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1. INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA
A palavra estatística tem origem na palavra em latim status, traduzida como o estudo do Estado e
significava, originalmente, uma coleção de informação de interesse para o estado sobre população e
economia. Essas informações eram coletadas objetivando o resumo de informações indispensáveis para
os governantes conhecerem suas nações e para a construção de programas de governo.
Os primeiros usos da estatística envolviam compilação de dados e gráficos que descreviam vários
aspectos de um estado ou país. Em 1662, John Graunt publicou informação estatística acerca de
nascimentos e mortes. O trabalho de Graunt foi seguido por estudos sobre taxas de mortalidade e de
doenças, tamanhos de população, renda e taxas de desemprego. As famílias, os governos e as empresas
se apoiam fortemente nos dados estatísticos para orientação. Por exemplo, taxas de desemprego, taxas
de inflação, índices do consumidor e taxas de nascimento e morte são cuidadosamente compiladas de
modo regular, e os dados resultantes são usados para tomar decisões que afetam futuras contratações,
níveis de produção e expansão para novos mercados. Assim, necessitamos entender os conceitos
básicos da Estatística, bem como as suposições necessárias para o seu emprego de forma criteriosa, em
cada tipo de problema a ser analisado.
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Inferência Estatística: denominação usualmente empregada ao estudo de técnicas que
possibilitam a extrapolação a um grande conjunto de dados (população), das informações e conclusões
obtidas a partir de um subconjunto de valores (amostra). Deve-se notar que se tivermos acesso a todos
os elementos que desejamos estudar, não é necessário o uso das técnicas de inferência estatística;
entretanto, elas são indispensáveis quando existe a impossibilidade de acesso a todo o conjunto de
dados, por razões de natureza econômica, ética ou física.
Estudos complexos envolvendo o tratamento estatístico dos dados usualmente envolvem as três áreas
mencionadas anteriormente. Para exemplificar tal procedimento, considere o esquema apresentado na
Figura 1, a seguir:
A Figura 1 ilustra como a Estatística funciona na prática. Suponha, inicialmente, que estamos
interessados em estudar algumas características em um grande conjunto de dados que denominaremos
população. Deve-se considerar que, na terminologia estatística, população refere-se não somente a
uma coleção de indivíduos, mas ao alvo no qual reside nosso interesse. Assim, todos os clientes de um
banco, todos os alunos de uma faculdade, todos os automóveis de uma determinada marca, ou mesmo
todo o sangue no corpo de uma pessoa são exemplos de possíveis populações. Algumas vezes,
podemos acessar todos os dados da população (nesse caso, dizemos que o censo foi realizado), mas, em
muitas situações, tal procedimento não pode ser realizado. Em geral, razões econômicas e éticas são as
mais determinantes dessas situações. Para contornar esse fato, tomamos alguns elementos da população
para formar um grupo a ser estudado. Esse subconjunto da população, em geral, com dimensão
sensivelmente menor, é denominado amostra.
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A seleção de uma amostra pode ser feita de várias maneiras, dependendo, entre outros fatores, do grau
de conhecimento que temos da população, da quantidade de recursos disponíveis, e assim por diante.
Existem técnicas adequadas de amostragem que nos auxiliam na obtenção de um subconjunto de
valores o mais parecido possível com a população que lhe dá origem. Algumas dessas técnicas serão
vistas posteriormente.
Obtida uma amostra, o próximo passo é utilizar as técnicas de Estatística Descritiva para organizar e
descrever os resultados contidos na amostra. A partir daí, podemos usar técnicas de Inferência
Estatística para estimar quantidades desconhecidas, realizar extrapolação dos resultados e testar
algumas hipóteses de interesse sobre a população.
Para realizarmos um estudo estatístico, normalmente, existem várias etapas a serem realizadas. Essas
etapas são chamadas de fases do método estatístico. Quando você tiver bem definido essas fases, e tiver
condições de realizá-las de forma adequada, a chance de sucesso em um trabalho estatístico ou que
envolva estatística será muito maior. O método Estatístico consiste em técnicas utilizadas na pesquisa
de fenômenos coletivos. É composto das seguintes fases:
Definição do problema;
Planejamento do processo de resolução;
Coleta dos dados;
Organização de dados;
Apresentação de dados;
Análise e interpretação dos resultados.
