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INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO
UFPA/IECOS/FACIN (Bragança)
E-mail: sampaiods@ufpa.br/sampaio.ds@gmail.com
UFPA/ICB/ENGEBIO
E-mail: diegoassis@ufpa.br/diego.a87@gmail.com
Belém-PA – 2021
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Para falar de conhecimento é necessário entender quais tipos existem. A maior parte dos
estudiosos consideram que existem quatro tipos de conhecimento – científico, popular,
filosófico e religioso. Desde a antiguidade até os nossos dias, os quatro tipos de conhecimento
são utilizados. Primeiramente falaremos do conhecimento popular e do científico, que são muito
relacionados.
Saber que determinada planta necessita de uma quantidade X de água e que, se não a
receber de forma natural, deve ser irrigada pode ser um conhecimento verdadeiro e
comprovável, mas nem por isso científico. Para que isso ocorra, é necessário ir mais além:
conhecer a natureza dos vegetais, sua composição, seu ciclo de desenvolvimento e as
particularidades que distinguem uma espécie da outra. Dessa forma, patenteiam-se dois
aspectos:
Há vários conceitos de ciência propostos por vários pensadores. Segundo Trujillo Ferrari
(1974), “a ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático
conhecimento com o objeto limitado, capaz de ser submetido à verificação”. Há quem seja mais
objetivista, definindo a ciência como um tipo de conhecimento adquirido por métodos
rigorosos, sistematizados e suscetíveis de serem ensinados. Independente do conceito é fato
que as ciências possuem:
Básica – gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência, sem aplicação prática
prevista. Envolve verdades e interesses gerais.
Qualitativa – relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, por meio de vínculo indissociável
entre objetividade e subjetividade, que não é redutível a números. A interpretação dos
fenômenos e a atribuição de significados são básicas na pesquisa qualitativa. O ambiente social
é a fonte direta para coleta de informações e o pesquisador é o instrumento-chave.
Exploratória - visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo
explícito ou a construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico, entrevistas, análise de
exemplos. Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudo de Caso.
2.2.4.Procedimentos técnicos
Fase redacional – análise dos resultados obtidos na fase construtiva, sob determinada forma de
expressão. É a organização das ideias de forma sistematizada, visando à elaboração do relatório
final.
Instrumento utilizado pela Ciência na sondagem da realidade. Tem por base a observação
rigorosa dos fenômenos, com garantias de redução ao mínimo das interveniências subjetivas e
ideológicas. Tal observação deve ser capaz de distinguir, dentre os muitos fenômenos
ocorrentes em determinadas circunstâncias, os que são relevantes para o problema.
Os métodos que fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo, indutivo, hipotético-
dedutivo, dialético e fenomenológico (Gil, 1999).
Método dedutivo – proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz que pressupõe que
só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro.
Objetivo: explicar o conteúdo das premissas por meio de uma cadeia de raciocínio em ordem
descendente; análise do geral para o particular, para chegar a uma conclusão.
Usa o silogismo, construção lógica para a partir de duas premissas, retirar uma terceira
decorrente das duas primeiras, denominada conclusão.
Exemplo:
Todo homem é mortal ............................ Premissa maior
Método indutivo – proposto pelos empiristas Bacon, Hobbes, Locke e Hume. Considera o
conhecimento fundamental na experiência, não leva em conta, princípios pré-estabelecidos. No
raciocínio indutivo a generalização deriva de observações de casos da realidade concreta. As
constatações particulares levam à elaboração de generalizações.
Exemplos:
Antônio é mortal.
João é mortal.
Paulo é mortal.
Carlos é mortal.
Método dialético – proposto por Hengel e Marx, no qual as contradições se transcendem, dando
origem a novas contradições que passam a requerer solução. É um método de interpretação
dinâmica e totalizante da realidade. Considera que os fatos não podem ser considerados fora de
um contexto social, político, econômico etc.
Método fenomenologógico – proposto por Husserl e Jaspers, não é dedutivo nem indutivo.
Preocupa-se com a descrição direta da experiência tal como ela é.
a) Escolha do tema;
b) Formulação do problema;
c) Revisão de literatura;
d) Justificativa;
h) Coleta de dados/informações/discursos;
a) Escolha do tema
Deve-se levar em conta, para a escolha do tema, sua atuação e relevância, seu
conhecimento a respeito, sua preferência e sua aptidão pessoal em lidar com o tema escolhido.
b) Formulação do problema
• O problema é original?
