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GABARITO
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QUESTÃO 1

º
Comentário: O Estatuto da Advocacia e da OAB prevê em seu art. 7 , inciso XIV que constitui direito

do advogado "examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem

procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento,

ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou

digital".

Desta forma, correta a alternativa letra “B”.

QUESTÃO 2

Comentário: De acordo com o art. 10, caput, e §1º, do Estatuto da OAB, "a inscrição principal do
advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu

domicílio profissional, na forma do regulamento geral. Considera-se domicílio profissional a sede

principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do

advogado".

 O §3° do referido art. ainda estabelece que "no caso de mudança efetiva de domicílio profissional
para outra unidade federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o

Conselho Seccional correspondente".

Sendo assim, o domicílio profissional do advogado é o que determina o local de sua inscrição

principal.

Correta, portanto, a assertiva letra “B”.

QUESTÃO 3

Comentário: Como o advogado Lorenzo já era sócio da sociedade "ABC Advogados Associados",

com sede em Fortaleza e filial em João Pessoa, ele não poderia aceitar o convite para integrar os

quadros da sociedade "WYZ Advogados Associados", com sede em João Pessoa, pois a empresa em

que ele trabalhava já tinha uma filial neste local, sendo vedado ao advogado integrar mais de uma

sociedade de advogados, com sede ou filial, na mesma área territorial do respectivo Conselho

Seccional. É o que prevê o art. 15, §4°, do Estatuto da OAB, in verbis:


Art. 15, §4°. Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais
de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de

advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial

do respectivo Conselho Seccional.

Estando correta, portanto, a assertiva letra “D”.

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QUESTÃO 4

Comentário: A questão faz referência ao disposto no art. 14, do Regulamento Geral da OAB, segundo

o qual:

Art. 14. Os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente do exercício da advocacia e

só acidentalmente da relação de emprego, não integram o salário ou a remuneração, não podendo,

assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários.

Correta, portanto, a assertiva letra “B”.

QUESTÃO 5

Comentário: Mesmo assumindo o cargo de procurador municipal, Gustavo continuará exercendo

atividade advocatícia, no entanto, esta será limitada a função que exerce, qual seja, a de advogado

do município, conforme previsão contida no art. 29 do Estatuto da OAB, confira:

Art. 29. Os Procuradores Gerais, Advogados Gerais, Defensores Gerais e dirigentes de órgãos

jurídicos da Administração Pública direta, indireta e fundacional são exclusivamente legitimados para

o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura.

Sendo assim, não há que se falar em caso de impedimento, suspensão ou cancelamento da inscrição,

o que torna a alternativa letra “D” correta e, portanto, gabarito da questão.

QUESTÃO 6

Comentário: Correta a alternativa letra "D", nos termos do art. 46 e parágrafo único do Código de

Ética e Disciplina da OAB, abaixo transcrito:

Art. 46. A publicidade veiculada pela internet ou por outros meios eletrônicos deverá observar as

diretrizes estabelecidas neste capítulo.

Parágrafo único. A telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo de publicidade, inclusive

para o envio de mensagens a destinatários certos, desde que estas não impliquem o oferecimento de

serviços ou representem forma de captação de clientela.

QUESTÃO 7

Comentário: De acordo com o art. 34, I, do Estatuto da OAB, a atuação do profissional suspenso de

suas atividades configura infração disciplinar punível com pena de censura (art. 36, I).

Art. 34. Constitui infração disciplinar:

I - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício

aos não inscritos, proibidos ou impedidos.

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Art. 37, §1°. A suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício profissional, em todo o
território nacional, pelo prazo de trinta dias a doze meses, de acordo com os critérios de

individualização previstos neste capítulo.

Art. 36. A censura é aplicável nos casos de:

I - infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34.

Ainda, o art. 74 do mesmo Estatuto prevê que o advogado suspenso ou excluído devolva os

documentos de identificação, vejamos:

Art. 74. O Conselho Seccional pode adotar as medidas administrativas e judiciais pertinentes,

objetivando a que o profissional suspenso ou excluído devolva os documentos de identificação.

Correta, portanto, a assertiva letra “C”.

QUESTÃO 8

Comentário: As competências referidas nas alternativas A, B e C são, de fato, atribuídas ao Conselho

Federal da OAB, de acordo com o art. 54, incisos II, III e V, do EAOAB.

Porém, a competência prevista na letra D da questão não é atribuída ao Conselho Federal, mas sim

ao Conselho Seccional da OAB, que poderá editar seu regimento interno e resoluções, conforme

prevê o art. 58, inciso I, do Estatuto da OAB, in verbis:

Art. 58. Compete privativamente ao Conselho Seccional:

I - editar seu regimento interno e resoluções.

Gabarito letra "D".

QUESTÃO 9

Comentários: Correta letra B. Os conceitos de justiça comutativa e distributiva de Aristóteles, foram

incorporados por Santo Tomás de Aquino em sua obra. A justiça comutativa age de maneira corretiva

ou reparadora nas relações entre os indivíduos, principalmente quando há abuso. Já a justiça

distributiva tem relação com a igualdade em sentido material, com a distribuição de bens pela

sociedade, isto é, decorre da divisão política de bens pela comunidade.

QUESTÃO 10

Comentário: Para Kelsen, na aplicação do Direito por um órgão jurídico, a interpretação cognoscitiva

combina-se a um ato de vontade em que o órgão aplicador efetua uma escolha entre as

possibilidades reveladas através daquela mesma interpretação cognoscitiva. Com este ato, ou se

produz uma norma de escalão inferior, ou é executado um ato de coerção estatuído da norma

jurídica que se está aplicando.

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Neste ponto, importante acrescentar que, para o filósofo, é esse ato de vontade que distingue a

interpretação jurídica feita pelo órgão aplicador do Direito de toda e qualquer outra interpretação.

Isso porque a interpretação feita pelo órgão aplicador do Direito é sempre autêntica, isto é, criadora

de Direito. (FONTE: KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 8ª edição; 3ª triagem. São Paulo: Editora
WMF Martins Fontes, 2012.).

Gabarito letra "B".

QUESTÃO 11

Comentário: Letra A: errada. O Prefeito não é legitimado para propor ADPF perante o STF. Os

legitimados a propor ADPF estão relacionados no art. 103, CF/88.

Letra B: correta. A lei municipal pode ser objeto de ADPF perante o STF. Além disso, também é

possível que seja realizado o controle incidental de constitucionalidade da Lei Municipal perante o

STF.

Letra C: errada. É possível, sim, que leis municipais sejam objeto de controle de constitucionalidade

perante o STF. Isso será feito por meio de ADPF.

Letra D: errada. As leis municipais não podem ser objeto de ADI perante o STF. A ADI ajuizada no STF

tem como objeto leis ou atos normativos federais e estaduais.

QUESTÃO 12 

Comentário: Letra A: correta. A fixação do número de Vereadores deve ser feita pela Lei Orgânica (e

não por resolução). Assim, é inconstitucional a resolução que fixa o número de Vereadores. Também

é inconstitucional a Lei Orgânica, por delegar tal competência para a Resolução.

Letra B: errada. Não há qualquer violação ao princípio da separação de poderes.

Letra C: errada. Segundo o art. 29, IV, alínea “d”, nos municípios de mais de 50.000 e de até 80.000

habitantes, a Lei Orgânica irá fixar o número máximo de 15 Vereadores. Assim, é possível que a Lei

Orgânica fixe o número de 12 Vereadores.

Letra D: errada. As resoluções legislativas são atos normativos primários e podem ser objeto de

controle de constitucionalidade.

