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Apresentação da disciplina:
A disciplina de Poluição e resíduos sólidos tem a
finalidade de proporcionar aos alunos a oportunidade de
compreender e identificar os problemas relacionados à
poluição do ar e também aquela provocada pelos
resíduos sólidos, bem como discutir a questão das
endemias, cuja ocorrência está, na maioria dos casos,
associada à degradação do meio ambiente provocada
pela poluição.
Objetivos:
• Compreender a importância da poluição atmosférica no
contexto da gestão da qualidade ambiental;
• Proporcionar fontes de estudo para que o aluno possa
desenvolver seu conhecimento a respeito da gestão dos
resíduos sólidos;
• Estudar as principais endemias e como estas podem
afetar a qualidade do meio ambiente.
Conteúdo Programático:
UNIDADE I: Poluição do ar
- Poluentes do ar
- Propriedades dos gases e partículas
- Legislação
- Princípios de meteorologia e dispersão atmosférica
- Problemas locais e globais de poluição do ar
- Modelos de qualidade do ar
- Monitoramento de emissões e da qualidade do ar
- Métodos diretos e indiretos de controle da poluição
atmosférica
- Análise de sistemas de controle de poluentes
atmosféricos.
UNIDADE II: Resíduos sólidos e endemias
- Resíduos: Conceitos gerais, origem e composição,
classificação, quantidade e caracterização, técnicas de
amostragem
- Manejo dos resíduos e seu acondicionamento, coleta e
transporte
- Tratamento e formas de disposição final
- Modelos de gerenciamento integrado de resíduos
sólidos
- Política Nacional de Resíduos Sólidos.
- Controle de insetos e roedores. Controle Ambiental de
Endemias.
Metodologia:
Os conteúdos programáticos ofertados nesta disciplina
serão desenvolvidos por meio das Teleaulas de forma
expositiva e interativa (chat - tira dúvidas em tempo
real), Aula Atividade por Chat para aprofundamento e
reflexão e Web Aulas que estarão disponíveis no
Ambiente Colaborar, compostas de conteúdos de
aprofundamento, reflexão e atividades de aplicação dos
conteúdos e avaliação. Serão também realizadas
atividades de acompanhamento tutorial, participação em
Fórum, atividades práticas e estudos independentes
(autoestudo) além do Material didático da disciplina.
Avaliação Prevista:
O sistema de avaliação da disciplina compreende assistir
a teleaula, participação no fórum, produções textuais
interdisciplinares (Portfólio), realização de duas
avaliações virtuais e avaliação presencial embasada no
material didático, teleaulas, web aula e material
complementar.
WEBAULA 1
Unidade 1 – Poluição do Ar e seu Controle
Resumo: Nesta unidade estudaremos a poluição
atmosférica por meio do conhecimento de seus principais
poluentes, formas de dispersão, monitoramento e
controle da qualidade do ar e também abordaremos a
legislação pertinente ao tema.
Palavras-chave: Poluição atmosférica, monitoramento,
legislação.
POLUENTES DO AR
Introdução
Quando falamos em poluição logo nos vem à mente a
imagem de chaminés de alguma fábrica soltando fumaça
no ar, ou ainda do lixo que entope os bueiros, tornam
feias e insalubres nossas cidades. Dentre outras dezenas
de imagens que nos remete ao tema poluição, estes são
exemplos que ilustram o conceito que temos a respeito
do assunto, ou seja, sempre que pensamos em poluição
temos a ideia de algo visível, que nos causa a
estranheza: “isto não deveria estar aqui”.
Bem, esta não é uma concepção errada do que vem a
ser a poluição, apenas é incompleta, pois em muitos
casos a poluição pode ser imperceptível aos olhos, mas
quando estamos expostos a ela podemos sentir seus
efeitos, diretos ou indiretos, em nosso organismo.
