominante na pintura, a segunda, em es-
cultura, e a terceira, em arquitetura.” (RAND, 1996, p. 2).
O projeto editorial talvez envolva as três. 101
LOMBADA F029 F033 F037 F041
102
SEIXA CABECEADO MARCA F054 F058
F
103
ESPINHA F065 F069
MARCADOR MIOLO
REDONDA QUADRADA
Espinhas redondas confor- Espinhas quadradas são Afixados na espinha do livro, O miolo constitui a parte
mam arestas de volume retas, paralelas à aresta do geralmente entre a cola e central do livro, formado por
arqueadas, e lombadas livro. Espinhas expostas, com a tela que a encobre, os páginas ou cadernos alceados
redondas. ou sem capa, são geralmente marcadores podem ser únicos e reunidos ordenadamente
quadradas. ou múltiplos, de diversos por projeto editorial. As pá-
tipos de fitas, coloridos etc. ginas do miolo podem variar
Geralmente são finos, não em forma, conforme alguns
alterando a volumetria, nem exemplos ilustrados.
marcando o papel do miolo.
104
F079 F083 F087 F091 F095
F
105
F102 F106 F110 F114
ARESTA
106
F118 F122 F126 F130 F134
F
107
CANTO F141 F145
GUARDA F152
108
SOBRECAPA F159 F163 F167
FOLHEAMENTO F
109
ORELHA F177 F181
CINTA F188
110
F192
ENCARTE F199
FECHAMENTO F206
F
111
LUVA F213
CAIXA F220 F224
FORMA
Luvas têm como função As luvas podem ter diversos Soluções de caixa podem re-
reunir volumes de uma formatos e facas, ser unir folhas, cartões, volumes
coleção, ou servir de proteção horizontais, verticais, ter de formatos variados, assim
ao livro ou volume. diferentes maneiras de tirar como objetos associados ao
e colocar os livros, como o projeto editorial. É uma pos-
uso de fitas para puxar, ou a sibilidade versátil, que pode
exposição de parte da área explorar o uso de faca espe-
do livro para fora, para tirá-lo, cial, materiais, soluções de
por exemplo. A lombada é a fechamento etc., e modificar
parte visível na face aberta a experiência de leitura.
da luva, e geralmente, ao
sacá-lo, visualiza-se a capa.
Podem variar em material,
transparência, textura, cor
etc., compondo com a lom-
bada e o projeto dos livros.
112
MATERIAL F231 F235 F239 F243
F
113
COR F250 F254 F258
FORMATO
114
SOLUÇÃO F268 F272 F276 F280
F
115
116
G
117
118
ENCADERNAÇÃO G
120
G020 G024
GRAMPO G031 A001G035
G
121
ESPIRAL G042 G046
ESPINHA G053
MATERIAL WIRE-O®
Espirais são disponíveis em Espiral dupla para encader- Espinhas especiais, como
plástico, opaco ou transpa- nação, com furação quadrada ZipBind®, GBC®, ProClick®,
rente, de diversas cores, ou ou redonda. É possível dese- GBC®, CombBind®, VeloBind®,
metal, natural ou colorido, nhar inúmeras soluções de IMPACT™ etc., são outras
em alguns diâmetros, para capa com espiral: exposta, soluções possíveis de enca-
diferentes espessuras de envelope (a capa envolve a dernação. Algumas são
volume. espiral), lateral semi-exposta, flexíveis, permitindo abertura
escondida etc. e fechamento manual, outras
permanentes. Variam em
área ocupada (medida que
avança sobre a face) e aber-
tura (grau de abertura das
páginas do volume).
