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LÓGICO MATEMÁTICO
Sumário
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NOSSA HISTÓRIA
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Construção do Conhecimento Lógico Matemático
O desenvolvimento do
raciocínio lógico é importante na
resolução de problemas, uma
competência necessária na
aprendizagem da matemática. No
momento em que o aluno
consegue pensar e criar relações de forma abstrata ele consegue associar o conteúdo
matemático de forma mais eficiente para a resolução de problemas.
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construtivista. Sabe-se que não é tarefa fácil, e por
esta razão para se compreender o desenvolvimento da
inteligência infantil é necessário que se comece
buscando entender como é que acontece esse
desenvolvimento, ou seja, o primeiro passo é refletir
sobre como a aprendizagem ocorre.
possibilitarem a adaptação ao meio e também com arquivo, uma vez que cada ficha
representa um esquema. Simplificando, esquemas são estruturas que se adaptam e
se modificam com o desenvolvimento mental.
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Acomodação – quando confrontada com um novo estímulo, a criança
tenta assimilá-lo a esquemas já existentes. Algumas vezes isto não é possível. O que
faz a criança então? Pode fazer duas coisas:
(1) pode criar um novo esquema no qual possa encaixar o estímulo (uma
nova ficha do arquivo); ou
(2) ela pode modificar um esquema prévio de modo que o estímulo possa
ser nele incluído.
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com elementos bastante complexos, afinal como o sujeito
acaba por conhecer? Piaget e seus colaboradores apud
Fraga (1988) entendem que o conhecimento provém de
fontes internas e externas ao sujeito e o reconhecem em
três aspectos distintos e entrelaçados: o físico, o lógico
matemático e o social, na seqüência o 1° (fonte externa ao
sujeito), o 2° (como fonte interna) e o 3º (fonte externa ao
sujeito) proveniente do consenso social ou seja de convenções estabelecidas pela
sociedade. Para melhor esclarecimento, segundo Fraga (1988), salientamos:
Também é relevante ver com clareza o alerta colocado por La Rosa (2003), o
mesmo diz que:
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Inicialmente, para melhor compreender como se processa essa evolução na
criança busca-se argumento na teoria de Piaget (1983) que apresenta os seguintes
estágios sobre o desenvolvimento:
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provém por aprendizagem da linguagem; mas por construção das ações e
coordenações sensório-motoras.
Estágio das Operações Concretas - vai dos sete aos doze anos,
aproximadamente. Nesta etapa de desenvolvimento, a criança ainda está ligada a
objetos reais concretos, mas já é capaz de passar da ação à operação. A principal
característica desse estágio é a reversibilidade (a capacidade de executar a mesma
ação nos dois sentidos do percurso, mas tendo clareza a nível de pensamento que se
trata da mesma ação).
Estágio das Operações Formais - vai dos onze ou doze anos até mais
ou menos os 15 e, nessa fase, o adolescente é capaz de pensar fazendo abstrações.
E a fase das estruturas mentais mais elevadas, caracterizadas pelo raciocínio
hipotético-dedutivo.
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Nesse contexto, ao pensar o mundo, o homem foi se dando conta das relações
que podiam ser estabelecidas entre os objetos, levando em consideração um conjunto
de características, como “forma”, “tamanho” e quantidade. Os conhecimentos
numéricos sempre surgiram de acordo com o modo como as pessoas resolviam
problemas no dia-a-dia. Então falando mais precisamente sobre o ensino do número
novamente toma-se como referência os estudos de Kamii (1991) que coloca seis
princípios apresentados sobre três títulos que representam diferentes perspectivas:
2. A quantificação de objetos:
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tendo seu uso aperfeiçoado, conforme as comunidades tinham que resolver
problemas práticos como: saber se alguma ovelha se perdeu do rebanho, saber como
realizar trocas. Aprenderam a compreender e registrar quantidades de acordo com os
princípios da correspondência, um a um dos termos envolvidos. O número passou
então a ser trabalhado como uma abstração feita de relações entre objetos, e não
como um aspecto inerente ao objeto.
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Todas essas compreensões devem estar em consonância com o que é
significativo para a criança em um determinado momento, outro aspecto a ser
considerado é que elas acontecem de forma diferente para cada criança e nas mais
variadas situações.
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Piaget apud Kamii (1991), ao abordar a questão da educação pré-escolar
coloca que:
Para a abstração das propriedades a partir dos objetos, Piaget usou o termo
abstração empírica, na qual tudo que a criança faz é focalizar uma certa propriedade
dos objetos e ignorar as outras.
Para melhor ilustrar essa questão, os autores Kamii, Devrie (1991) postulam
que:
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Portanto, do ponto de vista da autora, as crianças que são encorajadas a tomar
decisões são encorajadas a pensar mais os conceitos matemáticos e a desenvolverem
o raciocínio; quando devidamente estimulados, as crianças estabelecem relações no
dia-a-dia.
Deve ser criada uma atmosfera própria para favorecer o ato de pensar.
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A autonomia incentiva a criança a pensar com sua
própria cabeça, descartando a idéia de esperar as coisas
prontas ou descobertas através de técnicas prontas.
Conforme Fernández (2004): “... não se transmite, em
verdade, conhecimento, mas sinais desse conhecimento
para que o sujeito possa, transformandoos, reproduzi-lo.