Com base nestas informações iniciais podemos
estabelecer um conceito de poluição: “Qualquer
substância ou energia que é introduzida no meio
ambiente em quantidades que superam sua capacidade
para absorvê-las ou processá-las, gerando acúmulos que
causam a degradação ambiental promovendo prejuízos à
saúde dos organismos que nele vivem”. Podemos ver
que esta definição não está muito longe daquela que foi
apresentada pela Política Nacional do Meio Ambiente:
[...] degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que
direta ou indiretamente prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar
da população, criem condições adversas às atividades socioeconômicas,
afetem desfavoravelmente a biota, afetem condições estéticas ou
sanitárias do meio ambiente e lancem matérias ou energia em desacordo
com os padrões ambientais estabelecidos (BRASIL, 1981, p1.).
Desta maneira percebemos que muitas vezes a poluição
gerada por gases tóxicos pode não ser percebida, porém
poderá ser letal. Daí a importância de estudarmos as
formas de monitoramento da qualidade do ar, tanto nas
imediações de uma área industrial quanto em locais mais
distantes, mas que ainda possam ser afetados, visando
conhecer as características do ar e estabelecer medidas
para o controle da poluição atmosférica, sendo este um
dos objetivos desta disciplina.
Em outra unidade de estudo falaremos também sobre a
poluição causada pelos resíduos sólidos e as estratégias
para a gestão deste problema, abordando ainda a
questão do controle de endemia cuja ocorrência, na
maioria dos casos, está associada à poluição.
A qualidade do ar
Sabemos que o ar é essencial para a manutenção da
vida nas suas mais diversas formas e, ainda, que nossa
saúde, assim como a dos demais organismos, é
diretamente afetada pela qualidade desse ar que
respiramos. Portanto, não é difícil percebermos a
importância de se realizar o controle da qualidade do ar,
com vistas a garantir o bem estar da sociedade. E
conforme destacado pelo Ministério do Meio Ambiente:
Frequentemente, os efeitos da má qualidade do ar não são tão visíveis
comparados a outros fatores mais fáceis de serem identificados. Contudo,
os estudos epidemiológicos têm demonstrado, correlações entre a
exposição aos poluentes atmosféricos e os efeitos de morbidade e
mortalidade, causadas por problemas respiratórios (asma, bronquite,
enfisema pulmonar e câncer de pulmão) e cardiovasculares, mesmo
quando as concentrações dos poluentes na atmosfera não ultrapassam os
padrões de qualidade do ar vigentes. As populações mais vulneráveis são
as crianças, os idosos e as pessoas que já apresentam doenças
respiratórias. (QUALIDADE..., 2013, p.1)
Considerando-se o conceito de poluição trabalhado
anteriormente, antes de iniciarmos nossa discussão a
respeito de poluentes do ar, precisamos definir o que
vem a ser “ar limpo” ou “ar puro”, como muitos definem
o ar de ótima qualidade para se respirar.
Bem, conforme veremos a seguir, definir ar puro não é
uma tarefa tão simples assim, pois na natureza o ar é
composto por uma mistura de substâncias que se
modifica em qualidade e quantidade, conforme nossa
posição no globo, considerando-se ainda que esta nunca
será uma condição estável, uma vez que o ar está
sempre em movimento.
De qualquer forma, para que possamos estabelecer um
referencial, devemos considerar uma composição básica
conforme podemos verificar na Tabela 1.
Tabela 1. Composição geral da atmosfera.
Conteúdos
Gases Constituinte (% por
volume)
Nitrogênio (N2) 78,084
Oxigênio (O2) 20,948
Argônio (Ar) 0,934
Neônio (Ne) 1,818 x 10-3
Gases não
Hélio (He) 5,24 x 10-4
variáveis
Metano (CH4) 2 x 10-4
Criptônio (Kr) 1,14 x 10-4
Hidrogênio (H2) 0,5 x 10-4
Xenônio (Xe) 0,087 x 10-4
Vapor de água
0a7
Gases (H2O)
variáveis Dióxido de
0,033
carbono (CO2)
Ozônio (O3) 0 a 0,01
Dióxido de enxofre
0 a 0,0001
(SO2)
Dióxido de
0 a 0,000002
nitrogênio (NO2)
Fonte: Adaptado de Vianello e Alves (1991, p.12).