122
COSTURADA G060 G064 G068
FITA G
LATERAL
SELA FRONTAL ARTESANAL
Encadernação na linha
de vinco e dobra do caderno, A encadernação em sela, ou A encadernação frontal é A encadernação costurada Alguns sistemas de enca-
exposta na lombada. costura de sela, é uma enca- feita sobre a face do volume, artesanalmente pode ser dernação usam fitas adesivas
O grampo, por exemplo, dernação lateral entrelaçando sendo a linha de costura um frontal, lateral ou ambas, e para unir folhas avulsas.
permite variação de posição, cadernos. Pode ser feita elemento de composição da desenha com linha a costura Podem requerer maquinário
quantidade e cor. Costuras artesanal e industrialmente. capa. É possível variar linha, que une as folhas e aparece para aquecimento da cola
podem variar em linha, espessura, ponto, distância, na lombada e capa do vo- flexível contida nas fitas,
ponto, espessura, cor, desenho, cor etc. lume. Costuma ocupar parte que são disponibilizadas
comprimento de rebarba da área de página, alguns em algumas cores.
das extremidades, dentre tipos requerem dobragem
outras soluções. das páginas para abertura.
A encadernação artesanal
pode constituir elemento
característico predominante
no volume, existindo em
inúmeros tipos, variações
e possibilidades criativas.
123
COLA G078 G082
MECÂNICA G089
BROCHURA SUÍÇA
Encadernação em que se Encadernação em que o miolo Encadernação em que a capa Existem diversos sistemas
efetuam ranhuras com serra do volume, em cadernos ou é fixada à última página do mecânicos de fechamento.
na lombada do miolo, para folhas, é colado pela lombada livro, deixando a lombada Alguns permitem abertura
melhor penetração e fixação à capa flexível. Podem ser do livro livre, com a costura e fechamento, para inserção
de cola, unindo-o à capa com feitos cortes no miolo, para exposta ou envolvida por fita ou remoção de folhas ou
cola hot melt. A cola é flexível penetração da cola. Permite de papel ou tecido. As fitas plásticos. Alguns acessórios
e permite boa abertura e a junção de diferentes tipos são disponíveis em papel são próprios para encader-
manuseio do livro. de papéis, em posições ou tecido, em algumas cores nação, outros são gené-
de páginas aleatórias. e larguras. ricos e podem ser usados
para prender, fixar, reunir,
encadernar, fechar, travar
etc. Alguns sistemas podem
servir a mais de uma função,
como encadernar e pendurar,
fechar e trancar, de acordo
com o que se requer, seja
segurança, flexibilidade ou
outra função.
G075 G079 G083 G086 G090
124
ELÁSTICO G096
EMPASTAMENTO OUTROS G106
G
125
DETALHES G113 G119 G125 G131
Os detalhes ilustram
flexibilidade, encadernação,
vista de topo e de baixo de
livros fechados e abertos, de
diversos sistemas de enca-
dernação em preto e branco,
evidenciando a forma. São
os tipos: vinco, fichário, bro- G115 G121 G127 G133
chura, costura de cadernos,
brochura suíça, empastado,
fechamento mecânico,
grampo e sanfona.
126
G137 G143 G149 G155 G161
G
127
128
H
129
130
MATERIAL H
133
134
PAPEL H
136
H020 H024
Um papel pode se enquadrar em mais de um tipo, H
como o papel ondulado, por exemplo, que é também um
papel colorido. Sobreposições como esta ocorrem diver-
sas vezes, por salientar uma ou outra particularidade do
papel, neste caso, a propriedade tátil rugosa e a qualidade
visual de cor.
