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Ficha catalográfica
Silva, Alessandro Costa da.
73 p
ISBN:
CDU: 614.79
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
UNIDADE 4
UNIDADE 6
Por fim, queria dizer a você, caro estudante que :dedicação e esforço são
caminhos naturais para o sucesso de qualquer atividade. Espero que a maneira
como organizei este e-Book potencialize o aprendizado de nossa disciplina.
Bons estudos!
SAIBA MAIS
SUGESTÃO DE LEITURA – indica
traz informações, curiosidades
outras leituras, contendo temas
ou notícias acrescentadas ao
relacionados com o conteúdo do texto;
texto e relacionadas ao tema
estudado;
REFERÊNCIAS
Objetivos
• Identificar os riscos potenciais à saúde do trabalhador sobre o uso dos
agrotóxicos;
O
aparecimento de produtos químicos empregados no combate às pragas e as
doenças na lavoura representou grande progresso na agricultura, quanto a
isso não se tem dúvidas. Entretanto, o uso inadequado e excessivo também
traz transtornos à saúde e a segurança do trabalhador rural. O conjunto desses
produtos químicos é conhecido pelas denominações de Agrotóxicos, Agroquímicos,
Alessandro Costa da Silva 8
Pesticidas, Produtos fitossanitários e até mesmo “defensivos agrícolas”. Sendo que
esse último termo produz controvérsias porque não defendem nada (SILVA, 2016).
(http://www.nufarm.com/Assets/15066/1/Manual_UCS.pdf)
P
ara o preparo e manipulação da calda devemos abrir a embalagem com
cuidado para evitar derramamento do produto; utilizar sempre balanças,
copos graduados, baldes e funis específicos para o preparo; e nunca reutilizar
esses mesmos utensílios para outras atividades, visto que estão contaminados.
1
Para executar a tríplice lavagem: esvazie completamente o conteúdo da
embalagem no tanque do pulverizador; Adicione água limpa à embalagem até
1/4 do seu volume;Tampe bem a embalagem e agite-a por 30 segundos; Despeje
a água de lavagem no tanque do pulverizador; Faça esta operação 3 vezes;
Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.
2
Este procedimento somente pode ser realizado em pulverizadores com
acessórios adaptados para esta finalidade; Encaixe a embalagem vazia no local
apropriado do funil instalado no pulverizador; Acione o mecanismo para liberar
o jato de águia limpa; Direcione o jato de água para todas as paredes internas
da embalagem por 30 segundos;A água de lavagem deve ser transferida para o
interior do tanque do pulverizador;Inutilize a embalagem plástica ou metálica,
perfurando o fundo.
N
as áreas onde o agrotóxico está sendo aplicado não deve haver qualquer
outro tipo de atividade, nem ser permitido o acesso de pessoas sem
vestimentas e equipamentos de proteção, até que seja cumprido o “período
de reentrada” estabelecido no rótulo ou na bula dos produtos utilizados naquela
área.
Por fim, queria lembrar que, como veremos na Unidade 5, o trabalhador rural
deve sempre usar os EPIs (Equipamento de Proteção Individual) para aplicar os
agrotóxicos; evitando aplicá-los nas horas mais quentes do dia. Após a aplicação,
deve manter as pessoas afastadas das áreas tratadas, observando (como vimos
anteriormente) período de sua reentrada na lavoura.
Referências
Objetivos
• Conhecer quais são os principais animais peçonhentos e seus riscos
ao trabalhador rural;
V
amos iniciar esta Unidade informando a você, caro estudante, que os acidentes
com animais peçonhentos representam um grave problema de saúde pública
no Brasil. Embora a maioria dos casos relatados no Brasil fossem de cobras
e aranhas, recentemente ocorreu uma mudança. Segundo o Ministério da Saúde em
2016, foram registrados 175 mil acidentes com animais peçonhentos; desses, 90
Alessandro Costa da Silva 17
mil foram acidentes com escorpiões. Comportamento que está sendo estudado por
pesquisadores da Fundação Oswaldo cruz e do Instituto Butantan (MS, 2017).
