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Introdução;
A Função do Professor de Matemática: Atitude, Compromisso e Demanda Social;
Didáctica da Matemática: A Doutrina do Ensino e do Método;
Produção do Conhecimento Matemático;
Tendências Psicopedagógicas da Educação da Matemática;
Métodos de Ensino da Matemática;
INTRODUÇÃO
O grande educador Paulo Freire defendeu a ideia de que, para ensinar, antes de tudo, é
necessário aprender. Aprender matemática é a sabedoria que o professor de matemática possui
incorporada e que lhe confere autoridade para ensinar. O professor de matemática, definitivamente,
não é o sábio em matemática, mas aquele que sabe aprender matemática e, por isso mesmo, sabe
como ensinar a outrem a aprender também.
contemporâneo próximo. Por isso mesmo, ele (o professor) deve se autodeterminar a melhorar a
qualidade de vida da sociedade através do trabalho educativo do ensino da matemática.
EM SUMA:
ArguMentar
InterpretAr
ConjecTurar
DEscobrir
Modelar
RepresentAr
InTeragir
ContextualIzar
VisualiZar
GenerAlizar
DeduziR
debate, por exemplo, para desenvolver habilidades de raciocínio e de pensar com coerência e
em grupo, de comunicação e relacionamento interpessoal, avaliar, avaliar-se e sintetizar para
criar melhores condições e qualidade de vida.
ARANHA E MARTINS (1993) afirmam que a lógica aristotélica permaneceu através dos
séculos até os nossos dias e que ela se subdivide em:
1. Lógica Formal (ou menor), que estabelece a forma correcta das operações do
pensamento. Ou seja, ela afirma que, se as regras forem aplicadas adequadamente, o
raciocínio é considerado válido ou correcto.
2. Lógica Material (ou maior), que investiga a adequação do raciocínio à realidade. A
mesma, é também chamada de metodologia, e como tal procura o método próprio de cada
ciência.
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Inferir corresponde a argumentar.
Deve-se observar, que a dedução é um modelo de rigor, mas é estéril, na medida em que
não nos ensina nada de novo, e apenas organiza o conhecimento já adquirido. A conclusão diz
exactamente o que as premissas já disseram.
TIPOS DE INDUÇÃO
Há vários tipos de indução e, alguns deles são os seguintes: a indução completa, quando
é possível examinar cada um dos elementos de um conjunto e, a indução incompleta, em que são
observados alguns elementos do conjunto, do que se conclui a totalidade.
Portanto, o tipo de indução que ocorre com maior frequência é a indução incompleta ou
por enumeração em que são observados alguns elementos do conjunto, do que se conclui a
totalidade. A generalização indutiva é precária quando feita apressadamente e sem critérios.
A ciência matemática também se vale das analogias – uma forma especial de indução.
Assim sendo, a analogia é o raciocínio por semelhança, ou seja, é uma indução parcial ou
imperfeita, pois não chega a uma conclusão universal impossibilitando a generalização, mas
conduz a outra enunciação particular ou geral, inferida em virtude da comparação entre objectos
que, embora diferentes, apresentam pontos de semelhança.
NOTA:
É evidente que a argumentação indutiva pode levar a enganos, pois enquanto a conclusão
da dedução está contida nas premissas, e retira daí sua validade, a conclusão da indução tem apenas
probabilidade de ser correcta.
Desde o início do século XX, professores de matemática se reúnem para pensar o ensino
dessa matéria. A partir da década de 50, a UNESCO organiza congressos sobre educação
matemática. E, a partir da década de 70, surge, inicialmente na França, a didáctica da matemática
enquanto campo para a sistematização dos estudos acerca do ensino da matemática.
Os teóricos envolvidos nessa temática, defendiam que cada área de ensino deveria pensar
em sua própria didáctica, reconhecendo que não poderia haver um campo de estudo único que
atendesse as especificidades de ensino de cada campo do conhecimento.
Nessa ordem de ideias, a psicologia aparece como o campo do conhecimento científico que
dá instrumentos para compreendermos os processos educativos. Nesse sentido, as principais
correntes da didáctica da matemática sempre estiveram directamente ligadas às diferentes
tendências da psicologia.