O conhecimento de materiais e a especificação
COUCHÉ CARTÃO de parâmetros formais próprios ao design podem ser um
dado de projeto para se trabalhar a forma, conhecendo e se
O papel couché é o tipo mais Papel revestido caracterizado apropriando de suas características. O designer pode de-
comum usado em livros com por sua rigidez, com massa
imagens, como livros de arte. do miolo composta de pasta senvolver um projeto com qualquer tipo de papel, interes-
É um papel revestido de mecânica de fibras variadas, sam suas características e relações no projeto, articuladas
ambos os lados, com alto e as faces revestidas de
nível de brancura e lisura, pasta química. Geralmente livremente. A espessura de um papel pode ser grossa para
ótimo para impressão. possui uma face mais lisa, um livro de mil páginas, mas fina para um de dez; um pa-
Disponível em níveis de de celulose branqueada,
brilho: fosco, semi-fosco, bri- e o verso de materiais
pelão pode ser grosso para uma embalagem, ou fino para
lhante, alto brilho. Fornecido reciclados, pardo, cinza um expositor.
em bobina e rolo, com grama- ou branco. Fornecido em Alguns papéis foram nomeados por função, como,
turas de 75-230 g/m2. Possui folha com gramaturas de
boa aceitação de diversas 90-400 g/m2. Comumente por exemplo, papel de embrulho, segurança, jornal, sendo
impressões e tintas, e bom usado em embalagens e comumente empregados para fins específicos, podendo,
controle de cor. capas. Alguns tipos: papel
cartão duplex, triplex, sólido
no entanto, ser explorados criativamente. O papel-cerâmi-
etc. Costuma ser reciclável. ca, por exemplo, era originalmente fabricado na China, de
corda, o que lhe conferia resistência, opacidade, leveza e
H021 H025
flexibilidade, e, pelo nome, provavelmente utilizado em
cerâmica, até ser usado pela primeira vez para impressão,
pelo editor inglês Thomas Combe, para publicar, pela edi-
tora da Universidade de Oxford, um volume fino, leve e
compacto da Bíblia. Também chamado de papel-da-índia,
ou papel-bíblia, teve sua fórmula modificada, mantendo,
todavia, as características particulares de sua origem. O
papel foi experimentado, percebido como utilizável para
H022 H026 uma finalidade que não era a sua original.
Papéis podem possuir singularidades que parti-
cularizam projetos, como, por exemplo, o papel de origem
vegetal Xuan, cujo processo artesanal de produção foi
considerado um patrimônio imaterial pela Unesco – Orga-
nização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura. A tradição tem mais de 1500 anos, é transmitida
oralmente há gerações, e a fabricação do papel envolve
H023 H027
mais de cem etapas, resultando em um papel macio, liso,
resistente e durável, com ótima absorção de tinta e reten-
ção de cor, usado para caligrafia oriental e pintura, tradi-
cionalmente conhecido como um papel longevo e também
um exemplo de processo como forma. Processos são ima-
teriais, qualificados e parametrizados por conhecimento
empírico, prático, conformadores do resultado final. 137
H028 H032 H036 H040 H044
138
H048 H052
Papel H
Nome
Técnico
composição algodão, celulose, pasta mecânica,
pasta química
gramatura gramas por metros quadrados (g/m2)
formato bobina, skid, resma, rolo, folha
PAPELÃO ONDULADO POLPA MOLDADA espessura micron (µm)
acabamento revestido, sem revestimento
Costuma ser fabricado A polpa ou fibra moldável
a partir de pastas químicas é reciclada de restos de jornal
acidez pH
de papéis reciclados. Dispo- e outras pastas mecânicas Visual
nível em folhas e bobinas, e químicas. A polpa pode ter cor pardo, colorido...
comumente em gramatura composição variada, ser colo-
de 120-700 g/m2, em uma rida, possuir níveis de lisura, alvura brancura em graus
variedade de papéis ondu- rugosidade, permeabilidade opacidade transparente, semitransparente,
láveis e cores. e densidade. Possui aspecto
natural e pode ser conforma- translúcido, opaco
da por molde, havendo pouca luminosidade fosco, brilhante, reflexivo
restrição formal, produzindo,
inclusive, volumes maciços.
