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metodologias ativas de ensino

As metodologias ativas de ensino inserem o aluno como o personagem central


e o professor tem o papel de orientador e de expectador, por assim dizer.

Esse modelo de ensino tem o objetivo fazer com que o aluno tenha um papel
mais ativo, agindo de forma interativa no processo de aprendizagem. Mas ela
não existe por acaso, sendo que o foco dela é em alcançar os objetivos
educacionais apontados.

O surgimento dessa metodologia de ensino ocorreu devido a nova era qual


vivemos hoje: a era digital, a qual provocou mudanças no modo como o ser
humano se comporta e interage com outras pessoas.

E ela contribui para gerar resultados positivos tanto para os discentes quanto
para os docentes também, pois o professor agora consegue maior participação
e atenção dos alunos em suas aulas.

Existem diversos modelos de metodologias ativas de ensino que viabilizam o


envolvimento ativo do aluno no processo pedagógico e a seguir estaremos
falando sobre algumas delas.

Modelos de metodologias ativas de ensino

Um dos modelos mais utilizados de metodologia ativa de ensino é a chamada


“Problem Based Learning – PBL” conhecida em português como
aprendizagem baseada em problemas.

Como o próprio nome diz, O PBL é um modelo de metodologia usada em sala


de aula que incentiva o aluno a investigar, fazer reflexões e a criar, ante
problemas que lhes são expostos com o objetivo de resolvê-los. E o aluno
pode utilizar diferentes recursos para isso.

Um outro modelo usado é a sala de aula invertida (flipped classroom). Esse


modelo consiste em que o aluno estudo o conteúdo em casa e ele deverá ser
debatido em sala e aula.

Ainda falando desse modelo acima, nele o aluno pode, inclusive, ter acesso
pela internet ao tema a ser debatido em sala, ou seja, a tecnologia é utilizada
para conceder um conhecimento prévio ao aluno, o que contribui para que o
processo de aprendizagem seja otimizado.

A importância das metodologias ativas de ensino


Um dos principais benefícios das metodologias ativas de ensino é que elas
incentivam os alunos a pensar fora dos padrões tradicionais, instigando sua
criatividade e capacidade de solucionar problemas em sala de aula.

No entanto, ainda existe muitos outros benefícios que tornam o uso dessas
metodologias importante, tais como desenvolver seu senso crítico,
responsabilidade e capacidade de colaboração, entre muitos outros.

Para confirmar a eficácia do uso dessas metodologias, temos como referência


a teoria do psiquiatra William Glasser, onde ele explica que as pessoas
geralmente adquirem conhecimento:

– 10% quando estão lendo;

– 20% quando estão escrevendo;

– 50% quando vendo e ouvindo;

– 70% quando participam de debates com outras pessoas;

– 80 % quando praticam;

– 95 % quando passam a ensinar sobre o tema (uma maneira eficiente de


assimilar o conteúdo que foi aprendido).

Com isso podemos concluir que as metodologias ativas de ensino realmente


constituem-se em meios eficientes de melhorar o processo de aprendizado.

Algo muito importante de mencionar aqui é que o professor deve ser orientado
a fazer uso desse recurso de maneira sistemática e também incentivar os
demais professores a adotarem essa metodologia também.
ESTRATÉGIAS DE ENSINO PARA A SALA DE AULA

Professor, você tem enfrentado dificuldades para atrair a atenção dos alunos?
Veja algumas estratégias de ensino que podem te ajudar a mudar esse
cenário.

estrategias de ensino

O mundo mudou desde “a nossa época de escola”! Base familiar, avanços


tecnológicos, diferentes perspectivas das novas gerações. São inúmeras
questões que vêm contribuindo para as mudanças no cenário educacional.

Você tem lidado, dia após dia, com os desafios em sala de aula? Sabe bem
quais são as dificuldades de atrair e manter a atenção dos alunos, não é
mesmo? Sabe o quanto é cansativo e frustrante enfrentar o desinteresse e a
desmotivação dos estudantes.

Sabemos que, hoje, os professores perdem muito tempo em sala de aula


apenas tentando manter a ordem. Enquanto isso, o conteúdo que deveria ser
trabalhado nas disciplinas, não é devidamente explorado.

Para estimular os alunos a uma participação mais ativa durante a aula, você
pode utilizar certas estratégias de ensino.

As estratégias de ensino vão despertar o interesse dos alunos, facilitar a


absorção de informação, estimular a reflexão e a construção de saberes.

O que são estratégias de ensino?

As estratégias de ensino são técnicas que utilizam diferentes meios e


condições para favorecer a aprendizagem.

São técnicas que você deve usar para que os alunos se apropriem de novos
conhecimentos com mais facilidade.
Diante de tantas distrações, e da pluralidade de informações externas que
chegam aos alunos diariamente, você precisa ser um verdadeiro estrategista
para que a aula os mantenha interessados.

Para colocar em prática as estratégias de ensino, você precisa conhecer seus


alunos, considerar a dinâmica da turma, estudar e selecionar os métodos
apropriados.

Claro que, aplicar diferentes estratégias de ensino significa sair da zona de


conforto. Isso vale tanto para o professor quanto para os estudantes. Todos
estamos habituados aos métodos expositivos com transmissão de conteúdos
definidos.

Assistir aulas e ouvir a palestra do professor, já não é garantia de que o aluno


aprenda. Especialmente para alunos do ensino fundamental, que precisam de
métodos de aprendizagem mais dinâmicos e diversificados.

Agora, veja 8 diferentes estratégias de ensino que podem transformar a


participação dos alunos nas suas aulas.

8 estratégias de ensino para obter melhores resultados em sala de aula

1. Aula expositiva dialogada

Com base nessa estratégia de ensino, você expõe o conteúdo com o apoio da
participação ativa dos alunos. Para isso, você pode direcionar um
conhecimento prévio, incluindo material de apoio ou sugestão de
vivências/atividades para os estudantes se prepararem em casa.

Nesse método, você leva os alunos à interpretação, questionamento,


assimilação com fatos da realidade e discussão do tema proposto. Isso suscita
nos estudantes a análise crítica, em contraposição à passividade intelectual.

Como a exposição oral pode ser algo difícil e embaraçoso para alguns alunos,
você pode sugerir a participação também por outros meios, como sínteses
escritas e formulação de perguntas.

Em resumo, a aula expositiva deixa de ser um monólogo, e o aluno interage


com o professor.

Ex: Na aula anterior, oriente os alunos sobre o tema que será abordado.
Durante a explicação do conteúdo, questione os estudantes sobre suas
experiências e opiniões a respeito do tema.

2. Trabalho em grupo
Essa é uma técnica já conhecida, onde os estudantes se reúnem em grupos
para analisar e discutir os conteúdos sugeridos.

Esse tipo de trabalho conduz os alunos à reflexão analítica, interpretação,


consideração de diferentes hipóteses e explicação das conclusões.

Ex: divida a turma em grupos de 4 a 6 pessoas (um bom número para que
todos manifestem sua opinião) e determine um tempo para discussão. Em
seguida, oriente todos os grupos a comunicarem suas conclusões para o
restante da sala.

3. Dinâmicas e brincadeiras

Brincadeiras e dinâmicas, como estratégias de ensino, ajudam a mobilizar os


alunos, quebrar a monotonia e promover interatividade.

Importante, é claro, que as dinâmicas tenham um objetivo relacionado com


temas discutidos em sala de aula.

Além de proporcionar um momento de descontração e entrosamento, o intuito


principal é facilitar a aprendizagem.

Ex: Com base no assunto que será abordado, pesquise e prepare uma dinâmica
breve para o início da aula. Assim, os alunos mudam o foco das informações
anteriores e “entram no clima” do tema proposto.

