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CCE0371 – TEORIA DAS ESTRUTURAS II 1

UNIDADE 2: ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS

2.1 INTRODUÇÃO – MÉTODO DAS FORÇAS

Entende-se por estrutura a parte da construção responsável pela estabilidade e


pela resistência a ações externas. A estrutura submetida a ações externas deve tanto
apresentar segurança quanto à ruptura dos materiais utilizados como também quanto à
estabilidade global ou parcial de todos seus elementos; além disso deve demonstrar bom
desempenho estrutural, no que diz respeito a deformações e durabilidade, de acordo com
o fim e vida útil para a qual foi projetada.

Definido o sistema construtivo e o tipo de material a ser utilizado, seja concreto


armado ou protendido, madeira, aço, argamassa armada ou alvenaria estrutural, a
primeira fase de um projeto estrutural é a Análise Estrutural. O objetivo geral da Análise
Estrutural pode ser descrito como:

• Dada uma estrutura, com características geométricas (geometria, dimensões) e


mecânicas (vinculação, propriedades dos materiais) conhecidas, submetidas a certas
ações, que podem ser tanto cargas (forças ou binários) como deformações impostas
(recalques de apoio, deformações devido à variação de temperatura ou retração, ...),

• Determinar os deslocamentos (translações e/ou rotações) de todos os pontos da


estrutura; os esforços internos decorrentes das deformações produzidas por estes
deslocamentos (esforço axial, cortante, de flexão e de torção) e determinar também
as reações vinculares.

A primeira etapa da Análise Estrutural consiste em estabelecer o modelo estrutural


a ser adotado. As estruturas podem ser tratadas globalmente, ou divididas em diversos
elementos. Com relação a suas dimensões, as estruturas podem ser classificadas em
reticuladas, laminares e tridimensionais.

A estrutura é reticulada quando uma dimensão predomina em relação às outras


duas. São em geral denominadas barras, cujo eixo, que pode ser reto ou curvo, é muito
mais longo do que as dimensões da seção transversal.

A estrutura é laminar quando duas dimensões predominam em relação à terceira.


Têm-se como exemplo as chapas, as paredes, as placas e as cascas, sendo sua
espessura bem menor do que suas outras dimensões;

A estrutura é tridimensional quando nenhuma direção é predominante. É o caso de


blocos de fundação, alguns tipos de barragens, etc ...

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As estruturas podem ainda ser classificadas em hipoestáticas, isostáticas


(estaticamente determinadas) ou hiperestáticas (estaticamente indeterminadas).

As estruturas são consideradas hipoestáticas quando seus movimentos de corpo


rígido não são restringidos e elas não atingem, portanto, uma configuração de equilíbrio
estável. As estruturas são consideradas isostáticas, quando são restringidas a
movimentos de corpo-rígido e o número de incógnitas a determinar é igual ao número de
equações de equilíbrio estático. E finalmente, elas são consideradas hiperestáticas
quando são restringidas a movimentos de corpo-rígido e o número de incógnitas a
determinar é maior do que o número de equações de equilíbrio estático.

Será admitido nesta disciplina que as estruturas são lineares, ou seja, apresentam
pequenos deslocamentos e deformações e são compostas de material elástico-linear.

A maioria das estruturas utilizadas na prática é hiperestática ou estaticamente


indeterminada. O grau de hiper-estaticidade da estrutura será definido no próximo item
2.2. As estruturas hiperestáticas podem ser analisadas através de dois métodos clássicos
da Análise Estrutural: Método das Forças e Método dos Deslocamentos, ou ainda por
um método aproximado conhecido como Processo de Cross; estes métodos serão
descritos brevemente no item 2.3.

O objetivo geral desta disciplina é capacitar o aluno a analisar estruturas


reticuladas hiperestáticas, com ênfase em estruturas planas, determinando seus esforços
internos e deslocamentos generalizados.

2.2 GRAU DE HIPERESTATICIDADE

O grau de hiper-estaticidade de uma estrutura pode ser externo ou interno. O grau


de hiper-estaticidade externo (ge) é dado por

ge = r − e − nr, (2.1)

sendo:

r  número de reações,

e  número de equações da estática e

nr  número de equações provenientes de rótulas.

Este último é expresso por

nr = b −1 (2.2)

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sendo:

b  número de barras ligas à rótula.

O grau de hiper-estaticidade interno (gi) é igual ao número de esforços internos


necessários ao traçado de diagramas, conhecidas as reações.