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QUESTÃO 13

Comentário: "O Supremo Tribunal Federal fixou jurisprudência no sentido de que não há direito

adquirido à regime jurídico-funcional pertinente à composição dos vencimentos ou à permanência do

regime legal de reajuste de vantagem, desde que eventual modificação introduzida por ato

legislativo superveniente preserve o montante global da remuneração, não acarretando decesso de

caráter pecuniário. Precedentes."

[RE 593304 AgR, rel. min. Eros Grau, 2 ª T, j. 29-9-2009, DJE 200 de 23-10-2009.]


Complementando: Não se pode alegar direito adquirido nos seguintes casos:

a) Normas constitucionais originárias. As normas que “nasceram” com a CF/88 podem revogar

qualquer direito anterior, até mesmo o direito

adquirido.

b) Mudança do padrão da moeda.

c) Criação ou aumento de tributos.

d) Mudança de regime estatutário. Esse é o caso da questão.

Portanto a alternativa correta está na letra A.

QUESTÃO 14

Comentário: 1) João, por ser juiz de direito, deve ter sua reclamação recebida pelo CNJ.

Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 membros com mandato de 2 anos,

admitida 1 recondução, sendo:  

III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive

contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que

atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e

correcional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção,

a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço

e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; 

2) José, por ser promotor de justiça, deve ter sua reclamação recebida pelo CNMP.

Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de 14 membros nomeados pelo

Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal,

para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo:    

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III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou

dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e

correcional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a

disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e

aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;

3) Ambos gozam da garantia da vitaliciedade, portanto, em regra, não podem ser demitidos, salvo

por decisão transitada em julgado.

Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:

I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a

perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos

demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;

Art. 128 § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos
Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério

Público, observadas, relativamente a seus membros:

I - as seguintes garantias: a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo

senão por sentença judicial transitada em julgado;

Lembrando que o CNJ não pode aplicar pena de demissão. Portanto o gabarito da questão é a letra

B.

QUESTÃO 15 

Comentário: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da

Constituição, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente: (...)

e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal

ou o Território;

Já os crimes políticos do Presidente da República são julgados pelo STF por competência RECURSAL,

sendo inclusive por meio do RO.

Art. 102, II, CF - julgar, em recurso ordinário: (...)

b) o crime político;

Conforme o exposto, o gabarito da questão está na letra C.

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QUESTÃO 16 

Comentário: A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Sabemos que é legítima a

fixação da pensão alimentícia. No que toca à prisão civil, temos a súmula 309 do STJ: “O débito

alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações

anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo". O verbete foi

acolhido expressamente pelo art. 528, § 7º do CPC.


A alternativa B está incorreta. De fato, o art. 7º, inciso IV da CRFB veda a vinculação do salário-

mínimo, mas acontece que, para o STF, a sua utilização como base de cálculo do valor da pensão

alimentícia não ofende a Constituição, haja vista que a prestação “tem por objetivo a preservação

da subsistência humana e o resguardo do padrão de vida daquele que a percebe, o qual é

hipossuficiente e, por isso mesmo, dependente do alimentante, seja por vínculo de parentesco, seja

por vínculo familiar". É nesse sentido, inclusive, a redação do art. 533, § 4º do CPC: “A prestação
alimentícia poderá ser fixada tomando por base o salário-mínimo".

A alternativa C está incorreta.  A prisão não é ilegítima

º
A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 5 , inciso LXVII da CRFB “não haverá prisão civil

por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação

alimentícia e a do depositário infiel". Acontece que o pacto de São José da Costa Rica considera

ilícita a prisão civil do depositário infiel, tendo o STF editado a súmula vinculante 25 nesse sentido.

Portanto, atualmente só temos uma hipótese de prisão civil: a do devedor de alimentos.

QUESTÃO 17 

Comentário: O caso relatado no enunciado é uma situação típica a ser amparada por um dos

remédios constitucionais previstos na CF/88. Considerando as características do enunciado, temos

que a situação pode ser resolvida por um mandado de injunção, que deverá ser concedido, de

º
acordo com o art. 5 , LXXI, "sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício

dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e

à cidadania". Sendo assim, a alternativa correta da questão é a letra A.

QUESTÃO 18

Comentário: Essa questão exige além do conhecimento da própria Convenção de Direitos Humanos,

uma leitura do Estatuto da Corte Interamericana de Direitos Humanos.

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.  Conforme o art. 30 da Corte Interamericana

de Direitos Humanos.

A alternativa B está errada, pois de acordo com o art. 68 da Convenção:

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1.         Os Estados Partes na Convenção comprometem-se a cumprir a decisão da Corte em todo

caso em que forem partes.

            

2.         A parte da sentença que determinar indenização compensatória poderá ser executada no

país respectivo pelo processo interno vigente para a execução de sentenças contra o Estado.

A alternativa C está errada, pois o Art. 30 da Corte Interamericana determina: A corte submeterá a

Assembleia Geral da OEA, em cada período ordinário de sessões, um relatório de suas atividades no

ano anterior. Indicará os casos em que um Estado não houver dado cumprimento as suas sentenças.

A letra D está errada, pois as sentenças proferidas por tribunais internacionais dispensam a

homologação pelo STJ; o exequatur, só para lembrar, é a ordem autorizadora para cumprimento de

cartas rogatórias no Brasil.

QUESTÃO 19

Comentário: Correta a alternativa letra "C", pois condiz com o previsto no art. 1° do Protocolo

Facultativo à Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou

Degradantes, e com o art. 9°, I, da Lei n° 12.847/13. Vejamos:

Artigo 1

O objetivo do presente Protocolo é estabelecer um sistema de visitas regulares efetuadas por órgãos

nacionais e internacionais independentes a lugares onde pessoas são privadas de sua liberdade, com

a intenção de prevenir a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes.

Art. 9 º Compete ao MNPCT:


I - planejar, realizar e monitorar visitas periódicas e regulares a pessoas privadas de liberdade em

todas as unidades da Federação, para verificar as condições de fato e de direito a que se encontram

submetidas.

QUESTÃO 20

Comentário: Conforme prevê o art. 4° e inciso X da CF/88, a concessão de asilo político é um dos

princípios que regem as relações internacionais do Brasil, podendo ser concedido àqueles que são

perseguidos por suas opiniões políticas, situação racial, ou convicções religiosas no seu país de

origem.

O asilo no Brasil pode ser de dois tipos:

a) diplomático – quando o requerente está em país estrangeiro e pede asilo à Embaixada brasileira;

ou

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b) territorial – quando o requerente está em território nacional.

Se concedido, o requerente estará ao abrigo do Estado brasileiro, com as garantias e proteções

devidas. (Fonte: http://www.portalconsular.itamaraty.gov.br/asilo-no-brasil)

O entendimento corrente é no sentido de não aceitação dos pedidos de asilo diplomático em

repartições consulares, sendo a embaixada o local apropriado para tais pedidos.

Assim, como não há previsão para asilo consular, é correto afirmar que, no caso concreto, o

requerimento de asilo diplomático feito pelo indivíduo ao consulado da França no Recife não poderá

ser concedido.

Correta, portanto, a assertiva letra “B”.

QUESTÃO 21

Comentário: Conforme previsão do art. 105, I, alínea "i", da CF/88, "compete ao Superior Tribunal de

Justiça processar e julgar, originariamente, a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão

de exequatur às cartas rogatórias".

Por sua vez, o cumprimento da carta rogatória é de competência da Justiça Federal, de acordo com

o art. 109, X, da CF/88. Vejamos:

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória,

após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à

nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização.

Estando correta, portanto, a assertiva letra “A”.

