Você está na página 1de 5

Universidade de Brasília

Instituto de Física
Nona Lista de Exercícios de Física II

Questão 1
Uma barra cilíndrica de cobre de 1, 2m de comprimento e onde o somatório no denominador é sobre as camadas. Se LV é a
4, 8cm2 de seção reta é bem isolada e não perde energia através espessura de uma camada de vidro, LA é a espessura da camada
da superfície. A diferença de temperatura entre as extremida- de ar, kV é a condutividade do vidro e kA é a condutividade do ar.
des é 100C o , já que uma está imersa em uma mistura de água Fazemos então:
e gelo e a outra em uma mistura de água e vapor. (a) Com XL 2LV LA 2LV kA + LA kV
que taxa a energia é conduzida pela barra? (b) Com que taxa k
=
kV
+
kA
=
kA kV
o gelo derrete na extremidade fria?
Solução Portanto, o calor conduzido por unidade de área ocorre pela taxa
seguinte:
a) A variação de temperatura na escala Kelvin e na escala Celsius é
igual, portanto, usando a fórmula de condução do calor, temos: Pcond (TH − TC )kA kV
=
kA(TH − TC ) A 2LV kA + LA kV
Pcond = (51, 1o C)(0, 026W/m.K)(1, 0W/m.K)
L =
2(3, 0 × 10−3 m)(0, 026W/m.K) + (0, 075m)(1, 0W/m.K)

Aqui, temos que o k, a condutividade térmica, é uma constante que = 17, 68W/m2
depende do material de que a placa é feita, aqui o material em ques-
tão é o cobre, e vale 401W/m.K . A área da barra tem o valor de
4, 8×10−4 m2 e a variação da temperatura é de 100o C . O L, compri-
mento da barra tem valor de 1, 2m. Jogando os valores na fórmula,
temos que o resultado obtido é de 16J/s. Questão 3
b) Usando o valor do calor latente de fusão do gelo, LF = 333J/g , Em uma escala linear de temperatura X, a água evapora a
usamos que: −53, 5o X e congela a −170o X . Quanto vale a temperatura
340K na escala X?
dm Pcond 16J/s
dt = LF = 333J/g = 0, 04804g/s Solução

Como as duas escalas que queremos relacionar são lineares, podemos


fazer a seguinte relação:
Questão 2
[x − (−170)] (k − 273)
(a)Qual a taxa de perda de energia em watts por metro qua- =
[−53, 5 − (−170)] (373 − 273)
drado através de uma janela de vidro de 3, 0mm de espessura
se a temperatura externa é −20o F e a temperatura externa é
+72o F ? (b) Uma janela para tempestades, feita com a mesma Onde nos numeradores temos a diferença entre uma temperatura
espessura de vidro, é instalada do lado de fora da primeira, qualquer na escala e o ponto de fusão naquela escala. E nos deno-
com um espaço de 7, 5cm entre as duas janelas. Qual é a nova minadores temos a diferença entre os pontos de fusão e ebulição de
taxa de perda de energia se a condução é o único mecanismo casa escala. Desta maneira, podemos relacionar a temperatura em
importante de perda de energia? o
X com a temperatura em K .

Solução (x + 170) (k − 273)


=
(116, 5) (100)
a) Temos que a taxa de condução do calor é calculada por:
100x + 17000 = 116, 5k − 31804, 5
kA(TH − TC ) 116, 5k − 31804, 5 − 17000
Pcond = x=
L 100

Aqui temos que, a condutividade do vidro vale k = 1, 0W/m.K . A Para k = 340K . temos que x = −91, 945o X
diferença de temperatura é de 92o F , que usamos por conveniência
transformar para a escala Celsius. Então 59 (92o F ) = 51, 1o C , que
aqui temos a variação da temperatura em Kelvin no mesmo valor
Questão 4
de 51, 1K . Resolve então: Um turista brasileiro, ao desembarcar no aeroporto de Chicago,
observou que o valor da temperatura lá indicado, em o F , era
 o
 um quinto do valor correspondente em o C . Qual foi o valor
Pcond 51, 1 C
= (1, 0W/m.K) = 1, 7 × 104 W/m2 observado?
A 3, 0 × 10−3 m
Solução

b)A energia agora passa em sucessão atrvés de 3 camadas, uma de Utilizando a fórmula para a conversão de o C para o F
ar e duas de vidro. O valor da taxa de transferência de carlor é o
mesmo em cada camada e, é dada por: Tc
=
Tf − 32
5 9
kA(TH − TC )
Pcond = PL
K

