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CURSO DE GESTÃO EM SEGURANÇA

PÚBLICA E PRIVADA
METODOLOGIA CIENTÍFICA
Sumário

1. Introdução .............................................................................................................. 4
1.1. Metodologia..................................................................................................... 5
1.2. Conhecimento Do Senso Comum ................................................................... 6
1.3. Senso comum e a propagação de informações .............................................. 8
1.4. Conhecimento Científico ................................................................................. 9
1.5. Caráter hipotético do conhecimento científico ............................................... 10
2. Metodologia e TCC – Trabalho de Conclusão de Curso ...................................... 11
2.1. TCC............................................................................................................... 12
2.2. Orientações Do Tcc Na Instituição................................................................ 14
2.3. Competências Do Professor Co-Orientador De TCC .................................... 15
2.4. Competências Do Professor Orientador ....................................................... 16
2.5. Competências Do Aluno Orientado ............................................................... 17
2.6. Competências Da Coordenação De Tcc ....................................................... 18
3. Processo De Orientação ...................................................................................... 18
3.1. TCC-I ............................................................................................................ 18
3.2. TCC-II ........................................................................................................... 19
3.3. A Escrita Científica ........................................................................................ 20
3.4. Orientações Para Elaboração Do Projeto De Pesquisa ................................. 0
3.5. Características Da Pesquisa Científica ........................................................... 5
3.6. Classificação Das Pesquisas .......................................................................... 7
4. Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)........................... 17
4.1. Citações Diretas ............................................................................................ 18
4.2. Citações Indiretas ......................................................................................... 19
4.3. Estrutura Do Projeto De Pesquisa ................................................................. 20
4.4. Estrutura Do Artigo Científico ........................................................................ 22
4.5. Normas De Apresentação Gráfica Do Artigo - Papel, Formato E Impressão . 30
5. Referências .......................................................................................................... 39
1. Introdução

A disciplina de Metodologia Científica está presente em praticamente


todas as grades de aulas de todos os cursos acadêmicos, sejam estes cursos
englobados nas áreas de Humanas, Biológicas ou Exatas. A partir de tal
disciplina, o estudante entra em contato com a normatização para a produção
de trabalhos científicos e com as técnicas de coleta e análise de dados obtidos
com a realização de pesquisas.
No entanto, outras dimensões são apresentadas. Realizar uma pesquisa
é muito mais do que aplicar técnicas de coleta, analisar dados e escrever no
final do processo um trabalho seguindo uma normatização predeterminada.
Para a confecção de um trabalho científico é necessário primeiramente se
pensar na postura que deve ser adotada pelo pesquisador, nas diferentes
formas de ver o mundo, no tipo de conhecimento que almeja ser construído.
Um pesquisador deve se fazer o tempo todo, algumas perguntas para
não correr o risco de que o resultado final de sua produção seja invalidado.
Estou sendo imparcial ou parcial na condução desse estudo? Essa opinião
caracteriza-se por ser determinista? O material produzido utiliza-se de fontes
adequadas ou está bebendo do senso comum? É necessário que no final das
contas eu confirme a minha hipótese inicial de pesquisa para que o que eu fiz
seja válido?

http://culturacolaborativa.socialbase.com.br/metodologia-de-comunicacao-interna/
Estas são algumas das perguntas que devem ser feitas constantemente
no ato de se pesquisar. Ou pelo menos deveriam ser feitas.
O aluno, em alguns casos, é colocado diretamente em contato com a
técnica, com o instrumento de coleta de dados, com a urgência de se fazer
logo “um bom Referencial Teórico”, sem antes estabelecer uma discussão
metodológica do que é senso comum, do que é determinismo, do que são ou
não fontes confiáveis de informações ou mesmo o que é um Referencial
Teórico. Assim, o aluno aprende o que tem que fazer para a construção do
trabalho científico, mas nem sempre aprende a conectar corretamente as
partes do trabalho.
Para compreender os diferentes componentes presentes na metodologia
de uma pesquisa realizada na atualidade, é necessário inicialmente olhar para
o passado e compreender as várias discussões metodológicas estabelecidas
em diferentes períodos da história humana.

1.1. Metodologia

Metodologia é uma palavra derivada de “método” do latim “methodus”


cujo significado é “caminho ou a via para a realização de algo”. Método é o
processo para se atingir determinado fim ou para se chegar ao conhecimento.
Dessa forma, metodologia é o campo em que se estudam os melhores
métodos praticados em determinada área para a produção do conhecimento.
Assim sendo, para compreender esse campo de estudo é necessário
compreender primeiramente os diferentes tipos de conhecimento.
O ser humano é um ser jogado no mundo, condenado a viver sua
existência. Por ser existencial, tem que interpretar a si e ao mundo em que
vive, atribuindo-lhes significação. Cria intelectualmente representações
significativas da realidade, representações estas chamadas de conhecimento.
Dependendo da forma pela qual se chega a uma determinada representação
significativa, o conhecimento pode ser, em linhas gerais, classificado em
diversos tipos: mítico, ordinário, artístico, filosófico, religioso, dentre outros. As
duas formas que estão mais presentes e que mais interferem nas decisões da
vida diária do homem são o conhecimento do senso comum e o científico.
Ambas as formas partem da necessidade de se compreender o mundo,
mas os caminhos que percorrem são diferentes. Não só os caminhos são
diferentes, como os instrumentos utilizados para a produção de significados
também são. Até mesmo quando as representações dos significados são os
mesmos, o processo de validação e propagação de tais representações
apresentam características particulares.

1.2. Conhecimento Do Senso Comum

A forma mais usual utilizada para interpretar a si mesmo, o seu mundo


e o universo como um todo, produzindo interpretações significativas é a do
senso comum (conhecimento ordinário, comum ou empírico). Essa forma de
conhecimento surge como consequência da necessidade de resolver
problemas imediatos, que aparecem na vida prática e decorrem do contato
direto com os fatos e fenômenos que vão acontecendo no dia a dia, percebidos
principalmente através da percepção sensorial.
Não é um conhecimento programado ou planejado, pois à medida que a
vida vai acontecendo ele se desenvolve, sendo caracterizado por ser
espontâneo e instintivo. Por ser vivencial é também superficial, sem
aprofundamento crítico ou racionalista, é um “viver sem conhecer”.

https://www.ensinar.info/ciencia-versus-senso-comum-comentarios-a-boaventura-e-nagel-75/
Apresenta um caráter predominantemente utilitarista, não especificando
as razões ou fundamentos teóricos que demonstram ou justificam o seu uso,
possível correção ou confiabilidade. Por se basear em soluções de problemas
imediatos, sem compreender ou conhecer as explicações a respeito do seu
sucesso, o senso comum transforma-se em convicção, em crença, que é
repassada de indivíduo para indivíduo, de geração para geração. A utilização
de ervas medicinais, por exemplo, é reproduzida sem a devida reflexão a
respeito das razões que levam a tal utilização.
Sabe-se apenas o uso de erva X possibilita o benefício Y, ou pelo menos
imagina-se que possibilita o benefício Y, pois nem isso pode ser confirmado já
que não existe um estudo rigoroso a respeito. O açúcar cristal, por exemplo, é
utilizado para a cicatrização de ferimentos. Ninguém, a não ser quem tenha
obtido a informação de alguma fonte científica, sabe dizer por que esse açúcar
possui esse poder bactericida e cicatrizante. Aliás, baseado exclusivamente no
senso comum, sequer é possível comprovar se o açúcar possui realmente
essas capacidades.
Na maioria dos casos as pessoas conhecem apenas o efeito benéfico,
ou mesmo reproduz o que outros falaram, instituindo uma tradição, um
costume que é passado adiante. Esse tipo de conhecimento é muito subjetivo e
tem baixo poder de crítica, subordinado a um envolvimento afetivo e emotivo
do sujeito que o elabora/reproduz. É incapaz de ser isento, pois baseia-se em
interpretações sustentadas apenas por crenças pessoais e não resiste quando
submetido a crítica sistemática.

https://www.estudopratico.com.br/conhecimento-cientifico-e-senso-comum/
1.3. Senso comum e a propagação de informações

Essa forma de conhecimento superficial encontra-se também na


reprodução de informações dentro da sociedade. Discursos são
constantemente reproduzidos, mas não são analisados. Na atualidade, onde o
mundo encontra-se “conectado”, a quantidade de informações disponibilizadas
é muito grande, mas a forma como são tratadas ainda é muito precária. Nas
redes sociais, discursos são instituídos de maneira muito rápida. Uma notícia
ganha força ao ser compartilhada, mas nem todos buscam a veracidade da
fonte ou mesmo analisam o conteúdo do que está sendo reproduzido.
Passar adiante uma chamada bombástica está a “um clique” de
distância. Agora, analisar o que está sendo lido, associar com um contexto
maior, refletir a respeito do que está sendo falado pode levar mais tempo,
tempo este que nem todos estão dispostos a “perder”. Diante dessa postura, o
senso comum vai ganhando força, pois ele é rápido, exige menos crítica e é
cômodo, pois ele encontra respaldo em uma coletividade.
Seguir a maioria, o que todos estão falando, pode oferecer mais conforto
do que, por exemplo, pensar por si mesmo e chegar a uma conclusão diferente
por meio da reflexão constante. Fontes não científicas ganham força, pois não
existe debate. A mídia aparece como uma fonte totalmente verídica e o que ela
fala ganha rapidamente pesam de verdade, pois o confronto de ideias pode
não encontrar espaço para ser praticado. Costumes, tabus e preconceitos são
estabelecidos a partir dessa ausência de discussão e, consequentemente,
ausência de reflexão.
De certa forma é impossível afirmar que determinada pessoa é livre
por completo do senso comum, pois a informação contida nesse conhecimento
é mais imediata e fácil de ser acessada. Como dito anteriormente, remete a um
envolvimento afetivo e emotivo do sujeito que o elabora/reproduz. No entanto,
como será exposto mais adiante, aquilo que é tido como verdade só se
mantém com tal status aos olhos da ciência quando é constantemente exposto
a um método rigoroso de análise. Ciências exatas, humanas e biológicas
trabalham com a exposição do objeto estudado à constante verificação de sua
veracidade.
No campo das ideias, essa verificação passa pelo livre debate, pela
exposição de diferentes opiniões na tentativa de se produzir novas formas de
conhecimento e não pela simples e mecânica reprodução do que a maioria
está dizendo. A produção do conhecimento científico trata-se, portanto, de uma
tarefa mais árdua, que exige concentração, disciplina, rigor metodológico e da
mente aberta por parte do pesquisador, pois as respostas obtidas por ele
dentro de uma pesquisa nem sempre estarão de acordo com o mundo e as
informações que constituem a sua subjetividade, sendo necessário sempre se
reinventar diante da descoberta de novos paradigmas, de novas técnicas, de
novos conceitos e de diferentes perspectivas.