QUESTÃO 22

Comentário: A letra A é o gabarito da questão. Sua denominação jurídica é irrelevante para a

determinação da Norma Jurídica. Dessa forma, a definição de taxa exige que seu FG seja, ou o

exercício do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço e bens públicos,

específicos e divisíveis, prestado ao contribuinte ou posto à disposição dele. Assim, por incidir a

suposta “taxa” sobre manifestações de riquezas, temos, na realidade, um imposto inconstitucional,

tendo em vista que não é franqueado aos estados competência para instituir impostos residuais,

sendo competência da união, por LC. Portanto, afronta a competência tributária.

A letra B está incorreta. A base de cálculo, de fato, é imprópria, tendo em vista que uma taxa não

pode ter base de cálculo IDENTICA a de um imposto, assim como dispõe os arts. 145, §2º, da CF, 77,
do CTN. O que não proíbe que seja usado ELEMENTOS de impostos na base de cálculo de taxas,

assim como dispõe a SV. 29 do STF.

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A letra C está incorreta. É caso de empréstimo compulsório.

A letra D está incorreta. De acordo com o art. 4 º do CTN, a denominação jurídica é irrelevante para
determinar a NJ do tributo, sendo de observância apenas o FG, em cotejo, em alguns casos

(doutrina), com a base de cálculos.

QUESTÃO 23

Comentário: A questão cobra o tema da solidariedade tributária trazendo um caso de propriedade

em condomínio. Diz o enunciado que um determinado imóvel é objeto de propriedade de três

pessoas distintas, cada uma titularizando quotas em partes iguais. Dito de outra forma, cada uma

das irmãs é coproprietária de parte do imóvel na razão de 33,33%. 

Assim, a questão quer saber qual será o reflexo no direito tributário desta propriedade em

condomínio, perguntando acerca da responsabilidade de cada coproprietária sobre o IPTU incidente

na propriedade deste bem imóvel.

Uma leitura apressada da legislação tributária poderia fazer supor que cada coproprietária estaria

obrigada apenas a quitar parcela do imposto referente à extensão do seu direito de propriedade.

Contudo, nada se afastaria mais da realidade por conta do instituto da responsabilidade solidária,

incidente no caso.

Dispõe o art. 124, do CTN, que:

"São solidariamente obrigadas:

I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação

principal;

 II - as pessoas expressamente designadas por lei."    

Por conta do instituto da solidariedade, o valor total do tributo em questão (IPTU) poderá ser cobrado

de qualquer uma das irmãs, independentemente do fato de que cada uma, individualmente, não

possua a propriedade de todo o imóvel. A solidariedade implica na possibilidade do credor poder

cobrar a totalidade do crédito de qualquer devedor solidário, devendo depois, aquele que pagou a

dívida integralmente, reaver o que pagou em excesso dos demais devedores solidários. 

Assim, o Fisco municipal, diante de eventual ausência de pagamento, poderá inscrever o nome dos

contribuintes inadimplentes em dívida ativa e depois ajuizar a ação de cobrança em juízo contra um

ou todos os devedores solidários. Dessa forma, a alternativa correta está na letra C da questão.

QUESTÃO 24

Comentário: O conhecimento cobrado nesta questão é bem simples e se refere à norma contida no

art. 160, do CTN. O tema é o tempo do pagamento do crédito tributário, ou seja, o seu vencimento. A

regra é que a legislação pertinente ao tributo traga esta informação, todavia, caso não haja previsão

expressa nesse sentido, trouxe o CTN uma norma geral a ser aplicável nesses casos.

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CTN, art. 160 - Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do

crédito ocorre 30 (trinta) dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do

lançamento.

31 de outubro + 30 dias = 30 de novembro.

A alternativa “A” está incorreta.

É incorreto afirmar que o vencimento se daria em qualquer data, desde que anterior a 31 de

dezembro daquele mesmo ano. Há que existir uma data precisa para que seja considerado em mora

o contribuinte inadimplente.

A alternativa “B” está incorreta.

Não há fundamento legal para que se afirme que o vencimento se dará na data do vencimento dos

outros impostos cobrados pelo mesmo ente da Federação, por aplicação da analogia.

A alternativa “C” é o gabarito.

Deveras, o vencimento ocorrerá em 30 de novembro do mesmo ano, em razão da aplicação da norma

acima, independentemente do vencimento dos outros impostos cobrados pelo mesmo ente da

Federação.

A alternativa “D” está incorreta.

É incorreto afirmar que o vencimento se daria em qualquer data, desde que não ultrapasse o dia 31

de outubro do ano seguinte, pelo motivo exposto acima

QUESTÃO 25

Comentário: O princípio da Uniformidade Geográfica da Tributação Federal significa que há a

proibição para a União criar um tributo que não seja igual em todo território nacional.

“Art. 151. É vedado à União:

I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou

preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro,

admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento

socioeconômico entre as diferentes regiões do País.”

obs.1. O legislador quis evitar a desigualdade que poderia ocorrer pela União em relação a

algum Estado-Membro, DF ou munícipio.

obs.2. O legislador fez uma ressalva ao permitir que poderá permitir concessões fiscais a REGIÕES, e

não a Estados, DF ou municípios. O caso concreto permitia alíquota reduzida para um Estado, o que

é expressamente vedado.

Dito isso, fica claro observar que o gabarito da questão é a letra C.

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QUESTÃO 26

Comentário: A – Errada. Mateus será exonerado apenas da parte isenta de Vitor. Isso porque na

solidariedade, qualquer das partes pode responder pela totalidade da obrigação, mas neste caso

específico da isenção pessoal de Vitor, o saldo restante continua na responsabilidade de Mateus. Art.

125, II, CTN.

B – Correta. A Isenção pessoal de um não é aproveitada pelos demais responsáveis solidários,

conforme art. 125, II, CTN.

C– Errada. O erro é dizer que Mateus fica responsável pela integralidade da obrigação, já que o art.

125, II, CTN, responsabiliza os demais apenas pelo saldo, ou seja, pelo valor restante, descontada a

parte isenta.

D– Errada. Do que adiantaria a lei de isenção, se Vitor, mesmo preenchendo os requisitos da lei, não

pudesse usufruir do benefício, por causa do caráter solidário da responsabilidade tributária?! Não há

previsão de afastamento da isenção por causa da solidariedade. Há sim, o inverso, previsto no art.

125, II, CTN.

Importante se atentar que a alternativa fez menção à uma das espécies tributárias (imposto), sendo

que no enunciado, falou-se apenas de “tributo” de forma genérica. É só um alerta para não cair em

uma armadilha da questão. No caso em tela, não visualizamos essa possibilidade, mas pode-se

confundir o raciocínio ao entrar no mérito da conceituação do tributo que sequer foi mencionado no

enunciado.

QUESTÃO 27

Comentários:

Correta letra C. Responde as demais. A questão aborda o tema dispensa de licitação, em especial

uma das hipóteses de licitação dispensável, prevista no artigo 24, inciso V: quando não acudirem

interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida, sem prejuízo para a

administração, mantidas, nesse caso, todas as condições preestabelecidas. É o que se chama de

licitação deserta. Nesse caso, a administração poderá contratar diretamente, entretanto, as

condições previstas no edital de licitação devem ser mantidas. É importante não confundir Licitação

deserta e licitação fracassada. A licitação fracassada acontece quando todos os licitantes forem

inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas. Nesse caso, a administração poderá fixar

aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras

propostas (artigo 48, §3º, Lei 8.666/93). 


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A inexigibilidade de licitação está prevista no artigo 25 da Lei 8.666/93 e acontece quando a

competição for impossível, suas hipóteses estão previstas na lei e não são taxativas, mas meramente

exemplificativas.

QUESTÃO 28           

Comentários:

Correta letra D. Judite doou para uma entidade privada, sem observar as formalidades legais, bens

pertencentes ao patrimônio público, o que configura ato de improbidade administrativa que causa

prejuízo ao erário, estampado no artigo 10, inciso III. Conforme o próprio caput do artigo 10, esse tipo

de ato de improbidade pode acontecer mesmo que não haja dolo.