Definição do Problema
Esta fase consiste na definição e na formulação correta do problema a ser estudado. Para isso, você
deve procurar outros estudos realizados sobre o tema escolhido, pois, desse modo, você evitará cometer
erros que já tenham sido cometidos por outros. Sendo assim, essa primeira fase pode responder à
definição de um problema ou, simplesmente, dar resposta a um interesse de profissionais.
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Planejamento
Após definir o problema, é preciso determinar um processo para resolvê-lo e, em especial, a forma de
como obter informações sobre a variável ou as variáveis em estudo. É nessa fase que devemos decidir
pela observação da população ou de uma amostra. Portanto, será necessário:
Determinar os procedimentos necessários para resolver o problema, em especial, como levantar
informações sobre o assunto objeto do estudo;
Planejar o trabalho tendo em vista o objetivo a ser atingido;
Escolher e formular corretamente as perguntas;
Definir o tipo de levantamento – censitário ou por amostragem;
Definir cronograma de atividades, custos envolvidos, delineamento da amostra etc.
A coleta é dita direta, quando são obtidos diretamente da fonte primária, como os levantamentos de
campo através de questionários. Há três tipos de coleta direta:
Coleta Contínua: quando os dados são obtidos ininterruptamente, automaticamente e na vigência
de um determinado período: um ano, por exemplo. É o caso dos registros de casamentos, óbitos e
nascimentos, escrita comercial, as construções civis.
Coleta Periódica: quando feita em intervalos constantes de tempo, como o recenseamento
demográfico a cada dez anos e o censo industrial, anualmente.
Coleta Ocasional: quando os dados forem colhidos esporadicamente, atendendo a uma conjuntura
qualquer ou a uma emergência, como por exemplo, um surto epidêmico.
A coleta é dita indireta quando é inferida a partir dos elementos conseguidos pela coleta direta, ou
através do conhecimento de outros fenômenos que, de algum modo, estejam relacionados com o
fenômeno em questão. Um instrumento por meio do qual se faz a coleta das unidades estatísticas é o
questionário. Deve ficar bem claro no questionário, que ele é organizado de acordo com dispositivos
legais, que há sansões e que o sigilo sobre as informações individuais será absoluto. É aconselhável que
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um pequeno percentual dos exemplares do questionário seja tirado e aplicado a uma parcela de
informantes, com objetivo de testar a aceitação do mesmo, constituindo tal iniciativa, a pesquisa piloto.
A boa aceitação dos questionários determinará a tiragem completa dos exemplares ou a sua alteração.
Organização de dados
Agora que temos os dados precisamos organizá-los, pois somente coletar os dados não é suficiente.
Essa organização consiste em “resumir” os dados através da sua contagem e agrupamento. Desse
modo, obtemos um conjunto de informações que irá conduzir ao estudo do atributo estatístico.
Geralmente, essa organização é feita em planilhas eletrônicas (tipo Excel) para posterior tratamento
estatístico.
Apresentação de dados
Agora que temos os dados organizados, precisamos apresentá-los e, para tanto, existem duas formas de
apresentação que podem ser utilizadas, que não se excluem mutuamente, a saber: apresentação por
tabelas e apresentação por gráficos. Essas formas de expor as informações coletadas permitem
sintetizar uma grande quantidade de dados (números), tornando mais fácil a compreensão do atributo
em estudo e permitindo uma futura análise.
Qualquer característica associada a uma população é chamada de variável. Ela recebe esse nome
porque ela “varia” de alguma forma. A idade de um indivíduo, o sexo ou o estado civil são possíveis
exemplos de variáveis. Alguns conjuntos de dados consistem de números (tais como, altura de 1,50 m a
2,15 m), enquanto outros são não numéricos (tais como, cor dos olhos: verde e castanho). Os termos
dados quantitativos e dados qualitativos são, em geral, usados para distinguir entre esses dois tipos.
Dessa forma, as variáveis podem ser classificadas como Qualitativas ou Quantitativas. Vejamos um
exemplo.
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Exemplo 1. A MD Indústria e Comércio, desejando melhorar o nível de seus funcionários, montou um
curso experimental e indicou 25 funcionários para a primeira turma. Os dados estão dispostos na Tabela
1. Como havia dúvidas quanto à adoção de um único critério de avaliação, cada instrutor adotou seu
próprio sistema de aferição.
De modo geral, para cada elemento investigado numa pesquisa, tem-se associado um (ou mais de um)
resultado correspondendo à realização de uma característica (ou características). Por exemplo,
considerando a variável conceito em inglês, para cada funcionário, pode-se associar um dos resultados,
A, B, C ou D.
