Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Dezembro/2007
1
YARA DE KÁSSIA ARANTES
Belo Horizonte
Escola de Engenharia da UFMG
2007
2
A minha família pelo imenso amor e por sempre
acreditar em meus sonhos. Ao Fábio pelo apoio e
carinho.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pelas bênçãos sempre derramadas sobre mim. Aos
meus pais que puderam me presentear com meus estudos. Serei sempre grata a
vocês. Ao meu irmão pelo amor incondicional e ao meu amor Fábio, por sempre
estar ao meu lado. Amo vocês.
4
RESUMO
Assim, será feita uma pesquisa geral sobre os sistemas impermeabilizantes, seus
processos, a importância dos projetos, os tipos, as causas mais comuns e por fim a
aplicação dos diversos tipos de impermeabilização.
5
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 7
2. HISTÓRIA ................................................................................................... 8
3. CONCEITOS................................................................................................ 9
3.1 O envelope do edifício .......................................................................... 9
3.2 O sistema de impermeabilização .......................................................... 12
3.3 Conceito de performance .......................................................................14
4. PROJETO – O INÍCIO DE TUDO .................................................................16
5. GARANTIA: APLICADORES + FORNECEDORES .................................... 20
6. SELEÇÃO DO FORNECEDOR .................................................................. 21
7. O CONTRATO ............................................................................................ 22
8. TERMINOLOGIA E NORMAS TÉCNICAS.................................................. 24
9. PROCESSOS ............................................................................................. 25
9.1 Processos preliminares........................................................................ 25
9.2 Processos de impermeabilização.........................................................26
9.2.1 Quanto à flexibilidade..................................................................26
9.2.2 Quanto ao tipo do material..........................................................26
9.2.2.1 Os asfaltos podem ser.......................................................26
9.2.2.2 Sintéticos............................................................................27
9.2.2.3 Cimentícios.........................................................................27
9.2.2.4 Resinas...............................................................................27
10. PROCESSOS COMPLEMENTARES...........................................................29
10.1 Proteções de transição..........................................................................29
10.2 Proteções mecânicas.............................................................................29
10.3 Proteções técnicas.................................................................................30
11. MATERIAIS E SISTEMAS IMPERMEABILIZANTES.....................................31
11.1 Materiais impermeabilizantes................................................................31
12. ANÁLISE DE DESEMPENHO........................................................................36
12.1 Ensaios de desempenho........................................................................36
12.2 Ensaios de caracterização......................................................................38
13. DIMENSIONAMENTO DOS SISTEMAS..........................................................42
13.1 Sistemas..................................................................................................42
13.2 Dimensionamento....................................................................................42
13.3 Conhecendo os sistemas.........................................................................43
13.4 Preparação da base................................................................................48
13.5 Proteção de impermeabilização..............................................................50
14. CONHECENDO O PROJETO..........................................................................52
14.1 Condições especiais................................................................................52
14.1.1 Tipo de estrutura e estágio de cálculo..................................................52
14.1.2 Condições externas às estruturas.........................................................54
14.1.3 Detalhes construtivos............................................................................59
15. AS PRINCIPAIS CONSEQUENCIAS DA UMIDADE.........................................61
16.CONCLUSÃO.....................................................................................................66
17. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS..................................................................67
6
1. INTRODUÇÃO
7
2. HISTÓRIA
Desde muito tempo procuram-se soluções a fim de proteger a vida útil das
construções, no constante trabalho de resistir as infiltrações, ou seja, de proteger-se
contra as intempéries: vento, neve, sol e chuva.
A água é a grande responsável por 85% dos problemas das edificações, segundo
levantamentos realizados junto a setores ligados à construção civil. Em cada um dos
estados físicos da água (gasoso/líquido/sólido) ela tem um grau de agressividade. No
Brasil não se encontra água no estado sólido (neve), mas em compensação tem-se
na forma gasosa, que é muito perigosa devido a capacidade de penetração, que é
muito maior que no estado líquido. Apesar de sua importância vital, ela é o agente
canalizador ou provocador da corrosão, causando deterioração e envelhecimento da
obra. A impermeabilização é a atividade da engenharia que visa a proteção das
obras e edificações e, ainda, visa manter a água onde se deseja, afim de evitar as
agressões e a deterioração.