E
mbora mais corriqueiro no ambiente rural, os casos de envenenamento por
picadas ou mordeduras têm se tornado comuns em alguns ambientes urbanos,
principalmente aqueles próximos de matas e banhados. Queria aproveitar para
avisar que apesar de sua nocividade, alguns desses animais peçonhentos (cobras,
escorpiões, aranhas e taturanas) são imprescindíveis para o equilíbrio ambiental,
visto que regulam os diferentes níveis tróficos dentro da cadeia alimentar.
• Crotálico - ocorre pela picada da cascavel. Neste caso quase não se vê sinal
da picada, e há pouco inchaço no local. Nas primeiras horas os sinais são de
dificuldade em abrir os olhos, visão dupla ou turva, feição de embriagado, dor
muscular discreta, urina avermelhada, bloqueio neuromuscular e midríase,
dilatação da pupila em função da contração do músculo dilatador. Após 6 a
12 horas a urina fica escurecida. As consequências são dor muscular intensa
e insuficiência renal aguda;
Devido ser de pequeno porte e ter sua picada pouco dolorida os acidentes
com este tipo de animal geralmente são subnotificados nos centros de saúde; sendo
o risco de envenenamento, na maioria das vezes, subestimado. É um aracnídeo de
hábitos noturnos, pouco agressivo e encontrado em pilhas de objetos. Ao ser picado
o trabalhador apresenta como sintoma pequena dor na hora da picada. Após 12 a 36
horas o quadro evolui para dor local com inchaço, mal-estar geral, náuseas e febre,
podendo causar necrose no local do ferimento. Em alguns raros casos pode ocorrer
anemia hemolítica (destruição das hemácias) e até coagulação do sangue.
*É uma condição, geralmente dolorosa, na qual o pênis fica ereto e não retorna
ao seu estado de flacidez. É um caso potencialmente danoso, em que a ereção
dura em média 4 horas, e pode levar à impotência sexual definitiva.
Alguns procedimentos não impedem (em nada) que o veneno seja absorvido
pelo corpo como, por exemplo: cortar o local da picada, pois alguns venenos podem,
inclusive, provocar hemorragias e o corte aumentará a perda de sangue; sugar o
local da picada, existe possibilidade de envenenamento via cárie dentária. Outra
informação relevante, principalmente no ambiente rural é: nunca agir baseado em
crenças populares (OLIVEIRA et al., 2013). Apenas lave o local afetado com água
e sabão, afrouxe as roupas da vítima, retire acessórios que dificultem a circulação
sanguínea, e procure tranquilizá-la.
Objetivos
• Conhecer o que é ergonomia rural, a necessidade do seu cumprimento
(execução)por parte do trabalhador;
V
amos iniciar definindo “ergonomia rural”, muito embora já seja um termo
corriqueiro para estudantes de cursos técnicos, estabelecida na NR 17. Pode-
se dizer que é a ciência que estuda o modo e a forma como o trabalhador
no ambiente não urbano exerce (executa) suas funções laborais, seja in door (local
fechado) seja out door (céu aberto). Para ser exitosa, a ergonomia se baseia em
Alessandro Costa da Silva 29
diversos princípios, que são normas de conduta (regras); as orientações para que o
trabalhador rural execute e realize suas atividades sem causar-lhe desconfortos.
Por isso, é necessário que ele verifique algumas condições do seu trabalho
como: excesso de calor, ritmo acelerado nas atividades, posturas incorretas, esforços
repetitivos, uso inadequado de equipamentos, dentre outros (MARTINS; FERREIRA,
2015). Esse comportamento na busca segura e saudável nas atividades laborais,
como pode ser visto na Figura 4, deve ser realizado não somente pelo trabalhador,
mas também pelo patrão. Condição já estabelecida pela NR10, preconizando as
condições mínimas exigidas para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores.
