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O que faz o dragão verde funcionar em Minas Perdidas

de Phandelver?
Por: BrosEquis em
https://www.reddit.com/r/dndnext/comments/2e682e/what_makes_the_green_dragon_work_in_lost_mines_of/

Eu tenho pensado mais e mais sobre o que vou fazer quando meus PJs esbarrarem
nesse fiadaputa. Essa será, para 60% do meu grupo, seu primeiro encontro com um
dragão. Então terá que ser especial. Você nunca esquece a primeira vez. Os outros
40% do meu grupo são veteranos e sabem tudo sobre meus dragões. Eles sabem que
esses pequenas merdinhas verdes voadoras irão enrolá-los na conversa até que
estejam prontos para envolvê-los em seu sopro do amor com cheiro de amônia. Sim,
meus veteranos sabem (que) não (devem) acreditar em uma única palavra do que
essa coisa diz e a lógica precisa ser empurrada garganta abaixo dessa coisa até que
ela se engasgue enquanto você a enfraquece com magia, martelo, lâmina e flecha.
Mestres (GMs) tem uma obrigação moral em interpretar dragões da melhor forma que
podem. Dragões são metade do nome desse sistema. Eles não são algo que apenas
fica sentado em uma sala. Eles são memoráveis. Cada um deles.

Eu vou ser claro - Eu não estou tentando matar o grupo aqui, porém, Dragões verdes
são espertos, filhos-da-puta traiçoeiros que são basicamente impossíveis de aproximar
sorrateiramente. Esse é o MO (Modus Operandi) deles. Eles apreciam a paranoia,
lógica e o ouro. Enquanto os filhotes vermelhos estão ficando doidões no alto das
pilhas de ouro de suas mães, os pequenos bastardos verdes estão praticando sodoku
nos intervalos entre os estudos do Mestrado com House of Cards passando no fundo.
Eles são como aquela ex maluca com que você jurou nunca mais falar, e então depois
de algumas mensagens, a próxima coisa que você sabe é de estar dirigindo até a casa
dela às 3 da manhã.

Assim, a inteligência desse dragão é 16 caralho, e essa coisa ainda não é nem
madura o suficiente pra trepar. Essa é uma daquelas raras vezes que os jogadores
lutam contra algo que realmente irá usar táticas sobre eles. Essa coisa não vai lutar
como buchas de canhão dos Redbrands ou goblins que fogem quando seu líder é
esmagado. Essa coisa irá atrair o grupo, falar com eles até que seus buffs tenham
acabado, e uma vez que estejam agrupados todos juntos para um ataque de sopro...
vai fundo. Ele vai despedaçar os conjuradores. Ele vai focar no curandeiro primeiro,
então no mago e no arqueiro, e em seguida, por último, naquele lamentável pedaço de
carne humana balançando um machado que acredita que sabe o que a palavra
"nobreza" significa.

Os jogadores, cheios de vontade de serem heróis, desejarão investir em carga e cair


na porrada. O dragão quer ser o primeiro a acertar, então ele gostaria de pegá-los
desprevenidos. Ele deseja avaliá-los como uma ameaça assim como um possível
tesouro. Uma questão de custo x benefício. Ele não irá atacar até que tenha certeza
de que irá ganhar. Ele vê uma luta 50/50. ou uma luta na qual ele irá vencer mas a um
custo considerável ou com um risco de morte. Isso é algo que ele quer evitar. Uma
última opção. Então ele quer ter a vantagem com um bem colocado ataque de sopro...
assim ele vai brincar com sua comida. Pegá-los confusos e enfraquecidos para que a
batalha seja a de um lado só. o dragão, para esse fim, tentará e irá atrair os jogadores
com um acordo.

Pense em Smaug no filme O Hobbit. Como ele se move em seu covil, brincando com
sua presa. Esse dragão fará isso. Escalando ao redor do seu lar sobre ruínas de pedra
cobertas de hera. Eu estou tentando simular uma batalha como nesse épico confronto
com um dragão.
Deixe-o debruçado no alto interior da torre, pronto para atacar quando ele sentir o
primeiro cheiro fresco de humano, anão, elfo e halfling.

Aventureiros! Eu sei que você estão aí fora. Andaram falando com aquele druida, eu
suponho. Eu posso sentir seu odor imundo. Eu sei que o druida quer que eu parta.
Cobiçando meu tesouro. Sem dúvida, estou certo que vocês também o fazem. Então
se é uma batalha o que vocês querem, eu irei lhes proporcionar, no entanto, eu espero
negociar. Se valorizam suas vidas, vocês deveriam me escutar. Eu ofereço, como é o
costume humano, a bandeira branca da paz. Adentrem meu lar e nenhum mal lhes
será causado.