Universidade de Brasília - Física II - Nona Lista de Exercícios


Como nos é dito no enunciado, o valor da temperatura observado
corresponde à um quinto do valor corresponde em graus Celsius.
Portanto, considerando T a temperatura observada, sabemos que: Juntando as duas expressões de Pcond , temos:
T oC dh k(TH − TC )
T oF = → T o C = 5.T o F =
5 dt LF ρh

Substituindo este valor na equação da conversão, temos: Substituindo os valores nessa equação e considerando 1cal =
4, 186J e 1cm = 1
100
m. k = 1, 674W/mK, e LF = 333 × 103 J/kg.
5T T − 32
= → 45.T = 5.T − 160
5 9 dh
T = −4 = 0, 40cm/h
dt

A temperatura observada é de −4o F .


Questão 7
Questão 5 Em um aquecedor solar, a radiação do Sol é absorvida pela
Formou-se gelo em um pequeno lago, e o regime estacionário água que circula em tubos em um coletor situado no telhado.
foi atingido com o ar acima o gelo a −5, 0o C e o fundo do lago
A radiação solar penetra no coletor através de uma cobertura
a 4, 0o C . Se a profundidade total do gelo mais água é 1, 4m,
transparente e aquece a água dos tubos; essa água é bombeada
qual é a espessura do gelo? (Suponha que as condutividades para um tanque de armazenamento. Suponha que a eciência
térmicas do gelo e da água são 0, 40 e 0, 12cal/m.o C.s, respec-
global do sistema seja de 20% (ou seja, 80% da energia solar
tivamente.) incidente são perdidos). Que área de coleta é necessária para
Solução aumentar a temperatura de 200L de água no tanque de 20o C
para 40o C em 1h, se a intensidade da luz solar incidente é
Assumindo a que a temperatura na superfície de cima do gelo 700W/m2 ?
TC = ˘5, 0o C , que a temperatura no fundo lago seja de TH = 4, 0o C
Solução
e que a temperatura entre o lago e o gelo seja de TX = 0, 0o C . O
mecanismo para a transferência de calor pela distância L = 1, 4m é
A potência consumida pelo sistema é
a condução e podemos usar a fórmula:
1 cm∆T
kagua .A(TH − TX ) kagua .A(TX − TC ) P = .
= 20 t
L − Lgel Lgelo
1 (4, 18J/g o C)(200 × 103 cm3 )(1g/cm3 )(40o C − 20o C)
(0, 12)A(4, 0o − 0, 0o ) (0, 40)A(0, 0o + 5, 0o ) .
= = 20 (1, 0h)(3600s/h)
1, 4 − Lgelo Lgelo
P = 2, 3.104W

Com isso obtemos Lgelo = 1, 1m.


A área necessária é: A = 33m2
Questão 6
Uma camada de gelo de 5, 0cm de espessura se formou na su- Questão 8
perfície de uma caixa d'água em um dia frio de inverno. O Um anel de cobre de 20, 0g a 0, 000o C tem diâmetro interno
ar acima do gelo está a −10o C . Calcule a taxa de formação D = 2, 54000cm. Uma esfera de alumínio a 100o C tem um
da placa de gelo em cm/h. Suponha que a condutividade tér- diâmetro d = 2, 54508cm. A esfera é colocada acima do anel
mica do gelo é 0, 0040cal/s.cm.C o e que a massa especica é até que os dois atinjam o equilíbrio térmico, sem perda de ca-
0, 92g/cm3 . Suponha também que a transferência de energia lor para o ambiente. A esfera se ajusta exatamente ao anel na
através das paredes e do fundo do tanque pode ser desprezada. temperatura do equilíbrio. Qual é a massa da esfera?
Solução

