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Sumário
Por que cantamos 10
Apresentação 11
CD PLANTANDO CIRANDAS 3
CD ARTE EM MOVIMENTO
CD CANTARES DA EDUCAÇÃO
4
CD CANÇÕES MARCHANTES
6
Capítulo 5: Música infantil
1. A canoa virou (João de Barro “Braguinha”) 98
2. A casa (Vinícius de Moraes) 98
3. A festa dos insetos (A pulga e o percevejo) 98
4. Alecrim dourado (Domínio Público) 98
5. Borboletinha (Domínio Público) 98
6. Cai, cai, balão (Domínio Público) 99
7. Ciranda, cirandinha (Domínio Público) 99
8. Ciranda Infantil (Zé Pinto) 99
9. Dorme neném (Domínio Público) 99
10. Fui no Tororó (Domínio Público) 99
11. Meninos (Juraildes da Cruz) 100
12. O caderno (Toquinho e Mutinho) 100
13. Os Saltimbancos - A cidade ideal (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque) 101
14. Os Saltimbancos - A galinha (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque) 101
15. Os Saltimbancos - Bicharia (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque) 102
16. Os Saltimbancos - História de uma gata (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque) 103
17. Os Saltimbancos - Minha canção (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque) 103
18. Os Saltimbancos - O jumento (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque) 103
19. Os Saltimbancos - Todos juntos (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque) 104
20. Os Saltimbancos - Um dia de cão (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque) 104
21. Parabéns pra você (Domínio Público) 105
22. Peixe vivo (Domínio Público) 105
23. Peixinhos do mar (Domínio Público) 105
24. Sambalelê (Domínio Público) 105
25. Se Essa Rua Fosse Minha (Domínio Público) 105
Capítulo 7: Forró
1. ABC do Sertão (Luiz Gonzaga/Zé Dantas) 126
2. A lavadeira e o lavrador (João do Vale/Ari Monteiro) 126
3. Assum preto (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira) 127
4. A volta da Asa Branca (Luiz Gonzaga/Zé Dantas) 127
5. A vida do viajante (Luiz Gonzaga/Hervê Cordovil) 128
6. Cajuína (Caetano Veloso) 128
7. Canto da Ema (João do Vale/Jackson do Pandeiro) 128
8. Carcará (João do Vale/José Cândido) 129
9. Eu só quero um xodó (Dominguinhos/Anastácia) 129
10. Feira de Mangaio (Sivuca/Glorinha Gadelha) 130
11. Forró no Escuro (Luiz Gonzaga) 130
12. Homem bicho, bicho homem (Zé Pinto) 131
13. Mulher rendeira (Zé do Norte - Adaptação Hervê Cordovil) 131
14. Olha pro céu (Luiz Gonzaga/José Fernandes) 132
15. Ouricuri (O segredo do sertanejo) (João do Vale/José Cândido) 132
16. O xote das meninas (Luiz Gonzaga/Zé Dantas) 133
17. Pisa na Fulô (João do Vale/Silveira Jr./Ernesto Pires) 133
18. Procissão (Gilberto Gil) 134
19. Respeita Januário (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira) 134
20. Riacho do navio (Zé Dantas/Luiz Gonzaga) 135
21. Sabiá (Luiz Gonzaga/Zé Dantas) 135
22. Sobradinho (Sá e Guarabira) 136
23. Último pau de arara (Venâncio/Curumbá/José Guimarães) 136
24. Xote ecológico (Luiz Gonzaga) 136
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Capítulo 8: Samba
1. Acreditar (Dona Ivone Lara) 138
2. A flor e o espinho (Nelson Cavaquinho/Guilherme de Brito/Alcides Caminha) 138
3. Alguém me avisou (Dona Ivone Lara) 139
4. Alvorada (Cartola) 139
5. Antonico (Ismael Silva) 140
6. Argumento (Paulinho da Viola) 140
7. A voz do povo (João do Vale) 140
8. Barracão de zinco (Luiz Antônio/Oldemar Magalhães) 140
9. Berimbau (Baden Powell/Vinicius de Moraes) 141
10. Brasil pandeiro (Assis Valente) 141
11. Cada macaco no seu galho (Riachão) 142
12. Canto das três Raças (Mauro Duarte/Paulo Cesar Pinheiro) 142
13. Canto de Ossanha (Baden Powell/Vinicius de Moraes) 143
14. Coisa da antiga (Wilson Moreira/Nei Lopes) 143
15. Comportamento geral (Gonzaguinha) 144
16. Com que roupa (Noel Rosa) 144
17. Consolação (Baden Powell/Vinicius de Moraes) 145
18. Ê baiana (Fabricio da Silva/Baianinho/Enio Santos Ribeiro/Miguel Pancrácio) 145
19. Está chegando a hora (Rubens Campos/Versão: Henricão) 145
20. Falsa Baiana (Geraldo Pereira) 145
21. Filosofia (Noel Rosa) 146
22. Fita amarela (Noel Rosa) 146
23. Foi um rio que passou em minha vida (Paulinho da Viola) 147
24. Juízo final (Nelson Cavaquinho – Élcio Soares) 147
25. Maracangalha (Dorival Caymmi) 147
26. Marinheiro só (Domínio público) 148
27. Meu mundo é hoje (Wilson Batista/José Batista) 148
28. Não deixe o samba morrer (Edson e Aloísio) 149
29. O bêbado e a equilibrista (João Bosco/ldir Blanc) 149
30. Opinião (Zé Keti) 150
31. O que é, o que é (Gonzaguinha) 150
32. O sol nascerá (Cartola/Elton Medeiros) 151
33. Poder da criação (João Nogueira/Paulo Cesar Pinheiro) 151
34. Recado Ao Poeta (Eduardo Gudin/Paulo Cesar Pinheiro) 151
35. Roda Viva (Chico Buarque) 152
36. Samba da Minha Terra (Dorival Caymmi) 152
37. Saudosa maloca (Adoniran Barbosa) 153
38. Sonho Meu (Dona Ivone Lara) 153
39. Timoneiro (Paulinho da Viola/Hemínio Bello de Carvalho) 154
40. Tiro ao Álvaro (Adoniran Barbosa) 154
41. Trem das onze (Adoniran barbosa) 155
42. Tristeza e pé no chão (Armando Freitas “Mamão”) 155
43. Volta por cima (Paulo Vanzolini) 156
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Por que cantamos
Mário Benedetti
(poeta uruguaio, 14.09.1920 - 17 .05.2009)
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Apresentação
Quão sábias e belas são as palavras do poeta uruguaio Mário Benedetti no poema
“Por que cantamos”, quando canta a urgência e a necessidade da canção, sempre,
especialmente em tempos de desordem e incerteza como os que vivemos…
Cantamos para transformar, para inquietar, para embelezar, para provocar; para
evocar a alegria e a animação, para lembrar quem veio antes de nós, fazendo as
pontes entre as nossas raízes e a história com nosso presente de luta e o futuro
sonhado e construído coletivamente.
Nossa arte e nossa cantoria são urgentes, mas não por isso são ou podem ser de
menor qualidade. Para isso precisamos nos preparar, precisamos ampliar cada
vez mais nosso repertório, precisamos multiplicar o coletivo de cantadores e can-
tadoras, de tocadores e tocadoras.
Este caderno, onde reunimos quase três centenas de letras e cifras de músicas, se
insere dentro desse esforço de produzir materiais de formação para nossa mili-
tância no campo das artes, em especial, da música.
Esperamos que façam um bom uso deste material e que a música continue sem-
pre sendo motivadora para nos organizarmos e nos reunirmos em busca da jus-
tiça e da alegria e beleza da vida.
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Capítulo 1
Músicas do MST
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CD VERSANDO A LUTA
1. Somos todos companheiros
(Adaptação livre da canção de acampados do MST-SC)
Tom: A / Ritmo: Xote B A
Pois lá na roça, perdeu sua serventia
A E7 B
Um, dois, três, quatro, cinco, mil Procurando um prato cheio
A A B7 E C7 B7 E
Ou sai Reforma Agrária ou paramos o Brasil Hoje ele é boia-fria
E7 REFRÃO
Se o latifundiário está querendo fazer guerra
B A
Estamos acampados com facão, foice, machado Ele tentou melhorar pra sua família
A B
Para trabalhar a terra Pra cidade certo dia
A B7 E
E7 Com muita fé foi morar
Che, Zumbi, Antônio Conselheiro B A
A Mas continuou sua fome de alegria
Na luta por justiça nós somos companheiros B
E o sustento da família
E7 A B7 E C7 B7 E
Um, dois, três, quatro não se conta Ele tenta assim ganhar
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10. O risco 11. Mulher na luta G7
(Luiz Vila Nova) (Zé Pinto) O outro nem tá andando
C
Tom: B / Ritmo: Baião Tom: C / Ritmo: Baião Cuida deles Mariquinha
F
B F#7 C G7 É a mulher do posseiro
O risco que corre o pau Vai pra beira do riacho C
B C Que o pistoleiro matou
F
Corre o machado Com a trouxa na cabeça
Tudo é culpa do sistema
G#7 C#m G#7 C7 F
G7
Não há o que temer Pra ganhar uma mixaria Pois o rico não tem pena
C#m G7 C (C7)
Aquele que manda matar Lava roupa todo o dia Do povo trabalhador
G#7 B B7 C
Também pode morrer Se resfria e nem se queixa C G7
F Se sair menino chora
E Com o sol quente na cabeça C
Nós estamos em guerra C Mas se fica falta o pão
F#7 B E os pés na água fria C7 F
O lado de lá já decretou F Madrugada todo o dia
G#7 C#m É a mulher lavadeira G7
Pois já paga pistoleiro G7 Que faça sol ou que gia
F#7 B Trabalha a semana inteira C
Pra matar trabalhador C (C7) Só pra enricar o patrão
Pra tentar ganhar a vida F
É a mulher boia-fria
REFRÃO C G7 C
É o peso do facão
Bota a lenha no fogo
F
E C
Quando a cana vai caindo
Eu já tenho machado Faz o leite do menino
G7
F#7 B C7 F Ela pensa nos meninos
Falta só botar a cunha Varre a casa, limpa a mesa C (C7)
G#7 C#m G7 É uma dor no coração
E fazer à moda gato E arruma a prateleira
F#7 B C C G7
Dar o tapa e esconder a unha Enquanto ele está dormindo Mas o tempo vai passando
F C
É a mulher dona de casa E elas vão percebendo
REFRÃO C C7 F
Sem tempo pra descansar Que é somente se engajando
E F G7
É a nossa proposta Faz o almoço, faz a janta E se conscientizando
F#7 B G7 C
Pois a gente quer ganhar E a noite lá pras tantas Que a luta vai rompendo
G#7 C#m C (C7) F
Se matarem um daqui Ela ainda sem deitar É a mulher que se organiza
F#7 B C
E ao homem dá a mão
Dez de lá vamos C G7
F
Já não tem mais o marido
São duas forças unidas
C G7
E vai pra roça sozinha Pra fechar essa ferida
C7 F C (C7)
Deixa o filho de dois anos E acabar com a opressão
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12. Sem medo de ser mulher (Zé Pinto) G
Tom: E / Ritmo: Rastapé De ser tratados no nosso país
Am
E Como estrangeiro que veio de longe
Pra mudar a sociedade D7 G G7
B7 Sem saber de onde, sem ter onde ir
Do jeito que a gente quer
E REFRÃO
Participando sem medo de ser mulher
G
REFRÃO Não somos culpados se a fome é tamanha
Am
A E Onde poucos comem o que muitos fazem
Porque a luta não é só dos companheiros
B7 E A Reforma Agrária há tempo esperada
Participando sem medo de ser mulher D7 G
A E Nunca tem passado de politicagens
Pisando firme sem pedir nenhum segredo G7
B7 E Terras concentradas, armas preparadas
Participando sem medo de ser mulher C
Tantas emboscadas contra a liberdade
REFRÃO G
O mourão da cerca simboliza então
A E Am
Pois sem mulher a luta vai pela metade Assim segue a vida do pobre peão
B7 E
Participando sem medo de ser mulher Plantando pra ele tomar a metade
A E
Fortalecendo os movimentos populares REFRÃO
B7 E
Participando sem medo de ser mulher G
Não somos culpados se o Brasil amado
REFRÃO Am
É o grande berço deste latifúndio
A E
Na aliança operário-camponesa E se a rede Globo enganou a todos
B7 E D7 G
Participando sem medo de ser mulher Dando à nossa Pátria um colorido fundo
A E G7
Pois a vitória vai ser nossa com certeza Que nos embriaga com tanta ilusão
B7 E C
Participando sem medo de ser mulher Mas já descobrimos o rumo a seguir
G
A Reforma Agrária vamos implantar
Am
13. Não somos culpados (Zé Pinto) E com muita garra iremos gritar
Tom: G D7 G G7
Que é Ocupar, Resistir e Produzir!
G
Não somos culpados de ser operários REFRÃO
Am
Pra ganhar salário que não dá pra nada G
Não somos culpados de ser enganados
Que tão congelado qual nossa comida Am
D7 G Por alienantes comunicações
Que vai nas marmitas toda madrugada
G7 Mas o tempo passa e contra esta farsa
Onde um ou dois dá ordem a mil ou mais D7 G
C Vai crescendo a tempo a conscientização
Explorando muito pra ganhar bastante G7
G Com uma nova linha o povo caminha
Nosso excedente ele põe na sacola C
Am Segue entoando uma nova canção
Na hora do aumento tira o corpo fora G
D7 G G7 Outra sociedade com novos valores
Se participamos quer mandar embora Am
O processo avança contra os opressores
C D7 G G7
Não somos culpados Tirando os espinhos pra nascer as flores
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14. Sonhar grande Cm Bb
(Zé Pinto) É ser amigo, ser companheiro
G#7 G7 Cm
Tom: G / Ritmo: Ser verdadeiro e não ter medo de enfrentar
G7 Cm
G D É ter coragem pra lutar
Quem sonha grande e põe os pés na estrada
G Bb Cm
Verá um dia se concretizar Doa suas vidas, suas batalhas
D Bb Cm
Latino-América uma grande Pátria Desbrava a terra, salta muralhas
G Bb G7 Cm
Onde os abutres não irão vingar Plantar, colher, muitas vezes sofrer
D Bb G#7
Pois nessa pátria só terá justiça É ver que a vida passa e você se torna
G G7 Cm
Só vingará então fraternidade Mais um ser na massa
D
E a vitória de quem acredita
G
Em construir o mundo em liberdade 16. Estou aqui por quê?
(Marquinhos Monteiro)
C
Uma cova funda enterrará pra sempre Tom: A / Ritmo: Xote
G
Fome, miséria e alienação A E7
D Me perguntaram se o presidente assinou
Um broto novo nascerá das massas A A7
G O projeto que libera terra pro trabalhador
E o Ser Humano se erguerá do chão D A
C Ele assinou e o povão ficou contente
E pra cidade um novo projeto E7
G Mas pra liberar a terra
E o latifúndio agora em muitas mãos A A7
D Ainda estão matando gente
Socialismo pra quem faz história
G E7 A
E ainda carrega o sonho em suas mãos Estou aqui por quê? É pelo MST
E7 A
Estou aqui por quê? É pelo MST
D A
O povo grita justiça no país
E7 A A7
Não sou eu quem fala, é o povão quem diz!
15. Mais um ser na massa
(Cida Dias) A E7
Estamos todos unidos nessa batalha
Tom: Cm / Ritmo: Canção A A7
Num só objetivo: A Reforma Agrária!
Cm Bb Cm D A
Ser sem terra é ser herói, é ser guerreiro O nosso lema é um grito famoso
Bb Cm Bb E7 A
É viver a vida, sem ter medo de arriscar E a Reforma Agrária é uma luta de todos!
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17. Já não gingam mais por gingar 18. Bandeira da Vitória
(Zé Pinto) (Tavares)
G Am Gm D7
Olha Zumbi dos Palmares aí Companheirada, aqui estou chegando agora
D7 G Gm
Onde é que tá? Onde é que tá? Prestem atenção, não é fácil a conquista
D7
Am Companheirada, uniremos nossas forças
Abra esses olhos menino Gm
D7 G Com amor, muita fé e sem preguiça
Não vê esse povo na rua?
Am G7 Cm
É a esperança gritando Companheirada, aqui estou chegando agora
D7 G F D7 Gm
Que a luta continua Com vocês eu quero participar
D7
Am Companheirada, esta é nossa história
Capoeira rodou no terreiro Gm D7
D7 G Nossa vitória, Reforma Agrária já
Consciência na palma da mão
Am Gm D7
Já não gingam mais só por gingar Companheirada, aqui estou chegando agora
D7 G Gm
Negritude quer transformação A nossa história eu pretendo escrever
D7
Am Companheirada, e a bandeira da vitória
Cor da pele não é a desculpa Gm
D7 G Com vocês também pretendo erguer
Manda tudo quem tem capital
Am
O comando é imperialista
D7 G
E o projeto é neoliberal
Am
Lutar contra a discriminação
D7 G
Racial e sexual
Am
É o povo rasgando caminhos
D7 G
Contra a lei do grande capital
Am
Num batuque uma canção libertária
D7 G
Pela Reforma Agrária no chão
Am
É o sonho plantando na terra
D7 G
A semente da libertação
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19. Tiro de fuzil C#m G D
(Ojeferson Santos) Será quando acaba essa guerra Viva Oziel
B
Tom: C#m / Ritmo: Afoxé E toda ignorância Menino guerreiro
A Em A7
C#m Será quando posso andar Seu grito ecoou
G#7 D7
Ouço um tiro de fuzil
Alegre com as minhas crianças
B No peito da gente
C#m
escuto um gemido de dor G D
Eu vejo gente sofrendo
A B Pulsa o coração
E fico daqui pensando E morrendo sem merecer
G#7 A Do povo sem terra
Será dessa vez quem pagou Cadê as autoridades Em
C#m G#7 E a sua história
Será que foram os Sem Terra E os homens que estão no poder G D A7 D A7
B Sempre está pre...sente
Que querem plantar neste chão
A 20. Menino guerreiro D Em
Será que foram os meninos (Zé Claudio e Zé Pinto) Beijou a serpente
G#7
Que vivem mendigando o pão Tom: D / Ritmo: Canção Da fome e do medo
C#m A7
Será que foram meus amigos D Em Ergueu a bandeira
B Aquele menino D
Ou será que foram meus irmãos Vermelho encarnada
A Era filho do vento Eb°
E a gente acaba pagando A7 E fez da coragem
G#7 Por isso voava Em
Por toda essa repressão D Seu grande segredo
Como as andorinhas A7
Eb° Riscou na reforma
C#m B
Aquele menino G D A7 D A7
Liberdade, violência não Em
Um “A” de Agrária
Trilhou horizonte
Vamos acabar A7
C#m G#7 Que nem um corisco D Em
Com a repressão G D A7 D A7 Trilhou o caminho
Talvez ou..sa...ria
C#m Com a fé ardente
Eu vivo assustado com tudo D Em A7
B Levava no rosto Pois tinha na alma
E às vezes não consigo dormir D
A Semblante de paz Sonhos de mudança
Com toda essa violência A7 Eb°
G#7 E um riso de flores Levou esperança
Que vive por perto de mim D Em
C#m Pro amanhecer Plantou a semente
Será que nos temos direitos Eb° A7
Pois tinha na alma Que nem seu silêncio
B
Em G D A7 D G D A7
De na rua poder andar
Um cheiro de terra Faze...rá morrer
A A7 A7
Será que nos temos direitos Tantas primaveras
G#7 G D A7 D G D A7
De na terra poder trabalhar Tinha pra vi....ver REFRÃO
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21. Transformação brutal Cm Bb 22. Canto da Terra Sagrada
(Ojeferson Santos) Que decepção, que decepção (Paulo Amorim)
G#7
Tom: Cm / Ritmo: Afoxé Morrem jovens, morrem velhos Tom: E / Ritmo: Canção
G7 Cm
Cm Porque querem plantar no chão E B7
Às vezes fico olhando Contam que por essa terra
Bb A
E me dói o coração Cm Quem trabalha a terra
G#7 Nosso Brasil já passou B7
De ver corpos massacrados Bb Só vive a penar
G7 Por grandes transformações A E
Espalhados pelo chão. G#7 Abatido sem direito a terra
Cm Vieram primeiro os portugueses F#7
São todos trabalhadores G7 Vive em pé de guerra
Bb Expulsando os índios irmãos B7
Descendentes de Moisés
Cm Sem puder sonhar
G#7
Lembrar também dos negros
Que lutavam pela terra
Bb A E
G7
Que sempre são humilhados A vida que nasce da terra
Para dar aos seus fiéis.
Cm G#7 B7 E
Seu povo era perseguido Vieram da África pro Brasil E ao pó da terra a vida voltará
Bb G7
Devorados por leões Para serem escravizados E B7 E
G#7 Cm A terra ela é sagrada
Só porque queriam terra E lembrar também das Ligas A B7
G7 Bb Nas mãos de quem trabalha a terra
Só porque queriam pão Dos movimentos populares C#m B7
G#7 Suor, vida, trabalho e terra
Viva Antônio Conselheiro A
Cm Bb G7 O direito a terra
Moisés reinou, Moisés reinou Viva Zumbi dos Palmares B7 E
G#7 É de quem trabalha
Na travessia do mar vermelho
G7 Cm G7 Cm Bb
Suas terras conquistou A luta não para, a luta não para
G#7
Vocês continuam vivos
Cm G7 Cm
Mas hoje em nosso país Chico Mendes, Che Guevara
Bb
Sangue rola pelo chão
G#7
Sangue dos trabalhadores
G7
Que morreram pelo pão
Cm
O governo está no poder
Bb
Mas não liga pra isso não
G#7
Anda de carro importado
G7
Curte férias no Japão
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CD PLANTANDO CIRANDAS 3
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3. O menino e o mar (João Bá) 5. Um conto em ciranda (Crianças do MS)
Tom: Dm / Ritmo: Xote Tom: F / Ritmo: Chamamé
Introdução: F F7 Bb F C7 F (2x)
Dm Gm
Menino, vem brincar no mar F
Dm A7 Dm Chegamos no Pantanal do Mato Grosso do Sul
Ô mar, vem lavar pé de menino (2x) C7
Vimos a onça pintada, o jacaré, o tuiuiú
F
Vimos grandes fazendas seus campos envenenados
4. Infância Sem Terrinha (Crianças de ES) C7
Encontramos camponeses num esforço danado
Tom: E / Ritmo: Congo
Introdução: E B7 Cultivando suas terras com muita dificuldade
Bb C7 F
E B7 Preservando a semente, patrimônio da humanidade
A infância Sem Terrinha F7 Bb F
E Tomamos o tereré junto com os pantaneiros
É muito boa de se viver C7 F
B7 Ouvimos o chamamé comendo arroz tropeiro (2x)
No lugar onde moramos
E F
todos plantam pra colher (2x) Meu Mato Grosso do Sul, lugar de pura beleza
B7 E C7
Os Sem Terrinha fazem luta, luta pra valer Seus povos e seus costumes, sua própria natureza
B7 E
Pois se a luta é difícil, é difícil de vencer São tantas as qualidades, não cabem numa canção
B7 E Bb C7 F
Numa roda de ciranda a gente canta com prazer Por isso vem conhecer, garanto satisfação
B7 E F7 Bb F
As cantigas de criança nos alegram pra valer Tomamos o tereré junto com os pantaneiros
B7 E C7 F
A lição que aprendemos vai além do ABC Ouvimos o chamamé comendo arroz tropeiro (2x)
B7 E
A educação do campo é do MST (2x)
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6. Vida de Sem Terrinha 7. Sou Sem Terrinha
E B7 Gm A7 Dm
Laiá, lá, laiá, laiá, lá, Sou sem terrinha, sou guerreiro vencedor
E Gm A7 Dm
Laiá, laiá, lá, laiá, laiá (2x) Sou desse chão, de onde brota o amor
D7 Gm C7 Dm
G#7 C#m Muito prazer, vou cantar, meus direitos defender
Nós somos os Sem Terrinha, A7 Dm
G#7 C#m Trazendo nessa toada “Viva o MST!”
Gostamos de estudar
A Gm A7 Dm
Aqui no assentamento Da luta brota a vida, da vida brota o amor
B7 E Gm A7 Dm
Na escola e em nosso lar Aqui em nosso assentamento, nosso povo é lutador
D7 Gm C7 Dm
B7 E B7 E Sou Sem Terrinha Guerreiro, filho de trabalhador
D7 Gm A7 Dm
G#7 C#m Sou Sem Terrinha Guerreiro, filho de trabalhador
Mas como somos crianças
G#7 C#m
Queremos também brincar Gm A7 Dm
A No assentamento onde eu moro, há muita transformação
Assim a mamãe falou: Gm A7 Dm
B7 E Pois todo mundo trabalha em prol de nossa nação
Brincadeira é muito bom D7 Gm C7 Dm
E nossa comunidade mora no meu coração
B7 E B7 E D7 Gm A7 Dm
E nossa comunidade mora no meu coração
G#7 C#m
Vou brincar de pique-pique,
G#7 C#m Gm A7 Dm
Vou jogar bola de meia Ser Sem Terrinha é aprender a viver em liberdade
A Gm A7 Dm
Vou brincar de cozidinho Sabendo reconhecer que essa é sua identidade
B7 E D7 Gm C7 Dm
Cantar roda a noite inteira Fazer a própria história, mudando a realidade
D7 Gm A7 Dm
B7 E B7 E Fazer a própria história, mudando a realidade
G#7 C#m
Tem que ter educação,
G#7 C#m
No campo e na cidade
A
E a criançada em roda
B7 E
Pra mudar a sociedade
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8. Herdeiros da luta pela terra 9. Ser criança
D Em
B E B Aqui no campo é gostoso brincar
Caboclos unidos em luta, na defesa do nosso chão A7 D
F#7 B E a natureza é nossa inspiração
Homens, mulheres e crianças com pau, foice e facão F#7 Bm
F#7 B De pega-pega, nós vamos te pegar
Enfrentaram nas batalhas, até balas de canhão E7 A
E no terreiro eu vou furar o chão
B7 E B G D
Contestado ontem, Sem Terra hoje Desperta gente, tem sol a brilhar
E7 A
F#7
Vamos brincar, brincar de pião
Lutando pelo mesmo chão G D
B Aqui no campo é gostoso brincar
Lutando pelo mesmo chão (2x) E7 A7 D7
E a natureza é nossa inspiração
B E B G D
Na roda viva da história, com a terra na mão Aqui no campo é gostoso brincar
F#7 B E7 A7 D Em A7 D
Nem com o fogo na ponte a marcha parou E a natureza é nossa inspiração
F#7 B
D Em
O latifúndio ocupado, a luta continuou E desse jeito feliz vou viver
A7 D
B7 E B F#7 B E é no campo que eu quero morar
F#7 Bm
B E B Vejam lá menino na carreira
Para ser terra viva, cultivar sem agressão E7 A
F#7 B Cai no poço, o outro vai falar
Acreditar nos princípios combatendo a exploração G D
F#7 B Nem me triscou, peguei a bandeira
E7 A
Comida saudável na mesa, alimentando a população Chegou a hora, é hora de cantar
G D
Refrão E desse jeito feliz vou viver
E7 A7 D7
B E B E é no campo que eu quero morar
Somos Sem Terrinha, herdeiros da luta pela terra G D
F#7 B E desse jeito feliz vou viver
Nossos sonhos se constroem na Educação do Campo E7 A7 D D7
F#7 B E é no campo que eu quero morar
Educando, educadores, vivendo novos valores
G D
Banda de lata criança feliz
A7
Nossa festa é verdadeira
D7
Nossa bandeira é estudar
G D
Banda de lata criança feliz
E7 A7
Nossa festa é verdadeira
D (D7)
Nossa bandeira é lutar (2x)
27
10. Sem Terrinha de poder 11. Direito de criança
F# C#7 F# D
Somos Sem Terrinha de poder Sem Terrinha também luta
C#7 F# E7 A E7 A
Eu quero minha terra Para ter dignidade
C#7 F# D E7
Chega de sofrer na lona preta Porque eles também sonham
C#7 F# A E7 A
Eu quero a minha terra Em cantar a liberdade
C#7 F#
Um dia a Reforma Agrária vai sair D
C#7 F# Não basta ter alimento
Eu vou ter a minha terra E7 A E7 A
C#7 F# E boa casa pra morar
Acabar com o latifúndio do Brasil D E7
C#7 F# Queremos também escola
Pra ter a minha terra A E7 A
C#7 F# E bom mestre pra ensinar
E ver a bandeirinha vermelhinha
C#7 F# D
Dentro da minha terra Pois criança tem direito
C#7 F# E7 A E7 A
Somos Sem Terrinha de poder De escola e moradia
C#7 F# D E7
Vamos plantar e proteger Sou Sem Terra pequenina
C#7 F# A
Pra ver o que vai acontecer Lutando com ousadia
C#7 F#
Acontecer (2x)
28
12. Soltando nossa voz 13. Lira da Reforma Agrária
C Gm E F#m
Passarinhos voam tranqüilos Chora lira, chora lira, chora lira, lira lá
C Gm B7
Pelas sombras das árvores Se o povo não tem terra
F E
Em busca de um grilo É que a lira quer chorar (2x)
C
O passarinho atrás de um amigo B7
Um taco pra cada um já basta pra ser feliz
Quando escuta um zunido E
F Colher fruto sem veneno pra alimentar o país
Acha que está em perigo E7 A B7 E
C Quem escolhe brincadeira pra criança ser feliz
Colorido, colorido
F B7
As flores e as florestas Esta é lira da reforma agrária
C E
Cada vez mais extintas Que nasceu do sonho dessa meninada (3x)
F C
Tanta destruição, o mundo acaba então (2x) E F#m B7 E B7 E
F
Não! E F#m
C F Canta lira, canta lira, canta lira, lira lá
Sem Terrinha é a solução B7
C F Se o povo conquista a terra
Pra acabar com a poluição E
C G7 É que a lira quer cantar
A escola vai ensinar
C (F) (Gm C Gm C) B7
O Sem Terrinha a plantar Porque o nosso modelo é da agroecologia
E
C Gm Sonhar de barriga cheia pra florir de alegria
Moro no campo com muito orgulho E7 A B7 E
C Gm Tomar banho de cultura estudar na poesia
Sou semente do futuro e por isso vou cantar
C Gm
A vida é curta, então temos que aproveitar B7
C Gm Esta é lira da reforma agrária
Vamos lá amigo, vamos lutar E
C Gm Que nasceu do sonho dessa meninada (4x)
Somos Sem Terrinha, vem com a gente gritar
C Gm
Temos direito de por um país melhor lutar!
C Gm
Somos Sem Terrinha, soltando nossa voz
C Gm
Pula aqui, mano! Tu vai ver quem é “nóis”!