Letra A – Errada. Conforme artigo 20, p. único, da LIA, a autoridade judicial ou administrativa

competente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou

função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.

Dessa forma, não é só pelo fato de estar sendo processada por um ato de improbidade que enseja o

afastamento, mas se a autoridade administrativa ou judicial entender que o afastamento é

necessário para a fase de instrução processual, não necessariamente até o trânsito em julgado. O

que depende do trânsito em julgado é a perda da função pública e a suspensão dos direitos

políticos.

Letra B – Errada. Judite cometeu ato de improbidade que causa prejuízo ao erário. Além disso, os

atos que atentam contra os princípios exigem o dolo.

Letra C – Errada. Ainda que ela comprove que não agiu com dolo, responderá por improbidade, pois

o ato em questão se concretiza por dolo ou culpa.

QUESTÃO 29

Comentários:

Correta letra D. Responde também a letra “A”. Aqueles que prestam serviços nas empresas estatais

são agentes públicos, classificados como empregados públicos, amparados pela Consolidação das

Leis do Trabalho, mediante contrato de emprego. Isso não quer dizer que eles não precisam ser

previamente aprovados em concurso público, conforme o disposto no artigo 37, II. A regra aqui é o

concurso público. Esses servidores também se submetem ao teto remuneratório do artigo 37, IX, da

CF. Entretanto, há uma peculiaridade. Se a empresa pública ou sociedade de economia mista não

receberem recursos dos entes federativos para custeio ou manutenção de pessoal, elas poderão

efetuar pagamentos acima do teto constitucional previsto para o serviço público.

Letra B– Errada. A entidade não poderá optar entre o regime estatutário e o de emprego público.

Uma vez que seus agentes são classificados como empregados públicos, regidos pela CLT, eles não

poderão ser regulados por estatuto.

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Letra C – Errada. Os empregados públicos, regidos pela CLT, não adquirem estabilidade no serviço

público.

QUESTÃO  30

Comentários:

Correta letra C. O artigo 2º da Lei 9.790/99 estabelece quais entidades não poderão receber a
qualificação como Organização da sociedade civil de interesse público, ainda que se dediquem de

qualquer forma às atividades previstas no artigo 3 º da lei (promoção da assistência social, da cultura,
educação, etc). Dentre essas entidades estão: as Organizações sociais (inciso IX) e as fundações,

sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por fundações

públicas (inciso XII), exatamente os dois casos citados na questão. Sendo assim, por expressa

vedação legal, nem a OS nem a associação poderão receber a qualificação.

QUESTÃO 31

Comentários:

Correto letra A. A questão trata da extinção do contrato de concessão de serviço público pela

encampação. Conforme o artigo 37, da Lei 8.987/95, considera-se encampação a retomada do

serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse

público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, na forma do

artigo anterior. Trata-se de uma cláusula exorbitante dos contratos administrativos, que permite ao

ente estatal extinguir a avença sem a necessidade de concordância do particular. Vale lembrar que

as cláusulas exorbitantes são prerrogativas para a administração e não para o particular. A

caducidade é a rescisão unilateral do contrato por motivo de inadimplemento do particular

contratado, isto é, o particular deixa de cumprir com as obrigações do contrato. Nesse caso, se dá

por meio de decreto do chefe do executivo, no qual se instaura processo administrativo, respeitando

contraditório e ampla defesa. Em relação a letra “b”, a decisão judicial é exigida quando a extinção

é requerida pela concessionária diante do inadimplemento do poder público. É a chamada rescisão.

Como a concessionária não pode rescindir o contrato unilateralmente, ela deve recorrer ao poder

judiciário.

QUESTÃO 32

Comentários:

Correta letra B. STF e STJ entendem que, havendo desistência de candidatos melhores classificados,

fazendo com que os seguintes passem a constar dentro do número de vagas, a expectativa de direito

se convola em direito líquido e certo, garantindo, assim, o direito a vaga disputada. 

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Então, ainda que originalmente estivesse fora do número de vagas previsto no edital, em razão da

desistência dos que estavam melhores classificados, Ricardo passou a ocupar a vaga.

QUESTÃO 33

Comentário: A letra "C" da questão é a alternativa correta, estando em conformidade com o art. 41,

inciso II, alínea c, da Lei 12.651/2012, que estabelece o seguinte:

Art. 41.  É o Poder Executivo federal autorizado a instituir, sem prejuízo do cumprimento da legislação

ambiental, programa de apoio e incentivo à conservação do meio ambiente, bem como para adoção

de tecnologias e boas práticas que conciliem a produtividade agropecuária e florestal, com redução

dos impactos ambientais, como forma de promoção do desenvolvimento ecologicamente sustentável,

observados sempre os critérios de progressividade, abrangendo as seguintes categorias e linhas de

ação:

II - compensação pelas medidas de conservação ambiental necessárias para o cumprimento dos

objetivos desta Lei, utilizando-se dos seguintes instrumentos, dentre outros:

c) dedução das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito da base de

cálculo do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, gerando créditos tributários;

Por fim, conforme previsão do art. 10, §1º, II, “a”, da lei 9.393/96, para fins de declaração do Imposto
Territorial Rural – ITR, o contribuinte deve verificar como área tributável, a área total do imóvel,

subtraindo-se as Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal, previstas no Código Florestal.

QUESTÃO 34

Comentário: De acordo com a doutrina, a Lei n. 9.605/98 constitui diversos tipos penais considerados

de perigo abstrato, ou seja, aquele que não exige a comprovação do risco ao bem protegido, pois há

uma presunção legal do perigo, e, desta forma, não há necessidade de ser provado. Assim, correta a

alternativa letra "B" que descreve com exatidão as características principais da presente lei.

Convém mencionar, ainda, alguns dispositivos da Lei de Crimes Ambientais que justificam os erros das

demais alternativas, vejamos:

De acordo com o art. 37 e inciso I, a causa excludente de antijuridicidade não ocorre na hipótese

prevista na alternativa A da questão, mas sim, quando ocorre o abate de animal em caso de

necessidade da própria família.

Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:

I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família.

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A desconsideração da pessoa jurídica, prevista na alternativa C da questão, não deve ser entendida

como uma pena, muito pelo contrário, trata-se de um mecanismo de natureza cível, utilizado na

forma do art. 4°:

Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao
ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.

Por fim, art. 22, inciso III e §3°, dispõe que a proibição de contratar com o poder público não poderá
exceder o prazo de dez anos e não de cinco, como mencionado na alternativa D da questão. Confira

a íntegra do referido dispositivo:

Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são:

III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou

doações.

§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações
não poderá exceder o prazo de dez anos.

QUESTÃO 35

Comentário:  A letra A está correta. Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da

vontade das partes.

A letra B está correta. Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de

cada um dos codevedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o

houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os codevedores.

Caso Maria tivesse satisfeito a dívida por inteiro, teria direito a exigir de cada uma dos codevedoras

a sua quota. 

A letra C está incorreta e é o gabarito da questão. Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber

de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido

parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.

A letra D está correta. Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum

destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a

obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em

relação aos demais devedores.

QUESTÃO 36

Comentário: A letra A está correta e é o gabarito da questão. A recusa do cartório é devida e as

disposições do instrumento subscrito pelas partes são inválidas, pois a lei exige escritura pública no

caso, e esta não foi feita.

A letra B está incorreta. O negócio jurídico existe, porém, é inválido, devendo ser feita escritura

pública para que possa ser válido.

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A letra C está incorreta. A compra e venda é inválida, pois falta um requisito essencial que é a

escritura pública, para a validade do negócio jurídico.

A letra D está incorreta, pois toda vez que o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro,

subsistirá este, desde que de acordo com o interesse presumível das partes.