4. Novas tecnologias

O uso de smartphones e tablets em sala, muitas vezes, prejudica o bom


andamento da aula, não é mesmo? Você já deve estar habituado a dividir a
atenção dos estudantes com os aparelhos eletrônicos.

Mas isso pode ser revertido ao seu favor. O uso das TICs (Tecnologias de
Informação e Comunicação) em sala de aula também pode ser favorável para
a aprendizagem.

Ex: Você pode criar quizzes personalizados online, com conteúdos


relacionados às matérias da sua aula. Existem plataformas onde você cria
questionários online grátis e pode disponibilizar para os seus alunos em sala.

5. Resolução de problemas

A partir dessa estratégia de ensino, você propõe uma situação-problema e


direciona os estudantes à reflexão, análise crítica, levantamento de hipóteses e
argumentação para solucionar o problema proposto.
Ex: No início da aula, você simula um problema sem resposta óbvia, e orienta
os alunos a se concentrarem na aula para encontrar uma solução para o
problema apresentado. Ao final da aula eles devem apresentar as possíveis
soluções.

6. Júri simulado

Nesse método, você faz a simulação de um júri em sala de aula, propõe um


problema e divide a turma em dois lados: defesa e acusação.

Depois de um tempo determinado, você inverte os lados de acusação e defesa


para que os alunos se coloquem diante das duas diferentes perspectivas.

Os estudantes são levados a assumir um posicionamento, a refletir sobre os


diferentes lados de uma mesma situação e formular o pensamento crítico.

Ex: Você pode criar uma história ou levantar um tema polêmico (respeitando
a idade e o entendimento da faixa etária dos seus alunos). Deve ser um
assunto que favoreça a argumentação e o debate.

7. Tempestade de ideias

Tempestade de ideias, tempestade cerebral ou Brainstorming, é uma estratégia


de ensino que estimula a formação de idéias novas.

A partir de uma imagem ou frase, por exemplo, a imaginação deve fluir, de


forma natural e espontânea.

Aqui, não existe certo e errado, tudo é levado em consideração.


Posteriormente, cada aluno é convidado a explicar seus pontos de vista.

Esse tipo de atividade impulsiona a criatividade, a suposição e a imaginação.

Ex: Elabore uma frase e peça aos alunos para completá-la, cada um com uma
ideia diferente.

8. Fórum

No fórum, os alunos se reúnem e debatem sobre um determinado tema. Todos


os participantes devem apresentar suas opiniões. Esse tipo de estratégia de
ensino mobiliza habilidades como: capacidade de síntese, argumentação,
observação e senso crítico.

Ex: O material de apoio pode ser um filme, um artigo, uma notícia, um fato
histórico, um assunto atual, etc.
E você, já utilizou alguma das estratégias de ensino acima? Como os seus
alunos interagiram? Quais impactos isso ocasionou na aprendizagem e
motivação dos seus alunos?

Autodisciplina e Indisciplina na sala de aula e na vida

Já ouviu falar em autodisciplina? O que é


indisciplina para você? O que torna um aluno indisciplinado?

Estas questões são mais amplas que supomos, e sua discussão já foi assunto de
muitos teóricos e filósofos da educação, porém sua solução envolve
conceitos simples de autodisciplina, ou governo de si mesmo.

Mas o que é a autodisciplina?

Conforme o dicionário:

1. ato ou efeito de autodisciplinar-se.

2. capacidade de se impor disciplina.

É a capacidade de autogovernar-se no que refere-se as suas emoções, dominá-


las visando alcançar um objetivo maior.

Quando pensamos em “ indisciplina na escola” logo vem à nossa mente


aquela criança inquieta, agitada, que recusa-se a fazer algo que NÓS
queremos.

E quando pensamos em “ disciplina” o que vem a nossa mente? O oposto:


uma criança ou um jovem sentado, quietinho, concentrado no que NÓS
queremos que ele faça.
Nos dois casos vemos a disciplina ou indisciplina como algo externo à pessoa,
sempre atrelado ao ambiente que a cerca. Muitas vezes acreditamos que a
disciplina tem a ver com o ambiente e por esta razão, achamos que basta
organizar o meio ambiente para que a disciplina ocorra.

Isso é um erro ! Pois enquanto os ambientes são controláveis, as pessoas que


estão nele não são. Não cabe a NÓS controlá-las, mas ensiná-las a ter
autogoverno de si mesmas.

O Autogoverno é uma regulação interna que precisamos ter de nós mesmos e


das nossas emoções. Não podemos nos deixar ser guiados por nossas
emoções pois isso nos torna vulneráveis aos revezes das situações e
circunstâncias.

Sem a autodisciplina ficamos a deriva das circunstâncias, pois nossas emoções


são “burras”, sem medida ou limites. As emoções não medem causa e
consequências pois quem faz isso é a razão.

Para que venhamos a desenvolver a autodisciplina devemos trabalhar o


conceito de causa/consequência, os resultados que esperamos alcançar e isso
nos conduz a outros tipos de comportamentos e sentimentos. Ficamos mais
centrados e o ambiente não tem mais força para nos tirar do eixo.

A autodisciplina é algo que pode, e deve, ser aprendido, mas para isso a
criança ou o jovem devem ser ajudados a superar as frustrações, a controlar
ímpetos egoístas e imediatistas de ter algo a qualquer custo e a qualquer hora.

Neste sentido, no lugar do imediatismo e descontrole emocional que acaba


resvalando na dita “ indisciplina”, deve ser almejado desenvolver e nutrir a
resiliência que devemos ter frente a vida e as situações que nos serão
apresentadas no dia a dia.

Infelizmente as crianças e os jovens de hoje estão crescendo com graves


aleijões emocionais, deformados no seu autogoverno, pequenos na sua
resiliência, pois são incapazes de gerir a própria vida e tornarem-se pessoas
completas. Aleijões emocionais tornam-se ao longo da vida aleijões sociais.

Sofremos na sala de aula quando recebemos crianças e jovens sem senso de


autogoverno ou autodisciplina.

Geralmente as famílias acham que a criança desenvolverá isso sozinha e a


deixa à mercê do próprio ambiente que cuidará desta questão, outras vezes a
família está contribuindo para que estas situações sejam potencializadas, pois
em muitos casos a própria família é o problema e na falta de um modelo
saudável a criança ou o jovem tem como modelo uma família disfuncional.
Boa parte das crianças e jovens que chegam até nossas salas de aula não
sabem o que é ser resiliente ou ter o governo de si mesmas. Cabe a nós,
Educadores ajudá-las em fornecer os elementos, estratégias e recursos para
que esses jovens desenvolvam e sejam estimulados a crescer enquanto pessoas
completas por meio do conhecimento e autodisciplina de suas emoções.

A Autodisciplina na Escola:

1. Autodisciplina e Trabalho em Grupo

Propiciar trabalhos em grupos é uma boa alternativa para desenvolver e


estimular a autodisciplina, já que em um grupo há regras sociais que precisam
ser respeitadas. Como é intrínseco para o ser humano a busca da aceitação do
outro, o fato de estar em um grupo possibilita que certas regras sejam
internalizadas e haja um domínio das emoções e mudanças de
comportamentos.

2. Autodisciplina e organização da rotina de tarefas

O Professor pode contribuir, e muito, para o desenvolvimento da


autodisciplina dos alunos quando organiza uma rotina de tarefas a serem
executadas naquele dia. Isso propicia um senso de começo, meio e fim e
portanto, evita que haja estress por parte dos alunos por não saberem o que os
espera. Quando conhecemos o que está por vir fica mais fácil praticar a
autodisciplina.