Tendo como base esta informação, podemos dizer que a
adição de substâncias diferentes das que compõem o ar,
em quantidades capazes de gerar efeitos adversos,
deverão ser tratadas como poluentes do ar. A exemplo
disso podemos citar os compostos de enxofre, lançados
na atmosfera principalmente pela queima de
combustíveis fósseis. Estes aumentam a acidez das
chuvas, afetando o pH de rios e lagos e, portanto,
indiscutivelmente podemos classificá-los como poluentes
(VESILIND, 2011). Porém, conforme destaca o mesmo
autor, ainda temos que considerar a origem destes
compostos, pois podem ser lançados na atmosfera por
fontes naturais, como é o caso dos compostos de enxofre
presentes nos gases expelidos por vulcões e fontes
termais.
Sendo assim, não basta identificarmos se um
determinado componente constitui-se de um poluente do
ar, precisamos também conhecer qual a origem desta
substância, podendo esta fonte estar próxima à área
onde foi detectada ou a milhares de quilômetros de
distância. Isto porque os poluentes trafegam na
atmosfera levados pelos ventos, que podem transportá-
los a distâncias continentais.
LINK
LINK
WEBAULA 2
GESTÃO DA QUALIDADE DO AR
Os efeitos prejudiciais da poluição atmosférica são mais
intensos nos centros urbanos e também nas cidades
próximas. Nestes ambientes a população evidencia
diariamente a importância da gestão da qualidade do ar,
pois como atesta o Ministério do Meio Ambiente:
A poluição atmosférica traz prejuízos não somente à saúde e à qualidade
de vida das pessoas, mas também acarretam maiores gastos do Estado,
decorrentes do aumento do número de atendimentos e internações
hospitalares, além do uso de medicamentos, custos esses que poderiam
ser evitados com a melhoria da qualidade do ar dos centros urbanos. A
poluição de ar pode também afetar ainda a qualidade dos materiais
(corrosão), do solo e das águas (chuvas ácidas), além de afetar a
visibilidade (QUALIDADE..., 2013, p.1).
Assim, buscando garantir que o desenvolvimento
econômico ocorra de forma sustentável, também para os
aspectos relacionados à poluição do ar, foi preciso
estabelecer uma política pública para o controle das
emissões atmosféricas, tendo como premissa ações que
visam prevenir, combater e reduzir estas emissões. Este
trabalho constitui-se então a gestão da qualidade do ar.
Sabemos que é difícil conhecer, através da análise dos
componentes do ar, quem são os responsáveis pelas
emissões deste ou daquele poluente. Neste sentido, para
o bom desempenho de um programa de gestão da
qualidade do ar é preciso estabelecer o controle
diretamente nas fontes de poluentes. Para garantir isto,
foram estabelecidas normas legais, que têm como
objetivo criar parâmetros de qualidade do ar e constituir
procedimentos capazes de orientar os responsáveis pelas
emissões a uma conduta adequada.
Para o poder público federal a gestão da qualidade do ar
está a cargo da Gerência de Qualidade do Ar (GQA),
ligada ao Ministério do Meio Ambiente, sendo esta
gerência criada com o propósito de formular as políticas
e executar as ações no nível federal, com vistas a
preservar e melhorar a qualidade do ar (QUALIDADE...,
2013). Além de apoiar os Estados na elaboração dos
Planos de Controle de Poluição Veicular (PCPVs) e dos
Programas de Inspeção e Manutenção Veicular (conforme
Resolução CONAMA 418/2009) o GQA também gerou
outras ferramentas importantes para a gestão pública da
qualidade do ar:
Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por
Veículos Automotores Rodoviários;
Programa nacional de controle de qualidade do ar -
PRONAR ;
Programa de controle de poluição do ar por veículos
automotores PROCONVE;
Programa de controle da poluição do ar por
motociclos e veículos similares – PROMOT.