2.2.1 Estruturas externamente hiperestáticas

2.2.2 Estruturas internamente hiperestáticas

2.2.3 Estruturas externa e internamente hiperestáticas

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2.3 MÉTODO DAS FORÇAS

2.3.1 ESTRUTURAS EXTERNAMENTE HIPERESTÁTICAS

2.3.1.1 Estruturas uma vez hiperestáticas (ge = 1)

Seja uma viga engastada-apoiada como mostrado na Figura 2.1. Esta viga
apresenta rigidez à flexão igual a EI e grau de hiper-estaticidade externo (ge) igual a 1.
Para determinar os esforços internos desta estrutura pelo Método das Forças, é
necessário determinar o seu sistema principal. A determinação deste sistema consiste na
substituição das vinculações excedentes por suas respectivas forças reativas de tal modo
que as condições de compatibilidade de deslocamentos sejam respeitadas.

Fig. 2.1 – Viga engastada-apoiada

A Figura 2.2 apresenta dois sistemas principais possíveis para a viga engastada e
apoiada mostrada na Figura 2.1. A condição de compatibilidade para o sistema principal
da Figura 2.2a é o deslocamento vertical nulo em B, enquanto que para o sistema principal
da Figura 2.2b a rotação no ponto A que deve ser nula.

Figura 2.2 - Sistemas principais com os respectivos hiperestáticos

Supondo-se que a estrutura esteja sujeita a pequenas deformações, pode-se


determinar o valor dos hiperestáticos pela superposição dos efeitos do carregamento
externo e do hiperestático em questão (BEER e JOHNSTON 1982; POPOV 1978;
TIMOSHENKO 1967). Adotando-se o sistema principal da Figura 2.2a, sabe-se que o
deslocamento produzido por uma carga uniformemente distribuída em uma viga
engastada (Figura 2.3b) é de

𝑞.𝑙4
∆𝐶𝐵 = + (2.3)
8𝐸𝐼

e que o deslocamento produzido na mesma estrutura por uma carga concentrada R B é


de:
𝑅𝐵 .𝑙3
∆𝑅𝐵 = + (2.4)
3𝐸𝐼

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Figura 2.3 – Superposição de efeitos

Sabendo-se que o deslocamento vertical no ponto B é nulo, têm-se


∆𝐵 = ∆𝐶𝐵 + ∆𝑅𝐵 (2.5)

𝑞.𝑙4 𝑅𝐵 .𝑙3
− =0 (2.6)
8𝐸𝐼 3𝐸𝐼

3
𝑅𝐵 = 𝑞𝑙 (2.7)
8

Conhecida a reação em B, em seguida pode-se determinar os esforços internos,


na estrutura, utilizando a viga isostática mostrada na Figura 2.4.

Figura 2.4 – Sistema principal com o valor do hiperestático determinado

A fim de formalizar o Método das Forças para o sistema uma vez indeterminado da
Figura 2.1, adota-se o sistema principal da Figura 2.2a. Aplicando-se um carregamento
unitário no ponto B, este se deslocará de B (Figura 2.5). Portanto, aplicando-se uma força
RB, obter-se-á um deslocamento igual a (RB. B).

Figura 2.5 - Deslocamento produzido por uma força unitária

Chamando-se de 𝛿𝐵𝐶 , o deslocamento em B provocado pela carga uniformemente


distribuída ∆𝐶𝐵 , e chamando de 𝛿𝐵𝑅 o deslocamento em B provocado pela carga
concentrada unitária (Figura 2.5) tem-se

𝛿𝐵𝐶 + 𝑅𝐵 𝛿𝐵𝑅 = 0 (2.8)

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Logo:
𝐶
𝛿𝐵
𝑅𝐵 = − 𝑅 (2.9)
𝛿𝐵

Neste curso, será adotada a convenção proposta por SUSSEKIND, sendo os


hiperestáticos denominados de R1, R2, R3 ou X1, X2, X3... (incógnitas do problema) e os
deslocamentos generalizados de ij. O índice “i” indica o local onde ocorre o deslocamento
generalizado e o índice “j” indica a causa deste deslocamento.

Os deslocamentos generalizados provocados pelo carregamento externo


apresentarão o índice j igual a zero (i0). Portanto, para o exemplo da Figura 2.2a, o
deslocamento na direção do hiperestático X1 provocado pelo carregamento externo é
expresso por 10 e o deslocamento na direção do hiperestático X1 provocado pela força
unitária é expresso por 11.