29
14. Unidos do amanhã
Dm G7 C Am
A Lona Preta tocando brota a semente do chão
Dm G7 C A7
Sem Terrinha é o futuro da nação
Dm G7 C Am
No campo e na cidade tem amor e união
Dm G7 C G7
Sem Terrinha pra fazer revolução
C A7 Dm G7 C G7
Tudo começou lá no barracão antes da gente nascer
C A7 Dm
De noite a batucada reunia o pessoal
Dm7M Dm7 Dm6 G7 C G7
Marchando até a entrada do acampamento, era o nosso carnaval
C A7 Dm
Nascemos pra lutar, lutamos pra vencer
G7 C A7 Dm G7 C A7
Em reunião, em mutirão, ciranda que tem desde a ocupação
Dm G7 C A7 Dm G7 C G7
O Movimento é pra valer, no campo e na cidade somos MST
C G7 C
E na Comuna a gente planta sem veneno
A7 Dm
Que é pra comida ser gostosa e fazer bem
G7 C A7 Dm G7 C A7
Afasta o mato, cava um buraco, põe com carinho a semente
Dm G7 C A7 Dm G7 C G7
Tem que adubar, tem que regar, cuidar bem assim permanente
Cm Bb G#7 G7 G#7 G7 C G7
Depois o tempo passa a gente colhe, a gente come e começa tudo outra vez
Cm Bb G#7 G7
Comuna porque é na comunidade a nossa história
G#7 G7 C A7
Que agora o Sem Terrinha vem contar
30
CD ARTE EM MOVIMENTO
1. Pra soletrar a liberdade (Zé Pinto) 2. Terra e raiz
Tom: G (I Oficina Nacional dos Músicos do MST)
Tom: F
G Gm7M G6 Gm7M G
Tem que estar fora de moda, criança fora da escola F
Gm7M G6
Pois há tempo não vigora A terra guarda a raiz
E7 C Am9/B Am C7
O direito de aprender Da planta que gera o pão
A#° G/B E7 Am Bb F
Criança e adolescente, numa educação decente A madeira que dá o cabo
D7 G D7 G C7 F
Pra um novo jeito de ser
E7 Am D7 G (D7 G) Da enxada e do violão
Pra soletrar a liberdade na cartilha do abc
C7
E7 Am D7 G E7 A chuva cai sobre a natureza
Ter uma escola em cada canto do Brasil F
Am D7 G G7 E a planta cresce gerando a riqueza
Com um novo jeito de educar pra ser feliz
F7 Bb
C A#° G/B E7
Tem tanta gente sem direito de estudar E o trabalhador luta com certeza
Am D7 G (G7) F C7 F
É o que nos mostra a realidade do país Pra não faltar o pão sobre nossa mesa
G D7 G D7 G REFRÃO
Tem que estar fora de moda, criança fora da escola
E7 Am
Pois há tempo não vigora o direito de aprender
D7 G E7 Am Liberdade é pão, é vida
Criança e adolescente, numa educação decente C7 F
D7 G D7 G Terra-Mãe, trabalho e amor
Pra um novo jeito de ser Bb F
E7 Am D7 G
Pra soletrar a liberdade na cartilha do abc É o grito da natureza
C7
Viola de um cantador
E7 Am D7 G E7
Juntar as forças, segurar de mão em mão
Am D7 G G7 REFRÃO
Numa corrente em prol da educação
C C#° G E7
Se o aprendizado for além do Beabá
Am D7 G (G7) É o povo em movimento
Todo menino criança vai poder ser cidadão C7 F
Contra as cercas da concentração
REFRÃO Bb F
Com um sorriso de felicidade
E7 Am D7 G E7
Alternativa pra entregar conhecimento C7 F
Am D7 G G7 E a história na palma da mão
O Movimento já mostrou para a nação
C D7 G F# F E7
Desafiando dentro dos assentamentos
Am D7 G (G7)
Reforma Agrária também na Educação
31
3. Floriô (Zé Pinto) A
Tom: F E assim já ninguém chora mais
E
F C7 Ninguém tira o pão de ninguém
Arroz deu cacho e o feijão floriô B7
Bb C7 F O chão onde pisava o boi
Milho na palha, coração cheio de amor A E
É feijão e arroz, capim já não convém
Bb
Povo Sem Terra fez a guerra por justiça
F B7
Visto que não tem preguiça este povo de pegar Compadre, junte ao Movimento
F7 Bb A E
Cabo de foice, também cabo de enxada Convide a comadre e a criançada
C7 F B7
Pra poder fazer o roçado e o Brasil se alimentar Porque a terra só pertence
Bb A E
Com sacrifício debaixo da lona preta
A quem traz nas mãos os calos da enxada
F
Inimigo fez careta mas o povo atravessou B7
F7 Bb Se somos contra o latifúndio
Romperam cercas que cercam a filosofia A E
C7 F Da mãe natureza, somos aliados
De ter paz e harmonia para quem planta o amor A
E viva a vitória no chão
B7 E E7
REFRÃO Sem a concentração dos latifundiários
Bb
Erguendo a fala gritando: Reforma Agrária!
F REFRÃO
Porque a luta não pára quando se conquista o chão
F7 Bb B7
Fazendo estudo, juntando a companheirada Seguimos ocupando terra
C7 F A E
Criando cooperativas pra avançar na produção Derrubando cercas, conquistando chão
B7
Que chore o latifundiário
A E
Pra sorrir os filhos de quem colhe o pão
4. Assim ninguém chora mais (Zé Pinto ) B7
Tom: E E a luta por Reforma Agrária
A E
E B7 A A gente até pára, se tiver, enfim
Sabemos que o capitalista diz não ser preciso A
E B7 Coragem a burguesia agrária
Ter Reforma Agrária, seu projeto traz miséria B7 E E7
A E De ensinar seus filhos a comer capim
Milhões de sem-terra, jogados na estrada
B7 A
Com medo de ir pra cidade, enfrentar favela REFRÃO
E A
Fome e desemprego, saída nessa situação
B7 E E7
É segurar as mãos de outros companheiros
32
5. Companheiros de Guevara 6. 500 anos de resistência índia-negra-popular
(Ademar Bogo) (Zé Pinto)
Tom: G / Ritmo: Rastapé
Tom: A
G Am
A D E7 A invasão chegou de barco nesta América Latina
Se não tiver o amanhã D7 G G7
A Veio riscado da Europa este plano de chacina
C G
Brindaremos o ontem
Vinham em nome da civilização
E7 D7 G (G7)
E saberemos, então Empunhando a espada e uma cruz na outra mão
A (A7)
Onde está o horizonte D7 G
Nos pelourinhos da morte tanto sangue derramado
A D7 G
Aí cantaremos segredos Pra mão-de-obra barata índio e negro escravizados
F#7 Bm F#7 C G
E todos os medos serão alegrias São três histórias neste grande continente
Bm E7 D7 G G7
Veremos que o passo só cansa Uma bem antes dos invasores chegar
C G
A
E a segunda cinco séculos de invasão
Quando não alcança sua rebeldia
D7 G G7
E a resistência índia-negra-popular
E na sombra da verdade C G
F#7 Bm E a terceira é a que vamos construindo
Estará a liberdade que a gente queria D7 G G7
D A Pra destruirmos a raiz de todo mal
Então ouviremos da história C G
E7 A (A7) E a nova etapa vai trilhando por aqui
O grito de glória da nossa utopia D7 G
Quinhentos anos, Campanha Continental
REFRÃO
REFRÃO
A D7 G
E quem ficou sem chegar Esta história de dois mundos pelo mundo se espalhou
F#7 Bm F#7 D7 G G7
Sem poder andar estará presente Com uma visão colonialista não mostraram nossa dor
Bm E7 C G
Grande será nosso espanto Mas reascende um grito de resistência
A D7 G G7
De ver o encanto do bom comandante Seguindo exemplos dos verdadeiros heróis
C G
Chegando na hora certa O grito negro de Zumbi vem dos Palmares
F#7 Bm D7 G G7
Marçal, Proaño e tantos ergueram a voz
Com a voz desperta nossa rebeldia
C G
D A Estão presentes em nossa Organização
Companheiros de Guevara D7 G G7
E7 A (A7) Pra ter mais força é preciso unificar
Trilhando a estrada por um novo dia C G
Marchando firme contra toda escravidão
D7 G
REFRÃO E o farol de Colombo vai se apagar
33
7. Descobrimos lá na base 8. Quando chegar na terra
(Zé Pinto) (Ademar Bogo)
Tom: F Tom: G
F G
Descobrimos lá na base que a tal da reforma agrária Quando chegar na terra
C7 D7 G
Do papel não vai sair, pelo pedaço de chão Lembre de quem quer chegar
F
Pra colher o nosso pão vamos ter que nos unir Quando chegar na terra
F7 D7 G
Companheiro e companheira, vitória vai ser ligeira Lembre que tem outros passos pra dar
Bb F
Se todos se organizarem, a gente faz acampamento C
C7 F Quando chegar na terra
Tira pão para o sustento e Reforma Agrária é pra já
Lembre que tem outros passos pra dar
C7 G
E vamos entrar naquela terra e não vamos sair Mire o olhar na frente
F
Nosso lema é “ocupar, resistir e produzir” Porque atrás vem gente querendo lutar
B7 Em
Neste caminho obscuro
A gente faz caravana, arrisca entrar em cana B7 Em
C7 Está o futuro para preparar
Mas tem que ser por aí, sindicatos combativos B7 Em
F Não desanime, caminhe
Isso tudo é preciso para a luta prosseguir B7 Em
F7 Trabalhe, se alinhe no passo de andar
A classe trabalhadora que é a mais sofredora
Bb F
Já começa a perceber que nós somos maioria REFRÃO
C7 F
E que vai chegar o dia com um novo amanhecer
C
Quando chegar na terra
Pelo fim do latifúndio, chega João, chega Raimundo
C7 Lembre que ainda não tem liberdade
Isso vai ter que mudar nessa América Latina G
F Este é o primeiro passo
Será que a nossa sina, vai ser sofrer sem parar
F7 Que estamos dando nessa sociedade
Mas eu nisso não acredito, por isso eu tenho dito B7 Em
Bb F Só a terra não liberta
Vamos todos dar as mãos, é a força popular B7 Em
C7 F Este é o alerta, aumenta a ansiedade
Levantando essa bandeira: Reforma Agrária é no chão B7 Em
Isso virá no dia
B7 Em
Que com ousadia ganhar na cidade
34
9. Manter a esperança 10. América Livre
(Ademar Bogo) (Jacir Strapazzan/Milico)
Tom: G Tom: F
G F Gm
Já negaram tudo que bem pouco resta América Latina de sangue e suor
E7 Am Bb C7
Nova teoria já dizem que tem Eu quero pra ti um dia melhor
F Gm
Tentam iludir os que tudo fazem
Este povo que sofre pela mesma razão
D7 G D7
Bb C7
Pra que se acomodem e parem também
G Grita por liberdade numa nova canção
Qualquer discurso já é uma ameaça
G7 C F Gm
E se for na praça correndo já vem América, América sou teu filho e digo
D7 G Bb C7
Não andamos muito mas sabemos agora Um dia quero ser livre contigo
E7 Am
Já disse o poeta “quem sabe faz a hora” F Gm
D7 G América morena do velho e do novo
E não se espera por quem já não vem Bb C7
Construindo a história na luta do povo
D7 G F Gm
Já disse o homem que depois morreu e ficou a memória Numa guerra de força contra o imperialismo
D7
Bb C7
Que existe uma coisa na roda da história
Que dos povos da América é o grande inimigo
G
Que uma camada pra trás quer rodar
D7 G
Mas estes não servem pra pôr suas mãos nesta manivela REFRÃO
D7
Ficarão à margem olhando da janela F Gm
G América minha quero te ver um dia
A luta do povo esta roda girar Bb C7
Teu povo nas ruas com a mesma alegria
F Gm
O que os outros fizeram já não vale nada Gritar a vitória no campo e cidade
E7 Am Bb C7
Já não sabem mais o que mesmo dizer E empunhar a bandeira da liberdade
Querem construir a nova sociedade
D7 G D7
Buscando no voto o sonhado poder
G
“A luta de classes já não existe”
G7 C
Mas quem faz resiste e procura vencer
D7 G
Por mais que se queira transformar em nada
E7 Am
Saibam que a história é como a madrugada
D7 G
Quem acorda cedo faz o amanhecer
35
11. Luz da América (Ademar Bogo) 12. Causa nobre (Zé Pinto)
Tom: G Tom: F
G Am
América Latina tem uma beleza F C7 F
D7 G Partindo da necessidade de ter um pedaço de chão
Que não foi a natureza só que desenhou C7
E7 Am Pra dar o sustento aos filhos
Foi a força da guerrilha nos braços do povo F
D7 G Aos filhos de nossa Nação
Que no dia de ano novo enfim triunfou F7 Bb F
Am Cansado de pôr a enxada nas terras apenas do patrão
Ela é muito pequena mas muito elegante Gm
D7 G E ver chegar o fim do ano
Forte como um gigante se mantém por lá C7 F
E7 Am Tantos desenganos sem nenhum tostão
Desafia o inimigo e não tem receio
D7 G
Ignorando o bloqueio desafia o mar F C7
Sem Terra estão se organizando
Am F
Somos desta terra, somos companheiros De Norte a Sul deste País
D7 G C7 F
Somos brasileiros e também somos latinos Pra derrubar o latifúndio que deixa o povo sem raiz
E7 Am F7 Bb
Pátria de Marti e de Chê Guevara Cansado de tantas promessas
D7 G F Gm
Esta história não pára enquanto nascer um menino E ver tanta enganação, jogada dos politiqueiros
Am C7 F
É Cuba pequena que nos dá o exemplo Que o tempo inteiro roubam essa nação
D7 G
É massa e fermento neste caminhar F C7
E7 Am O vento sempre companhia
Mostra ser possível dar um passo a frente F
D7 G Em cima de um caminhão
Com toda esta gente para triunfar C7 F
Am No peito vai muita vontade de ver o fruto desta ação
E aqueles que demonstram ser muito sabidos F7 Bb F
D7 G E vai também a mulherada com muita participação
Certo que estão iludidos, um dia vão chorar
E7 Am Gm
Porque a história não perdoa ninguém Mostrando com capacidade
D7 G C7 F
Ficarão esperando o trem que jamais voltará Que tem outras lutas além do fogão
F C7 F
Am E a luta segue organizada, com muita determinação
Nossa América é assim mas será diferente C7 F
D7 G Derrubando as cercas da morte e o poder do tubarão
A não ser que não se tente o caminho fazer F7 Bb
E7 Am
E esperar que a burguesia nos dê de presente Nas mãos de quem nela trabalha
D7 G F
Quinhentos anos de história com as mãos no poder E o fim dessa concentração
Am Gm
Não faremos o amanhã se não lutarmos hoje Pois ela sim é mãe dos pobres
D7 G C7 F
Nem haverá novas Cubas se a gente parar Nesta causa nobre da revolução
E7 Am
Somos os coveiros do imperialismo
D7 G
Mesmo que a gente não queira tem que cavocar
36
13. Novo amanhecer (Marquinhos e Adilson Monteiro) “Ave! Ave! Santa árvore
Tom: D Pai nosso e do palmital
Pão nosso do santo fruto
D G Ribeirinho enfrenta o mal
Mais um dia vai amanhecer Do homem que traz a cerca
D Planta capim, faz curral
Logo o sol já vai nascer Amparado num projeto
G De violência brutal
Se prepara pra poder trabalhar Onde o humano é esquecido
D E o boi querido é o tal”
Somos pobres temos que lutar
A7 G Cantado:
Se é roceiro capina a roça, se é pedreiro a casa constrói
A7 G E B7 E
Se é vaqueiro toma conta do gado O Amazonas cuidado com pé do boi
D E7 A
Com sacrifício fazem tudo calado Chico já disse, ninguém mais se esqueceu
G D A E
Assim que sobrevive o trabalhador rural O latifúndio traz miséria acaba a mata
G D C A7 C#m7 F#m B7 E (E7)
Que trabalha de sol a sol pra ganhar o pão Incendeia desacata a milenares filhos teus
D G D
Tudo que eles fazem não tem valor A E
G D C A7 Se expulsar o seringueiro meu amigo
É explorado o pobre trabalhador pelos “marajás” B7 E
Pense comigo a seringueira vai chorar
D G A E
Pobre pros ricos não vale nada É sua escora, é companheira, é sua amiga
D B7 E
Que eles não sabem o que é o peso de uma enxada E ela percebe que ele sabe preservar
G
Do bom e do melhor os ricos bebem e comem A E
D Muita tristeza no tombo da castanheira
Com um salário o pobre passa fome B7 E
G D Pro castanheiro é quase morrer de dor
Brasil você tem tantas riquezas A E
G D Ver destruída sua eterna companheira
Mas os homens que governam B7 E
C A7 Por um projeto que ele não testemunhou
Não pensam em ninguém
D G D A E
Tudo já virou mais que um pesadelo E como fica onça pintada, arara azul
G D B7 E
Nosso país nas mãos dos estrangeiros Paca, cutia, periquito, porco-espinho
C A7 A E
Ninguém vive bem! O jacaré, traíra, boto e lambari
B7 E
Pedem socorro com seu choro jacamim
A E
14. Devoção à Amazônia (Zé Pinto) Chega de longe uma falsa ecologia
Tom: E B7 E
Mas essa fria seu projeto já mostrou
Falado: A E
Imperialismo vem escrito na cabeça
Não sou apenas o índio que perdeu sua taba B7 E
Na curva da estrada que o trator abriu Não tem magia quem não conhece o amor
Quando arrancou mãe-floresta, quebrou minha flecha
Deturpou minha festa e quase ninguém viu
Não quero esse lero-lero de quem diz: Levanta o índio junto aos outros companheiros
Não posso! Coitado! Ai de mim! Vamos ligeiros contra a força desse mal
Se a Amazônia dá um grito, nós gritamos juntos Fazer corrente em toda América Latina
E rezamos assim: A causa é nobre, a luta é internacional
37
15. Candelária (Protásio Prates ) E B7 E E7
Tom: A Existem dois projetos em jogo, isso já está claro
A E A
A E7 Contradições entre Sem Terra e latifundiário
Quando a bala bate o sino, bate mais do que o metal B7 E
A Pois um projeto é liberdade, vida e produção
Quanta dor nesse menino, que confiou na catedral B7 A E
A7 D O outro injustiça, morte e especulação
Recostou-se pra fugir, da solidão do seu destino
A E7 A E7 A E
Quem diria que seria, teu sono eterno, menino Companheirada, pra burguesia não tire o chapéu
B7
A7 D A Mesmo que ela nos prometa o céu
Candelária, candelária, por quem dobram teus badalos E E7
F#7 B7 E7 A É falsidade! Quer nos enganar
Seria pelos que clamam, ou talvez pelos que calam A
A7 D E7 A Grita Sem Terra, unindo as forças
Na miséria desse povo, quem decide é o fuzil E
F#7 B7 E7 Ocupando o chão
Que vergonha, Candelária, és a estampa do Brasil B7
D A E7 A Mesmo debaixo dessa repressão
Que vergonha, Candelária, és a estampa do Brasil E
F#7 B7 E7 A A nossa luta não pode parar
(Candelária, Candelária, és vergonha do Brasil)
E B7 E E7
A A terra é mãe do lavrador é quem lavra este chão
Quando o chumbo pesa muito A E A
E7 Pois ela sendo repartida aumenta esse pão
Na consciência de quem tem B7 E
A O pão que encherá a mesa do trabalhador
Vão ao mundo esses clamores, que nos chegam do além B7 A E
A7 D Por isso é bem justa esta luta contra o repressor
Dá-me gana devolver, o mesmo chumbo, também
A E7 A
E B7 E E7
Pois justiça só existe quando o caso lhe convém
Fazer da luta imediata escola pro futuro
A7 D
Quem deixou a meninada, pelas ruas solta ao léu A E A
E7 A7 E derrubar o jogo duplo de cima do muro
Trancou Cristo entre paredes, e fechou a porta do céu B7 E
D A7 D Unidos campo e cidade vamos construindo
O que eu faço, o que tu fazes, com essa bestialidade B7 A E
A E7 A E um dia contra a burguesia vai ser jogo duro
Se o modelo que corrompe, vem da própria autoridade
E7 A
Reforma Agrária!
16. Não somos covardes E
(Zé Pinto) Já que as direitas nunca fazem nada
Tom: E B7
Trabalhadores das mãos calejadas
E E7
E B7 E E7
Organizados vão fazer na marra
Pegue os cereais e a lona, junte a criançada A E
A E A Socialismo! Essa idéia não pode cair
Pois Sem Terra organizados é terra ocupada B7
B7 E Mesmo que alguém tente nos iludir
De mãos dadas vamos juntos, não somos covardes E
B7 A E A liberdade será conquistada!
Somos contra o latifúndio, só produz maldade
38
17. Sonhar não cansa (Ademar Bogo) 18. Ordem e progresso (Zé Pinto)
Tom: Dm Tom: D (Gravação original em D#)
Dm A7 Dm D A7
Na vida de hoje poucos sabem como é Este é o nosso país, esta é a nossa bandeira
Gm C7 F G D
Não tem direito o homem, muito menos a mulher É por amor a esta Pátria Brasil
Gm A7 Dm A7 D
Que a gente segue em fileira
Nesta dura vida a dor é mais comprida
Bb7 A7 D
Quando não se sabe por que é Queremos mais felicidade
Dm Bb7 C Dm G
E no entretanto o sonho se faz canto No céu deste olhar cor de anil
Bb7 A7 D
Quando com coragem a luta é fé No verde esperança sem fogo
A7 Dm A7
Quando com coragem a luta é fé Bandeira que o povo assumiu
A7 Dm G D
Levando vida farta, falta sono pra dormir No verde esperança sem fogo
Gm C7 F A7 D
Bandeira que o povo assumiu
Quem faz por interesse já tem planos pra mentir G
Gm A7 Dm Amarelo são os campos floridos
O mundo do sacana não vê que a dor é humana F#m Em D
Bb7 A7 As faces agora rosadas
Vai matando o dia sem sentir G D
Dm Bb7 C Dm Se o branco da paz se irradia
E no entretanto o sonho se faz canto A7
Bb7 A7 Vitória das mãos calejadas
Quando a gente planta faz florir G D
A7 Dm Se o branco da paz se irradia
Quando a gente planta faz florir A7 D
A7 Dm Vitória das mãos calejadas
No mundo dos senhores, corre dólar, rola ouro
Gm C7 F D
Onde existe pobre pode crer que aí tem choro Queremos que abrace esta terra
Gm A7 Dm G
A dor é tão vadia, esperança que um dia Por ela quem sente paixão
Bb7 A7 D
É que na liberdade desça os morros Quem põe com carinho a semente
Dm Bb7 C Dm A7
E no entretanto o sonho se faz canto Pra alimentar a nação
Bb7 A7 G D
Quando a esperança é o tesouro Quem põe com carinho a semente
A7 Dm A7 D
Pra alimentar a nação
Quando a esperança é o tesouro G
A7 Dm A ordem é ninguém passar fome
Já roubaram tudo no campo e na cidade F#m Em D
Gm C7 F Progresso é o povo feliz
Não enche barriga viver só de saudade G D
Gm A7 Dm A Reforma Agrária é a volta
Com sonho de bonança, quem luta jamais cansa A7
Bb7 A7 Do agricultor à raiz
Levante sua mão à Liberdade! G D
Dm Bb7 C Dm A Reforma Agrária é a volta
E no entretanto o sonho se faz canto A7 D
Bb7 A7 Do agricultor à raiz
Quando a esperança é uma verdade
A7 Dm
Quando a esperança é uma verdade
39
19. Hino do Movimento Sem Terra
(Ademar Bogo/Willy C. de Oliveira)
Tom: Dm
Introdução: Gm Bb7 A7
Dm Gm F
Vem teçamos a nossa liberdade
Dm C7 F
Braços fortes que rasgam o chão
C7 F C7 F
Sob a sombra de nossa valentia
C7 F C7 F
Desfraldemos a nossa rebeldia
Gm Bb7 A7
E plantemos nesta terra como irmãos!
Dm Gm Dm
Vem, lutemos, punho erguido
C7 F
Nossa força nos leva a edificar
Dm Gm Dm
Nossa Pátria livre e forte
Gm F A7
Construída pelo poder popular
Dm Gm F
Braço erguido ditemos nossa história
Dm C7 F
Sufocando com força os opressores
C7 F C7 F
Hasteemos a bandeira colorida
C7 F C7 F
Despertemos esta Pátria adormecida
Gm Bb7 A7
O amanhã pertence a nós trabalhadores!
REFRÃO
Dm Gm F
Nossa força resgatada pela chama
Dm C7 F
Da esperança no triunfo que virá
C7 F C7 F
Forjaremos desta luta com certeza
C7 F C7 F
Pátria livre, operária, camponesa
Gm Bb7 A7
Nossa estrela enfim triunfará!
REFRÃO
40
CD CANTARES DA EDUCAÇÃO
41
3. Passos do saber 4. Menina do sertão
{Marcinha) (Talis Ribeiro/Alberto Oliveira)
G D C
Muitos saberes vem do viver Quem é que paga pelo sonho derramado
Em D
Quanta alegria nos traz o saber Enxugue o pranto da menina do cerrado
C C
Educar é saber amar Quem é que paga pelo sonho derramado
D7 D
Enxugue o pranto da menina
Uma sociedade poder transformar
F#7 Bm
Lenço branco no cabelo
G
E7 A
Cada passo que andar E a tristeza no olhar
Em G D
Esta historia vai nos dar Uma lágrima pequenina
C C G D
Novo tempo pra colher Desce para o chão molhar
D7
Aprender e ensinar C
Quem é que paga pelo sonho derramado
G D
Muitos saberes vem do coração Quem é que paga pelo sonho
Em F#7 Bm
Mas é preciso também dizer não Doze, treze em sua vida
C E7 A
Quando o mal vem nos impor E o vestido azul turquesa
D7 G D
Novos valores vamos nos propor Lua clara na retina
C G D
Choro da quase princesa
REFRÃO C
Por que a lágrima da menina do cerrado?
D
G
Por que a lágrima da menina?
