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Título do Trabalho
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Universidade Aberta Isced
Faculdade de Ciências de Educação
Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática
Título do Trabalho
A avaliação formativa: o que é e como proceder?
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Índice
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 4
Objectivo geral .............................................................................................................................................. 4
Objectivos especificos ................................................................................................................................... 4
1. A teoria de desenvolvimento psíquico de Jean Piaget............................................................................... 5
2. Teoria de desenvolvimento Psíquico Segundo Piaget ............................................................................... 6
2.2.1. Conceito de Estágio de Desenvolvimento segundo Piaget.................................................................. 6
3. As implicações da teoria de Piaget para a educação ............................................................................... 11
Exercicios .................................................................................................................................................... 12
CONCLUSAO ............................................................................................................................................ 14
Referências .................................................................................................................................................. 15
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho foi elaborado por estudante do primeiro ano da faculdade de ciências de
educação curso de licenciatura em matemática delegação da beira e é referente a cadeira de
psicologia de educaçao e tem como tema de teoria de desenvolvimento psiquicode jean piaget e
suas implicacors no processo de ensino e aprendisagem. Para sua elaboração recorria manuais de
didáctica geral e algumas referências bibliográficas.
Objectivo geral:
Objectivos especificos:
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1. A teoria de desenvolvimento psíquico de Jean Piaget
O psicólogo suíço Jean Piaget parte do pressuposto de que os seres humanos nascem com
necessidade de se adaptarem ao meio ambiente. A adaptação “ocorre naturalmente à medida que
os organismos interagem com o ambiente”. Este processo expande automaticamente as
capacidades mentais. Por seu turno, o processo de adaptação é composto de dois processos
complementares: assimilação e acomodação.
1.1. Assimilação
Segundo RAPPAPOR (1981), Afirma que a assimilação é a tentativa do sujeito em “soluccionar
uma determinada situação, utilizando uma estrutura mental já formada, isto é, a nova situação, ou
o novo elemento é incorporado e assimilado a um sistema já pronto” Pode-se então entender que
a assimilação é o momento em que a criança actualiza um aspecto no seu repertório
comportamental ou mental.
Exemplo: a partir do momento em que a criança aprende a abrir uma porta, saberá fazer isso em
qualquer outra circunstância, ou se ela aprender o caminho da sua casa ao bazar, ela poderá ir
sozinha ao bazar quando a mãe solicitá-la. Isso significa dizer que ela assimilou o acto de abrir
uma porta ou o caminho da casa para o bazar.
1.2. Acomodação
Segundo (RAPPAPORT, 1981a). Diz o seguinte, pode acontecer que essa criança depare-se um
dia com uma porta que tenha uma fechadura diferente, na qual estarão presentes novos elementos.
Ela tentará agir com esta porta da mesma forma fez com a primeira e, certamente, não obterá
sucesso. Neste caso, estará a usar um processo de assimilação, a tentar resolver a situação, que é
nova, a partir de estruturas antigas E para abrir a porta, a criança deverá modificar suas estruturas
antigas e este processo Piaget denomina de Acomodação “a criação de novas estratégias ou sua
modificação ou combinação de antigas para lidar com algum desafio”. E no momento em que a
criança abre a segunda porta, diz-se que ela acomodou a ela, portanto, adaptouse a nova situação.
Os processos de assimilação e acomodação são complementares e estão presente ao longo de toda
vida do indivíduo, “por mais que um [professor] procure ater-se ao mesmo conteúdo e à mesma
metodologia (assimilação), algumas modificações serão introduzidas, em função da reação dos
alunos (acomodação)” (RAPPAPORT, 1981a: 58). E isso faz com que o processo de adaptação
seja dinâmico. Usa o termo esquema ou estrutura para designar “unidades estruturais móveis que
se modificam e adaptam”.
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2. Teoria de desenvolvimento Psíquico Segundo Piaget
Recorda-se que o desenvolvimento foi definido como sendo o conjunto de mudanças
progressivas que se operam nos aspectos físico-motor, intelectual e afevctivo-emocional e social
desde o nascimento até a idade adulta? A seguir vai estudar como é que Piaget define
desenvolvimento. O ponto de partida para a definição de desenvolvimento de Piaget é a
concepção de que o indivíduo aspira a adaptação às condições ambientais com base na
capacidade inata do pensamento. O ponto de partida para esta adaptação é actividade reflexa já
iniciada na vida intra-uterina que o bebé desenvolve desde o nascimento.
2.2. A acomodação, por sua vez, designa as modificações que as novas experiências provocam
nos esquemas ou estruturas existentes de modo que haja adaptação. Para que haja adaptação é
necessário que haja equilíbrio outra assimilação e acomodação. O desequilíbrio entre a
assimilação e a acomodação provoca conflitos em outros patamares de equilíbrio de nível
superior. Ao tentar dominar activamente o ambiente, o sujeito constrói estruturas e níveis
superiores de conhecimentos, a partir dos elementos já formados pela maturação e pelo meio.