3. Autodisciplina na transição das aulas:

O caos de toda escola ocorre, geralmente, na transição das aulas. Esses


momentos seriam facilmente equacionados se todos os alunos tivessem
autodisciplina de suas emoções, e portanto, apresentariam comportamentos
diferentes dos que vemos atualmente.

Então que tal organizar este momento de transição propondo aos alunos
tarefas a serem executadas na transição ? Por exemplo: sempre que ocorrer a
transição o Professor que está saindo deixa uma tarefa para a sala realizar até a
chegada do próximo Professor.

Exemplo de Tarefa:

– organizar as carteiras em semi-circulo

– quando chegar a próxima transição a organização das carteiras será dois a


dois

– quando o próximo chegar a organização das carteiras será em fileira, etc


Ou seja, cada Professor que sair deixa uma tarefa para a chegada do próximo.
No exemplo acima, a tarefa envolvia a arrumação de carteiras, mas você pode
escolher outra tarefa que toda a sala pode realizar em poucos minutos,
evitando assim a bagunça nos corredores e reforçando responsabilidades para
todo o grupo.

Características da autodisciplina:

Ter autodisciplina, ou auxiliar nossos alunos a desenvolvê-la não é uma tarefa


fácil e nem rápida. Por isso procure desenvolver as características abaixo, pois
elas irão te levar mais perto de alcançar a autodisciplina ou o governo de si
mesma:

– Aceitação: Aceitar que você é um ser humano em construção e que


portanto, precisa de direção, ser guiado, senão a todo instante você será
lançado em várias direções que serão opostas aos objetivos que você precisa
atingir. Por isso preste atenção às coisas que estão tirando você do caminho.

– Força de Vontade: A força de vontade é algo que retiramos de um objetivo


maior nas nossas vidas. Um projeto, um sonho, uma meta. Os motivos do por
quê lutamos ou perseguimos algo é o que nos motiva a ir em frente. Procure
buscar de onde você retirará esta motivação para perseverar.

– Esforço: Quando caminhamos em busca de algo precisamos colocar a nossa


vontade ao nosso serviço, e esta ação nos leva a dirigir nossos esforços de
maneira mais focada. Pessoas que tem autodisciplina esforçam-se mais.
Preguiça e procrastinação não fazem parte do vocabulário.

– Diligência: Ser aplicado, cuidadoso e estar pronto para realizar algo é uma
das características das pessoas que tem autodisciplina.

– Persistência: Sabe quando aparece aquela vontade de desistir e jogar tudo


para o alto? Pois é neste momento que precisamos de uma carga EXTRA de
vontade, EXTRA de esforço, EXTRA de diligência.

Essa carga extra é a persistência. Instile isso em você. Pois pessoas com
autodisciplina sempre atingem as suas metas e objetivos porque PERSISTEM.
Podem até cair, mas levantam-se e começam tudo de novo se for preciso.

Então, se você enquanto Professor ainda não é uma pessoa autodisciplinada,


que estas orientações possam lhe ajudar a desenvolver estas características,
pois só assim você poderá ajudar também os seus alunos a terem
autodisciplina.

Quem ganha com tudo isso? VOCÊ, VOCÊ e VOCÊ.


Planejamento Escolar: Plano de Ensino

O Plano de Ensino consiste na organização do processo de trabalho a ser

desenvolvido no ano letivo em curso, em


cada turma e em cada disciplina específica. Deve considerar os pressupostos
estabelecidos no PPP , os Parâmetros Curriculares Nacional (PCN) e Temas
Transversais.

Sua elaboração é da competência do professor responsável pela disciplina ou


pela turma, e deve ocorrer assim que o docente conhecer quais são as suas
turmas.

Dimensão Legal: De acordo com o Artigo 13, LDB, o plano de ensino


deve ser feito pelo docente.

Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:

I – participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de


ensino;

II – elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta


pedagógica do estabelecimento de ensino;

III – zelar pela aprendizagem dos alunos;

IV – estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor


rendimento;

V – ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar


integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional. (Grifo Nosso)
Requer que o Professor tenha conhecimento prévio do Projeto Político
Pedagógico, pois será o Plano de Ensino que viabilizará o desenvolvimento do
PPP.

O Plano de Ensino é o documento que organiza o ensino-aprendizagem em


sala de aula por registrar o que se pensa fazer (de acordo com o PPP), como
fazer, quando fazer, com o quê fazer e com quem fazer.

O Plano de Ensino é o registro escrito, sistematizado e justificado das decisões


tomadas pelo docente. Auxilia na organização do tempo e materiais utilizados,
permite uma avaliação do processo de ensino e aprendizagem, bem como
possibilita compreender a concepção de ensino e aprendizagem e de avaliação
do docente; e ainda pressupõe a reflexão da prática educativa.

No processo de elaboração do Plano de Ensino, é imprescindível que cada


professor considere as características de cada turma, os conteúdos específicos,
o nível de rendimento esperado dos alunos, as diretrizes e orientações
curriculares emitidas pela Secretaria de Estado de Educação e, claro, o Projeto
Pedagógico da Escola.

Para o conhecimento das características dos alunos, o professor pode consultar


os relatórios de sua vida escolar, preenchidos pelos professores do ano
anterior, e complementar esses dados com uma avaliação diagnóstica que ele
desenvolverá logo no início do ano letivo.

Cada disciplina possui sua especificidade. Cada conteúdo, em função da sua


natureza, exige tempo, estratégias e formas de abordagens diferentes. O
respeito a essas características implica que seja dado a cada conteúdo o
tratamento adequado às suas peculiaridades, como a duração e o ritmo dos
fenômenos a serem estudados.

O Plano de Ensino deverá romper com a tradicional linearidade, reforçando-se


a transdisciplinaridade e poderá ser elaborado coletivamente pelos Professores
de cada ano de escolaridade ou de cada disciplina, com o apoio e orientação
dos Especialistas.

Mas como atingir esse objetivo? O que vemos são Planos de Ensino que mais
parecem caminhar em direções opostas, dificultando o trabalho de
acompanhamento por parte do Coordenador que sofre um enorme desgaste ao
tentar “ decifrar” cada Plano que recebe .
Os principais motivos que contribuem para isso é porque os Planos de
Ensino são:

– desorganizados: as informações contidas nos Planos de Ensino geralmente


são desorganizadas pois estão todas misturadas em um discurso onde falta
clareza ;

– confusos: os Planos não contemplam tudo e não oferecem uma visão clara
do que o professor realizará ao longo do ano e quais objetivos ele pretende
alcançar com cada turma;

– desarticulados: Os Planos não estão articulados com o Planejamento


Escolar e por esta razão caminham em direções opostas;

– individualistas: os Planos não “ conversam” entre si, não apresentam


pontos de contato que possibilitem a prática da interdisciplinaridade e o
desenvolvimento de Projetos conjuntos, pois cada tema/conteúdo é ensinado
de forma desconexa .

Para que as metas de aprendizagem sejam atingidas ao longo do ano é


necessário que os Planos de Ensino caminhem na mesma direção e para isso
será necessário que você enquanto Gestor/Coordenador dê o “ tom”, forneça a
direção de como eles serão elaborados.

O Plano de Ensino apropriado deverá conter pelo menos os seguintes


elementos:

– definição das Expectativas de Aprendizagem para cada segmento

– definição do Sistema de Avaliação dos Alunos

– detalhamento do Trabalho de Inclusão

– definição de um modelo de Recuperação Paralela, Contínua e Final

Por esta razão faz-se necessário que a Escola tenha um Modelo de Plano de
Ensino que contemple não apenas os elementos acima, mas também possa
articular-se com os demais Planos de Ensino para o desenvolvimento de um
trabalho multidisciplinar.