8
freqüentes. Mas desde esta época o betume já era conhecido, com isso lançou-se o
asfalto sobre as lajes planas (fábricas da Inglaterra).
9
3. CONCEITOS
De acordo com Firmino Siqueira, o primeiro e principal conceito que deve ser
assimilado é o de que impermeabilização é o envelope da edificação. Em outras
palavras, é o sistema construtivo que protege a edificação contra as condições do
meio em que está edificada, visando sempre três aspectos, que podem existir juntos
ou isoladamente:
• durabilidade da edificação;
• conforto e saúde do usuário;
• proteção ao meio ambiente.
10
reparação, não só da impermeabilização mas também das
estruturas e elementos construtivos atacados, chegam a mais de 5
vezes o custo inicial de uma impermeabilização. Quanto ao
desempenho técnico de uma impermeabilização, com certeza pode
ter seus problemas vinculados diretamente a um ou mais dos
seguintes motivos:
falta de projeto específico;
falta de conhecimentos básicos do construtor;
contratação baseada em preço apenas.
11
deverá se acentuar cada vez mais. Os principais setores
beneficiados pelas impermeabilizações hoje são:
tratamentos de lagoas e dejetos industriais, evitando
contaminação do solo e de aqüíferos subterrâneos;
criação de canais de irrigação de baixíssimo custo, que
possibilitam não só a agricultura, mas também a
arborização de faixas áridas do sertão, através de matas
ciliares ou programas de reflorestamento;
criação de coberturas verdes, fator de altíssima
importância na recuperação dos climas dos grandes
centros urbanos, de alta densidade de edificações,
população, veículos, atuando como células de
recuperação ambiental, comparável a um sistema de
telefonia celular, que com pequenas células em todo
lugar, resolve um problema de comunicação.
12
O principal fluído atuante é a água, cuja solicitação pode se dar de formas distintas:
a) Água por percolação (ex.: chuva, lavagem): paredes, coberturas e pisos.
b) Umidade do solo (água capilar): fundações, cortinas, pisos sobre solo.
c) Água por pressão (unilateral ou bilateral): piscinas e reservatórios.
d) Água de condensação: superfícies expostas ao calor e ao frio.
Assim o que se resta é proteger: evitando o contato com o elemento ou permitindo o
contato, impedindo a penetração de água.
Cada um deles vai atuar como um anteparo para o outro, e sua perfeita montagem
formará um sistema de alto desempenho. A falha na montagem destes sistemas é o
principal responsável por inúmeros fracassos de impermeabilização, mesmo quando
se adota impermeabilizantes de alto desempenho.
13
sempre, deixa de atacar os pontos fundamentais para composição do sistema. Os
sistemas podem ser de extrema simplicidade, e na maioria das vezes são repetitivos.
Os processos preliminares são aqueles que devem ser executados antes da
aplicação do impermeabilizante, e são como que pré-requisitos. Sem eles, não vai
dar certo.
Serviço mal feito tem conseqüências danosas para a obra. Gera atraso, custo extra,
prejuízo financeiro e muita desconfiança por partes dos clientes. Por isso, os
cuidados tomados com os produtos dentro da fábrica, devem se estender ao serviço
de aplicação.
De acordo com Firmino Siqueira, alguns conceitos não são propriedade exclusivos
do setor de impermeabilização, e de nenhum outro, mas aplicam-se perfeitamente ao
tema, e devem ser sempre lembrados:
14
• O melhor parâmetro de referência é a experiência. Quem procura
inovar, experimentar – o que é absolutamente saudável e positivo –
deve estar pronto para os riscos inerentes a este tipo de atitude,
atuando de forma sistemática, e registrando os dados dos
processos, para controles e aperfeiçoamento. (Pesquisa e
desenvolvimento).