Tátil
Aceita gravação. Reciclável. textura liso, corrugado, rugoso...
superfície estabildade dimensional, irregular
Físico
dureza rígido, resistente
porosidade permeável, absorvente
H049 H053 higroexpansividade variação do papel com umidade
deformidade se vincado, não retorna ao original
desgastável
direção das fibras presente, ausente
Fabricação artesanal, industrial
Bio origem natural, cadeia produtiva
verde, biodegradável, reciclável
Particularidade ex.: miolo colorido, leveza, resistên-
H050 H054
cia ao rasgo, a químicos, a tempera-
turas altas, a UV, transluscência, a
prova d’água, durável, autoadesivo,
ruidoso
Impressão tipografia, offset, tampografia,
flexografia, serigrafia, rotogravura,
jato de tinta, laser, estampagem
H051 H055 Gravação tipografia, laser, pirografia
Tinta a base d’água, a base de solvente,
Cola a base d’água, solvente, borracha,
Acabamento silicone, resina, verniz, colagem,
laminação, plastificação, tipografia,
hot-stamping, flocagem, costura
140
H076 H080 H084 H088 H092
H
141
H096 H100 H104 H108 H112
142
H116 H120 H124 H128 H132
H
143
H136 H140 H144 H148 H152
144
H156 H160 H164 H168 H172
H
145
H176 A001
H180 H184 H188 H192
146
H196 H200 H204 H208 H212 G H
147
H216 H220 H224 H228 H232
148
H236 H240
H
LUMINESCENTE ABRASIVO
Papel composto de PET Conhecido como lixa, o papel
com pigmento luminescente, abrasivo costuma ter base
tem efeito brilhante no em kraft ou látex, revestida
escuro, após ser exposto à de grãos de metal (óxido de
luz. Laminado com silicone, alumínio, carboneto de silício,
à prova d’água, não tóxico, zinco, entre outros). Usado
inodoro, não radioativo. comumente para polimento.
Disponível em tonalidades Disponível em folha ou rolo,
branca, azul, amarela e verde, com classificação numerada
e também em papel adesivo. por níveis de abrasão,
A luminosidade é medida o número representa a
em milicandela por metro quantidade de grãos por
quadrado (mcd/m2). Pode centímetro quadrado.
ter luminescência diminuída, O tato é áspero, e a super-
com tempo de uso. Aceita fície, rugosa. É possível
impressão e vinco. encontrar em algumas cores.
H237 H241
H238 H242
H239 H243
149
150
H
151
152
DIVERSOS H
154
H263 H267
Frank Gehry desenvolveu a “Easy Edges” (1969- H
1972), uma série de móveis desenvolvidos em papelão,
explorando sua materialidade, sendo um exemplo de ex-
perimentação a partir de manipulação e de exploração de
possibilidades criativas, atribuindo usos não convencion-
ais a um material.
156
H291 H295
Tecido H
Nome
Técnico
composição matéria-prima
fibra natural, artificial, composta
formato comprimento, largura da bobina
fios nº de fios/cm2 ou polegada
LYCRA® POLIÉSTER espessura microns (µm)
peso gramas por metro quadrado (g/m2)
Fibra artificial sintética de O tecido poliéster, fabricado
elastano composto com de fibra artificial sintética,
Forma
nylon, caracterizada por sua é leve, elástico, isolante, memória* baixa, alta
elasticidade, capacidade impermeável, possui baixa maleabilidade
de alongamento e recobra- liberação de umidade, não
maleável, duro
mento sem deformar. Possui encolhe, não amassa e é de Físico
tato macio, escorregadio, e rápida secagem. Os fios de resistência pouco resistente, resistente
toque frio. A porcentagem poliéster são muito usados
de elastano e espessura da na composição de outros porosidade poroso, absorvente, permeável
Lycra® influem no caimento tecidos. conservação de calor inércia baixa, alta
do tecido. Disponível em
diversas cores, inclusive me-
contato com água inerte, encolhimento
tálicas. É também conhecido respiro respira, não respira
como spandex. Bio
fabricação origem natural, cadeia produtiva
verde, biodegradável, reciclável
tratamento natural, químico
H292 H296 tingimento natural, artificial
trama tecelagem, malha, crochê
Visual
cor