Neste quesito o Gestor/Coordenador tem papel primordial, já que compete a


ele ter uma visão sistêmica do trabalho pedagógico a ser desenvolvido por
toda a Equipe de Professores.
No intuito de facilitar o período de Planejamento Escolar para o Coordenador,
tanto nas Escolas Públicas quanto Particulares, é que o SOS Professor
desenvolveu a Série entitulada Guias de Planejamento Escolar cujo objetivo
é orientar cada Escola na elaboração, construção e execução do
Planejamento Escolar em cada etapa do processo.

CONHEÇA OS GUIAS DE PLANEJAMENTO AQUI

Para que você se situe a organização dos Guias ficou conforme abaixo:

– Guia Prático do Coordenador – Pré Planejamento

– Guia Prático do Coordenador – Plano de Ensino

– Guia Prático do Coordenador – Semana Pedagógica

– Guia Prático do Coordenador – Implementação do Planejamento Escolar

E o seu Plano de Ensino o que está faltando ? Comente e compartilhe suas


ideias.

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VIDEOS COM DICAS DE PLANEJAMENTO ESCOLAR:

VIDEO 1 PLANEJAMENTO ESCOLAR: COMO FAZER ?

VIDEO 2 – ETAPAS DO PLANEJAMENTO ESCOLAR

VIDEO 3 – DÚVIDAS DE PLANEJAMENTO ESCOLAR

Mantendo Todos os Alunos Focados nas Tarefas


Você consegue manter todos os alunos focados nas tarefas? Uma das
coisas mais difíceis para professores novos ou veteranos é saber
como injetar ritmo e propósito nas lições, bem como adequá-las às
necessidades dos alunos mais lentos da classe, para que todos os
alunos permaneçam focados nas tarefas.

Incutir o ritmo adequado sempre foi um componente importante de uma aula


bem sucedida, particularmente com os grupos de alunos com alto
desempenho que são mais do que capazes de lidar com pelo menos uma hora
de desafios intensos e diversificados. Estes alunos se destacam nas tarefas que
exigem mais trabalho, pois conseguem ser expostos aos mais diversos níveis
de complexidade e isso é extremamente benéfico pois conseguem alcançar
novos pontos de aprendizagem , ampliando seus conhecimentos com novas
idéias e conceitos.

É extremamente tentador pensar em uma aula com um “ritmo implacável”’,


em que os alunos estejam constantemente envolvidos e produtivos o tempo
todo e focados nas tarefas, pois para o professor isso é sinônimo de uma
experiência de aprendizagem bem sucedida.

Tenho observado numerosas atividades em que os alunos estão “ em


constante agitação e movimento”, onde mal tem tempo de respirar antes da
próxima lição. No feedback que dou ao Professores, costumo elogiá-lo nos
seus esforços e na qualidade das atividades dadas aos alunos, mas, em
seguida, eu os questiono quanto ao seguinte aspecto que quero que reflitam:
Quais foram as oportunidades que você propiciou aos seus alunos para que
eles pudessem avaliar e refletirem sobre o que foi apresentado a eles?

Infelizmente, muitos professores, até mesmo os mais experientes, são avessos


a incorporar em suas aulas “tempo de reflexão”, por medo dos alunos acharem
que esse é um tempo perdido e que por esta razão, os alunos utilizarão esse
momento com brincadeiras e perderão o foco do trabalho. Afinal manter os
alunos focados nas tarefas envolve muito mais que apenas realizar tarefas
escritas.

Os Professores trabalham com a noção de que se os alunos estiverem


demasiadamente ocupados , o desenvolvimento das tarefas transcorrerá sem
grandes perturbações, pois não haverá tempo para indisciplina. Embora seja
verdade que um animado ritmo de aprendizagem é um recurso crítico para
manter uma sala de aula bem disciplinada, é igualmente verdade que os
alunos também precisam de tempo de reflexão que possibilite o
desencadeamento de novos “ insights”.
Em minha opinião, os professores mais bem sucedidos são aqueles que são
capazes de gerar um verdadeiro sentido de ritmo e propósito em todas as
tarefas, mas que também conseguem proporcionar aos alunos o pensamento
reflexivo e a imaginação criativa. Com isto em mente preparei uma série de
orientações que irão ajudá-la a injetar o ritmo adequado e tempo de reflexão
nas lições e com isso fará com que os alunos sejam mantidos focados nas
tarefas:

A fase de planejamento:

Pergunte a si mesmo quem é que você quer que trabalhe mais: você ou os
alunos ?

Obviamente, não ignorando a sua contribuição para a elaboração e


organização das lições, e isso por si só já é bastante trabalho para o professor
realizar, faça com que o aprendizado dos alunos seja o foco principal de todo
o planejamento.

Mantenha seus alunos ocupados, focados nas tarefas, no entanto também


ofereça oportunidades de reflexão e criação. Para tornar esse momento de
reflexão e criação produtivo, proponha aos alunos o trabalho com enigmas,
questionamentos mais complexos ou inusitados, novos pontos de vistas ,
análise de um problema sob novos ângulos de trabalho, etc. Deixe claro desde
o início que você vai estar esperando novas respostas, novos insights.

Tarefa de Entrada:

Tenha uma “Tarefa de Entrada” pronta para que os alunos executem assim
que entrarem na sala de aula.

Exemplos de “ Tarefa de Entrada” são anagramas, caça-palavras, palavras


cruzadas, interpretando ilusões ópticas, elaboração de respostas de
adivinhações e charadas, observação de imagens, etc.

Se você puder criar tarefas que incentivem os alunos a abrirem os livros ou


começarem a escrever e fazer anotações, melhor ainda. Pois isso ajudará a
introduzir um senso de ritmo na organização do tempo da aula e quando os
alunos menos perceberem já terão começado a realizar as tarefas sem todo
aquele stress característico quando o professor já começa a aula dizendo “
peguem os livros e abram na página tal”.

Esta é a função das “ Tarefas de Entrada”, fazer os alunos buscarem as


respostas de forma mais espontânea pois eles terão de recorrer aos próprios
recursos (ex. livros, dicionários, conhecimentos prévios, senso comum etc.), e
isso os “ aquecerá” para o que virá logo na sequência.
Atividade Disparadora:

Planeje uma “ Atividade Disparadora” que não precisará de uma longa


introdução, no entanto ela deve ser rápida e focada.

Mais uma vez, certifique-se em deixar claro que esta é uma tarefa para todos
os alunos fazerem. E neste caso introduzir uma certa pressão sobre os alunos
para que executem suas instruções é até saudável.

Objetivos de Aprendizagem:

Escreva os objetivos de aprendizagem no quadro negro para que os alunos


copiem.

Se você desejar ser mais rápida ainda, basta digitar os objetivos e já trazer
impressos para a turma, e pedir que os alunos colem logo no topo do caderno.
Ao fazer isso você não terá de esperar que os alunos mais lentos terminem de
copiar para dar continuidade às lições.

Passo a passo das instruções:

Coloque todas as instruções para a realização das tarefas de casa no quadro


negro.

Informar os alunos que você verificará se todos copiaram as instruções até o


final da aula. Tenha, já definido, qual será a sanção e/ou penalidade para
aqueles que não fizerem isso. Ao adotar esta sistemática você incutirá em
todos o senso de urgência e importância da tarefa.