1.4. Conhecimento Científico

O conhecimento científico surge da necessidade de o homem não


assumir uma posição meramente passiva, de testemunha dos fenômenos, sem
poder de ação ou controle dos mesmos. Cabe ao ser humano, otimizando o
uso da sua racionalidade, propor uma forma sistemática, metódica e crítica da
sua função de desvelar o mundo, compreendê-lo, explica-lo e dominá-lo. O que
impulsiona o homem em direção à ciência é a necessidade de compreender a
cadeia de relações que se esconde por trás das aparências sensíveis dos
objetos, fatos ou fenômenos, captadas pela percepção sensorial e analisadas
de forma superficial e subjetiva pelo senso comum.

https://www.estudopratico.com.br/conhecimento-cientifico-senso-comum-ciencia-e-terminologia/
Sócrates, por volta de 469 a 399 a.C, já fazia a distinção entre um
Mundo Sensível e um Mundo das Ideias. Para ele, o Mundo Sensível é o lugar
que leva ao erro, leva à percepção errada das coisas, baseado apenas no que
cada um vê ou escuta, sem procurar enxergar a essência real das coisas. É um
lugar onde impera o preconceito, a imagem, o estereótipo, a superficialidade, o
ato de ver apenas a fachada das coisas, o ato de julgar um livro pela capa. Por
outro lado, o Mundo das Ideias é um lugar à parte onde só é possível se
chegar por meio da constante reflexão, predominando a busca pelo
conhecimento, pela verdade das coisas.
Apesar da força do alcance e do comodismo do senso comum, o ser
humano quer ir além dessa forma de ver a realidade imediatamente percebida
por meio dos olhos e ouvidos e descobrir os princípios explicativos que servem
de base para a compreensão da organização, classificação e ordenação da
natureza em que está inserido. Através dessa particularidade, a realidade
passa a ser percebida aos olhos da ciência não de uma forma desordenada,
fragmentada, como ocorre na visão subjetiva do senso comum, mas sob o
enfoque de um critério orientador, de um princípio explicativo que esclarece e
proporciona a compreensão do tipo de relação que se estabelece entre fatos,
coisas e fenômenos, unificando a visão de mundo.
O conhecimento científico é produto resultante da investigação científica,
investigação esta iniciada a partir do momento que se tem uma dúvida, uma
pergunta que ainda não tem resposta ou cujo o conhecimento já existente é
insuficiente ou inadequado para apresentar uma resposta satisfatória.

1.5. Caráter hipotético do conhecimento científico

O conhecimento científico, assim como o senso comum, embora mais


seguro do que esse último, também é falível. Pode o investigador, por exemplo,
a luz do seu referencial teórico, elaborar hipóteses inadequadas, excluindo
fatores significativos relacionados com a situação problema, não planejar
corretamente o processo de testagem de suas hipóteses, não prever a
utilização de instrumentos e técnicas de observação e de medida adequados,
válidos ou fidedignos, não perceber provas contrárias ou ainda, influenciado
pela sua subjetividade, que jamais é eliminada ou anulada, ou levado pela
precipitação e por um raciocínio incorreto, extrair uma conclusão imprópria.
Por se reconhecer a natureza hipotética do conhecimento científico, ele
deve ser constantemente submetido a uma revisão crítica, tanto na consciência
lógica interna de suas teorias, quanto na validade de seus métodos e técnicas
de investigação. O que distingue essa forma de conhecimento das demais não
é o assunto, o tema ou o problema, e sim a forma especial que adota para
investigar os problemas. Como será exposto no decorrer dessa disciplina, a
ciência esteve presa durante muito tempo a uma concepção
determinista/positivista do universo, incorporando em si o status de que “o que
é científico é uma verdade absoluta”.
Apesar de combater o dogmatismo religioso, durante o final da Idade
Média e Início do Renascimento, o conhecimento científico durante muito
tempo se apresentou com ares de dogmatismo. No entanto, essa concepção
foi abandonada e hoje se trabalha com a noção de falibilidade da própria
ciência. O que é verdade hoje, amanhã pode não ser a partir da descoberta de
novas informações, de novas técnicas de investigação. A resposta de hoje,
amanhã pode já não mais satisfazer frente à luz de novas perspectivas, de
novas perguntas a serem respondidas, de novos paradigmas.

2. Metodologia e TCC – Trabalho de Conclusão de Curso

No âmbito das universidades brasileiras exige-se, de maneira geral, a


realização de pesquisa e a elaboração de um artigo científico ou de uma
monografia como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Na pós-graduação,
apesar do modelo de texto exigido ser outro, também existe a obrigação de
produção de pesquisa. Em todos os casos, a utilização da metodologia
científica se faz necessária.
Para a conclusão do curso superior o estudante deve desenvolver um
projeto de pesquisa (TCCI). Posteriormente, o estudante desenvolve a
pesquisa e com os resultados produz um artigo científico ou monografia (TCC
II). Em ambas as etapas, o estudante é orientado por um professor que o
auxilia na estruturação da investigação, nas discussões teóricas, na coleta e
análise dos dados, na forma de escrita, dentre outros aspectos.
No projeto de pesquisa deve-se informar o objeto que se pretende
estudar, a forma como se pretende estudá-lo, o problema de pesquisa que será
investigado, os métodos e as técnicas que serão empregadas na investigação,
as bases teóricas da pesquisa, o cronograma de desenvolvimento da pesquisa,
dentre outros pontos. Realizada a pesquisa, o nível de detalhamento deve ser
mantido na construção do artigo científico/monografia.
Deve-se informar novamente o objeto que foi estudado, o problema de
pesquisa que procurou-se responder e os métodos e as técnicas que foram
utilizados, além de analisar os dados coletados comunicando essa análise com
a base teórica do estudo. Durante a realização das etapas do TCC, espera-se
que os acadêmicos demonstrem a capacidade de aplicação das competências
e habilidades adquiridas de acordo com o Projeto Pedagógico de Curso (PPC).
Espera-se que desperte o interesse pela investigação científica,
possibilitando a compreensão dos fundamentos da abordagem metodológica,
enfatizando a sistematização do estudo para o trabalho de pesquisa,
propiciando ao aluno um pensamento crítico/ científico.

2.1. TCC

O TCC é um trabalho científico e como tal deve ser elaborado com


rigorosidade metodológica adequada ao campo da ciência no qual está
inserido. Sua construção é uma etapa fundamental na formação científica do
discente, pois demonstra se o mesmo desenvolveu competências acadêmicas
mínimas para sua atuação profissional após a graduação. Portanto, o TCC
deve ser também priorizado no processo de formação profissional, não sendo
relegado a algo de menor valor, ou como uma tarefa meramente burocrática e
desinteressante necessária para finalização do curso.
Todos os professores da Faculdade estão aptos para prestarem
orientação aos discentes, conforme tema de sua formação, atuação ou
especialização. Cabe ao professor orientador não só fornecer informações
técnicas relativas ao desenvolvimento do TCC, mas, sobretudo, estimular os
alunos a desenvolverem proatividade, autonomia e espírito crítico na busca de
soluções para os problemas científicos levantados.
Este documento serve como guia orientador para a importante etapa de
elaboração do TCC. Nele estão contidas orientações básicas dos processos
administrativos e pedagógicos adotados pela Fajolca para normatizar a
elaboração dos trabalhos de conclusão de curso, contendo uma visão geral dos
trâmites necessários, as competências dos alunos e orientadores, orientações
sobre projeto de pesquisa e elaboração do artigo científico, e os critérios
fundamentais de avaliação dos trabalhos.
Espera-se que a partir das orientações deste documento o processo de
elaboração dos trabalhos de conclusão de curso seja facilitado transcorrendo
com objetividade, clareza e eficiência, atendendo com rigor as competências
acadêmicas necessárias para essa tão importante etapa de formação e
aprimoramento científico de discentes e docentes.

Fonte: http://www.portaldotcc.com.br/
2.2. Orientações Do Tcc Na Instituição

Todos os alunos para finalização da sua graduação devem submeter à


instituição um artigo científico como produto final do seu trabalho de
conclusão de curso (TCC). Mais que um mero documento escrito, o TCC é um
processo rico de aprendizagem, onde o aluno com ajuda do seu professor
orientador desenvolve habilidades acadêmicas fundamentais para sua
formação humana, científica e profissional.
O trabalho pode ser desenvolvido em dupla ou individualmente,
sempre com a orientação de professores da instituição dentro de um processo
regularmente formalizado que será acompanhando sistematicamente pela
Coordenação de Trabalhos de Conclusão de Curso. Como processo, o
Trabalho de Conclusão de Curso inicia-se na disciplina TCC-I, onde os alunos
terão a oportunidade de elaborar o Projeto de Pesquisa que norteará todo o
processo. O sucesso de um TCC depende então da qualidade do projeto
de pesquisa construído na disciplina TCC-I.
Nesse sentido, o aluno só poderá ser aprovado nesta disciplina e seguir
adiante para o TCC-II se seu projeto for positivamente qualificado
apresentando os elementos essenciais de uma pesquisa, a saber: delimitação
de um tema específico, objetivos (geral e específicos), hipóteses (quando
aplicáveis), justificativa, metodologia.
As disciplinas para construção do TCC são obrigatórias, e devem ser
cursadas de forma sequencial, iniciando na disciplina de Metodologia Científica
I, até o último semestre com a Orientação do TCC. A discussão acadêmica
para a elaboração do TCC inicia quando os estudantes cursam a disciplina de
Metodologia Científica I (40 horas-aula). Nesta disciplina, apresenta-se aos
estudantes o tema da pesquisa, além de iniciar a instrumentalização para o
processo de escrita.
Posteriormente os estudantes dão continuidade ao desenvolvimento do
pensamento acadêmico nas disciplinas subsequentes a fim de proporcionar
aos estudantes definição dos temas que irão desenvolver e usarão o espaço da
disciplina no último semestre para potencializar o debate e preparar o TCC. A
orientação do TCC é realizada pelo professor orientador durante o último
período, constituindo-se na elaboração de um Projeto de Pesquisa, sob a
orientação deste profissional, que compõe o corpo docente do curso. O
Trabalho de Conclusão de Curso é obrigatório para todos os graduandos como
requisito para conclusão do curso e obtenção da titulação. O tema do trabalho
é de escolha do aluno, de acordo com as linhas de pesquisa do curso.
O TCC consiste na elaboração individual de trabalho acadêmico, dentro
de padrões científico-metodológicos, sendo válidas pesquisas qualitativas e
quantitativas, nos seus mais variados tipos e natureza entregues na forma de
monografia ou artigo científico.

2.3. Competências Do Professor Co-Orientador De TCC

Cronograma, referências e orçamento (opcional) de forma coerente e


adequada com os princípios epistemológicos da área de conhecimento onde se
insere. Na disciplina TCC-II os alunos executarão o projeto de pesquisa sob
auxílio do professor orientador que os ajudarão na construção do artigo
científico. O artigo científico será então o principal meio de publicação dos
resultados e produto final da disciplina TCC-II. A figura abaixo representa
esquematicamente o fluxograma do processo de construção de TCC entre as
duas disciplinas da área.

Fluxograma básico do processo de elaboração do TCC na Fajolca.