Na terra amada do coração
Em
Dm G
Escolas, sonhos e plantação Sereno da madrugada
C Dm G
Germina a semente, que nos uniu Lava o sangue derramado
D7 Dm G
Povo Sem Terra é do Brasil Vento frio do sertão
Dm G
No lamento pranteado
D C
Acaba o sonho da menina do cerrado
D
Abala o sonho da menina
C
Quem é que paga pelo sonho derramado
D
Quem é que paga pelo sonho
42
5. Samba da Natureza 6. Não vou sair do campo (Gilvan Santos)
(Lupércio Oarpasceno)
Tom: F / Ritmo: Xote
Tom: Em / Ritmo: Samba
F Gm
Em B7 Em Não vou sair do campo
O samba pede paz pra natureza F
B7 Em Pra poder ir pra escola
Diante de tanta avareza Gm
F#m7(b5) B7 Em B7 Educação do campo
De um progresso assustador F
Em B7 Em É direito e não esmola
Que em nome de uma estranha modernidade
B7 Em Dm C
Lança sua crueldade O povo camponês, o homem e a mulher
F#m7(b5) B7 Em Bb F
E provoca tanta dor O negro quilombola com seu canto de afoxé
Dm C
D G Ticuna, Caeté, castanheiros, seringueiros
Mas chegará o momento Bb F
F#m7(b5)
Pescadores e posseiros, nesta luta estão de pé
Em que a voz pela vida
B7 Em
Calará a ambição
REFRÃO
D G C
E a luz de um novo tempo, toda a natureza
B7 C#m7(b5) F#7 Dm C
Viverá em comunhão Cultura e produção, sujeitos da cultura
Bm F#7 Bm Bb F
Atrás do ouro fere a força a terra A nossa agricultura pro bem da população
F#7 Bm Dm C
Sangra o seio da serra Construir uma nação, construir soberania
C#m7(b5) F#7 Bm F#7 Bb F
E deixa uma triste cicatriz Pra viver o novo dia com mais humanização
Bm F#7 Bm
E tira o verde, o brilho e a beleza
F#7 Bm REFRÃO
Destrói toda a natureza
C#m7(b5) F#7 Bm Dm C
Este progresso infeliz Quem vive da floresta, dos rios e dos mares
A D Bb F
Mas chegará o momento De todos os lugares, onde o sol faz uma fresta
C#m7(b5) Dm
Em que a voz pela vida Quem a sua força empresta
F#7 Bm C
Calará a ambição Nos quilombos nas aldeias
A D Bb F
E a luz de um novo tempo E quem na terra semeia, venha aqui fazer a festa
G
Toda a natureza
F#7
Viverá em comunhão
Bm F#7 Bm
Lálálaiála laiálalaiá
43
7. Pra vida continuar (Zé Pinto) 8. Um novo jeito de educar
(Cida Dias)
Tom: E
Tom: E / Ritmo: Baião
E B7 A E
Já que você me sorriu, vamos fazer parceria E A
A E B7 E Um novo tempo chegou
Você pega o violão que eu escrevo a poesia Am E
B7 E E7 É hora de semear
Pra falar de educação, nesta nossa cantoria C#m7 F#m
A G#m F#m B7 E Unindo campo e cidade
Pra falar de educação nesta nossa cantoria B7 E
No direito de estudar
A E
Que Paulo Freire nos ilumine de lá B7 A
B7 E E7 Brasil de várias caras
De onde ele deve estar com sua pedagogia B7 E
A G#m Abre seus olhos pra ver
Aqui na terra vamos lutando por ela B7 A
F#m B7 E E7 Que em meio a tantas terras
Aprendendo nesta guerra, soletrar cidadania B7 E
A G#m Teu povo vive a sofrer
Aqui na terra vamos lutando por ela E7 A G#7
F#m B7 E Passando fome e frio
Aprendendo nesta guerra, soletrar cidadania C#m A
Sem saúde e educação
E B7
B7 A E Direitos negados a nós
Já que você decidiu, dê as mãos, vamos simbora E E7
A E B7 E Reforma no livro e no chão
Porque pela estrada afora, vamos juntar muita gente
B7 E E7
Pois no campo vai florir uma educação decente REFRÃO
A G#m F#m B7 E
Pois no campo vai florir uma educação decente B7 A
Enxadas, foice e facão
A E B7 E
Pra começar quando vi o sol raiar Começam a trilhar
B7 E E7 B7 A
Vi que soletrar a vida é bem mais que o Beabá Em mãos caderno e lápis
A G#m B7 E
É só contar. subtrair ou somar Desenhando nova aurora
F#m B7 E E7 E7 A G#7
Dividir felicidade pra vida multiplicar Unidos a uma só voz
A G#m C#m A
É só contar. subtrair ou somar Crianças, juvens, adultos
F#m B7 E E B7
Dividir felicidade pra vida multiplicar Educação é um direito
E E7
Em qualquer lugar do mundo
REFRÃO
44
9. Uma nova educação 10. Caminhos alternativos
(Zé Claudio) (Zé Pinto)
G D A7 D
Vou regar a terra Se plantar o arroz aqui, se planta o milho acolá
Am C A7 D7
Plantar uma nova leitura Um jeito de produzir pra gente se alimentar
G D
Desse povo que sonha e faz Primeiro cantar do galo, já se levanta da cama
D7 A7 D D7
Uma nova cultura E o camponês se mistura à terra que tanto ama
G Am G D
Vou ficar no campo Amar o campo ao fazer a plantação
C A7 D D7
Esse é meu lugar Não envenenar o campo é purificar o pão
G D
Lutar pela vida Amar a terra e nela botar semente
D7 Em E7 A
Dignidade conquistar A gente cultiva ela, e ela cultiva a gente
Bm G D A7 D
Com um novo ensinamento A gente cultiva ela, e ela cultiva a gente
C
Com uma nova educação
A7 D
Que espalhe pelos campos Choro virou alegria, a fome virou fartura
D7 A7 D7
Um sentido de união E na festa da colheita, viola e noite de lua
G D
G Mutirão é a harmonia com cheiro de natureza
A educação do campo A7 D D7
Am C O sol se esconde na serra e a gente acende a fogueira
Não pode se afastar
REFRÃO
Pois a nossa realidade
D7 Em A7 D
É preciso ensinar Quando se envenena a terra, a chuva leva pro rio
Bm A7 D7
Cultivar a esperança Nossa poesia chora se a vida tá por um fio
C G D
De uma vida em mutirão E ela é pra ser vivida com sonho arte e beleza
A7 D D7
Nossos homens e mulheres Caminhos alternativos e alimentação na mesa
D7
Tem amor por este chão REFRÃO
45
11. Pedagogia da Terra 12. Matutando com Maturana
(Turma José Marti - ITERRA) (Gilvan Santos)
Tom: C Tom: D
C G7 C D B7 Em
Sonho que brota da terra, regado por liberdade Formiguinha lá da roça se encantou com a Jitirana
G7 C A7 D
Com crença no ser humano, e na coletividade Vou cantando minha toada matutando, Maturana
C7 F Fm C
Dentro da realidade ensinar e aprender
G7 C Quando é tempo bom de chuva
A nossa pedagogia vai além do ABC B7 Em
Vou plantar meu pé-de-flor
G7 C A7 D
Pedagogia da terra, povo do campo em ação Vou regando noite e dia pra poder colher amor
C7 F G7 B7 Em
Buscando conhecimento, plantando educação Hoje fiz uma poesia vendo a lua da janela
F Fm C A7 Dm A7 D
Jose Marti é exemplo nós somos fermento Quanto mais eu escrevia, mais estava perto dela
G7 C C7
Nessa construção
F Fm C A7 Dm REFRÃO
Jose Marti é exemplo nós somos fermento
G7 C
Nessa construção Ó seu moço eu sou do campo
B7 Em A7
Minha planta floresceu aprofundou criou raízes
REFRÃO D
G7 C E o campo também sou eu
Numa educação do campo colhendo cidadania B7 Em
G7 C Não precisa que me digam onde devo caminhar
Homens, mulheres, crianças construindo um novo dia A7 D
C7 F Fm C As veredas desse mundo também posso imaginar
Numa canção libertária, reforma agrária no chão
G7 C
Queremos ser alicersse de uma nova nação REFRÃO
46
13. Canção da Terra A E
(Pedro Munhoz) Mas apesar de tudo isso,
Bm
Tom: D O latifúndio é feito um inço,
F#m E
D A Que precisa acabar
Tudo aconteceu num certo dia A E
Em Romper as cercas da ignorância,
Hora da Ave Maria Bm
Bm A Que produz a intolerância
O universo viu gerar F#m E
D A Terra é de quem plantar
No princípio o verbo se fez fogo A E Bm F#m E A E Bm F#m E
Em A Ter - ra, Ter - ra, Ter - ra, Ter - ra
Nem atlas tinha o globo
Bm A
Mas tinha nome o lugar
D A Em Bm A D A Em Bm A
Era a Ter- ra, Ter- ra, Ter - ra, Ter - ra
D A
E fez o criador a natureza
Em
Fez os campos e florestas,
Bm A
Fez os bichos, fez o mar
D A
Fez por fim , então a rebeldia
Em
Que nos dá a garantia
Bm A
Que nos leva á lutar
D A Em Bm A D A Em Bm A
Pela Ter- ra, Ter- ra, Ter - ra, Ter - ra
A E
Madre-Terra nossa esperança
Bm
Onde a vida dá seus frutos
F#m E
O teu filho vem cantar
A E
Ser e ter o sonho por inteiro
Bm
Sou sem terra, sou guerreiro
F#m E
Co´a missão de semear
A E Bm F#m E A E Bm F#m E
A Ter - ra, Ter - ra, Ter - ra, Ter - ra
47
14. Sonho e compromisso (Zé Pinto) D7
Tom: G Segue os movimentos com escola, terra e dignidade
G G7
G D7 Novas dimensões da pessoa humana pra conquistar
Foi por amar a nossa pátria brasileira C
G G7 Quem não ama a vida
Por uma bandeira foi que a gente de dispôs (G7 F#m) Em
C (G7 F#m) Em Não pode nunca ensinar viver
A educar no campo da Reforma Agrária Am D7 G
A7 D7 G G7 E na educação quem não ama nunca pode educar
Formar sujeitos pra o amanhã que vem depois
C (G7 F#m) Em
A educar no campo da Reforma Agrária 15. Construtores do futuro (Gilvan Santos)
A7 D7 G Tom: E
Formar sujeitos pra o amanhã que vem depois
E
D7 Eu quero uma escola do campo
Pelos caminhos da nova sociedade A E
G G7 Que tenha a ver com a vida, com a gente
A educação tem um papel fundamental F#7 B
C (G7 F#m) Em Querida e organizada
Por isso vamos aprendendo e ensinando E A E
Am D7 G G7 E conduzida coletivamente
Plantar um sonho de justiça social
C (G7 F#m) Em Eu quero uma escola do campo
Por isso vamos aprendendo e ensinando A E
Am D7 G Que não enxergue apenas equações
Plantar um sonho de justiça social F#7 B
Que tenha como “chave mestra”
C E A E E7
Se acha que é besteira O trabalho e os mutirões
G
Só pensa asneira não sabe amar A B
D7 G G7 Eu quero uma escola do campo
A G#m F#m E
Pois nossa proposta é do aprender, socializar
Que não tenha cercas que não te - nha muros
C
C#m D
Se acha que é perdido Onde iremos aprender
G Em B E (E7)
Não tem sentido este seu pensar A sermos construtores do futuro
Am D7 G Em
Pois o grande sonho é todo o país alfabetizar E
Am D7 G Eu quero uma escola do campo
Pois o grande sonho é todo o país alfabetizar A E
Onde o saber não seja limitado
D7 F#7 B
Às educadoras e educadores o compromisso Que a gente possa ver o todo
G G7 E A E
Do sacrifício assumindo sempre sem vacilar E possa compreender os lados
C (G7 F#m) Em
A realidade na produção do conhecimento Eu quero uma escola do campo
Am D7 G G7 A E
E o latifúndio da educação vamos ocupar Onde esteja o ciclo da nossa semeia
C (G7 F#m) Em F#7 B
A realidade na produção do conhecimento Que seja como a nossa casa
Am D7 G E A E E7
E o latifúndio da educação vamos ocupar Que não seja como a casa alheia
48
16. Um canto novo (Abrão Godois)
Tom: G
G G#° Am
Chegou a hora vamos caminhar
D7 G
Um novo dia vai amanhecer
G#° Am
A estrada é longa, o sonho é maior
D7 G
o longe é perto pra quem quer viver
G G#° Am
Chegou a hora vamos construir
D7 G
Uma nova terra, um novo Brasil
G#° Am
Onde as crianças poderão estudar
D7 G
Se alimentar, brincar e ser felizes
G#° Am
A nossa força é a esperança de vencer
D7 Bm
De construir o nosso sonho de futuro
E7
Um novo céu
Am (Bm Cm D7)
Um novo sol irá brilhar
G
Prá nos tirar do escuro
C
E um canto novo prá cantar a liberdade
Bm
Solte seu grito que está preso na garganta
Am D7
Vamos gritar: viva a nossa sociedade
G (G7)
Com uma nova estampa
G G#° Am
Chegou a hora de uma Pátria Livre
D7 G
Sem indigência é o que a gente quer
G#° Am
Onde os lixões não serão alimentos
D7 G
E o viaduto casa já não é
G#° Am
Chegou a hora de plantar escolas
D7 G
Cultivar sonhos.de liberdade
G#° Am
Regar as flores do conhecimento
D7 G
Águas da fonte da realidade
49
CD CANÇÕES MARCHANTES
1. Brasil em fileira 2. Cante lá, que eu canto cá
(Oficina de Música MST/RS/2005) (Oficina de Artes para Marcha Nacional/2005)
Tom: G Tom: E
G E B7
Marchar novamente é preciso Patativa, Patativa, Patativa somos nós
D7 G
Para manter a esperança Construindo a liberdade
C G E
Do povo sofrido e cansado Com a força da nossa voz
D7 G
Mas pra lutar não se cansa B7
C G Do meu Estado saí como muita vontade
Em frente, ó povo sofrido E
D7 G Fazer a marcha por Reforma Agrária já
Homens, mulheres, crianças B7
Companheirada despertando a sociedade
D7 Em E
Marcha com a gente, marcha Lutando por liberdade, cante lá, que eu canto cá
Am D7 G
É o Brasil em fileira
C G REFRÃO
O sonho não é utopia
D7 G B7
No tremular das bandeiras Vou caminhando de Goiânia até Brasília
E
G Levar bandeira no mastro a tremular
Presta atenção, meu País B7
D7 G Rompendo as cercas, trazendo muita alegria
Desperta pra realidade E
C G O meu canto é poesia, cante lá, que eu canto cá
O que está acontecendo
D7 G
No campo e na cidade REFRÃO
C G
Só a força popular B7
D7 G Viva a Mãe Terra, os frutos da natureza
Mudará a sociedade E
Homens, mulheres, crianças cultivando essa certeza
B7
Agronegócio só produz pra exportar
E
Buscando soberania, cante lá, que eu canto cá
REFRÃO
50
3. Marcha Brasil 4. Mulheres em marcha
(Oficina de Artes para a Marcha Nacional, 2005) (Oficina de Artes para a Marcha Nacional, 2005)
Tom: A Tom: D
A E D F#m7
A marcha traz mudanças, esperança pra viver Mulher, é o primeiro passo pra vida
D E B7(9b) Em Em7M Em7 Em6
Nesta grande caminhada temos muito pra fazer E vai em busca dos seus ideais
D E Em7M Em7
Um Brasil mais consciente e acabar com esse sofrer Rompendo
Em6 Em Em7M
A E Barreiras e preconceitos
Marcha Brasil, ergue a tua voz Em7 Em6 Em A7 D
D E Mostran - do do que é capaz
Um novo país só depende de nós
D A Dm A7 Dm A7
Marcha Brasil, ergue a tua voz Vai em frente, mulher, companheira
E D Dm A7 Dm A7
Um novo país só depende de nós Segue sempre o seu caminhar
Dm A7 Dm A7 Dm
A E Deixando para trás, as mazelas rotineiras
Um país socialista queremos construir Bb7 A7 Dm
D E Para um novo horizonte alcançar
Junto com o povo, é preciso resistir
D E D F#m7
É hora, camaradas, não podemos desistir Mulher, traz sua força pra marcha
B7(9b) Em Em7M Em7 Em6
E vem o novo caminho trilhar
REFRÃO Gm A7 D B7
De baixo de chuva ou de sol
Em A7 D D7
Lutando para mudar
G A7 D B7
Buscar essa nova era
Em A7
O socialismo te espera
D (D7)
E um dia triunfará
Dm A7 Dm A7
Vai em frente, mulher, brasileira
Dm A7 Dm A7
Segue sempre o seu caminhar
Dm A7 Dm A7 Dm
Nessa longa marcha estradeira
Bb7 A7 Dm
Com a certeza que o novo amanhã nascerá
51
5. Marcha e canção 6. À nossa bandeira
(Zé Pinto) (Oficina de Artes da Região Sul-MST/2001)
Tom: D Tom: D
D A7 D D A7 D A7
Não é guerra, não, minha gente, é Sem Terra Um dia eu avistei uma bandeira em minha frente
A7 D D7 D7 G D G
A marcha segue pra capital federal Coração bateu mais forte, senti algo diferente
G D A7 D A7 D
E vai cobrar de quem comanda o País Sua cor era vibrante, cor do sangue da gente
A7 D G F#m Em A7 D
Reforma Agrária, emprego e justiça social Sua cor era vibrante, cor do sangue da gente
G F#m E A7 D
A7 D Sua cor era vibrante, cor do sangue da gente
E pelas flores que quebramos os espinhos
A7 D D7 D A7 D A7
E a resistência vai surgindo ao caminhar Sua força me atraía, tremulando para o povo
G D D7 G D G
Pra 10 por cento concentração sem limite Ali estava o Sem Terra, caminhava orgulhoso
A7 D A7 D A7 D
Noventa grita por Reforma Agrária já Semeando a esperança, esperança é o mundo novo
G F#m Em A7 D
Semeando a esperança, esperança é o mundo novo
REFRÃO G F#m E A7 D
Semeando a esperança, esperança é o mundo novo
G D
Canta, o povo canta
A7 D G E A7
E se levanta pro sonho realizar Hoje vejo a bandeira, a sua estampa tão linda
G D G D Bm Em A7 D (D7)
Toca, o povo toca O florescer da vitóri - a, o olhar alegre da vida 2x
A7 D
Nessa ferida que não quer cicatrizar G D Bm Em A7 Dm
O florescer da vitóri - a, o olhar alegre da vida
REFRÃO Gm
Com o passar do tempo, hoje carrego a bandeira
A7 D A7 Dm E7 A7
É pela vida que rompemos com a morte Faço parte nesta luta, que é justa e verdadeira
A7 D D7 G F#m Em A7 D
Se a nossa luta rima com educação Pelo mundo e pela pátria, pela pátria brasileira
G D
A poesia vai lançando a semente
A7 D
E a terra fértil vai reproduzindo pão
52
7. A natureza 10. Cantiga pra minha terra
(Oficina de Artes para a Marcha Nacional, 2005) (Talis Ribeiro/Cida Passos)
Tom: D
Tom: Dm
D E7 A7 D
A natureza é vida, é fonte de inspiração Dm Dm/C Dm/B Bb(5b) A7 Dm
G A7 Essa gente que anda com os olhos cheios de lua
Terra mãe querida, assim foi concebida Dm/C Dm/B Bb(5b) A7 D
D
Pela mão da criação É o povo catingueiro que vive de alma nua
E7 A7 D D/C G/B Bb6 A7 D
A mata está queimando, a vida está morrendo Traz no rosto a terra vasta, no corpo traz as sementes
G D/C G/B Bb6 A7 Dm
A beleza se acabando Trazem nos ossos a nevasta, sede de todas as gentes
A7 Dm/C Dm/B Bb(5b) A7 Dm
Tudo, tudo terminando Trazem no peito a lembrança dos idos de Lampião
D D7 Dm/C Dm/B Bb(5b) A7 D
O mundo todo sofrendo Do homem meio cigano que tinha coragem nas mãos
D/C G/B Bb6 A7 D
G A7 D Bm
Te dou uma flor que reflete tua beleza Deste e de outro tempo, que esse povo, vi andando
Em D/C G/B Bb6 A7 Dm
Te declaro meu amor Gente que vive do laço e da terra verdejante
A7 D7/4 D7 Dm/C Dm/B Bb(5b) A7 Dm
Minha linda nature - za Aqui são poucas as horas, as noites viram um segundo
G A7 D Bm Dm/C Dm/B Bb(5b) A7 D
Te dou uma flor, que reflete tua beleza O assobio lá fora da alma a procura do mundo
Em A7 D D/C G/B Bb6 A7 D
Te declaro meu amor, minha linda natureza
A vida só é traiçoeira quando não chove na terra
E7 A7 D D/C G/B Bb6 A7 Dm
Linda, poder plantar, semear a eternidade E tudo que é vivo se arrasta, a natureza entra em guerra
G Dm/C Dm/B Bb(5b) A7 Dm
Serras, montes e luar A vida desses andantes que moram no ceio da terra
A7 D Dm/C Dm/B Bb(5b) A7 D
É preciso preservar para o bem da humanidade É arrancada à navalha, a cada palmo de serra
D/C G/B Bb6 A7 D
Aqui se misturam as cores, como se fosse um festim
D/C G/B Bb6 A7 Dm
Nem o cinza da seda apaga o som do clarim
Dm/C Dm/B Bb(5b) A7 Dm
8. Ordem e Progresso Essa gente é corpo, é alma, é braço, é peito, é amor
(Zé Pinto)
Dm/C Dm/B Bb(5b) A7 D
Ver página 39 Pode ter certeza e calma, pode ser grito, guerra e dor
9. Canção da Terra
(Pedro Munhoz)
Ver página 47
53
CD UNIDOS DA LONA PRETA
1. Unidos da Lona Preta - Carnaval 2009 2. Unidos da Lona Preta - Carnaval 2010
(Ala de Compositoras/es da Unidos da Lona Preta) (Ala de Compositoras/es da Unidos da Lona Preta)
Avante Juventude, a luta é pra valer!!! “Povo do campo e da cidade: tamo junto e misturado”
50 anos de Revolução Cubana, 25 de MST Tom: E
Tom: A E B7 E
Alô comunidades
G#m Gm F#m E7
A F#7 Bm Tamo junto e misturado
Avante juventude!!! A Am E D7-C#7
E7 A E7 Povo do campo e da cidade
Mostra sua garra sua vontade de lutar F#m B7 E B7
A F#7 Bm A Lona Preta chega dando o seu recado
A juventude socialista é radical
E7 A E7 E B7 E
E a nossa luta é internacional Ninguém vai fazer
A E7 A Bm-Cm-C#m G#m Gm F#m D7-C#7
Construindo A revolução sozinho
C#m Cm Bm F#m Eb B7 Eb F#m
A construção desse caminho
Os alicerces do poder B7 E B7 E B7
G7-F#7-Bm É mão na massa e mutirão
Po - pu - lar E
Bm Em todo canto do planeta
Concretizando C#m-Cm-Bm
E7 A E7 Pelo dinheiro
A unidade que mais forte vai ficar E7 A
A Em A7 O rico faz a guerra
Avante trabalhador!!!
D Am E C#7
Avante revolucionário!!! O sangue da favela
Dm A F#7 F#m B7 (Bm E7) 1x (E) 2x
É sangue sem-terra
Pra botar medo em patrão e fazendeiro
Bm E7 A B7 E C#7 F#m
E derrotar a ditadura do dinheiro Derrubar a cerca, eu vou
E7 A B7 E
Como Cuba ensinou Pular a catraca, eu também vou
C#m B7 E E7 A
Que primeiro Pra resistir à remoção
F#7 Bm A7 E C#7 F#m B7 E B7
Vêm o ser humano É necessário manifesto, opinião
D Dm A F#7
Um abraço apertado Em B7 Em E7 Am
Bm E7 Em A7 (1ª vez) A (2ª vez) A natureza, chorou, chorou, chorou
B7 Am B7 Em B7 Em
Do povo brasileiro pro cubano A propriedade, é a prisão do trabalhador
E7 A F#7 Bm Am
Abram alas Lona Preta Hoje a terra tem um preço
E7 A E7 B7 Em B7 Em
Batucada eu quero é mais Bem difícil de pagar (de pagar)
A F#7 Bm Am
Canta Sem-Terra Pra sair do cativeiro
E7 A B7 E B7
Vinte e cinco carnavais A solução é se juntar
E B7 E F#m-Gm-G#m F#m Gm G#m E7
Vamos pra rua Vamos cantar
A Am E C#7
Sou batucada do povo brasileiro
F#m B7 E (E7 1ªvez) B7 (2ªvez)
Te chamando pra lutar
54
3. Unidos da Lona Preta - Carnaval 2011 4. Unidos da Lona Preta – Carnaval 2012
(Ala de Compositoras/es da Unidos da Lona Preta) (Ala de Compositoras/es da Unidos da Lona Preta)
“Plantar o pão, colher a vida: para o mundo “E faz-se a luta: Uma homenagem a toda companheirada”
Tom: G
se alimentar sem veneno”
Tom: D D7 G E7 A7
A vida muda a luta, a luta muda a vida
G7 D G7 D G7 D B7 Em D7 Am D7 G D7
Canta povo brasileiro batucada é de bamba Sou Sem Terra com digni -- dade
G Gm D C7-B7 G E7 A7
Batucada na avenida
Hoje a Lona Preta vem dizer, dizer Am D7 G (1ª vez) Gm (2ªvez) D7(2ªvez)
Em B7 D A7 (2x) Construindo a uni -- dade
A luta é o tempero do meu samba Gm G7 Cm
De punhos erguidos
D A7 D D7 Gm D#7-D7 Gm
Oh Mãe Natureza A Unidos vem cantar (vem cantar)
F#m Fm Em B7 F7 D#7
Nós queremos a tua diversidade Para quem tá na correria, no dia a dia
Cm D7 Gm G7
Em B7 Em B7 Plantando a resistência popular
De cores, sabores Cm D7 Gm G7
Em A7 D Am G Infância sem-terrinha é na ciranda
Na mesa do campo e da cidade, agroecologia Cm D7 Gm G7
Am D7 G Cozinha coletiva faz comer a ocupação
Com soberania alimentar Cm D7 Gm
Gm D B7 O coração batendo ao som do samba
Pra preservar o nosso chão Cm D7
A foice e a baqueta na mão
Em A7 Am D7 Cm D7 Gm
Um novo mundo pede uma nova relação O pulso firme e forte das mulheres
G Gm D B7 Em A7 D Cm D7 Gm G7
Do jeito que tá, não dá pra ficar a produção Debate de ideia em reunião
Cm D7 Gm-F#m-Fm-F7
A7 D B7 Em E nem mais um minuto de silêncio
Comida ruim ninguém aguenta, ninguém aguenta Cm D7 Gm D7
B7 Em A7 D Àqueles que tombaram neste chão
É veneno em todo canto, em todo canto Gm Cm D7 Gm D7
A7 D D7 G Não matarão, nossos sonhos de criança
Mata gente e mata rio, e mata rio Gm Cm D7 Gm G7
D B7 Em A7 D A7 Que na nossa militância, para sempre prevaleça
Agronegócio a mentira do Brasil
Dm C Bb A7 Dm Cm D7 Gm-F#m-Fm-F7
Semente com patente é roubar a natureza O repique de Geraldo,
Gm A7 Dm Cm D7 Gm D7(1ªvez) G D7 (2ªvez)
O sorriso de Vanessa
Monocultura na agricultura G G5 Em G5 Bm B7
Gm A7 Dm D7 Laércio, a justiça burguesa
Deserto verde: cadê a bele ---- za? Em D#m Dm G7
Gm A7 Dm Não prenderá a consciência
Lucrando e fazendo a guerra C7M Cm Bm F7-E7
Gm A7 D A7 D Da classe que em sua formação (formação)
Matando o ser humano e a mãe terra a luz Am D7 Am
F#m Am D7 Fez Tio Mauro buscar a beleza e o pão
Do companheiro Keno tá na memória G Bm Dm G7 C7M
Almerinda, a benção madrinha
G Cm G F7-E7
De quem ocupa a avenida Negra, fez da dor o saber, (o saber)
Gm D B7 Am
Presente que aduba a sua história Os seus olhos guerreiros
Em A7 D D7 G
Colhe o pão da vida Nos fizeram entender
55
5. Unidos da Lona Preta - Carnaval 2014 F7 Bb
(Ala de Compositoras/es da Unidos da Lona Preta) A história se repete como taça
G7 Cm D7 Gm G7
“Lembrar é resistir: nos cinquenta anos do golpe o Na boca da massa, mordaça e repressão
povo brasileiro segue em luta e pergunta: o que resta Cm D7 Gm G7
da ditadura? Fumaça que arde nublando a visão
Cm D7 Gm G7
Tom: G Direito de classe: tortura e prisão
Cm Gm
G D7 G E7 Am No campo, na periferia
Me embala no teu colo --- minha mãe Cm D7 Gm Gm-Gbm-F7
E7 Am D7 G D7 Democracia sem justiça é mentira
O sangue no teu solo não é vão Bb Gm-Gbm-F7
E segue solto o genocida,
G E7 Am E7 Bb G7
Um grito forte, já se escuta: Que ainda vai pagar
Am D7 G D7 Cm D7 Gm Cm D7 G D7
Verás que o MST não foge à luta Pelos desaparecidos, Pinheirinho e Carajás
G Am Bm F#7
Gm F7 E então cantar feliz
Brasil, a luz se apagou Bm Bbm Am E7
Eb Passar a limpo a história
Quando a águia pousou Am Am5 C Am5
Cm D7 Gm D7 Plantando o futuro do nosso país
E espalhou no continente a escuridão Am D7 G
Gm F7 Verdade, justiça e memória
Censura, exílio, clausura
Eb D7 Gm G7
Pra aprofundar um sistema opressor
Cm D7 Gm
Milagre econômico: que farsa!!!
Cm D7 G D7
“Milágrima” caiu do pau-de-arara
G D7 G Bm
“Caminhando e cantando”
Bbm Am G7
A Lona Preta ”Vai Passar”
Cm D7 Gm G7
Gritando contra a ditadura
Cm D7 Gm
‘Cabou o nome, ficou a estrutura
G7 Cm
A mãe que perde o filho resistiu
D7 Gm D7 Gm
A voz do oprimido não calou
Cm D7
Cadê o Amarildo que sumiu?
Gm D7 Gm D7
O povo perguntou
Gm D7 Gm G7 Cm
Se -- tenta neles outra vez Brasil?
56
6. Unidos da Lona Preta - Carnaval 2015 E C#7 F#m B7 E B7
(Tiaraju Pablo) Nem mais um minuto de silêncio
A Am
Jandira
E D7-C#7
Lindas tardes de samba
F#m
Na formação humana
B7 E (E7 1x)
Até o barracão chorou
REFRÃO
B7 E C#7 F#m
Um abraço apertado.........eu dei
B7 E
Tamo junto e misturado...eu cantei
B7 E E7 A
Contra a devastação e o veneno
REFRÃO
57
58
Capítulo 2
Música caipira
59
1. Beijinho doce 2. Cálix Bento
(Tonico e Tinoco) (Folclore Mineiro/Adaptação: Tavinho Moura)
Tom: G Tom: D
G G7 C D A7 D
Que beijinho doce que ela tem Ó Deus salve o oratório (2x)
D7 D7 G A7
Depois que beijei ela Onde Deus fez a morada, oiá, meu Deus
G D A7 D A7
Nunca mais amei ninguém Onde Deus fez a mora ---- da, oiá
C
Que beijinho doce D A7 D
Onde mora o Cálix Bento (2x)
Foi ela quem trouxe D7 G A7
D7 E a hóstia consagrada, oiá, meu Deus
De longe prá mim D A7 D A7
C E a hóstia consagra ---- da, oiá
Se me abraça apertado
D7 D A7 D
Suspira dobrado De Jessé nasceu a vara (2x)
G D7 G D7 G A7
Que amor sem fim Da vara nasceu a flor, oiá, meu Deus
D A7 D A7
Da vara nasceu a flor, oiá
Coração quem manda
G7 C D A7 D
Quando a gente ama E da flor nasceu Maria (2x)
D7 D7 G A7
Se eu estou junto dela De Maria o Salvador, oiá, meu Deus
D A7 D A7
Sem dar um beijinho De Maria o Salvador, oiá
G
Coração reclama
C
Que beijinho doce
60
3. Cantiga de retornar (Zé Pinto) 4. Chalana (A. Pinto e Mário Zan)
Tom: G Tom: D
G Am D
Bateu saudade nesse peito de caboclo Lá vai uma chalana
D7 G A7 D
Eu vou embora, meu patrão, não volto mais Bem longe se vai
C G Navegando no remanso
Felicidade é uma coisa passageira A7
D7 Do rio Paraguai
Ela passa tão ligeira
G G
Quem bestar fica pra trás Oh! Chalana sem querer
D7 G D
É tão ligeira, quem bestar fica pra trás Tu aumentas minha dor
D7 A7
Ela passa tão ligeira Nestas águas tão serenas
G D
Quem bestar fica pra trás Vai levando meu amor
F G
Não quero prédio, só quero lua E assim ela se foi
F G A7
Só quero roça, não quero rua Nem de mim se despediu
G
Am A chalana vai sumindo
Só quero festança e cantiga, menino A7 D
D7 G Na curva lá do rio
De abraçar
Am E se ela vai magoada
Se nem pra contar de cumpadi, menino
A7
D7 G
Eu bem sei que tem razão
Assim não dá
Fui ingrato
Am
D
Não dá pra fazer fogueira
Eu feri o seu meigo coração
D7 G
E a lua não quer clarear
Am
REFRÃO
São Paulo, cê me perdoa
D7 G
Mas quero voltar pra trás
Am
Pra matar essa saudade, São Paulo
D7 G
É só em Minas Gerais
Am
Já me perdi no metrô
D7 G
Quase perdi meu amor
C D7 G
Aqui em não volto mais
61
5. Chico Mineiro (Tonico e F. Ribeiro) C G D7
Acabou-se o som da viola
Tom: G G D7
Acabou-se o Chico mineiro
Declamado:
Cada vez que eu me alembro G D7
Do amigo Chico mineiro, Depois daquela tragédia
Das viagem que nói fazia G
Era ele meu companheiro. Fiquei mais aborrecido
Sinto uma tristeza, D7
Uma vontade de chorar, Não sabia da nossa amizade
Alembrando daqueles tempo G
Que não mais hái de vortar. Porque nós dois era unido
Apesar de eu ser patrão, C
Eu tinha no coração Quando vi seus documento
O amigo Chico mineiro, D7 C G
Caboclo bom, decidido, Me cortou meu coração
Na viola era delorido C G D7
E era o peão dos boiadeiro. De saber que o Chico mineiro
Hoje porém com tristeza G
Recordando das proeza Era meu legítimo irmão
Da nossa viagem motim,
Viajemo mais de dez ano,
Vendendo boiada e comprano,
Por esse rincão sem-fim. 6. Cio da terra
Caboclo de nada temia (Milton Nascimento/Chico Buarque)
Mas porém, chegou um dia,
Que Chico apartou-se de mim. Tom: Am
G D7
Fizemos a última viagem Am G
G Debulhar o trigo
Foi lá pro sertão de Goiás C F
D7 Recolher cada bago do trigo
Foi eu e o Chico mineiro C F C F C
G G7 Forjar do trigo o mi --lagre do pão
Também foi um capataz D9(11) C#(5b)
C E se fartar de pão
Viajemo muitos dia
D7 C G
Pra chegar em Ouro Fino Am
C G D7 Decepar a cana
Aonde nós passemo a noite C F
G D7 Recolher a garapa da cana
Numa festa do divino C F C F C
Roubar da cana a do -- çura do mel
G D7 D9(11) C#(5b)
A festa estava tão boa
Se lambuzar de mel
G
Mas antes não tivesse ido
D7 Am
O Chico foi baleado Afagar a terra
G G7 C F
Por um homem desconhecido Conhecer os desejos da terra
C F C F C
C Cio da terra pro -- pícia estação
Larguei de comprar boiada. D9(11) C#(5b)
D7 C G
Mataram meu companheiro E fecundar o chão
62
7. Coração Brasil (Zé Pinto) A
O meu nome é José Brasileiro
Tom: E B7 E
O meu pai é Joaquim do Brasil
E A F#m
Meu patrão eu não vim te pedir Minha mãe é Maria Nação
B7 E B7 E
Vim cobrar o que é meu por direito Nunca vi coração pra ser tão varonil
A
Nas estradas que já percorri
B7 E
Vi retratos de sonhos desfeitos 8. Cuitelinho
A (Folclore recolhido por Paulo
Vi criança pedindo comida Vanzolini e Antônio Xandó)
B7 E
E o emprego uma rara ilusão Tom: A
F#m
Mas agora a paciência minguou A
B7 E Cheguei na beira do porto
E aqui tô que tô, seu doutor, e não tô só não E
Onde as ondas se espáia
A A
Esperar só a graça de Deus As garça dá meia volta
B7 E E
Já não dá, já não dá, já não dá E senta na beira da praia
B7
É farinha com água demais, seu doutor
E o cuitelinho não gosta
E
A
Pra apenas alguns caviar
Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai
A E
Viola de encanto, de canto e de pranto A
B7 E Aí quando eu vim de minha terra
Não quer mais apenas chorar E
A E Despedi da parentaia
Viola de intriga, de estrada e poesia A
B7 E Eu entrei no Mato Grosso
Insiste em me acompanhar, viola caipira E
Dei em terras paraguaia
E A
Meu patrão eu não vim te pedir Lá tinha revolução
B7 E A
Vim cobrar o que é meu por direito Enfrentei fortes bataia, ai, ai, ai
A
Nas estradas que já percorri A
B7 E A tua saudade corta
Vi retratos de sonhos desfeitos E
A Como aço de navaia
Vi favela engasgada de fome A
B7 E O coração fica aflito
E o campo sem ter plantação
E
F#m
Bate uma, a outra faia
Mas agora a paciência minguou
B7 E
E aqui tô que tô, seu doutor, e não tô só não Os óio se enche d`água
A
Esperar só a graça de Deus... Que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai
63
9. Índia 10. Meu primeiro amor
(Manuel Ortiz Gerrero/J. Assuncion Flores (Herminio Gimenez/José Fortuna/Pinheirinho Jr.)