As fases iniciais das lições:

 Certifique-se de que assim que os alunos entrarem na sala de aula,


sejam conduzidos para a realização da “ Tarefa de Entrada”.
 Verificar se os alunos estão focados na tarefa de entrada e quais ainda
não estão.
 Certifique-se de que você também esteja completamente pronta para
iniciar a aula e que todos os recursos referentes a lição esteja sobre a
sua mesa de forma organizada e em quantidade suficiente para
atender a todos os alunos. Lembre-se: mesa bagunçada com papéis
para todos os lados sugere que você ainda não está pronta.
 Verifique, antecipadamente, se os equipamentos requeridos para a
sua aula estão funcionando e prontos para usar.
 Adote a política de não lidar com consultas individuais dos alunos até
que a classe esteja preparada e tenha iniciado a tarefa. Não fique a
mercê dos alunos, e de situações que não estejam relacionadas a
tarefa. Muitos alunos são extremamente hábeis em fazer perguntas
que deliberadamente tem um único propósito: atrasar a execução da
tarefa e boicotar a sua aula.
 Embora seja importante lidar com os alunos retardatários, você não
tem que fazê-lo imediatamente. Ficar envolvida em discussões e / ou
argumentações sobre os motivos do atraso, só faz com que seja
desperdiçado o seu valioso tempo, fazendo com que no final você
fique com pouco tempo, o que acaba gerando um stress
desnecessário. A saída é, dizer aos alunos retardatários que você
ouvirá as justificativas deles mais tarde, no FINAL da tarefa, ao fazer
isso você garante que a grande maioria esteja focada na tarefa, e evita
que alguns tumultuem toda a sua aula.
 Em um mundo ideal e perfeito eu aconselharia que todos os materiais
e/ou recursos que os alunos fossem utilizar naquela aula estivessem
todos organizados sobre uma mesa para que a medida que os alunos
chegassem pudessem fazer uso deles. No entanto, sou realista o
suficiente para saber que no alvoroço e correria do dia a dia escolar
nem sempre isso é possível. Então a saída é disponibilizar os recursos
na ordem em que os mesmos precisarem ser utilizados e socializar
esses recursos com os alunos, já que nem sempre a escola dispõe da
quantidade em número suficiente para todos. Adotar este
procedimento evita que a sua aula seja interrompida a todo instante
para buscar algo, e faz com que as lições tenham um fluxo contínuo,
contribuindo assim para que todos fiquem MAIS tempo concentrados
na tarefa.
 Enquanto os alunos estiverem concentrados na tarefa disparadora,
você pode adiantar outras coisas tais como: preparar-se para a
próxima lição, verificar se os alunos copiaram as instruções da lição de
casa que está no quadro negro etc.

A fase central da lição:

Para cada atividade, tenha em mente fornecer as instruções para os alunos


utilizando recursos verbais e visuais. É importante lembrar que muitos alunos
precisam OUVIR e VER as instruções de uma tarefa antes de começar a
realizá-la.

Quer você tenha uma sala de aula com alunos de aprendizado mais lento,
alunos com comportamentos desafiadores ou ainda uma sala multi seriada,
recomendo fortemente que você elabore uma Lista de Tarefas (Check-List).
Use esta Lista de Tarefas mesmo que seja para passar instruções básicas, e
peça aos alunos que eles assinalem quais itens da Lista de Tarefas eles já
completaram. Isso faz com que perguntas do tipo: “ Professora, o que eu
tenho de fazer agora ?”, seja reduzido drasticamente.

Os benefícios da adoção desta estratégia são vários: em primeiro lugar, os


alunos vão começar a assumir a responsabilidade pela sua própria
aprendizagem ; em segundo, ocorrerão muito menos interrupções nas
aulas ; em terceiro , o ritmo da aula aumenta drasticamente ; e quarto, os
níveis de estresse serão reduzidos de forma maravilhosa !

Exemplo de Lista de Tarefas (Check-List) :

 Escreva o título do trabalho e anote os objetivos no seu caderno.


 Usando o espaço previsto para você em sua folha de exercícios, faça a
‘busca da palavra’, anote todas as palavras que você possa encontrar .
 Quando você encontrar as palavras que estão faltando , anote-as no
caderno.
 Usando o Dicionário, ou Glossário que há no seu livro na página 12,
descubra os significados dessas palavras.
 Organize as suas respostas pois às 09.50 iniciaremos o debate com o
grupo para compartilhamento das respostas

Ao informar os alunos do tempo que eles têm para completar uma tarefa ou
atividade, fazê-lo usando o tempo “real”. Ter um relógio visível na sua classe
é primordial. Na minha experiência, ao observar salas de aula, constatei que
os professores muitas vezes são condescendentes com o tempo que atribuem
às tarefas. Cinco minutos tornam-se 10 e depois muito mais ainda.

Tenho observado aulas em que o professor atribuiu aos alunos 10 minutos


para concluir uma atividade e, depois de passados 30 minutos, o professor
informou a classe que a tarefa seria feita conjuntamente. Ora, se os alunos
sabem que você não cumpre o que diz eles farão muito pouco, ou pior ainda,
não farão nada.

Para dar aos alunos uma indicação de quanto tempo eles já usaram na
execução da tarefa, você pode iniciar uma contagem regressiva dizendo:
“Vocês tem quatro minutos, três minutos, dois minutos”.

Há outras formas de fazer esta contagem regressiva de uma forma divertida


utilizando música que aumentam a sensação de urgência.

Existem alguns programas de TV que realizam gincanas ou brincadeiras e


quando o candidato tem um determinado tempo para realizar uma tarefa entra
no ar uma música, então você pode selecionar essas músicas e utilizar na
contagem regressiva das suas tarefas para indicar que os alunos terão mais 30
segundos para finalizar.
Faça com que, desde o início, as suas expectativas e as circunstâncias de
aprendizagem sejam absolutamente transparente para os alunos, e que sejam
consistentes em todos os momentos: por exemplo, a tarefa que envolve
registro de informações será realizada em silêncio. Se você tiver estipulado
aos alunos dois minutos para discutir um problema com um colega, então
dois minutos é o que ambos terão, nem mais, nem menos. Se você tiver
solicitado a classe que trabalhe em silêncio então deverá ter claro qual será a
penalidade caso isso não ocorra.

Outra forma de manter o ritmo e o foco da tarefa é introduzir elementos que


agucem e instiguem uma competição saudável entre os alunos. No entanto
você precisa ter muito cuidado para que os resultados desta competição não
prejudiquem a execução da tarefa comprometendo o aprendizado. Outro fator
a ser considerado são os alunos com aprendizado e ritmo mais lento, e que no
caso de uma competição podem ser desfavorecidos e sentirem-se incapazes,
então neste caso a competição potencializaria questões negativas e só
contribuiria para piorar uma situação já existente.

Selecione músicas, clássicas ou contemporâneas, mais ritmadas com um


compasso mais acelerado para introduzir um senso de movimento mais
cadenciado nas suas aulas. Alternativamente, se você desejar diminuir o ritmo
de uma lição, basta substituir a música por uma que tenha o ritmo mais lento
ou pausado.

Definir as tarefas que requeiram que os alunos partilhem suas contribuições


com um colega, com um grupo, ou com toda a classe. Se os alunos sabem que
alguém no grupo assumirá a responsabilidade de compartilhar, eles serão
mais propensos a optar por não realizar a atividade. No entanto, se eles sabem
que têm de partilhar as suas contribuições pessoais com um parceiro, com um
grupo ou com toda turma, onde terão de demonstrar seus novos
conhecimentos, com certeza eles sentirão mais pressionados para completar a
tarefa.

Uma boa maneira de garantir que os alunos trabalhem focados e com o


melhor de sua capacidade, é quando o professor adota o hábito de circular na
sala de aula, e onde passar, quando encontrar um aluno que não esteja
trabalhando, ao invés de falar algo para o aluno, parar, em silêncio, anotar no
canto superior do caderno ou livro a hora. Depois de 5 minutos o professor
passa novamente e observa qual foi a produção do aluno durante este pequeno
intervalo de tempo. Fazer isso é muitas vezes suficiente para transmitir ao
aluno que você está de olho nele e que voltará para verificar o quanto de
trabalho foi realizado.

