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Faculdades ESTÁCIO SC
1
CCE0371 – TEORIA DAS ESTRUTURAS II
Será admitido nesta disciplina que as estruturas são lineares, ou seja, apresentam
pequenos deslocamentos e deformações e são compostas de material elástico-linear.
ge = r − e − nr, (2.1)
sendo:
r número de reações,
nr = b −1 (2.2)
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sendo:
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Seja uma viga engastada-apoiada como mostrado na Figura 2.1. Esta viga
apresenta rigidez à flexão igual a EI e grau de hiper-estaticidade externo (ge) igual a 1.
Para determinar os esforços internos desta estrutura pelo Método das Forças, é
necessário determinar o seu sistema principal. A determinação deste sistema consiste na
substituição das vinculações excedentes por suas respectivas forças reativas de tal modo
que as condições de compatibilidade de deslocamentos sejam respeitadas.
A Figura 2.2 apresenta dois sistemas principais possíveis para a viga engastada e
apoiada mostrada na Figura 2.1. A condição de compatibilidade para o sistema principal
da Figura 2.2a é o deslocamento vertical nulo em B, enquanto que para o sistema principal
da Figura 2.2b a rotação no ponto A que deve ser nula.
𝑞.𝑙4
∆𝐶𝐵 = + (2.3)
8𝐸𝐼
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𝑞.𝑙4 𝑅𝐵 .𝑙3
− =0 (2.6)
8𝐸𝐼 3𝐸𝐼
3
𝑅𝐵 = 𝑞𝑙 (2.7)
8
A fim de formalizar o Método das Forças para o sistema uma vez indeterminado da
Figura 2.1, adota-se o sistema principal da Figura 2.2a. Aplicando-se um carregamento
unitário no ponto B, este se deslocará de B (Figura 2.5). Portanto, aplicando-se uma força
RB, obter-se-á um deslocamento igual a (RB. B).
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Logo:
𝐶
𝛿𝐵
𝑅𝐵 = − 𝑅 (2.9)
𝛿𝐵
Figura 2.6 - Decomposição dos efeitos das cargas e hiperestáticos sobre a viga
Logo:
𝛿10
𝑋1 = − (2.11)
𝛿11
1𝑙3
𝛿11 = (2.13)
3𝐸𝐼
3
𝑋1 = − 𝑞𝑙 (2.15)
8
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𝑞𝑙 3
𝛿10 = − (2.16)
24𝐸𝐼
e a rotação em 1 (ponto A) produzida pelo momento unitário aplicado em 1 (ponto
A) é:
1. 𝑙
𝛿11 = + (2.17)
3𝐸𝐼
𝑞𝑙 3 1. 𝑙
− + 𝑋1 =0 (2.19)
24𝐸𝐼 3𝐸𝐼
𝑞 . 𝑙2
𝑋1 = (2.20)
8
sendo X1 o momento reativo em A e o seu sinal positivo indica que o sentido
arbitrado está correto.
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𝑞 . 𝑙2
𝑞. 𝑙 8 = 𝑞. 𝑙 + 𝑞. 𝑙
𝑉𝐴 = +
2 𝑙 2 8
5
= 𝑞𝑙
8
𝑞 . 𝑙2
𝑞. 𝑙 8 = 𝑞. 𝑙 − 𝑞. 𝑙
𝑉𝐵 = −
2 𝑙 2 8
3
= 𝑞𝑙
8
3 3
Σ𝐹𝑦 = 0 → 𝑉 = 𝑞𝑥 − 𝑞𝑙 = 0 → 𝑥 = 𝑙
8 8
+ 3 3 𝑞 3 2
𝑀𝑚á𝑥 = ( 𝑞𝑙) . ( 𝑙) − ( ) . ( 𝑙)
8 8 2 8
+ 9
𝑀𝑚á𝑥 = 𝑞. 𝑙 2
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ge = r − e, (2.1)
sendo:
r o número de reações e
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𝑋 = − 𝛿 −1 . 𝛿0 (2.26)
Sendo:
𝛿 −1 = 𝐾, a matriz de rigidez da estrutura.
Em geral, para vigas contínuas, é mais conveniente adotar o sistema principal
mostrado na Figura 2.11d, conforme será visto no próximo item (exemplo).