Figura 2.6 - Decomposição dos efeitos das cargas e hiperestáticos sobre a viga

O deslocamento no ponto B na direção do hiperestático 1 é nulo, portanto a


condição de compatibilidade de deslocamentos é

𝛿10 + 𝑋1 𝛿11 = 0 (2.10)

Logo:
𝛿10
𝑋1 = − (2.11)
𝛿11

No exemplo da Figura 2.2a


𝑞𝑙4
𝛿10 = − (2.12)
8𝐸𝐼

1𝑙3
𝛿11 = (2.13)
3𝐸𝐼

Substituindo os valores na equação acima, têm-se


𝑞𝑙4
(− )
8𝐸𝐼
𝑋1 = − 1𝑙3 (2.14)
( )
3𝐸𝐼

3
𝑋1 = − 𝑞𝑙 (2.15)
8

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Outro sistema principal possível seria o da Figura 2.2b, na qual o hiperestático X1


representa o momento no engaste A.

Figura 2.7 - Sistema principal e hiperestático

Sabe-se que a rotação no ponto A da viga engastada-apoiada (Figura 2.1) é nula.


Portanto, a soma da rotação causada pela carga distribuída com a rotação causada pelo
hiperestático X1 deve ser nula (Figura 2.8) (1= 0, ou seja, θA = 0).

Figura 2.8 - Superposição dos efeitos do carregamento externo e do hiperestático

Utilizando a nomenclatura proposta por SUSSEKIND e supondo que 1 é positivo


no sentido de X1, obtém-se de tabelas que a rotação em A (ponto 1) produzida por uma
carga distribuída (Figura 2.8b) é:

𝑞𝑙 3
𝛿10 = − (2.16)
24𝐸𝐼
e a rotação em 1 (ponto A) produzida pelo momento unitário aplicado em 1 (ponto
A) é:

1. 𝑙
𝛿11 = + (2.17)
3𝐸𝐼

Utilizando-se a condição de compatibilidade de rotação, têm-se:

𝛿10 + 𝑋1 𝛿11 = 0 (2.18)

𝑞𝑙 3 1. 𝑙
− + 𝑋1 =0 (2.19)
24𝐸𝐼 3𝐸𝐼
𝑞 . 𝑙2
𝑋1 = (2.20)
8
sendo X1 o momento reativo em A e o seu sinal positivo indica que o sentido
arbitrado está correto.

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Para serem determinados os esforços internos da estrutura, emprega-se o sistema


principal utilizado.

𝑞 . 𝑙2
𝑞. 𝑙 8 = 𝑞. 𝑙 + 𝑞. 𝑙
𝑉𝐴 = +
2 𝑙 2 8
5
= 𝑞𝑙
8

𝑞 . 𝑙2
𝑞. 𝑙 8 = 𝑞. 𝑙 − 𝑞. 𝑙
𝑉𝐵 = −
2 𝑙 2 8
3
= 𝑞𝑙
8

Cálculo do momento máximo.

O momento é máximo quando o esforço


cortante é nulo:

Cálculo das reações:

Tomando-se um segmento da viga e efetuando o equilíbrio das forças e momentos,


têm-se:

3 3
Σ𝐹𝑦 = 0 → 𝑉 = 𝑞𝑥 − 𝑞𝑙 = 0 → 𝑥 = 𝑙
8 8

+ 3 3 𝑞 3 2
𝑀𝑚á𝑥 = ( 𝑞𝑙) . ( 𝑙) − ( ) . ( 𝑙)
8 8 2 8

+ 9
𝑀𝑚á𝑥 = 𝑞. 𝑙 2
128

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2.3.1.2 Estruturas duas vezes hiperestáticas (ge = 2)

Exemplo - Viga Engastada com 2 Apoios:


A Figura 2.9 apresenta um exemplo de estrutura duas vezes hiperestática. O grau
de hiper-estaticidade é determinado segundo o item 2.2 Esta estrutura apresenta cinco
(05) reações externas: 3 reações verticais, 1 reação horizontal e um momento (Figura
2.10).

Figura 2.9 – Viga engastada com dois apoios

O grau de hiper-estaticidade é determinado pela expressão:

ge = r − e, (2.1)

sendo:

r  o número de reações e

e  o número de equações da estática. Portanto o grau de hiper-estaticidade da


viga mostrada na Figura 2.9 é

ge = 5 – 3 = 2  como foi afirmado anteriormente.

Figura 2.10 – Reações da viga

A viga mostrada na Figura 2.9 apresenta diversos sistemas principais possíveis


como ilustra a Figura 2.11.

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Figura 2.11 – Sistemas principais possíveis da viga mostrada na Figura 2.9

O sistema principal mostrado na Figura 2-11d costuma ser conveniente,


especialmente quando o carregamento ou a rigidez são diferentes nos dois vãos. Este
sistema apresenta condições de Compatibilidade de rotação similar ao Método dos Três
Momentos.