Se você tem alunos responsáveis e dedicados, regularmente designe-os como


“ Ajudantes/Auxiliares” cuja atribuição será supervisionar e auxiliar o
professor a manter a dinâmica e o foco da turma durante a execução das
tarefas.

A fase final da aula:

Certifique-se de que você sempre execute o momento da finalização da tarefa, ou como


costumo chamar: Plenária da tarefa. Este momento deve ser breve, porém muito focado
e conciso. Aqui vão alguns exemplos:

 “Você tem dois minutos para anotar dois fatos que você aprendeu
nesta lição.”
 ‘Volte-se para o seu colega e fale duas razões para………. “.
 ‘O que este poema ensinou sobre você mesmo?’
 “Como você pode usar este novo aprendizado em outras situações ?
 “Desenhe um esboço e/ou gráfico rápido que represente o
aprendizado que você alcançou hoje.”

Selecione alguns alunos ou grupos de alunos e utilize seus novos


aprendizados e/ou insights para criar as perguntas para a Plenária ou ainda
para preparar a Tarefa Disparadora da próxima lição.

Se você estiver recebendo o feedback dos alunos durante a aula, peça a um


aluno para registrar as idéias no quadro enquanto você guia o debate. Isso
permitirá que você esteja focada na classe e certificando-se de que cada aluno
esteja ouvindo atentamente.

Utilizando a técnica da Plenária ao final de cada lição, você controla e


também gerencia simultaneamente o tempo da aula.

Participação dos Alunos: 25 Dicas


Existem várias formas de garantir maior participação dos alunos na sala de
aula. Professores que estão cinco passos a frente dos demais, separam um
tempo, dentro do planejamento das aulas, para lançar mão de algumas
estratégias que garantam a participação dos alunos em qualquer atividade.

Geralmente esses Professores combinam várias técnicas e também ficam


atentos e estão abertos para experimentarem novas abordagens para obter o
envolvimento e o interesse dos alunos. Por isso não tenha receio de tentar o
que for preciso para fazer seus alunos saírem da letargia quando o tédio bater
a porta da sua sala de aula.

Embora existam dezenas de abordagens que podem ser utilizadas na sala de


aula, a lista abaixo inclui algumas elaboradas para atender às necessidades de
quase todos os professores, do infantil ao ensino médio. A idéia é misturar,
combinar e utilizá-las, experimentando assim, as melhores maneiras de manter
a participação dos alunos, durante toda a aula.

1. Faça um desenho bem humorado no quadro negro, ou peça para alguns


alunos desenharem um esboço sobre os principais fatos de determinada
lição. Você também pode pedir aos destros para fazer isso utilizando a
mão esquerda e vice-versa. Pode também pedir para os alunos
realizarem esta tarefa com os olhos vendados, isso exigirá maior
concentração e fará com que haja maior participação dos outros alunos.
2. Quer chamar a atenção dos alunos para um determinado ponto da lição
? Desenhe em volta da mesma pequenas lâmpadas coloridas, como as
que encontramos na árvore de natal. Este recurso também pode ser
utilizado em cartazes, gráficos, mapas que ficam dispostos nos murais
da sala de aula.
3. Escreva no quadro negro três citações que não parecem estar
relacionadas entre si e perguntar como elas estão relacionadas umas
com as outras e com a lição que está sendo dada.
4. Use música ! Toque uma música estridente ou peça para seus alunos
identificarem sons a partir de uma fita. Pode também levar trechos de
músicas para que os seus alunos relacione com a lição do dia. Você
pode cantar os trechos, ou pedir para os alunos cantarem para você.
5. Utilizar uma fantasia ou alterar o seu traje utilizando acessórios
simples, tais como: gravatas, chapéus, broches, etc, que estejam
relacionados com a lição do dia, colabora para que haja maior
participação dos alunos, já que os mesmos ficarão intrigados, curiosos e
atentos ao que virá depois.
6. Peça para os alunos colocarem em ordem frases ou palavras chaves,
relevantes da lição do dia. Leve essas frases e/ou palavras, fora de
ordem, para que eles possam ordená-las e decodifica-las. Ou ainda pode
separar os alunos em grupo e pedir para que cada grupo elabore uma
frase relevante da lição, e que a embaralhe, então os grupos trocam as
frases e cada um terá que decodificar a frase do outro grupo.
7. Cronometre o tempo do maior número possível de atividades. Os
alunos trabalham melhor quando estão duelando como relógio. Você
também pode colocar um aluno responsável por cronometrar uma
atividade, ou tocar um sino, apito ou campainha quando a atividade for
mais longa. Outra forma de manter os alunos focados e atentos ao
tempo é anunciar que uma mudança de ritmo está prestes a ocorrer e
em seguida iniciar uma contagem regressiva. Cronometrar o tempo
quase sempre faz com que haja maior participação dos alunos.
8. Filme seus alunos em ação. Mesmo a atividade mais banal ganha outra
importância quando os alunos são os “ atores” e o centro das atenções.
Sendo assim a participação dos alunos é assegurada na certa.
9. Faça um check list dos pontos principais da lição e entregue aos alunos,
e a medida que você realizar a explanação, peça para que eles
assinalem os pontos abordados na sua apresentação. Outra idéia é
preparar o check list fora de ordem, e a medida que você explanar cada
tópico eles irem colocando o check list na ordem correta. Isso faz com
que todos fiquem focados e atentos para não perder a ordenação dos
tópicos no check list.
10. Quer fazer com que os alunos tomem nota da lição? Então forneça a
eles uma lista de palavras-chaves e frases que você quer que eles
aprendam relacionadas a lição a ser dada.
11. Grave seus alunos fazendo, oralmente, um breve resumo de uma lição.
Outra abordagem é separá-los em grupo, e cada grupo com o próprio
celular grava o entendimento. Depois é exibido para toda a turma, a
gravação de todos os grupos.
12. Exiba vídeo de outros alunos, de outras turmas, realizando algo que
você deseja que os seus alunos realizem logo em seguida. Esta
estratégia já incute no grupo a idéia do que e como um trabalho deve
ser realizado.
13. Distribua aos alunos argila ou outro material bem pegajoso e dê uma
tarefa específica para que seja realizada com este material. É bem
difícil ficar entediado quando se está manipulando um material deste
tipo.
14. Faça crachás para seus alunos. Há várias maneiras diferentes de usar
esta estratégia em sua sala de aula. Seus alunos podem dramatizar os
nomes que foram dados. Você pode colocar os crachás nas costas dos
seus alunos para que eles tenham de trabalhar com outros alunos, só
que como o crachá com o nome do colega está nas costas ele terá de
descobrir qual é o nome do colega que está no crachá nas suas costas.
Você também pode usar os crachás com os nomes de atividades/tarefas
que os grupos terão de realizar.
15. Distribua fotos de pessoas e os seus alunos deverão fazer suposições
sobre elas. Você também pode combiná-las, concentrar-se em
observar detalhes específicos, e ainda utilizá-las em outras atividades.
16. Peça para os alunos votarem as formas que gostariam de responder as
questões sobre as lições. Exemplo: por meio de sinais, ou em pé, ou
segurando cartazes, enfim, aqui o senso de diversão será o parâmetro a
ser considerado. Desta forma a participação dos alunos estará garantida.
17. Contagem regressiva de 10 até 1 irá alertar até mesmo os alunos mais
velhos que eles precisam se concentrar em você e não nos colegas de
classe. Esta estratégia é excelente para trazer a realidade aqueles alunos
que gostam de ficar entretidos com devaneios ou dormindo na sala de
aula. Faça toda a sala fazer a contagem regressiva com você.
18. Quer afastar o tédio da sala de aula ? Peça para todos os alunos ficarem
de pé e fazerem alguns movimentos bem bobos e engraçados, por
exemplo: tocar o cotovelo esquerdo com a mão direita, colocar as duas
mãos sobre a cabeça. Colocar 2 dedos na testa e girar todo o corpo para
a direita, etc. Isso geralmente ajuda a tirar as “ teias de aranha” do
cérebro.
19. Distribua a seus alunos um jornal ou revista onde faltam palavras, e
peça que eles forneçam as informações que faltam. Isso pode ser feito
no texto de uma lição qualquer.
20. Mostrar um desenho animado que se refere à lição e pedir aos alunos
para criarem uma legenda para ele.
21. Pedir para os alunos prepararem uma apresentação de slides sobre um
Evento, uma Lição, um Interesse, etc.
22. Para sinalizar uma mudança de ritmo e/ou de atividade, você pode
utilizar um sinal que pode ser: um apito, bater palmas, ou ainda desligar
as luzes e acendê-las novamente.
23. Em uma determinada aula utilize um computador, tablet, ou celular.
Mesmo as tarefas mais rotineiras ficam mais divertidas e mais fáceis de
fazer quando utilizamos outros recursos para executá-las. E isso faz
toda a diferença na participação dos alunos.
24. Coloque uma lista de palavras no quadro negro e peça aos seus alunos
para determinarem o que elas tem e comum. Use esta estratégia para
mudar o ritmo de uma lição. Adicione nomes e/ou palavras
improváveis à lista, pois isso irá forçar os seus alunos a refletirem mais
para encontrarem uma solução plausível para a tarefa.
25. Tire fotos dos seus alunos durante a execução de uma lição e coloque
no mural da sala de aula. As fotos também podem ser enviadas aos Pais
e aos próprios alunos por email.