QUESTÃO 37

Comentário: A partir do momento que Flávia se recusou a restituir o bem a João, ocorreu a

intervenção da posse, também chamado de transmudação, ou seja, a posse que era justa passou a

ser injusta, pois apresenta o vício da precariedade.

Posse precária é a posse obtida através do abuso de confiança ou de direito. Está ligada à ideia de

posse direta e indireta, no sentido de não devolução (pelo possuidor direto) ao proprietário. O vício

não se inicia com a posse, surge depois. Sendo assim, o gabarito da questão é a letra D.

QUESTÃO 38

Comentário: No divórcio é possível que o retorno do nome de solteiro seja feito em cartório. Já se a

pessoa for viúva, deverá demandar em juízo para alteração de seu registro civil. A viuvez e o divórcio

são hipóteses muito parecidas e envolvem uma mesma razão de ser: a dissolução do vínculo conjugal.

Logo, não há justificativa plausível para que se trate de modo diferenciado as referidas situações.

Assim, o dispositivo que apenas autoriza a retomada do nome de solteiro na hipótese de divórcio

deverá ser estendido também às hipóteses de dissolução do casamento pela morte de um dos

cônjuges. É admissível o restabelecimento do nome de solteiro na hipótese de dissolução do vínculo

conjugal pelo falecimento do cônjuge. STJ. 3 ª Turma. REsp 1.724.718-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi,
julgado em 22/05/2018 (Info 627)

QUESTÃO 39

Comentário: A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A hipoteca de imóvel NÃO

IMPEDE A AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE por Joyce e esse foi o entendimento do STJ no julgamento

do REsp 1.253.767: “O fato de o proprietário do imóvel ter celebrado negócio com instituição

financeira e dado o bem em garantia, depois baixada, não configura verdadeira oposição à posse

exercida por terceiros que nenhuma relação têm com aquele negócio, já que não foi adotada

nenhuma providência hábil a interromper o lapso prescricional hábil a autorizar o reconhecimento da

aquisição do domínio pela usucapião". Isso acontece porque a sentença que declarara a aquisição

do domínio por usucapião produz efeito “ex tunc", além de constituir forma de aquisição originária da

propriedade, fazendo com que desapareça a hipoteca constituída sobre o imóvel.

A alternativa B está incorreta. 

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Como forma de aquisição originária da propriedade, Joyce não deve nada a Daivson por ter

usucapido o bem.

A alternativa C está incorreta.

A alternativa D está incorreta, como já explicado na letra A. A hipoteca de imóvel NÃO IMPEDE A

AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE.

QUESTÃO 40

Comentário: A letra A está incorreta, não se trata de lesão e sim do estado de perigo.

Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a

pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente

onerosa.

Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se

obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.

A letra B está incorreta. O negócio jurídico é anulável por estado de perigo.

 A letra C está incorreta, o prazo é decadencial.

A letra D está correta e é o gabarito da questão.

Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a

pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente

onerosa.

Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico,

contado:

II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o

negócio jurídico;

QUESTÃO 41

Comentário: A letra A está correta e é o gabarito da questão. CORRETA. De acordo com o art. 1.848:

“Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o testador estabelecer cláusula de

inalienabilidade, impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima”.

A letra B está incorreta.  Conforme o art. 1.867: “Ao cego só se permite o testamento público, que lhe

será lido, em voz alta, duas vezes, uma pelo tabelião ou por seu substituto legal, e a outra por uma

das testemunhas, designada pelo testador, fazendo-se de tudo circunstanciada menção no

testamento”.

A letra C está incorreta. Segundo o art. 1.849: “O herdeiro necessário, a quem o testador deixar a sua

parte disponível, ou algum legado, não perderá o direito à legítima”.

A letra D está incorreta. Conforme o art. 1.872: “Não pode dispor de seus bens em testamento

cerrado quem não saiba ou não possa ler”.

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QUESTÃO 42

Comentário: Ana, avó materna de Yasmim, que apenas detém a guarda de fato da neta, e não a

guarda judicial, não pode se opor a mãe da menina e impedir que a criança viaje para o exterior. É o

que prevê o art. 33 do ECA. Vejamos:

Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou

adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.

Assim, sendo a avó materna apenas a guardiã de fato da criança, o pai poderá viajar com a filha,

que já possui passaporte regularizado, para o exterior, bastando apena que consiga autorização

expressa da mãe da menina, através de documento com firma reconhecida, de acordo com o 84,

inciso II, do ECA:

Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a criança ou

adolescente:

I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável;

II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de documento

com firma reconhecida.

Estando correta, portanto, a assertiva letra “B”.

Obs.: atenção para a novidade trazida pela Lei n º 13.726/2018 (Lei da Desburocratização) que
dispensa a exigência de apresentação de autorização com firma reconhecida para viagem de menor

se os pais estiverem presentes no embarque, conforme previsão do art. 3°, inciso VI.

QUESTÃO 43

Comentário: Ao chamar o professor de "velho retardado e imbecil", Lucas praticou ato infracional

análogo ao crime de injúria e por ser considerado criança, tendo em vista possuir menos de 12 anos

(art. 2° do ECA), deverá ser encaminhado ao Conselho Tutelar, de acordo com o art. art. 136, I, do

ECA:

Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:

I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as

medidas previstas no art. 101, I a VII.

Matheus também praticou ato infracional, mas análogo ao crime de ameaça. Porém, por ter 14 anos

de idade, já é considerado adolescente (art. 2° do ECA ) e, desta forma, deverá ser encaminhado à

autoridade policial, conforme prevê o art. 172 do ECA, vejamos:

Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será, desde logo, encaminhado à

autoridade policial competente.

Estando correta, portanto, a assertiva letra “D”.

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QUESTÃO 44

Comentário: Francisco, com 60 anos de idade, é considerado idoso, assim, convém analisar, em

relação ao caso, a normativa estabelecida na Lei n° 10.741/03 (Estatuto do Idoso), que prevê em seu

art. 15, §3° o seguinte:


Art. 15, §3°. É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança de valores

diferenciados em razão da idade.

Ainda, por ser considerado consumidor, é aplicável ao caso o CDC, o qual dispõe que:

Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de

produtos e serviços que:

IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em

desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade.

§1º. Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que:


II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à natureza do contrato, de tal modo a

ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual;

III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo do

contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.

Portanto, o reajuste no valor da mensalidade é abusivo e o Código de Defesa do Consumidor aplica-

se a hipótese, principalmente, por envolver interessado com amparo legal no Estatuto do Idoso.

Gabarito letra "D".

QUESTÃO 45

Comentário: O Código de Defesa do Consumidor reservou o Título II para tratar das infrações penas

nas relações de consumo. Assim, de acordo com o art. 72 do referido diploma, configura crime

"impedir ou dificultar o acesso do consumidor às informações que sobre ele constem em cadastros,

banco de dados, fichas e registros", sendo a pena prevista de detenção de seis meses a um ano ou

multa.

Estando correta, portanto, a assertiva letra “D”.

QUESTÃO 46

Comentário: Nos termos do art. 971 do CC, o empresário que tenha como principal profissão a

atividade rural tem a faculdade de registrar-se na Junta Comercial, caso em que ficará equiparado,

para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.

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QUESTÃO 47

Comentário: De acordo com o artigo 888 do CC, a omissão de qualquer requisito legal, que tire ao

escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe

deu origem. Este dispositivo traduz o princípio da abstração que rege os títulos de crédito.

QUESTÃO 48

Comentário: De acordo com o artigo 111, §1º da Lei nº 6.404/76, as ações preferenciais sem direito de
voto adquirirão o exercício desse direito se a companhia, pelo prazo previsto no estatuto, não

superior a 3 (três) exercícios consecutivos, deixar de pagar os dividendos fixos ou mínimos a que

fizerem jus, direito que conservarão até o pagamento, se tais dividendos não forem cumulativos, ou

até que sejam pagos os cumulativos em atraso.