O conhecimento é do outro, porque o outro o possui.” (p.
2).
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interação com seu meio, é capaz de construir gradativamente estruturas de
conhecimento cada vez mais ricas e melhor elaboradas.
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Assis ( 1976) ressalta que para aprender conceitos matemáticos elementares,
bem como as operações aritméticas fundamentais (que geralmente são trabalhadas
logo nas séries iniciais do ensino fundamental), o sujeito precisa estar de posse de
estruturas operatórias que possibilitam uma real compreensão acerca de tais
conteúdos; caso contrário, esses não ultrapassarão o nível da memorização.
Piaget (1976) reforça essa ideia assinalando que a criança, em alguns nas,
“reconstrói espontaneamente as operações e estruturas básicas da natureza
lógicomatemática, fora das quais não compreenderia nada do que se lhe ensinará na
escola”. Isso se explica pelo fato de que o sujeito, na esfera operatória, é capaz de
fazer implicações lógicas, de organizar logicamente suas ações e assim pensar
simultaneamente sobre os estados e transformações de uma dada situação, não se
atendo somente a seus aspectos figurativos.
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e pessoas à atividades do sujeito, e as acomodações, como sendo reajuste desta
última em função das transformações ocorridas.
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símbolos, faz-se necessário distinguir outros aspectos da teoria piagetiana. Piaget
citado por Kamii estabelece uma distinção acerca de três tipos de conhecimento:
conhecimento físico, conhecimento social e conhecimento lógico matemático.
Quando constatamos a cor de um objeto, seu peso, sua forma etc., segundo
Piaget, estamos fazendo tais constatações a partir da realidade externa. São fatos que
podem ser observados nos objetos e trata-se, portanto, de um conhecimento físico
que ocorre por meio de abstrações empíricas. Estas apoiam-se nas informações
materiais dos objetos, ou seja, em suas características físicas. “A experiência sobre o
objeto conduzido a uma abstração a partir do objeto, assim, é a experiência física que
é propriamente uma descoberta das propriedades das
coisas”, o conhecimento social refere-se ás
convenções criadas socialmente.
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Convém destacar que os níveis das organizações práticas (sensório-motoras)
esse tipo de abstração consiste na coordenação dos esquemas. Tal mecanismo
também intervém no momento em que há representação por maio de imagens – a
criança pode evocar objetos e situações ausentes. Na esfera das operações
concretas, a abstração reflexiva apresenta-se sob as coordenações das ações do
sujeito, ações já interiorizadas e reversíveis, ou seja, operações.
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acrescentando ou subtraindo informações a esta aprendizagem, criando novas
estruturas de pensamento ou esquemas.
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herança genética. A criança passa, segundo a teoria do desenvolvimento cognitivo,
por estágios diferenciados na aprendizagem de acordo com sua maturação.
Dos sete aos onze anos aproximadamente, entra no estágio das operações
concretas, sendo capaz de perceber as variações, alterações de quantidades,
reversibilidade passando então para a aprendizagem formal aos doze anos, como já
dissemos anteriormente, este desenvolvimento intelectual varia de indivíduo para
indivíduo diante da faixa etária apresentada, porém todo desenvolvimento intelectual
atravessa por estas fases.
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palavras de José e Coelho (2002) para ser significativa, é necessário que a
aprendizagem envolva raciocínio, análise, imaginação e relacionamento entre ideias,
coisas e acontecimentos.
Observe que, a primeira escola que a criança entra em contato é a família, nela
aprende inconscientemente e retêm de forma marcante sentimentos, autoconceitos,
atitudes positivas e negativas, determinando grande parte do adulto que se formará.
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meninos foram descritos como mais impulsivos, agressivos, beligerantes, desafiantes
e opositores” (MARTINELLI, 2001, p.112).
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Para que a construção do pensamento lógico-matemático seja consolidada, a
criança deve relacionar a abstração empírica com a abstração reflexiva distinguindo
as partes do todo, deste modo construir o conhecimento físico para possibilitar a
elaboração do conhecimento matemático. Tomamos como ilustração uma criança que
ao ver um lápis azul, pode classificar a cor azul, e perceber que no lápis sua utilidade,
sua forma e tamanho distinguindo-o de outros objetos.
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os sete ou oito anos, para só então estender o pensamento levando-a a compreender
conceitos de adicionar, subtrair, dividir e multiplicar num contexto mais amplo da
matemática.
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REFERÊNCIAS
BARATOJO, José Teixeira. Matemática nas séries iniciais. 2. ed. Porto Alegre:
Sagra Luzzatto, 1998.
BOYER, C.B. História da matemática. São Paulo: editora Edgard Blucher, 1996.
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KIYUIKAWA, Rokkusaburo et all. Os elos da matemática. 1. ed. v. 1. São Paulo:
Saraiva, 1991.
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_______Refletir sobre o ensino da matemática. Nova Escola. Ed. Abril. 1998.
SMOLE, K. S. Novos óculos para a aprendizagem da matemática. Coleção
memórias da pedagogia, n.1., Ediouro: Rio de Janeiro, 2005. p. 34-41.
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MILICIC, N. Estratégias de tratamento para famílias de crianças com baixo
rendimento escolar. In: Scoz, B. J. et alii (org) Psicopedagogia: o caráter
interdisciplinar na formação e atuação profissional. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
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