Como você pode constatar, todas as ações acima são fáceis de executar, já que
estão ancoradas no sentimento inerente do ser humano, e principalmente das
crianças e jovens, que é a curiosidade, diversão e liberdade de expressão.

Conseguir a participação dos alunos é o primeiro passo para que eles


comecem a aprender.

Problemas de comportamento: os 5 passos da disciplina

Os problemas de
comportamento vem em uma variedade de formas, desde a
interrupção de uma lição até a agressão verbal e física. Do Ensino
Infantil até o Ensino Médio, o comportamento disciplinar dos alunos é,
sem sombra de dúvida a parte mais difícil do trabalho do professor.

É inquestionável que os alunos vem para a escola com uma série de


desafios de ordem emocional para darem conta, o que faz com que os
problemas de comportamento pareçam complexos e difíceis de
corrigir.

No entanto, problemas de comportamento e intervenções apropriadas


podem facilmente ser descobertas quando a função do
comportamento apresentado pelo aluno é explorado mais
detalhadamente pelo professor.

Siga os cinco passos abaixo e você ganhará uma enorme clareza


sobre os problemas de comportamento bem como das intervenções
que poderá utilizar na sua sala de aula.

Tarefa Prática: Antes de ler as etapas abaixo, escolher um exemplo de


caso de sua classe de um aluno com problemas de
comportamento. Enquanto você lê este artigo, passe por cada uma
das etapas analisando o seu aluno indisciplinado.

Passo 1: Faça uma lista de problemas de comportamento do


aluno. Seja o mais objetiva e concreta quanto for possível
sobre a descrição desses comportamentos.

Exemplo:

. Faça uma lista de coisas que são observáveis: (ex: João arrota
durante a aula)

. Não listar coisas que são de ordem emocional ou que não sejam
observáveis (ex: João é irritante)

Passo 2: Escolha um ou dois comportamentos alvo (que você


deseja corrigir) e a freqüência (quantas vezes) em que
ocorrem. Use o seu exemplo que foi previamente escolhido na
tarefa prática acima.

Olhe para a sua lista e selecione APENAS 1 ou 2 comportamentos


alvo; aqueles que interferem mais para a aprendizagem do aluno ou
do grupo.

Alguns alunos apresentarão vários problemas de comportamento,


porém, na gestão da disciplina abordaremos 1 ou 2 comportamentos
por vez.
Depois de ter selecionado os comportamentos, certifique-se que você
descreveu de forma adequada o problema conforme especificado no
Passo 1 (o que você vê e ouve na sala de aula) e o Passo 2: com que
freqüência eles ocorrem (1 vez por semana, 3 vezes ao dia).

Os dados observáveis que foram levantados servirão como base para


você medir, posteriormente, a melhoria dos comportamentos dos
alunos.

Passo 3: Levante e liste todos os gatilhos que desencadeiam


o problema de comportamento selecionado previamente.

Onde é que o comportamento do aluno ocorre?

• Na quadra de esportes?

• Na aula de Informática?

• No Ônibus escolar?

• Na sala de aula?

Quando é que o comportamento do aluno ocorre?

• De Manhã?

• Após o almoço?

• Durante todos as aulas, ou apenas em uma aula específica?

• Durante o trabalho em grupo?

• Durante as transições de uma aula para outra ?

• Sempre no início da Aula?

• Durante a execução das tarefas?

Levante também se há alguém, e neste caso quem é, que o aluno


apresenta dificuldades de relacionamento:

 com os colegas de sala?


 com os Professores ?
 só com as meninas?
 com a Coordenação ?
 com o Professor de Educação Física? Matemática? Língua
Portuguesa? Etc?
 só com os alunos mais fracos ou mais jovens ?

Passo 4: Levante e liste os possíveis ganhos que os alunos


obtém quando apresentam problemas de comportamento.

A questão fundamental para a gestão da disciplina vem da teoria de


que todo comportamento tem uma motivação por trás dele. Apesar
dos problemas de comportamento parecerem diferentes, muitas vezes,
os motivos por trás deles são um só.

Aqui estão algumas das motivações mais comuns por trás de


problemas de comportamento em sala de aula:

 Para chamar a atenção de seus colegas


 Para chamar a atenção dos adultos
 Para pertencer a um grupo
 Para obter uma recompensa tangível
 Para evitar a realização de um trabalho ou uma atividade
indesejável
 Para evitar o fracasso (por não tentar)
 Para controlar e ganhar um sentido de poder (praticando
bullying, ou sendo desafiador)
 Para auto-estimular (quando as atividades são mais lentas e o
aluno está entediado)
 Para obter o reconhecimento do grupo

Depois de ter identificado um (ou mais) possíveis motivos para o


comportamento em questão, descreva mais detalhadamente sobre as
razões que são específicas para aquele aluno.

Por exemplo, se o aluno começa a arrotar toda vez que o grupo


prepara-se para iniciar as lições e você acredita que esse aluno
apresenta este problema de comportamento porque pretende evitar
fazer as lições, então descreva porque você acredita que há motivação
em apresentar esse comportamento: será que é porque esse aluno
tem dificuldades e ao iniciar a lição ele não saberá como executá-la?

Será que esse aluno por ter certa dificuldade fica envergonhado de
pedir ajuda então ele adotou esse comportamento inadequado como
uma forma de desviar a atenção do baixo desempenho acadêmico
dele, para o gracejo que ele faz ?
Passo 5: Desenvolver uma estratégia para atender as
necessidades que seu aluno está expressando através do
comportamento apresentado.