A
partir desses estudos, são realizadas adaptações que visam melhorar a
postura na hora de trabalhar, diminuindo a exposição ao ruído e vibração,
evitando os movimentos repetitivos e esforços em excesso, que são
executados diariamente nas diversas atividades (funções). A ergonomia cognitiva
tem um papel fundamental neste processo, e viabiliza respostas para muitos dos
problemas cotidianos principalmente daquele trabalhador rural que opera tratores e
máquinas agrícolas (VILAGRA, 2009).
Mas, não são somente as atividades físicas que são estudadas pela ergonomia.
O excesso de calor faz com que a temperatura do corpo aumente, e transtornos
podem ocorrer. Na medida em que o corpo retém o calor, a pessoa começa a perder
sua capacidade de concentração e, como consequência, torna-se vulnerável aos
acidentes de trabalho. Enfim, estes e outros pontos importantes são analisados pela
ergonomia, proporcionando a você, trabalhador, funcionalidade no trabalho, maior
tempo ativo, aumento de produtividade e melhor qualidade de vida, além de evitar
danos à sua saúde.
O
s pares de opostos que se mostram mais fortemente divergentes após
uma atividade (trabalho) fatigante são, preferencialmente, demonstrados
nestes oito sistemas: Descansado-Cansado; Sonolento-Desperto; Vigoroso-
Esgotado; Fraco-Forte; Energético-Apático; Estimulado-Desanimado; Interessado-
Desinteressado; Atento-Distraído. Um estudo e uma adequação desses pares de
opostos (pelo empregador) podem evitar diversas doenças ocupacionais; que muitas
vezes levam ao afastamento (do empregado) de seu local de trabalho. Sobre essas
doenças, vamos explicar melhor na Unidade 4.
Para a minha, para a nossa (...) e para a sua segurança ergonométrica: execute
suas atividades sempre em posição confortável, quando o assento está alto, a pressão
nos músculos da coxa pode provocar câimbras, isso serve tanto para o trabalhador no
escritório quanto no trator. Exerça seu trabalho dentro das suas limitações, não exija
demais dos seus músculos, no caso de maquinários; as alavancas e chaves de boca,
foram criadas justamente para multiplicar a força do homem: use-as sempre que
precisar. Mantenha-se em movimento constante, o movimento do corpo no trabalho
dinâmico ajuda a circulação sanguínea, exercita uma grande variedade de músculos
e é mais indicado do que o trabalho parado ou com pouco movimento (ABERGO,
2017).
Por fim, mas não como ação laboral final: faça sempre que puder, pausas
frequentes e curtas, elas são mais eficazes na recuperação das energias, do que as
longas e raras. Caro estudante, nosso corpo tem certas características e limitações
de ordem fisiológica, posso citar como exemplo: o tônus muscular, que vai estar
Alessandro Costa da Silva 35
diretamente relacionada com sua força; a eficiência metabólica, quanto de alimento
é usado para fazer seu metabolismo funcionar bem; a resistência a certas doenças,
que está diretamente relacionada a fatores nutricionais e finalmente: uma boa hora
de sono e de descanso, que vão estar associadas a sua disposição e a todas as
externalidades que são exigidas pelo seu corpo durante a sua jornada de trabalho.
Resumo
Objetivos
• Entender o motivo pelo qual algumas atividades laborais no campo
podem acarretar em prejuízos na saúde do trabalhador rural;
V
amos iniciar esta Unidade, comentando que as doenças no campo podem
ter como causa diversas fontes, desde a falta de saneamento básico na
propriedade até problemas de sanidade animal, que podem acarretar de forma
direta em doenças orgânicas (físicas) no trabalhador por meio de uma diversidade de
Alessandro Costa da Silva 38
vetores; e indireta por meio de síndromes depressivas causadas pela perda (morte)
de seus animais. A depreciação da saúde tanto física quanto mental pode ter como
consequências doenças agudas, sintomas fortes, mas passageiros; ou crônicas,
sintomas leves, mas persistentes.