Considere h como a espessura do gelo e A sua área. Então, a taxa


de transferência de calor pela camada de gelo é de
kA(TH − TC )
Pcond =
h

onde k é a condutividade térmica do gelo. TH é a temperatura da


água (0, 0o C) e TC é a temperatura do ar acima do gelo (−10o C). A
energia necessária para congelar uma massa m de água é Q = LF ,
onde LF é o calor de fusão da água. Como dQ dt
= Pcond , entao

dm Solução
Pcond = LF
dt
Se o diâmetro do anel, a 0, 000o C , é Da0 , então o diâmetro do mesmo
quando ele está em equilíbrio térmico com a esfera é:
A massa de gelo é dada por m = ρAh, em que ρ é a densidade do
gelo, entao dm
dt
= ρA. dh
dt
e Da = Da0 (1 + αc Tf )

dh
Pcond = LF ρA
dt
Universidade de Brasília - Física II - Nona Lista de Exercícios
sendo Tf a temperatura nal e αc o coeciente de dilatação linear
do cobre. Similarmente, se o diâmetro da esfera em Ti = 100, 0o C é
De0 , então seu diâmetro na temperatura de equilíbrio é: c) Pn = Pa − Pr = 1, 05 × 103 W Sendo Pn a taxa líquida de troca
de energia com o ambiente por radiação térmica.
De = De0 [1 + αa (Tf − Ti )]
Questão 10
Uma bebida pode ser mantida fresca, mesmo em um dia quente,
sendo αa o coeciente de dilatação linear do alumínio. Na tempera- se for colocada em um recipiente poroso de cerâmica embebida
tura de equilíbrio, os dois diâmetros dão iguais, ou seja: em água. Suponha que a energia perdida por evaporação seja
igual à energia recebida em consequência da troca de radia-
Da0 (1 + αc Tf ) = De0 [1 + αa (Tf − Ti )] ção através da superfície superior e das superfícies laterais do
recipiente. O recipiente e a bebida estão a uma temperatura
T = 15o C , a temperatura ambiente é Tamb = 32o C e o reci-
A solução para a temperatura nal é: piente é um cilindro de raio r = 2, 2cm e altura h = 10cm.
Da0 − De0 + De0 αa Ti
Suponha que a emissividade é ε = 1 e despreze outras trocas
Tf =
De0 αa − Da0 αc
= de energia. Qual é a taxa dm/dt de perda de massa de água
−6 o −1 o
do recipiente, em g/s?
(2, 54000cm) − (2, 54508cm) + (2, 54508cm)(23 × 10 C )(100, 0 C)
(2, 54508cm)(23 × 10−6 o C −1 ) − (2, 54000cm)(17 × 10−6 o C −1 ) Solução
Tf = 50, 38o C
A condição que diz que a energia perdida pela bebida pode ser de-
vido à evaporação igual à energia ganhada através das radiações
trocadas implica no seguinte:
Como a temperatura inicial do anel é 0o C , o calor absorvido por ela
é LV
dm 4
= Prad = σεA(Tenv − T 4)
dt
Q = cc ma Tf
A área total do topo e da lateral da supercie da lata é:
sendo cc o calor especíco do cobre, e ma é a massa do anel. O calor
perdido pela esfera é: A = πr2 +2πrh = π(0, 022m)2 +2π(0, 022m)(0, 10m) = 1, 53×10−2 m2

|Q| = ca me (Ti − Tf )
Com Tenv = 32o C = 305K , T = 15o C = 288K e ε = 1, a taxa de
massa perdida é:
sendo ca o calor especíco do alumínio e me a massa da esfera.
dm σεA 4
Como o calor perdido pela esfera é igual ao calor absorvido pelo = (Tenv − T 4 ) =
anel, temos: dt LV
(5, 67 × 10−8 W/m2 .K 4 )(1, 0)(1, 53 × 10−2 m2 )
[(305K)4 − (288K)4 ]
cc ma Tf = ca me (Ti − Tf ) 2, 256 × 106 J/kg
cc ma Tf = 6, 82 × 10−7 kg/s ≈ 0368mg/s
me =
ca (Ti − Tf )