Tabela 1. Informações sobre seção, grau de instrução, números de filhos, notas e conceitos nas
disciplinas redação, inglês, metodologia e política de 25 empregados da MD Indústria e Comércio.
Func. Seção Grau de instrução N° de filhos Redação Inglês Metodologia Política
1 Pessoal Ensino Médio 0 8,6 B A 9,0
2 Pessoal Fundamental 2 7,0 B C 6,5
3 Pessoal Ensino Médio 3 8,0 D B 9,0
4 Pessoal Ensino Médio 1 8,6 D C 6,0
5 Pessoal Superior 2 8,0 A A 6,5
6 Pessoal Superior 1 8,5 B A 6,5
7 Pessoal Fundamental 1 8,2 D C 9,0
8 Técnica Fundamental 2 7,5 B C 6,0
9 Técnica Superior 3 9,4 B B 10,0
10 Técnica Ensino Médio 4 7,9 B C 9,0
11 Técnica Fundamental 2 8,6 C B 10,0
12 Técnica Ensino Médio 3 8,3 D B 6,5
13 Técnica Superior 1 7,0 B C 6,0
14 Técnica Superior 1 8,6 A B 10,0
15 Venda Ensino Médio 0 8,6 C B 10,0
16 Venda Fundamental 1 9,5 A A 9,0
17 Venda Superior 0 7,3 D C 10,0
18 Venda Fundamental 0 7,6 C C 6,0
19 Venda Superior 3 7,4 D C 6,0
20 Venda Superior 2 7,5 C B 6,0
21 Venda Fundamental 1 7,7 D B 6,5
22 Venda Ensino Médio 2 8,7 C A 6,0
23 Venda Fundamental 1 7,3 C C 9,0
24 Venda Superior 0 8,5 A A 6,5
25 Venda Superior 1 7,0 B A 9,0
Fonte: Adaptado de Bussab e Morettin (2006).
Algumas variáveis, como seção, grau de instrução, conceito em inglês e conceito em metodologia,
apresentam como possíveis resultados uma qualidade (ou atributo) do indivíduo pesquisado. Logo,
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essas variáveis são chamadas de variáveis qualitativas. Dentre as variáveis qualitativas, ainda
podemos fazer uma distinção entre dois tipos, a saber: variável qualitativa nominal ou variável
qualitativa ordinal.
Uma variável é qualitativa nominal se não existe nenhuma ordenação nos possíveis resultados.
Possíveis exemplos são seção a que o funcionário pertence, sexo, raça etc.
Uma variável é qualitativa ordinal se existe uma ordem natural nos seus resultados. Alguns exemplos
são grau de instrução, conceito em inglês, classe social etc.
As variáveis, nota em redação, nota em política e número de filhos, apresentam como possíveis
resultados números resultantes de uma contagem ou mensuração. Essas variáveis são chamadas de
variáveis quantitativas. As variáveis quantitativas também podem sofrer uma classificação
dicotômica: discreta ou contínua. Uma variável é quantitativa discreta se os seus possíveis valores
formam um conjunto finito ou infinito enumerável de números, e que resultam, frequentemente, de
uma contagem. Alguns exemplos são números de filhos, números de carros na família etc. Uma
variável é quantitativa contínua se os seus possíveis valores pertencem a um intervalo de números
reais, e que resultam de uma mensuração. Possíveis exemplos são nota em redação e política, peso,
altura etc.
Para cada tipo de variável existem técnicas apropriadas para resumir as informações dos dados obtidos
da amostra. Por exemplo, a utilização de uma tabela é um meio de descrever os dados de uma forma
resumida. Veremos mais detalhes sobre tabelas e gráficos nas próximas seções.
Em algumas situações, podemos atribuir valores numéricos às várias qualidades ou atributos de uma
variável qualitativa e, depois, se proceder à análise como se esta fosse quantitativa, desde que o
procedimento seja passível de interpretação.
Existe um tipo de variável qualitativa para a qual essa quantificação é muito útil: a chamada variável
dicotômica. Para essa variável, podem ocorrer somente duas realizações, usualmente, chamadas de
sucesso e fracasso. Exemplos de variáveis dicotômicas são sexo, hábito de fumar (sim ou não) etc.
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1.5 Técnicas de Amostragem
Como podemos determinar quantas pessoas em uma população apresentam certa característica? Por
exemplo, quantos eleitores apoiam um candidato à presidência? Ou então, da população de
determinado estado, quantas pessoas são crianças, quantas vivem em centros urbanos, quantas estão
desempregadas?