15
4. Projeto – O início de tudo
16
Agora, de posse destes projetos passa-se à fase de dimensionamento dos sistemas
e às correções necessárias, preparando então o que chamamos de anteprojeto de
impermeabilização.
A reunião do projeto de arquitetura, de estrutura, do ante-projeto de instalações dará
origem ao projeto executivo da obra, cujo elaborador será o coordenador do projeto
global e dará o sinal verde para que termine o projeto definitivo de
impermeabilização.
Tudo começa com uma boa assessoria, que pode vir dos fabricantes idôneos,
geralmente associados ao IBI. O setor, de um modo geral, reconhece que existem
poucos escritórios especializados, mas os que atuam têm grande experiência e são
profundos conhecedores das características técnicas dos produtos e da aplicação,
capazes de desenvolver o projeto ou assessorar grandes projetistas, tal como fazem
os bons fabricantes. Consultados, técnicos de fabricantes de sistemas
impermeabilizantes afirmam que os projetistas devem especificar os produtos por
sua descrição técnica, deixando claras as características requeridas em projeto, isto
posto, todo fabricante estará apto a fornecer o produto.
17
de impermeabilização deverá ser constituído de dois projetos que se complementam:
projeto básico e projeto executivo (veja tabela abaixo).
Desenhos Textos
• plantas de localização e
identificação das
impermeabilizações,
bem como dos locais de
detalhamento
construtivo.
• detalhes construtivos
que descrevem
graficamente as
soluções adotadas no
projeto de arquitetura • memorial
para o equacionamento descritivo dos
das interferências tipos de
existentes entre todos os impermeabilizaçã
elementos e o selecionados
Projeto
componentes para os diversos
Básico
construtivos. locais que
• detalhes construtivos necessitem de
que explicitem as impermeabilizaçã
soluções adotadas no o.
projeto de arquitetura
para o atendimento das
exigências de
desempenho em relação
à estanqueidade dos
elementos construtivos e
à durabilidade frente à
ação da água, da
umidade e do vapor de
água.
• memorial
• plantas de localização e
descritivo de
identificação das
materiais e
impermeabilizações,
camadas de
bem como dos locais de
impermeabilizaçã
detalhamento
o.
construtivo.
• memorial
Projeto • detalhes genéricos e
descritivo de
Executivo específicos que
procedimentos
descrevam graficamente
de execução e
todas as soluções de
de segurança do
impermeabilização
trabalho.
projetadas e que sejam
• planilha de
necessários para a
quantitativos de
inequívoca execução
materiais e
18
destas. serviços.
• planilha de
descrição de
ensaios de
campo e
tecnológicos.
Os desenhos devem ser claros e bem detalhados, podendo chegar a escala 1:1 em
certos detalhes, pois há situações em que se lida com detalhes de 2, 3 ou 4mm
apenas.
Um dos cuidados do projeto, é usar linguagem técnica, clara, e sem deixar margem a
dúvidas, por interpretações duvidosas. É bom lembrar sempre que o projeto chegará
à mão de operários que precisam de linguagem clara, objetiva, e de poucas palavras.
19
5. Garantia: Aplicadores + Fornecedores
20
6. Seleção do fornecedor
É necessário fixar alguns critérios para a contratação do serviço. O cliente deve abrir
uma concorrência baseada em um projeto ou especificação que determine
claramente o tipo de material que está sendo orçado e que este contemple a norma
técnica aplicável. Deve também se certificar de que os produtos e sistemas
participantes da tomada de preços são equivalentes em características e
desempenho. Caso receba sugestões para alterar o especificado, e recomendável
consultar o projetista. “O consumidor deve ser orientado para que analise a situação
em nível de projeto, pois esta etapa é constituída de especificações (descrições e
justificativas), desenhos, detalhes, planilhas com quantitativos, serviços e sugestões
de critérios de medição, conforme preconizado pela NBR 9575/98”.
21
7. O contrato
22
Dadas as dimensões da obra, o maior problema é
Pequena controlar a qualidade do serviço.
reforma Mas os próprios fabricantes podem dar uma
assessoria e indicar aplicadores credenciados.