LINK
Conheça melhor estes programas acessando os links
abaixo:
<http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80060/1o_Inv
entario_Nacional_de
_Emissoes_Atmosfericas_por_Veiculos_Automotores_Rod
oviarios.PDF >
< http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/pro
nar_163.pdf >
< http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/pro
conve_163.pdf >
< http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/pro
mot_163.pdf >
Legislação
Conforme discutimos anteriormente para que possamos
direcionar a gestão da qualidade do ar precisamos contar
com normas que auxiliem e embasem este trabalho,
assim, a seguir apresentamos algumas normas legais
criadas para este fim.
Em primeiro ponto, para que possamos garantir a
qualidade do ar precisamos de parâmetros que apontem
suas características químicas desejáveis. A Organização
Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu em 2005 padrões
que variam em função do enfoque adotado. No Brasil
estes padrões estão definidos na Resolução CONAMA
003/1990, esta resolução complementa a CONAMA
005/1989 e é complementada pela CONAMA 008/1990.
Outra iniciativa fundamental para garantir a qualidade do
ar como um dos aspectos do desenvolvimento econômico
sustentável foi a criação do Plano Nacional de Qualidade
do Ar. Este foi concebido como um subsídio à 1ª
Conferência Nacional de Saúde Ambiental (CNSA),
ocorrida 2009. No mesmo evento foi redigido também o
documento “Compromisso pela Qualidade do Ar e Saúde
Ambiental”, onde o Governo Federal assume a
responsabilidade de trazer à reflexão as necessidades e
desafios deste tema.
LINK
Para conhecer os documentos citados no texto acesse os
links abaixo:
Resolução CONAMA 005/1989 – Programa Nacional de
Controle da Qualidade do Ar:
< http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?co
dlegi=81 >
Resolução CONAMA 003/1990 – Padrões de qualidade do
ar:
< http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?co
dlegi=100 >
Resolução CONAMA 008/1990 – Limites de emissão:
< http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?co
dlegi=105 >
Plano Nacional de Qualidade do Ar
< http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80060/Subsi
dios%20ao%20Pronar.pdf >
Compromisso Nacional pela Qualidade do Ar e Saúde
Ambiental:
<http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80060/Compr
omisso%20pela%20
Qualidade%20do%20Ar%20e%20Saude%20Ambiental.p
df >
Resolução CONAMA 016/1995 - PROCONVE:
< http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?co
dlegi=105 >
LINK
Se desejar você pode acessar uma publicação da
biblioteca digital da Câmara dos Deputados que
apresenta a Legislação Brasileira Sobre a Poluição do Ar.
Para obtê-la clique no link abaixo:
<http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamar
a/1542/legislacao_poluicao_ar_jose_pereira.pdf?sequenc
e=1 >
Gestão da qualidade do ar
Bem como vimos anteriormente para a gestão da
qualidade precisamos conhecer os padrões de qualidade
do ar estabelecido pela legislação. Assim, conforme a
Resolução CONAMA 003/1990 temos:
Art. 1º São padrões de qualidade do ar as concentrações de poluentes
atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e o
bem-estar da população, bem como ocasionar danos à ¿ora e à fauna,
aos materiais e ao meio ambiente em geral.[...]
Art. 2o Para os efeitos desta Resolução ¿cam estabelecidos os seguintes
conceitos: I - Padrões Primários de Qualidade do Ar são as concentrações
de poluentes que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população. II
- Padrões Secundários de Qualidade do Ar são as concentrações de
poluentes abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o
bem-estar da população, assim como o mínimo dano à fauna, à ¿ora, aos
materiais e ao meio ambiente em geral (CONSELHO NACIONAL DO MEIO
AMBIENTE, 1990, p.1).
Desta forma, o poder público deverá utilizar os padrões
legais como metas mínimas para orientar a construção
dos Planos Regionais de Controle de Poluição do Ar.
Você conhece o IPCC (Intergovernamental
Panel on Climate Change)?
IMPORTANTE
WEBAULA 1
Unidade 2 – O Controle das Endemias
Resumo: Esta web aula aborda as principais
características de algumas endemias no Brasil
enfatizando sua forma de transmissão, os principais
sintomas e tratamento da doença e aspectos
relacionados à prevenção e controle.