Uma forma de responder a essas questões consiste em entrevistar todas as pessoas. Mas este é um
processo demorado e caro. Outro processo possível consiste então em consultar um grupo de pessoas,
que constituem uma amostra. Se a amostra representa de fato toda a população, podemos utilizar as
características dos seus elementos para estimar as características de toda população.
A amostragem é naturalmente usada em nossa vida diária. Por exemplo, para verificar o tempero de um
alimento em preparação, podemos provar (observar) uma pequena porção desse alimento. Nesse caso,
estamos fazendo uma amostragem, ou seja, extraindo do todo (população) uma parte (amostra), com
propósito de avaliarmos sobre a qualidade do tempero de todo o alimento.
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Necessidade de alta precisão: a cada dez anos, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) realiza um censo demográfico para estudar diversas características da população brasileira.
Dentre essas características, tem-se o número total de habitantes, uma informação fundamental para o
planejamento do país. Dessa forma, o número de habitantes precisa ser avaliado com grande precisão e,
por isso, se pesquisa toda a população.
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2. Efetuar sucessivos sorteios até completar o tamanho da amostra (n).
Para realizar esse sorteio, podemos utilizar urnas, tabelas de números aleatórios, ou algum software que
gere números aleatórios. A Tabela 2 foi construída usando-se o software Excel® (comando
“aleatorio()”).
Exemplo 2. Estamos interessados em estudar a qualidade da gasolina nos postos de uma determinada
cidade. Essa cidade possui N = 40 postos. A empresa que estudará a qualidade pode investigar apenas
uma amostra de n = 4 postos. Para selecionar uma amostra aleatória simples, basta escolhermos uma
posição de qualquer linha da tabela de números aleatórios e extrairmos conjuntos de dois algarismos
(pois N, que é o tamanho da população, possui 2 casas decimais), até completarmos os 4 elementos da
amostra. Se o número sorteado não existir, simplesmente, não consideramos e prosseguimos o
processo.
Escolhendo a primeira linha da tabela de números aleatórios, temos a seguinte amostra de 4 elementos:
AAS = {16, 24, 18, 27}.
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Amostragem Sistemática (AS)
É utilizada quando a população está naturalmente ordenada, como listas telefônicas, fichas de
cadastramento e em sistemas de produções contínuos, como produções de garrafas de cervejas etc.
Exemplo 3. Considerando uma turma com 49 alunos, retire uma amostra de tamanho 5, utilizando a
técnica de amostragem sistemática.
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Exemplo 4. Com o objetivo de realizar uma pesquisa de opinião sobre a gestão atual da reitoria, em
uma determinada universidade, realizaremos um levantamento por amostragem. A população é
composta por 70 professores, 80 servidores técnicos-administrativos e 800 alunos, que identificaremos
da forma apresentada na Tabela 3.
Supondo que a opinião sobre a gestão atual da reitoria possa ser relativamente homogênea, dentro de
cada categoria, realizaremos uma amostragem estratificada proporcional por categoria, para obter uma
amostra global de tamanho n = 15. A Tabela 4 mostra as relações de proporcionalidade.
Para selecionar aleatoriamente um professor, podemos usar a tabela de números aleatórios, tomando
valores com dois algarismos. Usando a primeira linha, encontramos o seguinte professor selecionado:
{P16}. Para o servidor, usando a segunda linha da tabela, temos: {S39}. Para os alunos, precisamos
extrair números de três algarismos. Usando a terceira linha da tabela, temos: {A047, A539, A201, A416,
A056, A381, A563, A252, A213, A258, A235, A184, A339}. A amostra {P16, S39, A047, A539, A201, A416, A056, A381,
A563, A252, A213, A258, A235, A184, A339} é uma amostra estratificada proporcional da comunidade da
universidade. Cada indivíduo dessa amostra deverá ser pesquisado para se obter a opinião em relação à
gestão atual da reitoria.
Exemplo 5. Realização de uma pesquisa eleitoral em uma cidade com 12 zonas eleitorais. Usando a
técnica de amostragem por conglomerados, podemos selecionar aleatoriamente 2 zonas eleitorais e, em
seguida, entrevistar todos os eleitores dessas zonas selecionadas:
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Zona 9
6 11
1
7 12
2
4 10
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Entrevistar todos os
eleitores dessas zonas
É fácil confundir amostragem estratificada com amostragem por conglomerado, porque ambas
envolvem a formação de subgrupos. A diferença é que a amostragem por conglomerado usa todos os
membros de uma amostra de conglomerados, enquanto a amostragem estratificada usa uma amostra de
membros de todos os estratos.