Esta estratégia envolve ajudar os alunos a encontrarem novos


comportamentos que satisfaçam as necessidades que estão sendo
buscadas, ou pode envolver também o professor alterar sua
abordagem de ensino e relacionamento com esses alunos objetivando
levá-los a alcançar a realização dessas necessidades.

Aqui estão alguns exemplos de idéias de como fazer com que o


próprio problema de comportamento aponte qual intervenção
utilizar:

• Se os problemas de comportamento ajudam os alunos a chamar


sua atenção, instruí-los sobre os comportamentos adequados que
podem usar para chamar sua atenção. Defina as conseqüências para
os problemas de comportamento inadequados e reforce os
comportamentos esperados.

• Se o problema de comportamento ajuda o aluno a esquivar-se da


tarefa, porque a atividade é indesejável, então junto da tarefa
acrescente uma recompensa desejável (selecionado pelos alunos) de
modo que os instigue a fazerem um esforço extra para obtê-la.

• Se o problema de comportamento ajuda o aluno a não realizar a


tarefa (devido ao medo do fracasso), então ensine-o a ser resiliente,
motive-o a prosseguir mesmo perante os erros, celebre e reconheça
seus avanços e realizações. No início aceite trabalhos e tarefas
parcialmente concluídos.

• Se o problema de comportamento ajuda o aluno a chamar a sua


atenção (do professor), então utilize técnicas para dar ao aluno mais
atenção para o comportamento positivo e menos atenção para o
problema de comportamento (pratique a ignoração planejada).

• Se o problema de comportamento faz com que o aluno nunca


execute nada dentro da sala de aula (por causa das suas dificuldades
acadêmicas) então levante dentro da escola e fora dela, em quais
programas de apoio, projetos, esse aluno poderá ser encaminhado de
modo que possa ser auxiliado em suas defasagens.
• Se o problema de comportamento do seu aluno faz com que ele
ganhe uma sensação de poder, então canalize essa predisposição de
liderança para que esse aluno possa alcançar esta mesma sensação
executando atividades que sejam positivas e proveitosas para o grupo.

. Se o problema de comportamento auxilia o aluno a obter a atenção


do grupo então possibilite outras formas em que ele possa obter esta
atenção de forma dirigida e planejada por você e não mais por ele.

Passo 6: Grave a sua estratégia e os resultados!

Monitorar a freqüência dos comportamentos-alvo (e apenas os


comportamentos-alvo). Eles podem não desaparecer completamente,
mas se eles diminuem a freqüência, significa que você está no
caminho certo.

Se isto não ocorrer em um curto espaço de tempo, então repita todo o


processo (os 5 passos acima). Deixe o comportamento mostrar o que
o aluno está buscando e então aplique a intervenção apropriada.

Gostaria que você compartilhasse nos comentários abaixo a aplicação


destas intervenções e que também relatasse que outras intervenções
você já faz uso e que estão trazendo bons resultados para a sua sala
de aula!

Para que serve a Escola ?

‘Se você não sabe pra onde vai qualquer caminho serve”

(frase dita pelo Coelho para a Alice (Alice no país das maravilhas, de Lewis
Carroll, publicado em 1865)
INTRODUÇÃO:

No artigo “Ensino Médio: Desinteresse e Indisciplina”, foi levantado,


conforme pesquisas realizadas, algumas causas que contribuem para o
desinteresse e a indisciplina no Ensino Médio, tais como:

1) Conteúdos desvinculados da realidade e interesse deles

Consequência: Os jovens não veem sentido na Escola

2) Mal sabem ler e escrever (analfabetos funcionais)

Consequência: adquirem posições de sub-emprego e não criam um projeto de


vida

Pesquisas a parte, o fato é que, infelizmente , a questão da indisciplina na sala


de aula, ainda não é considerada, pelo Governo, um problema real, que
necessita de intervenções rígidas do poder público no sentido de combatê-lo
e/ou inibi-lo. Afinal os atos que começam hoje como indisciplina logo
culminam em violência e que desemboca muito rápido no caos. E como o
Professor e o Gestor poderão gerenciar o caos instalado?

Aulas chatas? O Professor pode fazer mudanças. Aulas descontextualizadas da


realidade atual? O Professor também pode fazer mudanças. Funcionamento da
organização da Escola e da sala de aula? Os Professores e Gestores também
podem implementar mudanças. Porém o que é inadmissível e impossível de
fazer é : o Professor e o Gestor resolverem SOZINHOS este problema.

É aí que entram as intervenções vindas “ de cima”, que tenham o caráter e o


poder de “Lei”. Que ofereçam o apoio e o respaldo necessários para lidar com
o Jovem e a Família, intervenções que possam desatar as mãos dos
Professores e Gestores na aplicação correta e na justa medida das
consequências, correção e ensino nas infrações disciplinares.

Aqui fica o apelo para que na próxima Reunião de Conselho de Escola, de


Sindicato, de Estado, de Governo, de Gabinete, ao invés de colocarem na
pauta a discussão das cores das cortinas, seja debatido e proposto soluções
para o combate da indisciplina e da violência dentro da Escola.

Mas, por ora, vamos aos números !

O QUE OS JOVENS QUEREM ?

Veja o que os jovens carentes pensam a respeito da Escola conforme pesquisa


desenvolvida pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) em
parceria com a Fundação Victor Civita:

A) o jovem não vê sentido na escola

B) Menos de 36% veem sentido em Geografia, História, Biologia e Física.

Literatura – só 19% reconhecem como útil

C) 24% dos estudantes não se sentem seguros na escola

D) 76,7% dos adolescentes relatam situações de “zoeira” na sala de aula

E) percepções sobre a escola que podem levar à evasão, além da repetência,


são: sensação de insegurança, falta dos professores, bullying e “zoeira”.

Você já perguntou aos jovens o que eles querem? Ou pelo menos o que eles “
acham” que querem? Será que eles só querem diversão ? Só fazer o “ social” ?
Será que não querem nada? Ou apenas ainda não querem porque acreditam
que não será possível a sua realização ?

ONDE A ESCOLA ENTRA ?

Responda rápido: Como é um martelo? Para que serve? O que posso fazer
com ele? Cite 3 coisas legais feitas com o uso do martelo? Como cada uma
dessas coisas melhorou a vida das pessoas que as utilizaram? Você sabe usar
um martelo? Saberia construir algo com ele? O que seria? Quanto tempo você
levaria? Quantas pessoas seriam beneficiadas com o que você viesse a
construir com o martelo?

Agora responda as mesmas perguntas substituindo o Martelo pela Escola ,


analise suas respostas (vai ser interessante se você compartilhar conosco pelo
blog ). Depois pegue as mesmas perguntas e faça aos seus alunos e depois
debata com todos eles para que eles possam interagir com as opiniões,
reflexões e conclusões a que chegarem.

Com este pequeno exercício será possível provocar várias reflexões e chegar a
algumas conclusões acerca do uso, da função e dos objetivos da Escola. E ao
repetir este exercício com os seus alunos você os incitará a fazer essas
reflexões, e ao compartilhá-las com o grupo você e eles, conseguirão ver ,
claramente, onde encontra-se o nó que precisa ser desatado.

Agora vem o “nó górdio”, ou seja o super nó da questão: o que você pensa da
Escola e o que os seus alunos pensam não é a mesma coisa, é por isso que
você quer levá-los por um caminho acreditando que está atingindo
determinado objetivo, enquanto que eles querem ir por outro caminho, e nesse
vai e vém ninguém se encontra, ninguém se acha e todo mundo perde!

No próximo artigo vamos expor como o uso da Transposição Didática pode


lhe ajudar.

Enquanto isso fica o desafio para você compartilhar no blog: “ Para que serve
a Escola e como ela pode viabilizar a concretização do Projeto de Vida de um
indivíduo ?

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