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Figura 2.16 – Momentos fletores devido a um momento unitário aplicado na direção do hiperestático X 1
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Figura 2.17 – Momentos fletores devido a um momento unitário aplicado na direção do hiperestático X 2
𝑀1 . 𝑀2
𝛿10 = ∫ . 𝑑𝑥 (2.29)
𝐸𝐼
𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
visto que o esforço axial é nulo neste exemplo. Procede-se analogamente para determinar
os demais coeficientes ij.
Combinação nula
1 1
∫ 𝑀1 . 𝑀0 . 𝑑𝑥1 = 𝑙 .𝑀 .𝑀 ∫ 𝑀1 . 𝑀0 . 𝑑𝑥2 = 𝑙 (1 + 𝛼). 𝑀1 . 𝑀0
3 1 1 𝑚á𝑥 6 2
𝑙1 𝑙2
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1 1 (2.32)
𝐸𝐼 . 𝛿20 = (3𝑚). (−1). (22,5) + (4𝑚). (1 + 0,5). (−1) (40)
3 6
62,5
𝛿20 = − (rad.)
𝐸𝐼
1 1
∫ 𝑀2 . 𝑀0 . 𝑑𝑥2 = 𝑙 (1 + 𝛼). 𝑀2 . 𝑀0 ∫ 𝑀2 . 𝑀0 . 𝑑𝑥3 = 𝑙 .𝑀 .𝑀
6 2 3 3 2 𝑚á𝑥
𝑙2 𝑙3
1 1
𝐸𝐼 . 𝛿11 = (3𝑚). (−1). (−1) + (4𝑚). (−1). (−1)
3 3
(2.33)
7
𝛿11 = (rad/kN.)
3𝐸𝐼
Combinação nula
1 1
∫ 𝑀1 . 𝑀1 . 𝑑𝑥1 = 𝑙 .𝑀 .𝑀 ∫ 𝑀1 . 𝑀1 . 𝑑𝑥2 = 𝑙 .𝑀 .𝑀
3 1 1 1 3 2 1 1
𝑙1 𝑙2
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Tabela 2.4 – Combinação dos diagramas de momentos para o cálculo de 12 = 21
Barra 1 Barra 2 Barra 3
1
∫ 𝑀1 . 𝑀2 . 𝑑𝑥2 = 𝑙 .𝑀 .𝑀
6 2 1 2
𝑙2
Combinação nula
1 1
∫ 𝑀1 . 𝑀1 . 𝑑𝑥1 = 𝑙 .𝑀 .𝑀 ∫ 𝑀1 . 𝑀1 . 𝑑𝑥2 = 𝑙 .𝑀 .𝑀
3 2 1 1 3 3 1 1
𝑙2 𝑙3
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7 2
− 51,25 + 𝑋1 + 𝑋2 = 0
3 3
(2.36)
2 7
[ − 62,5 + 3 𝑋1 + 3 𝑋2 = 0
Onde:
(2.37)
X1 = 15,60 kN.m
(2.38)
X2 = 22,33 kN.m
R = R 0 + X 1 . R1 + X 2 . R2 (2.39)
V = V0 + X1 . V1 + X2 . V2 (2.40)
M = M0 + X1 . M1 + X2 . M2 (2.41)
Como atividade didática, devem ser calculadas as reações nos apoios e concluídos
os diagramas de esforços cortantes e momentos fletores.
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EXERCÍCIOS:
2. Uma viga contínua de quatro vãos tem, à esquerda, uma parte em balanço como se vê
na figura. Determinar as reações e traçar os diagramas dos esforços internos da viga,
no espaço indicado da I1 = 4375 cm4 e I2 = 4102 cm4.
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δ . X = − δ0 ∴ X = −𝛿 −1 . 𝛿𝑜 . (2.25)
Conforme foi visto anteriormente, os coeficientes ij podem ser obtidos pelo
Princípio dos Trabalhos Virtuais. Para o pórtico plano, desprezando esforço por
cisalhamento, tem-se:
̅̅̅̅
𝑀𝑖 . 𝑀𝑗 ̅̅̅𝑖 . 𝑁𝑗
𝑁
𝛿𝑖𝑗 = ∫ . 𝑑𝑥 + ∫ . 𝑑𝑥 (2.26)
𝐸𝐼 𝐸𝐼
𝑙 𝑙
Sendo:
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Como Mi.Mj = Mj.Mi, tem-se ij = ji, ou seja, a matriz de flexibilidade é sempre
simétrica, o que já foi demonstrado anteriormente (Teorema da Reciprocidade de Betti-
Maxwell, SUSSEKIND, 1994a).