Versão: José Fortuna)
Tom: Gm
Tom: Dm
Gm
Dm Saudade, palavra triste
Índia, seus cabelos nos ombros caídos D7
Gm Dm Quando se perde um grande amor
Negros como a noite que não tem luar
Seus lábios de rosa para mim sorrindo Na estrada longa da vida
Gm Dm D7 Gm
E a doce meiguice deste seu olhar Eu vou chorando a minha dor
Gm F A7
Índia da pele morena, sua boca pequena Igual uma borboleta
D D7
Eu quero beijar Vagando triste por sobre a flor
Eb7
F#m Em A7 Em A7 D Teu nome sempre em meus lábios
Índia, sangue tupi, tens o cheiro da flor D7
Bm Em Irei chamando por onde for
Vem, que eu quero te dar G7
A7 D Dm Você nem sequer se lembra
Todo meu grande amor! Cm
De ouvir a voz desse sofredor
Gm
Quando eu for embora para bem distante Que implora por seu carinho
Gm Dm D7 G D7
E chegar a hora de dizer-lhe adeus Só um pouquinho do seu amor
Fica nos meus braços só mais um instante
Gm Dm G
Deixa os meus lábios se unirem aos seus Meu primeiro amor, tão cedo acabou
E7 Am E7 Am E7
Gm F Só a dor deixou nesse peito meu
Índia, levarei saudade Am E7 Am E7
A7 D Meu primeiro amor
Da felicidade que você me deu Am
Foi como uma flor
F#m Em A7 Em A7 D D7 G D7 G D7
Índia, a sua imagem sem -- pre comigo vai Que desabrochou e logo morreu
Bm Em G G7
Dentro do meu coração Nesta solidão, sem ter alegria
A7 D C
Flor do meu Paraguai O que me alivia são meus tristes ais
Cm G E7
São prantos de dor, que dos olhos caem
Am D7
É porque bem sei, quem eu tanto amei
G
Não verei jamais
64
11. Moda da pinga D7
(Ochelsis Laureano) Num bebo de vez porquê acho feio
Tom: G No primeiro gorpe chego inté no meio
G D7 G
G D7 No segundo trago é que eu disvazeio, oi lá
Com a marvada pinga, é que eu me atrapaio
G D7
Eu entro na venda e já dou meu taio Eu bebo da pinga porque gosto dela
D7 G
Pego no copo e dali num saio Eu bebo da branca, bebo da amarela
D7
Ali memo eu bebo, ali memo eu caio Bebo nos copo, bebo na tigela
G D7 G
Só pra carregá é que eu dou trabaio, oi lá E bebo temperada com cravo e canela
G D7 G
D7 Seja quarqué tempo vai pinga na goela, oi lá
Venho da cidade e já venho cantando
G D7
Trago um garrafão que venho chupando Eu fui numa festa no rio Tietê
D7 G
Venho pros caminho, venho trupicando Eu lá fui chegando no amanhecê
D7
Chifrando os barranco venho cambetiando Já me déro pinga pra mim bebê
G D7 G G D7 G
E no lugar que eu caio já fico roncando, oi lá Já me déro pinga pra mim bebê, tava sem fervê!
D7 D7
O marido me disse, ele me falô Eu bebi demais e fiquei mamada
G G
Largue de bebê, peço por favô Eu cai no chão e fiquei deitada
D7 D7
Prosa de homem, nunca dei valô Aí eu fui pra casa de braço dado
G
Bebo com sol quente pra esfriá o calô Ai de braço dado é com dois sordado
G D7 G D7 G
E bebo de noite é pra fazer suadô, oi lá Ai muito obrigado!
D7
Cada vez que eu caio, caio deferente
G
Meaço pra trás e caio pra frente
D7
Caio devagá, caio derepente
Vou de corrupio, vou deretamente
G D7 G
Mas sendo de pinga eu caio contente, oi lá
D7
Pego o garrafão e já balanceio
G
Que é pra mor de vê se ta memo cheio
65
12. No rancho fundo (Lamartine Babo/Ary Barroso) E7
Os passarinhos
Tom: G Bm7(5b) E7 Am
Hiberna ---- ram-se nos ninhos
D7 G Cm G
No rancho fundo De tão triste esta tristeza
B7 Em A7 D7 G D7
Bem pra lá do fim do mundo Enche de trevas a natureza
Bm7 C7M E7
Onde a dor e a saudade Tudo por que?
D7 G D7 Bm7(5b) E7 Am
Contam coisas da cidade Só por cau ----- sa do moreno
G Cm G
No rancho fundo Que era grande, hoje é pequeno
B7 Em D7 G D7
De olhar triste e profundo Para uma casa de sapê
Bm7 C7M
Um moreno canta as “mágoas” G
D7 G Se Deus soubesse
Tendo os olhos rasos d’água B7 Em
Da tristeza lá da serra
E7 Bm7 C7M
Pobre moreno Mandaria lá pra cima
Bm7(5b) E7 Am D7 G D7
Que de noite no sereno Todo o amor que há na terra
Cm6 G
G
Espera a lua no terreiro
Porque o moreno
A7 D7 G
B7 Em
Tendo o cigarro por companheiro
Vive louco de saudade
E7
Bm7 C7M
Sem um aceno
Só por causa do veneno
Bm7(5b) E7 Am
D7 G D7
Ele pega da viola
Cm G Das mulheres da cidade
E a lua por esmola
D7 G D7 E7
Vem pro quintal desse moreno Ele que era
Bm7(5b) E7 Am
G O cantor da primavera
No rancho fundo Cm G
B7 Em E que fez do rancho fundo
Bem pra lá do fim do mundo A7 D7 G D7
Bm7 C7M O céu melhor que tem no mundo
Nunca mais houve alegria E7
D7 G D7 E o sol queimando
Nem de noite nem de dia Bm7(5b) E7 Am
G Se uma flor lá desabrocha
Os arvoredos Cm G
B7 Em A montanha vai gelando
Já não contam mais segredos D7 G D7
Bm7 C7M Lembra o cheiro da cabrocha
E a última palmeira
D7 G
Ja morreu na cordilheira
66
13. O menino da porteira (Ted Vieira/Luizinho) 14. O trem do pantanal
(Paulo Simões e Geraldo Roca)
Tom: A
Tom: E
A E7
Toda vez que eu viajava pela estrada de Ouro Fino E
A Enquanto este velho trem
De longe eu avistava a figura de um menino G#7
E7 Atravessa o Pantanal
Que corria, abria a porteira, depois vinha me pedindo: C#m E7
A As estrelas do Cruzeiro
Toque o berrante seu moço, que é pra eu ficar ouvindo A
D E7 Fazem um sinal
Quando a boiada passava e a poeira ia baixando E G#7
A De que este é o melhor caminho
Eu jogava uma moeda e ele saia pulando C#m C
E7 Pra quem é como eu
Obrigado boiadeiro, que Deus vá lhe acompanhando F#m B7 E
A E7 Mais um fugitivo da guerra
Pra’quele sertão afora, meu berrante ia tocando
E
A E7 Enquanto este velho trem
Nos caminhos dessa vida, muito espinho eu encontrei G#7
A Atravessa o Pantanal
Mas nenhum calou mais fundo do que isto que eu passei C#m E7
E7 O povo de casa espera
Na minha viagem de volta quarquer coisa eu cismei A
A Que eu mande um postal
Vendo a porteira fechada, o menino não avistei E G#7 C#m C
D E7 Dizendo que estou muito bem e vivo
Apeei do meu cavalo, no ranchinho à beira-chão F#m B7 E
A
Rumo a Santa Cruz de la Sierra
Vi uma mulher chorando, quis saber qual a razão
E7
E
Boiadeiro, veio tarde, veja a cruz no estradão
Enquanto este velho trem
A E7
G#7
Quem matou o meu filhinho foi um boi sem coração
Atravessa o Pantanal
C#m E7 A
A E7
Só meu coração está batendo desigual
Lá prás bandas de Ouro Fino, levando o gado selvagem
E G#7 C#m C
A
Ele agora sabe que o medo viaja também
Quando passo na porteira, até vejo sua imagem
F#m B7 E
E7
O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem Sobre todos os trilhos da te -- rra
A
Daquele rosto trigueiro, desejando-me boa viagem F#m B7 E
D E7 Rumo a Santa Cruz de La Sie -- rra
A cruzinha do estradão, do pensamento não sai F#m B7 E
A Sobre todos os trilhos da te -- rra
Eu já fiz um juramento que não me esqueço jamais
E7
Nem que o meu gado estoure, que eu precise ir atrás
A E7
Nesse pedaço de chão, berrante eu não toco mais!
67
15. Rio de lágrimas 16. Romaria (Renato Teixeira)
(Tião Carreiro, Piraci e Lourival Santos)
Tom: D
Tom: D
D G D G
D É de sonho e de pó o destino de um só
O rio de Piracicaba D F#7 Bm
A7 D Feito eu perdido em pensamentos
Vai jogar água prá fora F#7 F#4 F#7
Sobre o meu cavalo
Quando chegar a água Bm E Bm E
A7 D É de laço e de nó de gibeira o jiló
Dos olhos de alguém que chora Bm F#7 Bm B7
Dessa vida cumprida, a sol
A7
Lá no bairro que eu moro G D/F# Em A7
D Sou caipira, pira pora, Nossa
Só existe uma nascente D F#7 Bm
A7 Senhora de Apare -- cida
A nascente dos meus olhos Bm/A G D/F# Em A7
D Ilumi -- na a mina escura e funda
Já formou água corrente D D4 D D9 D
D7 G O trem de minha vida
Pertinho da minha casa
D D G D G
Já formou uma lagoa O meu pai foi peão minha mãe solidão
A7 D F#7 Bm
Com lágrimas dos meus olhos Meus irmãos perderam-se na vida
D F#7 F#4 F#7
Por causa de uma pessoa À custa de aventuras
Bm E Bm E
REFRÃO Descasei, joguei investi, desisti
Bm F#7 Bm B7
A7 Se há sorte, eu não sei nunca vi
Eu quero apanhar uma rosa
D
Minha mão já não alcança REFRÃO
A7
Eu choro desesperado D G D G
D Me disseram, porém, que eu viesse aqui
Igualzinho uma criança D F#7 Bm
D7 G Pra pedir de romaria e prece
Duvido alguém que não chore F#7 F#4 F#7
D Paz nos desaventos
Pela dor de uma saudade Bm E
A7 Como eu não sei rezar
Quero ver quem não chora Bm E Bm F#7
D Só queria mostrar meu olhar, meu olhar
Quando ama de verdade Bm B7
Meu olhar
REFRÃO
68
17. Saudades da minha terra D
(Tibagi e Niltinho) Nas lindas lagoas de águas cristalinas
G
Tom: D Que doce lembrança daquelas festanças
E7 A7
D Onde tinham danças e lindas meninas
De que me adianta viver na cidade
A7 Eu vivo hoje em dia sem ter alegria
Se a felicidade não me acompanhar G F#m Em D
O mundo judia, mas também ensina
Adeus, paulistinha do meu coração G A7
D Estou contrariado, mas não derrotado
Lá pro meu sertão eu quero voltar D A7 D
G Eu sou bem guiado pelas mãos divinas
Ver a madrugada, quando a passarada
E7 A7
Fazendo alvorada começa a cantar Pra minha mãezinha já telegrafei
A7
Com satisfação arreio o burrão E já me cansei de tanto sofrer
G F#m Em D
Cortando o estradão saio a galopar Nesta madrugada estarei de partida
G A7 D
E vou escutando o gado berrando Pra terra querida, que me viu nascer
D A7 D G
Sabiá cantando no jequitibá Já ouço sonhando o galo cantando
E7 A7
O inhambu piando no escurecer
Por nossa senhora, meu sertão querido
A7 A lua prateada clareando a estrada
Vivo arrependido por ter te deixado G F#m Em D
A relva molhada desde o anoitecer
Esta nova vida aqui na cidade G A7
D Eu preciso ir pra ver tudo alí
De tanta saudade, eu tenho chorado D
G Foi lá que nasci, lá quero morrer
Aqui tem alguém, diz que me quer bem
E7 A7
Mas não me convém, eu tenho pensado
REFRÃO
REFRÃO
C F C
Vou parar com minha viola
G F G7 C G7
Todo mundo ama um dia todo mundo chora Já não posso mais cantar
C C F C
Um dia a gente chega, no outro vai embora Pois o Jeca quando canta
G F G7 C C7
Cada um de nós compõe a sua história Tem vontade de chorar
C F G7 C
E cada ser em si, carrega o dom de ser capaz E o choro que vai caindo
G F A7 Dm
E ser feliz Devagar vai se sumindo
G7 C
Como as águas vão pro mar
REFRÃO
REFRÃO
70
20. Um violeiro toca 21. Vide, Vida Marvada
(Almir Sater e Renato Teixeira) (Rolando Boldrin)
Tom: G Tom: G
G G7M D7
Quando uma estrela cai Corre um boato aqui donde eu moro
G Que as mágoa que eu choro são mal ponteadas
No escurão da noite Que no capim mascado do meu boi
C A baba sempre foi santa e purificada
E um violeiro toca suas mágoas
D Diz que eu rumino desde menininho
Então os olhos dos bichos Fraco e mirradinho a ração da estrada
Vou mastigando o mundo e ruminando
Vão ficando iluminados E assim vou tocando essa vida marvada
C
Rebrilham neles estrelas G D7
D C D7 É que a viola fala alto no meu peito humano
De um sertão enluarado G
E toda moda é um remédio pros meus desenganos
G G5(7M) D7
Quando o amor termina É que a viola fala alto no meu peito, mano
G5(6) G
Perdido numa esquina E toda mágoa é um mistério fora desse plano
C
E um violeiro toca sua sina G7 C
D9(11) Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver
Então os olhos dos bichos
Chega lá em casa pruma visitinha
Vão ficando entristecidos G
C Que no verso e no reverso da vida inteirinha
Rebrilham neles lembranças D7 G
D9(11) C C5(9) Há de encontrar-me no cateretê (2x)
Dos amores esquecidos
D7
Tem um ditado dito como certo
G G5(7M) Que cavalo esperto não espanta a boiada
Quando um amor começa E quem refuga o mundo resmungando
G5(6) Passará berrando essa vida marvada
Nossa alegria chama
C Cumpadi meu que inveieceu cantando
E um violeiro toca em nossa cama Diz que ruminando dá pra ser feliz
D9(11) Por isso eu vagueio ponteando
Então os olhos dos bichos E assim procurando minha flor-de-liz
71
72
Capítulo 3
Música feminista
73
1. Amor de parceria (Noel Rosa) 2. A Preta do Acarajé
(Dorival Caymmi)
Tom: C / Ritmo: Samba
Tom: Dm / Ritmo: Canção e Samba
C G7 C
Saiba primeiro que fulana é minha amiga Dm Gm Bb/F
E7 A7 Dez horas da noite na rua deserta
E comigo ela não briga com ciúme de você A7/E Dm
Dm Eb° C A preta mercando parece um lamento
Você provoca briga entre rivais
A7 D7
Ê o abará
Para depois ver nos jornais
Gm Bb/F
G7 C
Seu nome e seu clichê Na sua gamela tem molho cheiroso
A7/E Dm
G7 C Pimenta da costa, tem acarajé
Há muito tempo minha amiga me avisava
E7 Ô acarajé é cor, ô la lá io
Que ela sempre conversava A7 D
A7 Vem benzer, hein, tá quentinho
Com você no seu jardim
Dm Eb° C A7 D
E começou a nossa parceria Todo mundo gosta de acarajé
A7 D7 G7 C A7 D
Eu fui por ela e ela foi por mim O trabalho que dá pra fazer é que é
A7 D
G7 C Todo mundo gosta de abará
Você pensou que fomos enganadas A7 D
E7 A7 Ninguém quer saber o trabalho que dá
Marcando encontro em horas alternadas A7 D (Dm)
Dm
Todo mundo gosta de acarajé
E nós fizemos a sua vontade
B7 Em
Dentro daquela “escrita” eu e ela Dm Gm Bb/F
A7 D7 G7 C Dez horas da noite na rua deserta
Nao tivemos prejuizo na socie -- dade! A7/E
Quanto mais distante
G7 C Dm
Quando você se atrasava uma hora Mais triste o lamento
E7 A7
Eu fingia não saber a razão dessa demora Ê o abará
Dm Eb° C
E muita vez você perdeu a fala
A7 D7 G7 C
Quando tava sem tostão e eu pedia bala!
G7 C
Nós aturamos os seus modos irritantes
E7
Mas filamos bons jantares
A7
Nos melhores restaurantes
Dm Eb° C
Você nao sai de nosso pensamento
A7 D7 G7 C
Você foi negócio, foi divertimento
74
3. A violeira F#7 B
(Tom Jobim/Chico Buarque) Correnteza e coisa-má
Bm7 E7 A
Tom: E / Ritmo: Xote Inda arrumei com um artista em Pirapora
Am7
E A E Mais um filho e vim-me embora
Desde menina, caprichosa e nordestina D7 G B7
A E Cá no Rio vim parar
Que eu sabia a minha sina
A E E7 E A E
Era no Rio vir morar Ver Ipanema foi que nem beber jurema
A7M Am7 G#7 A E
Em Araripe topei com o chofer dum jipe Que cenário de cinema
C#m7 F#7 B7 E A E E7
Que descia pra Sergipe pro serviço militar Que poema à beira-mar
A7M Am7 G#7
E A E E não tem tira, nem doutor, nem ziguizira
Esse maluco me largou em Pernambuco C#m7 F#7 B7 E (E7)
A E Quero ver quem é que tira nós aqui desse lugar
Quando um cara de trabuco
A E E7 E A E
Me pediu pra namorar Será verdade que eu cheguei nessa cidade
A7M Am7 G#7 A E
Mais adiante num estado interessante Pra primeira autoridade
C#m7 F#7 B7 E A E E7
Um caixeiro viajante me levou pra Macapá Resolver me escorraçar
A7M Am7 G#7
C#m7 F#7 B Com a tralha inteira remontar a Mantiqueira
Uma cigana revelou que a minha sorte C#m7 F#7 B7 E
G#m7 C#m7 Até chegar na corredeira o São Francisco me levar
Era ficar naquele Norte
F#7 B
E eu não queria acreditar C#m7 F#7 B
D#m7 G#7 C# Me distrair nos braços de um barqueiro sonso
Juntei os trapos com um velho marinheiro G#m7 C#m7
A#m7 C#m7 F#7 B B7 Despencar na Paulo Afonso
Viajei no seu cargueiro que encalhou no Ceará F#7 B
No oceano me afogar
E A E Bm7 E7 A
Voltei pro Crato e fui fazer artesanato Perder os filhos em Fernando de Noronha
A E Am7 D7 G B7
De barro bom e barato E voltar morta de vergonha pro sertão de Quixadá
A E E7
Pra mó de economizar E A E
A7M Am7 G#7 Tem cabimento, depois de tanto tormento
Eu era um broto e também fiz muito garoto A E
C#m7 F#7 B7 E Me casar com algum sargento
Um mais bem feito que o outro, eles só faltam falar A E E7
E todo sonho desmanchar
C#m7 F#7 B A7M Am7 G#7
Juntei a prole e me atirei no São Francisco Não tem carranca, nem trator, nem alavanca
G#m7 C#m7 C#m7 F#7 B7 E (E7)
Enfrentei raio, corisco Quero ver quem é que arranca nós aqui desse lugar
75
4. Beijo sem (Adriana Calcanhoto) Dm Am
Descreve meus olhos Que eu guardo pra mim
Tom: Dm / Ritmo: Samba Am Dm
Meu corpo, meu porte Nos teus preconceitos
Dm Gm A7 Dm E7 Am
Eu não sou mais quem você Me diz que sou forte De mil frases feitas
Gm A7 Dm Am E7
Deixou, amor Que sou como a flor Diz que sou perfeita
Dm Am
Gm A7 Dm
Nos teus preconceitos Qual puro jasmim
Vou a Lapa decotada
Am
Gm A7 Dm D7 De mil frases feitas
Viro todas, beijo bem E7 Descreve do jeito...
Diz que sou perfeita
Gm A7 Dm Am
Madrugada, sou da lira Dm
E sou feita de amor
A7 Dm D7 Descreve também
Manhãzinha, de ninguém Am
Dm
Gm A7 Dm Descreve a beleza A tristeza que sinto
Noite alta é meu dia Am E7
A7 Dm Da pele morena Confesso não e minto
E a orgia é meu bem E7 Am
Me chama de loira Que choro de dor
Gm7 A7 Dm Am Dm
Eu não sou mais quem você Selvagem, serena Tristeza de ver
Gm A7 Dm Dm Am
Deixou de ver Nos teus preconceitos Humilhado meu homem
Gm A7 Dm Am E7
Vou à Lapa decotada De mil frases feitas Meus filhos com fome
Gm A7 Dm D7 E7 Am
Viro outras, beijo sem Diz que sou perfeita Meu lar sem amor
Am
E sou feita de mel Dm
Descreve, seu moço
Am
Dm A mulher descontente
5. Canto da Mulher Latinoa- Descreve a tristeza E7
mericana (Padre Zezinho) Am De ser objeto
Que tenho nos olhos
Am
Tom: Am / Ritmo: Canção E7
Do macho e senhor
Comenta a malícia
Am Dm
Am Dm
Que tenho no andar Descreve este sonho
Descreve do jeito
Dm Am
Am
Que bem entender Nos teus preconceitos Que levo na mente
E7 Am Am E7
Descreve seu moço De mil frases feitas De ser companheira
Dm E7 Am
Porém não te esqueças Diz que sou perfeita No amor e na dor
Am Am
De acrescentar Na hora de amar
Dm Am Dm Descreve do jeito...
Que eu também sei amar (sonhar) Descreve as angústias
Dm Am Am
Que eu também sei sonhar (lutar) Da fome e do medo
E7 Am E7
Que meu nome é mulher Descreve o segredo
76
6. Essa tal criatura (Leci Brandão) C° F#m
Ama essa tal criatura
Tom: F#m / Ritmo: Canção e Samba D7 C#7 C#m7(5b) F#7
Que envergonhou a cida ------ de
F#m Bm C#7 C° F#m
Tira essas bota, pisa na terra Ama essa tal criatura
F#m Bm C#7 D7 C#7 F#m
Rasgue essa roupa mostra teu corpo Que envergonhou a cidade
C#m7(5b) F#7 Bm
Limpa esse rosto
D#° G#° 7. Feminina (Joyce)
Coma poeira Suja essa cara sinta o meu gosto Tom: A / Ritmo: Samba
Bm C° F#m A E7 A
Morda uma fruta madura Ô mãe, me explica, me ensina, me diz
C#m7(5b) F#7 Bm E7
Lamba esse dedo melado O que é feminina?
C° F#m A E7
Transa na mais linda loucura Não é no cabelo, ou no dengo, ou no olhar,
D7 C#7 F#m Bm C#7 A E7
Deixa a vergonha de lado É ser menina por todo lugar
A E7 A
F#m Bm C#7 Então me ilumina, me diz
Corra no campo leva um tombo E7
F#m Bm C#7 Como é que termina?
Rala o joelho mata esta cede A E7
C#m7(5b) F#7 Bm Termina na hora de recomeçar,
A E7
Durma na rede
Dobra uma esquina no mesmo lugar
D#° G#°
Sonha com a lua grita na praça picha as paredes
C7/9 B7/9
Costura o fio da vida só pra poder cortar
Bm C° F#m
C7/9
Ama na maior liberdade Depois
C#m7(5b) F#7 Bm B7/9
Abra, escancara esse peito E7
C° F#m Se larga no mundo pra nunca mais voltar
Clama só a linda a verdade
D7 C#7 F#m Bm C#7 REFRÃO
Nua sem ser preconceito
C7/9 B7/9
F#m Bm C#7 Prepara e bota na mesa com todo o paladar
Tira essa fruta lambe essa terra C7/9
F#m Bm C#7 Depois
Pisa as paredes sinta esse tombo B7/9
C#m7(5b) F#7 Bm E7
Rala esse rosto Acende outro fogo, deixa tudo queimar
D#° G#°
Transa com a lua Morda essa cara linda tão nua REFRÃO
Bm C° F#m A E7
Faça da vergonha loucura E esse mistério estará sempre lá
C#m7(5b) F#7 Bm A E7
Abra, escancara a verdade Feminina, menina, no mesmo lugar
77
8. Guerreira 9. Há mulheres
(Mauro Duarte/Paulo César Pinheiro) (Vânia Borges)
F C7 F C7 F C F7
Se vocês querem saber quem eu sou Há mulheres que se pintam de caulim
D7 Gm D7 Dm7 G7 C
Eu sou a tal mineira Na costa do marfim para o Deus louvar
Gm C7 Gm C7 Gm F7 Dm7
Filha de Angola, de Ketu e Nagô Eu também me pinto para o luar
Bº F G7 C
Não sou de brincadei - ra Em mim a prata derramar
Am7(b5) D7 Am7(b5) D7 Am7(b5)
Canto pelos sete cantos não temo quebrantos F7 Dm7 G7 C
D7 Gm Oh! Musa da inspiração!
Porque eu sou guerreira F7 Dm7 G7 C
Bb Bº Am = D7 Oh! Musa da inspiração!
Dentro do samba eu nasci me criei, me converti F7 Dm7 G7 C
Gm C7 Am7(b5) D7 Oh! Musa da inspiração!
E ninguém vai tomar a minha bandei --- ra F7 Dm7 G7 F
Bb Bº Am D7 Oh! Musa da inspiração!
Dentro do samba eu nasci me criei, me converti G F
Gm C7 F Caia sobre mim este céu sem fim
E ninguém vai tomar a minha bandeira G
Caia, sobre mim este céu
Gm C7
Bole com o samba que eu caio
F
E balanço o balaio no som dos tantãs
Am7(b5)
Rebolo que deito e que rolo e me embalo
F#° Bb
E me embolo nos balangandãs
Bº
Bambeia de lá que eu bambeio
Am D7
Nesse bamboleio que eu sou bam-bam-bam
Gm C7
Que o samba não tem cambalacho
Am7(b5)
E vai de cima em baixo
D7
Pra quem é seu fã
Bb Bº Am D7
Que eu sambo pela noite inteira até amanhã de manhã
Gm G#°
Sou a mineira guerreira
C7 F
Filha de Ogum com Iansã
78
10. Lugar de mulher (Zé Pinto) 11. Mama África
(Chico César)
Tom: D / Ritmo: Baião
Tom: Dm
D B7 Em
Lugar de mulher não é na cozinha
A7 D D7 Dm
Lugar de mulher é em qualquer lugar Mama África (a minha mãe) é mãe solteira
G Gm A7 Dm
Porque participar é coisa dela E tem que fazer mamadeira todo dia
D Gm
É coisa sua, é coisa minha Além de trabalhar
A7 A7 Dm
Só nessa linha
D (D7) (A7) Como empacotadeira nas Casas Bahia
O Brasil vai melhorar
C#° C7 F
D Mama África tem tanto o que fazer
Quem inventou Gm
B7 E Além de cuidar neném
Que a mulher é pra ser boazinha A7 Dm
E pra ser macho Além de fazer denguim
A7 D D7 Em7(5b)
O homem tem que dominar? Filhinho tem que entender
G A7 Dm
Essa história Mama África vai e vem
D A7 Dm
É de um atraso tão mesquinho Mas não se afasta de você
A7
Mulher, não deixe esse fogão
D (D7) (A7)
Te escravizar REFRÃO
D B7 Em C#°
Pois se o rosa não é mais a cor da Rosa Quando mama sai de casa
A7 D D7 C7
Se o azul também não é mais cor de João Seus filhos se olodunzam
G
Se a mulher tá na indústria F
D A7 Rola o maior jazz
Na cozinha e no roçado, nada de errado Gm
D Mama tem calos nos pés
Com o homem também no fogão A7 Dm
Mama precisa de paz
Em7(5b)
RECITADO:
Mama não quer brincar mais
E a mulher se fez poema
E foi cantada nos braços da viola AM7
Pintou os lábios com as cores da vida Filhinho dá um tempo
Viajou no sonho e acordou ferida
Por esse sistema discriminador É tanto contratempo
Fruto das ideias de animais que pensam A7 Dm
Que alguns idiotas chamou racional No ritmo de vida de mama
Também faço parte, por que dizer não?
Mas desse pecado não sou criador
Por isso, te clamo, mulher companheira
Tu és poesia, eu sou cantador
Mas de que valeria nossa rebeldia
Sem a coerência de plantar amor
79
12. Maria da Vila Matilde Cadê meu celular... 13. Maria, Maria
(Douglas Germano) (Milton Nascimento/Fernando Brandt)
G7
Tom: Fm E quando tua mãe ligar Tom: G
Fm
Fm C7 Eu capricho no esculacho G
Cadê meu celular? C7 Maria, Maria
Fm Digo que é mimado D/G Bb/G C/G
Eu vou ligar prum oito zero É um dom, uma certa magia
C7 Que é cheio de dengo Ab/G G D/F#
Vou entregar teu nome Fm Uma força que nos alerta
Fm Mal acostumado Em Em/D
E explicar meu endereço C7 Uma mulher
C7 Tem nada no quengo C F
Aqui você não entra mais Fm Que merece viver e amar
Fm Deita, vira e dorme rapidinho C/E Cm/Eb G
Eu digo que não te conheço Como outra qualquer do planeta
C7 C7
E jogo água fervendo Cê vai se arrepender G
Fm Fm Maria, Maria
Se você se aventurar De levantar a mão pra mim D/G Bb/G C/G
C7 É o som, é a cor, é o suor
Eu solto o cachorro C7 Ab/G G D/F#
Fm Mão, cheia de dedo É a dose mais forte e lenta
E apontando pra você Fm C7 Em Em/D C
C7 De uma gente que ri
Dedo, cheio de unha suja
Eu grito: péguix guix guix F
Fm
Fm Quando deve chorar
E pra cima de mim?