Quando os jogadores adentrarem, apresente-o resvalando torre abaixo para encontrá-


los... um movimento de desarme. Para mostrar que ele não é idiota, mas disposto a
expor a si mesmo para conversar e não tem intenção de feri-los. Ele tem que botar os
jogadores no meio da sala, e suas armas e escudos de lado. Os jogadores
provavelmente precisarão de mais confiança, então dê a eles algumas verdades. Não
toda ela. Só um gostinho.

A verdade é que essa batalha é mais equilibrada do que eu gostaria. Eu os destruiria,


mas seria forçado a lamber minhas feridas e, nesse período, ser um alvo ideal para o
ataque inevitável de minha meia-irmã! Talvez eu esteja inclinado a ser mal, conforme
seus próprios padrões, porém, não sou estúpido. Eu preferiria batalhas que posso
ganhar com vantagem esmagadora.

Faça-o parecer mais confiável ao tecer a discórdia contra o druida.

Eu estou quase cheio, nesse momento. Outro grupo tentou me matar recentemente,
compreendem? Eles não quiseram negociar. Pensaram que eu era um mentiroso.
Owh...... O druida não lhes contou sobre eles?

Por último ele inventará uma mentira sobre costumes dracônicos antigos.

Vamos deixar nossas armas de lado. Ser bem recebido ao lar de um dragão é um ato
de confiança e honra que nenhum dragão ousaria quebrar! Estou falando do rito
dracônico para convidados. (Talvez referencie antigos ritos humanos para convidados
como uma bastardização da cultura dracônica.) Que Tiamat puna aqueles que
burlarem esse rito!

Se os jogadores se aproximarem, durante as negociações, faça-o planar entre vários


pilares, enrolar-se ao redor deles, olhar os arredores, rodear o grupo. Mas não o faça
comportar-se como um predador. Faça-o parecer preocupado com coisas escondidas
na cidade e na floresta. Ele esconde suas manobras predatórias sob o disfarce de
proteção contra uma ameaça inventada: sua meia-irmã. Atente-se a destacar como ele
se move ao redor das velhas ruinas com graça sobrenatural. Seu domínio é bem
conhecido para ele. Interprete seu ato, faça-o dar quantidades extremas de
sinceridade e honestidade. Preocupe-se que os agentes de sua meia-irmã podem
estar próximos. Ele deveria ter aquela suave lábia e convicção do Hannibal Lector ou
"querida, está frio lá fora".

Existem mais dos seus espiões lá fora. Eu posso senti-los... eu devo sussurrar agora.

Os jogadores devem acabar ficando posicionados expostos no meio da sala.


Preferencialmente com o dragão bloqueando a única saída. Porém, não o faça prestar
atenção apenas em quão bem ele posicionou o grupo. Como se ele não pretendesse
fazer isso.

Sussurrando:

Compreendam - Eu preciso de um favor. Sim. Aproximem-se agora. Eu estou


oferecendo um acordo. Mais próximos. Eu tenho que falar baixo. Próximo daqui existe
outro dragão com um lar ainda melhor. O nome dela é Verslexia e aquelas aranhas lá
fora foram um dia seus espiões. Se vocês a matarem, eu, de bom grado, deixarei esse
lugar de uma vez por todas assim como todo meu tesouro. Sem problema algum. Eu
irei esquecer deste lugar e juro nunca mais voltar.

Mais uma vez, refira-se às motivações pessoais dos personagens e como o dragão se
compadece deles. Faça-os acreditar nele.
Mais conversa fiada sobre o druida e inventando mentiras sobre o mesmo.

Vejam bem... nós temos um acordo, eu e ele. Eu o ajudo mantendo afastada a


influência de minhas irmã. Ele me salva tempo de sair e caçar por tesouro e comida...
Ele envia grupos como vocês para discutir na esperança que eu vá embora daqui. Ou
eu ganho tesouros, ou uma proposta de um novo lar! Ele não pode me derrotar então
ele acaba indiretamente por matar aqueles estúpidos e os espertos me ajudam a
abandonar seu domínio! Owh... ele não falou sobre isso? É uma pena... sinceramente.
Parece que esses druidas amam mais a natureza que seus próprios irmãos. Eu
suponho que ele se preocupe menos com vocês do que vocês com ele! Isso me
lembra de acordos com meu próprio povo. Parece que o único acordo justo que pode
existir é aquele entre diferentes raças.