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1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos)
Segundo Piaget, cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo consegue
fazer nessas faixas etárias. Todos os indivíduos passam por todas essas fases ou períodos, nessa
sequência, porém o início e o término de cada uma delas dependem das características biológicas
do indivíduo e de factores educacionais, sociais.
Portanto, a divisão nessas faixas etárias é uma referência, e não uma norma rígida.
Neste período, a criança conquista, através da percepção e dos movimentos, todo o universo que
a cerca.
Ao longo deste período, irá ocorrer na criança uma diferenciação progressiva entre o seu eu e o
mundo exterior. Se no início o mundo era uma continuação do próprio corpo, os progressos da
inteligência levam na a situar-se como um elemento entre outros no mundo. Isso permite que a
criança, por volta de 1 ano, admita que um objecto continue a existir mesmo quando ela não o
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percebe, isto é, o objecto não está presente no seu campo visual, mas ela continua a procurar ou a
pedir o brinquedo que perdeu, porque sabe que ele continua a existir.
Esta diferenciação também ocorre no aspecto afectivo, pois o bebé passa das emoções primárias
(os primeiros medos, quando, por exemplo, ele se enrijece ao ouvir um barulho muito forte) para
uma escolha afectiva de objectos (no final do período), quando já manifesta preferências por
brinquedos, objectos, pessoas etc. No curto espaço de tempo deste período, por volta de 2 anos, a
criança evolui de uma atitude passiva em relação ao ambiente e pessoas de seu mundo para uma
atitude activa e participativa. Sua integração no ambiente dá-se, também, pela imitação das regras.
E, embora compreenda algumas palavras, mesmo no final do período só é capaz de fala imitativa.
Neste período, o que de mais importante acontece é o aparecimento da linguagem, que irá
acarretar modificações nos aspectos intelectuais, afectivo e social da criança. A interacção e a
comunicação entre os indivíduos são, sem dúvida, as consequências mais evidentes da linguagem.
Com a palavra, há possibilidade de exteriorização da vida interior e, portanto, a possibilidade de
corrigir acções futuras. A criança já antecipa o que vai fazer. Como decorrência do aparecimento
da linguagem, o desenvolvimento do pensamento se acelera. No início do período, ele exclui toda
a objectividade, a criança transforma o real em função dos seus desejos e fantasias (jogo
simbólico); posteriormente, utiliza-o como referencial para explicar o mundo real, a sua própria
actividade, seu eu e suas leis morais; e, no final do período, passa a procurar a razão causal e
finalista de tudo (é a fase dos famosos “porquês”). E um pensamento mais adaptado ao outro e ao
real. Como várias novas capacidades surgem, muitas vezes ocorre a super-estimação da
capacidade da criança neste período. E importante ter claro que grande parte do seu repertório
verbal é usada de forma imitativa, sem que ela domine o significado das palavras; ela tem
dificuldades de reconhecer a ordem em que mais de dois ou três eventos ocorrem e não possui o
conceito de número. Por ainda estar centrada em si mesma, ocorre uma primazia do próprio ponto
de vista, o que torna impossível o trabalho em grupo. Esta dificuldade mantém-se ao longo do
período, na medida em que a criança não consegue colocar-se do ponto de vista do outro. No
aspecto afectivo, surgem os sentimentos inter-individuais, sendo que um dos mais relevantes é o
respeito que a criança nutre pelos indivíduos que julga superiores a ela. Por exemplo, em relação
aos pais, aos professores. E um misto de amor e temor. Seus sentimentos morais reflectem esta
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relação com os adultos significativos — a moral da obediência —, em que o critério de bem e
mal é a vontade dos adultos. Com relação às regras, mesmo nas brincadeiras, concebe-as como
imutáveis e determinadas externamente. Mais tarde, adquire uma noção mais elaborada da regra,
concebendo-a como necessária para organizar o brinquedo, porém não a discute. Com o domínio
ampliado do mundo, seu interesse pelas diferentes actividades e objectos se multiplica, diferencia
e regulariza, isto é, torna-se estável, sendo que, a partir desse interesse, surge uma escala de
valores própria da criança. E a criança passa a avaliar suas próprias acções a partir dessa escala.
