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Prova Gráfica de Organização Perceptiva Baby Bender
Prova Gráfica de Organização Perceptiva Baby Bender
A) MATERIAL:
OBS: Ela pode ser aplicada ultimamente a crianças maiores de 6 anos que
apresentam um retardamento mental ou que obtém, no teste adaptado de Bender,
um resultado interior a 6 anos.
B) TÉCNICA E INSTRUÇÃO:
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Quando a criança, porém, se recusa, declarando-se incapaz, ou apesar de
repetidas as instruções ter-se a impressão de que ela não entende o que é pedido
— o que pode acontecer com crianças de 4 - 5 anos, retardadas ou muito
bloqueadas — pode-se dizer: “Veja, no modelo está desenhada uma roda; você
também vai fazer uma igual à do modelo”. Nunca nomear as formas dos desenhos
durante a prova.
No caso de a criança ser realmente incapaz de reproduzir o modelo, não
indo além de garatujas, pode-se interromper o exame, pois a prova ultrapassa suas
possibilidades. Nos outros casos, passamos aos modelos seguintes, trocando de
folha cada vez e colocando logo os desenhos fora da vista da criança, para evitar a
dispersão de sua atenção e a contaminação pelos modelos precedentes. Dizer a
cada vez. “Muito bem! Agora você vai copiar o outro”. Quando parecer útil uma
nova experiência, deve-se dizer: “Está bom. Mas não ficou bem igual, tenho certeza
de que você ainda pode fazer melhor. Você vai recomeçar e ficará completamente
bom”.
Quer a nova experiência seja melhor, quer não se registre nenhum
progresso, é preciso passar ao modelo seguinte: pode-se, no entanto, recorre a
uma terceira experiência quando se tem a impressão de que a própria criança o
deseja, num esforço de aperfeiçoamento, o que é muito freqüente. Cabe ao
examinador julgar, cuidando para não provocar uma atitude de oposição.
OBS.: Para as crianças, cuja consulta é motivada por uma dominância lateral não
determinada, é bom fazer executar a prova com as duas mãos, começando pela
que livremente escolherem. Procede-se, então, normalmente ao exame,
recomeçando-o após o primeiro modelo, para a mão que a criança
espontaneamente deixou de usar. Cuidar atentamente para que ela não troque de
mão durante a execução.
Embora não demos aqui qualquer indicação sobre a direção “normal” que
seguem os desenhos das crianças, é interessante, principalmente nesses casos,
anotá-la a fim de comparar a direção que segue uma mão em relação à outra.
2 2
3 4
4 3
5 4
6 3
7 5
8 6
9 6
Cada cópia receberá o sinal “+” ou “-” conforme os critérios que iremos
definir. A cada sucesso atribui-se uma nota, que levará em conta o grau de
dificuldades que apresenta o modelo. Nossos critérios de sucesso são determinados
não pela exatidão perfeita da cópia, muito rara mesmo aos 6 anos, mas pelas
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performances melhores das crianças de 6 anos. Igualmente, tentamos eliminar o
mais possível, na avaliação dos resultados, os aspectos ou detalhes difíceis de
serem anotados.
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Não se leva em conta:
A imperfeição dos círculos: podem não ser perfeitamente redondos
(exemplos a, c, d) ou não perfeitamente fechados (exemplo a);
A desigualdade dos dois círculos (exemplo a).
Figura 1
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Pelas linhas mais ou menos numerosas que não se cruzam completamente
ou cujo cruzamento não é claro.
4 anos
Figura 2
4 anos, b
Um terço desenha linhas que não se cruzam; contíguas, elas formam outras
figuras que não as do modelo (tipo c).
4 anos, c
6
5 anos
Figura 3
- 4 anos: A metade das crianças que fracassam desenha um círculo. Para as outras,
tentativa malograda de ultrapassar o círculo: há um só ângulo, dois ou três. Os
demais lados são freqüentemente muito sinuosos.
4 anos
5 anos
- 6 anos: Os fracassos são mais raros, mas subsistem numa proporção de mais ou
menos 25%. São do mesmo tipo que os fracassos das crianças de 5 anos.
Figura 4
- 4 anos: A grande maioria dos fracassos é devida a uma separação muito nítida
dos dois círculos. Às vezes, raramente, os círculos são tangentes (não há secância);
outras vezes, o desenho não vai além de garatujas.
- 5 anos: Não há mais garatujas. Os fracassos são devidos ou à separação dos dois
círculos, como aos 4 anos, ou então, mais freqüentemente, à tangência entre os
dois círculos.
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Figura 5
- 4 anos: A figura apresenta, para esta idade, grandes dificuldades. O bom êxito é
excepcional. Quase a metade dos fracassos provém de garatujas que não permitem
nem mesmo a identificação dos diversos elementos que a compõem. Os outros
fracassos provém:
Em parte (25% dos fracassos) de uma inversão (a 180° quase sempre) do
quadrado aberto, a reta respeitando ou não esta inversão (tipo a);
4 anos, a
4 anos, b
- 5 anos: A figura é bem executada por 43% das crianças. Não há praticamente
mais garatujas (menos de 10% de casos de fracasso). Os fracassos são do tipo A e
B de 4 anos, sem que haja uma predominância de um tipo sobre o outro.