Daí reside o fato das atividades laborais no ambiente rural serem uma das
mais regulamentadas do Brasil. Além do Ministério da Agricultura e Abastecimento
(MAPA), do Ministério da Saúde (MS), e do Ministério do Meio Ambiente (MMA) ainda
está sob constante vigilância do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por causa
dos episódios infelizes envolvendo “trabalho escravo”. Claro, que a vigilância e o
controle da segurança desses trabalhadores rurais perpassam, também, por diversos
órgãos das chamadas esferas estaduais e municipais.
Alessandro Costa da Silva 39
4.2 Formas de mitigação
No que diz respeito aos riscos ambientais que um trabalhador rural está
submetido e que podem acarretar em doenças são abrangentes e diversos, podendo
causar doenças e transtornos. Mais detalhes podem ser obtidos por meio do CID
10, que é Comissão de Informação de Doenças (MS, 2017). Muito embora alguns
(patrões) ainda não acreditem, o trabalhador rural também está exposto.
Para saber mais sobre as doenças de pele acesse ao sítio: http:// www.
dermatologia.net/ novo/base/doencas_pele. shtml#letrad. A exposição às
radiações solares por longos períodos, sem observar pausas e as reposições
calóricas e hídricas necessárias, desencadeia uma série de problemas de saúde,
tais como câimbras, síncopes, exaustão por calor, envelhecimento precoce e
câncer de pele.
Outra situação, embora não seja grave, mas é muito comum, é a exposição
térmica. A presença (no local de trabalho) de calor excessivo por longos períodos,
pode ocasionar câimbras musculares e sudorese em demasia. No que diz respeito às
questões musculares, problemas como Ler e Dort (Lesões por Esforços Repetitivos
e Doenças Osteomusculares Relacionadas com o Trabalho).
Um risco a que o trabalhador rural está sujeito e que antes (20 anos atrás)
não era associado como doença é a exposição aos agentes biológicos como por
exemplo, a dos grãos armazenados; sejam a céu aberto ou em silos fechados. Como
você já deve ter percebido a estocagem de grãos de milho, arroz e soja em silos é
mais preocupante porque além dos riscos biológicos existe possibilidade de explosão
por causa dos gases liberados pela fermentação.
C
aso um trabalhador rural seja contaminado por produtos químicos, seja
agrotóxico ou fertilizante, deve-se lavar o acidentado, vestir roupa limpa e
encaminhá-lo imediatamente para o hospital. Mesmo que a intoxicação
seja acidental e de leve dano, ainda assim deve-se avisar a Vigilância Sanitária e
Ambiental da sua região e ligar para o telefone de emergência do fabricante. Nesse
Alessandro Costa da Silva 44
contato, deve-se informar o nome e idade do paciente, o nome do médico e o telefone
do hospital.
Por fim queria avisar, a você caro estudante, que as doenças outrora
chamadas de “ocupacionais” e hoje melhor definidas como “doenças do trabalhador”
incluem uma diversidade. A lista dessas doenças que incluem aquelas provocadas
por agentes químicos e físico, infecciosas e parasitárias, do aparelho respiratório,
cutâneas e outras; estão definidas e preconizadas no Decreto Regulamentar No 6 de
2001, que foi revisto por meio do Decreto No 76 em 2007.
Resumo
Objetivo
• Conhecer a importância do uso de equipamentos de proteção
individual, EPIs, no ambiente rural e a utilização desses equipamentos
no trabalho com maquinários na manipulação de produtos químicos
perigosos.