Exemplo 1:
Determinar o diagrama de esforços do pórtico bi-engastado mostrado na Figura 2-
38, desprezando a contribuição do esforço axial.
(0)
(1)
(2)
(3)
̅̅̅̅
𝑀𝑖 . 𝑀𝑗
𝛿𝑖𝑗 = ∫ . 𝑑𝑥 (2.26)
𝐸𝐼
𝑙
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Este método foi desenvolvido em 1932 por Hardy Cross, permitindo o cálculo de
estruturas hiperestáticas de forma manual. Com o surgimento dos comp utadores, o
método caiu em desuso, contudo ainda é empregado em disciplinas de graduação por
todo mundo, devido a sua facilidade e didática. Desse modo, é possível resolver uma série
de pequenos problemas da engenharia, sem grandes esforços computacionais
necessários muitas vezes em outros métodos.
Quanto maior a rigidez à rotação da mola, maior terá que ser o momento fletor
aplicado ao nó para produzir um giro :
𝑀= 𝑘 .𝜑 (2.27)
Para os casos usuais da engenharia, figura 2.31, é possível mostrar que o valor do
coeficiente de rigidez é dado por:
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𝐸𝐼
𝑘𝐴𝐵 = 𝑘𝐵𝐴 = 1,0 . para viga biengastada (2.28)
𝐿
e
𝐸𝐼 (2.29)
𝑘𝐵𝐴 = 0,75 . viga apoiada-engastada
𝐿
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Na figura 2.33 encontra-se ilustrado um nó “0” de pórtico típico onde está aplicado
um momento fletor M.
Cada barra resistirá a uma parcela do momento M, que será proporcional a sua
rigidez a rotação.
𝑀1 = 𝑘1 . 𝜑1
𝑀2 = 𝑘2 . 𝜑2 (2.32)
𝑀3 = 𝑘3 . 𝜑3
𝑀1 + 𝑀2 + 𝑀3 = 𝑀 (2.33)
𝜑1 = 𝜑2 = 𝜑3 = 𝜑 (2.34)
Então:
𝑀 = 𝜑(𝑘1 + 𝑘2 + 𝑘3 ) (2.35)
e
𝑀
𝜑= (2.36)
∑ 𝑘𝑖
Sabe-se pelas expressões 2.32 e 2.33 que:
𝑀1 𝑀2 𝑀3 𝑀𝑖 𝑀
𝜑= = = = = (2.37)
𝑘1 𝑘2 𝑘3 𝑘𝑖 ∑ 𝑘𝑖
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Sendo possível determinar em que parcelas o momento “M” irá se subdividir entre
as barras concorrentes no nó “0”, obtém-se:
𝑘1 𝑘4
𝑀1 = 𝑀, … … … … 𝑀 (2.38)
∑ 𝑘𝑖 ∑ 𝑘𝑖
De uma maneira geral, pode-se dizer que uma barra genérica “i” irá receber uma
𝑘
fração ∑ 𝑖𝑘 do momento M aplicado no nó, ou seja:
𝑘1
𝑀1 = 𝑀 (2.39)
∑ 𝑘𝑖
𝑘𝑖
𝛽𝑖 = (2.40)
∑ 𝑘𝑖
Que representa a fração do momento atuante no nó que irá para a barra “i”. Isto
implica que a ∑ 𝛽𝑖 = 1 de modo a recompor o momento M.
a) nos apoios intermediários ocorre tração na fibra superior e compressão na fibra inferior
e, por isso, surgem momentos “negativos” nestes pontos;
b) nos trechos intermediários dos vãos o oposto ocorre e, portanto, surgem momentos
“positivos”;
c) na extremidade engastada da viga, apoio A, deve surgir um momento fletor.
d) na extremidade D (apoio 1º género) não aparece momento.
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Em cada iteração o valor dos momentos residuais vai diminuindo até se tornar
desprezível (equilíbrio do nó), figura 2.36.
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𝐸 .𝐼
𝑘 = 0,75
ℓ
𝐸 .𝐼
𝑘 = 1,0
ℓ
𝑘𝑇1
𝛽𝑇 =
𝑘𝑇1 + 𝑘𝑇2
c) Procedimentos de distribuição :
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EXERCÍCIOS:
b)
c)
d)
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a)
DEN
DEC
DMF
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c)
DEN
DEC
DMF
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ANEXOS
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̅ – Método da Forças
ANEXO 01 – Tabela de combinações de diagramas para integração 𝑀𝑀
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