O sistema principal mostrado na Figura 2-11a apresenta a visualização mais fácil


dos efeitos do carregamento e dos hiperestáticos (Figura 2-12)

Figura 2.12 – Deformação do carregamento e dos hiperestáticos

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As condições de compatibilidade de deslocamentos fornecem um sistema de duas

equações e duas incógnitas:

𝛿1 = 0  𝛿10 + 𝑋1 𝛿11 + 𝑋2 𝛿12 = 0 (2.21)

𝛿2 = 0  𝛿20 + 𝑋1 𝛿21 + 𝑋2 𝛿22 = 0 (2.22)

O sistema de equações pode ser reescrito como

𝛿11 + 𝑋2 𝛿12 = − 𝛿10


{ (2.23)
𝛿21 + 𝑋2 𝛿22 = − 𝛿20

que pode ser reescrito sob a forma matricial:

𝛿11 𝛿12 𝑋1 𝛿10


[ ] .{ } = − { } (2.24)
𝛿21 𝛿22 𝑋2 𝛿20
𝛿 . 𝑋 = − 𝛿0 (2.25)

Onde: 𝛿 é a matriz de flexibilidade, X é o vetor de esforços ou forças (incógnitas) e 𝛿0 é o

vetor de deslocamento devido à ação do carregamento.

Para se obter o vetor de incógnitas é necessário inverter a matriz de flexibilidade


da estrutura:

𝑋 = − 𝛿 −1 . 𝛿0 (2.26)
Sendo:
𝛿 −1 = 𝐾, a matriz de rigidez da estrutura.
Em geral, para vigas contínuas, é mais conveniente adotar o sistema principal
mostrado na Figura 2.11d, conforme será visto no próximo item (exemplo).

Exemplo - Viga Contínua com 3 Vãos


Seja a viga contínua com três vãos, com dois graus de hiper-estaticidade e rigidez
à flexão (EI) constante (Figura 2-13).

Figura 2.13 – Deformação do carregamento e dos hiperestáticos

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O sistema principal adotado para a resolução do problema é representado pela


Figura 2.14. O sistema apresenta as rotações relativas entre as barras ligadas pelas 1 e
2 como sendo nula. Destas condições resultam as equações de compatibilidades
expressas por:

𝛿1 = 𝜃𝐵𝐸 − 𝜃𝐵𝐷 = 0 (2.27)

𝛿2 = 𝜃𝐶𝐸 − 𝜃𝐶𝐷 = 0 (2.28)

Figura 2.14 – Sistema principal da viga contínua mostrada na Figura 2.13

A Figura 2.15 apresenta os diagramas de esforços da situação 0 (M0) para o


sistema principal da Figura 2.14.

Figura 2.15 – Momentos fletores do sistema principal causados pelo carregamento

A Figura 2.16 apresenta os diagramas de momentos devidos à um momento


unitário aplicado na direção dos hiperestáticos X1.

Figura 2.16 – Momentos fletores devido a um momento unitário aplicado na direção do hiperestático X 1

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A Figura 2.17 apresenta os diagramas de momentos devidos à um momento


unitário aplicado na direção dos hiperestáticos X2. Os momentos:

Figura 2.17 – Momentos fletores devido a um momento unitário aplicado na direção do hiperestático X 2

Para se obter a rotação relativa na rótula 1, aplicam-se os binários unitários. Faz-


se o mesmo para a rótula 2. Portanto, para obter-se rotação relativa na rótula 1 devido ao
carregamento 0, ou seja 10, utilizando PVT, basta fazer:

𝑀1 . 𝑀2
𝛿10 = ∫ . 𝑑𝑥 (2.29)
𝐸𝐼
𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠

visto que o esforço axial é nulo neste exemplo. Procede-se analogamente para determinar
os demais coeficientes ij.

O sistema de equações de compatibilidade é:

𝛿10 + 𝑋1 𝛿11 + 𝑋2 𝛿12 = 0


(2.30)
𝛿20 + 𝑋1 𝛿21 + 𝑋2 𝛿22 = 0

Para a determinação de 10 procede-se a combinação mostrada na Tabela 2.1,


resultando:
1 1
𝐸𝐼 . 𝛿10 = (3𝑚). (−1). (11,25) + (4𝑚). (1 + 0,5). (−1). (40)
3 6
(2.31)
51,25
𝛿10 = −
𝐸𝐼