Exemplo 6. Entrevistar os gerentes gerais dos hotéis x e y, pois foram os que autorizaram a entrevista;
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Exemplo 7. Ao se buscar pesquisar a população constituída por todas as peças produzidas por certa
máquina que se encontra em funcionamento, não ser possível se ter acesso à parte da população
constituída pelas peças que ainda serão produzidas;
Exemplo 8. Se fôssemos recolher uma amostra de um monte de minério, poderíamos por simplificação
retirar a amostra de uma camada próxima da superfície do monte, pois o acesso às porções interiores
seria problemático.
Exemplo 9. Um professor que faz pesquisas em uma universidade pode utilizar estudantes voluntários
para compor uma amostra, simplesmente porque eles estão disponíveis e participarão como objetos de
experiência por pouco ou nenhum custo.
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Exemplo 10. Ao se almejar investigar variáveis inerentes a uma comunidade, proceder à aplicação dos
questionários junto aos líderes desta mesma, por julgar que estes sejam representativos da mesma.
Exemplo 11. Em uma pesquisa que tenha por objetivo identificar atitudes políticas de um grupo de
operários, como a pesquisa tem como objetivo a mobilização do grupo envolvido, será interessante
selecionar trabalhadores conhecidos como elementos ativos em relação aos movimentos sindicais e
políticos, bem como trabalhadores sem qualquer participação em movimentos dessa natureza. As
informações que estes dois grupos de trabalhadores podem transmitir serão muito mais ricas as que
seriam obtidas com base em critérios rígidos de seleção de amostras. Estas informações não são
generalizáveis para totalidade da população, mas podem proporcionar os elementos necessários para
identificação da dinâmica do movimento.
Exemplo 12. Em uma pesquisa sobre audição de rádio, o entrevistador pode ser mandado entrevistar
500 pessoas residentes em determinada área, de tal forma que, de cada 100 pessoas entrevistadas, 50
sejam donas de casa, 30 sejam fazendeiros e 20, crianças de menos de 15 anos. Dentro destas cotas, o
entrevistador tem liberdade de escolher os entrevistados.
A apresentação de dados estatísticos na forma tabular consiste na reunião ou grupamento dos dados em
tabelas ou quadros com a finalidade de apresentá-los de modo ordenado, simples e de fácil percepção e
com economia de espaço.
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Componentes Básicos
Coluna
Linha
Rodapé
Linhas: Retas imaginárias que facilitam a leitura, no sentido horizontal, de dados que se inscrevem nos
seus cruzamentos com as colunas.
Rodapé: são mencionadas a fonte, se a série é extraída de alguma publicação e, também, as notas ou
chamadas que são esclarecimentos gerais ou particulares relativos aos dados.
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Exemplo 13:
É toda tabela que apresenta a distribuição de um conjunto de dados estatísticos em função de três
elementos: época, local e espécie. Esses elementos determinam o surgimento de quatro tipos
fundamentais de séries estatísticas:
Exemplo 14:
Tabela 5. Produção de petróleo bruto – Brasil
1966 – 1970.
Anos Quantidade (cm³)
1966 6.748.889
1967 8.508.848
1968 9.509.639
1969 10.169.531
1970 9.685.641
Fonte. Brasil em dados.
Séries Geográficas
São aquelas nas quais os dados são reunidos segundo o local que varia permanecendo fixos o tempo e a
espécie.
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Exemplo 15:
Tabela 6. Rebanhos bovinos – Brasil 1970.
Regiões Bovinos (1000)
Norte 2.132
Nordeste 20.194
Sudeste 35.212
Sul 18.702
Centro-oeste 15.652
Fonte. Brasil em dados.
Séries Específicas
São aquelas nas quais os dados são reunidos segundo o espécie que varia permanecendo fixos o tempo
e o local.
Exemplo 16:
Tabela 7. Produção pesqueira (mar) – Brasil 1969.
Itens Produção (ton.)
Peixes 314
Crustáceos 62
Moluscos 3
Mamíferos 12
Fonte. Brasil em dados.
Tabela 8. Evolução do transporte de carga marítima nas 4 principais bacias brasileiras de 1968– 1970.