=
(386J/(k.g.K))(0, 0200kg)(50, 38o C) Questão 11
(900J/(k.g.K))(100o C − 50, 38o C) A dilatação térmica dos sólidos é um fenômeno importante em
−3
me = 8, 71 × 10 kg diversas aplicações de engenharia, como construções de pon-
tes, prédios e estradas de ferro. Considere o caso dos tri-
lhos de trem serem de aço, cujo coeciente de dilatação é
Questão 9 α = 11 × 10−6 o C −1 . Se a 10o C o comprimento de um tri-
Uma esfera de raio 0, 5m , cuja emissividade é 0, 850, está a lho é de 30m, de quanto aumentaria o seu comprimento se a
27, 0o C num ambiente a 77, 0o C . Calcular (a) a taxa de emissão temperatura aumentasse para 40o C ?
via irradiação; (b) a taxa de absorção de energia pela irradiação
e (c) a taxa líquida de troca de energia da esfera. Solução
Solução O calculo da dilatação linear ∆L, do trilho é:
a) Temos que a área da superfície é dada por A = 4πr2 ,em que ∆L = Lo .α.∆θ
r = 0.500m é o raio. A temperatura da esfera é T = (273, 15 +
∆L = 30.(11 × 10−6 ).(40 − 10) = 99 × 10−4 m
27, 00)K = 300, 15K . Portanto:

Pr = σεAT 4
= (5, 67 × 10−8 W/m2 .K 4 )(0, 850)(4π)(0, 500m)2 (300, 15K)
Questão 12
= 1, 23 × 103 W Os componentes de uma lâmina bimetálica são o aço e o zinco.
Os coecientes de dilatação linear desses metais são, respecti-
vamente, 1, 2 × 10−5 o C −1 e 2, 6 × 10−5 o C −1 . Em uma deter-
b) Nesse caso, Tenv = 273, 15 + 77, 00 = 350, 15K , então minada temperatura, a lâmina apresenta-se retilínea. Quando
aquecida ou resfriada, ela apresenta uma curvatura. Explique
Pa = σεAT 4 porquê.
= (5, 67 × 10−8 W/m2 .K 4 )(0, 850)(4π)(0, 500m)2 (350, 15K) Solução
= 2, 28 × 103 W

Universidade de Brasília - Física II - Nona Lista de Exercícios


Como αzinco > αaco , para um mesmo aumento de temperatura nos
dos metais, o zinco sofre maior dilatação. Isso faz com que ocorra onde Lf é o calor de fusão do gelo. As duas quantidades de calor
uma dilatação desigual na lâmina, o que produz um encurvamento. trocadas são iguais, já que o sistema está isolado, portanto
O mesmo ocorre no resfriamento, pois o zinco também sofre maior
contração. c1 m1 (T1 − 0) = c2 m2 (0 − T2 ) + m.Lf

Questão 13
O álcool etílico tem um ponto de ebulição de 78, 0o C , um Assim
ponto de congelamento de −114o C , um calor de vaporização
de 879kJ/kg , um calor de fusão de 109kJ/kg e um calor espe- c1 m1 (T1 − 0) − c2 m2 (0 − T2 )
m=
Lf
cíco de 2, 43kJ/kg.K . Quanta energia deve ser removida de
0, 510kg de álcool etílico que está inicialmente na forma de gás
a 78, 0o C para que ele se torne um sólido a −114o C ? m = 53g
Solução