Tabela 2.1 – Combinação dos diagramas de momentos para o cálculo de 10


Barra 1 Barra 2 Barra 3

Combinação nula

1 1
∫ 𝑀1 . 𝑀0 . 𝑑𝑥1 = 𝑙 .𝑀 .𝑀 ∫ 𝑀1 . 𝑀0 . 𝑑𝑥2 = 𝑙 (1 + 𝛼). 𝑀1 . 𝑀0
3 1 1 𝑚á𝑥 6 2
𝑙1 𝑙2

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Para a determinação de 20 procede-se a combinação mostrada na Tabela 2.2,


resultando:

1 1 (2.32)
𝐸𝐼 . 𝛿20 = (3𝑚). (−1). (22,5) + (4𝑚). (1 + 0,5). (−1) (40)
3 6

62,5
𝛿20 = − (rad.)
𝐸𝐼

Tabela 2.2 – Combinação dos diagramas de momentos para o cálculo de 20


Barra 1 Barra 2 Barra 3
Combinação nula

1 1
∫ 𝑀2 . 𝑀0 . 𝑑𝑥2 = 𝑙 (1 + 𝛼). 𝑀2 . 𝑀0 ∫ 𝑀2 . 𝑀0 . 𝑑𝑥3 = 𝑙 .𝑀 .𝑀
6 2 3 3 2 𝑚á𝑥
𝑙2 𝑙3

Para a determinação de 11 procede-se a combinação mostrada na Tabela 2.3,


resultando:

1 1
𝐸𝐼 . 𝛿11 = (3𝑚). (−1). (−1) + (4𝑚). (−1). (−1)
3 3
(2.33)
7
𝛿11 = (rad/kN.)
3𝐸𝐼

Tabela 2.3 – Combinação dos diagramas de momentos para o cálculo de 11


Barra 1 Barra 2 Barra 3

Combinação nula

1 1
∫ 𝑀1 . 𝑀1 . 𝑑𝑥1 = 𝑙 .𝑀 .𝑀 ∫ 𝑀1 . 𝑀1 . 𝑑𝑥2 = 𝑙 .𝑀 .𝑀
3 1 1 1 3 2 1 1
𝑙1 𝑙2

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Para a determinação de 12 = 21, procede-se a combinação mostrada na Tabela 2.4,


resultando:
1
𝐸𝐼 . 𝛿12 = (4𝑚). (−1). (−1)
3
(2.34)
2
𝛿12 = (rad/kN.m)
3𝐸𝐼

Tabela 2.4 – Combinação dos diagramas de momentos para o cálculo de 12 = 21
Barra 1 Barra 2 Barra 3

Combinação nula Combinação nula

1
∫ 𝑀1 . 𝑀2 . 𝑑𝑥2 = 𝑙 .𝑀 .𝑀
6 2 1 2
𝑙2

Para a determinação de 22 procede-se a combinação mostrada na Tabela 2.5,


resultando:
1 1
𝐸𝐼 . 𝛿22 = (4𝑚). (−1). (−1) + (3𝑚). (−1). (−1)
3 3
(2.35)
7
𝛿22 = (rad/kN.m)
3𝐸𝐼

Tabela 2.5 – Combinação dos diagramas de momentos para o cálculo de 22


Barra 1 Barra 2 Barra 3

Combinação nula

1 1
∫ 𝑀1 . 𝑀1 . 𝑑𝑥1 = 𝑙 .𝑀 .𝑀 ∫ 𝑀1 . 𝑀1 . 𝑑𝑥2 = 𝑙 .𝑀 .𝑀
3 2 1 1 3 3 1 1
𝑙2 𝑙3

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Substituindo os deslocamentos generalizados na equação (2.30), obtém-se

7 2
− 51,25 + 𝑋1 + 𝑋2 = 0
3 3
(2.36)
2 7
[ − 62,5 + 3 𝑋1 + 3 𝑋2 = 0

Onde:
(2.37)
X1 = 15,60 kN.m
(2.38)
X2 = 22,33 kN.m

Os esforços podem ser obtidos a partir do sistema principal, isostático, empregando


o princípio da superposição dos efeitos.

R = R 0 + X 1 . R1 + X 2 . R2 (2.39)

V = V0 + X1 . V1 + X2 . V2 (2.40)

M = M0 + X1 . M1 + X2 . M2 (2.41)

Os valores máximos (e mínimos) do momento fletor correspondem aos pontos onde


o esforço cortante muda de sinal. Portanto, é necessário conhecer as reações e, a partir
delas, traçar o diagrama de esforço cortante da viga. As reações podem ser calculadas a
partir dos trechos da viga contínua (Figura 2-18), cujos momentos fletores internos foram
determinas a partir dos hiperestáticos.

Como atividade didática, devem ser calculadas as reações nos apoios e concluídos
os diagramas de esforços cortantes e momentos fletores.