revestimento ausente, presente
acabamento verniz, impermebilização
verso cor, sem estampa
opacidade opaco, translúcido, transparente
H293 H297
luminosidade fosco, brilhante
Tátil
toque frio, neutro, quente
textura liso, macio, áspero, rugoso
Particularidades impermeável, memória, anties-
tático, maleável, padronizado
Outros flamabilidade, antialergênico
H294 H298 Processos
impressão tipografia, serigrafia, impressão
gravação tipografia, laser, pirografia
outros estampagem, termossoldagem
Acabamento dobragem, corte, furação
*capacidade de reter dobras
158
H319 H323 H327 H331 H335
H
159
H339 H343 H347 H351 H355
160
H359
MADEIRA H366 H370 H374
H
161
H378 H382 H386 H390 H394
162
H398 H402
MADEIRA H
164
H426 H430
Madeira H
Nome
espécie nome científico
composição madeira bruta, reciclada, refugo
formato painel, placa, chapa, aglomerado,
folha, lamina, chip, granulado,
fibra, lasca
CAVACO LASCA dimensões
peso leve, pesado
Pedaços ou estilhas de ma- Lascas de madeira são
deira natural, usados como obtidas por cortes longitu- acabamento revestido, sem revestimento
combustível ou para fabrica- dinais finos na madeira, que Visual
ção de pasta celulósica, para naturalmente a encurvam. longitudinal, radial
produção de papel. Podem Lascas costumam ser refugo,
corte
também ser usados para descarte. Leves, volumosas, cor
outros fins, que se apropriem podem exalar aroma natural, nervura ausente, presente
desse formato disponível de sendo mais ou menos
madeira natural. São clas- resistentes, dependendo da nós ausente, presente
sificados em fino, pequeno, espécie de origem. A forma acabamento fosco, brilhante, reflexivo
médio e grande, e provenien- é resultante do processo de
tes de diversas espécies corte, associado ao material. Tátil tato quente
de árvores, podendo exalar superfície lisa, áspera, rugosa
aroma natural.
Físico
dureza densidade baixa, média, alta
porosidade absorvente, impermeável
umidade porcentagem (%)
H427 H431 deformidade pode ser encurvada
Tratamento tingimento, secagem,
impermeabização, anticupim
Particularidade retardador de fogo, odorífera,
elástica, fibrosa
H428 H432
POLÍMEROS
H429 H433
Os polímeros plásticos foram desenvolvidos qui-
micamente em laboratório, durante as duas grandes guer-
ras. Constituem o material“que pode ser o mais simbólico
em nossa sociedade industrial, ou ao menos, na nossa so-
ciedade de consumo.” (KULA et al., 2008, p. 65). Próprios
para controle e manipulação industrial, praticamente não
requerem mestria para trabalhá-lo e não possuem limita-
ção formal (Tabela 5). 165
POLÍMEROS H437 H441 H445 H449
166
H
H453 H457 H461 H465 H469
POLIONDA
POLIESTIRENO PET PP POLIETILENO LENTICULAR
Polionda é uma placa ou
chapa de polipropileno (PP), Conhecido como isopor, o O politereftalato de etileno, O plástico mais comum, Folha ou chapa lenticular,
com estrutura alveolar for- poliestireno é um polímero PET, e o polipropileno, PP, obtido por polimerização do que, combinada à impressão
mada por duas chapas unidas termoplástico expandido, são polímeros termoplás- etileno, leve, flexível, geral- de arte-final especial, em que
por nervuras ortogonais. cheio de ar, leve e flutuante. ticos semelhantes. Usados mente opaco e impermeável. as imagens são secionadas
Resistente, leve, flexível, Isolante térmico, pouco per- em fabricação de fibras de Comumente conhecido por exatamente na largura
impermeável e flutuante, meável, amortecedor, macio, tecidos, filmes e embalagens, seu uso em sacolas plásticas. da tira da lente, produz
pode receber tratamento higiênico e inócuo. Forne- podem ser moldados por Resistente à tensão, com- efeitos especiais. A lente,
anti-UV, antiestático, cido em pérolas, chapas, aquecimento. Disponíveis em pressão e tração, é isolante usada verticalmente, produz