23
8. Terminologia e Normas Técnicas
24
9. Processos
Basicamente, são compostos pelas seguintes etapas, que podem ser executadas no
todo ou por partes:
25
• Fixar os tubos e elementos passantes com argamassas e adesivos
especiais.
• Providenciar as fixações de bases de máquinas, equipamentos e
postes.
• Criar as bacias de drenagem para os coletores de água.
• flexíveis;
• rígidos.
9.2.2.1. asfálticos
6.2.2.2. sintéticos
6.2.2.3 cimentícios
6.2.2.4. resinas
26
• membranas: quando são moldados no local.
• asfaltos oxidados
• asfaltos modificados (com APP, SBS e outros)
• emulsões (asfálticas e hidro-asfálticas)
• soluções (puras ou com elastômeros ou outros)
• aplicados a frio;
• aplicados a quente;
• aderidos;
• flutuantes;
• semi-aderidos.
9.2.2.2 Sintéticos
São materiais dos mais diversos tipos, sempre evoluindo, de acordo com a
petroquímica, situando-se sempre nas famílias das borrachas sintéticas, tipo
plastômeros ou elastômeros, termoplásticos ou termofixos.
Os mais comuns do mercado brasileiro são:
• butil
• EPDM
• PVC
Em outros países, temos as mantas de vários outros materiais, mas
que não são disponíveis no mercado nacional, exceto por importações esporádicas.
27
9.2.2.3. Cimentícios
São processos à base de cimentos, com areias especiais e aditivos ou adesivos que
criam uma camada de baixa espessura, alta resistência e características das mais
variadas. Como adesivos, os mais freqüentes são acrílico e PVA. Os mais
conhecidos são:
• cristalizantes
• argamassas acrílicas
• argamassas não retráteis (grout)
• argamassas de pegas aceleradas (para tamponamentos)
9.2.2.4. Resinas
28
10. Processos complementares
São aqueles processos que vão garantir a integridade dos processos impermeáveis
e que vão permitir que o sistema tenha garantida sua durabilidade.
Os tipos de processos complementares são:
10.1. Proteções de transição
10.2. Proteções mecânicas
10.3. Proteções térmicas
10.4. Auto protegidas
29
São camadas com resistências adequadas para resistir às solicitações de uso da
área. Áreas de estacionamentos, terraços, jardins, pavimentos mecânicos, e várias
outras.
São destinadas a atuar como barreiras térmicas, e ao mesmo tempo que diminuem
o fluxo de calor para dentro da edificação, atuam como elemento de estabilização
térmica da estrutura e alívio, retardando o envelhecimento das películas de
impermeabilização.
São mais comuns os seguintes materiais:
• isopor (PES)
• styrofoam (poliestireno estrudado)
• vermiculita
• cinasita
• lã de rocha
• fibras de vidro
• concretos celulares
30
11. Materiais e sistemas Impermeabilizantes
31
com o objetivo de melhorar sua resistência ao escorrimento em temperaturas mais
elevadas. Possui um teor de sólidos entre 50% a 65%. Apresenta baixa flexibilidade,
principalmente depois de envelhecido não tendo resistência à fadiga e elasticidade.
Alguns fabricantes incorporam látex polimérico para um incremento de flexibilidade.
Isto pode, dependendo da formulação, provoca um aumento da absorção de água do
produto. São utilizados no sistema de membrana de emulsão asfáltica com
armaduras de véu de fibra de vidro, véu ou tela de poliéster ou nylon. Normalmente,
é utilizado em serviços de pouca responsabilidade como terraços, pequenas lajes,
banheiros, etc. Não deve ser utilizado em piscinas, reservatórios ou outros locais
com água sob pressão, somente utilizado para água de percolação.
32
Emulsões acrílicas são utilizadas com a incorporação de telas de poliéster ou nylon
em impermeabilizações expostas às intempéries como lajes sheds, abóbadas, etc.