Figura 2.18 – Trechos da viga contínua

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EXERCÍCIOS:

1. Para as estruturas abaixo, calcular as reações e represente os diagramas de


ESFORÇO CORTANTE e MOMENTO FLETOR, para cada uma das vigas a seguir:

2. Uma viga contínua de quatro vãos tem, à esquerda, uma parte em balanço como se vê
na figura. Determinar as reações e traçar os diagramas dos esforços internos da viga,
no espaço indicado da I1 = 4375 cm4 e I2 = 4102 cm4.

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2.3.1.3 Estruturas três vezes hiperestáticas (ge = 3)

Seja o pórtico plano bi-engastado mostrado na Figura 2-19, do qual deseja-se


determinar os esforços internos e traçar os respectivos diagramas. Este pórtico apresenta
6 reações devidas aos engastamentos em A e B, portanto o seu grau de hiperestaticidade
(gh) é igual a 3.

Figura 2.19 - Pórtico plano bi-engastado

Um dos sistemas principais possíveis para o pórtico mostrado na Figura 2-19 é


aquele mostrado pela Figura 2-20.

Figura 2.20 - Sistema principal do pórtico mostrado na Figura 2.20

As condições de compatibilidade do sistema principal da Figura 2-36 é


deslocamentos horizontal e vertical e rotação nulos no ponto B, o que resulta 1= 0, 2= 0
e 3= 0.
Para determinar-mos esforços no ponto B, usamos o “princípio da superposição
dos efeitos” das cargas sobre o sistema principal (isostático), segundo o esquema
mostrado na Figura 2-21. Superpondo a contribuição de deslocamento dessas cargas e
aplicando as condições de compatibilidade para o ponto B da estrutura real (Figura 2-19),
obtém- se o sistema de equações:

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𝛿1 = 𝛿10 + 𝑋1 𝛿11 + 𝑋2 𝛿12 + 𝑋3 𝛿13 = 0


𝛿2 = 𝛿20 + 𝑋1 𝛿21 + 𝑋2 𝛿22 + 𝑋3 𝛿23 = 0 (2.42)
𝛿3 = 𝛿3 + 𝑋1 𝛿31 + 𝑋2 𝛿32 + 𝑋3 𝛿33 = 0

Que na forma matriz é expresso como sendo:

𝛿11 𝛿12 𝛿13 𝑋1 𝛿10

𝛿21 𝛿22 𝛿23 . 𝑋2 = − 𝛿20

[ 𝛿31 𝛿32 𝛿33 ] {𝑋3 } {𝛿30 }

δ . X = − δ0 ∴ X = −𝛿 −1 . 𝛿𝑜 . (2.25)

Onde  é a matriz de flexibilidade, X é o vetor das forças (incógnitas) e 0 é vetor


de deslocamento devido ao carregamento (conhecidos).

Figura 2-21: Efeitos devidos ao carregamento atuante na Figura 2-20

Conforme foi visto anteriormente, os coeficientes ij podem ser obtidos pelo
Princípio dos Trabalhos Virtuais. Para o pórtico plano, desprezando esforço por
cisalhamento, tem-se:

̅̅̅̅
𝑀𝑖 . 𝑀𝑗 ̅̅̅𝑖 . 𝑁𝑗
𝑁
𝛿𝑖𝑗 = ∫ . 𝑑𝑥 + ∫ . 𝑑𝑥 (2.26)
𝐸𝐼 𝐸𝐼
𝑙 𝑙

Sendo:

E  o módulo de elasticidade do material;


A  a seção transversal das barras;
I  o momento de inércia da seção transversal e
  número das barras da estrutura.

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Como Mi.Mj = Mj.Mi, tem-se ij = ji, ou seja, a matriz de flexibilidade é sempre
simétrica, o que já foi demonstrado anteriormente (Teorema da Reciprocidade de Betti-
Maxwell, SUSSEKIND, 1994a).

Para uma estrutura com gh = 3, deve-se determinar 6 coeficientes da matriz  (11,


22, 33, 12, 13, 23) e 3 coeficientes do vetor força 0 (10, 20, 30). Resolvendo-se o
sistema de equações (2.42) obtém-se X.

Exemplo 1:
Determinar o diagrama de esforços do pórtico bi-engastado mostrado na Figura 2-
38, desprezando a contribuição do esforço axial.

Figura 2-22: Pórtico bi-engastado


O sistema principal escolhido para a resolução do pórtico é mostrado na
Figura 2-23.

Figura 2-23: Sistema principal e hiperestáticos do pórtico


Para a determinação dos deslocamentos generalizados dij, é necessário a
determinação das reações e dos esforços internos causados pelo carregamento (sistema
0) e pelo hiperestático X1 (sistema I).