QUESTÃO 49

Comentário: Nos termos do artigo 84, II da Lei n º 11.101/05, serão considerados créditos
extraconcursais e serão pagos com precedência sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, os

relativos a quantias fornecidas à massa pelos credores.

QUESTÃO 50

Comentário: Entende-se por cisão a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu

patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se

a companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se

parcial a versão, conforme artigo 229 da Lei n º 6.404/76.


Vale lembrar que, a incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas

por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, conforme artigo 227 da Lei n º
6.404/76; a transformação é a operação pela qual a sociedade passa, independentemente de

dissolução e liquidação, de um tipo para outro, conforme artigo 220 da Lei n º 6.404/76; e a fusão é
a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes

sucederá em todos os direitos e obrigações, conforme artigo 228 da Lei n º 6.404/76.


 

QUESTÃO 51

Comentários:

Correta letra D. Conforme artigo 21, caput e p. único, inciso I, Lei 12.016/09, o mandado de

segurança pode ser impetrado para defender os direitos líquidos e certos da totalidade ou de parte

dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas

finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.

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Letra A – Errada. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente

aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante, conforme artigo 22, Lei 12.016/09.

Letra B – Errada. Conforme artigo 25, da Lei 12.016/06, não cabe, no mandado de segurança, a

condenação ao pagamento de honorários advocatícios.

Letra C – Errada. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser coletivos ou

individuais homogêneos, nos termos do artigo 21, p. único, incisos I e II.

QUESTÃO 52

Comentários:

Correta letra A. O artigo 190 do CPC estabelece o que a doutrina denomina de negociação

processual. Sendo assim, se o processo versar sobre direitos que admitam autocomposição é lícito às

partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades

da causa e convencionar sobre seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou

durante o processo. O parágrafo único estabelece que: de ofício ou a requerimento, o juiz controlará

a validade das convenções previstas nesse artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de

nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em

manifesta situação de vulnerabilidade. No caso em tela, o contrato de compra e venda tutela direito

disponível, admitindo autocomposição. Dessa forma, as partes podem fazer acordos sobre ele,

entretanto, esses acordos não podem violar direitos fundamentais, como é o direito ao contraditório

exercido por meio da contestação. O magistrado deve, então, declarar a abusividade da referida

cláusula e invalidá-la.

Letra B – Errada. Conforme disposto no caput do artigo 190, as partes podem convencionar sobre os

seus deveres, poderes e ônus processuais, antes ou durante o processo.

Letra C – Errada. O magistrado não só pode como deve controlar a validade das convenções

estabelecidas pelas partes.

Letra D – Errada. A cláusula que dispensa o autor do dever de provar a existência do contrato é

válida, conforme artigo 190, caput. Já a que proíbe a parte de contestar, por violar direito

fundamental, é inválida.

QUESTÃO 53

Comentários:

Correta letra D. A questão aborda a temática da prova testemunhal. Nos termos do artigo 457, §1º do
CPC, é lícito à parte contraditar a testemunha, arguindo-lhe a incapacidade, o impedimento ou a

suspeição, bem como, caso a testemunha negue os fatos que lhe são imputados, provar a contradita

com documentos ou testemunhas, até três, apresentadas no ato e inquiridas em separado. 

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Ainda que sejam consideradas impedidas ou suspeitas, o magistrado pode admitir os depoimentos

delas, que serão prestados independentemente de compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor que

possam merecer, conforme artigo 447, §§4º e 5º, CPC.

QUESTÃO 54

Comentários:

Correta letra C. Responde também as letras B e D. Conforme artigo 537, caput e §1º do CPC, a multa
independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em tutela

provisória, na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a

obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito. O juiz poderá, de ofício

ou a requerimento, modificar o valor ou a periodicidade da multa vincenda (não a retroativa) ou

excluí-la, caso verifique que: se tornou insuficiente ou excessiva ou o obrigado demonstrou

cumprimento parcial superveniente da obrigação ou justa causa para o descumprimento. (Incisos I e

II). A decisão que comina astreintes não preclui, não fazendo coisa julgada, por isso ela pode ser

aumentada, reduzida ou substituída por outra medida coercitiva (REsp repetitivo 1.333.988/SP). Em

relação a letra “A”, o artigo 500 do CPC afirma que a indenização por perdas e danos dar-se-á sem

prejuízo da multa fixada periodicamente para compelir o réu ao cumprimento específico da

obrigação.

QUESTÃO 55

Comentários:

Correta letra B. Conforme dispõe o artigo 512 do CPC, a liquidação poderá ser realizada na

pendência de recurso, processando-se em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao

litigante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes.

Letra A – Errada. Conforme artigo 511, na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a

intimação do requerido, na pessoa do seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver

vinculado. Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de

pareceres ou documentos elucidativos (artigo 510).

Letra C – Errada. Conforme artigo 491, caput, se impõe a necessidade de a decisão definir desde

logo a extensão da obrigação na ação relativa à obrigação de pagar quantia, ainda que formulado

pedido genérico.

Letra D – Errada. Nos termos do artigo 509, §4º, na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou
modificar a sentença que a julgou.

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QUESTÃO 56

Comentários:

Correta letra D. É importante destacar que, nos termos do artigo 771 do CPC, o Livro II, que trata do

processo de execução e do procedimento da execução fundada em título executivo extrajudicial,

também se aplica, no que couber, aos atos executivos realizados no procedimento de cumprimento

de sentença. De acordo com a previsão do artigo 914, caput e §2º, o executado, independentemente
de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos. Na execução

por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a

competência para julgá-los é do juízo deprecante, SALVO se versarem unicamente sobre vícios ou

defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens efetuadas no juízo deprecado. Na

questão apresentada, a impugnação será devida a um vício na avaliação do imóvel realizada no juízo

deprecado, sendo assim, será ele o competente para julgamento, nos termos do artigo citado.

QUESTÃO 57

Comentários:

§6º, CPC, a extinção do processo pelo


Correta letra B. Segundo a súmula 240 do STJ c/c artigo 485,

abandono do autor depende de requerimento do réu. Além disso, conforme artigo 485, §1º, na

hipótese de abandono da causa pelo autor, ele deverá ser intimado pessoalmente (e não o

advogado) para suprir a falta no prazo de cinco dias. O magistrado não seguiu esse procedimento

previsto no CPC, o que configura erro in procedendo, sendo a sentença passível de apelação. No

pedido do recurso, o advogado deverá requerer que a sentença seja anulada, uma vez que a ré nem

sequer foi citada, logo, a causa não está madura para julgamento, o que afasta o artigo 1.013, §3,
inciso I, CPC.

QUESTÃO 58

Comentários:

Correta letra D. A intenção de Diogo era executar o aborto, mas em razão da imperícia, que decorre

do desconhecimento técnico, incapacidade ou falta de conhecimento no exercício da profissão,

Jeniffer veio a falecer, restando configurado homicídio culposo, uma vez que a imperícia é elemento

apto a configurar a culpa.

Letra A e C – Erradas. Trata-se de crime impossível em relação ao aborto, uma vez que restou

confirmado que Jeniffer nunca esteve grávida. Nos termos do artigo 17, do CP, não se pune a

tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é

impossível consumar o crime.

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Letra B – Errada. Não há intenção de matar Jeniffer por parte de Diogo, a morte foi resultado da

imperícia dele. O dolo era em relação ao aborto, que, por ser um crime impossível no caso em tela,

não se pune a tentativa, conforme artigo 17, CP.