• O problema é relevante?
• Ainda que original/relevante, é adequado para aquele pesquisador?
• Existem possibilidades reais da pesquisa ser executada?
• Existem recursos financeiros que viabilizem a execução do projeto?
• Há tempo suficiente para resolver tal questão?
c) Revisão de Literatura
Pode objetivar determinar o “estado da arte”, ser uma revisão teórica, uma revisão
empírica ou a uma revisão histórica.
d) Justificativa
População x Amostra
Não-probabilística
a) casuais simples – cada elemento da população tem oportunidade igual de ser incluído
na amostra;
h) Coleta de dados
Deve ser feita para atender aos objetivos da pesquisa e para comparar e
confrontar dados com o objetivo de confirmar ou rejeitar a(s) hipótese(s) ou os
pressupostos da pesquisa.
3. Problema e Hipótese
3.1. O que é um problema?
Estes problemas são designados como de “engenharia”, pois se referem a como fazer
algo de maneira eficiente.
A ciência pode fornecer sugestões e inferências acerca de possíveis respostas, mas não
responder diretamente a esses problemas.
Eles não indagam como são as coisas, suas causas e consequências, mas sim sobre como
fazer.
Estes problemas são de valor, assim como os que indagam se uma coisa é boa ou má,
desejável ou indesejável, certa ou errada, melhor ou pior que outra. A pesquisa científica não
pode dar respostas a questões de valor, porque sua correção ou incorreção não é passível de
verificação empírica.
Um problema é de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser tidas como
testáveis: Em que medida a escolaridade determina a preferência político-partidária? A
desnutrição determina o rebaixamento intelectual?
Ordem prática
Ordem intelectual
a) Quando Freud iniciou seus estudos sobre o inconsciente, este constituía área
inexplorada. Diz-se que Freud “inventou” o inconsciente.
Várias pesquisas já foram realizadas sobre o assunto, mas pode haver interesse em
verificar variações nesta generalização. Pode-se indagar se fatores culturais não interferem,
intensificando ou enfraquecendo as relações entre aqueles dois fatores.
Se alguém disser que vai pesquisar sobre o divórcio, pouco estará dizendo.
Gil (1991) concluiu que na formulação de hipóteses podem-se usar as seguintes fontes:
Ø observação;
Ø resultados de outras pesquisas;
Ø teorias;
Ø intuição.
4. O projeto de Pesquisa
4.1. O projeto de pesquisa
Ø Título da pesquisa
Ø Introdução (O que se vai fazer? e Por quê?)
• Tema da pesquisa; problema; justificativa e resultados esperados.
Ø Objetivos (Para quê?)
• Objetivo geral – forma genérica qual o objetivo a ser alcançado;
• Objetivos específicos – detalhamento do objetivo geral, indicando o que será
realizado.
Ø Revisão de Literatura (O que já foi escrito obre o tema?)
• Análise comentada do que já foi escrito sobre o tema, enfocando pontos
divergentes e convergentes;
• Mostre os enfoques recebidos pelo tema na literatura publicada (livros e
periódicos).
Ø Metodologia (Tratamento metodológico, Material e Métodos)
• Como será executada a pesquisa?
• Qual o desenho metodológico?
• Qual a população a ser estudada?
• Como será selecionada a amostra?
• Como será a coleta de dados?
• Quais instrumentos serão utilizados?
• Como os dados serão tabulados e analisados?
5. O Discurso Acadêmico
5.1. Características
É certo que o Ministério Público tem o seu label largo no exercício do poder de denunciar.
> Falta de preparo para escrever: períodos longos; uso inadequado de conectivos etc.
Freqüência de utilização;
b) Emprego universalizado.
1) Questão
(...) a natureza e o objeto de estudo da didática geral (...), tem se tornado entre nós (...),
uma QUESTÃO objeto de acaloradas discussões (...).
Se pretendemos desviar o foco central do processo de ensino para a aprendizagem e,
portanto, para o aluno (...), evidentemente sem abandonar a QUESTÃO do próprio
ensino (...)