Eu quero ver você pular C/E Cm/Eb G
C7
C7 Fm E não vive, apenas aguenta
Pra cima de muá?
Você correr na frente dos vizinhos
Fm
C7 D/G
Jamé, mané!
Cê vai se arrepender Mas é preciso ter força
Fm Bb/G C/G
De levantar a mão pra mim C7 É preciso ter raça
Cê vai se arrepender Ab/G G D/F#
G7 Fm É preciso ter gana sempre
E quando o samango chegar De levantar a mão pra mim Em Em/D C
Fm Quem traz no corpo uma marca
Eu mostro o roxo no meu braço F C/E Cm/Eb G
C7 Maria, Maria, mistura dor e alegria
Entrego teu baralho
D/G
Teu bloco de pule Mas, é preciso ter manha
Fm Bb/G C/G
Teu dado chumbado É preciso ter graça
C7 Ab/G G D/F#
Ponho água no bule É preciso ter sonho, sempre
Fm Em Em/D C
Passo e ofereço um cafezim Quem traz na pele essa marca
C7 F
Cê vai se arrepender Possui a estranha
Fm C/E Cm/Eb G
De levantar a mão pra mim Mania de ter fé na vida
80
14. Morena de Angola D7 Gm C7 F
(Chico Buarque) Iá, iá, iá, Iá, iá, iá, Iá, iá, iá, Iá, iá, iá
Tom: F REFRÃO
F A7
Morena de Angola Será que quando vai pra cama
D7 Gm Dm
Que leva o chocalho amarrado na canela A morena se esquece do chocalho?
G7 G7/B
Será que ela mexe o chocalho Será que namora fazendo cochicho
C7 F C7 F
Com seus penduricalhos?
Ou o chocalho é que mexe com ela? (2X)
REFRÃO
A7
Será que a morena cochila
F
Dm
Será que ela tá caprichando no peixe
Escutando o cochicho do chocalho? D7 Gm
G7/B Que eu trouxe de Benguela?
Será que desperta gingando G7
C7 F Será que tá no remelexo
E já sai chocalhando pro trabalho? C7 F
E abandonou meu peixe na tigela?
REFRÃO A7
Será que quando fica choca
F Dm
Será que ela tá na cozinha Põe de quarentena o seu chocalho?
D7 Gm G7/B
Guizando a galinha cabidela? Será que depois ela bota
G7 C7 F
Será que esqueceu da galinha A canela no nicho do pirralho?
C7 F
E ficou batucando n a panela?
Morena de Angola
A7 D7 Gm
Será que no meio da mata Que leva o chocalho amarrado na canela
Dm G7
Na moita, a morena ainda chocalha? Eu acho que deixei um cacho
G7/B C7 F
Será que ela não fica afoita Do meu coração na catundela
C7 F
Pra dançar na chama da batalha? D7 Gm C7 F
Iá, iá, iá, Iá, iá, iá, Iá, iá, iá, Iá, iá, iá
Morena de Angola
D7 Gm Morena de Angola
D7 Gm
Que leva o chocalho amarrado na canela
Que leva o chocalho amarrado na canela
G7
G7
Passando pelo regimento
Morena, bichinha danada
C7 F
C7 F
Ela faz requebrar a sentinela
Minha camarada do Emepela
81
15. Mulher B7 G#7 C#m G#7 C#m 16. Mundo às avessas
(Neila Tavares/Geraldo Azevedo) Eu sou Marilyn, aída sou (Haroldo Lobo/Wilson Batista)
D#m7.5 G#7 C#m
Tom: C#m A dona de casa enjaulada Tom: A / Ritmo: Marcha
D#m7.5
C#m G#7 C#m Sem poder sair A
Eu sou a mãe da praça de maio G#7 C#m Quem foi que disse
F#m Sou Janis Joplin drogada E7
Sou alma dilacerada D#m7.5 G#7 C#m Que a mulher é a parte fraca
B7 C#m Eu sou Rita Lee A
Sou Zuzu Angel D#m7.5 É, pois sim!
D#m7.5 G#7 C#m Sou a mulher da rua E7
Sou Sharon Tate G#7 Se você visse o marido da vizinha
F#m G#7 C#m Sou a que posa
O espectro da mulher assassinada C#7(13) C#7(13b) Varre a casa, lava a roupa
C#7(13) C#7(13b) Na revista nu - a A
Em nome do amor C#m G#7 C#m Toma conta da cozinha
C#m D#m7.5 Sou Simone de Beauvoir
Sou a mulher abandonada D#m7.5 G#7 C#m
G#7 C#m Eu sou Da - dá A mulher dele arranjou
Pelo homem que inventou D#m7.5 G#7 C#m E7
G#7 C#m Eu sou assim Um emprego de trocador
Outra mais menina
D#m7.5 G#7 REFRÃO Sai ás oito
Sou Cecília, Adélia A
C#7(13) C#7(13b) C#m D#m7.5 G#7 C#m Chega em casa às dezessete
Cora Corali - na, sou Leila Ainda sou a ope - rária
D#m7.5 G#7 C#m F#m Ele é quem faz o arroz
E Angela Diniz, eu sou Elis Doméstica, humilhada E7
D#m7.5 G#7 C#m B7 C#m G#7 C#m Ele é quem faz o feijão
Eu sou assim Eu sou a fiel e a safada
D#m7.5 G#7 C#m A mulher
F#m B7 Aquela que vê a novela A
Sou o grito que reclama a paz D#m7.5 É quem comanda o pelotão
C#m D#m7.5 A que disse não
Eu sou a chama da transformação G#7 C#m
G#7 C#m Sou a que sonha com artista
Sorriso meu, meus ais D#m7.5 G#7 C#m
D#m7.5 G#7 C#m De televisão
Grande emoção D#m7.5 G#7
F#m B7 A que faz a feira, sou o feitiço
Que privilégio poder trazer C#7(13) C#7(13b)
C#m D#m7.5 Sou a feiticei - ra
No ventre a luz capaz de eternizar C#m D#m7.5
G#7 C#m Sou a que cedeu ao patrão
Em nós sonho de criança G#7 C#m
D#m7.5 G#7 C#m Sou a solidão
Tua heran - ça D#m7.5 G#7 C#m
Eu sou assim
D#m7.5 G#7 C#m
Eu sou a moça violen - tada
F#m
Sou Mônica, sou a Cláudia
82
17. Olho por olho 18. Pagu
(Zé do Maranhão/Daniel Santos) (Rita Lee/Zélia Duncan)
Tom: D Tom: A
D A7 D B7 A7 C
A justiça dos homens Mexo remexo na inquisição
Em G
Condena a bigamia Só quem já morreu na fogueira
A7 A7
Nenhuma mulher pode ter dois Josés Sabe o que é ser carvão
D C
Nenhum homem ter duas Marias (por isso) Eu sou pau pra toda obra
G A7
Deus dá asas à minha cobra
A7 D B7 Em
Dente por dente, olho por olho B7
A7 Minha força não é bruta
Se tentar me enganar D7
D Não sou freira nem sou puta
Bota a barba de molho (eu falei)
G Am
Nem toda feiticeira é corcunda
A7 D B7 Em G D4 D
Você que se diz malandro, malandro você não é Nem toda brasileira é bunda
A7 D E4 E A D
Porque não existe homem malandro pra mulher Meu peito não é de silicone
A7 D B7 Em C B7
Você já fez a primeira, mas a segunda não faz Sou mais macho que muito homem
A7 D
A partir de hoje os direitos são iguais (eu falei) C7 B7 C7 D7 E7
Ratatá Ratatatá Ratatá Ratatá Ratatá
REFRÃO A7 C
Sou a rainha do meu tanque
G A7
A7 D B7 Em Sou Pagú indignada no palanque
Diz o velho ditado, com muita sabedoria C
A7 D Fama de porralouca, tudo bem
Gato escaldado sente medo de água fria G A7
A7 D B7 Em Minha mãe é Maria Ninguém
Meu amor vê se manera, não é hora de brigar
A7 B7
Dançou fora do compasso Não sou atriz-modelo-dançarina
D D7
Eu pra lá, você pra cá (e por isso) Meu buraco é mais em cima
REFRÃO
83
19. Pinguço 20. Rainha Quelé
(Carolina Maria de Jesus) (Dona Ivone Lara/Délcio Carvalho)
E B7 F D7 Gm
Seu José bebe pinga Rainha Quelé, quem te fez assim foi a natureza
E C7 F C7
Pra ficar com soluço Rainha Quelé, com a sua fé, espalha beleza
A E F D7 Gm
Eu é que não sirvo O mundo africano cheio de tristezas e desenganos
B7 E C7 F (C7)
Pra ser mulher de pinguço Que faz cantar e também sonhar (Rainha)
A E D7 Gm C7 F
O pinguço chega em casa Vejo a lua prateada, no terreiro de jongueiro
B7 E D7 Gm C7 F
Não compra nada e quer comer Escutando a sua voz, pragueijando o cativeiro
A E F7 Bb
Bate na mulher Encantando o nosso povo, que dejesa te saudar
B7 E F C7
Põe os filhos pra correr Renovando esperanças, glórias de quem sabe amar
A B7 E F C7 F C7 F C7
Quem casa com pinguço vai sofrer Sabe amar, sabe amar ô ô, sabe amar (Rainha!)
REFRÃO
D7 Gm C7 F
Negritude vive solta, cada vez é mais presente
D7 Gm C7 F
Quando o mundo é ritmado, quando vive o samba quente
F7 Bb
Representa nossa gente, vem rainha, vem cantar
F C7
O teu canto comovente, glórias de quem sabe amar
F C7 F C7 F C7
Sabe amar, sabe amar ô ô, sabe amar (Rainha!)
REFRÃO
84
21. Todas as mulheres do mundo 22. Tigresa
(Rita Lee) (Caetano Veloso)
Música latina
87
1. A desalambrar (Daniel Viglietti) 2. Canción con todos
Tom: Em (A. Tejada Gomez/C. Sella)
Em Tom: Am
Yo pregunto a los presentes
Am E7
Si no se han puesto a pensar Salgo a caminar por la cintura cósmica del Sur
G A7 Dm
Piso en la región más vegetal del viento y de la luz
Que esta tierra es de nosotros
Am
D Em B7 Em Siento al caminar toda la piel de América en mi piel
Y no del que tenga más Dm
Y anda en mi sangre un río
Em F B7 E7
Yo pregunto si en la tierra Que libera en mi voz su caudal
A desalambrar...
Em
Yo pregunto a los presentes
A desalambrar...
88
3. Cuando tenga la tierra 4. Gracias a la vida
(D. Toro/A. Petrocelli) (Violeta Parra)
Tom: Bm Tom: Am
Bm Am E Am
Cuando tenga la tierra sembraré las palabras Gracias a la vida que me ha dado tanto
G7 C
Que mi padre Martín Fierro puso al viento, Me dio dos luceros que cuando los abro
C7 F
Cuando tenga la tierra la tendrán los que luchan Perfecto distingo lo negro del blanco
E Bm E Bm E Bm E Am
Los maestros, los hacheros, los obreros Y en el alto cielo su fondo estrellado
Dm E Am
D Y en las multitudes, el hombre que yo amo
Cuando tenga la tierra
E D
Te lo juro semilla que la vida Gracias a la vida que me ha dado tanto
E Me ha dado el oído en todo su ancho
Será un dulce racimo y en el mar de las uvas Graba noche y día grillos y canarios
F# Bm A Bm Martillos, turbinas, ladridos, chubascos
Nuestro vino, cantaré, cantaré Y la voz tan tierna de mi bien amado
Bm A D Bm A D
Cantaré, cantaré, cantaré, cantaré
89
5. Guantanamera 6. Hasta siempre, Comandante
(José Martí/Joseíto Fernández Díaz) (Carlos Puebla)
Tom: D Tom: Em
D G A7 Em Am B7
Yo soy un hombre sincero Aprendimos a quererte
D G A7 Em Am B7
De donde crece la palma Desde la histórica altura
D G A7 Em Am Em
Y antes de morirme quie --ro Donde el Sol de tu bravura
D G A7 B7
Echar mis versos del al --ma Le puso cerco a la muerte
Em Am B7
G A7 D G A7 Aquí se queda la clara
Guantanamera, Guajira Guantanamera Em Am B7
D G A7 Bm E7 A7 La entrañable transparencia
Guantanamera, Guajira Guantaname -- ra Em D
De tu querida presencia
C B7
D G A7 Comandante Che Guevara
Mi verso es de un verde claro
D G A7 Em Am B7
Y de un jazmín encendido Vienes quemando la brisa
D G A7 Em Am B7
Mi verso es un ciervo heri -- do Con sones de primavera
D G A7 Em Am Em
Que en el bosque busca ampa -- ro Para plantar la bandera
B7
Con la luz de tu sonrisa
Guantanamera . . .
Em Am B7
Tu mano gloriosa y fuerte
D G A7 Em Am B7
A los pobres de la tierra Sobre la historia dispara
D G A7 Em Am Em
Quiero yo mi suerte echar Cuando todo Santa Clara
D G A7 B7
Que el arroyo de la sierra Se despierta para verte
D G A7
Me complace más que el maaar Aqui se queda...
Em Am B7
Guantanamera . . . Seguiremos adelante
Em Am B7
Como junto a ti seguimos
D G Em Am Em
Échale semilla la maraca Y con Cuba te decimos
A7 B7
Pa que suene Pao, Pao, Pao, Pao ¡Hasta siempre Comandante!
D
¡Sabor! Así se queda...
90
7. Hermano, dame tu mano (J. Sánchez/J. Sosa)
Tom: A
A D A
Hermano, dame tu mano, vamos juntos a buscar
D D# A F#7 Bm E7
Una cosa pequenita que se llama libertad
A E7 A A/G D/F# A
Esta es la hora primera, este es el justo lugar
D D# A F#7 Bm E7 A
Abre la puerta que afuera la tierra no aguanta más
Bm E C#m7 F#m
Mira adelante hermano es tu tierra la que espera
D Bm E
Sin distancias, ni fronteras que pongas alta la mano
A D A C#7 F#m
Sin distancias, ni fronteras esta tierra es la que espera
E A E
El clamor americano levanten pronto
A E A E7
La mano al Señor de las Cadenas
A D E
Métale a la marcha, métale al tambor
D A E7 A
Métale que traigo un pueblo en mi voz
A E7 A A/G D/F# A
Hermano, dame tu sangre, dame tu frio y tu pán
D D# A F#7 Bm E7
Dame tu mano hecha puño que no necesito más
A E7 A A/G D/F# A
Esta es la hora primera, este es el justo lugar
D D# A F#7 Bm E7 A
Con tu mano y com mi ma - no, hermano, empecemos ya
Bm E C#m7 F#m
Mira adelante, hermano, en esta hora primera
D Bm E
De apretar bien tu bandera, cerrando fuerte la mano
A D A C#7 F#m
Que apretada tu bandera en esta hora primera
E A E A
Con el puño americano le marque el rostro al tirano
E A E7
Y el dolor se quede afuera
A D E
Métale a la marcha, métale al tambor
D A E7 A
Métale que viene la revolución
91
8. Me gustan los estudiantes (Violeta Parra) 9. Playa Girón (Silvio Rodriguez)
Tom: A Tom: G
A D A G
Que vivan los estudientes jardín de nuestra alegría Compañeros poetas, Tomando en cuenta
E A D
Los últimos sucesos en la poesia
son aves que no se asustan de animal, ni policía E6 A
A7 D C° A Quisiera preguntar - me urge
y no le asustan las balas, ni el ladrar de la jauría C D G
E A DAEA ¿Qué tipo de adjetivos se deben usar
caramba y zamba la cosa que viva la astronomía. C B
Para hacer el poema de un barco
A D A E6
Me gustan los estudiantes que rugen como los vientos Sin que se haga sentimental
E A C D G
cuando le meten al oído sotanas y regimientos Fuera de la vanguardia, oevidente panfleto
A7 D C° A E6 D
pajarillos libertarios igual que los elementos Si debo usar palabras como
C B A
E A DAEA Flota Cubana de Pesca y Playa Girón?
caramba y Zamba la cosa que viva lo experimento.
G
A D A Compañeros de música,
Me gustan los estudiantes porque levantan el pecho D
E A Tomando en cuenta esas politonales
cuando le dicen harina sabiendose que es afrecho E6 A
A7 D C° A Y audaces canciones, quisiera preguntar – me urge
y no hacen el sordomudo cuando se presenta el hecho A-C D G
E A DAEA ¿Qué tipo de armonia se debe usar para hacer
caramba y Zamba la cosa el código del derecho. C B
la canción de este barco
E6 E6-D-C
A D A con hombres de poca niñez, hombres
Me gustan los estudiantes porque son la levadura D G
E A y solamente hombres sobre cubierta.
del pan que saldrá del horno con toda su sabrosura E6 D C
A7 D C° A Hombres negros y rojos y azules?
para la boca del pobre que come con amargura B A
E A DAEA Los hombres que pueblan el Playa Girón.
caramba y zamba la cosa viva la literatura.
G
A D A Compañeros de historia
Me gustan los estudiantes que marchan sobre las ruinas D
E A Tomando en cuenta lo implacable
con las banderas en alto va toda la estudiantina Que debe ser la verdad,
A7 D C° A E6 D
son químicos y doctores, cirujanos y dentistas quisiera preguntar –me urge tanto-
E A DAEA C D G
caramba y zamba la cosa vivan los especialistas. ¿qué debiera decir, qué fronteras debo respetar?
C B E6
A D A Si alguien roba comida y después da la vida,
Me gustan los estudiantes que con muy clara elocuencia E6-D-C
E A ¿qué hacer? ¿Hasta donde
a la bolsa negra sacra le bajó las indulgencias D G-B-E6
A7 D C° A debemos practicar las verdades
porque hasta cuando nos dura señores la penitencia D C
¿Hasta donde sabemos? Que escriban,
E A B F
caramba y zamba la cosa que viva toda la ciencia pues la historia, su historia,
E A C D
caramba y zamba la cosa que viva toda la ciencia. Los hombres del Playa Girón
92
10. Plegaria a un labrador (Victor Jara) 11. Sueño con serpientes (Silvio Rodriguez)
Tom: G
Tom: Em
G
Em Am Em Sueño con serpientes con serpientes de mar
Levántate y mira la montaña Dm F C G
Am Em con cierto mar, ay, de serpientes sueño yo.
De donde viene el viento, el sol y el agua G
D Em Blandas, transparentes, y en sus barrigas llevan
Tú, que manejas el curso de los ríos Dm F C G
D Em lo que puedan arrebatarle al amor.
Tú, que sembraste el vuelo de tu alma Dmm Fm Cm G
Oohh!
Em Am Em Dm F C G Dm Fm Cm G
Levántate y mírate las manos La mato pero aparece una mayor, oohh!
Am Em Dm F C G G-C-G
Para crecer estréchala a tu hermano Con mucho mas infierno en digestion
D Em G
Juntos iremos unidos en la sangre No quepo en su boca, me trata de tragar
D E Dm F C G
Hoy es el tiempo que puede ser mañana Pero se atora con un trébol de mi sien.
93
12. Te doy una canción (Sívio Rodriguez) E7 A
Tom: D Con las mismas de matar
D Bm
D Gm D Te doy una canción y digo patria
Como gasto papeles recordándote F#4 F#
F#m G Y sigo hablando para ti
Como me haces hablar en el silencio Bm G
E7 D Te doy una canción como un disparo
Como no te me quitas de las ganas E D
A7 Bm A Como un libro, una palabra
Aunque nadie me vea nunca contigo A E
D A D Una guerrilla (una batalla…)
Y como pasa el tiempo que pronto son años D Bm D G A7 G D
Bm E A7 Como doy el amooooor.
Sin pasar tú por mi detenida.
A7 D Bm
Te doy una canción se abre una puerta
F#4 F# 13. Te recuerdo Amanda (Victor Jara)
Y de las sombras sales tu Tom: D
Bm G
Te doy una canción de madrugada D F#m
E A Te recuerdo Amanda la calle mojada
Cuando más quiero tu luz G C D
Corriendo a la fábrica donde trabaja Manuel
D Bm D F#m G C
Te doy una canción cuando apareces La sonrisa ancha la lluvia en el pelo
F#4 F# D6
El misterio del amor No importaba nada Ibas a encontrarte con él
Bm G Bm
Y si no lo apareces no me importa con él, con él, con él, con él
E A
Yo te doy una canción. A
Con él, son cinco minutos
D Gm D A7M G6
Si miro un poco afuera me detengo La vida es eterna en cinco minutos
F#m G A7M G6 A7M G6
La ciudad se derrumba y yo… cantando Suena la sirena De vuelta al trabajo
E D
La gente que me odia y que me quiere F#m G
A7 Bm A7 Y tú caminando, lo iluminas todo
No me va a perdonar que me distraiga. E G E
D A7 D Los cinco minutos te hacen florecer
Creen que lo digo todo que me juego la vida
Bm E7 A A A7M
Porque no te conocen ni te sienten. Que partió a la sierra, que nunca hizo daño
G6 A7M G6
A7 A Bm Que partió a la sierra y en cinco minutos
Te doy una canción y hago un discurso A7M G6 F#m
F#4 F# quedó destrozado, suena la sirena
Sobre mi derecho a hablar G E G
Bm G de vuelta al trabajo muchos no volvieron
Te doy una canción con mis dos manos E
tampoco Manuel
94
14. Volver a los 17 D
(Violeta Parra) no lo ha podido el saber,
Bm
Bm ni el más claro proceder
Volver a los 17 D
D ni el más ancho pensamiento.
después de vivir un siglo Em
Bm Todo lo cambia el momento
es como descifrar signos A
D cual mago condescendiente,
sin ser sabio competente Em
Em nos aleja dulcemente
Volver a ser de repente A
A de rencores y violencia.
tan frágil como un segundo Em A
Em Sólo el amor con su ciencia
volver a sentir profundo F#7 Bm
A nos vuelve tan inocentes.
como un niño frente a Dios
G A Se va enredando, enredando...
Eso es lo que siento yo
F# F#7 Bm
en este instante fecundo El amor es torbellino
De pureza original
A D Hasta el feroz animal
Se va enredando, enredando Susurra su dulce trino
A D Detiene a los peregrinos
como en el muro la hiedra Libera a los prisioneros
A D El amor con sus esmeros
y va brotando, brotando Al viejo lo vuelve niño
A D Y al malo sólo el cariño
como el musguito en la piedra Lo vuelve puro y sincero.
A F#7
como el musguito en la piedra Se va enredando, enredando...
Bm
sí, sí, sí De par en par la ventana
Se abrió como por encanto
Entró el amor con su manto
Mi paso ha retrocedido Como una tibia mañana
Cuando el de ustedes avanza Al son de su bella diana
El arco de las alianzas Hizo brotar el jazmín
Ha penetrado en mi nido Volando cual serafín
Con todo su colorido Al cielo le puso aretes
Se ha paseado por mis venas Y mis años en diezessiete
Y hasta la dura cadena Los convirtió el querubín.
Con que nos ata el destino
Es como un diamante fino Se va enredando, enredando...
Que alumbra mi alma serena.
Se va enredando, enredando...
Bm
Lo que puede el sentimiento
95
96
Capítulo 5
Música infantil
97
1. A canoa virou 3. Alecrim dourado
(João de Barro “Braguinha”) (Domínio Público)
Tom: A Tom: C
A E7 A C G7
A canoa virou Alecrim, alecrim dourado
A7 D C C7
Pois deixaram ela virar Que nasceu no campo sem ser semeado
E7 F
Foi por causa de Maria Foi meu amor
A
C A7
Que não soube remar
E7 A Que me disse assim
Se eu fosse um peixinho Dm G7
A7 D Que a flor do campo
E soubesse nadar C
E7 É o alecrim
Eu tirava Maria
A
Do fundo do mar 4. A festa dos insetos (A pulga e o percevejo)
E7
Siri pra cá, siri pra lá Tom: D
A
Maria é bela e quer casar D A7
A pulga e o percevejo fizerão a combinação
D
Fizerão a serenata debaixo do meu colchão
2. A Casa
(Vinícius de Moraes) A7
Tom: A Torce, retorce, procuro mas não vejo
D
A D A Não sei se era a pulga ou se era o percevejo
Era uma casa muito engraçada
E7 A A7
Nao tinha teto, não tinha nada A pulga toca banjo e o percevejo violão
D A D
Ninguém podia entrar nela, não O danado do piolho também toca rabecão
E7 A
Porque na casa nao tinha chão A7
Lá vem a dona pulga vestidinha de balão
A7 D A
Ninguém podia dormir na rede
E7 A
Porque na casa nao tinha parede
A7 D A 5. Borboletinha
Ninguém podia fazer pipi (Domínio Público)
E7 A Tom: G
Porque penico nao tinha ali
D A G D7
Mas era feita com muito esmero Borboletinha tá na cozinha
E7 A G
Na rua dos bobos, número zero Fazendo chocolate para a madrinha
D A D7
Mas era feita com muito esmero Poti poti, perna de pau
E7 A G
Na rua dos bobos, número zero Olho de vidro e nariz de pica pau
98
6. Cai, cai, balão 8. Ciranda cirandinha
(Domínio Público) (Domínio Público)
Tom: D Tom: C
D C G7 C
Cai, cai, balão, cai, cai, balão Ciranda cirandinha, vamos todos cirandar
B7 Em F C G7 C
Na rua do sabão Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar
G7 C
Não cai, não, não cai, não O anel que tú me destes era vidro e se quebrou
A7 D F C G7 C
Cai aqui na minha mão O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou
9. Dorme Neném
(Domínio Público)
7. Ciranda Infantil (Zé Pinto)
C
Tom: E Dorme neném
A7 Dm
E B7 Que a cuca vai pegar
É um, é dois, é três C
E Mamãe foi para roça
Já aprendemos contar G7 C
B7 E papai foi trabalhar
É quatro, é cinco, é seis
E
Agora nós vamos parar
A
Um tempo pra gente brincar
E 10. Fui no Tororó
Antes de chegar a mil (Domínio Público)
C#m F#m B7 Tom: G
Em nome da Reforma Agrária ai, ai, ai
E G E7 Am
Um viva à Ciranda Infantil Eu fui no Tororó beber água e não achei
D7 G
B7 Achei bela morena, que no Tororó deixei
De ciranda em ciranda D7 G E7 Am
E Aproveite, minha gente, que uma noite não é nada
Aprender a cirandar D7 G
A Se não dormir agora, dormirá de madrugada
Como o Estatuto diz: E7 Am D7 G
B7 Oh, Dona Maria, oh, Maria ---- zinha
Estudar, brincar feliz E7 Am D7 G
E Entrará na roda e ficará sozinha
E aprender a cantar E7 Am D7 G
Sozinha eu não fico, nem hei de ficar
E vamos lá, vamos plantar poesia E7 Am D7 G
E vamos lá, vamos colher alegria Porque tenho Chico para ser meu par
E vamos lá, é hora de estudar
99
11. Meninos (Juraildes da Cruz) 12. O Caderno (Toquinho e Mutinho)
E C G/B
Vou pro campo, no campo tem flores Sou eu que vou seguir você
As flores têm mel mas a noitinha Am7 Gm7 C7
B7 Do primeiro rabisco até o bê-a-bá
Estrelas no céu, no céu, no céu F C Dm Dm/C
O céu da boca da onça é escuro Em todos os desenhos coloridos vou estar
Não cometa, não cometa, não cometa furo F G7 C Am7
E A casa, a montanha, duas nuvens no céu
Pimenta malagueta não é pimentão, tão, tão, tão Dm7 Bbm6 Am7 Ab7 G7
E um sol a sorrir no papel
Vou pro campo acampar no mato
No mato tem pato, gato e carrapato C G/B
B7 Sou eu que vou ser seu colega
Canto de cachoeira Am7 Gm7 C7
Dentro d’água pedrinhas redondas Seus problemas ajudar a resolver
Quem não sabe nadar, não caia nessa onda F
E A Sofrer também nas provas
Que a cachoeira é funda e afunda C Dm Dm/C
Bimestrais junto a você
Não sou tanajura mas eu crio asas F G7 C Am7
E A Serei sempre seu confidente fiel
Com os vagalumes eu quero voar Dm7 Bbm6 Am7 Ab7 G7
O céu estrelado hoje é minha casa Se seu pranto molhar meu papel
E B7
Fica mais bonita quando tem luar C G/B
Quero acordar com os passarinhos Sou eu que vou ser seu amigo
E B7 E Am7 Gm7 C7
Cantar uma canção com o sa - biá Vou lhe dar abrigo, se você quiser
F C
Quando surgirem seus primeiros
Dizem que verrugas são estrelas Dm Dm/C
Que a gente aponta que a gente conta Raios de mulher
B7 F G7 C Am7
Antes de dormir, dormir, dormir A vida se abrirá num feroz carrossel
Eu tenho contado, mas não tem nascido Dm7 Bbm6 Am7 Ab7 G7
Isto é história de nariz comprido E você vai rasgar meu papel
E
Deixe de mentir, mentir, mentir C G/B
O que está escrito em mim
Os sete anões pequeninos Am7 Gm7 C7
B7 Comigo ficará guardado, se lhe dá prazer
Sete corações de meninos e a alma leve F C
São folhas e flores ao vento A vida segue sempre em frente
O sorriso e o sentimento Dm Dm/C
E A O que há de fazer
Da Branca de Neve, neve, neve F G7 C Am7
Só peço a você um favor, se puder:
Não sou tanajura Dm7 Bbm6 Am7 Ab7 G7
Não me esqueça num canto qualquer
100
13. A Cidade Ideal - Os Saltimbancos Tem sardinha num bonde de lata 14. A Galinha
(Enriquez/Bardotti/Chico Buarque) Tem alcatra no final da linha Os Saltimbancos
Tom: Eb Jumento é velho, velho e sabido (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque)
E por isso já está prevenido Tom: G
Eb A cidade é uma estranha senhora
A cidade ideal dum cachorro Que hoje sorri e amanhã te devora G D7
Tem um poste por metro quadrado Todo ovo que eu choco
Não tem carro, não corro, não morro Eb7 Ab G
Me toco de novo
E também nunca fico apertado Atenção que o jumento é sabido D7
A cidade ideal da galinha Bb7 Eb Todo ovo é a clara
Tem as ruas cheias de minhocas É melhor ficar bem prevenido G
A barriga fica tão quentinha Eb7 Ab É a clara do vovô
Que transforma milho em pipoca E olha, gata, que a tua pelica G7 C
Bb7 Eb Mas fiquei bloqueada
Eb7 Ab Vai virar uma bela cuíca G7 C
Atenção porque nesta cidade Ab7 E agora de noite
Bb7 Eb Mas não, mas não A7 D
Só sonho gemada
Corre-se à toda velocidade Db7 Gb7 B7 Bb7
D7 G
Eb7 Ab O sonho é meu e eu sonho que A escassa produção
E atenção que o negócio está preto D7 G
Bb7 Eb Eb Bb7 Alarma o patrão
Restaurante assando galeto Deve ter alamedas verdes E7 A
Ab7 Fm C7 Fm As galinhas sérias
Mas não, mas não A cidade dos meus amores E7 A
Db7 Gb7 B7 Bb7 G7 Cm B Jamais tiram férias
O sonho é meu e eu sonho que E, quem dera, os moradores F#7 Bm
“Estás velha, te perdôo
Eb/Bb F7/A
A7 D
Eb Bb7 E o prefeito e os varredores Tu ficas na granja
Deve ter alamedas verdes F7 Bb7 A7 D
Fm C7 Fm Fossem somente crianças Em forma de canja”, Ah!!