QUESTÃO 59

Comentários:

Correta letra C. De acordo com o artigo 129, §4º do CP, se o agente comete o crime sob o domínio
de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de

um sexto a um terço. No caso da questão, Marcelo estava “enfurecido” (sob o domínio de violenta

emoção), logo em seguida a uma injusta provocação da vítima (Vagner), quando ofendeu a

integridade física dele. O que configura a hipótese do artigo 129, §4º.


Letras A e D – Errada. A agressão de Vagner já havia parado quando Marcelo se deu conta do que

aconteceu, tanto que a vítima já estava saindo do local, então, não configura legítima defesa. Para

configurar legítima defesa, o agente precisa usar moderadamente dos meios necessários para repelir

agressão injusta, atual ou iminente, conforme artigo 25, o que não aconteceu no caso em tela.

Letra B – Errada. A inexigibilidade de conduta diversa é causa supralegal de exclusão da

culpabilidade que não está prevista expressamente no CP, mas pode restar configurada quando, no

caso concreto, não é possível exigir do agente uma conduta diferente da que foi praticada por ele.

No caso da questão era sim possível esperar uma atitude diferente da que foi tomada por Marcelo.

QUESTÃO 60

Comentários:

Correta letra A. Responde as demais. O fato típico é um dos elementos do crime e se divide em:

conduta humana, resultado naturalístico, nexo de causalidade e tipicidade. Faltando um desses

elementos, não haverá fato típico e, consequentemente, não haverá crime. A questão paira sobre o

primeiro elemento do fato típico, que é a conduta. O nosso ordenamento jurídico adota a teoria

finalista, que descreve a conduta como a ação (positiva ou negativa) voluntária dirigida a uma

determinada finalidade. Então: Conduta = vontade + ação ou omissão. Logo, se um dos elementos da

conduta forem retirados, esta não existirá, o que acarreta a inexistência do fato típico. A “vontade”

aqui prevista é a de praticar o ato que acarretou o crime. No caso da questão, Carmem não teve

vontade, ela não praticou voluntariamente o ato que acarretou o crime, ele aconteceu por motivos de

força maior. Sendo assim, se não houve vontade, não houve conduta. Se não houve conduta, não há

fato típico e, consequentemente, não há crime.

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QUESTÃO 61

Comentários:

Correta letra C. O §1º do artigo 13 do CP afirma que a superveniência de causa relativamente


independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores,

entretanto, imputam-se a quem os praticou. Há condições preexistentes, concomitantes ou

supervenientes à conduta que podem auxiliá-la na produção do evento ou produzi-lo de maneira

total, absolutamente independente da conduta que se examina. Uma concausa pode ser constituída

por outra conduta ou por um fato natural e é superveniente quando se manifesta depois da conduta.

No caso em tela, trata-se de superveniência de causa relativamente independente. Nesses casos,

embora se possa estabelecer uma conexão entre a conduta primitiva (o tapa) e o resultado (morte), a

segunda causa (o rompimento do aneurisma), a causa superveniente, é de tal ordem que determina a

ocorrência do resultado, como se tivesse agido sozinha, pela anormalidade, pelo inusitado, pela

imprevisibilidade da sua ocorrência. A gravidade do rompimento do aneurisma foi grave o suficiente

para causar a morte, não há necessidade de somar ao tapa proferido. Não é esperado que alguém

morra por levar um leve tapa na cabeça, isso é inusitado, inesperado. Foi o rompimento, por si só, que

causou o resultado. Segundo Bitencout, nesses casos: “ O perigo criado pelo comportamento do

sujeito não chega ao dano final, porque uma causa superveniente determina o surgimento de um

novo perigo, de modo a determinar o dano final”. Dessa forma, o agente não responde pelo

homicídio, mas apenas pelas lesões corporais leves, que são os atos praticados anteriormente e que

constituem crimes, nos termos do artigo 13, §1º. Em relação a letra D, não pode ser lesão corporal
seguida de morte, pois o resultado mais grave (morte) deve acontecer a título de culpa e para que o

agente responda culposamente por algum crime é necessário haver previsibilidade, o que não existia

no caso narrado, já que o aneurisma era desconhecido de todos, inclusive de Rayssa, logo, afasta-se

a responsabilidade pelo crime mais grave que sobreveio, nos termos do artigo 19 do CP. Não fica,

portanto, caracterizado a figura da lesão corporal seguida de morte prevista no artigo 129, § 3º, do
Código Penal.

QUESTÃO 62

Comentários:

Correta letra D. A conduta de Paula se amolda ao tipo penal do artigo 316, caput, que é o delito de

concussão, quando o funcionário exige, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que

fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. Trata-se de delito

formal, isto é, consuma-se com a exigência da vantagem indevida pelo agente criminoso. A

percepção do proveito do crime é mero exaurimento. 

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No delito de corrupção passiva, o agente solicita, recebe ou aceita promessa de vantagem indevida,

já no delito de prevaricação, o agente retarda ou deixa de praticar indevidamente ato de ofício ou

pratica contra expressa disposição de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

QUESTÃO 63

Comentários:

Correta letra B. O artigo 171 do CP descreve a figura do estelionato como: obter, para si ou para

outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante

artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. O caso em tela se amolda perfeitamente no tipo

penal descrito, uma vez que Clara obteve a vantagem ilícita da cliente, após induzí-la a erro,

mediante o uso do ardil em se passar por atendente da loja, causando-lhe prejuízo.

Letras A e D – Erradas. Não se trata de furto simples, pois a vítima entregou voluntariamente o bem a

agente, ainda que estivesse enganada pelo ardil empregado por Clara. Da mesma forma, não é furto

qualificado, embora exista o tipo penal de furto qualificado pela fraude, não se trata dessa hipótese,

pois nela o agente emprega uma fraude para subtrair a coisa alheia e, no caso da questão, o agente

não subtrai, mas o bem é entregue a ele pelo cliente, ainda que enganado. No estelionato há

colaboração da vítima, que tem uma falsa percepção da realidade. Já no furto, o agente age

unilateralmente, isto é, ocorre subtração sem qualquer conhecimento ou consentimento da vítima.

Letra C – Errada. O delito de apropriação indébita se caracteriza pelo dolo subsequente, isto é, o

agente recebe o bem de forma legítima e, posteriormente, invertendo o título da posse, se apropria

do bem sem título jurídico lícito

QUESTÃO 64

Comentário: De acordo com o artigo 581, I do CPP, caberá recurso, no sentido estrito, da decisão,

despacho ou sentença que não receber a denúncia ou a queixa. Deste modo, no caso sob análise,

como o juiz rejeitou a denúncia, a medida judicial cabível é o RESE.

QUESTÃO 65

Comentário: Correta a assertiva B, pois, em conformidade com o artigo 272 do CPP, é necessário

ouvir o Ministério Público previamente para que haja admissão do assistente.

Incorreta a assertiva A, pois não é cabível recurso do despacho que admitir o assistente, conforme

artigo 273 do CPP.

Incorreta a assertiva C, uma vez que é vedada a participação do co-réu como assistente, conforme

artigo 270 do CPP.

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Incorreta a assertiva D, pois é permitido ao assistente propor meios de prova, assim como requerer

perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os

recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598,
conforme artigo 271 do CPP.

QUESTÃO 66

Comentário: Correta a alternativa C, pois, de acordo com o artigo 572 caput e inciso II do CPP, a

nulidade por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato será considerada

sanada quando se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim.

Incorreta a alternativa A, pois, o princípio do interesse, parte final do artigo 565 do CPP, é aplicável

apenas às nulidades relativas, uma vez que as nulidades absolutas constituem matéria de ordem

pública, podendo inclusive, serem arguidas de ofício.

Incorreta a alternativa B, pois, a não intervenção do Ministério Público na ação privada subsidiária da

pública gera nulidade relativa, podendo ser sanada se não for alegada no prazo legal, em

conformidade com o inciso I, do art. 572, do CPP.

