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2.5.

O MÉTODO DA RAZÃO NO CÁLCULO VARIACIONAL 53

2.5.1 Cálculo com o sı́mbolo δ


Na seção 1.1. nós introduzimos o sı́mbolo δ denotando variação do funcional
J[y] da seguinte forma:  
∂J
δJ = dα (2.54)
∂α α=0
onde α é um parâmetro que rotula os vários caminhos possı́veis que conectam
os pontos fixos em relação aos quais consideramos o problema variacional. A
escolha α = 0 corresponde ao caminho que torna o funcional J[y] estacionário,
em relação a pequenas variações do argumento, também definidas como
 
∂y
δy = dα (2.55)
∂α α=0

Embora δ não seja uma diferencial autêntica, ela satisfaz às mesmas propri-
edades de cálculo de uma diferencial, de forma que podemos realizar operações
elementares sobre funcionais, como

δ(c1 J1 + c2 J2 ) = c1 δJ1 + c2 δJ2 , (2.56)


δ(J1 J2 ) = (δJ1 )J2 + J1 (δJ2 ), (2.57)
 
J1 J2 (δJ1 ) − J1 (δJ2 )
δ = 2 . (2.58)
J2 (J2 )

dentre outras, que podem ser demonstradas a partir da definição (2.54). Por
exemplo,
 
∂(c1 J1 + c2 J2 )
δ(c1 J1 + c2 J2 ) = dα
∂α α=0
   
∂J1 ∂J2
= c1 dα + c2 dα
∂α α=0 ∂α α=0
= c1 δJ1 + c2 δJ2 ,

e assim por diante.

2.5.2 Teoria geral


Vamos trabalhar com espaços vetoriais complexos, de dimensão finita ou (mais
geralmente) infinita. Nesse espaço, sejam dois vetores quaisquer y e z, e um
escalar complexo a. Valem as seguintes propriedades para o produto interno:
• < y, z >∗ =< z, y >;
• < ay, z >= a∗ < y, z >;
• < y, az >= a < y, z >
Sejam, ainda, dois operadores F e G agindo sobre vetores nesse espaço. Exigi-
mos as seguintes propriedades desses operadores
1. F e G devem ser lineares: sejam a e b dois escalares complexos, então

F [ay + bz] = aF [y] + bF [z], G[ay + bz] = aG[y] + bG[z], (2.59)

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