A qualquer momento, jogadores espertos ouvindo e participando em sua conversa


podem identificar algumas de suas mentiras e duplipensar. Ele fala termos
contraditórios dependendo de como a conversação está indo. Se os jogadores foram
hostis, ele promete abrigo seguro a eles em seu lar e eles tem sua palavra como
dragão. Algum tipo de rito dracônico para convidados. Dragões nunca mentem uns
aos outros. Em seguida ele dirá que dragões desconfiam uns dos outros de forma que
acordos justos só podem ser feitos entre raças diferentes! Se alguém mencionar essa
contradição. Ele tentará e combinará como essa regra foi criada devido a desconfiança
natural entre dragões e uma maldição de Tiamat que pune todos os dragões
cromáticos que a burlam. (Jogadores desejando descobrir se isso é uma mentira ou
checar os fatos podem fazê-lo.) Desvendar a farsa nesse ponto significa
provavelmente que seja hora de rolar iniciativa! O circo está armado e aquele jogador
deve ter vantagem por ter sido espertinho e percebido essa cilada... mesmo que eles
não estejam presos no meio dessa sala bem onde o dragão os queria. Do contrário...
ele tentará ser bem convincente.

Por favor, ouçam a mim! Eu preferiria não arriscar minha vida em uma missão como
essa ou deixar meu tesouro desguardado. Eu sei que esse lugar atrairia a atenção de
aventureiros. Estava tudo planejado! Eu juro pelos deuses, meus e vossos. Ela vive na
floresta abaixo de uma cripta a 10 milhas daqui… seu nome é Verslexia. Ela é minha
meia-irmã. Aproximem-se e eu lhes darei um mapa!

Uma vez que os jogadores estejam todos juntos com armas abaixadas, todos aqueles
dentro do ataque de sopro:

Percebem? (A face do dragão já não contem mais o seu sorriso!) Obrigado por
acreditarem em mim, refeição!
Rolem iniciativa!

O dragão verde ruge! Expondo uma bola de veneno rapidamente criada em sua boca.
O cheiro de cloro e (substâncias) químicas voláteis atinge seus rostos seguido por
uma perversa nuvem de destruição ácida!

Hora do sopro! Teste de salvaguarda de constituição contra 12d6 de dano de veneno,


todos ‘cêis!

Bom jogo aventureiros de nível 3.

Extras:
(Considerando o herói do povo/esquema da cidade)

Ahh. Você era deste lugar. Árvore Trovão ela era chamada? Entendo. Eu imagino que
meu lar nesse lugar é um insulto aos seus gostos. Ao seu senso de orgulho cultural.
Por isso, eu sinto muito. Você não poderia ser maior que um recém chocado naquela
época! Parece que eu subestimei a memória e ambição humana. Você e eu dividimos
motivações similares! Bem, você pode recuperar a sua cidade! Você pode até mesmo
fingir que “me colocou pra correr com heroísmo”. Caso qualquer aventureiro me
encontre em meu novo lar... eu de bom grado estou disposto a confirmar isso... qual
seu nome mesmo, carnal? Dê um jeito na minha irmã e então nós poderemos
conversar sobre como eu deveria contar a história de como você me fez correr de
Árvore Trovão!

