O poema descreve a busca do autor por um tigre real em contraste com os tigres simbólicos de sua literatura. Ele reflete que os tigres de seu verso são meras representações literárias, enquanto o tigre verdadeiro vive e caça independente de nomes ou representações humanas. Apesar de saber que não encontrará o tigre real em sua literatura, o autor se sente compelido a continuar buscando por ele através de sua escrita.
O poema descreve a busca do autor por um tigre real em contraste com os tigres simbólicos de sua literatura. Ele reflete que os tigres de seu verso são meras representações literárias, enquanto o tigre verdadeiro vive e caça independente de nomes ou representações humanas. Apesar de saber que não encontrará o tigre real em sua literatura, o autor se sente compelido a continuar buscando por ele através de sua escrita.
O poema descreve a busca do autor por um tigre real em contraste com os tigres simbólicos de sua literatura. Ele reflete que os tigres de seu verso são meras representações literárias, enquanto o tigre verdadeiro vive e caça independente de nomes ou representações humanas. Apesar de saber que não encontrará o tigre real em sua literatura, o autor se sente compelido a continuar buscando por ele através de sua escrita.
A vasta Biblioteca laboriosa E parece afastar as estantes; Forte, inocente, ensanguentado e jovem, Ele irá por sua selva e sua manhã E deixará seu rastro na limosa Margem de um rio cujo nome ignora (Em seu mundo não há nomes, nem passado, (Nem futuro, apenas um instante exato.) E vencerá as bárbaras distâncias E farejará no trançado labirinto Dos odores o odor da aurora E o odor deleitável do veado; Por entre as listras do bambu decifro Suas listras e pressinto a ossatura Sob a pele esplêndida que vibra. Em vão se interpõem os convexos Mares e os desertos do planeta; Desta casa de um remoto porto Da América do Sul, te sigo e sonho, Ó tigre das margens do Ganges.
Espalha-se a tarde em minha alma e reflito
Que o tigre vocativo de meu verso É um tigre de símbolos e sombras, Uma série de tropos literários E de memórias da enciclopédia, E não o tigre fatal, a aziaga joia Que, sob o sol ou a diversa lua, Vai cumprindo em Sumatra ou Bengala Sua rotina de amor, de ócio e de morte. Ao tigre dos símbolos contrapus O verdadeiro, o de quente sangue, O que dizima a tribo dos búfalos E hoje, 3 de agosto de 59, Estende no prado uma pausada Sombra, porém só o fato de nomeá-lo E de conjecturar sua circunstância O faz ficção da arte e não criatura Vivente das que andam pela terra.
Um terceiro tigre buscaremos. Este
Será como os outros uma forma De meu sonho, um sistema de palavras Humanas e não o tigre vertebrado Que, para além das mitologias, Pisa a terra. Bem o sei, mas algo Impõe-me esta aventura indefinida, Insensata e antiga, e persevero Em buscar pelo tempo da tarde O outro tigre, o que não está no verso.