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AFEq – Apoio Funcional Equipamentos

1º SEMINÁRIO DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

GUINDASTES TELESCÓPICOS SOBRE PNEUS


Cálculo das Reações nas Patolas

Eng. Daniel Lepikson (Plantas Industriais)


Eng. Marcello Rocha Silva (CNO)
Eng. Jacques Raigorodsky (Plantas Industriais)

PROCESSOS CONSTRUTIVOS – P&D&I


São Paulo
10 a 12 de agosto / 2010
PLANO DA APRESENTAÇÃO

1. INTRODUÇÃO: Motivação e apresentação do


problema

2. PRINCÍPIO BÁSICO: Modelo de Cálculo

3. FORÇAS ATUANTES NO GUINDASTE: Equilíbrio

4. USO DE MATS

5. CÁLCULO DAS REAÇÕES NAS PATOLAS

6. EXEMPLOS E RESULTADOS

7. INTERFACES COM O PROJETO

8. COMENTÁRIOS FINAIS
1. INTRODUÇÃO: Motivação e apresentação do problema

Por que é importante a determinação da pressão aplicada no solo?


1. INTRODUÇÃO: Motivação e apresentação do problema (Cont.)

Por que é importante a determinação da pressão aplicada no solo?


• Guindastes trabalham como uma fundação direta e o solo representa uma
grande fonte de incertezas (cobertas pelo FATOR DE SEGURANÇA);

FUNDAÇÕES: F.S = 1,5 (Tombamento / Escorregamento)

GUINDASTES: 75% da carga de tombamento (F.S. = 1,333)

• A base dos guindastes (PATOLAS / ESTEIRAS) aplicam pressões muito


elevadas no solo:

AREIAS COMPACTAS (com SPT = 10) → σadm ≅ 2 kgf/cm2

PRESSÃO NO SOLO (Guindastes) ≅ 5 a 6 kgf/cm2

• Há limitações para a magnitude dos recalques de solo com o guindaste em


operação, sob o risco da possibilidade de ocorrência de acidentes graves
(mesmo que não haja ruptura do solo).
1. INTRODUÇÃO: Motivação e apresentação do problema (Cont.)

* LIÇÕES APRENDIDAS:
APRENDIDAS

1. As patolas aplicam cargas concentradas e de grande intensidade


no substrato de apoio;
2. A estabilidade do guindaste ao tombamento é muito dependente da
capacidade as patolas de resistir às cargas nelas aplicadas (Reações
de Apoio);
3. O substrato deve ter capacidade para resistir às cargas aplicadas
pelas patolas, sem romper ou se deformar excessivamente
(Recalques de Apoio / Desnivelamento).

* CÁLCULO DA FORÇA NAS PATOLAS:


PATOLAS Apresentação de 3 Métodos

1. Método simplificado e expedito (SOBRATEMA);


2. Cálculo automático com Planilha EXCEL (ODEBRECHT - Processos
Construtivos);
3. Através de Softwares (LICCON / LIEBHERR).
2. PRINCÍPIO BÁSICO: Modelo de Cálculo

FUNDAÇÃO DIRETA – Sapatas: Esforços atuantes

• DIMENSÕES: • ESFORÇOS SOLICITANTES:

PILAR M = Momento Fletor


N = Força Normal

Esforços atuantes no pilar


3. FORÇAS ATUANTES NO GUINDASTE: Equilíbrio

GUINDASTES SOBRE ESTEIRAS

VENTO VENTO

CARGA

LANÇA

PESO

R1

R2
REAÇÃO NA ESTEIRA
3. FORÇAS ATUANTES NO GUINDASTE: Equilíbrio

GUINDASTES MÓVEIS SOB PNEUS (Patolados)

COMPRESSÃO
COMPRESSÃO

Aumento
Alívio
VENTO F
CARGA

M
F
LANÇA

PESO

R1 = R2 R3 = R4

REAÇÕES NAS PATOLAS


3. FORÇAS ATUANTES NO GUINDASTE: Equilíbrio (Cont.)

REAÇÕES NO SOLO: “Footprint”


dx

My
σ pat My

Mx b
a Aest >> Apat a Mx
N
I est >> I pat N

σ est σ est << σ pat dy

d b

GUINDASTES DE ESTEIRA GUINDASTES PATOLADOS

Aest = 2 × a × b Apat = 4 × a × b
b × a3  a × b3 2
2
I x , pat ≅ 4 × a × b × d y ; I y , pat ≅ 4 × a × b × d x
2
I x ,est = 2× 
; I y ,est = 2 ×  + a × b × d 
12  12 
4. O USO DE MATS

* O uso de MATS sob patolas:

* Capacidade de distribuição das caras pelo MATS:


5. CÁLCULO DAS REAÇÕES NAS PATOLAS

5.1. Processo Simplificado (SOBRATEMA)

A = B2 + C 2
Centro de Giro
Fs =
(PG + CA) + CBr ⋅ RO
C 4 A
• Distâncias em relação ao Centro de
Giro;
• Peso distribuído igualmente nas 4
A patolas;
• Momento equilibrado pela sapata mais
B
próxima (a priori);
• Valor de Fs CONSERVADOR !
* Lista de Símbolos:
A = Distância do Centro de Giro à Sapata mais próxima;
CA = Contra-peso adicional;
CBr = Carga bruta;
Fs = Força na Sapata;
PG = Peso do Guindaste;
RO = Raio de operação.
5. CÁLCULO DAS REAÇÕES NAS PATOLAS

5.2. Cálculo automático com Planilha EXCEL (ODEBRECHT)


5. CÁLCULO DAS REAÇÕES NAS PATOLAS (Cont.)

* CALIBRAÇÃO DA PLANILHA
d1
d2
Σ M em relação ao Centro de Giro:

12 tf 12 tf 12 tf 12 tf
4

∑12 tf × d
i =1
i

12 tf × 4 Eixos
5. CÁLCULO DAS REAÇÕES NAS PATOLAS (Cont.)