2.4. Competências Do Professor Orientador

• Elaborar Plano de Ensino das disciplinas de TCC (I e II);


• Atender os alunos sob sua orientação em dias e horários previamente
fixados;
• Registrar os encontros de orientação mediante ficha
padrão a ser encaminhada à Coordenação de TCC mensalmente;
• Acompanhar o TCC, registrando as ocorrências pertinentes e
necessárias;
• Orientar a elaboração do TCC com rigor teórico e metodológico;
• Acompanhar e avaliar o desempenho do aluno, mediante registros,
anotações e observações pertinentes;
• Auxiliar o aluno na resolução de problemas conceituais, técnicos e de
relacionamento decorrentes da atividade;
• Comunicar por escrito à Coordenação de TCC possíveis irregularidades
quanto ao processo de orientação e não cumprimento de prazos e
tarefas pelos alunos sob sua orientação;
• Ser apenas um orientador (guia) dos trabalhos e nunca fazer ou entregar
o trabalho pronto para os alunos;
• Frequentar as reuniões convocadas pela Coordenação do TCC;
• Verificar com rigorosa atenção a existência de plágio total ou parcial,
direto ou indireto nos trabalhos apresentados pelos alunos buscando
coibir esta prática.
• Atender os alunos quando for solicitado em dias e horários previamente
fixados;
• Registrar os encontros de co-orientação mediante ficha padrão a ser
encaminhada à Coordenação de TCC mensalmente;
• Co-orientar a elaboração do TCC com rigor teórico e metodológico;
• Auxiliar o aluno na resolução de problemas conceituais, técnicos e de
relacionamento decorrentes da atividade;
• Respeitar os aspectos teóricos e metodológicos do professor orientador;
• Comunicar por escrito à Coordenação de TCC possíveis irregularidades
quanto ao processo de orientação e não cumprimento de prazos e
tarefas pelos alunos sob sua orientação;
• Frequentar as reuniões convocadas pela Coordenação do TCC;
• Verificar com rigorosa atenção a existência de plágio total ou parcial,
direto ou indireto nos trabalhos apresentados pelos alunos buscando
coibir esta prática;
• O professor co-orientador não será remunerado, porém, receberá uma
declaração expedida pela Coordenação do Curso.

2.5. Competências Do Aluno Orientado

• Comparecer às aulas e atividades de orientação do TCC (I e II) com no


mínimo 75% de frequência;
• Elaborar o projeto de pesquisa na disciplina TCC I e apresentá-lo ao
professor orientador, dentro dos prazos e normas estabelecidas;
• Executar projeto de pesquisa elaborado e aprovado na disciplina de
TCC I sob orientação do professor da disciplina TCC-II;
• Elaborar artigo científico na disciplina TCC-II sob orientação do
professor orientador dentro dos prazos e normas estabelecidas;
• Responsabilizar-se pela revisão gramatical do trabalho científico
elaborado, inclusive o abstract;
• Emitir três (3) cópias do artigo científico contendo os resultados da
pesquisa para banca examinadora após aprovação prévia do trabalho
na disciplina TCC-II;
• Depositar na Secretaria uma (1) cópia do TCC impresso encadernado e
duas
• (2) cópias em CD ROM com capa após a aprovação final pela banca
examinadora contendo as devidas correções quando solicitadas;
• Comunicar à Coordenação do TCC por escrito possíveis irregularidades
quanto ao processo de orientação.
2.6. Competências Da Coordenação De Tcc

• Esclarecer sobre o conjunto de atividades a ser desenvolvido no


decorrer do Trabalho de Conclusão aos professores e alunos;
• Acompanhar os docentes no desenvolvimento de suas atividades;
• Promover palestras e encontros focados na temática TCC aos
professores e também alunos quando necessários;
• Auxiliar aos alunos na escolha do orientador;
• Receber mensalmente a ficha de acompanhamento, devidamente
preenchida e assinada pelo professor orientador;
• Programar a Banca Final de Qualificação do Artigo Científico de acordo
com o cronograma de atividades da faculdade e as coordenações dos
cursos;
• Tomar no âmbito de sua competência as medidas necessárias ao efetivo
cumprimento deste Manual.

3. Processo De Orientação

As orientações abaixo deverão ser atendidas e seguidas rigorosamente


pelos professores e alunos, visando padronizar os procedimentos
administrativos e pedagógicos dos trabalhos de conclusão de curso dentro da
Instituição.

3.1. TCC-I

• O aluno deve escolher um tema no TCC-I que continuará no TCC-II


sendo desenvolvido, sob orientação do professor orientador;
• O professor de TCC-I será o orientador do processo de elaboração do
projeto de pesquisa. Seu foco deverá ser a construção do projeto;
• O trabalho de TCC-I deve estar de acordo com as normas da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) aplicáveis à elaboração de
projetos de pesquisa;
• O aluno é obrigado a cumprir no mínimo 75% (setenta e cinco por cento)
da carga horária presencial referente à disciplina de TCC-I ofertadas
pela Instituição.

3.2. TCC-II

• O professor de TCC-II será o orientador do processo de execução do


projeto de pesquisa que culminará na elaboração do artigo científico.
Seu foco deverá ser o acompanhamento da execução da pesquisa e
elaboração do artigo;
• O professor de TCC-II será considerado corresponsável pelo trabalho e
responderá juntamente com o aluno pela execução e qualidade
acadêmica do trabalho de conclusão de curso;
• No processo de orientação o aluno deve solicitar do professor material
de apoio para realização do trabalho;
• Os encontros de orientação deverão ser presenciais de acordo com
agenda pré-estabelecida entre professor e aluno, não sendo
consideradas orientações formais aquelas realizadas por e-mail, web-
conferência, telefone, ou outros meios de comunicação;
• As orientações formais mediante os encontros presenciais serão
registradas em formulário padrão e entregues mensalmente à
coordenação do TCC (ver modelo padrão em anexo);
• Os encontros de orientação serão computados como frequência, onde o
aluno deverá participar no mínimo de 75% das atividades;
• O aluno deverá participar da orientação sempre munido das questões e
dúvidas a serem tratadas com o orientador, ou seja, não deverá
participar dos encontros de orientação sem estar preparado;
• Caso o processo de orientação não se realize por ausência, falta de
comprometimento, impossibilidade do orientador ou orientando, ou
quaisquer outras razões a parte prejudicada deverá informar por escrito
à Coordenação de TCC os fatos ocorridos para que este tome
providências e evite problemas de continuidade do processo;
• Cada professor orientador poderá no máximo orientar 10 trabalhos;
• Cada professor orientador poderá distribuir as horas de orientação como
desejar sempre combinando com o aluno;
• O trabalho de TCC-II deverá estar de acordo com as normas da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) aplicáveis à elaboração de
artigos científicos.

3.3. A Escrita Científica

Apesar de existirem normas que visam estabelecer regras gerais para


“se fazer ciência”, a escrita científica deve contar com o “estilo” do autor.
Apesar da linguagem adotada ter que ser predominantemente formal,
conferindo certa uniformidade ao texto acadêmico, há espaço para que o
estudante incorpore o seu estilo própria de escrita. O pesquisador deve ter
curiosidade sobre o que já foi publicado sobre o tema que está investigando.

Fonte: http://www.comofazerumtcc.net.br/como-elaborar-um-tcc/
Deve ter também o desejo de aprender para visualizar o tema sob
diferentes perspectivas. Não lhe pode faltar confiança em si próprio ao mesmo
tempo em que deve exercitar sempre a sua capacidade de se autojulgar e
aceitar críticas. Na graduação e na especialização, as modalidades de texto
científico para a avaliação acadêmica costumam ser projeto de pesquisa, artigo
e monografia.
No mestrado, a modalidade é a dissertação, enquanto que o Doutorado,
a de tese. Esses diferentes modalidades de texto visam verificar a capacidade
do estudante em identificar, raciocinar e concluir um problema na sua área de
estudo. Seja na categoria de projeto de pesquisa, monografia, artigo,
dissertação ou tese, o texto produzido deve ser objetivo, claro, conciso, contar
com coerência interna, correção gramatical e ser escrito em linguagem
adequada.
Ao apresentar uma linguagem clara, o texto não deixa margem para
ambiguidades. Para tanto, é bom evitar o rebuscamento e excesso de termos
que compliquem a compreensão da mensagem que se deseja passar. Para a
configuração de um texto objetivo é bom evitar a construção de frases longas.
A utilização de períodos mais curtos permite tratar as questões de maneira
mais direta e simples.
Tendo por base a necessidade de se utilizar a linguagem adequada, é
importante não misturar os tempos de verbos nem os pronomes pessoais.
Recomenda-se que empregue mais frequentemente uma forma mais
impessoal, utilizando-se da voz passiva. Por exemplo: “parte-se do pressuposto
de que...”. O Projeto de Pesquisa consiste em uma sistematização de uma
pesquisa que ainda será realizada. Dessa forma, o tempo verbal recomendado
é o futuro uma vez que indica uma intenção ainda a ser realizada.

3.4. Orientações Para Elaboração Do Projeto De Pesquisa

O pressuposto essencial para elaboração de um Artigo Científico inicia-


se com a elaboração de um projeto de pesquisa. É impossível uma pesquisa
sem que se faça antes o seu projeto que consiste no planejamento das
diversas etapas a serem seguidas com a definição da metodologia a ser
Grupo ITEG Educação a Distância

empregada ao longo da pesquisa. Os modelos dos projetos variam, mas


essencialmente eles devem conter os seguintes elementos:

Delimitação do Tema
O resultado de uma pesquisa depende da adequada escolha do tema,
ou seja, o problema a ser investigado. Um bom tema é aquele sobre o qual há
fontes acessíveis aos interesses teóricos do pesquisador. O pesquisador
precisa demonstra um razoável grau de curiosidade, dispor de condições para
alcançar amplitude e profundidade do problema, considerar a relevância do
conteúdo abordado, bem como, avaliar o tempo que será disponibilizado para a
realização da pesquisa.
A delimitação do tema também chamada de problema ou situação-
problema consiste na indicação, de modo breve (no máximo 20 linhas), do
assunto a ser pesquisado. Além de breve, esta indicação deve ser clara e
precisa, tanto para o pesquisador quanto para o leitor.
Uma delimitação deve ser a mais específica possível, definindo
claramente o campo do conhecimento a que pertence o assunto, bem como o
lugar e o período de tempo considerado na abordagem de estudo.

Objetivos (geral e específicos)


É a espinha dorsal do projeto de pesquisa. O objetivo geral demonstra o
que se pretende conseguir como resultado no final da investigação. Os
objetivos específicos são objetivos intermediários necessários para se alcançar
ao final da pesquisa o objetivo geral. O enunciado dos objetivos deve iniciar
sempre por um verbo no infinitivo exprimindo uma ação precisa ser executada
na pesquisa. Exemplos: estudar, analisar, questionar, comparar, introduzir,
elucidar, explicar, discutir, apresentar, verificar, identificar, descrever, etc.

Hipóteses
É uma proposição que se faz na tentativa de verificar as possíveis
respostas existentes para um problema de pesquisa. É uma suposição que
antecede a constatação dos fatos sendo uma formulação provisória. Deve ser
testada para que a sua validade seja determinada. Correta ou errada, de

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acordo ou contrária ao senso comum, a hipótese sempre conduz a uma


verificação prática.
Portanto, a hipótese é uma resposta antecipada, suposta, provável e
provisória que o pesquisador levanta e que funciona como um guia para os
passos seguintes do projeto e para o percurso da pesquisa. Pode ser
confirmada ou não ao final da pesquisa, precisando ser testada para
verificação de sua validade.