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Estabelecer correctamente as relações de causa e efeito e de meio e fim;
Formar o conceito de número (no início do período, sua noção de número está vinculada a uma
correspondência com o objecto concreto). A noção de conservação da substância do objecto
(comprimento e quantidade) surge no início do período; por volta dos 9 anos, urge a noção de
conservação de peso; e, ao final do período, a noção de conservação do volume. No aspecto
afectivo, ocorre o aparecimento da vontade como qualidade superior e que actua quando há
conflitos de tendências ou intenções (entre o dever e o prazer, por exemplo). A criança adquire
uma autonomia crescente em relação ao adulto, passando a organizar seus próprios valores
morais. Os novos sentimentos morais, característicos deste período, são: o respeito mútuo, a
honestidade, o companheirismo e a justiça, que considera a intenção na acção. Por exemplo, se a
criança quebra o vaso da mãe, ela acha que não deve ser punida se isto ocorreu acidentalmente. O
grupo de colegas satisfaz, progressivamente, as necessidades de segurança e afecto. Nesse sentido,
o sentimento de pertencer ao grupo de colegas torna-se cada vez mais forte. As crianças escolhem
seus amigos, indistintamente, entre meninos e meninas, sendo que, no final do período, a
grupalização com o sexo oposto diminui. Este fortalecimento do grupo traz a seguinte implicação:
a criança, que no início do período ainda considerava bastante as opiniões e ideias dos adultos, no
final passa a “enfrentá-los”
Neste período, ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento formal, abstracto,
isto é, o adolescente realiza as operações no plano das idéias, sem necessitar de manipulação ou
referências concretas, como no período anterior. É capaz de lidar cora conceitos como liberdade,
justiça etc. O adolescente domina, progressivamente, a capacidade de abstrair e generalizar cria
teorias sobre o mundo, principalmente sobre aspectos que gostaria de reformular. Isso é possível
graças à capacidade de reflexão espontânea que, cada vez mais descolada do real, é capaz de tirar
conclusões de puras hipóteses. O livre exercício da reflexão permite ao adolescente, inicialmente,
“submeter” o mundo real aos sistemas e teorias que o seu pensamento é capaz de criar. Isto vai-se
atenuando de forma crescente, através da reconciliação do pensamento cora a realidade, até ficar
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claro que a função da reflexão não é contradizer, mas se adiantar e interpretar a experiência. Do
ponto de vista de suas relações sociais, também ocorre o processo de caracterizar-se, inicialmente,
por uma fase de interiorização, em que, aparentemente, é anti-social. Ele se afasta da família, não
aceita conselhos dos adultos; mas, na realidade, o alvo de sua reflexão é a sociedade, sempre
analisada como passível de ser reformada e transformada. Posteriormente, atinge o equilíbrio
entre pensamento e realidade, quando compreende a importância da reflexão para a sua acção
sobre o mundo real. Por exemplo, no início do período, o adolescente que tem dificuldades na
disciplina de Matemática pode propor sua retirada do currículo e, posteriormente, pode propor
soluções mais viáveis e adequadas, que considerem as exigências sociais.
2.3. A cooperação é uma capacidade que vai-se desenvolvendo ao longo deste período e será um
facilitador do trabalho em grupo, que se torna cada vez mais absorvente para a criança. Elas
passam a elaborar formas próprias de organização grupal, em que as regras e normas são
concebidas como válidas e verdadeiras, desde que todas as adoptem e sejam a expressão de uma
vontade de todos. Portanto, novas regras podem surgir, a partir da necessidade e de um “contrato”
entre as crianças.
2.4. No aspecto afectivo, o adolescente vive conflitos. Deseja libertar-se do adulto, mas ainda
depende dele. Deseja ser aceito pelos amigos e pelos adultos. O grupo de amigos é um importante
referencial para o jovem, determinando o vocabulário, as vestimentas e outros aspectos de seu
comportamento. Começa a estabelecer sua moral individual, que é referenciada à moral do grupo.
Os interesses do adolescente são diversos e mutáveis, sendo que a estabilidade chega com a
proximidade da idade adulta.
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certas habilidades, transformação dos alunos em “bons” cidadãos. Piaget não conflita com esses
objetivos, mas com a forma genérica como os sistemas de ensino tentam realizar estes objetivos.
Exercicios
Assinale a altrnativa correta
B) sensório-motor.
C) pré-operatório.
E) de equilibração
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Piaget compreende o desenvolvimento cognitivo como algo que contém uma dinamicidade;
a inteligência existe na ação, modifica-se numa sucessão de estágios, que compreendem uma
gênese, uma estrutura e a mudança destas. E, em relação às estruturas, em evolução
intelectual e cognitiva da criança, de todo o desenvolvimento mental, deve-se considerar, na
perspectiva de Piaget, a existência de fatores que colaboram para esse processo; são eles:
A) adaptação ao meio físico e social, relacionado com as experiências do indivíduo ao seu redor.
C) maturação biológica que depende do exercício, da experiência adquirida e ainda da vida social.
Gabarito
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CONCLUSAO
Foi bom ter feito o trabalho, pois serviu de mais um fundamento na área de psicologia de
educacao, durante o trabalho cheguei a conclusão de que: este tipo de teoria de desenvolvimento
psiquico de jean piaget e sua s implicacoes , uma vez que parte do pressuposto de que os seres
humanos nascem com necessidade de se adaptarem ao meio ambiente. A adaptação “ocorre
naturalmente à medida que os organismos interagem com o ambiente”. Este processo expande
automaticamente as capacidades mentais. Por seu turno, o processo de adaptação é composto de
dois processos complementares: assimilação e acomodação.
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Referências
DAVIS, Claudia e OLIVEIRA Zilma de. Psicologia na educacao. Cortez São Paulo, 1990.
DAVIDOF, Linda. Introducao a psicologia 3ed, são Paulo, Arimed Editora, 2001.
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