Incorreta a alternativa D, pois, de acordo com o artigo 571, VII do CPP, as nulidades verificadas após

a decisão da primeira instância, deverão ser arguidas nas razões de recurso ou logo depois de

anunciado o julgamento do recurso e apregoadas as partes.

QUESTÃO 67

Comentário: Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o apelado terão o prazo de

oito dias cada um para oferecer razões, salvo nos processos de contravenção, em que o prazo será

de três dias. Sendo assim, o advogado de Gilmar, ora apelante, terá o prazo de 8 dias para oferecer

as razões da apelação. Nos termos do artigo 600 do CPP.

QUESTÃO 68

Comentário: Correta a alternativa letra "A", que aponta para a hipótese de mutatio libelli, devendo o

Ministério Público, nos termos da lei, realizar o aditamento da peça acusatória.

A mutatio libelli ocorre quando o juiz verifica que os fatos narrados na peça acusatória não

correspondem com os fatos provados no curso da instrução criminal. Então, neste caso, deve o juiz

remeter o processo ao Ministério Público que deverá aditar a inicial, pois os fatos provados são

distintos dos fatos narrados.

Neste ponto, importante acrescentar que o art. 384, §1° do CPP prevê que se o promotor se recusar,
deve-se aplicar a norma prevista no art. 28 do mesmo Código, ou seja, o juiz deverá remeter o

inquérito e as peças de acusação ao procurador-geral. 

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Confira a redação do referido dispositivo:

Art. 28.  Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o

arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de

considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao

procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para

oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a

atender.

Portanto, trata-se de caso de mutatio libelli, instituto previsto no art. 384 do CPP, que não prever a

possibilidade de absolvição, mas sim o seguimento da instrução, contudo, da forma correta.

Art. 384.  Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em

consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não

contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco)

dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se

a termo o aditamento, quando feito oralmente.

QUESTÃO 69

Comentário: Correta a alternativa letra "A", tendo em vista que a revisão criminal é processo de

competência originária dos tribunais, não sendo cabível a apelação, cabendo, entretanto, os

embargos declaratórios. A apelação é recurso específico cabível contra sentença e não contra

acórdão, conforme previsão do art. 593 do CPP. No caso concreto, Pedro foi condenado em primeiro

grau de jurisdição, com possibilidade de ingresso de revisão criminal perante o Tribunal, 2 ª instância.
A revisão criminal será cabível nos casos de extinção da punibilidade em razão da prescrição da

pretensão executória, porém, não será possível o ajuizamento do pedido revisional se a extinção da

punibilidade se der em razão da prescrição da pretensão punitiva.

Ainda, prevê o art. 623 do CPP que "a revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador

legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou

irmão". No caso da questão, como não há a ocorrência de nenhuma dessas hipóteses, Inácio não

poderá ingressar com revisão criminal em favor do seu filho Pedro.

Por fim, de acordo com o art. 593, inciso I do CPP, a apelação é o recurso cabível para se mudar a

fundamentação de uma sentença absolutória.

QUESTÃO 70

Comentário: De acordo com o artigo 442-B da CLT, a contratação do autônomo, cumpridas por este

todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a

qualidade de empregado prevista no art. 3 º da CLT. 

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Sendo assim, a empregado autônomo contratado como tal, ainda que atenda aos requisitos legais

para caracterização da qualidade de empregado, não possui vínculo empregatício com o tomador

dos serviços.

QUESTÃO 71

Comentário: De acordo com o artigo 457, §2º da CLT, integram o salário a importância fixa
estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. Entretanto, nos termos do

§2º do mesmo artigo, a importância, ainda que habitual, paga a título de auxílio-alimentação,
vedado seu pagamento em dinheiro, não integra a remuneração do empregado, não se incorporam

ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e

previdenciário. Além disto, não será considerada salário a assistência médica, hospitalar e

odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde, conforme artigo 458, §2º, IV da CLT.

QUESTÃO 72

Comentário: O contrato de trabalho por prazo determinado possui um limite máximo de vigência,

qual seja, 2 anos, conforme determina o artigo 445 da CLT. O artigo 451 da CLT, por sua vez,

esclarece que o contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for

prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. Sendo assim, como a

Construtora realizou duas prorrogações, o contrato de trabalho passou a vigorar sem determinação

de prazo, ainda que o tempo total das prorrogações tenham se limitado a 2 anos.

QUESTÃO 73

Comentário: Conforme determina o artigo 134, §3º da CLT, é vedado o início do gozo de férias no
período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. Vale lembrar que

o pagamento da remuneração correspondente ao período do gozo de férias deverá ser efetuado até

2 (dois) dias antes do início do respectivo período, conforme artigo 145 da CLT.

QUESTÃO 74

Comentário: Importante chamar atenção ao enunciado. O caso narrado traz a figura do empregado

hiperssuficiente, previsto no artigo 444, parágrafo único da CLT. Diante desta constatação, tem-se

como válidas as cláusulas pactuadas, uma vez que para estes empregados é possível a livre

estipulação da relação contratual, respeitados os limites contidos na CLT, notadamente o artigo 611-

A. Note-se que a negociação com o empregador envolveu o banco de horas, intervalo intrajornada,

respeitado o mínimo de 30 min e o enquadramento do grau de insalubridade, que são objetos lícitos

de negociação coletiva, e neste caso, de livre estipulação entre empregado e empregador, conforme

incisos II, III e XII do artigo 611-A da CLT.

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QUESTÃO 75

Comentário: Diferentemente do dirigente sindical, o mandato de membro de comissão de

representantes dos empregados não implica suspensão ou interrupção do contrato de trabalho,

devendo o empregado permanecer no exercício de suas funções, conforme disposições do artigo

510-D, §2º da CLT. Deste modo, incabível a concessão de licença não-remunerada.

QUESTÃO 76

Comentário: De acordo com o artigo 789 da CLT, as custas relativas ao processo de conhecimento

incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e

quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de

Previdência Social, e serão calculadas em observância aos incisos do artigo supramencionado. Nos

termos do inciso I, quando houver acordo ou condenação, as custas incidirão sobre o respectivo

valor. Sendo assim, no caso sob análise, as custas devidas pela empresa B serão de 2% sobre o valor

acordado.

QUESTÃO 77

Comentário: Os acordos e convenções coletivas de trabalho terão prazo máximo de validade de 2

anos e, conforme previsão legal, é vedada a ultratividade destas, nos termos do artigo 614, §3º da
CLT. Sendo assim, ainda que possua condições mais benéficas aos empregados, não poderá ter sua

vigência prorrogada até a celebração de nova negociação coletiva.

QUESTÃO 78

Comentário: Nos termos do artigo 853 da CLT, para a instauração do inquérito para apuração de

falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação

por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do

empregado.

No tocante às testemunhas, conforme determina o artigo 821 da CLT, tratando-se de inquérito para

apuração de falta grave, cada uma das partes não poderá indicar mais de 6 testemunhas.

QUESTÃO 79

Comentário: O depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo, conforme determina o artigo

899, §4º da CLT. Em se tratando de entidade sem fins lucrativos, empregadores domésticos,
microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, o valor do depósito

recursal será reduzido pela metade, de acordo com o §9º do mesmo dispositivo legal.

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QUESTÃO 80

Comentário: De acordo com o artigo 800, caput e §1º da CLT, a exceção de incompetência territorial
poderá ser apresentada no prazo de cinco dias, contados a partir da notificação, em peça que

sinalize a existência desta exceção. Sendo apresentada, o processo ficará suspenso, e não será

realizada audiência até que seja decidida.

Após decisão acerca da exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a

designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo

competente, conforme §4º do mesmo artigo.

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