Anos
Bacias
1968 1969 1970
Amazônica 233.768* 324.350 316.557
Nordeste 16.873 20.272 20.246
Prata 177.705 203.966 201.464
São Francisco 53.142 48.667 57.948
Fonte. Brasil em dados. * Os dados estão em toneladas.
O gráfico estatístico é uma forma de apresentação dos dados estatísticos, cujo objetivo é o de produzir,
no investigador ou no público em geral, uma impressão mais rápida e viva do fenômeno em estudo, já
que os gráficos falam mais rápido à compreensão que as séries.
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A representação gráfica de um fenômeno deve obedecer a certos requisitos fundamentais para ser
realmente útil:
Simplicidade: o gráfico deve ser destituído de detalhes de importância secundária, assim como de
traços desnecessários que possam levar o observador a uma análise com erros;
Clareza: o gráfico deve possibilitar uma correta interpretação dos valores representativos do
fenômeno em estudo;
Veracidade: o gráfico deve expressar a verdade sobre o fenômeno em estudo.
Gráfico de linhas
É um dos mais importantes gráficos; representa observações feitas ao longo do tempo. O gráfico em
linha constitui uma aplicação do processo de representação das funções num sistema de coordenadas
cartesianas.
Exemplo 18:
Figura 2. Gráfico de linhas da Intenção de voto para presidente do Brasil de Julho a Setembro de 2010.
.
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Exemplo 19:
Figura 3. Gráfico em setores sobre a preferência por modalidades esportivas na escola Paulo XVII em
2004
Exemplo 20:
Figura 4. Gráfico em barras sobre o Estado Civil dos Funcionários da Empresa “Trabalhadores” em
2010
Quando em colunas, os retângulos têm a mesma base e as alturas são proporcionais aos respectivos
dados.
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Exemplo 21:
Figura 5. Gráfico em barras sobre o Estado Civil dos Funcionários da Empresa “Trabalhadores” em
2010
Pictograma
Constitui um dos processos gráficos que melhor fala ao público, pela sua forma ao mesmo tempo
atraente e sugestiva. A representação gráfica consta de figuras.
Exemplo 22:
1950
1960
1970
1980
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EXERCÍCIOS
2. Classifique cada uma das variáveis abaixo em qualitativa (nominal ou ordinal), ou quantitativa
(discreta ou contínua).
a. Intenção de voto para presidente (possíveis respostas são os nomes dos candidatos, além de “não
sei”).
b. Perda de peso de maratonistas na Corrida de São Silvestre, em quilos.
c. Intensidade da perda de peso de maratonistas na Corrida de São Silvestre (leve, moderada, forte).
d. Grau de satisfação da população brasileira com relação ao trabalho de seu presidente (valores de 0 a
5, com 0 indicando totalmente insatisfeito, e 5, totalmente satisfeito).
e. Número de peças produzidas por uma máquina num dia de trabalho (500, 1000 etc).
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Utilizando-se a técnica de amostragem estratificada proporcional, no primeiro estágio, e a AAS, no
segundo estágio, quais computadores devem ser selecionados?
6. Uma cidade possui N = 200 zonas eleitorais. Uma empresa destinada a fazer uma pesquisa eleitoral
vai selecionar aleatoriamente n = 15 zonas e entrevistar todos os elementos que estão dentro dessas
zonas eleitorais, isto é, foi utilizada amostragem por conglomerado. Apresente quais serão as 15 zonas
eleitorais amostradas.
7. Em uma academia há 450 pessoas matriculadas, sendo 220 no período da manhã, 180 à tarde e 50 à
noite. Obtenha uma amostra proporcional estratificada de 65%.
8. Deseja-se fazer uma pesquisa em uma população constituída por um número maior de homens que
de mulheres. Como você faria para selecionar uma amostra:
a) Com o mesmo número de homens e mulheres?
b) Com mais mulheres do que homens?
9. Suponha que 40% da população mencionada no problema anterior seja constituída por mulheres.
Numa amostra estratificada proporcional formada por 50 indivíduos, qual seria o número de homens e
o número de mulheres? E numa amostra composta de 150 pessoas, quais seriam esses números?
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11. Usando o gráfico em barras, represente a tabela:
ESPECIFICAÇÃO QUANTIDADE
(toneladas)
Pneumáticos 238.775
Câmaras de ar 14.086
Correias 4.472
Material de conserto 19.134
Outros 4.647
Fonte: ANFAVEA****.
** Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores
Fonte: IBGE
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