Justificativa
O pesquisador procura demonstra o valor do seu objeto de estudo. Para
tanto, destacará a relevância do assunto, tanto em termos acadêmicos quanto
nos seus aspectos de utilidade social, mostrará a viabilidade do tema enquanto
objeto de pesquisa e indicará as razões de ordem pessoal que o levaram a
eleger este tópico do conhecimento. Deve ser redigida a partir das seguintes
perguntas:
• O que esta pesquisa pode acrescentar à ciência onde se inscreve?
(Relevância Científica);
• Que benefício pode trazer a comunidade com a divulgação dos
resultados? (Relevância Social);
• O que levou o pesquisador a se interessar e, por fim, escolher por este
tema? (Interesse).

Referencial teórico
Parte principal e mais extensa da pesquisa. Deve conter a
fundamentação teórica (usar os conceitos essenciais da teoria que visam
explicar ou esclarecer o problema de pesquisa). Usar tópicos e subtópicos para
fundamentar a pesquisa.
Fazer uso de citações diretas longas e curtas e citações indiretas, para reforçar
e fundamentar as ideias apresentadas.

Metodologia
Deve-se explicar o(s) método(s) que serão adotados na pesquisa do
TCC, indicando também a forma de coleta de dados. Quando o objeto do
estudo está bem definido e bem elaborado já deixa transparente para o
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pesquisador quais os métodos que deverão ser utilizados e o instrumento de


coleta de dados mais adequado. É bom lembrar que não existe um único
método. O método mais apropriado deve estar coerente com a maneira como o
problema foi formulado, com os objetivos definidos, considerando as limitações
práticas de tempo, custo e dados disponíveis.
É normal que se explore, na fase inicial de elaboração do projeto, o
ambiente a ser pesquisado para se identificar mais claramente o problema,
com a adoção de uma postura de ouvir o que o público alvo da pesquisa tem a
dizer, sem que isso possa influenciar os respondentes ou o processo da
pesquisa que está em andamento. Em uma fase seguinte, buscar-se-á medir
os fatos de forma mais sistemática.
Deve-se também, definir a natureza da pesquisa (abordagem), cujos
modelos básicos são:
• Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável ou
traduzido em números para posteriormente classificar e analisar. É muito
comum neste tipo de abordagem o uso de métodos estatísticos
(percentagem, média, mediana, desvio padrão, coeficiente de
correlação, análise de regressão, análise de variância, etc.). Na coleta
de dados quantitativos utilizam-se instrumentos que buscam a
mensuração da realidade observada como objeto de investigação.
• Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o
mundo real e aquilo que está sendo estudado a partir do pressuposto de
que há um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a sua
subjetividade, que não pode ser traduzido em números. Ou seja:
o A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são
essenciais no processo de pesquisa qualitativa;
o Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas, mas pode
usá-los apenas como suporte;
o O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o
pesquisador é o instrumento chave nesse processo;
Os instrumentos comuns de coleta de dados da pesquisa qualitativa são:
a observação participante, a entrevista, o questionário, o estudo de caso e os
grupos focais. Detalhar os procedimentos metodológicos significa justificar os
caminhos que orientam e dão suporte ao estudo:

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• Tipo de pesquisa (natureza e método);


• Escolha do local da pesquisa;
• Escolha da categoria a ser pesquisa;
• Estabelecimento dos critérios de amostragem;
• Definição dos instrumentos e procedimentos para coleta de dados.
• Definição do método de análise dos dados.
De acordo com procedimentos técnicos existem três Tipos de Pesquisa
Científica que são:
• Pesquisa Bibliográfica: elaborada a partir de material já publicado:
livros, artigos de periódicos e internet (trabalhos científicos online).
• Pesquisa Descritiva ou Exploratória: visa descrever as características
de determinada população ou fenômeno ou relações entre variáveis.
Exige o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados.
• Pesquisa Experimental: busca identificar fatores que determinam ou
contribuem para a ocorrência de determinados fenômenos. Requer o
uso de métodos experimentais em condições controladas pelo
pesquisador.

Cronograma
Consiste em relacionar as atividades ao tempo disponível, ou seja,
planejar o tempo em função das atividades previstas para a conclusão do
trabalho proposto.

Orçamento (opcional):
Quando for necessário devem ser especificados os recursos humanos e
materiais indispensáveis para a realização do projeto com uma estimativa dos
custos.

Referências:
Conter uma lista ordenada de todas as obras citadas no artigo.
Obedecer as Normas da ABNT.

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3.5. Características Da Pesquisa Científica

A pesquisa científica é uma atividade humana, cujo objetivo é conhecer


e explicar os fenômenos, fornecendo respostas às questões significativas para
a compreensão da natureza. Para essa tarefa, o pesquisador utiliza o
conhecimento anterior acumulado e manipula cuidadosamente os diferentes
métodos e técnicas para obter resultado pertinente às suas indagações.
Segundo Lakatos e Marconi (2007, p. 157), em referência a Ander-Egg (1978,
p. 28), a pesquisa é um “procedimento reflexivo sistemático, controlado e
crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em
qualquer campo do conhecimento”.
Esse procedimento fornece ao investigador um caminho para o
conhecimento da realidade ou de verdades parciais. O termo “pesquisa” por
vezes é usado indiscriminadamente, confundindo-se com uma simples
indagação, procura de dados ou certos tipos de abordagens exploratórias.

Fonte: http://www.uema.br/2014/02/acadmicos-do-darcy-ribeiro-recebem-segunda-orientao-de-tcc/

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A pesquisa, como atividade científica completa, é mais do que isso, pois


percorre, desde a formulação do problema até a apresentação dos resultados,
a seguinte sequência de fases:
a) Preparação da pesquisa: seleção, definição e delimitação do tópico ou
problema a ser investigado; planejamento de aspectos logísticos para a
realização da pesquisa; formulação de hipóteses e construção de
variáveis;
b) Trabalho de campo (coleta de dados);
c) Processamento dos dados (sistematização e classificação dos dados);
d) Análise e interpretação dos dados;
e) Elaboração do relatório da pesquisa.
Seja qual for a natureza de um trabalho científico, ele precisa preencher
algumas características, para ser considerado como tal. Assim, um estudo é
realmente científico quando:
a) Discute ideias e fatos relevantes relacionados a determinado assunto, a
partir de um marco teórico bem-fundamentado;
b) O assunto tratado é reconhecível e claro, tanto para o autor quanto para
os leitores;
c) Tem alguma utilidade, seja para a ciência, seja para a comunidade;
d) Demonstra, por parte do autor, o domínio do assunto escolhido e a
capacidade de sistematização, recriação e crítica do material coletado;
e) Diz algo que ainda não foi dito;
f) Indicam com clareza os procedimentos utilizados, especialmente as
hipóteses (que devem ser específicas, plausíveis, relacionadas com uma
teoria e conter referências empíricas) com que trabalhamos na pesquisa;
g) Fornece elementos que permitam verificar, para aceitar ou contestar, as
conclusões a que chegou;
h) Documenta com rigor os dados fornecidos, de modo a permitir a clara
identificação das fontes utilizadas;
i) A comunicação dos dados é organizada de modo lógico, seja dedutiva,
seja indutivamente;
Após o balanço crítico preliminar das condições ora mencionadas, a
pesquisa pode ter início desenvolvendo-se através das etapas que mais
adiante serão enumeradas.
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3.6. Classificação Das Pesquisas

A Pesquisa Científica visa a conhecer cientificamente um ou mais


aspectos de determinado assunto. Para tanto, deve ser sistemática, metódica e
crítica. O produto da pesquisa científica deve contribuir para o avanço do
conhecimento humano. Na vida acadêmica, a pesquisa é um exercício que
permite despertar o espírito de investigação diante dos trabalhos e problemas
sugeridos ou propostos pelos professores e orientadores.
Destacamos que “o planejamento de uma pesquisa depende tanto do
problema a ser estudado, da sua natureza e situação espaço-temporal em que
se encontra, quanto da natureza e nível de conhecimento do pesquisador.”
(KÖCHE, 2007, p. 122). Isso significa que podem existir vários tipos de
pesquisa. Cada tipo possui, além do núcleo comum de procedimentos, suas
peculiaridades próprias. A seguir, serão caracterizados a pesquisa bibliográfica,
a experimental e os vários tipos de pesquisa descritiva.

Do ponto de vista da sua natureza


A pesquisa, sob o ponto de vista da sua natureza, pode ser:
• Pesquisa básica: objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o
avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e
interesses universais;

Fonte: adaptado de Silva (2004)

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• Pesquisa aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática


dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e
interesses locais.

Do ponto de vista de seus objetivos


A pesquisa, sob o ponto de vista de seus objetivos, pode ser:
Pesquisa exploratória: quando a pesquisa se encontra na fase
preliminar, tem como finalidade proporcionar mais informações sobre o assunto
que vamos investigar, possibilitando sua definição e seu delineamento, isto é,
facilitar a delimitação do tema da pesquisa; orientar a fixação dos objetivos e a
formulação das hipóteses ou descobrir um novo tipo de enfoque para o
assunto. Assume, em geral, as formas de pesquisas bibliográficas e estudos de
caso. A pesquisa exploratória possui planejamento flexível, o que permite o
estudo do tema sob diversos ângulos e aspectos. Em geral, envolve:
o Levantamento bibliográfico;
o Entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o
problema pesquisado;
o Análise de exemplos que estimulem a compreensão.
Pesquisa descritiva: quando o pesquisador apenas registra e descreve
os fatos observados sem interferir neles. Visa a descrever as características de
determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre
variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados:
questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de
Levantamento.
Tal pesquisa observa, registra, analisa e ordenada os, sem manipula os,
isto é, sem interferência do pesquisador. Procura descobrir a frequência com
que um fato ocorre, sua natureza, suas características, causas, relações com
outros fatos. Assim, para coletar tais dados, utiliza-se de técnicas específicas,
dentre as quais se destacam a entrevista, o formulário, o questionário, o teste e
a observação.
A diferença entre a pesquisa experimental e a pesquisa descritiva é que
esta procura classificar, explicar e interpretar fatos que ocorrem, enquanto a
pesquisa experimental pretende demonstrar o modo ou as causas pelas quais
um fato é produzido. Nas pesquisas descritivas, os fatos são observados,