Utilizando-se as equações de equilíbrio, determinam-se as reações e os esforços


internos do pórtico isostático do sistema principal causadas pelo carregamento e pelo
hiperestático X1, X2 e X3.
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(0)

(1)

(2)

(3)

Desprezando-se o esforço axial, a expressão para os deslocamentos generalizados


é dada por:

̅̅̅̅
𝑀𝑖 . 𝑀𝑗
𝛿𝑖𝑗 = ∫ . 𝑑𝑥 (2.26)
𝐸𝐼
𝑙

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2.4 MÉTODO DE CROSS (Estruturas Hiperestáticas)

O Método de Cross é um método que permite calcular estruturas hiperestáticas.


Com isso, é possível determinar os momentos fletores em vigas contínuas e pórticos.

Este método foi desenvolvido em 1932 por Hardy Cross, permitindo o cálculo de
estruturas hiperestáticas de forma manual. Com o surgimento dos comp utadores, o
método caiu em desuso, contudo ainda é empregado em disciplinas de graduação por
todo mundo, devido a sua facilidade e didática. Desse modo, é possível resolver uma série
de pequenos problemas da engenharia, sem grandes esforços computacionais
necessários muitas vezes em outros métodos.

O método é iterativo, isto é, se repetem algumas rotinas até a convergência, que é


obtida quando os resíduos decorrentes do equilíbrio dos momentos nos nós da estrutura
são muito pequenos, o suficiente para serem desprezados.

2.4.1 Rigidez de uma ligação

A rigidez de uma ligação entre barras, isto é, a rigidez de uma barra em um nó


qualquer da estrutura, é igual ao valor do momento fletor que, aplicado neste nó, suposto
livre para girar, provoca uma rotação unitária da barra no nó.

Com isso, a extremidade apoiada de uma viga simples associa-se um “coeficiente


de rigidez”, m, que é a rigidez à rotação que a viga apresenta aos momentos aplicados
nos nós. Este coeficiente possui a mesma dimensão de momento fletor aplicado, uma vez
que a rotação é unitária. A esta condição de vínculo chamase mola rotacional, figura 2.30.

Figura 2-30 - Mola rotacional.

Quanto maior a rigidez à rotação da mola, maior terá que ser o momento fletor
aplicado ao nó para produzir um giro :

𝑀= 𝑘 .𝜑 (2.27)

se φ =1, então M = k é o coeficiente de rigidez da ligação.

Para os casos usuais da engenharia, figura 2.31, é possível mostrar que o valor do
coeficiente de rigidez é dado por:

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𝐸𝐼
𝑘𝐴𝐵 = 𝑘𝐵𝐴 = 1,0 . para viga biengastada (2.28)
𝐿

e
𝐸𝐼 (2.29)
𝑘𝐵𝐴 = 0,75 . viga apoiada-engastada
𝐿

Figura 2-31 – Coeficiente de Rigidez.

Nas expressões (2.28) e (2.29), EI é o produto de rigidez de uma viga. Quanto


maior EI, menores serão os efeitos dos momentos fletores na viga, isto é, menores serão
as suas deformações.

2.4.2 Coeficiente de transmissão

Como conseqüência do momento 4EI /L na extremidade da viga biengastada, surge


um momento igual a metade de seu valor na outra extremidade da viga.

Dizemos, então, que o coeficiente de transmissão a AB na barra biengastada é:


𝑀𝐴
𝛼𝐵𝐴 = = 1/2 (2.30)
𝑀𝐵

e para a barra engastada-apoiada é igual a:


𝑀𝐵
𝛼𝐵𝐴 = =0 (2.31)
𝑀𝐴

2.4.3 Convenção de Grinter

Os momentos exercidos pelas barras sobre os nós serão considerados positivos


no sentido horário. Isto equivale a dizer que devem ser considerados positivos os
momentos anti-horários exercidos pelos nós sobre as extremidades das barras.

Figura 2-32 – Momento que a barra aplica no nó.

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2.5 PROBLEMA FUNDAMENTAL DE CROSS

Na figura 2.33 encontra-se ilustrado um nó “0” de pórtico típico onde está aplicado
um momento fletor M.

Figura 2-33 – Estrutura submetida à ação de uma carga momento M.