O calor trocado na mudança do estado de gás para o estado líquido onde m é a massa de gelo que derrete. Temos então que a tempera-
é Q1 tura de equilíbrio do sistema é 0o C , sendo que 53g do gelo derrete.
b) O item (a) nos mostrou que o calor liberado pela água seria su-
Q1 = LV .m = 879.0, 510 = 448, 29kJ ciente para esquentar 100g de gelo a 0o C e ainda derreter 53g desse
gelo. Como agora há apenas 50g de gelo, pode-se armar que o gelo
todo irá derreter e a temperatura de equilíbrio será acima do ponto
O calor trocado para esfriar o líquido de 78o C para −114o C é Q2 de fusão do gelo.
A quantidade de calor liberada pela água quente é
Q2 = c.m.(Tf − Ti ) = 2, 43.0, 510.192 = 237, 59kJ |Q| = c1 m1 (T1 − Tf )

Finalmente, o calor trocado pela mudança do estado líquido para o e a quantidade de calor absorvida pelo gelo e posteriormente pela
estado solido é Q3 água gelada, recém gerada pelo gelo derretido é
|Q| = c1 m2 (0 − T2 ) + m2 Lf + c1 m2 (Tf − 0)
Q3 = Lf .m = 109.0, 510 = 55, 59kJ

onde o primeiro termo corresponde ao calor necessário para levar


A quantidade total de calor retirado do álcool é todo o gelo a temperatura de fusão 0o C , o segundo para derreter
todo o gelo, e o terceiro para elevar a temperatura do gelo derretido
Q = Q1 + Q2 + Q3 = 742kJ para Tf , temperatura nal do sistema. Podemos igualar as duas
quantidades de calor, já que se trata de um sistema isolado:

c1 m1 (T1 − Tf ) = c1 m2 (0 − T2 ) + m2 Lf + c1 m2 (Tf − 0)
Questão 14
(a) Dois cubos de gelo de 50g são misturados com 200g de água
em um recipiente termicamente isolado. Se a água está inicial- o que nos dá Tf = 2, 5 C .
o

mente a 25o C e o gelo foi removido de um congelador a −15o C ,


qual é a temperatura nal em equilíbrio térmico? (b) Qual é a Questão 15
temperatura nal se é usado apenas um cubo de gelo? Um termômetro graduado na escala Fahrenheit sofre uma vari-
ação de temperatura de 45o F . Qual a correspondente variação
Solução de temperatura para um termômetro graduado na escala Cel-
sius?
a) Para um problema como esse, teoricamente existem três possibi-
lidades: Solução
1a O sistema gelo-água entra em equilíbrio numa temperatura abaixo
de 0o C , o que levaria ao não derretimento do gelo; A relação entre as escalas é dada pela equação
2a O sistema gelo-água entra em equilíbrio exatamente na tempera-
C F − 32
tura de 0o C , que é a temperatura de fusão do gelo, o que levaria ao =
5 9
derretimento de parte do gelo;
3 O sistema gelo-água entra em equilíbrio numa temperatura acima
a

de 0o C , que é acima do ponto de fusão do gelo, o que levaria ao Assim, a relação entre as variações é dada pela equação:
derretimento de todo o gelo.
∆C ∆F
=
Como a massa de água é o dobro da massa de gelo, é improvável que 5 9
o sistema entre em equilíbrio em uma temperatura abaixo de 0o C .
O que nos permite logo descartar a primeira opção. Vamos assumir
que a temperatura de equilíbrio será Tf = 0o C , tendo derretido uma Então
quantidade m de massa de gelo.
C 45
A quantidade de calor liberada pela água é =
5 9
|Q| = c1 m1 (T1 − 0) C = 25

