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Assunto 2
De forma inicial, convém destacar a importância do coaching não apenas para fins
profissionais. Afinal, a dualidade profissional-pessoal é muito discutível na maneira
com que é apresentada na gestão, de forma geral. O que nos cabe refletir aqui é quanto à
relação intrínseca entre estas faces da vida e, daí, compreender a relação das
necessidades emergentes do coaching.
Veja o que diz o artigo intitulado “Gerencie seu trabalho, gerencie sua vida”, de Robin
Abrahams e Boris Groysberg (Março/2014). Leia o texto e tire suas conclusões sobre o
que pensam os atuais executivos em relação ao equilíbrio entre vida pessoal e vida
profissional.
Harvard Business Review Brasil (HBR/Br)
Para tanto, vamos atentar para alguns destaques que relacionam as necessidades de
coaching com a dinâmica da vida organizacional.
Como o coaching é um processo de melhoria e que pode ser definido como sendo de
aplicação contínua, é conveniente que pensemos sobre a forma de revelar a maneira que
as organizações adotam para conduzir ao desenvolvimento de uma aprendedizagem e de
uma inovação.
Para conhecer um pouco mais sobre o que significa o conceito de Organizações que
Aprendem, leia o artigo intitulado “Análise e Conceituação de Organizações que
Aprendem e Aprendizado Organizacional – Um estudo de caso”, de Camila Soares
Teodoro e Célia Ottoboni, da Universidade Federal de Itajubá.
Para tanto, é importante destacar que organizações que aprendem precisam rever
procedimentos e processos de negócio que emolduram determinadas ações, de forma a
proporcionar um ambiente mais produtivo, no sentido de que todo o esforço empregado
está sobre ações produtivas, que geram resultados, que favorecem avanços, e não ao
contrário. Não há ambiente pior para o aprendizado do que um ambiente que gera ações
improdutivas, perda de energia, perda de tempo.
Logo, os principais aspectos que fazem o coaching tão necessário estão voltados para
ações diretamente associadas às pessoas.
Livro da Disciplina
Para aprofundar seu conhecimento sobre os fatores que tornam o coaching necessário
em relação ao aspecto humano, estude, agora, no livro da disciplina, na parte referente à
aula 3, os tópicos sobre o coaching como facilitador na construção de sentido, como
facilitador no incremento de produtividade, como facilitador no desenvolvimento
de competências gerenciais e como facilitador na relação interacional do grupo..
Para sermos fieis à tônica deste ponto, vamos recorrer às indicações de Szulanski
(1998), retirada de Meireles e Paixão (2003, pp. 311-312), sobre os principais fatores
referentes às características do conhecimento, do transmissor e do receptor, que
influenciam o processo de transferência do conhecimento.
Anos 1950-70
Nos anos 1950, começou a chamada corrente das relações humanas, que deu lugar a
novas visões a respeito de aspectos-chave na gestão de pessoas: motivação, ambiente de
trabalho, comunicação... McGregor, em 1960, e Herzberg, em 2003, foram seus
principais expoentes.
Anos 1990
A década posterior, a dos anos 90, foi testemunha de uma revolução com um esforço
claro por romper com a tradição arraigada: a gestão deve abandonar os modelos
tradicionais, herdados de Taylor, Fayol, Weber... com o surgimento de novos modelos
de gestão, dentre os quais se destacam:
Um dos modelos de liderança que nos oferece uma visão inovadora, focada não no
dirigente mas nos subordinados, é o de liderança situacional, de Paul Hersey e Ken
Blanchard. Segundo este modelo, há quatro possíveis estilos de direção, que vão
mudando em função da "maturidade" dos subordinados, ou seja, da competência,
experiência, motivação e interesse para desempenhar as tarefas e assumir
responsabilidades. Os quatro estilos são: comandar, persuadir, participar e delegar.