1. GEOMETRIA:
5. CÁLCULO DAS REAÇÕES NAS PATOLAS (Cont.)

2. CARGAS:
5. CÁLCULO DAS REAÇÕES NAS PATOLAS (Cont.)

3. RESULTADOS:

OBSERVAÇÕES:

1. C.G. das Patolas ≠ Centro


de Giro;
2. Parte Fixa × Parte Girante
(Pesos e momentos variam
com o ângulo de giro α);
3. Transferência de Forças e
Momentos do Centro de
Giro ao CG das Patolas;
4. Determinação de α para a
obtenção de pmax;
5. Comparação de valores de
Pressão com e sem MATS;
6. Verificação dos Resultados
(Cálculo alternativo).
5. CÁLCULO DAS REAÇÕES NAS PATOLAS (Cont.)

5.3. Determinação das reações com softwares (LICCON)

LICCON: Monitor da Cabine


6. EXEMPLOS E RESULTADOS

OBRA: Eteno Verde (BRASKEM)


6.1. Cálculo com Planilha EXCEL (ODEBRECHT)
6. EXEMPLOS E RESULTADOS (Cont.)

6.2. Cálculo Expedito (SOBRATEMA)

Centro de Giro
C

B
7. INTERFACE COM A ENGENHARIA DE PROJETO

OBRAS INDUSTRIAIS: REPAR / PETROBRAS (Refinaria do Paraná)


7.1. INPUT DO CAMPO – Movimentação de Cargas

• Planos de Rigging;

• Posicionamento dos guindastes;

• Verificação das interferências


(com a Obra, Equipamentos já
instalados, Estruturas existentes,
Vias provisórias/permanentes e
Underground);

• Deslocamentos previstos para os


guindastes;

• Transporte / Montagem dos


guindastes;

• Cálculo das pressões no solo;


7. INTERFACE COM A ENGENHARIA DE PROJETO (Cont.)

7.2. OUTPUT S DA ENGENHARIA – Geotecnia, Estrutura, Transporte, Logística

• Troca de solo;

• Proteção de lajes e pavimentos;

• Proteção do Underground;

• HOLDS de montagem;

• Verificações do trajeto
(Interferências, curvas, acessos);

• Verificações Estruturais (Pontes


de acesso);
8. COMENTÁRIOS FINAIS

• Objetivo de apresentar a planilha de cálculo utilizada pelo setor de Métodos


Construtivos / ENGENHARIA INDUSTRIAL para determinação das cargas
nas patolas de guindastes móveis sobre pneus, sem entrar no mérito de
descrever as fórmulas utilizadas;

• Discutir conceitualmente o comportamento deste tipo de equipamento quando


em uso, visando-se conscientizar o pessoal de campo quanto aos potenciais
riscos envolvidos nas operações de movimentação de carga, além de
enfatizar os aspectos mais importantes para a segurança;

• Uma descrição mais detalhada da metodologia de cálculo exige mais tempo


e treinamento específico (Desenvolvimento);

• Esclarecimento para prováveis futuros usuários, visando-se a


disponibilização de uma ferramenta confiável e de fácil utilização no campo
para a determinação das pressões nas patolas;

• META : Desenvolvimento de uma biblioteca de planilhas visando-se cobrir


uma gama de máquinas disponíveis no mercado / ODEq, com a colaboração
desta;
8. COMENTÁRIOS FINAIS (Cont.)

ENGENHARIA INDUSTRIAL / Processos Construtivos


Pesquisa & Desenvolvimento & Inovação

LÍDER: E-mail: jacquesraigo@odebrecht.com


Jacques Raigorodsky Tel.: (11) 3096-6060

ENGENHEIROS:
André Mansur
E-mails: andremansur@odebrecht.com
Daniel Lepikoson
dlpik@odebrecht.com
Flavio Rubin frubin@odebrecht.com

Tels.: (11) 3096-8357


PORJETISTAS (JT’s): (11) 3096-6056
(11) 3096-8227
Carlos L. Santos
Luciano Silva
Victor Leão
ANEXO : SAPATAS – Cálculo da pressão no solo (MODELO DE CÁLCULO)

CONDIÇÃO DE EQUILÍBRIO:
EQUILÍBRIO Estática e Resistência dos Materiais
N A = Área da base da Sapata = a×b
M 3
I = Inércia da base da Sapata = b × a 12
W = Módulo de Resistência = b × a2 6 M
COMPRESSÃO CENTRADA:

a N N b
σ= =
A a×b N
N
COMPRESSÃO EXCÊNTRICA: a
(Força Normal + Flexão)
N N Vista em PLANTA
σn = =
N A a×b
M ×a 2 N ×e×a 2 6 ×N ×e N ×e M
σf = = = = =
I b × a 3 12 b × a2 W W
ANEXO : SAPATAS – Cálculo da pressão no solo (MODELO DE CÁLCULO)
a
FLEXÃO COMPOSTA
N (Força Normal + Flexão)

N M
σ max = σ n + σ f = +
A W

N M
σ min = σ n − σ f = −
A W
FLEXO-COMPRESSÃO
* CONVENÇÃO : Compressão > 0
=

N N
σn = =
σn A a×b

COMPRESSÃO CENTRADA M × a 2 N × e× a 2 6× N ×e N ×e M
σf = = = = =
I b × a 3 12 b × a2 W W
+

σf
FLEXÃO

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