S
em sombra de dúvidas que, as atividades de risco exercidas pelo trabalhador
rural, existem algumas em que, o uso compulsório de Equipamentos
de Proteção Individual (EPI), não podem deixar de existir como: o uso de
maquinários e a manipulação de agrotóxicos e fertilizantes. Esses equipamentos
Alessandro Costa da Silva 49
(EPI), já preconizados na NRR4, são fundamentais para reduzir o risco de acidentes e
claro: absorção do produto tóxico pelo organismo, protegendo a saúde do trabalhador.
Também é bom lembrar que todos veículos que transportam produtos perigosos
devem portar um kit de emergência e pelo menos um conjunto completo de EPI
(equipamentos de proteção individual) para cada pessoa (motoristas e ajudantes).
Deste modo, a presença de pessoas estranhas (caronas) pode resultar em “infração
de transporte”, além de colocar em risco a vida do trabalhador.
Figura 5 – Representação das principais vias de contaminação: oral, dérmica, respiratória e ocular
No que tange as vestimentas, essas devem ser usadas sobre a roupa comum
(bermuda e camisa de algodão) para aumentar o conforto e permitir a retirada em
locais abertos. A calça deve ter um reforço extra na perna com material impermeável
(perneira); os cordões da calça e do jaleco devem estar bem ajustados e guardados
para dentro da roupa. Para proteger os pés e parte inferior da perna deve-se utilizar
botas, e ficar atento para o tipo de material que este tipo de proteção. As botas para
uso na agricultura, especialmente quando estamos aplicando agrotóxicos, devem ser
de PVC, de preferência brancas. Botinas de couro não são recomendadas, pois não
são impermeáveis e encharcam facilmente. A bota deve ser usada com meia. A barra
da calça deve ficar para fora do cano para o produto não escorrer para os pés.
Alessandro Costa da Silva 51
O avental protege o corpo durante o preparo da calda, e durante a
pulverização com equipamento de pulverização costal ou mangueira; deve ser de
material impermeável e de fácil fixação nos ombros; O comprimento deve ser até
a altura dos joelhos, na altura da perneira da calça. A máscara evita a inalação de
vapores orgânicos, névoas e partículas finas através das vias respiratórias; Existem
basicamente dois tipos de respiradores: sem manutenção (chamados descartáveis)
e os de baixa manutenção, que possuem filtros especiais para reposição; Os
respiradores devem sempre possuir carvão ativado; O aplicador deve estar barbeado
para permitir que o respirador fique encaixado perfeitamente na face.
hidrossolúvel
Termonebolização
Calça hidrorrepelente
Jaleco hidrorrepelente
Já a limpeza das Luvas e botas, essas devem ser lavadas com água e sabão
abundantemente. Os Respiradores, por sua vez, devem ser mantidos conforme
instruções específicas que acompanham cada modelo, aqueles respiradores
“duráveis” que possuem filtros especiais para reposição devem ser higienizados e
armazenados em local limpo. Os Filtros que ainda podem ser usados (não saturados)
devem ser envolvidos em uma embalagem limpa para diminuir o contato com o ar.
As viseiras faciais devem ser lavadas com água e sabão neutro. Utilizar pano macio
para não riscar ou conforme procedimentos descritos no manual de instruções
do fabricante. Os Jalecos, as calças, as toucas árabes e os aventais devem ser
higienizados conforme indicado nas etiquetas dos produtos e nos respectivos manuais
de instruções (FUNDACENTRO, 2017).
Por fim queria lembrar a você, caro estudante, o uso correto de EPIs vem
evoluindo rapidamente, mas continua exigindo treinamento e reciclagem de
conhecimentos contínuos dos produtores rurais, empregadores, empregados e demais
profissionais do agronegócio. Os empregadores que simplesmente disponibilizam
EPIs não têm como garantir a proteção da saúde dos trabalhadores, nem como
evitar possíveis contaminações. Incorretamente utilizados, os EPIs podem, inclusive
comprometer ainda mais a segurança dos trabalhadores.