Não podemos concluir esta visão da gestão sem mencionar a nova visão com que
contribui Gary Hamel no seu livro El futuro del management (O futuro da gestão). Para
Hamel, a inovação é a chave, o cenário tem mudado e os perfis têm mudado. Por isso,
são necessárias novas maneiras de mobilizar o talento, designar os recursos e
desenvolver as estratégias. Este modelo, conhecido como Gestão 2.0 (Management 2.0),
está ligado à ideia de líder coach que trabalharemos a fundo nos próximos capítulos.
Da gerência racional científica
para a gerência qualitativa humanística.
Fonte: adaptado de C. R. Hickman
e M. A. Silva (1992).
Teorias Principal(is)
Ênfase Principais enfoques
administrativas expoente(s)
Teoria da
Frederick Racionalização do trabalho no
administração Nas tarefas
Winslow Taylor nível operacional
científica
Na estrutura e
Teoria da regulamentação Organização formal burocrática
Max Weber
burocracia de seu Racionalidade organizacional
funcionamento
Edwards
Deming, Philiph
Compromisso, participação,
Crosby, Kaoru
Teoria da Na tecnologia e comunicação, trabalho em
Ishikawa,
qualidade total as pessoas equipe e planejamento como
Armand
elementos da qualidade total
Feigenbaum,
Joseph Jurán
Nos
relacionamentos
humanos como Participação na tomada de
Teoria Z William Ouchi complemento decisões, comunicação, trabalho
para a em equipe
administração
científica
Warren Bennis,
Teoria do Mudança organizacional
Edgar Schein,
desenvolvimento Nas pessoas planejada Enfoque de sistema
Robert Blake,
organizacional aberto
Jane Mouton
3. Esclarecendo conceitos
Outro elemento que nos ajuda a entender a importância de uma mudança no estilo de
liderança é a motivação. Ela também está mudando a concepção do que mais motiva aos
profissionais.
É importante esclarecer esses conceitos que, muitas vezes, são utilizados de maneira
indistinta e levam a linhas de ação nem sempre bem direcionadas.
Outra questão é o fato de a organização velar pela satisfação de seus funcionários para
influir no compromisso ou na fidelização, como efetivamente acontece.
Não se deve esquecer que, tanto na gestão de pessoas como na educação dos filhos, "a
overdose de bem-estar, aturde"; se o excesso de bem-estar leva à acomodação ou ao
conformismo, será difícil para a organização movimentar a energia de suas equipes.
Um bom chefe, através de seu estilo dirigente, pode obter um ambiente de trabalho
altamente motivador. Esse ambiente pode ser, às vezes, como um oásis em meio a um
deserto. Mas pode ser também o contrário: ambientes organizacionais altamente
motivadores podem ser malsucedidos nas mãos de um chefe capaz de desmotivar o
funcionário mais entusiasta.
O pior líder é aquele desprezado por seu pessoal. Um bom líder é aquele respeitado por
seu pessoal. Um grande líder é aquele que faz com que as pessoas falem: "Nós mesmos
fizemos". (Lao Tzu, Tao Te King).
Para Daniel H. Pink, nos primeiros dez anos deste século, descobrimos que já não
funcionam bem as recompensas para motivar quando utilizadas com frequência. Elas
fracassam quase sempre e de maneira imprevisível. Elas estão demonstrando ser
incompatíveis com muitos aspectos do mundo empresarial atual.
Dan Pink defende uma nova proposta para motivar: fazer coisas porque elas nos
importam, porque têm consequências sobre o que consideramos importante. Essa
proposta se baseia em três fatores:
O vídeo "RSA Animate - Drive: The surprising truth about what motivates us"(RSA
Animate – Motivador: a surpreendente verdade sobre o que nos motiva) ilustra de
maneira gráfica os três fatores de Dan Pink.
Relacione as seguintes ações por parte do líder com um estilo de liderança que potencializa o
1. compromisso:
Delegar responsabilidades
Propor desafios
Nota: 0 de 1
Relacione as seguintes ações por parte do líder com um estilo de liderança que potencializa a
2. motivação:
Delegar responsabilidades
Propor desafios
Nota: 0 de 1