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registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador


interfira sobre eles, ou seja, os fenômenos do mundo físico e humano são
estudados, mas não são manipulados pelo pesquisador.
Incluem-se, entre as pesquisas descritivas, a maioria daquelas
desenvolvidas nas ciências humanas e sociais, como as pesquisas de opinião,
mercadológicas, os levantamentos socioeconômicos e psicossociais. Podemos
citar, como exemplo, aquelas que têm por objetivo estudar as características de
um grupo: distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade,
estado de saúde física e mental; as que se propõem a estudar o nível de
atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade, as condições de
habitação de seus moradores, o índice de criminalidade; as que têm por
objetivo levantar as opiniões, atitudes e crenças de uma população, bem como
descobrir a existência de associações entre variáveis, por exemplo, as
pesquisas eleitorais, que indicam a relação entre preferência político partidária
e nível de rendimentos e/ou escolaridade.
Uma das características mais significativas das pesquisas descritivas é a
utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, como o questionário e
a observação sistemática. As pesquisas descritivas são, juntamente com as
pesquisas exploratórias, as que habitualmente realizam os pesquisadores
sociais preocupados com a atuação prática. Em sua forma mais simples, as
pesquisas descritivas aproximam-se das exploratórias, quando proporcionam
uma nova visão do problema.
Em outros casos, quando ultrapassam a identificação das relações entre
as variáveis, procurando estabelecer a natureza dessas relações, aproximam-
se das pesquisas explicativas.
Pesquisa explicativa: quando o pesquisador procura explicar os
porquês das coisas e suas causas, por meio do registro, da análise, da
classificação e da interpretação dos fenômenos observados. Visa a identificar
os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos;
“aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o porquê das
coisas.” (GIL, 2010, p. 28).
Quando realizada nas ciências naturais, requer o uso do método
experimental e, nas ciências sociais, requer o uso do método observacional.
Assume, em geral, as formas de Pesquisa Experimental e Pesquisa Ex-post-
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facto. As pesquisas explicativas são mais complexas, pois, além de registrar,


analisar, classificar e interpretar os fenômenos estudados tem como
preocupação central identificar seus fatores determinantes.
Esse tipo de pesquisa é o que mais aprofunda o conhecimento da
realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas e, por esse motivo, está
mais sujeita a erros. A maioria das pesquisas explicativas utiliza o método
experimental, que possibilita a manipulação e o controle das variáveis, no
intuito de identificar qual a variável independente que determina a causa da
variável dependente, ou o fenômeno em estudo.
Nas ciências sociais, a aplicação desse método reveste-se de
dificuldades, razão pela qual recorremos a outros métodos, sobretudo, ao
observacional. Nem sempre é possível realizar pesquisas rigorosamente
explicativas em ciências sociais, mas, em algumas áreas, sobretudo na
psicologia, as pesquisas revestem-se de elevado grau de controle, sendo
denominadas de pesquisas “quase experimentais”. As pesquisas explicativas,
em sua maioria, podem ser classificadas como experimentais (temos um
experimento que se realiza depois do fato).
A pesquisa explicativa apresenta como objetivo primordial a necessidade
de aprofundamento da realidade, por meio da manipulação e do controle de
variáveis, com o escopo de identificar qual a variável independente ou aquela
que determina a causa da variável dependente do fenômeno em estudo para,
em seguida, estudá-lo em profundidade.
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos Quanto aos
procedimentos técnicos, ou seja, a maneira pela qual obtemos os dados
necessários para a elaboração da pesquisa, torna-se necessário traçar um
modelo conceitual e operativo dessa, denominado de design, que pode ser
traduzido como delineamento, uma vez que expressa as ideias de modelo,
sinopse e plano.
O delineamento refere-se ao planejamento da pesquisa em sua
dimensão mais ampla, envolvendo diagramação, previsão de análise e
interpretação de coleta de dados, considerando o ambiente em que são
coletados e as formas de controle das variáveis envolvidas. O elemento mais
importante para a identificação de um delineamento é o procedimento adotado
para a coleta de dados. Assim, podem ser definidos dois grandes grupos de
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delineamentos: aqueles que se valem das chamadas fontes de papel (pesquisa


bibliográfica e pesquisa documental) e aqueles cujos dados são fornecidos por
pessoas (pesquisa experimental, pesquisa ex-postfacto, o levantamento, o
estudo de caso, a pesquisa-ação e a pesquisa participante).
Pesquisa bibliográfica: quando elaborada a partir de material já
publicado, constituído principalmente de: livros, revistas, publicações em
periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações,
teses, material cartográfico, internet, com o objetivo de colocar o pesquisador
em contato direto com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa. Em
relação aos dados coletados na internet, devemos atentar à confiabilidade e
fidelidade das fontes consultadas eletronicamente. Na pesquisa bibliográfica, é
importante que o pesquisador verifique a veracidade dos dados obtidos,
observando as possíveis incoerências ou contradições que as obras possam
apresentar.
Os dados bibliográficos são registrados em fichas documentais ou em
arquivos (pastas) na memória do computador, distinguindo-se os mais
significativos. Em seguida, o pesquisador organiza a redação provisória do
trabalho (independente do tipo, nível ou da natureza), colocando em ordem os
dados obtidos, a partir da preparação de um pré-sumário. Convém lembrar que
o texto deve ser redigido para ser entendido tanto pelo leitor visado
(orientador/banca) quanto pelo público em geral, utilizando-se citações que
sustentem as afirmações, atentando às normas formais de apresentação de
trabalho acadêmico e aos princípios de comunicação e expressão da língua
portuguesa.
Para a coleta dessas fontes, empregamos a técnica de fichamento.
Pesquisa documental: a pesquisa documental, devido a suas características,
pode ser confundida com a pesquisa bibliográfica. Gil (2008) destaca como
principal diferença entre esses tipos de pesquisa a natureza das fontes de
ambas as pesquisas. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza
fundamentalmente das contribuições de vários autores sobre determinado
assunto, a pesquisa documental baseia-se em materiais que não receberam
ainda um tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo com
os objetivos da pesquisa.

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Assim como a maioria das tipologias, a pesquisa documental pode


integrar o rol de pesquisas utilizadas em um mesmo estudo ou se caracterizar
como o único delineamento utilizado para tal (BEUREN, 2006). A utilização da
pesquisa documental é destacada no momento em que podemos organizar
informações que se encontram dispersas, conferindo-lhe uma nova importância
como fonte de consulta.
Nessa tipologia de pesquisa, os documentos são classificados em dois
tipos principais: fontes de primeira mão e fontes de segunda mão. Gil (2008)
define os documentos de primeira mão como os que não receberam qualquer
tratamento analítico, como: documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas,
contratos, diários, filmes, fotografias, gravações etc.
Os documentos de segunda mão são os que, de alguma forma, já foram
analisados, tais como: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas
estatísticas, entre outros. Entendemos por documento qualquer registro que
possa ser usado como fonte de informação, por meio de investigação, que
engloba: observação (crítica dos dados na obra); leitura (crítica da garantia, da
interpretação e do valor interno da obra); reflexão (crítica do processo e do
conteúdo da obra); crítica (juízo fundamentado sobre o valor do material
utilizável para o trabalho científico).
Todo documento deve passar por uma avaliação crítica por parte do
pesquisador, que levará em consideração seus aspectos internos e externos.
No caso da crítica externa, serão avaliadas suas garantias e o valor de seu
conteúdo. Normalmente, ela é aplicada apenas às fontes primárias e
compreende a crítica do texto, da autenticidade e da origem. Pode ser: - Crítica
do texto: verifica se o texto é autógrafo (escrito pela mão do autor).
Trata-se de um rascunho? É original? Cópia de primeira ou de segunda
mão? - Crítica de autenticidade: procura determinar quem é o autor, o tempo e
as circunstâncias da composição. Podemos utilizar testemunhos externos ou
analisar a obra internamente para descobrirmos sua data. - Crítica da origem:
investiga a origem do texto em análise, já que ela fundamenta a garantia da
autenticidade. Os locais de pesquisa, os tipos e a utilização de documentos
podem ser:
• Arquivos públicos (municipais, estaduais e nacionais);

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• Documentos oficiais: anuários, editoriais, ordens régias, leis, atas,


relatórios, ofícios, correspondências, panfletos etc.;
• Documentos jurídicos: testamentos post mortem, inventários e todos os
materiais oriundos de cartórios
• Coleções particulares: ofícios, correspondências, autobiografias,
memórias etc.; iconografia: imagens, quadros, monumentos, fotografias
etc.;
• Materiais cartográficos: mapas, plantas etc.;
• Arquivos particulares (instituições privadas ou domicílios particulares):
igrejas, bancos, indústrias, sindicatos, partidos políticos, escolas,
residências, hospitais, agências de serviço social, entidades de classe
etc.;
• Documentos eclesiásticos, financeiros, empresariais, trabalhistas,
educacionais, memórias, fotografias, diários, autobiografias etc.
Pesquisa experimental: quando determinamos um objeto de estudo,
selecionamos as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definimos as
formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no
objeto. Portanto, na pesquisa experimental, o pesquisador procura refazer as
condições de um fato a ser estudado, para observá-lo sob controle.
Para tal, ele se utiliza de local apropriado, aparelhos e instrumentos de
precisão, a fim de demonstrar o modo ou as causas pelas quais um fato é
produzido, proporcionando, assim, o estudo de suas causas e seus efeitos. A
pesquisa experimental é mais frequente nas ciências tecnológicas e nas
ciências biológicas. Tem como objetivo demonstrar como e por que
determinado fato é produzido.
A pesquisa experimental caracteriza-se por manipular diretamente as
variáveis relacionadas com o objeto de estudo. Nesse tipo de pesquisa, a
manipulação das variáveis proporciona o estudo da relação entre as causas e
os efeitos de determinado fenômeno. Através da criação de situações de
controle, procuramos evitar a interferência de variáveis intervenientes.
Interferimos diretamente na realidade, manipulando a variável independente, a
fim de observar o que acontece com a dependente.

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A pesquisa experimental estuda, portanto, a relação entre fenômenos,


procurando saber se um é a causa do outro. Outro aspecto importante é a
diferença entre pesquisa experimental e pesquisa de laboratório. Embora o
experimento predomine no laboratório, é possível utilizá-lo também nas
ciências humanas e sociais. Nesse caso, o pesquisador faz seu experimento
em campo.
Levantamento (survey): esse tipo de pesquisa ocorre quando envolve a
interrogação direta das pessoas cujo comportamento desejamos conhecer
através de algum tipo de questionário. Em geral, procedemos à solicitação de
informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado
para, em seguida, mediante análise quantitativa, obtermos as conclusões
correspondentes aos dados coletados.
Pesquisa de campo: pesquisa de campo é aquela utilizada com o
objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema
para o qual procuramos uma resposta, ou de uma hipótese, que queiramos
comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.
Consiste na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem
espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no registro de
variáveis que presumimos relevantes, para analisá-los.
As fases da pesquisa de campo requerem, em primeiro lugar, a
realização de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema em questão. Ela servirá,
como primeiro passo, para sabermos em que estado se encontra atualmente o
problema, que trabalhos já foram realizados a respeito e quais são as opiniões
reinantes sobre o assunto.
Como segundo passo, permitirá que estabeleçamos um modelo teórico
inicial de referência, da mesma forma que auxiliará na determinação das
variáveis e na elaboração do plano geral da pesquisa. Em segundo lugar, de
acordo com a natureza da pesquisa, determinamos as técnicas que serão
empregadas na coleta de dados e na definição da amostra, que deverá ser
representativa e suficiente para apoiar as conclusões. Por último, antes que
realizemos a coleta de dados, é preciso estabelecer as técnicas de registro
desses dados como também as técnicas que serão utilizadas em sua análise
posterior.