2) Colocar
- Eu gostaria de colocar...
- (...) implica, por um lado, na apreensão da dinâmica social ENQUANTO atravessada por
contradições e conflitos (...)
- (...) uma visão crítica do fenômeno educativo ENQUANTO parte da totalidade do social.
• (...) para tudo aquilo que os alunos já fazem ENQUANTO vivência, ENQUANTO
formação cultural.
(...) a integração (...) é condição básica para se ter o que eu CHAMARIA de uso racional
de recursos.
Observe-se que, em todos esses casos, a nível de pode ser trocada por no ou na (no Brasil,
na universidade...), ganhando o estilo em simplicidade, correção e leveza.
7) Passar por
5.3. Pleonasmo
Base fundamental, bonita caligrafia (do grego kalli bonito, belo), noções
elementares; infra-estrutura básica, perspectiva-futura, história passada, tradição do
passado, pequena síntese, conforme já vimos anteriormente, o que vai acontecer no
futuro, erário público, estou com uma dor na minha cabeça, entrar para dentro, sair
para fora etc.
Capital/interior/Litoral
... os itens das provas de múltipla escolha terão, a partir do próximo vestibular, quatro
alternativas, em vez de cinco, como no passado.
Um quesito de um teste de múltipla escolha pode ter duas, três, quatro ou cinco opções
Nascer e Morrer
Pode-se muito bem ser empregada a expressão bastante utilizada: (...) fulana perdeu a
criança, significando que, antes ou durante o parto, o feto ou a criança morreu.
5.5. Regras básicas na redação científica
Regras Práticas
a) organize as ideias.
3) Evite repetições.
7. Referências Bibliográficas
ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo: Brasiliense, 1981.
ANDERY, M. A. et al. Para compreender a Ciência: uma perspectiva histórica. Rio de Janeiro: Espaço e
Tempo: EDUC, 1988.
CERVO, Luiz Amado; BERVIAR, Pedro Alcino; SILVA, Pedro da. Metodologia científica. São Paulo: Pearson
education, 2007.
CONDURÚ, Marise Teles; PEREIRA, José Almir Rodrigues. Elaboração de trabalhos acadêmicos: normas,
critérios e procedimentos. Belém: NUMA/UFPA, EDUFPA, 2005.
GONÇALVES, Hortência de Abreu. Manual de projetos de pesquisa científica. São Paulo: Avercamp, 2003.
GUIMARÃES, F. R. Como fazer? Diretrizes para a elaboração de trabalhos monográficos. 2. ed. Campina
Grande: EDUEP, 2003.
HUHNE, L. M. Metodologia Científica: caderno de textos e técnicas. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1977.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Mariana de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São
Paulo: Atlas, 2003.
MARTINS JUNIOR, Joaquim. Como escrever trabalhos de conclusão de curso. Petrópolis (RJ): Vozes, 2008.
MINAYO, M. C. S. O desafio do Conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 6. ed. São Paulo – Rio de
Janeiro: Hucitec-Abrasco, 1999.
MOREIRA, Silva Maria Bitar de Lima. Curso de normalização de trabalhos acadêmicos. Belém, 2003. 8f.
Apostila do Curso de Normalização de Trabalhos Acadêmicos realizado pela UFPA.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica. São Paulo: Thomson, 2004.
OLIVEIRA, Valéria Rodrigues de. Desmitificando a pesquisa científica. Belém: EDUFPA, 2008.
REY, L. Planejar e redigir trabalhos científicos. 2. ed. São paulo: Edgar Blücher Ltda., 1998.
SALOMON, D. V. Como fazer uma Monografia. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes Ed. Ltda, 1996.
SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 20. ed. São Paulo: Cortez, 1998.
SILVA, João Batista Corrêa da. A dissertação clara e organizada. Belém: EDUFPA, 2001
SILVA, A. M.; MIRANDA, A. B.; PONTES, A. L.; ELIAS, D. S.; AQUINO, J. E. F.; SILVA, L. D. M.; PRAXEDES-
FILHO, P. H. L.; MAGALHÃES, R. C. B. P.; NÓBREGA-THERRIEN, S. M.; MACIEL, T. J. P. Trabalhos Científicos:
Organização, Redação e Apresentação. Fortaleza: EDUECE, 2003. 71 p., il.