Devem sempre ser aplicadas em lajes com perfeita inclinação de forma a não ocorrer
empoçamento d’água. Também é utilizado como pintura refletiva de
impermeabilizações asfálticas e isolantes térmicos de poliuretano expandido, sendo
que, neste caso, deve possuir maior capacidade de recobrimento com a
incorporação de maior quantidade de óxido de titânio (TiO2).
O asfalto modificado pode ser a quente, base solvente ou emulsão. São utilizados
nos sistemas de membranas asfálticas com incorporação de armaduras de poliéster
ou nylon, bem como mantas asfálticas modificadas que hoje tendem a ser a maior
novidade no mercado brasileiro, sendo o sistema que domina o mercado europeu e
com forte penetração no mercado norte-americano e japonês.
33
São utilizados em impermeabilização de lajes, inclusive com grandes solicitações,
jardineiras, piscinas, tanques, etc.
34
São utilizados para impermeabilização de reservatórios, piscinas, tanques, estações
de tratamento de água, sub-solos e cortinas, submetidos a pressões hidrostáticas
positivas ou negativas (lençol freático), podendo também ser utilizado em
impermeabilização de banheiros, cozinhas, lavanderia e outros locais sujeitos à
umidade. São sistemas considerados rígidos e, nas estruturas sujeitas a fissuras,
necessitam de tratamento com mástiques nestes locais.
35
12. Análise de Desempenho
36
Pesa-se um filme impermeabilizante. Emerge o mesmo em água durante 168 horas.
Retira-se o filme, seca-o superficialmente e pesa-se novamente. Por diferença de
peso verifica-se quanto o mesmo absorveu de água. É um ensaio importante para
produtos base água como emulsões acrílicas e emulsões asfálticas. Existem acrílicos
que absorvem mais água que o próprio peso do filme. Isto implica que o mesmo não
é bom impermeabilizante. O ideal é não passar de 15% para emulsões e de 4% para
soluções impermeabilizantes. Outras metodologias exigem ensaios por mais horas
de imersão e temperatura d’água variável.
37
h) Envelhecimento acelerado: Pode-se utilizar para um ensaio mais
simples uma estufa a 110oC e maior sofisticação equipamento de C-UV (ASTM G 53)
ou water-o-meter (ASTM D 412). Verifica-se o grau de envelhecimento do produto
em determinado tempo. Normalmente, este ensaio é conjugado com outros ensaios
como fadiga, resistência à tração, alongamento, flexibilidade etc., para verificar os
parâmetros de um produto antes e depois do envelhecimento.
a) Massa específica
38
O ensaio é normalmente feito em estufa a 110oC, mas pode-se fazer sem a mesma.
Pesa-se uma determinada quantidade de produto (Exemplo: 1 grama), evapora-se o
solvente em estufa e pesa-se novamente.
Pela diferença de peso calcula-se o teor de sólidos.
39
mm sobre o filme impermeabilizante e outro tubo sobre um vidro. Verifica-se o
abaixamento da coluna d’água a cada 24 horas, descontando-se a evaporação
calculada do tubo afixado em vidro. Normalmente, faz-se medições de 5 dias a 30
dias, dependendo do caso. Pode ser usado para filmes impermeáveis ou para
cristalização.
m) Resistência a microorganismos.
40
q) % de polímero em peso: Calcula-se a percentagem de polímero e
materiais impermeabilizantes poliméricos.
41
13. Dimensionamento dos Sistemas
13.1. Sistemas
A Norma Brasileira NBR 8083/83 define Sistema como o conjunto de materiais que
uma vez aplicados conferem impermeabilidade às construções.
13.2. Dimensionamento
42
Note-se bem que existem materiais que aparentemente atendem perfeitamente às
solicitações a que estarão sujeitos, não se adaptando, entretanto, às condições
necessárias de pavimentação, trazendo para esta problemas insolúveis, sendo este
o caso em que o sistema foi estudado, mas o conjunto em si, não.
Outro fator que costuma ser esquecido é a condição local de trabalho que pode ser
determinante, eliminando do quadro de opções aquela que parecia melhor
(exequibilidade), seja por fator físico ou por adequação do cronograma da obra.