Objetivos
• Conhecer a Norma Regulamentadora 31, bem como suas especificidades
e peculiaridades;
U
ma das principais consequências da mecanização no ambiente rural foi à
substituição do trabalho braçal pelo trabalho auxiliado pelas máquinas. Por
outro lado, a introdução desses implementos e maquinários ampliou os tipos
de acidentes a que estes trabalhadores estão sujeitos. É claro que esse “aumento”
Alessandro Costa da Silva 58
dos acidentes não se relaciona com quantidade, mas qualidade. Diversas empresas
que comercializam maquinários agrícolas apresentam certificados de qualidade e
durabilidade (MASSEY FERGUSON, 2001).
Fonte: https://www.caseih.com/latam/pt-br
É importante que você tenha em mãos para ler toda a norma NR 31; é muito fácil
adquiri-la, basta acessar ao síte <http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/
nr/nr31.htm>.
Além da NR 31, ponto focal desta Unidade, outra norma muito importante é a NR
9, que trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), se quiser
acessar outras normas visite o sítio http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-
regulamentadoras-1.htm. É interessante que você conheça também a norma
OHSAS 18001:2007, que trata do Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no
Trabalho. Essa norma se aplica a qualquer organização que almeje entre outros,
eliminar ou minimizar riscos às pessoas e a outras partes interessadas que
possam estar expostas aos perigos. Caso você tenha curiosidade sobre esse
sistema de gestão da segurança, acesse ao sítio: www.isotec-quality.com.br/
normas/ohsas_18001.pdf
Fonte:https://www.cpt.com.br/cursos-administracaorural/artigos/acidente-de-trabalho-rural-
cuidados-quanto-a-utilizacao-de-ferramentas-e-equipamentos
M
as não se tem dúvidas: os acidentes trazem desconfortos mesmo é para
o trabalhador e para sua família. Esse problema é agravado no meio rural,
onde se concentra uma alta taxa de trabalhadores sem registro e, portanto,
desamparados (desassistidos) pelos órgãos de assistência social e saúde pública.
Alessandro Costa da Silva 63
Muitas vezes o trabalhador rural exerce uma atividade que não foi bem instruído, e
quando se trata de maquinários, principalmente tratores e motosserras, os transtornos
e danos são maiores.
Atenção! Clique em cima das palavras e verá algumas instruções para o uso de
trator e motosserra, que o trabalhador rural deve seguir para manter sua segurança
e preservar sua saúde. Observe:
• Nunca deixe outras pessoas subirem no trator ou nos implementos e nem permanecerem
próximos à área de trabalho;
• Cuidado ao retirar a tampa do radiador quando o motor estiver quente; Antes de iniciar
o trabalho verifique o perfeito funcionamento de todos os instrumentos e mecanismo de
controle;
• Em declives utilize a mesma marcha que seria utilizada para subir. Nunca desça em
ponto morto ou com a embreagem desacoplada;
• Ao operar em terrenos com curvas ou próximo a tocos, pedras etc., observe sempre a
largura do implemento;
• Corte a madeira sempre que possível de cima para baixo; Procure sempre uma posição
firme e segura durante o trabalho;
• Não trabalhe com o corpo muito inclinado para a frente e não corte acima da altura dos
ombros;
• Tome cuidado especial, quando o sabre tiver que ser colocado num corte já iniciado;
• Atente para as condições da madeira e para as forças que podem fechar a fenda do corte
e, com isto, prender a corrente. Trabalhe somente com a corrente corretamente afiada e
tensionada e caso vá manuseá-la, nunca: Testar ou regular a corrente com o motor em
funcionamento;
C
omo visto, os acidentes de trabalho (com maquinários) mais comuns na
área rural são os cortes, dilacerações e contusões. Por causa da dificuldade
de primeiros socorros imediato, estes ferimentos podem infeccionar e se
transformarem em graves. Daí a necessidade de se ter a caixa de primeiros socorros
em cada posto de trabalho. E, sempre usando os equipamentos de segurança
adequados para cada situação.