e a quantidade de calor absorvida pelo gelo é


|Q| = c2 m2 (0 − T2 ) + m.Lf Questão 16
Universidade de Brasília - Física II - Nona Lista de Exercícios
Dois termômetros de gás a volume constante são usados em Um tacho de cobre de 150g contém 220g de água, e ambos es-
conjunto como mostrado na gura abaixo. Um deles usa nitro- tão a 20, 0o C . Um cilindo de cobre de 300g , muito quente, é
gênio e o outro, hidrogênio. A pressão em ambos os bulbos é jogado na água, fazendo a água ferver e transformando 5, 0g da
P3 = 80mmHg . Qual é a diferença de pressão nos dois termô- água em vapor. A temperatura nal do sistema é de 100o C .
metros, se colocarmos ambos em água fervendo? Em qual dos Despreze a transferência de energia para o ambiente. (a) Qual
termômetros a pressão será mais alta? é a energia (em calorias) transferida para a água em forma de
calor? (b) Qual é a energia transferida para o tacho? (c ) Qual
é a temperatura inicial do cilindro?
Solução

a) O calor transferido para a água já com as unidades de medida


devidamente ajustadas:

Qagua = cagua .magua .∆T + Lvapor .msolido


= (1cal/ C)(220g)(100o C − 20o C) + (539cal/g)(5, 00g) = 20, 3kcal
o

Solução b) O calor transferido para o tacho é:


Tomamos P3 como sendo 80mmHg para ambos os termômetros. De Qtacho = ctacho .mtacho .∆T
acordo com a gura, o termômetro de N2 fornece 373, 35K para o o
= (0, 0923cal/g C)(150g)(100o C − 20o C) = 1, 11kcal
ponto de ebulição da água. Usa-se a equação PN = ( 273,16
T
)P3 =
373,35
( 273,16 )80 = 109, 343mmHg . A pressão no termômetro de ni-
trogênio é maior que a pressão no termômetro de hidrogênio por
0, 0056mmHg . c) Tome a temperatura inicial do cilindro como Ti . Sendo assim,
Qagua + Qtacho = ccilindro .mcilindro (Ti − Tf ), o que nos dá o se-
guinte
Questão 17 Qagua + Qtacho
Como resultado de um aumento de temperatura de 32o C , uma Ti =
ccilindro .mcilindro
+ Tf
barra com uma rachadura no centro dobra para cima, como na 20, 3kcal + 1, 11kcal
gura a seguir. Se a distância xa L0 é 3, 77m e o coeciente = + 100o C = 873o C
(0, 0923cal/g o C)(300g)
de dilatação linear da barra é 25 × 106 /o C , determine a altura
x do centro da barra.

Questão 19
Calcule a energia mínima necessária para dobrar a tempera-
tura de uma amostra de cobre em função da temperatura ini-
cial, dado que a amostra pesa 127, 08g ? (massa molar do cobre
63, 54g/mol e seu calor especíco molar é 24, 5J/kmol.)
Solução

127, 08
Q = c.n(Tf − Ti ), c = 24, 5 × 10−3 en= =2
63, 54
Q = 24, 5 × 10−3 .2(2Ti − Ti ) = 49 × 10−3 Ti J
Solução

Considere metade da barra. Seu comprimento inicial original é


l0 = L0 /2 e seu comprimento após o aumento de temperatura é
l = l0 + αl0 ∆T . Na segunda gura observa-se a formação de um tri-
Questão 20
ângulo retângulo de catetos lo e x e de hipotenusa l. Pelo Teorema Uma amostra de cobre foi aquecida de 100K a 900K , sabemos
de Pitágoras temos: que foram necessários 196kJ para aquecê-la. Quantos mols tem
a amostra?(calor especíco molar é 24, 5J/kmol.)
x2 = l2 − l02 = l02 (1 + α∆T )2 − l02 Solução
Expandindo o binômio, temos:

(1 + α∆T )2 = 1 + 2α∆T + (α∆T )2


Q = c.n(Tf − Ti ), Q = 196 × 103 , c = 24, 5 × 10−3 e ∆T = 800
Como o último membro é desprezível para o resultado, obtemos en-
tão que:
196 × 103
n=
p 24, 5 × 10−3 .800
x2 = l02 (2α∆T ) → x = l0 (2α∆T )
Substituindo os valores do enunciado chegamos a x = 7, 5 × 10−2 m. n = 1 × 104

Questão 18

Universidade de Brasília - Física II - Nona Lista de Exercícios

Você também pode gostar