COMPORTAMENTALISTA
Esta corrente associou o comportamento humano ao dos outros animais. Possui uma
abordagem cartesiana, buscando encontrar os elementos básicos do pensamento humano e seu
comportamento. THORNDIKE, primeiro comportamentalista a pensar o ensino da matemática,
entende a aprendizagem como uma série de conexões entre situações ou estímulo e reposta. E
baseia-se em três leis fundamentais para a aprendizagem:
1. Lei do efeito, segunda a qual, uma conexão recém estabelecida tem sua força aumentada
se acompanhada por uma sensação de satisfação;
2. Lei do exercício, de acordo com esta lei, quanto mais utilizada uma conexão, mais forte
ela se torna;
3. Lei da prontidão, esta, parte da ideia de que as conexões podem ou não estar prontas
para serem postas em prática, mas se uma conexão estiver pronta, seu uso gera satisfação;
não obstante, se não estiver pronta, seu uso gera desconforto.
GESTALTISTA
A gestalt, é uma escola da psicologia, iniciada em 1910, que propõe uma abordagem
holística do pensamento humano. Baseia-se no pensamento de que a percepção humana não pode
ser explicada apenas por estímulos isolados e que se processam de forma individualizada, mas
que a acção existe na tentativa de encontrar o equilíbrio do organismo como um todo. Ou seja,
para esta corrente, a aprendizagem se liga a capacidade de compreender estruturas e não de
decorar procedimentos.
ESTRUTURALISTA
Esta corrente aborda a aprendizagem como um processo activo no qual o estudante infere
princípios e regras e os testa. O estudante tem mais instrumentos para lidar com determinados
conhecimentos quando entende suas estruturas.
CONSTRUTIVISTA
Baseado, principalmente, nas ideias de Piaget. Propõe que a mente é modelada como uma
experiência organizativa de modo a lidar com um mundo real que não pode ser conhecido em si.
Ademais, esta corrente defende que cada ser humano constrói o significado para a linguagem que
usa e, no caso da matemática, à medida que vai construindo o seu mundo experiencial. Para tal,
esta corrente envolve dois princípios:
Dentre eles destaca-se Platão, que apesar de ter poucos trabalhos originais, muito
contribuiu com valorosas observações em relação ao ensino do cálculo e da geometria
(SANTALÓ, 2006).
Séculos depois, com a Revolução Industrial por volta do ano 1767, a matemática ganha
ainda maior relevância e se torna necessária devido a factores socioeconômicos da época e, desta
forma, ela começa a ser inserida no sistema escolar como uma disciplina da componente curricular
(SANTALÓ, 2006).
A ETNOMATEMÁTICA
D'AMBRÓSIO (2011, p. 7), afirma que, a matemática é uma táctica desenvolvida pelo ser
humano “para explicar, para entender, para manejar e conviver com a realidade sensível e
perceptível, e com o seu mundo imaginário, naturalmente dentro de um contexto natural e
cultural”.
A MODELAGEM MATEMÁTICA
MATEMÁTICA E LEITURA
Para a tendência de ensino que relaciona Matemática e leitura, a ciência matemática não
se resume somente a números, regras, fórmulas e cálculos. A leitura é parte integrante da
matemática tendo essa sua linguagem própria. Assim, integrar leitura nas aulas de matemática
auxilia na interpretação e na significação de termos e conceitos, o que torna a compreensão da
matemática mais fácil para o educando (SMOLE, 2001).
RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA
OS JOGOS MATEMÁTICOS
Por sua vez, os jogos matemáticos assumem um papel importante no processo de ensino
e aprendizagem da disciplina de matemática, uma vez que, por meio do jogo é possível inserir o
lúdico (divertimento) no espaço escolar como um recurso didáctico capaz de permitir o
desenvolvimento da criatividade, tornando o ensino da matemática mais prazeroso e estimulante,
(SMOLE; DINIZ; CANDIDO, 2007).
Segundo os mesmos autores, “todo jogo por natureza desafia, encanta, traz movimento,
barulho e uma certa alegria para o espaço no qual normalmente entram apenas o livro, o caderno
e o lápis”.
A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
INVESTIGAÇÃO MATEMÁTICA
Nesse contexto MORAN (2013) afirma que a tecnologia de informação permite que as
actividades didácticas sejam doptadas de complexidades e desafios que estimulam o
desenvolvimento de múltiplas inteligências dos educandos.
NOTA:
Sabe-se que em muitas escolas o ensino da matemática ainda trilha sobre caminhos
tradicionais, no qual se verifica a mera “transmissão” de conteúdos, que na maioria das vezes são
descontextualizados. Ou seja, pretende-se somente conduzir o aluno à memorização de fórmulas
e procedimentos para resolução de exercícios, sujeitando o mesmo a uma aprendizagem
mecânica.