dentre outros. Disponível pranchas, blocos, comumente grãos, folhas, filmes, ade- e possui razoável resistência efeito de dimensionamento,
em várias cores, opacas e branco, ou colorido, em sivos, chapas, a dureza final química. É fornecido em profundidade, e horizontal-
translúcidas, com espessuras densidades de 10-30 kg/m3. pode ser flexível ou rígida. formatos como grânulos, mente, simula movimento,
de 1,5-5 mm, e gramaturas É termoformável e fácil de Colorido, opaco ou transpar- resina, película, filme, folhas, animação. Existem tipos
de 270-2000 g/m2. Aceita esculpir, com corte ou calor. ente. São inflamáveis. O PP lâmina, chapa, placa etc., em de lentes para diferentes
corte e vincagem, apresen- Reciclável. é mais flexível (a folha pode várias densidades. Aceita distâncias de visualização, ou
tando marcas embranque- ser vincada), possui baixa impressão em flexografia e efeitos resultantes.
cidas. Reciclável. densidade e é pouco higro- termosselagem.
scópico. Reciclável, de lenta
degradação.
H454 H458 H462 H466 H470
167
H473 H477 H481 H485 H489
168
H493 H497
A previsibilidade comportamental do material de- H
senvolvido em laboratório, facilita sua aplicação e uso. As
maiores controvérsias em relação aos polímeros plásticos
são a salubridade humana no contato com alguns tipos
do material, e também o descarte e a lenta degradação de
muitos deles.
BORRACHA EVA
Polímero
Nome
Borrachas podem ser EVA, espuma vinílica aceti- Técnico
naturais (látex) ou sintéticas, nada, é um termoplástico,
chamadas de elastômeros uma espuma sintética leve composição elementos químicos
sintéticos, derivados do e econômica. Flutua, é imper- formato chapa, placa, folha, líquido,
petróleo. São de muitos meável e tem memória curta.
tipos, e se caracterizam pela Disponível em diferentes dimensões granulado, goma, gel, pó
alta deformidade e recupe- densidades, resiste a calor e densidade
ração. Podem ter proprie- agentes químicos. Fornecida
dades físicas, mecânicas em folha e placa, em densi-
resistência a luz gramas por centímetro cúbico (g/cm3)
e químicas particulares. dades de 90-350 Kg/m3, resistência química sim, não
e espessuras variadas. Pode resistência mecânica sim, não
ser injetado. Apresenta
decomposição lenta. porosidade sim, não
deformidade poroso, absorvente, impermeável
impermeável
Forma
cor
H494 H498
opacidade transparente, translúcido, opaco
luminosidade fosco, brilhante, luminescente
textura macio, áspero, rugoso
Particularidades atóxico, flutuante, leve, resistente,
opaco, tenaz, isolador, condutor,
acústico
Impressão tipografia, tampografia, serigrafia,
H495 H499 flexografia, rotogravura, jato de
tinta, laser, estampagem,
termografia
Gravação tipografia, laser, pirografia
Outros estampagem, moldagem, injeção,
termoformagem, vácuoformagem,
soldagem, termossoldagem,
extrusão, sopro, fundição,
H496 H500
usinagem, moldagem, bobinagem,
calandragem
Acabamento corte, dobragem, pintura, colagem,
laminação, verniz
Bio biodegradável, reciclável, atóxico
O náilon é uma fibra sintética Espumas são formadas por Massa plástica de polímero O silicone é um polímero O aerogel é um gel sólido,
química, resistente, leve, estruturas celulares que lhe nanocomposto, PVC e outras elástico, inodoro, antiade- poroso, translúcido que
de memória curta, usinável, conferem densidade e alon- substâncias. Possui consis- rente, resistente a tempera- contém mais de 90% de
pouco reagente a químicos. gamento. Podem ser muitos tência uniforme, não gruda turas extremas, quimica- ar, ultraleve, de densidade
Gera pouco atrito, é isolante tipos de materiais sintéticos, e solidifica por aquecimento mente inerte (não reagente) muito baixa e rígido, apesar
elétrico, pouco absorvente, como viscoelástico (lenta a forno. Pode ser esculpida e impermeável. Possui de facilmente quebrável.