inuvash255
Obrigado de novo por isso!
Eu finalmente narrei essa parte esta noite, e foi muito divertido!
Meus jogadores (em toda sua sabedoria) tentaram dar ao dragão um presente em
ouro e vinho (ou, secretamente, água envenenada com um pouco de um terrível
Veneno Concentrado que eles encontraram algum tempo atrás), e ofereceram uma
mensagem de aviso de que uma cidade próxima o queria morto. O dragão recebeu a
mensagem de surpresa e pareceu preocupado. Ele perguntou (e obteve) seus nomes,
de onde vinham, e alguns dos nomes de suas facções.
O dragão de bom grado aceitou suas oferendas, e, devido a hospitalidade dracônica,
ofereceu-se para dividir o “vinho” com eles. Eles mesmos encheram alguns copos, e
ela um copo, então tentaram furtivamente purificar os seus. Para seu completo
desespero, o dragão pediu ajuda para que bebessem do dela. A barda deu um passo
à frente e virou a mistura em sua boca. Ela sentiu o gosto da bebida e revirou sua
língua enquanto ouvia sobre um punhado dos ingredientes que faziam parte daquele
veneno. A barda então regurgitou, “Eu não acho que o veneno esteja funcionando...”
(ou algo do tipo para aquele efeito, o que eu tomei como algo dito pela personagem).
Mais surpresos que assustados, ela deixou a barda fora do seu alcance, e voou até
um pilar próximo à sua pilha de ouro para questioná-los ainda mais.
De lá, ela meditou em deboche sobre o veneno, e perguntou suas motivações. O
grupo explicou que eles deveriam fazê-la se mudar do seu lar. Quando eles
perguntaram porquê ela vivia alí, ela lhes contou uma história triste sobre sua irmã.
Verslexia, que a expulsou de sua antiga residência. Ao mesmo tempo, ela estava
sendo cortes e acolhedora, e tentando fazê-los ficar um pouco mais próximos.
Ele conseguiu botar o Clérigo, o Paladino, e um Monge PdM bem próximos para falar
com ele. Ela estava esperando para que os outros se aproximassem, porém, o Clérigo
tomou a iniciativa com um Guiding Bolt (ao que ela imediatamente respondeu com um
Sopro de Veneno a todo poder, que derrubou o Monge e o Clérigo, e quase derrotou o
paladino também).
Pra botar lenha na fogueira, ela rolou um 20 na iniciativa, quando todos os outros
rolaram abaixo de 10. Com sua ação final (como em um ensaio) ela fez o clérigo de
refém. Meu deus, eles imploraram. Eles discutiram cada alternativa que ´poderiam
para tentar argumentar ou barganhar com o dragão, até que o ladino correu até atrás
das suas costas e pegou o dragão com um ataque furtivo, dando início a um encontro
extremamente mortal.
O clérigo foi muito sortudo nos seus testes de salvaguarda de morte, conseguindo
sobreviver ao golpe de misericórdia do dragão. No final, ninguém do grupo morreu.
Entretanto, o dragão escapou (com uma sopro de dragão rasante que colocou o druida
e o bardo na zona de perigo), e voou até suas atuais cidades natais onde soprou muito
cloro no pobre povo da cidade.
Quando o grupo retornou, a cidade estava enfrentando perdas graves já que ela não
tivera uma força adequada de batalha para afastar o ataque do dragão. Semana que
vem, a equipe vai tentar reunir uma milícia capaz de proteger a cidade quando a
merda tocar no ventilador.
No fim das contas, foi um enorme sucesso!
Como uma nota, minha frase favorita de todo jogo foi “O dragão foi mais esperto que
nós três vezes, e agora você está tentando lhe enganar?!”

BrosEquis
Pareceu adequado aos gostos acadêmicos do mago. Implorar que ele ouça à lógica.
(O que é hilário já que a lógica vai mata-lo.) Ele perguntou o que ele mais queria e se
ele poderia dá-lo. Ele prometeu de tudo se eles: A.) se aproximassem, abaixassem
suas armas e conversassem B.) Como um incentivo para ir nessa mentira de “mate
esse outro dragão”. Castelo Cragmaw? Ele conhece um jeito secreto de entrar nele.
Ele conhece o local das minas perdidas. Ele sabe quem o Aranha Negra é. Ele sabe
se Grundrem está vivo. Ele irá literalmente mentir sobre qualquer coisa que acredita
das quais pode se aproveitar.
Ele apelou ao sentimento ordeiro do clérigo, de casa, lealdade, honra e dignidade. Ele
poderia dizer que ele era um soldado e longe da sua casa por muito tempo. Como
esse anão deveria sentir saudades da sua montanha natal. O som das forjas. Como
aquilo poderia ser solitário. Ele explicaria como um covil é o lar de um dragão e muito
estimado... QUASE tão importante como a montanha natal de um anão. Se você
pudesse me ajudar com um novo lar.
Ele apelou ao halfling, estudando suas motivações. Ele provavelmente em certo
procurava por riquezas (prometeu dividir o tesouro de sua irmã), vingança (ele disse
que sua irmã constantemente tentava mata-lo no ninho e poderia compreender), custe
o que custar.
Não tenho certeza como ele apelaria ao menos brilhante guerreiro nobre. Ele
provavelmente seria teimoso. Ele também apelaria aos outros membros do grupo para
restringir seus instintos de guerra. O guerreiro quer civilizar Phandalin. Talvez o
dragão possa prometer evitar rotas de comércio ao sul. Certificar-se de que lhe seja
feito rei da cidade com ameaças! Aparecer na cidade somente para que ele em
pessoa o mande de volta de onde veio, somente como uma exibição de heroísmo!
Ele adoraria prometer recontar como eles mataram um dragão, e ainda afastaram
outro.

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