A cidade dos meus amores Eb Bb7
G7 Cm B Deve ter alamedas verdes G D7
E, quem dera, os moradores Fm C7 Fm É esse o meu troco
Eb/Bb F7/A A cidade dos meus amores G
E o prefeito e os varredores G7 Cm B Por anos de choco
F7 Bb7 D7
E, quem dera, os moradores
Dei-lhe uma bicada
Fossem somente crianças Eb/Bb F7/A G
Eb Bb7 E o prefeito e os varredores E fugi, chocada
Deve ter alamedas verdes Eb/Bb F7/A G7 C
Fm C7 Fm E os pintores, e os vendedores Quero cantar na ronda
A cidade dos meus amores F7 Bb7 A7 D7
G7 Cm B Fossem somente crianças Na crista da onda
E, quem dera, os moradores G Am
Eb/Bb F7/A Deve ter... Pois um bico a mais
E o prefeito e os varredores D7 G
Só faz mais feliz
Eb/Bb F7/A Eb/Bb F7/A Am
E os pintores, e os vendedores As senhoras e os senhores A grande gaiola
F7 Bb7 Eb/Bb F7/A D7 G
Fossem somente crianças E os guardas e os inspetores Do meu país
F7 Bb7 Eb
Eb Fossem somente crianças
A cidade ideal duma gata
É um prato de tripa fresquinha
101
15. Bicharia - Os Saltimbancos G C
(Enriquez/Bardotti/Chico Buarque) Mas também não é nenhum demente
Am F G C
Tom: C Au, au, au, hi-ho hi-ho
Am F G C
Miau, miau, miau, cocorocó
Am F G C F C Bb F
Au, au, au, hi-ho hi-ho Quando o homem exagera
Am F G C G C F
Miau, miau, miau, cocorocó Bicho vira fera e ora vejam só
F C Bb F C Bb C F
O animal é tão bacana Au, au, au, cocorocó
G C F Dm Bb C
Mas também não é nenhum banana Puxa, jumento (Só puxava)
Am F G C F Dm Bb C
Au, au, au, hi-ho hi-ho Choca galinha (Só chocava)
Am F G C F C7
Miau, miau, miau, cocorocó Rápido, cachorro
F C Bb F F Bb
Quando a porca torce o rabo Guarda a casa, corre e volta
G C F C Dm G C
Pode ser o diabo e ora vejam só (Só corria, só voltava)
C Bb C F F Dm Bb C
Au, au, au, cocorocó Mas chega um dia (Chega um dia)
F Dm Bb C
F Dm Bb C Que o bicho chia (Bicho chia)
Era uma vez (E é ainda) F C7
F Dm Bb C Bota pra quebrar
Certo país (E é ainda) F Bb
F C7 E eu quero ver quem paga o pato
Onde os animais C Bb C/E F
F Bb Pois vai ser um saco de gatos
Eram tratados como bestas
C Dm G C
(São ainda, são ainda)
F Dm Bb C
Tinha um barão (Tem ainda)
F Dm Bb C
Espertalhão ( Tem ainda)
F C7
Nunca trabalhava
F Bb
E então achava a vida linda
C Bb C F
(E acha ainda, e acha ainda)
Am F G C
Au, au, au, hi-ho hi-ho
Am F G C
Miau, miau, miau, cocorocó
F C Bb F
O animal é paciente
102
16. História de uma gata - Os Saltimbancos 17. Minha Canção - Os Saltimbancos
(Enriquez/Bardotti/Chico Buarque) (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque)
Tom: E Tom: C
F#m E C Am Dm G7
Me alimentaram, me acariciaram
Dorme a cidade, resta um coração
F#m E C#m
Me aliciaram, me acostumaram C Am F G7
Misterioso, faz uma ilusão
F#m B E C#m Em7 F A7 Dm
O meu mundo era o apartamento Soletra um verso, larga a melodia
F#m B E C#m G7 C
Detefon, almofada e trato Singelamente, dolorosamente
F#m B E Bº
Todo dia filé-mignon Doce a música, silenciosa
F#m E F#m E (F#m E)
Am Em7 A4/7 A7
Ou mesmo um bom filé de gato
Lava o meu peito, solta-se no espa - ço
C#m F#m B E C#m F G7 Em7 A4/7 A7
Me diziam, todo momento Faz-se certeza, minha canção
F#m B E C#m Dm G7 F C
Fique em casa, não tome vento Réstia de luz onde, dorme meu irmão
F#m B E
Mas é duro ficar na sua
F#m E F#m E F#m E F#m
Quando à luz da lua, tantos gatos pela rua 18. O Jumento - Os Saltimbancos
E F#m E F#m B7 (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque)
Toda a noite vão cantando assim
Tom: A
E B7 E
Nós, gatos, já nascemos pobres
A
A E B7
Porém, já nascemos livres Jumento não é, jumento não é
E B7 E E7
Senhor, senhora ou senhorio O grande malandro da praça
A B7 E B7 (E F#m) A E7 A
Felino, não reconhecerás Trabalha, trabalha de graça
Canções
diversas
107
1. A Internacional Os reis da mina e da fornalha
(L.Eugéne Pottier/M. Pierre Degeyter) Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha
Tom: C Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu
C F Querendo que ela o restitua
De pé. ó vítimas da fome O povo quer só o que é seu
G7 C
De pé, famélicos da terra Bem unidos...
F
Da idéia a chama já consome Nós fomos de fumo embriagados
G7 C Paz entre nós, guerra aos senhores
A crosta bruta que a soterra Façamos greve de soldados
G D7 G Somos irmãos trabalhadores
Cortai o mal bem pelo fundo Se a raça vil cheia de galas
D7 G Nos quer à força canibais
De pé, de pé, não mais senhores Logo verá que nossas balas
G7 C São para os nossos generais
Se nada somos em tal mundo
G D7 G Bem unidos...
Sejamos tudo ó produtores
Pois somos do povo os ativos
C F G7 C Trabalhador forte e fecundo
Bem unidos, façamos nesta luta final Pertence a terra aos produtivos
C7 F C G7 C Ó parasita deixa o mundo
Uma terra sem amos a Internacional Ó parasita que te nutres
Do nosso sangue a gotejar
Se nos faltarem os abutres
Senhores, patrões, chefes supremos Não deixa o sol de fulgurar
Nada esperemos de nenhum
Sejamos nós que conquistemos Bem unidos...
A terra mãe, livre, comum
Para não ter protestos vãos
Para sair deste antro estreito
Façamos nós com nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito
Bem unidos...
Abomináveis na grandeza
108
2. Aroeira 3. Assentamento
(Geraldo Vandré) (Chico Buarque)
Tom: Dm Tom: C
109
4. Canto do povo de um lugar (Caetano Veloso) 6. Carinhoso
(Pixinguinha/João de Barro)
Tom: C
Tom: F
C G/B Am G/B F
Todo di -- a o sol levanta, e a gente canta
G7 C C7 F/C F/C# F/D
O sol de todo di -- a Meu coração
F/C# F/C F/C# F/D
G/B Am G/B F Não sei porque
Fim da tarde a terra cora, e a gente chora F/Eb Am/E Am/F Am/F#
G7 C Bate feliz,
Porque finda a tar -- de Am/F Am/E Am/F Am/F#
Quando te vê
G/B Am G/B F A7 Dm G7 C
Quando a noite a lua mansa e a gente dança
G7 C E os meus olhos ficam sorrindo
Venerando a noi -- te F Bb D7 Gm
E pelas ruas vão te seguindo
G7 Db7 C7 F (C7)
Mas mesmo assim, foges de mim
5. Canto lunar (Tarancón)
Tom: Bm E7 Am Bm7(5b)
Ah, se tu soubesses como eu sou tão carinhoso
Bm D Bm E7 Am
Minha lua navega serena E o muito e muito que te quero
G F#7 Bm G7 C/E Am
Vai de ipanema ao céu do irã E como é sincero o meu amor
D Bm D7 G7 C7
Para ela a moda não é tudo
Eu sei que tu não fugirias mais de mim
G F#7 Bm
A guerra não duvida o dia de amanhã C#7 Gm Gb7 F E7
Vem, vem, vem, vem, vem sentir o calor
G A Gm C7 F A7
Minha lua corre apaixonada Dos lábios meus, à procura dos teus
Bm Dm A7 Dm F7/C Bb D7/A Gm
E a passarada segue o seu corcel Vem matar esta paixão que me devora o coração
D Bm C7 F F# Gm C7 F
Oh lua, oh lua rainha E só assim então, serei feliz, bem feliz
G F#7 Bm Em
Oh a lua é minha, é de quem quiser
A
Oh a lua, a lua é das princesas
D
E com mais certeza será dos garis
Bm
Dos cantores, dos trabalhadores
G
Será dos atores quando a noite cair
A
E será também dos prisioneiros,
G Gm
Será dos canteiros e do chafariz
D Bm
Oh lua, a lua da cidade
G F#7 Bm
Da humanidade e de quem quiser
110
7. Cidadão Criança de pé no chão
(Zé Geraldo) A G
Aqui não pode estudar
Tom: C D
Esta dor doeu mais forte
C G7 A7
Tá vendo aquele edifício moço? Por que que eu deixei o norte
C C7 D4/7 D7 G
Ajudei a levantar eu me pus a me dizer
D
Foi um tempo de aflição Lá a seca castigava
A7
Eram quatro condução Mas o pouco que eu plantava
F D A7 D
Duas pra ir, duas pra voltar tinha direito a comer
Fm
Hoje depois dele pronto
A7
Tá vendo aquela igreja moço?
Olho pra cima e fico tonto
D D7
C Am
Onde o padre diz amém
Mas me chega um cidadão
D
E me diz desconfiado, tu tá aí admirado Pus o sino e o badalo
G F
Ou tá querendo roubar? Enchi minha mão de calo
C G
Meu domingo tá perdido Lá eu trabalhei também
G Gm
Vou pra casa entristecido Lá sim valeu a pena
C C7 F
Dá vontade de beber Tem quermesse, tem novena
C D Bm
E pra aumentar o meu tédio E o padre me deixa entrar
G E
Eu nem posso olhar pro prédio Foi lá que Cristo me disse
C A7 D
Que eu ajudei a fazer Rapaz deixe de tolice
A G
A7 não se deixe amedrontar
Tá vendo aquele colégio moço? D
D D7 Fui eu quem criou a Terra
Eu também trabalhei lá A7
Enchi o rio, fiz a serra
Lá eu quase me arrebento D4/7 D7 G
G Não deixei nada faltar
Pus a massa fiz cimento ajudei a rebocar
D
Gm
Hoje o homem criou asas
Minha filha inocente
A7
E na maioria das casas
Vem pra mim toda contente
D Bm D D7
Pai vou me matricular Eu também não posso entrar
E
Mas me diz um cidadão
111
8. Cirandeiro 9. Coração civil
(Edu Lobo/Capinam) (Milton Nascimento/ Fernado Brandt)
Tom: Gm Tom: G
Gm D7 Gm D7 Gm G C D
Ó cirandeiro, ó cirandeiro, ó Quero a utopia, quero tudo e mais
G C D
Am7(5b) D7 Gm D7
Quero a felicidade nos olhos de um pai
A pedra do teu anel brilha mais do que o sol
F C G
Quero a alegria, muita gente feliz
Gm F D7 Gm Em A7 D
A ciranda de estrelas caminhando pelo céu Quero que a justiça reine em meu país
Cm7 Gm Cm7 Gm G C D
É o luar da lua cheia, é o farol de Santarém Quero a liberdade, quero o vinho e o pão
Am7(5b) D7 Gm G C D
Não é lua nem estrela Quero ser amizade, quero amor, prazer
Eb7M Gm F C G
É saudade clareando Quero nossa cidade sempre ensolarada
Ab7 D7 Gm Em A7
Nos olhinhos de meu bem E os meninos e o povo no poder
C G C G C
Eu quero ver
REFRÃO
G C D
Gm F D7 Gm São José da Costa Rica, coração civil
A ciranda de sereno visitando a madrugada G C D
Cm7 Gm Me inspire no meu sonho de amor, Brasil
O espanto achei dormindo F C G
Cm7 Gm Se o poeta é o que sonha o que vai ser real
Nos sonhos da namorada Em A7 D
Bom sonhar coisas boas que o homem faz
Am7(5b) D7 Gm
C D G
Que serena dorme e sonha
E esperar pelos frutos do quintal
Eb7M Gm
G
Carregada pelo vento Sem polícia, nem milícia
Ab7 D7 Gm C D
Num andor de nuvem clara Nem feitiço, cadê o poder
G
Viva a preguiça, viva a malícia
REFRÃO C D
Que só a gente é que sabe ter
Gm F D7 Gm
São sete estrelas correndo, sete juras a jurar F
Cm7 Gm Assim dizendo a minha utopia
Três Marias, Três Marias, C
Cm7 Gm Eu vou levando a vida
Se cuidem de bom cuidar G Em
Am7(5b) D7 Gm Eu vou viver bem melhor
No amor e o juramento A7
Eb7M Gm Doido pra ver
Que a estrela D’alva chora C
Ab7 D7 Gm O meu sonho teimoso
De nos sete acreditar D7 G
Um dia se realizar
112
10. Disparada D7 G
(Geraldo Vandré/Théo de Barros) Se você não concordar
D7/A G
Tom: G Não posso me desculpar
C G/B C
D7 C G/B D7/A G Não canto pra enganar
Prepare o seu coração prás coisas que eu vou contar D7 C G
C G/B C Am7 D7 G Vou pegar minha viola
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do ser -- tão B7 Em C
B7 Em C Am7 D7 G Vou deixar você de lado
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agra - dar Am7 D7 G
D7 C G/B D7 G Vou cantar noutro lugar
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
C G/B C Am7 D7 G G7 C A7 D7
E a morte, o destino tudo, a morte e o des - tino tudo Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
B7 Em C Am7 D7 G D#° Em
Estava fora de lugar, eu vivo pra conser -- tar Não por mim nem por ninguém
C D7 C G/B
G7 C A7 D7 Que junto comigo houvesse
Na boiada já fui boi, mas um dia me montei Am7 B7 Em C
D#° Em Que quisesse ou que pudesse
Não por um motivo meu B7 C
D7 C G/B Por qualquer coisa de seu
Ou de com quem comigo houvesse Am7 D7 G
Am7 B7 Em B7 C Por qualquer coisa de seu
Que qualquer querer tivesse porém por necessidade C Am7 D7 G
Am7 D7 G C Am7 D7 G Querer ir mais longe que eu
Do dono de uma boi -- ada cujo vaqueiro morreu
D7 C G
Mas o mundo foi rodando
F C G / F C G / F C G / Bb D7 G D7/A G
nas patas do meu cavalo
D7 G D7 G C G/B
Boiadeiro muito tempo, laço firme, braço forte E já que um dia montei
C G/B C Am7 D7 G C Am7 D7 G
Muito gado, muita gente pela vida segurei Agora sou cavaleiro
B7 Em C Am7 D7 G B7 Em
Seguia como num sonho que boiadeiro era um rei Laço firme, braço forte
D7 G D7/A G C Am7 D7 G
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo De um reino que não tem rei
C G/B C Am7 D7 G
E nos sonhos que fui sonhando as visões se clareando
B7 Em C Am7 D7 G
As visões se clareando, até que um dia acordei
C Bb F G
D7 G D7 G
Então não pude seguir, valente em lugar tenente
C G/B C Am7 D7 G
E o dono de gado e gente, porque gado a gente marca
B7 Em C Am7 D7 G
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente
113
11. Eu vivo num tempo de guerra 12. Funeral de um lavrador
(Edu Lobo/Gianfrancesco Guarnieri) (Chico Buarque/João Cabral de Mello Neto)
Tom: Am Tom: Am
Am Dm Am E7 Am
É um tempo de guerra Esta cova em que estás com palmos medida
E7 Am Fº E7 Am
É um tempo sem sol É a conta menor que tiraste em vida
E7 Am
A7 Dm Am É de bom tamanho nem largo nem fundo
Sem sol, sem sol, tem dó Fº E7 Am
D#° Dm Am É a parte que te cabe deste lati -- fúndio
Sem sol, sem sol, tem dó
E7 Am
Dm Am Não é cova grande, é cova medida
E você que me prossegue Fº E7 Am
Bb7 E7 Am É a terra que querias ver dividida
E vai ver feliz a terra E7 Am
Am/G F#m7(5b) É uma cova grande pra teu pouco defunto
Lembre bem do nosso tempo Fº E7 Am
F7M E7 Am Mas estás mais ancho que estavas no mundo
Desse tempo que é de guerra
E7 Am
É uma cova grande pra teu defunto parco
REFRÃO Fº E7 Am
Porém mais que no mundo te sentirás largo
Am Dm Am E7 Am
Veja bem que preparando É uma cova grande pra tua carne pouca
Bb7 E7 Am Fº E7 Am
O caminho da amizade Mas a terra dada, não se abre a boca
Am/G F#m7(5b)
Não podemos ser amigos ao mal Fº E7 Am
F7M E7 Am É a conta menor que tiraste em vida
Ao mal vamos dar maldade Fº E7 Am
É a parte que te cabe deste lati -- fúndio
Fº E7 Am
REFRÃO É a terra que querias ver dividida
Fº E7 Am
Am Dm Am Estarás mais ancho que estavas no mundo
Se você chegar a ver Fº E7 Am
Bb7 E7 Am Mas a terra dada não se abre a boca
Essa terra da amizade
Am/G F#m7(5b)
Onde o homem ajuda o homem
F7M E7 Am
Pense em nós só com bondade
114
13. João e Maria 14. Lamento sertanejo
(Sivuca/Chico Buarque) (Dominguinhos/Gilberto Gil)
Tom: Gm Tom: Dm
Gm Cm F7 Bb Introdução:
Agora eu era o herói e o meu cavalo só falava inglês Am/D G/D F/D G Dm
Gm Cm F7 Bb Am/D G/D F/D Dm
A noiva do cowboy era você além das outras três
A Dm
Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões Dm/C Bm7(5b) Bb7M A7
Bb Eb7 D7 Por ser de lá do sertão
Guardava o meu bodoque e ensaiava um rock para as matinês Dm
Lá do cerrado
Gm Cm F7 Bb Dm7 Gm7
Agora eu era o rei, era bedel e era também juiz Lá do interior do mato
Gm Cm F7 Fm Gm C7/9 F7M F7/Eb
E pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz Da caatinga do roçado
Cm F7 Bb Bb
E você era a princesa que eu fiz coroar Eu quase não saio
Eb7 Ab7 D7 Gm A7 Dm
Que era tão linda de se admirar e andava nua pelo meu país Eu quase não tenho amigo
Dm/C Bm7(5b)
D7 Gm Cm F7 Eu quase que não consigo
Não, não fuja não, finja que agora eu era o seu brinquedo Bb7M A7 Dm
Bb Eb7 D7 Ficar na cidade sem viver contrariado
Eu era o seu peão, o seu bicho preferido
Gm D7 Gm Cm D7
Vem, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo INTRODUÇÃO
Gm D7 Gm
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Dm/C Bm7(5b) Bb7M A7
Cm F7 Bb Por ser de lá e na certa
Agora era fatal que o faz de conta terminasse assim Dm
Gm Cm F7 Fm Gm Por isso mesmo
Prá lá desse quintal era uma noite que não tem mais fim Dm7 Gm7
Cm F7 Bb Não gosto de cama mole
Pois você sumiu no mundo sem me avisar C7/9 F7M F7/Eb
Eb7 Ab7 Não sei comer sem torresmo
E agora eu era um louco a perguntar Bb
D7 Gm Eu quase não falo
O que é que a vida vai fazer de mim A7 Dm
Eu quase não sei de nada
Dm/C Bm7(5b)
Sou com rês desgarrada
Bb7M
Nessa multidão boiada
A7 Dm
Caminhando a esmo
115
15. Levantados do chão 16. Luar do sertão
(Milton Nascimento/Chico Buarque) (Catulo da Paixão Cearense/João Pernambuco)
Tom: Am
Tom: G
Am Am9/B C C/D
Como então? Desgarrados da terra? G E7 Am D7 G D7
C Am9/B Am
Não há, ó gente, oh não luar como este do sertão
Como assim? Levantados do chão?
Am9/B C Am9/B
Como embaixo dos pés uma terra G E7 Am
Am C/D Am C Oh que saudade do luar da minha terra
Como água escorrendo da mão? D7 G D7
Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão
C/E Am/F# C/E G E7 Am
Como em sonho correr numa estrada? Esse luar cá da cidade, tão escuro
Am/F# Am9/B D7 G D7
Deslizando no mesmo lugar? Não tem aquela saudade do luar lá do sertão
Am C/D C
Como em sonho perder a passada G E7 Am
C/Bb C Am A gente fria desta terra sem poesia
E no oco da terra tombar?
D7 G D7
Am9/B C C/D Não se importa com esta lua, nem faz caso do luar
Como então? Desgarrados da terra? G E7 Am
C Am9/B Am Enquanto a onça, lá na verde capoeira
Como assim? Levantados do chão? D7 G D7
Am9/B C C/D Leva uma hora inteira, vendo a lua a meditar
Ou na planta dos pés uma terra
C Am9/B Am G E7 Am
Como água na palma da mão? Ai, quem me dera que eu morresse lá na serra
D7 G D7
Dm7 F Abraçado à minha terra e dormindo de uma vez
Habitar uma lama sem fundo?
Bb F C G E7 Am
Como em cama de pó se deitar? Ser enterrado numa grota pequenina
G/B Am D7 G D7
Num balanço de rede sem rede Onde à tarde a surunina chora sua viuvez
D Am
Ver o mundo de pernas pro ar? Coisa mais bela neste mundo não existe
Am9/B C C/D Do que ouvir-se um galo triste no sertão, se faz luar
Como assim? Levitante colono? Parece até que a alma da lua que descansa
C Am9/B Am Escondeu-se na garganta deste galo a soluçar
Pasto aéreo? Celeste curral?
Am9/B C C/D A gente fria desta terra sem poesia
Um rebanho nas nuvens? Mas como? Não se importa com esta lua nem faz caso do luar
C Am9/B Am
Boi alado? Alazão sideral? Enquanto a onça, lá na verde capoeira
Leva uma hora inteira vendo a lua a meditar
C/E Am C/E Am
Que esquisita lavoura! Mas como? Ai, quem me dera que eu morresse lá na serra,
C/E D C Abraçado à minha terra e dormindo de uma vez
Um arado no espaço? Será? Ser enterrado numa cova pequenina
Am Am9/B C D
Choverá que laranja? Que pomo? Onde à tarde a sururina chora a sua viuvez
Dm7 E7 Am
Gomo? Sumo? Granizo? Maná? Quando vermelha, no sertão desponta a lua
D Am Dentro d’alma onde flutua também rubra nasce a dor!
Lererere lereie lereie E a lua sobe e o sangue muda em claridade
D Am E a nossa dor muda em saudade branca assim, da mesma cor
Lererere lerere lereiá
116
17. Madalena 18. Mamãe Oxum
(Gilberto Gil) Ponto de Umbanda
Tom: D Tom: Dm
D G Dm
Fui passear na roça Eu vi mamãe oxum na cachoeira
A7 D Gm Dm
Encontrei Madalena Sentada na beira do rio
A7 Gm
Sentada numa pedra Colhendo lírio, lirule
D Dm
Comendo farinha seca Colhendo lírio, lirula
A7 A7
Olhando a produção agrícola Colhendo lírio
D Dm (D7) (A7)
E a pecuária Pra enfeitar o seu Congá
A7
Madalena chorava, sua mãe consolava
D
Dizendo assim 19. Minha ciranda (Capiba)
A7
Pobre não tem valor, pobre é sofredor Tom: Am
D
E quem ajuda é Senhor do Bonfim Am E7 Am Bm7(5b)
Minha ciranda não é minha só
Entra em beco, sai em beco E7 Am E7
A7 Ela é de todos nós, ela é de todos nós
Há um recurso Madalena Am Bm7(5b)
Entra em beco sai em beco A melodia principal quem guia
D E7 Am
Há uma santa com seu nome É a primeira voz, é a primeira voz
Entra em beco sai em beco
A7 E7 Am
Vai na próxima capela Pra se dançar ciranda juntamos mão com mão
E acende uma vela E7 Am
D Formando uma roda, cantando uma canção
Pra não passar fome
117
20. Minha História Dm G7 C
(João do Vale) Mas todos eles quando ouvem Mas nóis num gosta de tramoia
Gm A7 Dm D
Tom: Dm Um baião -- zim que eu fiz Nóis gosta das menina
C G
Dm Gm Dm Ficam tudo satisfeito Nóis é jeca, mais é joia
Seu moço, quer saber Em7(5b) A7 Dm
Gm A7 Dm Batem palmas e pedem bis
Eu vou cantar num baião Bb7 Dm REFRÃO
Bb7 Dm E dizem: João foi meu colega
Minha história pra o senhor C G Dm G
C G Dm Como eu me sinto feliz Andam falando que nóis é caipira
Seu moço, preste atenção C
Que nóis tem cara de milho de pipoca
Mas o negócio não é bem eu D
Eu vendia pirulito Em7(5b) A7 Dm Que nosso rock é dançar catira
Em7(5b) A7 Dm É Mané, Pedro e Romão G C D
Arroz doce, mungunzá Que nossa flauta é feita de taboca
Que também foram meus colegas G
Enquanto eu ia vender doce Gm A7 Dm Nóis gosta é de pescar traíra
Gm A7 Dm E continuam no sertão G7 C
Meus colegas iam estudar Bb7 Dm Ver as bichinha gemendo na vara
Bb7 Dm Não puderam estudar D
A minha mãe, tão pobrezinha C G Dm Nóis num gosta de mentira
C G Dm E nem sabem fazer baião C G
Não podia me educar Nóis tem vergonha na cara
Tom: C Tom: Am
C G/B Am F Am
No woman, no cry Esta nova oração
C G7 C G7 C G
No woman, no cry É uma canção de vida
F E7
G/B Am F C Pelo sangue da ferida no chão
Bem que eu me lembro a gente sentado ali Am
G/B Am F C Que não cicatrizará
Na grama do aterro sob o sol G
G/B Am F C
Nem tampouco deixará
Observando hipócritas
F E7
G/B Am F C
De abrir a rosa em nosso coração
Disfarçados rondando ao redor
G/B Am F C
Amigos presos, amigos sumindo assim Am G
G/B Am F C E diga sim a quem nos quer abraçar
Pra nunca mais F E7 Am
G/B Am F C Mas se for pra enganar, diga não
Nas recordações retratos do mal em si G Am
G/B Am F Êêêêê ê ah
Melhor é deixar prá trás G
Com as bandeiras nas ruas
F E7 Am
REFRÃO Ninguém pode nos calar
G/B Am F C Am
Bem que eu me lembro a gente sentado ali E quem nos ajudará
G/B Am F C G
Na grama do aterro sob o céu A não ser a própria gente
G/B Am F C F E7
Observando estrelas Pois hoje não se consente esperar
G/B Am F C Am
Junto à fogueirinha de papel Somente a rosa e o punhal
G/B Am F C G
Quentar o frio, requentar o pão Somente o punhal e a rosa
G/B Am F C F E7
E comer com você Poderão fazer a luz do sol brilhar
G/B Am F C
Os pés de manhã pisar o chão
Am G
G/B Am
E diga sim a quem nos quer acolher
Eu sei a barra de viver
F E7 Am
F C
Mas, se Deus quiser Mas se for pra nos prender, diga não
G Am
G/B Am Êêêêê ê ah
Tudo, tudo, tudo vai dar pé G
F C Ninguém vai ser torturado
Tudo, tudo, tudo vai dar pé F E Am
Com vontade de lutar
REFRÃO
119
24. Pensar em Você
(Chico César) D Em
Pelos campos a fome em grandes plantações
Tom: D D Em
Pelas ruas marchando indecisos cordões
D A A#º D Em
É só pensar em você Anda fazem da flor seu mais forte refrão
Bm Bm/A D Em
Que muda o dia E acreditam nas flores vencendo o canhão
G A7 D
Minha alegria dá pra ver
F#7 Bm REFRÃO
Não dá pra esconder
F#7 G A7 D
Nem quero pensar se é certo querer D Em
A7 D Há soldados armados, amados ou não
O que vou lhe dizer D Em
G D A7 Quase todos perdidos de armas na mão
Um bei -- jo seu D Em
G D A7 D Nos quartéis lhes ensinam antigas lições
E eu vou só pensar em você D Em
De morrer pela pátria e viver sem razão
F#7 Bm F#7 G
Se a chuva cai e o sol não sai
A7 D A#º Bm REFRÃO
Penso em você vontade de viver mais
G D A7 D D Em
Em paz com o mundo e comigo Nas escolas, nas ruas, campos construções
D Em
Somos todos soldados armados amados ou não
D Em
Caminhando e cantando e seguindo a canção
D Em
Somos todos iguais braços dados ou não
25. Pra não dizer que não falei das flores D Em
(Geraldo Vandré) Os amores na mente, as flores no chão
D Em
Tom: D A certeza na frente a história na mão
D Em
Em D Em Caminhando e cantando e seguindo a canção
Caminhando e cantando e seguindo a canção D Em
D Em Aprendendo e ensinando uma nova lição
Somos todos iguais braços dados ou não
D Em
Nas escolas nas ruas nos campos construções REFRÃO
D Em
Caminhando e cantando e seguindo a canção
D Em
Vem vamos embora que esperar não é saber
D Em
Quem sabe faz a hora não espera acontecer
120
26. Preta Pretinha (Moraes Moreira) 28. Revolta Olodum
(José Olissan/Domingos Sérgio)
Tono: G
D7 G Tom: Dm
Enquanto eu corria assim eu ia
D7 G Dm C7
Lhe chamar enquanto corria a barca Retirante ruralista, lavrador
D7 G Dm
Lhe chamar enquanto corria a barca
D7 G Nordestino lampião, salvador
Por minha cabeça não passava C7
Pátria sertaneja, independente
D7 G D7
Só somente só assim vou lhe chamar Antônio Conselheiro,
G
Assim você vai ser Dm
Em Canudos presidente
C Cm Bm Bbm Am7 C7
Laiá laiá laiá laiá laiá Zumbi em alagoas comandou
Dm
D7 G D7 G
Preta preta pretinha, preta preta pretinha Exército de ideais, libertador
D7 G D7 G C7
Preta preta pretinha, preta preta pretinha Sou mandinga, balaiada, sou malê
Dm
D7 G Sou Eúzios sou revolta, arerê
Abre a porta e a janela
D7 G
E vem ver o sol nascer Gm A7 Dm
Ô corisco, Maria bonita mandou lhe chamar
D7 G Gm A7 Dm
Eu sou um pássaro que vivo avoando Ô corisco, Maria bonita mandou lhe chamar
D7 G
Vivo avoando sem nunca mais parar
D7 G C7 Dm
Ai ai ai ai saudade não venha me matar É o vingador de Lampião
D7 G C7 Dm
Ai ai ai ai saudade não venha me matar É o vingador de Lampião
D7 G
Eu ia lhe chamar enquanto corria a barca
D7 G C7
Eu ia lhe chamar enquanto corria a barca Eita cabra da peste
Dm
Pelourinho, Olodum, somos do nordeste
C7 Dm
Etá etá etá taratatá
27. Quem me deu foi Lia C7 Dm
(Domínio público/Adaptado por Teca Calazans) Etá etataratatá
Tom: A
A E7 A E7 A
Eu estava na beira da praia
F#7 Bm E7 A E7
Ouvindo as pancadas das águas do mar
A E7 A
Esta ciranda quem me deu foi Lia
F#7 Bm E7 A E7
Que mora na ilha de Itamaracá
121
29. Senhorita 30. Tanto Mar
(Zé Geraldo) (Chico Buarque)
Tom: D Tom: C
D G C G B7
Minha meiga senhorita Foi bonita a festa, pá
D G Em
Eu nunca pude lhe dizer Fiquei contente
D C A7 D
Você jamais me perguntou Ainda guardo renitente
G D C D7 G
De onde eu venho e pra onde vou Um velho cravo para mim
A G D C G B7
De onde eu venho não importa, já passou Já murcharam tua festa, pá
A G D C G D Em
O que importa é saber pra onde vou Mas certamente
A7 D
G Esqueceram uma semente
Minha meiga senhorita C D7 G
D G N ’algum canto de jardim
O que eu tenho é quase nada C G
D C Sei que há léguas a nos separar
Mas tenho o sol como amigo Bb F
G D Tanto mar, tanto mar
Traz o que é seu e vem morar comigo Fm Eb
A G D Sei, também, como é preciso, pá
Uma palhoça no canto da serra será nosso abrigo C D7
A G Navegar, navegar
Traz o que é seu e vem correndo, C G
D Canta primavera, pá
Vem morar comigo B7 Em
Cá estou carente
A G A7 D
Aqui é pequeno mas dá pra nós dois Manda novamente
D C D7 G
E se for preciso a gente aumenta depois Algum cheirinho de alecrim
A G
Tem um violão que é pra noites de lua
D
Tem uma varanda que é minha e que é sua
C G D C G
Vem morar comigo meiga senhorita
D
Vem morar comigo
122
31.Um caipira no metrô de São Paulo A Bm D
(Zé Pinto) E nos campos ver a plantação Pra onde quer que você vá
Tom: D G D E F#m
E ao meio dia colher utopia Que você me carregue
D F#m7 A D
O povo embolou na escada, meu Deus No meu e no seu coração A E D
A D Pois diga que irá, Irajá, Irajá
Quem é que desata esse nó Prá onde eu só veja você
G F#m7 F#m7 A
Tanta loucura, tanta correria E pra Itaquera é menos espera Você veja a mim só
Em A A D E D
Na estação do metrô Que os trens de Minas Gerais Marajó, Marajó
G F#m7 G D
Tanta loucura, tanta correria Não tem rapadura, nem noite de lua Qualquer outro lugar comum
D A D A D A
Na estação do metrô E come depressa demais Outro lugar qualquer
G D E D
F#m7 Preciso voltar lá pra Barra Funda Guaporé, Guaporé
Se pego lá pra Jabaquara A Bm
A D E tenho que passar na Sé Qualquer outro lugar ao sol
Um tapa na cara, alguém sem querer G A
Mas queria mesmo Outro lugar ao sul
G D E7 D
Encaro o indivíduo, semblante sofrido D Céu azul, céu azul
A D Era voltar lá pra roça
Não dá pra brigar com você A D Onde haja só o meu corpo nu
G D E a maior saudade é docê E
Aproveita os trilhos pra dar um cochilo Junto ao seu corpo nu
A Bm D E D
Porque acordou muido cedo Falado: Estação terminal Barra Funda, Uh, uh, uh Uh, uh, uh
G D solicitamos a todos que desembarquem
Escora a cabeça, o vidro é tão duro nessa estação A E
A D Vamos fugir deste lugar, baby
Salário não deu travesseiro D G F#m
Vou voltar pra trás Vamos fugir
D D
Pra onde haja um tobogã
F#m7 Pra Minas Gerais E F#m
Se for pra Santana, pinta de bacana A7 D Onde a gente escorregue
A D Lugar bom da gente viver D
Botina de couro no pé G D Todo dia de manhã
G D Porque lá tem lua, moda de viola E F#m
Mas no Tietê, se tiro se vê A7 D Flores que a gente regue
A D E lá ficou meu bem querer D
O cheiro mais forte qual é Uma banda de maçã,
G D E F#m
E pra Ana Rosa eu puxo uma prosa Outra banda de reggae
A Bm D
Mas só lembro de Conceição Tô cansado de esperar
G D E F#m
Que você me carregue
Nas Clínicas tomo injeção de saudade D
A D 32. Vamos fugir (Gilberto Gil) Pra onde quer que você vá
Só pra alimentar a paixão E F#m
Tom: A Que você me carregue
D
A E Pra onde haja um tobogã
F#m7 Vamos fugir deste lugar, baby E F#m
Se o Carandiru já deu cafuçu F#m Onde a gente escorregue
A D Vamos fugir D
É pobre demais na prisão D Todo dia de manhã
G Tô cansado de esperar E F#m
Mas quem sabe um dia E F#m Flores que a gente regue
D A D Que você me carregue D
O metrô e a vida encontre nova estação A E Uma banda de maçã,
Vamos fugir deste lugar, baby E7 F#m
G D F#m Outra banda de reggae
Gritar liberdade em nossas cidades Vamos fugir,
123
33. Veja, Margarida 34. Viola enluarada
(Vital Farias) (Marcos Valle/P. S.Valle)
Tom: D Tom: A
D G A E
Eu vou partir A mão que toca o violão
D G Em D Dm
Pra cidade garantida, proibida Se for preciso faz a guerra
D F#7 Bm E7 A D E7
Arranjar meio de vida, Margarida Mata o mundo, fere a terra
A7 D G
Pra você gostar de mim A7M(9) E11/#G
D G A voz que canta uma canção
Essas feridas da vida Margarida Em/G D/F# Dm9/F
D F#7 Bm E7 Se for preciso canto um hino
Essas feridas da vida, amarga vida E7.4 E7
A7 D Louva a mor -- te
Pra você gostar de mim
A5 E/G#
G Viola em noite enluarada
Veja você Em D Dm/F
D G No sertão é como espada
Arco-íris já mudou de cor A B/A E7.4 E7
D F#7 Bm Esperan --- ça de vingan --- ça
Uma rosa nunca mais desabrochou
E7 A7 A E
E eu não quero ver você O mesmo pé que dança um samba
D G Em D Dm E7.4 A
Com esse gosto de sabão na boca Se for preciso vai à luta, capoei ---- ra
D G
Gasolina vai subir de preço B/A Bm7(5b) E7
D F#7 Bm Quem tem de noite a companhei ------- ra
E eu não quero nunca mais seu endereço A B/A D E7
E7 A7 Sabe que a paz é passagei --- ra
Ou é o começo do fim ou é o fim A B/A G7 F#m7(5b)
Pra defendê-la se levanta e grita:
E7.4
Eu vou!