Cada barra resistirá a uma parcela do momento M, que será proporcional a sua
rigidez a rotação.
𝑀1 = 𝑘1 . 𝜑1
𝑀2 = 𝑘2 . 𝜑2 (2.32)
𝑀3 = 𝑘3 . 𝜑3

Tem-se por equilíbrio do esquema da Figura 33a e 33b:

𝑀1 + 𝑀2 + 𝑀3 = 𝑀 (2.33)

Por compatibilidade de deslocamentos tem-se:

𝜑1 = 𝜑2 = 𝜑3 = 𝜑 (2.34)
Então:
𝑀 = 𝜑(𝑘1 + 𝑘2 + 𝑘3 ) (2.35)
e
𝑀
𝜑= (2.36)
∑ 𝑘𝑖
Sabe-se pelas expressões 2.32 e 2.33 que:
𝑀1 𝑀2 𝑀3 𝑀𝑖 𝑀
𝜑= = = = = (2.37)
𝑘1 𝑘2 𝑘3 𝑘𝑖 ∑ 𝑘𝑖

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Sendo possível determinar em que parcelas o momento “M” irá se subdividir entre
as barras concorrentes no nó “0”, obtém-se:

𝑘1 𝑘4
𝑀1 = 𝑀, … … … … 𝑀 (2.38)
∑ 𝑘𝑖 ∑ 𝑘𝑖

De uma maneira geral, pode-se dizer que uma barra genérica “i” irá receber uma
𝑘
fração ∑ 𝑖𝑘 do momento M aplicado no nó, ou seja:

𝑘1
𝑀1 = 𝑀 (2.39)
∑ 𝑘𝑖

Desta expressão, pode-se dizer que um momento aplicado num nó de uma


estrutura totalmente indeslocável irá se distribuir, entre as diversas barras concorrentes
neste nó, segundo parcelas proporcionais à rigidez, neste nó, de cada uma destas barras.
Denomina-se coeficiente de distribuição de momentos para a barra “i”:

𝑘𝑖
𝛽𝑖 = (2.40)
∑ 𝑘𝑖

Que representa a fração do momento atuante no nó que irá para a barra “i”. Isto
implica que a ∑ 𝛽𝑖 = 1 de modo a recompor o momento M.

2.6 PROCEDIMENTOS PARA APLICAÇÃO DO MÉTODO DE CROSS

Dada uma viga genérica hiperestática, figura 2.34.

Figura 2-34 – Viga contínua típica.

É possível dizer que:

a) nos apoios intermediários ocorre tração na fibra superior e compressão na fibra inferior
e, por isso, surgem momentos “negativos” nestes pontos;
b) nos trechos intermediários dos vãos o oposto ocorre e, portanto, surgem momentos
“positivos”;
c) na extremidade engastada da viga, apoio A, deve surgir um momento fletor.
d) na extremidade D (apoio 1º género) não aparece momento.

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Então, o diagrama de momentos aproximado deve ter a forma geral apresentada


na figura 2.35.

Figura 2-35 – Forma geral do diagrama de mo mentos de uma viga contínua.

Onde a carga é distribuída, os momentos têm diagrama parabólico. E onde a carga


é concentrada, os momentos têm diagrama linear.

As incógnitas do problema no Método de Cross constituem-se nos momentos


fletores MA, MB e MC. A sua determinação é feita de forma aproximada e iterativa.

Inicialmente os apoios intermediários são travados e liberados um a um. A cada


apoio liberado ocorre um desequilíbrio nos momentos daquele nó. Após o re-equilíbrio
(distribuição em função da rigidez das barras), os momentos são propagados para os
apoios vizinhos.

Em cada iteração o valor dos momentos residuais vai diminuindo até se tornar
desprezível (equilíbrio do nó), figura 2.36.

Figura 2-36 – Procedimentos para o Método de Cross.

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Resumo dos Procedimentos adotados no Método de Cross:

a) Cálculo das constantes de Rigidez (k):

𝐸 .𝐼
𝑘 = 0,75

𝐸 .𝐼
𝑘 = 1,0

b) Cálculo das constantes de distribuição (β):

𝑘𝑇1
𝛽𝑇 =
𝑘𝑇1 + 𝑘𝑇2

c) Procedimentos de distribuição :

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EXERCÍCIOS:

Para as estruturas abaixo, calcular as reações e represente os diagramas de ESFORÇO


CORTANTE e MOMENTO FLETOR, para cada uma das vigas a seguir:
a)

b)

c)

d)

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GABARITO DOS DIAGRAMAS:

a)

DEN

DEC

DMF

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c)

DEN

DEC

DMF

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ANEXOS

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̅ – Método da Forças
ANEXO 01 – Tabela de combinações de diagramas para integração 𝑀𝑀

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ANEXO 02 – Momento de engastamento, vigas bi-apoiadas, bi-engastadas e em


balanço.

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