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Os estudos de campo apresentam muitas semelhanças com os


levantamentos. Distinguem-se destes, porém, em relação principalmente a dois
aspectos. “Primeiramente, os levantamentos procuram ser representativos de
um universo definido e fornecer resultados caracterizados pela precisão
estatística” (GIL, 2008, p. 57).
Em relação aos estudos de campo, “procuram muito mais o
aprofundamento das questões propostas do que a distribuição das
características da população segundo determinadas variáveis.” (GIL, 2008, p.
57). Como consequência, o planejamento do estudo de campo apresenta muito
mais flexibilidade, podendo ocorrer mesmo que seus objetivos sejam
reformulados ao longo do processo de pesquisa. Outra distinção é a de que, no
estudo de campo, estudamos um único grupo ou uma comunidade em termos
de sua estrutura social, ou seja, ressaltando a interação de seus componentes.
Assim, “o estudo de campo tende a utilizar muito mais técnicas de observação
do que de interrogação.” (GIL, 2008, p. 57). Como qualquer outro tipo de
pesquisa, a de campo parte do levantamento bibliográfico. Exige também a
determinação das técnicas de coleta de dados mais apropriadas à natureza do
tema e, ainda, a definição das técnicas que serão empregadas para o registro e
a análise.
Dependendo das técnicas de coleta, análise e interpretação dos dados,
a pesquisa de campo poderá ser classificada como de abordagem
predominantemente quantitativa ou qualitativa. Numa pesquisa em que a
abordagem é basicamente quantitativa, o pesquisador se limita à descrição
factual deste ou daquele evento, ignorando a complexidade da realidade social.
Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um
ou poucos objetos de maneira que permita o seu amplo e detalhado
conhecimento (YIN, 2001). O estudo de caso possui uma metodologia de
pesquisa classificada como Aplicada, na qual se busca a aplicação prática de
conhecimentos para a solução de problemas sociais (BOAVENTURA, 2004).
Gil (2008) complementa afirmando que as pesquisas com esse tipo de
natureza estão voltadas mais para a aplicação imediata de conhecimentos em
uma realidade circunstancial, relevando o desenvolvimento de teorias.
O estudo de caso consiste em coletar e analisar informações sobre
determinado indivíduo, uma família, um grupo ou uma comunidade, a fim de
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estudar aspectos variados de sua vida, de acordo com o assunto da pesquisa.


É um tipo de pesquisa qualitativa e/ou quantitativa, entendido como uma
categoria de investigação que tem como objeto o estudo de uma unidade de
forma aprofundada, podendo tratar-se de um sujeito, de um grupo de pessoas,
de uma comunidade etc. São necessários alguns requisitos básicos para sua
realização, entre os quais, severidade, objetivação, originalidade e coerência.
O estudo de caso refere-se ao estudo minucioso e profundo de um ou
mais objetos (YIN, 2001). Pode permitir novas descobertas de aspectos que
não foram previstos inicialmente. De acordo com Schramm (apud YIN, 2001), a
essência do estudo de caso é tentar esclarecer uma decisão, ou um conjunto
de decisões, seus motivos, implementações e resultados.
Gil (2010, p. 37) afirma que o estudo de caso “consiste no estudo
profundo e exaustivo de um ou mais objetos, de maneira que permita seu
amplo e detalhado conhecimento.” Define-se, também, um estudo de caso da
seguinte maneira: “[...] é uma estratégia de pesquisa que busca examinar um
fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto. [...] Igualmente, estudos de
caso diferem do método histórico, por se referirem ao presente e não ao
passado.”.
(YIN, 1981 apud ROESCH, 1999, p. 155). Este busca estudar um objeto
com maior precisão, por exemplo: análise de casos sobre viabilidade
econômico-financeira de investimentos, de um novo negócio, de um novo
empreendimento. Por lidar com fatos/fenômenos normalmente isolados, o
estudo de caso exige do pesquisador grande equilíbrio intelectual e capacidade
de observação (‘olho clínico’), além de parcimônia (moderação) quanto à
generalização dos resultados.
De acordo com Yin (2001, p. 32), “um estudo de caso é uma
investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de
seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e
contexto não estão claramente definidos.” Dito de outra forma, podemos utilizar
o procedimento técnico estudo de caso quando deliberadamente quisermos
trabalhar com condições contextuais acreditando que elas seriam significativas
e pertinentes ao fenômeno estudado (YIN, 2001).
Exemplificamos uma primeira possibilidade: uma testagem e/ou
experimento podem deliberadamente separar um fenômeno de seu contexto,
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da maneira que se torna possível dedicar algum espaço e atenção para apenas
algumas variáveis, visto que, de forma geral, o contexto é “controlado” pelo
ambiente de laboratório.
Também, como uma segunda possibilidade, destacamos algumas
particularidades de estudos envolvendo fenômeno e contexto que “não são
sempre discerníveis em situações da vida real” (YIN, 2001, p. 32), o que
demandaria “um conjunto de outras características técnicas, como a coleta de
dados e as estratégias de análise de dados.” (YIN, 2001, p. 32). Nessa
segunda possibilidade, poderíamos enquadrar como estudos de caso, por
exemplo, experimento psicológico, levantamento empresarial, análise
econômica (viabilidade financeira etc.).
Para esses casos mencionados, e outros similares, podemos inferir que
esses se coadunariam mais especificamente como pesquisa indutiva (vide
Método indutivo, seção 2.4.1.2), pois o estudo de caso único é utilizado como
introdução a um estudo mais apurado ou, ainda, como caso-piloto para a
investigação. Martins (2006, p. 11) ressalta que “como estratégia de pesquisa,
um Estudo de Caso, independentemente de qualquer tipologia, orientará a
busca de explicações e interpretações convincentes para situações que
envolvam fenômenos sociais complexos”, e, também, a elaboração “de uma
teoria explicativa do caso que possibilite condições para se fazerem inferências
analíticas sobre proposições constatadas no estudo e outros conhecimentos
encontrados.” (MARTINS, 2006, p. 12).

4. Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas


(ABNT)

Algumas normas devem ser seguidas para a estruturação e a escrita de


um trabalho científico. Essas normas são estabelecidas pela Associação
Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). Algumas dessas normas tratam da
construção de citações diretas e citações indiretas. Um texto deve conter em
seu corpo, citações diretas e indiretas de outros autores para respaldar
teoricamente as perspectivas tratadas no trabalho acadêmico.

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Concluída a etapa da elaboração do projeto de pesquisa (planejamento


do Trabalho de Conclusão de Curso - TCC), o aluno executará o trabalho cujos
resultados irão constituir o artigo científico.
Artigo Científico é um trabalho realizado por um ou mais pesquisadores,
sob a orientação ou não de um orientador, que visa relatar uma pesquisa
científica com a utilização de processos bibliográficos ou de campo, redigida
originalmente, ou constituindo uma síntese de um trabalho maior e mais
elaborado.
Segundo a norma NBR 6022 (ABNT, 2003), um artigo científico é parte
de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias,
métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do
conhecimento. Um artigo científico segue os mesmos passos de um trabalho
monográfico para sua elaboração, sendo, porém, redigido com um formato
diferenciado e num tamanho menor que as monografias. Segundo a NBR 6022
(ABNT, 2003), o artigo possui sua estrutura de apresentação da seguinte
forma:

4.1. Citações Diretas

Citações diretas são trechos transpostos para o texto tal como se


apresentam na fonte. O estudante, por exemplo, lê um livro e retira uma parte
desse material e o adiciona ao seu próprio texto exatamente como estava na
fonte original.
Citações diretas curtas (até 3 linhas) devem estar integradas no
parágrafo normalmente. A única diferença do restante do texto será que essas
citações estarão entre aspas. Exemplo de citação direta curta:
“entender a política social no Brasil é conhecer as diversas
transformações histórico-estruturais que o Estado atravessa ao longo de sua
existência”.
Citações diretas longas (mais de 3 linhas) devem estar destacadas do
restante dos parágrafos, recuada 4 centímetros à direita, com espaçamento
simples, fonte 10, justificada.
No caso de citação direta, independente de ser curta ou longa, deve-se
indicar no corpo do texto a fonte de onde ele foi retirado. A forma de fazer essa
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referência é indicando entre parênteses o sobrenome do autor do livro em


caixa alta, seguido do ano do livro e da página de onde foi retirada a citação.
Tudo deve ser separado por vírgula.
Ex:(SOBRENOME DO AUTOR DO LIVRO, ano da obra, página).
Exemplo de uma referência para citação direta curta no decorrer do
texto:
“entender a política social no Brasil é conhecer as diversas
transformações histórico-estruturais que o Estado atravessa ao longo de sua
existência” (LIMA, 1982, p.21).
Mas ao iniciar o parágrafo com o sobrenome do autor, pode-se indicar
entre parênteses apenas o ano e a página da obra utilizada; Ex: Segundo Lima
(1982, p.21) “entender a política social no Brasil é conhecer as diversas
transformações histórico-estruturais que o Estado atravessa ao longo de sua
existência”.

4.2. Citações Indiretas

Citação indireta é aquela em que o sentido do texto original utilizado


como base é mantido, no entanto, é escrito com outras palavras. O estudante
lê uma obra e coloca com suas palavras as ideias contidas em tal obra. No
caso em que a citação indireta é utilizada, a referência é feita indicando entre
parênteses penas o sobrenome do autor em caixa alta e o ano da obra.
Também é possível indicar entre parênteses apenas o ano da obra
quando o nome do autor já está mencionado no decorrer do parágrafo.
Exemplos de citações indiretas:
• A compreensão da política brasileira passa pela compreensão das
transformações ocorridas com o Estado brasileiro no decorrer dos anos.
(LIMA, 1982).
• Segundo Lima (1982) a compreensão da política brasileira passa pela
compreensão das transformações ocorridas com o Estado brasileiro no
decorrer dos anos.

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4.3. Estrutura Do Projeto De Pesquisa

• Capa
• Folha de rosto
• Sumário
• Apresentação
• Tema/Problema
• Objetivos
• Justificativa
• Revisão da Literatura/ Recorte Teórico/
• Fundamentação Teórica
• Metodologia
• Cronograma
• Referencial Bibliográfico

1- Apresentação: apesar de ser o primeiro elemento textual é o último


item a ser redigido no projeto. A apresentação funciona como uma visão geral
do que é proposto no projeto. Responde no texto questões como:
• Qual o objetivo do projeto?
• Qual o problema que foi levantado?
• Qual a metodologia está sendo desenvolvida?
• Que contribuições a pesquisa traz?

2- Tema/Problema: em 2 ou 3 parágrafos apresenta-se exatamente o


que se vai pesquisar. Um dos parágrafos deve ser produzido em forma de
pergunta. Essa pergunta é o problema de pesquisa e será o elemento que irá
nortear a investigação, pois a pesquisa tentará responder a tal pergunta.
• Os outros dois parágrafos situam o leitor a respeito to tema em torno
desse problema de pesquisa.
Exemplos de perguntas de pesquisa:
• Como é feito o descarte de resíduos na construção de edifícios em
Goiânia?
• Quais as principais patologias que afetam a

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• construção de edifícios?
• Quais as principais técnicas de reaproveitamento dos resíduos na
construção de edifícios?