Palavras chave: Endemias, Controle e Prevenção.
O que é?
É uma doença febril aguda e de gravidade variável,
caracterizada em sua forma clássica, por dores
musculares e articulares intensas. Apresenta como
agente um arbovírus do gênero Flavivírus da
família Flaviviridae, do qual existem quatro sorotipos:
DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
Saiba como ocorre a transmissão.
A transmissão se dá pela picada do mosquito
transmissor, cujos criadouros são locais com água limpa
e parada, presentes principalmente em áreas urbanas.
A dengue pode ser transmitida por duas espécies de
mosquitos (Aëdes aegypti e Aëdes albopictus).
Conheça os principais sintomas
As infecções pelo vírus da dengue ocorrem desde a
forma clássica (sintomática ou assintomática) à febre
hemorrágica do dengue (FHD).
Nas formas LEVES da doença, denominadas de DENGUE
CLÁSSICA, considera-se doença de baixa letalidade, no
entanto, incapacita temporariamente as pessoas para o
trabalho.
Nesta fase o paciente apresenta sintomas tais como:
febre, cefaleia (dor de cabeça) intensa, dores musculares
e nas articulações, prostração, náuseas, vômitos, dor nos
olhos, diarreia e manchas vermelhas no corpo.
Nas formas MODERADAS e GRAVES, denominadas
DENGUE HEMORRÁGICA, além dos sintomas já
mencionados, o paciente apresenta febre alta, com
manifestações hemorrágicas, hepatomegalia e
insuficiência circulatória. Dengue hemorrágica é uma
forma grave de dengue, a letalidade é significativamente
maior do que no caso de dengue clássica.
Tratamento
Não existe um tratamento específico para DENGUE,
apenas tratamentos que aliviam os sintomas cabendo ao
profissional de saúde indicar a ingestão de muito líquido
e medicamentos sintomáticos, o paciente deve ser
monitorado quanto ao surgimento de sintomas mais
graves.
Prevenção e controle
A única maneira de se prevenir da doença é por meio do
combate às larvas do mosquito transmissor da DENGUE,
eliminando os focos de acúmulo de água em locais
propícios para a criação do mosquito transmissor da
doença. Portanto é essencial não deixar acumular água
em embalagens tais como garrafas de refrigerante, latas,
pneus, vasos de plantas, caixas d´água, tambores,
cisternas, lixeiras, entre outros. Ainda não existe VACINA
aprovada e liberada para a DENGUE, porém estudos
estão sendo realizados para viabilizá-la.
De acordo com manual de normas técnicas (BRASIL,
2001 p.66) devem ser adotadas as seguintes práticas
para a prevenção da dengue:
a) O armazenamento, coleta e disposição final dos
resíduos sólidos, visando ao êxito no combate vetorial,
compreendem três aspectos: a redução dos resíduos,
acompanhada pela sua reciclagem ou reutilização, a
coleta dos resíduos e a sua correta disposição final.
b) O trabalho educativo com vistas a difundir junto à
população noções acerca do saneamento domiciliar e do
uso correto dos recipientes de armazenamento de água é
também de fundamental importância. Recipientes como
caixas d’água, tonéis e tanques, devem ser mantidos
hermeticamente fechados, à prova de mosquitos. Caso
isso não seja possível naquele momento, o agente
deverá escovar as paredes internas do reservatório, com
vistas à remoção de ovos por ventura aí existentes.
c) Outros recipientes ou objetos existentes nos
domicílios, peridomicílios e pontos estratégicos, devem
merecer atenção dos agentes de saúde e dos moradores,
pois podem servir de criadouros importantes para o
Aedes aegypti. Por exemplo:
As calhas devem ser desobstruídas periodicamente e
mantidas com inclinação adequada para o
escoamento da água.
Cavidades em muros, pedras, árvores, etc., devem
ser tampadas com barro ou cimento, de modo a
evitar que coletem água.
Fragmentos de vidros (gargalos e fundos de
garrafas) fixados em cima de muros devem ser
preenchidos com barro ou areia grossa.