A7M(9) E
Mão, violão, canção, espada
Em D Dm
E viola enluarada
A B/A E7.4 E7
Pelo cam -- po e cida --- de
A E11/G#
Porta-bandeira, capoeira
Em/G D/F# Dm9/F
Desfilando, vão cantando:
E7 A
Liberda.....de!
124
Capítulo 7
Forró
125
1. ABC do sertão (Luiz Gonzaga/Zé Dantas) A7 Em
Dizendo: oh, Deus poderoso
Tom: Em / Ritmo: Baião A7 Em
Faça chover no sertão
Em B7 Em
Lá no meu sertão pros caboclo ler A7
Am Em E7 Nessa hora eu queria
Têm que aprender um outro ABC Em
Am Em Ter força e ter poder
O “J” é ji, o eli é lê A7 Em
B7 Em Pra acabar com a miséria
O “S” é si, mas o “R” tem nome de rê A7 Em
E fazer no sertão chover
B7 Em
A7
Até o “Y” lá é pissilone
Sei que vão me censurar
Am Em
Em
O “M” é mê, O “N” é nê
Mas veio na imaginação
Am Em
A7 Em
O “F” é fê, o “G” chama-se guê
Nem todos são fi de Deus
B7 Em A7 Em
Na escola é engraçado ouvir-se tanto “ê” Ou Deus não tem coração
B7 Em B7 Em
A, B, C, D, fê, guê, lê, mê A7
Am Em B7 Em Depois, vi a lavadeira
Nê, pê, quê, rê, tê, vê e zê Em
Soluçando a reclamar
A7 Em
2. A lavadeira e o lavrador Dez dias que não faz sol
(João do Vale/Ari Monteiro) A7 Em
Pra minha roupa secar
Tom: Em A7 Em
Se não entrego a roupa toda
Em A7 Em A7 Em
Eu vi a lavadeira pedindo sol Doutor não vai me pagar
A7 Em A7 Em
E o lavrador pra chover Se amanhã não fizer sol
A7 Em A7 Em
Os dois com a mesma razão Ai, meu Deus, o que será?
A7 Em
Todos precisam viver A7 Em
Aí, eu vi que Deus é toda perfeição
A7 A7 Em
Moço, eu vi o lavrador O que eu pensei ainda há pouco
Em A7 Em
Com o joelho no chão Agora peço perdão
A7 Em A7 Em
O pranto banhando o rosto Só uma força divina
A7 Em A7 Em
Seus filhos pedindo pão Contorna a situação
A7 Em A7 Em
O gado todo morrendo Um povo querendo inverno
A7 Em A7 Em
Lama virando torrão Outro querendo verão
126
3. Assum preto 4. A volta da Asa Branca
(Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira) (Luiz Gonzaga/Zé Dantas)
Em E E7 A E
Tudo em vorta é só beleza Já faz três noites que pro norte relampeia
E7 Am E7 A
Sol de Abril e a mata em frô A asa branca ouvindo o ronco do trovão
Em E E7 A
Mas Assum Preto, cego dos óio Já bateu asas e voltou pro meu sertão
B7 Em E
Num vendo a luz, ai, canta de dor Ai, ai eu vou me embora
B7 E
(Am Em B7 Em) Vou cuidar da prantação
(A E A B7 E A B7 E )
Tarvez por ignorança
E7 Am E7 A E
Ou mardade das pió A seca fez eu desertar da minha terra
Em E7 A
Furaro os óio do Assum Preto Mas felizmente Deus agora se alembrou
B7 Em E E7 A
Pra ele assim, ai, cantá de mió De mandar chuva pr’esse sertão sofredor
E B7 E
(Am Em B7 Em) Sertão das muié séria dos homes trabaiador
Em (A E A B7 E A B7 E )
Assum Preto veve sorto
E7 Am E7 A E
Mas num pode avuá Rios correndo, as cachoeiras tão zoando
Em E7 A
Mil vezes a sina de uma gaiola Terra moiada, mato verde, que riqueza
B7 Em E E7 A
Desde que o céu, ai, pudesse oiá E a asa branca e a tarde canta, que beleza
E B7 E
Ai, ai, o povo alegre, mais alegre a natureza
(Am Em B7 Em)
(A E A B7 E A B7 E )
Assum Preto, o meu cantar
E7 Am E7 A E
É tão triste como o teu Sentindo a chuva eu me arrecordo de Rosinha
Em E7 A
Também roubaro o meu amor A linda flor do meu sertão pernambucano
B7 Em E E7 A
Que era a luz, ai, dos óios meu E se a safra não atrapaiá meus pranos
E
Que que há, o seu vigário
(Am Em B7 Em) B7 E
Vou casar no fim do ano
127
5. A vida do viajante 6. Cajuína (Caetano Veloso)
(Luiz Gonzaga/Hervê Cordovil)
Tom: Bm / Ritmo: Xote
Tom: F / Ritmo: xote Bm C#m7(5b)
Existirmos: a que será que se destina?
C7 C/Bb F/A D7/F# Gm G7 F F#7 Bm
Re rê, Arê, Arê, Arê, Arê Pois quando tu me deste a rosa pequenina
C7 C/Bb F/A D7/F# Gm G7 F B7 Em
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Re rê, Arê, Arê, Arê, Arê A7 D
Do menino infeliz não se nos ilumina
Dm Gm C7 F G7
Hum, Hum, Hum, Hum, Hum, Hum, Hum, Hum Tampouco turva-se a lágrima nordestina
F#7 Bm
Apenas a matéria vida era tão fina
(C7 C/Bb F/A C7/G F) C7 Em
E éramos olharmo-nos intacta retina
Dm Eb F#7 Bm
Minha vida é andar por este país A cajuína cristalina em Teresina
F Dm Gm C7
Pra ver se um dia descanso feliz
F C7/G F/A D7/F#
Guardando recordações 7. Canto da Ema
Gm D7/A Gm/Bb (João do Vale/Jackson do Pandeiro)
Das terras onde passei
Tom: A
C7 C/Bb F/A
Andando pelos sertões A7 D7 E7 A7
Bb F/C C7/G F A ema gemeu no tronco do juremá
E dos amigos que lá deixei D7 E7 A7
A ema gemeu no tronco do juremá
Dm C Bb F
Chuva e sol, poeira e carvão D7 A7
Dm C 7 C/Bb F/A Foi um sinal bem triste, morena
Longe de casa sigo o roteiro D7 A7
Fiquei a imaginar
C7/G F
D7 A7
Mais uma estação Será que é o nosso amor, morena
D7 A7
Dm Gm C7 F Que vai se acabar?
Hum, Hum, Hum, Hum, Hum, Hum, Hum, Hum D7
C7 C/Bb F/A C7/G F Você bem sabe que a ema quando canta
E a ---- le ---- gria no cora ---- ção E7
Vem trazendo no seu canto um bucado de azar
Re rê... A7
Eu tenho medo, pois acho que é muito cedo
D7
Dm C Bb F Muito cedo meu benzinho
Mar e terra, inverno e verão E7 A7
Dm C7 C/Bb F/A Pra esse amor se acabar
Mostro o sorriso, mostro a alegria D7 A7
C7/G F Vem morena, vem, vem, vem
Mas eu mesmo não E7 A7
Me beijar, me beijar
Dm Gm C7 F D7 A7
Dá um beijo, dá um beijo
Hum, Hum, Hum, Hum, Hum, Hum, Hum, Hum
E7 A7
C7 C/Bb F/A C7/G F Pra esse medo, se acabar
E a sau ----- dade no cora --- ção
128
8. Carcará 9. Eu só quero um xodó
(João do Vale/José Cândido) (Dominguinhos/Anastácia)
Tom: Bm Tom: E
E7 Bm7
Mas quando chega o tempo da invernada
E7 Bm7
No sertão não tem mais roça queimada
E7 Bm7
Carcará mesmo assim não passa fome
E7 Bm7
Os burrego que nasce na baixada
REFRÃO
E7 Bm7
Carcará é malvado, é valentão
E7 Bm7
É a águia de lá do meu sertão
E7 Bm7
Os burrego novinho num pode andar
E7 Bm7
Ele puxa no bico inté matar
REFRÃO
129
10. Feira de Mangaio (Sivuca/Glorinha Gadelha) 11. Forró no Escuro
(Luiz Gonzaga)
Tom: Bm
Intro: Bm F#7 Bm Em Bm F#7 Bm Tom: F / Ritmo: Baião
Bm C#m7(5b)
Fumo de rolo, arreio de cangaia F Am
F#7 Bm O candeeiro se apagou
Eu tenho pra vender, quem que comprar
Bb F
C#m7(5b)
O sanfoneiro cochilou
Bolo de milho, broa e cocada
F#7 Bm Bb Gm
Eu tenho pra vender, quem que comprar A sanfona não parou
C#m7(5b) C7 F
Pé de moleque, alecrim, canela E o forró continuou
F#7 Bm
Moleque sai daqui me deixa trabalhar Gm
C#m7(5b) Meu amor não vá simbora
E Zé saiu correndo pra feira dos pássaros C7
F#7 Bm Não vá simbora
E foi pássaro voando em todo lugar F
Fique mais um bucadinho
B7 Em
Tinha uma vendinha no canto da rua Um bucadinho
A7 D Gm
Onde o mangaieiro ia se animar Se você for seu nego chora
G C#m7(5b)
C7
Tomar uma bicada com lambu assado
Seu nego chora
F#7 Bm
E olhar pra Maria do Juá F
Vamos dançar mais um tiquinho
C#m7(5b)
Cabresto de cavalo e rabichola Mais um tiquinho
F#7 Bm C7
Eu tenho pra vender, quem que comprar Quando eu entro numa farra
C#m7(5b) F
Farinha rapadura e graviola Num quero sair mais não
F#7 Bm C7
Eu tenho pra vender, quem que comprar Vou inté quebrar a barra
C#m7(5b) F
Pavio de candiero, panela de barro E pegar o sol com a mão
F#7 Bm
Menino eu vou me embora, tenho que voltar
C#m7(5b)
Xaxar o meu roçado, que nem boi de carro
F#7 Bm
Alpargata de arrasto não quer me levar
B7 Em
Porque tem um sanfoneiro no canto da rua
A7 D
Fazendo floreio pra gente dançar
G C#m7(5b)
Tem Zefa de purcina fazendo renda
F#7 Bm
E o ronco do fole sem parar
130
12. Homem bicho, bicho homem 13. Mulher rendeira
(Zé Pinto, do CD Um poema insubmisso) (Zé do Norte/Adaptação: Hervê Cordovil)
Tom: A Tom: D
A E A D G
Onça de camisola, tatu de cueca, cutia jogando peteca Olê, mulher rendeira!
E A D
Não toque a bola pro pato, lagarto Olê, mulher rendar!
A Em
Pois ele não quer ser atleta Tu me ensina fazer renda
A D
D E A Que eu te ensino a namorar
O sapo bocudo e maneiro já foi numa festa no céu
E Em
Ele enganou o urubu, seu jacu Lampião desceu a serra
A A D
Mas no brejo cumpriu seu papel
Deu um baile em Cajazeira
E A
Em
O gato e o cachorro nunca tem o mesmo plano
Botou a moça donzela
E A
A D
O gato gosta da casa, o cachorro gosta do dono
Pra cantar “Mulher Rendeira”
D E A
O gato persegue o rato, o cachorro persegue o gato
E
Não dormem no mesmo canto REFRÃO
A
Não comem no mesmo prato D Em
D E A As moças de Vila Bela
Mas pior que a bicharada é mesmo o bicho homem D A
E A Não têm mais ocupação
Mesmo vindo do macaco muitos viram lobisomem Em
D E A E só vivem na janela
Mija na água que bebe, envenena o que se come A D
E A Namorando Lampião
E a dez metros do alimento criança morre de fome
D E A
O ronco da motosserra deixa a vida por um fio REFRÃO
E A
Hoje a poesia chora, chora a morte de outro rio
E
Ei cumpade caluto não mate o tatu
Dm Gm Dm F#m B7 Bm
Olha pro céu, meu amor Ouricuri madurou, oi é sinal
D7 F#° Gm Em F#7 Bm
Vê como ele está lin ------- do Que arapuá já fez mel
C7 F F#m B7 Bm
Olha praquele balão multicor Catingueira fulorô lá no sertão
Dm Gm E7 A7 Em F#7 Bm
Como no céu vai sumin ---- do Vai cair chuva a granel
Em F#7 Bm
D Arapuá esperando ouricuri madurecer
Foi numa noite, igual a esta F#m Bm
D#° Catingueira fulorando sertanejo
Que tu me deste o teu coração Em F#7 Bm
Em Esperando chover
O céu estava, assim em festa Em F#7 Bm
A7 D° D Lá no sertão, quase ninguém tem estudo
Porque era noite de São João F#m Bm
Um ou outro que lá aprendeu ler
F#m7(b5) B7 F#m Bm
Havia balões no ar Mas tem homem capaz de fazer tudo, doutor
Em B7 Em D7 Em F#7 Bm
Xote, baião no salão E antecipa o que vai acontecer
G G#° D Bm7
E no terre ------ iro o teu olhar E7 Bm
E7 A7 D Bb A7 Catingueira fulora vai chover
Que incendiou meu coração E7 Bm
Andorinha voou vai ter verão
E7 Bm
Gavião se cantar é estiada
E7 Bm
Vai haver boa safra no sertão
E7 Bm
Se o galo cantar fora de hora
E7 Bm
É mulher dando fora pode crer
E7 Bm
Acauã se cantar perto de casa
E7 Bm
É agouro é alguém que vai morrer
E7 A7
São segredos que o sertanejo sabe
F#7 Bm
E não teve o prazer de aprender ler
132
16. O xote das meninas 17. Pisa na Fulô
(Luiz Gonzaga/Zé Dantas) (João do Vale/Silveira Jr./Ernesto Pires)
Introd.: Am Em B7 Em D7 G A7 D7 G Em Am B7 Em
Pisa na fulô, pisa na fulô
G D7 G Am B7 Em
Mandacaru, quando fulora na seca Pisa na fulô, não maltrata meu amô
G7 C
É o sinal que a chuva chega no sertão Am Em
G Um dia desses fui dançar lá em Pedreira
Toda menina que enjoa da boneca Am B7 Em
Am D7 G7 Na rua da Golada gostei da brincadeira
É sinal de que o amor já chegou no coração Am B7 Em
C G Zé Caxangá era o tocador
Meia comprida, não quer mais sapato baixo C7 B7 Em
Am D7 G Mas só tocava pisa na fulô
Vestido bem cintado não quer mais vestir timão
REFRÃO
Am B7 Em Am Em
Ela só quer, só pensa em namorar (2x) Sô Serafim cuchichava mais Dió
Am B7 Em
D7 G Sô cabra de jurá que eu nunca vi forró mió
De manhã cedo já tá pintada Am B7 Em
B7 Em Inté vovó garrô na mão de vovô
Só vive suspirando, sonhando acordada C7 B7 Em
B7 Em E disse um bora, meu veinho, pisa na fulô
O pai leva ao doutô a filha adoentada
B7 Em REFRÃO
Não come nem estuda, não dorme, não quer nada
Am Em
Eu vi menina qui nem tinha doze ano
Am B7 Em Am B7 Em
Ela só quer, só pensa em namorar (2x) Agarrá seu par, também sair dançando
Am B7 Em
D7 G Satisfeita e dizendo, meu amor
Mas o doutô nem examina C7 B7 Em
B7 Em Ai como é gostoso pisa na fulô
Chamando o pai de um lado lhe diz logo em surdina
B7 Em REFRÃO
Que o mal é da idade, que pra tal menina
B7 Em Am Em
Não tem um só remédio em toda medicina De madrugada Zeca Caxangá
Am B7 Em
Disse ao dono da casa num precisa me pagá
Am B7 Em Am B7 Em
Ela só quer, só pensa em namorar (2x) Mas por favor, arranje outro tocador
C7 B7 Em
Que eu também quero pisa na fulô
133
18. Procissão (Gilberto Gil) F#m7 B7 E B7 E
Tom: E Cá na Terra isso tem que se acabar
E A E
Olha lá vai passando a procissão
A E 19. Respeita Januário
Se arrastando que nem cobra pelo chão (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira)
A B7 E
As pessoas que nela vão passando Tom: G / Ritmo: Xote
A B7 E
Acreditam nas coisas lá do céu G
A B7 E Quando eu voltei lá pro sertão
As mulheres cantando tiram versos
A B7 E Eu quis mangar de Januário
Os homens escutando tiram o chapéu D7
A G#m7 Com meu fole prateado
Eles vivem penando aqui na Terra
F#m7 B7 E B7 E
Esperando o que Jesus prometeu Só de baixo, cento e vinte
F Gm Em Am
Riacho do Navio, corre pro Pajeú A todo mundo eu dou psiu
C7 F
O rio Pajeú vai despejá no São Francisco Psiu, psiu, psiu
F7 Bb C7 Em
O rio São Francisco vai bater no meio do mar Perguntando por meu bem
F
O rio São Francisco vai bater no meio do mar Psiu, psiu, psiu
B7
Gm Tendo o coração vazio
Ai, seu fosse um peixe ao contrário do rio
C7 F Vivo assim a dar psiu
Nadava contra as águas, neste desafio Em
F7 Bb C7 Sabiá vem cá também
Saiá lá do mar pro Riacho do Navio
F E7
Eu iá diretinho pro Riacho do Navio Tu que anda pelo mundo, Sabiá
Am
Gm Tu que tanto já voou, Sabiá
Pra ver meu brejinho fazer umas caçadas D7
C7 F Tu que fala aos passarinhos, Sabiá
Ver as pegas de boi, andar nas vaquejadas G Em
Alivia a minha dor, Sabiá
Dormir ao som dos chocalhos B7 Em
F7 Bb C7 Tem pena d’eu, Sabiá
E acordar com a passarada B7 Em
F Diz por favor, Sabiá
Sem rádio sem notícia das terras civilizadas B7 Em
Tu que tanto anda no mundo, Sabiá
F Gm B7
Riacho do Navio, Riacho do Navio Onde anda o meu amor
F F7 Bb Bbm F C7 F Em B7 Em B7 Em
Tando lá não sinto fri --- o Sabiá ----- á ----- á ----- á ----- á
135
22. Sobradinho (Sá e Guarabira) 23. Último pau de arara
(Venâncio/Curumbá/José Guimarães)
Tom: E / Ritmo: Xote
Tom: Em
E
O homem chega e já desfaz a natureza Em B7 Em
A vida aqui só é ruim quando não chove no chão
D A B7 E7
Tira a gente põe represa, diz que tudo vai mudar Mas se chover dá de tudo fartura tem de montão
E Am D7 G
O São Francisco lá prá cima da Bahia Tomara que chova logo, tomara, meu Deus, tomara
D A Em Am B7 Em
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar Só deixo o meu Cariri no último pau-de-arara
C G
E passo a passo vai cumprindo a profecia B7
C B7 Enquanto a minha vaquinha
Em
Do beato que dizia que o sertão ia alagar
Tiver o couro e o osso
B7
G#7 C#m A G#m E puder com o chocalho
O sertão vai virar mar, dá no coração E7
E C#m Pendurado no pescoço
O medo que algum dia Am
A G#m Eu vou ficando por aqui
O mar também vire sertão D7 G
C#m A G#m Que Deus do céu me ajude
Em Am
Vai virar mar, dá no coração
Quem sai da terra natal
E C#m B7 Em
O medo que algum dia Em outros cantos não para
A B7 Em Am
O mar também vire sertão Só deixo o meu Cariri
B7 Em
E C#m E C#m No último pau-de-arara
Lá, lá lá lá lá, Lá, lá lá lá lá
E
Adeus Remanso, Casa nova, Sento-sé 24. Xote ecológico (Luiz Gonzaga)
D A
Tom: G / Ritmo: Xote
Adeus Pilão Arcado vem o rio te engolir
E G D7
Debaixo d’água lá se vai a vida inteira Não posso respirar, não dá mais prá nadar
D A G
Por cima da cachoeira o Gaiola vai subir A terra está morrendo, não dá mais prá plantar
C G G7 C
Vai ter barragem no salto do Sobradinho E se plantar não nasce, e se nascer não dá
C B7 G D7 G
E o povo vai se embora com medo de se afogar Até pinga da boa é difícil de encontrar
D7
Cadê a flor daqui? Poluição comeu!
REFRÃO G
O peixe que é do mar? Poluição comeu!
E G7 C
Remanso, casanova sento-sé O verde onde é que está? Poluição comeu!
C#m G D7 G
Pilão arcado, sobradinho, Adeus, Adeus, Adeus E nem o Chico Mendes sobreviveu!