3- Objetivos: se dividem em dois subtópicos.


• Objetivo Geral: definir, de modo geral, o que se pretende alcançar com a
abrangência da pesquisa.
• Objetivos específicos: elencar separadamente cada objetivo específico,
ou seja, cada ação que será realizada para responder a pergunta de
pesquisa. Deve estar redigido em forma de tópicos e com verbos no
infinitivo.
Exemplos de objetivos específicos:
• Analisar os tipos mais comuns de resíduos produzidos na construção
civil.
• Descrever as p r i n c i p a i s técnicas de reaproveitamento de resíduos.
• Verificar como é feito o tratamento dos resíduos em um cenário prático
realizando um estudo de campo no local “X”.

4- Justificativa: apresenta os motivos que justificam a realização da


pesquisa. É o espaço onde o estudante deve “vender o seu peixe” relatando a:
• Contribuição para a instituição na qual trabalha;
• Contribuição pessoal;
• Contribuição para a ciência;
• Contribuição para a sociedade.
• Orientações Básicas Para Elaboração Do Artigo Científico.

5- Revisão da Literatura/ Recorte Teórico/ Fundamentação Teórica:


Espaço para se fazer uma discussão teórica elaborando uma síntese
logicamente estruturada das diferentes perspectivas de diferentes autores. É
aqui que o estudante aborda o seu tema/pergunta de pesquisa historicamente
e conceitualmente, tendo por base autores da área.

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6- Metodologia: descreve como ocorrerá a investigação. Mostra o


caminho que será percorrido durante a pesquisa. Indica:
• A população e amostra da pesquisa;
• Os instrumentos que serão adotados para a coleta de dados;
• Descreve cada etapa que será percorrida na ordem como deverá
acontecer.

7- Cronograma: a pesquisa deve ser dividida em partes, fazendo a


previsão de passar de uma fase para outra. O cronograma consiste em uma
tabela indicando cronologicamente as etapas que serão percorridas durante a
realização da pesquisa.
Exemplo de cronograma.

8- Referências Bibliográficas: indicam-se quais fontes foram


consultadas ao longo do processo de realização da pesquisa e elaboração dos
textos.

4.4. Estrutura Do Artigo Científico

Segundo Teixeira (2008) A estrutura básica do artigo científico é a forma


como o autor organiza os componentes do texto, da primeira a última página. É
a ordenação coerente dos itens e dos conteúdos ao longo da sua redação
geral. É a maneira como estruturam-se as partes objetivas/subjetivas,
explícitas/implícitas, durante a elaboração do texto científico. O artigo tem a
estrutura divido segundo tabela abaixo:

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• Capa
• Folha de rosto
• Folha de avaliação
• Agradecimentos
• Dedicatória
• Epígrafe
• Sumário
• Resumo
• Introdução
• Desenvolvimento
• Considerações Finais
• Referências

1- Introdução: apresentação de todos as etapas desenvolvidas durante


a pesquisa. Consiste em uma “retomada” das informações apresentadas no
projeto de pesquisa. É nessa parte que o leitor será situado a respeito do
problema que conferiu um norte a pesquisa, da metodologia que foi adotada
para a realização da investigação, dos objetivos específicos que foram
anteriormente estabelecidos e que foram seguidos para a coleta e análise dos
dados.

2- Desenvolvimento: serão apresentados os resultados da pesquisa,


analisando-se os dados coletados ao mesmo tempo que essa análise deve
“comunicar” com a teoria a respeito do tema de pesquisa.

3- Considerações finais: o autor do artigo apresenta suas conclusões


gerais a respeito do tema abordado, deixando claro a(s) resposta(s) obtida(s)
com a realização do estudo frente ao problema de pesquisa.

Deve-se dar atenção ao elemento textual “Desenvolvimento”, cuja


subestrutura varia de acordo com o tipo de pesquisa que originou o artigo. Um
artigo pode ser originado de pesquisa bibliográfica, de pesquisa descritiva ou

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exploratória, ou de pesquisa experimental. Para cada tipo de pesquisa uma


subestrutura é colocada no elemento textual “desenvolvimento” (quadro 1).

Quadro1- Estruturas do Artigo Científico quanto ao tipo de pesquisa que o


originou.

Elementos do Pesquisa Pesquisa Pesquisa


Artigo Bibliográfica Descritiva ou Experimental
Exploratória

Título, e subtítulo Título, e subtítulo Título, e subtítulo


(se houver); (se houver); (se houver);

Pré-textuais Nome(s) do(s) autor Nome(s) do(s) autor Nome(s) do(s) autor
(es); (es); (es);
Resumo na língua
Resumo na língua Resumo na língua do texto;
do texto; do texto; Palavras-chave na
Palavras-chave na Palavras-chave na língua do texto.
língua do texto. língua do texto.

Textuais Obs.: Os Introdução; Introdução; Introdução;


itens em negrito Revisão da Referencial Referencial
correspondem ao Literatura; Teórico; Teórico;
elemento Conclusão. Metodologia Material e
“desenvolvimento”. Resultados e Métodos;
Discussões; Resultados e
Conclusão. Discussões;
Conclusão.

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Título, e subtítulo Título, e subtítulo Título, e subtítulo


Pós-textuais (se houver) em (se houver) em (se houver) em
língua estrangeira; língua estrangeira; língua estrangeira;
Resumo em língua Resumo em língua Resumo em língua
estrangeira; estrangeira; estrangeira;

Palavras-chave em Palavras-chave em Palavras-chave em


língua estrangeira; língua estrangeira; língua estrangeira;

Nota(s) Nota(s) Nota(s)


explicativa(s); explicativa(s); explicativa(s);
Referências;
Referências; Referências;
Glossário; Glossário; Glossário;

Apêndice(s); Apêndice(s); Apêndice(s);

Anexo(s). Anexo(s). Anexo(s).

Segue abaixo os aspectos de cada elemento de pesquisa, tanto,


Bibliográfica, quanto Descritiva ou Exploratória, quanto Experimental.

Quando o artigo for originado de Pesquisa Bibliográfica:

Introdução

• Formulação e delimitação do problema de pesquisa


• Objetivos da pesquisa (geral e específico)
• Justificativa
• Metodologia

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Revisão da Literatura (desenvolvimento)

• Citações
• Discussão das citações
• Síntese final

Conclusão

• Respostas às perguntas formuladas na delimitação do problema


• Síntese de cada capítulo ou itens discutidos no desenvolvimento
Verificação do alcance dos objetivos da pesquisa

Quando o artigo for originado de Pesquisa Descritiva ou Exploratória:

Introdução

• Formulação e delimitação do problema de pesquisa


• Hipóteses (opcional dependendo do caso)
• Objetivos da pesquisa (geral e específico)
• Justificativa

Referencial Teórico (desenvolvimento)

• Citações
• Discussão das citações
• Síntese final

Metodologia (desenvolvimento)

• Caracterização do objeto de pesquisa


• População
• Amostra
• Local

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• Instrumentos e coletas dos dados


• Procedimentos para coletas de dados
• Métodos de análise dos dados

Discussão dos Resultados (desenvolvimento)

• Análise e discussão quantitativa dos dados (gráficos e tabelas)


• Análise e discussão qualitativa dos dados (descrição e análise das
entrevistas, observações, e documentos estudados)

Conclusão

• Respostas às perguntas formuladas na delimitação do problema


• Síntese de cada capítulo ou itens discutidos no desenvolvimento
• Verificação do alcance dos objetivos da pesquisa
• Limitações (se houver)
• Sugestões (se houver)

Quando o artigo for originado de Pesquisa Experimental:

Introdução

• Formulação e delimitação do problema de pesquisa


• Hipóteses (de trabalho)
• Objetivos da pesquisa (geral e específico)
• Justificativa
• Definição de termos (termos técnicos e estatísticos)

Referencial Teórico (desenvolvimento)

• Citações
• Discussão das citações
• Síntese final

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Material e Métodos (desenvolvimento)

• Caracterização do objeto de pesquisa


• População
• Amostra
• Local
• Design do experimento
• Instrumentos de medida
• Tratamento experimental
• Coletas dos dados
• Método de tratamento estatístico e de análise dos dados

Discussão dos Resultados

• Análise e discussão quantitativa dos dados (gráficos e tabelas);


• Análise e discussão qualitativa dos dados (comparação com resultados
de outros estudos semelhantes);
• Inferência e estatística.

Conclusão

• Respostas às perguntas formuladas na delimitação do problema;


• Verificação do alcance dos objetivos da pesquisa;
• Confirmação ou rejeição da hipótese do trabalho formulada na
introdução;
• Exposição das limitações;
• Sugestões para novas pesquisas com temas semelhantes.

Linguagem Do Artigo
Tendo em vista que o artigo se caracteriza por ser um trabalho
extremamente sucinto, exige-se que tenha algumas qualidades: linguagem
correta e precisa, coerência na argumentação, clareza na exposição das ideias,
objetividade, concisão e fidelidade às fontes citadas. Para que essas

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qualidades se manifestem é necessário, principalmente, que o autor tenha um


certo conhecimento a respeito do que está escrevendo.
Quanto à linguagem científica é importante que sejam analisados os
seguintes procedimentos no artigo científico:
• Objetividade: a linguagem objetiva deve afastar as expressões: “eu
penso”, “eu acho”, “parece-me” que dão margem a interpretações
simplórias e sem valor científico;
• Estilo científico: a linguagem científica é informativa, de ordem racional,
firmada em dados concretos, onde pode-se apresentar argumentos de
ordem subjetiva, porém dentro de um ponto de vista científico;
• Vocabulário técnico: a linguagem científica serve-se do vocabulário
comum, utilizado com clareza e precisão, mas cada ramo da ciência
possui uma terminologia técnica própria que deve ser observada;
• A correção gramatical é indispensável, onde se deve procurar relatar a
pesquisa com frases curtas, evitando muitas orações subordinadas,
intercaladas com parênteses, num único período. O uso de parágrafos
deve ser dosado na medida necessária para articular o raciocínio: toda
vez que se dá um passo a mais no desenvolvimento do raciocínio,
muda-se o parágrafo.
• Os recursos ilustrativos como gráficos estatísticos, desenhos, tabelas
são considerados como figuras e devem ser criteriosamente distribuídos
no texto, tendo suas fontes citadas em notas de rodapé. (PÁDUA, 1996,
p. 82).
Para a redação ser bem concisa e clara, não se deve seguir o ritmo
comum do nosso pensamento, que geralmente se baseia na associação livre
de ideias e imagens. Assim, ao explanar as ideias de modo coerente, se fazem
necessários cortes e adições de palavras ou frases.
A estrutura da redação assemelha-se a um esqueleto, constituído de
vértebras interligadas entre si. O parágrafo é a unidade que se desenvolve uma
ideia central que se encontra ligada às ideias secundárias devido ao mesmo
sentido. Deste modo, quando se muda de assunto, muda-se de parágrafo. Um
parágrafo segue a mesma circularidade lógica de toda a redação: introdução,
desenvolvimento e conclusão.