As bromélias e outros vegetais que acumulam água
entre as folhas devem ser eliminados.
As floreiras existentes nos cemitérios (ponto
estratégico) devem ser furadas por baixo, ou
preenchidas com areia grossa.
Sabe-se que a participação comunitária é fundamental
para o combate ao Aedes aegypti. O Programa de
Erradicação do Aedes aegypti no Brasil (PEAa) propõe
que o agente de endemias ou agente de saúde, trabalhe
junto à comunidade. De acordo com o Manual de normas
técnicas (BRASIL, 2001, p. 67). Na inspeção dos
imóveis, o agente de saúde deve preocupar-se em
realizar sua atividade junto com os moradores,
orientando-o em relação a:
No caso de vasos de flores ou plantas, manter o
prato que fica sob os vasos sempre seco, podendo
utilizar, para isso, areia;
A água das jarras de flores deve ser trocada duas
vezes por semana e a jarra bem lavada para eliminar
os ovos de Aedes aegypti que possam estar aderidos
às paredes. Esta recomendação é válida para áreas
que não estejam sob tratamento focal;
O cultivo de plantas em vasos com água deve ser
evitado, se possível enchendo-se o vaso com terra
ou areia;
Toda vasilha de lata deve ser furada antes de ser
descartada, para que não acumule água, sendo
colocadas em lixeiras tampadas;
Todos os objetos que podem acumular água de
chuva (copinhos plásticos, tampas de refrigerantes,
cascas de coco) devem ser esvaziados e, se
inservíveis, acondicionados em lixeira ou enterrados;
As garrafas vazias devem ser guardadas de cabeça
para baixo em locais cobertos;
Os bebedouros de aves e animais devem ter sua
água trocada pelo menos uma vez por semana, após
serem lavados com escova;
Os pneus velhos devem ser furados para escoar a
água de chuva e, se possível, guardados em local
coberto. Se inservíveis, o melhor destino é o lixo;
Os poços, tambores e outros depósitos de água
devem estar sempre tampados;
As caixas d'água e cisternas dos prédios devem ser
limpas com frequência e mantidas cobertas;
As calhas e piscinas devem ser mantidas limpas;
O lixo não deve ser jogado em terrenos baldios;
Deve-se manter o lixo tampado.
Febre amarela
O que é?
É uma doença febril aguda, de curta duração (cerca de
10 a 12 dias) causada pelo vírus da febre amarela e
apresenta gravidade variável. Esta enfermidade
apresenta duas formas de expressão, a urbana e a
silvestre e ocorre na América do Sul e na África.
Saiba como ocorre a transmissão
A transmissão se dá pela picada de mosquito presente
em áreas silvestres. A fêmea do mosquito pica a pessoa
infectada, mantém o vírus na saliva e o retransmite. Não
existe a transmissão de uma pessoa para outra, nem a
transmissão pelo contato com as secreções de uma
pessoa doente nem mesmo por meio de fontes de água
ou alimento.
A febre amarela silvestre ocorre principalmente por
intermédio de mosquitos do gênero Haemagogus.A
pessoa uma vez infectada em área silvestre, quando
retorna para a área urbana, pode servir como fonte de
infecção para o Aedes aegypti. Este também é vetor da
dengue, e principal transmissor da febre amarela urbana.
Saiba mais sobre a história da Febre Amarela acessando
o link abaixo:
< http://bvsms.saude.gov.br/bvs/febreamarela/historico
.php >
Conheça os principais sintomas.
Os sintomas da febre amarela, em geral, aparecem entre
o terceiro e o sexto dia após a picada do mosquito.
Nas formas LEVES e MODERADAS da doença, o paciente
apresenta: febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas,
vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam
amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago,
intestino e urina).
Nas formas GRAVES, além dos sintomas acima citados, o
paciente pode apresentar dores abdominais e diarreia, e
ocorre o funcionamento inadequado de órgãos vitais
como fígado e rins, podendo levar a redução do volume
urinário até a ausência de urina na bexiga, até o coma.