43
do edifício
• Túneis, galerias
Características • Constitui-se de argamassa de cimento e areia média
lavada traço em volume 1:3, amolentada com água +
aditivo específico
Aplicação • A superfície a ser revestida deverá estar limpa (sem
detritos de construção), resistente e áspera
• Aplica-se com ponteiro o local, recupere as eventuais
falhas e remova todos pontos fracos, lave em seguida
com água e pressão, removendo todas partículas soltas
• Efetua-se um chapisco contínuo aplicado com colher,
compostos de cimento e areia média lavada traço 1:2
• Após 24 horas da aplicação do chapisco executar uma
camada de argamassa com espessura de 10 a 15 cm,
deixando a superfície áspera
• Após 5 horas (depois que a primeira camada de
argamassa tiver puxado) aplicar a segunda camada,
observando as espessuras citadas
• Repetir o processo anterior se houver necessidade da
terceira camada
• Passado 12 horas da aplicação da última camada,
proceder executando o acabamento desejado
Consumo • Estimado em 2,2 litros/metro cúbico de argamassa
Produtividade • Estimada em 3,0 metros quadrados/hora/camada
(espessura de 10 mm)
Cuidados • Misturar quantidades para utilizar em 30 minutos, tempo
máximo de aplicação
• Intercalar as emendas dos panos
• Curar durante as primeiras 48 horas após aplicação da
última camada
Observações • Verificar sempre a validade dos produtos a serem
utilizados, aditivo e cimento
• Quando aplicado em reservatórios, verificar se o produto
altera a potabilidade da água
• Seguir criteriosamente as orientações do fabricante
44
Sistema Cristalização
Classificação • Rígido
Especificação • Para locais onde o conjunto estrutural apresenta rigidez,
onde há pequenas variações de temperatura
• O substrato da aplicação poderá ser concreto,
argamassa ou alvenarias
• Adequa-se em pressões negativas (águas que percolam
para o interior do ambiente, onde é somente possível
impermeabilizar pelo lado interno)
Utilização • Subsolos
• Reservatórios inferiores, com fundação independente a
do edifício
• Floreiras
• Túneis, galerias
Características • Apresenta-se em dois componentes A e B, sendo que
um geralmente é líquido e o outro um pó (cimento +
polímeros). Mistura-se todo o conteúdo contido nas duas
embalagens durante 5 minutos antes da aplicação,
assegurando a homogeneidade
Aplicação • A superfície a ser revestida deverá estar limpa (sem
detritos de construção, livre de graxa, nata de cimento),
resistente e áspera
• Umedecer o substrato
• Aplicar o produto com auxílio de uma brocha, trincha ou
vassoura de pêlo como se fosse uma pintura
• Aplicar as primeiras camadas cruzadas
• Se necessário, utilizar para aplicação uma
desempenadeira dentada
Consumo • Estimado em 1,5 quilos/metro quadrado/camada
(espessura 1 mm)
Produtividade • Estimada em 6,0 metros quadrados/hora/camada
Cuidados • Misturar quantidades para utilizar em 40 minutos, tempo
máximo de aplicação
• Limpar as ferramentas utilizadas antes da cura dos
produtos
• Curar durante as primeiras 48 horas após aplicação da
última camada
Observações • Verificar sempre a validade dos produtos a serem
45
utilizados
• Seguir criteriosamente as orientações do fabricante
47
Especificação • Para locais onde o conjunto estrutural apresenta
movimentações
• O substrato de aplicação poderá ser concreto,
argamassa, alvenarias, deck de madeira
Utilização • Coberturas
• Estacionamentos
• Jardineiras, Piscinas, Reservatórios
Características • O sistema é constituído da aplicação de várias demãos
de asfalto polimérico em emulsão ou solução, sendo
estruturado com uma tela de poliéster
• O sistema é contínuo, não tem emendas
Aplicação • Aplicar a solução de imprimação, e aguardar a secagem
• Iniciar a aplicação fazendo reforços nos cantos e quinas,
tubos emergentes, ralos e detalhes especiais
• Aplicar a primeira demão utilizando um esfregão ou
rodinho, cobrindo todo o substrato
• Após a secagem da primeira demão, aplicar segunda
demão em conjunto com o estruturante (tela de
poliéster)
• Aplicar a terceira demão, sempre cobrindo todo o
substrato. Se necessário aplicar mais demãos
Consumo • Primer 400 ml/m2
• Asfalto polimérico 2,2 kg/m2 (para 3 camadas)
Produtividade • 20 m2/hora
Cuidados • Nas emendas da tela estruturante, sobrepor no mínimo
15cm
• O asfalto em solução é tóxico e inflamável, estocar em
lugar arejado e com os devidos cuidados
Observações • Seguir as recomendações do fabricante
• Em caso de dúvidas consultar o departamento técnico
do fabricante
48
Tem-se observado nas patologias relacionadas com impermeabilização, que a
maioria dos problemas estão relacionados com descaso ou descuido na preparação
do substrato para o recebimento do sistema impermeabilizante.