Figura 6
- 4 anos: A figura é bastante difícil para esta idade, mas as garatujas são
completamente excepcionais. A dificuldade aparece sobre tudo na reprodução da
orientação vertical do conjunto. Em 60% dos casos de fracassos, são reproduzidos
um ao lado do outro e, freqüentemente separados (tipo a).
4 anos, a
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A outra parte dos fracassos (37%) consiste num mau ajustamento dos
círculos um em relação ao outro; elas são, às vezes, muito secantes ou, na maioria
das vezes, nitidamente separados (tipo b).
4 anos, b
Figura 7
4 anos, b
4 anos, c
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Existe, nesta idade, uma pequena porcentagem de fracassos que provém da
falta de coordenação entre a percepção correta da orientação e a reprodução dos
ângulos nesta orientação (tipo a).
5 anos, a
OBS: É este tipo de fracasso que se encontra muitas vezes entre crianças maiores
(7, 8 e mesmo 9 anos), que também possuem dificuldades específicas na
aprendizagem da leitura e da escrita.
- 6 anos: Um terço das crianças fracassam ainda nesta figura, mas nota-se entre
todas a percepção correta da orientação.
O fracasso origina-se muitas vezes de uma impossibilidade de reproduzir os
ângulos pela não-coordenação perceptivo-gráfica, mas sobretudo de uma falta de
nitidez de um de dois ângulos.
6 anos
Figura 8
4 anos, a
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4 anos, b
4 anos, c
- 5 anos: Os sucessos são raros, ainda que mais numerosos do que na idade de 4
anos (13%):
Para um quarto dos fracassos: retângulos (freqüentemente bem feitos) que
compreendem traços horizontais, verticais ou oblíquos (tipo a);
5 anos, a
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Quase a metade dos fracassos são do tipo C de 4 anos havendo, entretanto,
melhor êxito no retângulo (tipo b);
5 anos, b
5 anos, c
4 ou 5 anos
- 6 anos: Quase a metade das crianças (46%) fracassa ainda nesta figura:
A maioria dos fracassos (mais da metade) é do tipo e de 5 anos; Os outros
são do tipo A e B de 5 anos.
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Não há mais garatujas.
É preciso notar um tipo de fracasso muito raro, mas presente em todas as
idades, o que consiste num desdobramento da figura pelo desdobramento da
vertical mediana.
6 anos
Figura 9
- 4 anos: Nesta idade, jamais a figura é bem executada. Não se pode falar de um
tipo de fracasso, pois todas as formas estão presentes; há numerosos casos de
rabiscos. O esboço do sucesso (possibilidade de reconhecer o triângulo na cópia) é
excepcional (5%). Podemos registrar, todavia aproximadamente 40% de casos em
que o modelo é reproduzido sob forma de duas figuras fechadas desenhadas uma
sobre a outra, mais freqüentemente separadas que contíguas (tipo a).
4 anos, a
5 anos, a
Para 40% dos fracassos: esboços de sucessos; cada uma das duas figuras (o
triângulo e o quadrado) podendo ser mesmo completamente correta; o erro está na
sua posição relativa (tipo b).
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5 anos, b
- 6 anos: Mais da metade das crianças tem bom êxito na figura, nessa idade. Os
fracassos são em grande parte do tipo B de 5 anos, com sucesso mais freqüente e
mais nítido para cada uma das duas formas.
6 anos
E) POPULAÇÃO DE PADRONIZAÇÃO:
M 38 5; 4;11 5; 5;1
5 anos
F 35 5; 4;10 5; 5;2
M 35 6; 5;11 6; 6;1
6 anos
F 29 6; 5;11 6; 6;1
Padronização:
A tabela II apresenta o número de figuras bem feitas em cada tabela (valor
mediano e valores quantia).
A tabela III dá a padronização do nosso teste.
Constata-se tanto em uma tabela em progressão muito nítida com a idade,
não somente os valores medianos, mas também as curvas de distribuição que
apenas se justapõem de uma idade a outra.
Para a comparação dos sexos, não se constata diferença notável na
tabela II. Em compensação, na tabela III notamos uma superioridade nítida do
sexo masculino, que vai diminuindo com a idade.
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TABELA II: Números de figuras bem executadas em cada idade
Q3 Me Q1
M 2 2 4
4 anos
F 1 2 3
M 3 5 6
5 anos
F 2 5 6
M 7 8 8
6 anos
F 7 8 8
Q3 Me Q1
M 3 4 11
4 anos
F 1 3 7
M 8 13 21
5 anos
F 7 13 18
M 22 28 30
6 anos
F 20,5 26 29,5
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TABELAS DE CORREÇÃO
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Quadro 1
Correto Incorreto
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Quadro 2
Correto Incorreto
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Quadro 3
Correto Incorreto
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Quadro 4
Correto Incorreto
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Quadro 5
Correto Incorreto
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Quadro 6
Correto Incorreto
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Quadro 7
Correto Incorreto
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Quadro 8
Correto Incorreto
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Quadro 9
Correto Incorreto
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CARTÕES - MODELO
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Figura A
Figura 1
Figura 2
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Figura 3
Figura 4
Figura 5
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Figura 6
Figura 7
Figura 8
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Figura 9
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