136
Capítulo 8
Samba
137
1. Acreditar (Dona Ivone Lara) 2. A flor e o espinho (Nelson Cavaqui-
nho/Guilherme de Brito/Alcides Caminha)
Tom: C
Tom: Dm
C G7 C
Acreditar, eu não Dm Gm A7
C7 F Tire seu sorriso do caminho
Recomeçar, já ---- mais Dm A7
Dm E7 Am Que eu quero passar com a minha dor
A vida foi em frente Am7(5b) D7 Gm C7
Hoje pra você eu sou espinho
E você simplesmente F D7 Gm
D7 G7 C Em Ebm Espinho não machuca a flor
Não viu que ficou pra trás Dm
Eu só errei quando juntei
Dm G7 C
Não sei se você me enganou Minha alma junto à sua
Am Dm Em7(b5) A7 Dm
Pois quando você tropeçou O sol não pode viver perto da lua
G7 C
Não viu o tempo que passou D7
E7 Am É no espelho que vejo a minha mágoa
Não viu que ele me carregava Gm
D7 A minha dor e os meus olhos rasos d’água
E a saudade lhe entregava Dm
G7 C7 Eu na sua vida já fui uma flor
O aval da imensa dor Bb7 A7
F F#° C A7 Hoje sou espinho sem amor
E eu que agora moro nos braços da paz
Dm G7
Ignoro o passado
Bb7 A7
Que hoje você me traa----az
Dm F#° C A7
E eu que agora moro nos braços da paz
Dm G7
Ignoro o passado
C G7
Que hoje você me traz, acreditar
138
3. Alguém me avisou 4. Alvorada
(Dona Ivone Lara) (Cartola)
Tom: C Tom: F
C G7 C G7 F D7 Gm C7 F
Foram me chamar Alvorada lá no morro que beleza
C F7M G#° Gm
Eu estou aqui, o que é que há Ninguém chora não há tristeza
Em Dm C7 F
Foram me chamar Ninguém sente dissabor
C7M Cm
Eu estou aqui, o que é que há O sol colorindo
D7 G7
F7M C7M É tão lindo, é tão lindo
Eu vim de lá, eu vim de lá pequenininho Bbm C7 F (D7)
F7M C7M E a natureza sorrindo tingindo, tingindo (alvorada)
Mas, eu vim de lá pequinininho
A7 D7 E7 Am E7 Am
Alguém me avisou Você também me lembra a alvorada
G7 C F7 Bb
Pra pisar nesse chão devagarinho (2x) Quando chega iluminando
F7 Bb
A7 Dm Meus caminhos tão sem vida
Sempre fui obediente Gm C7
G7 C E o que me resta é bem pouco
mas não pude resistir Cm D7
A7 Dm Quase nada do que ir assim
Foi numa roda de samba Gm C7 F7
G7 C Vagando numa estrada perdida
Que juntei-me aos bambas pra me distrair D7
A7 Dm Alvorada
Quando eu voltar pra Bahia
G7 C
Terei muito o que contar
A7 Dm
Ò padrinho não se zangue
G7
Que eu nasci pro samba
C
E não posso parar
139
5. Antonico (Ismael Silva) 6. A voz do povo (João do Vale)
Tom: Am Tom: Am
Am E7 Am Dm Am E7 Am
Oh, Antonico, vou lhe pedir um favor Meu samba é a voz do povo
E7 Am E7 Bm7(5b)
Que só depende da sua boa vontade Se alguém gostou
Am G E7 Am E7
E necessário uma viração pro Nestor Eu posso cantar de novo
F#m7/5- B7(9b) Dm E7
Que está vivendo em grande dificulda --- de Am G Am
Am Dm Eu fui pedir aumento ao patrão
Ele está mesmo dançando na corda bamba Bm7(5b) E7 Am
E7 Em7(b5) A7 Fui piorar minha situ --- ação
Ele e aquele que na escola de sam ----- ba A7 Dm
Dm E7 Am O meu nome foi pra lista
Toca cuíca, toca surdo e tamborim G7 C
Bm7/5- E7 Am E7 Na mesma hora
Faça por ele como se fosse por mim Bm7(5b) E7 Am
Dos que iam ser mandados embora
Am Dm7
Até muamba já fizeram pro rapaz REFRÃO
Bm7(5b) E7 Am E7
Porque no samba ninguém faz o que ele faz Am G Am
Am G Eu sou a flor que o vento jogou no chão
Mas hei de vê-lo muito bem, se Deus quiser Bm7(5b) E7 Am E7
F#m7/5- B7(9b) Dm E7 Mas ficou um galho pra outra flor brotar
E agradeço pelo que você fizer Am G Am
A minha flor o vento pode levar
Bm7(5b) E7 Am E7
Mas o meu perfume fica boiando no ar
7. Argumento (Paulinho da Viola)
Tom: D
D A7 D
Tá legal, eu aceito o argumento
B7 Em B7
Mas não me altere o samba tanto assim 8. Barracão de zinco
Em A7 D B7 (Luiz Antônio/Oldemar Magalhães)
Olha que a rapaziada está sentindo a falta Tom: Dm
Em A7 D
De um cavaco, de um pandeiro ou de um tamborim Dm Eb7M A7 Dm
Em A7 D Vai barracão pendurado no morro
Sem preconceito ou mania de passado C7 Bb7 A7
A7 Am D7 G E pedindo socorro à cidade a seus pés
Sem querer ficar do lado de quem não quer navegar Dm Eb7M A7 Dm
Gm7 F#m7 Vai barracão tua voz eu escuto
Faça como um velho marinheiro C7 Bb7
B7 E7 Não te esqueço um minuto porque sei
Que durante o nevoeiro
A7 D D7 A7
Leva o barco devagar Que tu és
G Gm7 F#m7 Dm Gm A7
Faça como um velho marinheiro Barracão de zinco tradição do meu país
B7 E7 Dm Eb7M A7
Que durante o nevoeiro Barracão de zinco pobretão infeliz
A7 D A7
Leva o barco devagar, tá legal
140
9. Berimbau (Baden Powell/Vinicius de Moraes) Bm7 E7
Bm7
Tom: Dm Eu quero ver o Tio Sam tocar pan-
deiro
Dm7 Am7 E7 A7M E7
Quem é homem de bem não trai Para o mundo sambar
Dm7
O amor que lhe quer seu bem
Am7 A7M Bb°
Quem diz muito que vai não vai O Tio Sam está querendo
Dm7 Bm7 E7 A7M
E assim como não vai, não vem Conhecer a nossa batucada
Am7Dm7 Em A7
Quem de dentro de si não sai Anda dizendo que o molho da baia-
Dm7 na
Vai morrer sem amar ninguém D7M
Am7
Melhorou seu prato
O dinheiro de quem não dá
Dm7 F° E7 Bm7 E7
É o trabalho de quem não tem Vai entrar no cuzcuz, acarajé e abará
Am7 Bm7 E7
Capoeira que é bom não cai Na Casa Branca já dançou
Dm7 Bm7 E7 A7M Bb°
Mas se um dia ele cai, cai bem A batucada de ioiô, iaiá
141
11. Cada macaco no seu galho 12. Canto das três raças
(Riachão) (Mauro Duarte/Paulo Cesar Pinheiro)
Tom: G Tom: Bm
G Am D7 G Bm C#m7(b5)
Xô xuá, cada macaco no seu galho Ninguém ouviu
Am D7 G F#7 Bm G7 F#7
Xô xuá, eu não me canso de falar Um soluçar de dor no canto do Brasil
Am D7 G Em Bm
Xô xuá, o meu galho é na Bahia Um lamento triste sempre ecoou
Am D7 G G7
Xô xuá, o seu é em outro lugar Desde que o índio guerreiro
F#7 Bm
Am D7 G Foi pro cativeiro e de lá cantou
Não se aborreça moço da cabeça grande Em A7 D C#m7(b5) F#7 Bm
Am Negro entoou um canto de revolta pelos ares
Você vem não sei de onde C#m7(b5) F#7 Bm G7 F#7
D7 G No Quilombo dos Palmares, onde se refugiou
Fica aqui não vai pra lá Em Bm
Am D7 G Fora a luta dos Inconfidentes
Esse negócio da mãe preta ser leiteira C#m7(b5) F#7 Bm G7
Am Pela quebra das correntes
Já encheu sua mamadeira F#7
D7 G Nada adiantou
Vá mamar noutro lugar Em Bm
E de guerra em paz, de paz em guerra
C#m7(b5) F#7 Bm
Todo o povo desta terra
G7 F#7
Quando pode cantar
Bm F#7
Canta de dor, ô ô
Em Bm
E ecoa noite e dia, é ensurdecedor
C#m7(b5) F#7 Bm Bm/A
Ai, mas que agonia
G7 F#7
O canto do trabalhador
Em Bm C#m7(b5) F#7 Bm
Esse canto que devia ser um canto de alegria
G7 F#7 Bm F#7
Soa apenas como um soluçar de dor, ô ô
142
13. Canto de Ossanha Dm/C B°
(Baden Powell/Vinicius de Moraes) Vai, vai, vai, amar
Bb6(5b) Dm
Tom: Dm Vai, vai, vai, sofrer
Dm/C B°
Dm Dm/C B° Vai, vai, vai, chorar
O homem que diz “dou” não dá, Bb6(5b) Dm
Bb6(5b) Dm Vai, vai, vai, dizer
Porque quem dá mesmo não diz
Dm/C B°
O homem que diz “vou” não vai,
Bb6(5b) Dm
Porque quando foi já não quis
Dm/C B° 14. Coisa da antiga (Nei Lopes/Wilson Moreira)
O homem que diz “sou” não é, Tom: G
Bb6(5b) Dm
Porque quem é mesmo é “não sou” G E7 Am
Dm/C B° Na tina, vovó lavou, vovó lavou
O homem que diz “tô” não tá, D7 G
Bb6(5b) Dm A roupa que mamãe vestiu quando foi batizada
Porque ninguém tá quando quer D7 G E7
Dm/C B° E mamãe quando era menina
Coitado do homem que cai Am
Bb6(5b) Dm Teve que passar, teve que passar
No canto de Ossanha, traidor D7 G D7
Dm/C B° Muita fumaça e calor no ferro de engomar
Coitado do homem que vai
Bb6(5b) Dm G E7 A7
Atrás de mandinga de amor Hoje mamãe me falou de vovó só de vovó
D7 G D7
Disse que no tempo dela era bem melhor
Dm/C B° G E7 A7
Vai, vai, vai, não vou Mesmo agachada na tina e soprando no ferro de carvão
Bb6(5b) Dm D7 G D7
Vai, vai, vai, não vou Tinha-se mais amizade e mais consideração
Dm/C B° G E7 A7
Vai, vai, vai, não vou Disse que naquele tempo a palavra de um mero cidadão
Bb6(5b) D7M D7 G D7
Vai, vai, vai, não vou Valia mais que hoje em dia uma nota de milhão
Am7 G E7 A7
Que eu não sou ninguém de ir Disse afinal que o que é de verdade ninguém mais hoje liga
D7(9) G7M C7 D7 G D7
Em conversa de esquecer Isso é coisa da antiga, oi na tina...
Em7 A7
A tristeza de um amor que passou REFRÃO
D7M Am7
Não, eu só vou se for pra ver G E7 A7
D7(9) G7M Hoje o olhar de mamãe marejou, só marejou
Uma estrela aparecer D7 G D7
Em7 A7 Dm Quando se lembrou do velho, o meu bisavô
Na manhã de um novo amor G E7 A7
Dm/C B° Disse que ele foi escravo mas não se entregou à escravidão
Amigo senhor, saravá, D7 G D7
Bb6(5b) Dm Sempre vivia fugindo e arrumando confusão
Xangô me mandou lhe dizer G E7 A7
Dm/C B° Disse pra mim que essa história do meu bisavô, negro fujão
Se é canto de Ossanha, não vá, D7 G D7
Bb6(5b) Dm Devia servir de exemplo a esses nêgo pai João
Que muito vai se arrepender G E7 A7
Dm/C B° Disse afinal que o que é de verdade ninguém mais hoje liga
Pergunte ao seu Orixá C7 D7 G D7
Bb6(5b) Dm Isso é coisa da antiga, oi na tina...
O amor só é bom se doer
143
15. Comportamento Geral (Gonzaguinha) F#m7 F#m7(13b)
Você merece, você merece
Tom: F#m F#m6 F#m7(13b)
Esqueça que está desempregado
F#m7 B7
Você deve notar que não tem mais tutu F#m7 F#m7(13b)
F#m7 F#m7/C# Você merece, você Merece
E dizer que não está preocupado F#m6 F#m7(13b)
F#m7 B7 Tudo vai bem, tudo Legal
Você deve lutar pela xepa da feira
F#m7 F#m7/C#
E dizer que está recompensado
F#m7 B7 16. Com que roupa (Noel Rosa)
Você deve estampar sempre um ar de alegria Tom: D
F#m7 F#m7/C#
E dizer: tudo tem melhorado D A7 D A7
F#m7 B7 Agora vou mudar minha conduta
Você deve rezar pelo bem do patrão D B7 Em B7
F#m7 F#m7/C# Eu vou pra luta, pois eu quero me aprumar
E esquecer que está desempregado Em Em7M Em7 Em6
Vou tratar você com força bruta
A7 D
F#m7 F#m7(13b) Pra poder me reabilitar
Você merece, você merece A7 D
F#m6 F#m7(13b) Pois esta vida não está sopa
Tudo vai bem, tudo legal A7 D A7
Bm7 E7(9) Eu pergunto com que roupa
Cerveja, samba e amanhã, Seu Zé
F#m7(9) B7(13) D B7 Em
Se acabarem com o teu carnaval Com que roupa eu vou?
E7 A Am D7
F#m7 B7 Pro samba que você me convidou
Você deve aprender a baixar a cabeça G7M G#º D7 Db7 C7 B7
F#m7 F#m7/C# Com que rou -- pa eu vou
E7 A7 D A7
E dizer sempre:muito obrigado Pro samba que você me convidou
F#m7 B7
São palavras que ainda te deixam dizer D A7 D A7
F#m7 F#m7/C# Seu português, agora, deu o fora
Por ser homem bem disciplinado D B7 Em B7
F#m7 B7 Já foi-se embora e levou seu capital
Deve pois só fazer pelo bem da Nação Em Em7M Em7 Em6
F#m7 F#m7/C# Esqueceu quem tanto amou outrora
Tudo aquilo que for ordenado A7 D
F#m7 B7 Foi no Adamastor pra Portugal
Pra ganhar um fuscão no juízo final A7 D
F#m7 F#m7/C# Pra se casar com a cachopa
A7 D A7
E diploma de bem comportado Eu nem sei mais com que roupa
REFRÃO D A7 D A7
Eu hoje estou pulando como sapo
F#m7 F#m7(13b) D B7 Em B7
Você merece, você merece Pra ver se escapo desta praga de urubu
F#m6 F#m7(13b) Em Em7M Em7 Em6
E um fuscão no juízo final Já estou coberto de farrapos
A7 D
F#m7 F#m7(13b) Eu vou acabar ficando nú
Você merece, você merece A7 D
F#m6 F#m7(13b) Meu paletó virou estopa
A7 D A7
E um diploma de bem comportado Eu nem sei mais com que roupa
144
17. Consolação 18. Ê baiana (Fabricio da Silva/Baianinho/
(Baden Powell/Vinicius de Moraes) Enio
Santos Ribeiro/Miguel Pancrácio)
Tom: Dm
Tom: C
Dm7 Am7 Dm7 Am7 Dm7
Se não tivesse o amor (Se não tivesse o amor) C C7 F G7 C G7
Am7 Dm7 Am7 Dm7 Ê baiana ê ê ê baiana, baianinha
Se não tivesse essa dor (Se não tivesse essa dor) C C7 F G7 C G7
Am7 Dm7 Am7 Dm7 Ê baiana ê ê ê baiana
E se não tivesse sofrer (E se não tivesse sofrer) C
Am7 Dm7 Am7 Dm7 Baiana boa Gosta do samba
E se não tivesse chorar (E se não tivesse chorar) G7 C
Am7 Dm7 Am7 Dm7 Gosta da roda e diz que é bamba
Melhor era tudo se acabar (melhor era tudo se acabar) G7 C
Olha, toca a viola que ela quer sambar
G7 A7 Dm G7 C
Eu amei, amei demais Ela gosta de samba, ela quer rebolar
C7 Bb7 A7
O que eu sofri por causa de amor ninguém sofreu
Dm G7 A7 Dm 20. Falsa Baiana (Geraldo Pereira)
Tom: C
Eu chorei, perdi a paz
C7 Bb7 A7
C A7 Dm
Mas o que eu sei é que ninguém nunca teve mais Baiana que entra no samba e só fica parada
Dm7 G7
Mais do que eu Não samba, não dança, não bole nem nada
C C7
Não sabe deixar a mocidade louca
F F#°
Baiana é aquela que entra no samba
Em
19. Está chegando a hora De qualquer maneira
(Rubens Campos/Versão: Henricão) A7 D7/9
Que mexe, remexe, dá nó nas cadeiras
Tom: A G#7 G7 C A7
Deixando a moçada com água na boca
A E7 A E7
Dm G7
Quem parte leva saudades de alguém
A falsa baiana quando entra no samba
A F#7 Bm F#7
C A7
Que fica chorando de dor Ninguém se incomoda, ninguém bate palma
Bm F#7 Bm Dm G7
Por isso eu não quero lembrar Ninguém abre a roda, ninguém grita ôba
E7 A E7 C C7
Quando partiu meu grande amor Salve a Bahia, senhor
A A7 D E7 A F F#°
Ai, ai, ai, ai, está chegando a hora Mas a gente gosta quando uma baiana
F#7 Bm Em A7
O dia já vem raiando, meu bem, Samba direitinho, de cima embaixo
E7 A D7/9
Eu tenho que ir embora Revira os olhinhos dizendo
G#7 G7 C
Eu sou filha de São Salvador
145
21. Filosofia 22. Fita amarela
(Noel Rosa) (Noel Rosa)
Tom: Dm Tom: Dm
Dm A7 Dm Dm Em7(b5)
O mundo me condena Quando eu morrer, não quero choro, nem vela
A7 Dm A7 Dm
E ninguém tem pena Quero uma fita amarela gravada com o nome dela
Gm E°
Falando sempre mal do meu nome Quando eu morrer, não quero choro, nem vela
A7 Dm
Deixando de saber Quero uma fita amarela gravada com o nome dela
Gm A7 Dm REFRÃO
Não me incomodo que você me diga
Gm A7 D7(4) D7 D7 Gm
Que a sociedade é minha inimi ---- ga Estou contente, consolado por saber
Gm A7 Dm Bb7 A7 Dm
Pois cantando neste mundo Que as morenas tão formosas a terra um dia vai comer
Em7(b5)
Vivo escravo do meu samba
A7 Dm A7 REFRÃO
Muito embora vagabundo
D7 Gm
Gm A7 Dm Não tenho herdeiros, não possuo um só vintém
Quanto a você da aristocracia Bb7 A7 Dm
Gm Eu vivi devendo a todos mas não paguei nada a ninguém
Que tem dinheiro
A7 D7(4) D7
Mas não compra alegri ---- a REFRÃO
Gm A7 Dm
Há de viver eternamente D7 Gm
Em7(b5) Meus inimigos que hoje falam mal de mim
Sendo escrava dessa gente Bb7 A7 Dm
A7 Dm Vão dizer que nunca viram uma pessoa tão boa assim
Que cultiva hipocrisia
146
23. Foi um rio que passou em minha vida 24. Juízo final
(Paulinho da Viola) (Nelson Cavaquinho – Élcio Soares)
Tom: D Tom: Am
D D7 G Am Dm
Mas eu não sou daqui, Marinheiro só Eu sou assim
F#m7 B7 E7 Am
Eu não tenho amor, Marinheiro só Quem quiser gostar de mim
Em A7
Eu sou da Bahia, Marinheiro só Eu sou assim
D
De São Salvador Dm
Meu mundo é hoje
A7 G7 C Am
O marinheiro, marinheiro, Marinheiro só Não existe amanhã pra mim
D Bm7(b5)
Quem te ensinou a navegar, Marinheiro só Eu sou assim,
A7 E7 Am
Ou foi o tombo do navio, Marinheiro só Assim morrerei um dia
D D7 Dm Am
Ou foi o balanço do mar, Marinheiro só Não levarei arrependimentos
E7 Am
G Nem o peso da hipocrisia
Lá vem, lá vem, Marinheiro só A7
F#m7 B7 Tenho pena daqueles
Como ele vem faceiro, Marinheiro só Dm
Em A7 Que se agacham até o chão
Todo de branco, Marinheiro só G7
D D7 Enganando a si mesmos
Com seu bonezinho C
Por dinheiro ou posição
Bm7(b5)
Nunca tomei parte
E7 Am
Nesse enorme batalhão
Dm Am
Pois sei que além de flores
E7 Am
Nada mais vai no caixão
148
28. Não deixe o samba morrer Bm7M Bm7 Bm6
(Edson e Aloísio) A lua, tal qual a dona de um bordel
E7
Tom: Am Pedia a cada estrela fria
A7M E7
Am A7 Um brilho de aluguel
Quando eu não puder
Dm A6 A7M
Pisar mais na avenida E nuvens, lá no mata-borrão do céu
Bm7(b5) E7 A#°
Quando as minhas pernas Chupavam manchas torturadas
Am C#m7(b5) C#° F#7 Bm
Não puderem aguentar Que su ---- fo -- co
Dm G7 D Dm7 A
Levar meu corpo F#7
C Louco, o bêbado com chapéu-coco
Junto com meu samba Bm
Bm7(b5) Fazia irreverências mil
O meu anel de bamba E7 A7M E7
E7 Am Pra noite do Brasil, meu Brasil
Entrego a quem mereça usar
Dm G7 C A6
Eu vou ficar no meio do povo espiando A7M
A7 Dm Que sonha com a volta do irmão do
Minha escola perdendo ou ganhando Henfil
G7 C A7 A#°
Mais um carnaval Com tanta gente que partiu
Dm G7 C#m7(b5) C#° F#7 Bm
Antes de me despedir Num rabo de fo -- gue -- te
C Am F Bm7M Bm7 Bm6
Deixo ao sambista mais novo Chora a nossa pátria, mãe gentil
E7 Am A7 (E7 - Am) E7
O meu pedido final Choram Marias e Clarices
A7M E7
A7 Dm No solo do Brasil
Não deixe o samba morrer
Am A6 C#m7
Não deixe o samba acabar Mas sei que uma dor assim pungente
Bm7(b5) C#m7(b5) F#7
O morro foi feito de samba Não há de ser inutilmen -------- te
E7 Am C#m7(b5) F#7 Bm
De samba pra gente sambar A espe --- rança
D Dm7 A
F#7
Dança na corda bamba de sombri-
nha
Bm
29. O bêbado e a equilibrista E em cada passo dessa linha
(João Bosco/Aldir Blanc) E7 A A7
Poda se machucar
Tom: A D Dm7 A F#7
Azar, a esperança equilibrista
A6 A7M Bm
Caía a tarde feito um viaduto Sabe que o show de todo artista
A#° E7 A7M
E um bêbado trajando luto Tem que conti -- nuar
C#m7(b5) F#7 Bm
Me lembrou Carlitos
149
30. Opinião (Zé Keti) C#7 F#m7
Que a vida devia ser bem melhor e será
Tom: Dm Am7 D7(9b) G#m7 C#7(9b)
Mas isso não impede que eu repita
Dm A7 Dm F#m7 B7(9b) E B7
Podem me prender É bonita, é bonita e é bonita
A7 Dm
Em
Podem me bater E a vida?
Gm A7 Dm E7 Am
Podem até deixar-me sem comer E a vida, o que é ? Diga lá meu irmão
Gm A7 Dm F#m7(b5) B7
Que eu não mudo de opini --- ão Ela é a batida de um coração ?
F#m7(b5) B7 Em
Em7(5b) A7 Dm _Ela é uma doce ilusão ? ê ô
Daqui do morro eu não saio não
Em7(5b) A7 Dm Mas, e a vida ?
Daqui do morro eu não saio não E7 Am
Ela é maravilha ou é sofrimento ?
Gm Dm F#m7(b5) B7
Se nao tem água eu furo um poço Ela é alegria ou lamento ?
Gm C7 F#m7(b5) B7 Em
Se nao tem carne compro um osso _O que é, o que é, meu irmão ?
A7 Dm D7
E ponho na sopa e deixo andar Há quem fale que a vida da gente
A7 Dm G
É um nada no mundo
E deixo andar F#m7(b5) B7
É uma go....ta no tempo
Dm Gm F7 E7
Fale de mim quem quizer falar Que não dá um segun....do
C7 F A7
Aqui eu nao pago aluguel Am F#m7(b5) Em
Dm Gm A7 Há quem fale que é um divino mistério profundo
Se eu morrer amanhã seu doutor C7 B7
Dm É o sopro do Criador numa atitude repleta de amor
Estou pertinho do céu F#m7(b5) B7
Você diz que é luta e prazer
Em
Ele diz que a vida é viver
B7
Ela diz que o melhor é morrer
31. O que é, o que é (Gonzaguinha) F7 E7
Pois amada não é, e o verbo é sofrer
Tom: E Am
Eu só sei que confio na moça
Am B7 Em Em
Eu fico com a pureza da resposta das crianças E na moça eu ponho a força da fé
C7 B7 E C7
É a vida, é bonita e é bonita Somos nós que fazemos a vida
B7
E E5+ E6 Como der, ou puder ou quiser
Viver, F#m7(b5) B7 Em D7 G
E5+ F#m7 F#m7(13b) Sempre de...sejada, por mais que esteja errada
E não ter a vergonha de ser feliz F#m7(b5) B7 Em F#7 B7
F#m(13) F#m7(13b) F#m7 Ninguém quer a morte, _só saúde e sorte
Cantar e cantar e cantar F#m7(b5) B7 Em D7 G
B7 E E a per....gunta roda, e a cabeça agita
A beleza de ser um eterno aprendiz Am B7 Em
B7 E D7 Eu fico com a pureza da resposta das crianças
Ah, meu Deus, eu sei C7 B7
É a vida, é bonita e é bonita
150
32. O sol nascerá D7
(Cartola/Elton Medeiros) E vem vindo uma melodia
Gm Gm/A#
Tom: C E o povo começa a cantar lá laiá
C C/Bb F/A D#7 D7 Gm Gm/A#
A sor ----- rir Lá lálaiá laiá, lálaiá
G/F D7(9) G7(13) G7(13b) D#7 D7 Gm
Eu pretendo levar a vi ------- da
C C/Bb F/A Lá lálaiá laiá,
Pois cho --- rando
G/F D7(9) G7 C C7
Eu vi a mocida --- de perdida
F7M Fm7
Fim da tempestade o sol nascerá
C C7
Fim desta saudade 34. Recado ao poeta
Am7 D7 G/B
Hei de ter outro alguém para amar (Eduardo Gudin/Paulo Cesar Pinheiro)
Tom: Gm
Am F
A gente vai contra a corrente
E7
Até não poder resistir
Dm7 G7 C 36. Samba da minha terra
Na volta do barco é que sente (Dorival Caymmi)
B7 E7
O quanto deixou de cumprir Tom: E
A7 Dm7
Faz tempo que a gente cultiva E B7 E
G7 C Samba da minha terra deixa a gente mole
A mais linda roseira que há B7 E
B7 E7 Am Quando se canta todo mundo bole
Mas eis que chega a roda viva
F E7 B7 E
E carrega a roseira prá lá Quando se canta todo mundo bole
C#7 F#m
REFRÃO Quem não gosta de samba bom sujeito não é
B7 E
Am F É ruim da cabeça ou doente do pé
A roda da saia, a mulata C#7 F#m
E7 Eu nasci com o samba no samba me criei
Não quer mais rodar, não senhor
B7 E
Dm7 G7 C
Não posso fazer sere -- nata e do danado do samba nunca me separei
152
37. Saudosa maloca (Adoniran Barbosa) Dm E7 Am
Saudosa maloca, maloca querida
Tom: Am Am/G F
Dim, dim, donde nóis passemo
Am E7 Am E7 Am A7
Se o senhor não tá lembrado Dias feliz de nossa vida
E7 Am
Dá licença de contar Dm
A7 Joga as cascas pra lá
Que aqui onde agora está Am
Joga as cascas pra lá
Esse edifício alto era uma casa velha Bm7.5- E7 Am A7
Dm Joga as cascas pra lá, meu bem
Um pala cete assombradado
A7 Dm
Foi aqui, seu moço
Am
Que eu Mato Grosso e o Joca
B7 E7 38. Sonho meu
Construímos nossa maloca (Dona Ivone Lara/Délcio Carvalho)
A7 Dm
Mas um dia, nóis nem pode se alembrá Tom: C
Am
Veio os homens com as ferramenta C A7 Dm
E7 Am Sonho meu, sonho meu
O dono mandou derrubar G7 C
Vai buscar quem mora longe, sonho meu
E7 Am
Peguemos todas nossas coisas A7 Dm G7
A7 Vai mostrar esta saudade, sonho meu
E fumo pro meio da rua C
Dm A7 Com a sua liberdade, sonho meu
Apreciar a demolição A7 Dm
Dm Am No meu céu a estrela-guia se perdeu
Que tristeza que nóis sentia G7 C
B7 E7 E a madrugada fria só me traz melancolia
Cada tábua que caía doía no coração
Dm E7 Am Sonho meu
Mato Grosso quis gritar mas em cima eu falei
A7 Dm G7 C
Os home tá com a razão Sinto o canto da noite na boca do vento
Dm Dm G7 C
Nóis arranja outro lugar Fazer a dança das flores no meu pensamento
A7 Dm E7 Am C7 F
Só se conformemo quando o Joca falou Traz a pureza de um samba
B7 E7 D#º Em
“Deus da o frio conforme o cobertor” Sentido, marcado de mágoas de amor
Dm A7 Dm
E hoje nóis pega as paia Um samba que mexe o corpo da gente
E7 Am G7 C
Nas grama do jardim E o vento vadio embalando a flor
B7 E7 Am A7 G7
E prá esquecer nóis cantemos assim: Sonho meu
153
39.Timoneiro 40.Tiro ao Álvaro
(Paulinho da Viola/Hemínio Bello de Carvalho) (Adoniran Barbosa)
Tom: Bm Tom: D
Bm Em F#7 Bm D B7
Não sou eu quem me navega quem me navega é o mar (2x) De tanto levar
C#m7.5- F#7 Bm Em
É ele quem me carrega como nem fosse levar “frechada” do teu olhar
C#7 F#7 Bm A7
É ele quem me carrega como nem fosse levar Meu peito até
D D#º
Parece sabe o quê?
B7 Em Em A7 D B7
E quanto mais remo, mais rezo pra nunca mais se acabar “táubua” de tiro ao “Álvaro”
A7 D Em A7 D D#º
Essa viagem que faz o mar em torno mar Não tem mais onde furar
F#7 Bm
Meu velho um dia falou com seu jeito de avisar Em
G7 F#7 Bm Teu olhar mata mais
Olha, o mar não tem cabelos que a gente possa agarrar A7 D
Que bala de carabina
D#º Em
REFRÃO Que veneno estricnina
A7 D D7
B7 Em Que peixeira de baiano
Timoneiro nunca fui que eu não sou de velejar G Gm D
A7 D Teu olhar mata mais que atropelamento
O leme da minha vida Deus é quem faz governar B7 Em
F#7 Bm De “automóver” mata mais
E quando alguém me pergunta como se faz pra nadar A7 D
G7 F#7 Bm Que bala de “revórver”.
Explico que eu não navego quem me navega e o mar
REFRÃO
B7 Em
A rede do meu destino parece a de um pescador
A7 D
Quando retorna vazia vem carregada de dor
F#7 Bm
Vivo num redemoinho, Deus bem sabe o que ele faz
G7 F#7 Bm
A onda que me carrega ela mesma é quem me traz
REFRÃO
154
41.Trem das onze (Adoniran barbosa) 42.Tristeza pé no chão
(Armando Freitas “Mamão”)
Tom: Am
Tom: Gm
Am
Não posso ficar Gm D7 Gm
Dei um aperto de saudade no meu tamborim
Nem mais um minuto com você G7 Cm
E7 Molhei o pano da cuíca com as minhas lágrimas
Sinto muito amor, mas não pode ser Eb7 D7 Gm Eb7
Dm E7 Am Dei meu tempo de espera para a marcação e cantei
Moro em Jaçanã D7 Gm G7
F A minha vida na avenida sem empolgação
Se eu perder esse trem
E7 Cm Gm
Que sai agora as onze horas Vai manter a tradição
Am Eb7 D7 Gm
Só amanhã de manhã Vai meu bloco tristeza, pé no chão
A7 D7 Gm
E além disso, mulher Fiz o estandarte com as minhas lágrimas
Dm G7 Cm
Tem outra coisa Usei como destaque a tua falsidade
F Eb7 D7 Gm Eb7
Minha mãe não dorme Do nosso desacerto fiz meu samba enredo
E7 D7 Gm G7
Enquanto eu não chegar Do velho som da minha surda dividi meus versos
Dm E7 Am REFRÃO
Sou filho único
Bm7.5- E7 Am A7 D7 Gm
Tenho minha casa para olhar Nas platinelas do pandeiro coloquei surdina
G7 Cm
Marquei o último ensaio em qualquer esquina
Dm E7 Am Eb7 D7 Gm Eb7
Quais, quais, quais, quais, quais, quais Manchei o verde esperança da nossa bandeira
Bm7.5- D7 Gm G7
Quaiscaringudum Marquei o dia do desfile para quarta-feira
E7
Quaiscaringudum
Am A7
Quaiscaringudum
155
43.Volta por cima
(Paulo Vanzolini)
Tom: Am
Am E7 Am E7 Am
Chorei, não procurei esconder
E7 Gm6
Todos viram, fingiram
A7 Dm
Pena de mim não precisava
G7 C
Ali onde eu chorei qualquer um chorava
Bm7(b5) E7
Dar a volta por cima que eu dei
Am
Quero ver quem dava
Bm7(b5) E7 Am
Um homem de moral não fica pelo chão
Em7(b5) A7 Dm
Nem quer que mulher lhe venha dar a mão
D#º Am Am/G
Reconhece a queda e não desanima
F E7
Levanta, sacode a poeira
Am A7
E dá a volta por cima
Dm D#° Am Am/G
Reconhece a queda e não desanima
F E7
Levanta, sacode a poeira
Am
E dá a volta por cima
156
Sumário geral
161