Assista ao vídeo Sintomas Febre Amarela,
acessando o link abaixo:
.
Tratamento
Não existe um tratamento específico para o vírus da
FEBRE AMARELA, é apenas sintomático, cabendo ao
profissional de saúde medicá-lo, o paciente deve
permanecer em repouso com reposição de líquidos e das
perdas sanguíneas, quando for o caso. O paciente deve
ser monitorado, com vigilância sobre o aparecimento de
sintomas mais graves.
Prevenção e controle
AULA 2
CONTROLE DE ENDEMIAS: DOENÇA DE CHAGAS,
ANGIOSTRONGILÍASE MENINGOENCEFÁLICA
HUMANA E ANGIOSTRONGILÍASE ABDOMINAL
HUMANA (CAUSADAS PELO CARAMUJO AFRICANO),
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA E
MALÁRIA.
Doença de Chagas
O que é?
Doença de Chagas é uma doença infecciosa grave
causada pelo protozoário parasita Trypanosoma cruzi,
transmitida ao homem e a outros animais pelas fezes de
um inseto (triatoma) conhecido por ¨bicho
barbeiro¨. Esta doença foi descoberta por um cientista
brasileiro chamado Carlos Chagas.
Saiba como ocorre a transmissão.
A doença de Chagas não é transmitida ao ser humano
diretamente pela picada do inseto. A transmissão ocorre
quando a pessoa coça o local da picada e as fezes
eliminadas pelo barbeiro penetram pelo orifício originado
por esta picada.
A transmissão pode ocorrer também por transfusão de
sangue contaminado e durante a gravidez da mãe para
filho.
Ainda, conforme informações da Secretaria de Vigilância
em Saúde /Ministério da Saúde, a transmissão pode
ocorrer também pela via oral, por meio da ingestão de
alimentos contaminados pelo Trypanosoma cruzi. No
Brasil foram registrados casos da infecção transmitida
por via oral em pessoas que tomaram caldo-de-cana ou
comeram açaí moído.
Saiba mais sobre a prevenção da doença de Chagas
acessando o link:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigila
ncia_prevencao_doenca_Chagas.pdf>
Conheça os principais sintomas da doença de
Chagas
A doença de Chagas apresenta duas fases: aguda e
crônica. A fase aguda pode apresentar sintomas
moderados ou nenhum sintoma. Os principais sintomas
nesta fase são: febre, mal estar; inchaço dos olhos e do
local da picada do inseto.
Passada a fase aguda, a doença pode entrar em
remissão, em alguns casos a pessoa pode se dar conta
que contraiu a doença somente muito tempo depois de
ter sido infectada, neste momento aparecem outros
sintomas, tais como: constipação; problemas digestivos;
dor no abdômen e dificuldades para engolir.
Tratamento
Existe tratamento para a doença de Chagas, porém o
medicamento funciona bem se a doença estiver no início.
Como é o barbeiro?
O “bicho barbeiro” vive em buracos e frestas de forros e
paredes das casas de madeira ou de barro e também em
galinheiros e pombais, em casca de troncos de árvores e
embaixo de pedras.
Prevenção e controle
As paredes e forros das casas devem ser lisos, sem
buracos, brechas ou frestas;
Todos os lugares que possam servir de esconderijo
para o barbeiro devem ser mantidos limpos (atrás
dos quadros, camas, malas, lenhas, etc.);
Construa galinheiros, chiqueiros e pombais afastados
das residências.
Esquistossomose
O que é?
É a doença também conhecida como “barriga d’água”.
Ela é causada por um parasita, chamadoSchistossoma
mansoni, que tem no homem seu hospedeiro definitivo.
Saiba como ocorre a transmissão.
Este parasita necessita de caramujos de água doce como
hospedeiros intermediários para desenvolver seu ciclo
evolutivo. sua transmissão se dá pela liberação de ovos
através das fezes do homem infectado. Quando em
contato com a água, os ovos eclodem e libertam larvas,
que se alojam em caramujos, dando continuidade ao
ciclo e liberam novas larvas que infectam as águas e
posteriormente os homens penetrando em sua pele ou
mucosas.