Regularização
Limpeza e • Retirar pontas de ferro, se necessário escarear e cortar
preparação da • Remover pedaços de madeira, nata de cimento e
base argamassa solta
• Limpar todas as manchas de graxa e óleo, se necessário
remover com solvente ou detergente
• Lavar a superfície com máquina de pressão
• Recuperar as falhas de concretagem nos locais onde
foram removidas as pontas de ferro
Executando a • Tirar os pontos de nível considerando os caimentos com
camada da declividade média de 1%, em direção aos pontos de
regularização drenagem
• Considerar a espessura mínima da argamassa de
regularização de 2 cm nos pontos mais baixos
• Aplicar uma nata de cimento no substrato
• Executar as mestras, após as mesmas “puxarem”.
Preencher os intervalos entre elas com argamassa de
areia média lavada e cimento sem aditivos, traços em
volume 1:3
• Quando a espessura ultrapassar 3 cm, compactar com
soquete
• Desempenar com desempenadeira de madeira, não usar
feltro ou espuma para alisar a regularização
• Executar a cura da regularização durante 48 horas
Cuidados • No plano vertical considerar os chanfrados para
arrematar o sistema
• Executar arredondamento dos cantos e quintas. Para
manta asfáltica considerar um diâmetro mínimo de 5 cm
Observação • A execução de uma camada de regularização só é
necessária para sistemas flexíveis
• Para o sistema rígido considerar apenas a parte de
limpeza e preparação da base
49
13.5. Proteção da Impermeabilização
Proteção Mecânica
Áreas não • Com argamassa moldada no local
transitáveis sem • Aplica-se sobre a impermeabilização uma camada de
isolamento separação com geotêxtil de 350 gramas
térmico
• Executa-se sobre a camada de separação, uma
camada de argamassa de cimento e areia lavada com
3 cm de espessura, traço em volume 1:4, formando
placas de 1,5 por 1,5 m com juntas de 15 mm entre as
placas e na perimetral 20 mm
• Deixar encaixes para os raios hemisféricos
• Preencher juntas com asfalto ou mástique
• Com placas de 30x30 cm pré-fabricadas
• Aplica-se sobre a impermeabilização uma camada de
separação com geotêxtil de 350 gramas
• Coloca-se as placas sobre a camada de geotêxtil
Áreas não • Repete as operações anteriores, apenas considerar
transitáveis com sobre a camada separadora a colocação do
50
isolamento isolante térmico; os demais procedimentos seguem
térmico normalmente
51
14. CONHECENDO O PROJETO
a) Finalidade da estrutura
52
b) Deformações previstas na estrutura
As cargas atuantes e o tipo de estrutura poderá indicar uma deformação que poderá
exigir maior elasticidade, flexibilidade, resistência à fadiga do sistema
impermeabilizante, levando-os a indicar um produto de melhores características para
obter um desempenho adequado.
c) Posicionamento de juntas
53
14.1.2. Condições externas às estruturas
54
• água de percolação
• umidade do solo
55
b) Solicitações impostas à impermeabilização
56
• Água sob pressão tendendo a destacar a impermeabilização da
estrutura, sub-solo com lençol freático com a aplicação da impermeabilização pelo
lado interno
• Variação de temperatura
• Choque
57
• Abrasão
• Trânsito
• Vibrações
58
• Agressividade do meio, estudar agressividade do meio à
impermeabilização, como por exemplo tanques de rejeitos industriais, etc.
a) Inclinações
59
60
15. AS PRINCIPAIS CONSEQUENCIAS DA UMIDADE
61
• Insalubridade do impermeabilizações
ambiente. pré-fabricadas,
como mantas
asfálticas com
geotêxtil acoplado.