de fácil lavagem e durável. resiliência), PU, EVA, PE. e moldada, com redução permeabilidade gasosa, Composto por sílica, carbono,
Disponível em grânulos, Algumas são biodegradáveis, e acréscimo de material. baixa condutividade (isolante óxido de alumínio, dentre
tecidos, cordas, fitas, redes, fabricadas à base de arroz Disponível em várias cores elétrico), resistência a raios outras substâncias, é isolante
dentre outros formatos. e milho. Podem ter caracte- opacas, metálicas e trans- UV e fogo. Fornecido líquido, térmico e elétrico, higro-
Possui lenta degradação. rísticas como resistência a lúcidas. Algumas aderem viscoso, em emulsão, gel, scópico, por possuir área de
fogo, a abrasão e térmica, a metal e vidro, podendo resina ou sólido. Pode ser superfície elevada. O SEAgel
tensão ao rasgo, ser micro- receber acabamento. Possui moldado por injeção. (Safe Emulsion Agar gel) é
celular, aceitação a extrusão características como ser um material semelhante,
e injeção. Fornecidas em fibrosa, luminescente, pero- de ágar, biodegradável e
placas, rolos, adesivos, lizada. Fornecida em bloco, comestível. É o sólido menos
sprays, líquidos etc., gel e líquido. denso já fabricado.
em algumas cores.
H502 H506 H510 H514 H518
170
H521 H525
OUTROS H532 H536
H
171
H540 H544 H548 H552 H556
172
H560 H564 H568 H572 H576
H
173
METAL H580 H581 H582 H583
174
H584 H585
METAL H
Metal
Nome
composição elemento(s) químico(s)
H605 H606
formato pó, fio, arame, vergalhão, lâmina,
laminados, folhas, chapa, placa,
bloco, tubo, perfil, tarugo, barra,
rolo
Forma
cor
luminosidade fosco, brilhante, reflexivo
superfície macio, liso, áspero, rugoso
H612 H613
Outros dureza, resiliência, condutibili-
dade, maleabilidade, elasticidade
Particularidades resistência, leveza
Impressão tampografia, flexografia, rotogra-
vura, serigrafia, laser
Gravação tipografia, laser
Outros fundição, forjamento, extrusão,
H619 H620
calandragem, dobragem, corte,
laminação, furação, pintura,
Acabamento verniz, esmalte, eletrocromagem,
jateamento, galvanoplastia,
anodização
177
178
REFLEXÃO 3
183
184
LIVRO 4
PERIÓDICO
ARTIGO
WEBGRAFIA
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188 Acessos em 2011 e 2012.
FONTE DE IMAGEM 4
189
Dissertação de Mestrado
Título Design Gráfico: Processo como Linguagem
Autora Eunice Liu
Revisão Marcia Choueri
Tipografia Klavika
Formato Letter 279 × 216mm
Capa Serigrafia sobre Saphir 142 g/m2
Guarda Le Rouge 250 g/m2
Papel Couché 115 g/m2
Impressão Indigo 7500
Encadernação Costura francesa
Lombada Quadrada
Páginas 192 páginas