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Convém iniciar cada parágrafo através do tópico frasal (oração


principal), onde se expressa a ideia predominante. Por sua vez, esta é
desdobrada pelas ideias secundárias; todavia, no final, ela deve aparecer mais
uma vez. Assim, o que caracteriza um parágrafo é a unidade (uma só ideia
principal), a coerência (articulação entre as ideias) e a ênfase (volta à ideia
principal). A condição primeira e indispensável de uma boa redação científica é
a clareza e a precisão das ideias.
Saber-se-á como expressar adequadamente um pensamento, se for
claro o que se desejar manifestar. O autor, antes de iniciar a redação, precisa
ter assimilado o assunto em todas as suas dimensões, no seu todo como em
cada uma de suas partes, pois ela é sempre uma etapa posterior ao processo
criador de ideias.

4.5. Normas De Apresentação Gráfica Do Artigo - Papel, Formato E


Impressão

De acordo com a ABNT “o projeto gráfico é de responsabilidade do autor


do trabalho”. (ABNT, 2002, p. 5, grifo nosso). Segundo a NBR 14724, o texto
deve ser digitado no anverso da folha, utilizando-se papel de boa qualidade,
formato A4, formato A4 (210 x 297 mm), e impresso na cor preta, com exceção
das ilustrações.
Utiliza-se a fonte tamanho 12 para o texto (no caso do Seminário Local
Conexões de Saberes - UFRGS, solicita-se o uso da fonte Times New Roman);
e menor para as citações longas, notas de rodapé, paginação e legendas das
ilustrações e tabelas. Não se deve usar, para efeito de alinhamento, barras ou
outros sinais, na margem lateral do texto.

Margens
As margens são formadas pela distribuição do próprio texto, no modo
justificado, dentro dos limites padronizados, de modo que a margem direita
fique reta no sentido vertical, com as seguintes medidas: Superior: 3,0 cm. da
borda superior da folha Esquerda: 3,0 cm da borda esquerda da folha. Direita:
2,0 cm. da borda direita da folha; Inferior: 2,0 cm. da borda inferior da folha.

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Paginação
A numeração deve ser colocada no canto superior direito, a 2 cm. da
borda do papel com algarismos arábicos e tamanho da fonte menor, sendo que
na primeira página não leva número, mas é contada.

https://www.normaseregras.com/normas-abnt/margens-e-espacamento/

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Espaçamento
O espaçamento entre as linhas é de 1,5 cm. As notas de rodapé, o
resumo, as referências, as legendas de ilustrações e tabelas, as citações
textuais de mais de três linhas devem ser digitadas em espaço simples de
entrelinhas.
As referências listadas no final do trabalho devem ser separadas entre si
por um espaço duplo. Contudo, a nota explicativa apresentada na folha de
rosto, na folha de aprovação, sobre a natureza, o objetivo, nome da instituição
a que é submetido e a área de concentração do trabalho deve ser alinhada do
meio da margem para a direita.

http://bloginformaticamicrocamp.com.br/office/normas-da-abnt-parte-4/

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Divisão Do Texto
Na numeração das seções devem ser utilizados algarismos arábicos. O
indicativo de uma seção secundária é constituído pelo indicativo da seção
primária a que pertence, seguido do número que lhe foi atribuído na sequência
do assunto, com um ponto de separação: 1.1; 1.2... Aos Títulos das seções
primárias recomenda-se:
a) seus títulos sejam grafados em caixa alta, com fonte 12, precedido do
indicativo numérico correspondente;
b) nas seções secundárias, os títulos sejam grafados em caixa alta e em
negrito, com fonte 12, precedido do indicativo numérico correspondente;

http://www.professorrenato.com/index.php/trabalhos-academicos/142-abnt-formatar-pagina

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c) nas seções terciárias e quaternárias, utilizar somente a inicial


maiúscula do título, com fonte 12, precedido do indicativo numérico
correspondente. Recomenda-se, pois que todos os títulos destas seções
sejam destacados em NEGRITO.
É importante lembrar que é necessário limitar-se o número de seção ou
capítulo em, no máximo até cinco vezes; se houver necessidade de mais
subdivisões, estas devem ser feitas por meio de alíneas. Os termos em outros
idiomas devem constar em itálico, sem aspas. Exemplos: a priori, on-line,
savoir-faires, know-how, apud, et alii, idem, ibidem, op. cit. Para dar destaque a
termos ou expressões deve ser utilizado o itálico. Evitar o uso excessivo de
aspas que “poluem” visualmente o texto;

Alíneas

Quando for necessário enumerar diversos assuntos dentro de


uma seção, é preciso utilizar as alíneas. Para isso, devem-se seguir
as seguintes regras:

a) o texto que antecede as alíneas4 (1) deve terminar com


dois pontos (:);

b) cada alínea deve ser indicada alfabeticamente, em letra


minúscula, seguida de fecha parênteses. Se as letras do
alfabeto se esgotarem, devem-se utilizar letras dobradas. As
letras indicativas das alíneas devem estar recuadas em relação
à margem esquerda (2);

c)o texto de cada alínea (3) deve iniciar por letra minúscula e
terminar em ponto-e-vírgula (;), exceto a última alínea (4), que
deve terminar em ponto final;

d) « se houver subalínea, o texto da alínea termina em dois


pontos (5);

e) a segunda e as próximas linhas do texto da alínea iniciam


sob a primeira letra do texto da própria alínea (6).

A apresentação das subalíneas deve ser realizada conforme as


seguintes regras:

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a) as subalíneas devem iniciar por travessão seguido de


espaço e ser recuadas em relação à alínea (7);

b) o texto de cada subalínea deve iniciar por letra minúscula e


terminar em ponto-e-vírgula (;), caso não haja alínea ou
subalínea subsequente (8). Caso contrário, a última subalínea
deve terminar em ponto final (9);

c) a segunda e as próximas linhas do texto da subalínea


iniciam sob a primeira letra do texto da própria subalínea.

http://fio.edu.br/manualtcc/co/5_Numeracao_progressiva.html

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Ilustrações E Tabelas
As ilustrações compreendem quadros, gráficos, desenhos, mapas e
fotografias, lâminas, quadros, plantas, retratos, organogramas, fluxogramas,
esquemas ou outros elementos autônomos e demonstrativos de síntese
necessárias à complementação e melhor visualização do texto.
Devem aparecer sempre que possível na própria folha onde está
inserido o texto, porém, caso não seja possível, apresentar a ilustração na
própria página. Quanto às tabelas, elas constituem uma forma adequada para
apresentar dados numéricos, principalmente quando compreendem valores
comparativos.
Consequentemente, devem ser preparadas de maneira que o leitor
possa entendê-las sem que seja necessária a recorrência no texto, da mesma
forma que o texto deve prescindir das tabelas para sua compreensão.
Recomenda-se, pois, seguir, as normas do IBGE:
a) a tabela possui seu número independente e consecutivo;
b) o título da tabela deve ser o mais completo possível dando indicações
claras e precisas a respeito do conteúdo;
c) o título deve figurar acima da tabela, precedido da palavra Tabela e de
seu número de ordem no texto, em algarismo arábicos;
d) devem ser inseridas mais próximas possível ao texto onde foram
mencionadas;
e) a indicação da fonte, responsável pelo fornecimento de dados
utilizados na construção de uma tabela, deve ser sempre indicada no
rodapé da mesma, precedida da palavra Fonte: após o fio de
fechamento;
f) notas eventuais e referentes aos dados da tabela devem ser
colocadas também no rodapé da mesma, após o fio do fechamento;
g) fios horizontais e verticais devem ser utilizados para separar os títulos
das colunas nos cabeçalhos das tabelas, em fios horizontais para fechá-
las na parte inferior. Nenhum tipo e fio devem ser utilizados para separar
as colunas ou as linhas;
h) no caso de tabelas grandes e que não caibam em um só folha, deve-
se dar continuidade a mesma na folha seguinte; nesse caso, o fio
horizontal de fechamento deve ser colocado apenas no final da tabela,
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ou seja, na folha seguinte. Nesta folha também são repetidos os títulos e


o cabeçalho da tabela.

http://fio.edu.br/manualtcc/co/13_Lista_de_ilustracoes.html

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http://normasfmpfm.blogspot.com/2012/09/lista-de-ilustracoes-tabelas.html

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5. Referências

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho


científico: elaboração de trabalhos na graduação. 7. ed. São Paulo: Atlas,
2005. 174p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT – NBR 6023:


2000 – Informação e documentação. Referências: Elaboração.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT – NBR


6024:1989 – Numeração progressiva das seções de um documento.
Procedimento.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT – NBR


6027:1989 – Sumário: Procedimentos.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT – NBR 6028:


1990 – Resumos: Procedimentos.

BASTOS, Arilson; KELLER, Vicente. Aprendendo a aprender: introdução à


metodologia científica. 17. ed. Petrópolis: Vozes, 2004. 111p.

CARMO-NETO, Dionísio. Metodologia Científica para Principiantes. 3ª ed.


Salvador: American World University Press, 1996.

CARVALHO, Maria Cecília M. de. Construindo o saber: metodologia


científica, fundamentos e técnicas. 20 ed. Campinas: Papirus, 2000.

COSTA, Marco Antonio F. da.; COSTA, Maria de Fátima Barrozo da. Projeto
de Pesquisa: entenda e faça: 2 ed. – Petrópolis- RJ: Vozes, 2011.

DUARTE, Emeide N., NEVES, Dulce Amélia de B., SANTOS, Bernadete de


L. O. Manual técnico para elaboração de trabalhos monográficos. João

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Grupo ITEG Educação a Distância

Pessoa: Editora Universitária / UFPB, 1993. 80p.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 14ª ed. São Paulo: Perspectiva,
1996, 170 p. (Coleção Estudos).

KOCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Científica: Teoria da


Ciência e iniciação a pesquisa. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2004.
LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 3 ed. São
Paulo: Atlas, 1991.

MATOS, Henrique Cristiano José. Aprenda a estudar: orientações


metodológicas para o estudo. 15ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

MARCONI, Maria de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 6 ed.


São Paulo: Atlas, 2009.

MARTINS, Gilberto de Andrade. Metodologia da investigação científica para


as ciências sociais aplicadas. São Paulo: Atlas, 2007.

MARTINS, Junior Joaquim. Como escrever trabalhos de conclusão de


curso: instruções para planejar e montar, desenvolver, concluir, redigir e
apresentar trabalhos monográficos e artigos. 3. ed. Petrópolis - RJ: Vozes,
2009.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do


trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica,
projeto e relatório. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2001. 219p.
PEREIRA, José Matias. Manual de metodologia da pesquisa científica. São
Paulo: Atlas, 2007.

RAMPAZZO, Lino. Metodologia científica para alunos de graduação e pós-


graduação. 2 ed. São Paulo: Loyola, 2004.

40
Grupo ITEG Educação a Distância

RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para a eficiência nos estudos.
4 ed. São Paulo: Atlas, 1996.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed.


São Paulo: Cortez, 2005. 335p.
Bibliografia Complementar

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