• Internamente,
impermeabilização
rígida, como
cristalizantes
(somente para
• Deterioração da
substratos maciços)
argamassa de
e argamassas
revestimento.
poliméricas.
• Embolhamento e
Externamente,
Paredes em deterioração da
impermeabilizações
contato com pintura.
pré-fabricadas,
o solo, • Deterioração de
como mantas
cortinas e móveis
asfálticas ou
paredes- encostados nas
menbranas
diafragma paredes, quadros,
moldadas no local à
revestimentos.
base de solução
• Insalubridade do
asfáltica modificada
ambiente
com polímeros,
aplicadas a frio e
estruturadas com
tela industrial de
poliéster.
• Normalmente os
revestimentos são
executados após a
• Desagregação. A adoção de alguma
argamassa perde impermeabilização
resistência e aplicada
torna-se diretamente na
Revestimento
pulverulenta, estrutura. Porém,
de
destacando-se da quando a parede ou
argamassa
superfície. cortina for de
• Eflorescências, alvenaria revestida,
mofo e bolor. este revestimento
deverá ser
executado somente
com cimento e
areia, no traço de
62
1:3 a 1:4 e poderá
ser
impermeabilizado
contra umidade de
solo com
argamassa
polimérica pela face
interna. Pela face
externa, poderá
receber
impermeabilização
elástica, como
manta asfáltica ou
menbrana moldada
no local à base de
solução asfáltica
modificada com
polímeros, aplicada
a frio e estruturada
com tela industrial
de poliéster.
Importante:
infiltrações do
subsolo que afetam
os acabamentos
(argamassas e
pinturas) revelam
patologias que têm
origem em outras
áreas (fundações,
pilares, lajes etc.).
Portanto, o
tratamento pontual
do acabamento
pode ser apenas
paliativo e ocultar
problema mais
grave; o ideal é
investigar as
causas das
patologias e tratá-
las.
• Refazer a pintura
• Embolhamento e
após
destacamento
impermeabilização
Pintura • Eflorescências,
da base, conforme
mofo e bolor.
as soluções
propostas nos itens
63
anteriores.
• Se recomendadas,
neste caso, mantas
asfálticas, que, no
entanto, exigem
altura suficiente e
proteção mecânica
• Oxidação das
dimensionada para
Lajes de armaduras com
o trânsito de
subsolo (do comprometimento
veículos. Existem
1º para o 2º das estruturas no
também alguns
subsolo) longo prazo.
sistemas
compostos por
membranas de
uretano com adição
de agregados que
podem ser
utilizados como
64
acabamento final e
impermeabilizante.
Estes, porém, são
muito mais caros
que os
tradicionalmente
utilizados em nosso
mercado e ainda
não há tecnologia
nacional,
dependendo de
produtos
importados.
65
16. CONCLUSÃO
Assim, fica a certeza de que prevenir é sempre melhor que remediar. Os recursos
estão disponíveis no mercado para precaver o usuário sensato, afim de evitar
problemas em qualquer situação em que se deseja proteger as obras de infiltrações.
66
17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
3) http://pcc2339.pcc.usp.br/Arquivos/Aula%2009%20T%20impermeabilizacao.pdf
4) http://www.ibisp.org.br
5) http://www.primer.com.br/manualdoimpermeabilizador.htm
6)
http://pcc2436.pcc.usp.br/transp%20aulas/impermeabilizacao/Aula%2025%202006%
20-%20impermeabilizacaoV2.pdf
67