Conheça os principais sintomas.
A doença se apresenta em duas fases uma aguda e outra
crônica.
Na fase aguda, pode apresentar manifestações clínicas
como coceiras e dermatites, febre, tosse, diarreia,
enjoos, vômitos, fraqueza e emagrecimento.
Na fase crônica, geralmente a doença é assintomática,
apresentando diarreia podendo alternar o quadro para
prisão de ventre. A doença pode apresentar
complicações provocando o aumento do fígado e baço,
cirrose, hemorragias e ascite ou barriga d’água.
Tratamento
O tratamento da esquistossomose pode ser feito com
medicamentos específicos que combatam oSchistossoma
mansoni.
Prevenção e controle
Devem ser realizadas ações de prevenção através da
educação sanitária, oferta de saneamento básico,
controle dos caramujos e divulgação de informação sobre
o modo de transmissão da doença são medidas
essenciais para prevenção.
Angiostrongilíase meningoencefálica humana e
Angiostrongilíase abdominal humana (causadas
pelo caramujo africano).
Com a chegada do verão e do período de chuvas,
aumenta a preocupação com o controle do caramujo
africano, uma praga que afeta plantações e pode
transmitir doenças.
O que é?
Como o próprio nome diz, é uma espécie originária da
África, e foi introduzida clandestinamente no Brasil no
ano de 1988, como alternativa ao cultivo do ¨escargô¨,
mas acabou virando praga.
Seu nome científico é Achatina fulica, molusco terrestre
de grande porte. Sua concha mede entre 15 a 20 cm de
altura e de 10 a 12 cm de comprimento, chegando a
pesar 200 g. Sua cor é cinza-escuro e a concha possui
estrias e faixas castanhas.
Além de ser uma praga agrícola também é um sério
problema de Saúde Pública, pois é capaz de transmitir
um verme nematoide ao homem, o Angiostrongylus,
causador da Angiostrongilíase meningoencefálica
humana, que afeta o sistema nervoso central com
extrema gravidade.
Saiba como ocorre a transmissão
A transmissão ocorre através da ingestão de alimentos
contaminados (alimentos que tiveram contato com o
caramujo e que foram mal lavados) ou pelo contato
direto com o molusco.
Conheça os principais sintomas
Os principais sintomas são: cefaleia, rigidez da nuca,
formigamentos no corpo, paralisias temporárias e febre
baixa. O verme pode alojar-se nos olhos, causando
distúrbios visuais e até mesmo a cegueira.
Pode também alojar-se no intestino, causando o
comprometimento dos órgãos abdominais doença
denominada Angiostrongilíase abdominal humana.
Prevenção e controle
O molusco costuma se desenvolver principalmente em
terrenos baldios, terrenos com hortas e plantações e
áreas em que exista o descarte inadequado de resíduos
da construção civil (entulho). A medida de controle mais
eficaz para o caramujo é a manual, realizando a coleta e
a sua destruição individualmente.
Quando se encontra um caramujo africano deve-se
recolhê-lo, sempre com proteção nas mãos, utilizando
uma luva descartável ou um saco plástico. O caramujo
deve ser colocado em uma sacola ou recipiente e
destinado a uma unidade básica de saúde ou secretaria
de saúde.
Alguns cuidados devem ser tomados visando a
prevenção:
Não ingerir o molusco, em hipótese alguma;
Manter limpos os quintais das casas retirando todo o
entulho e o mato, pois servem de criadouro para os
caramujos;
Evitar a proliferação dos ovos do caramujo na terra a
ser utilizada para o cultivo de plantas em vasos;
Os moluscos devem ser coletados sempre com
proteção nas mãos, como luvas descartáveis ou
sacolas plásticas;
Não se deve usar veneno, sal ou outras substâncias
que podem contaminar o ambiente e não afetam o
molusco;
Frutas, verduras e legumes devem ser bem lavados.
Características da água
A caracterização da água começa a se compor ainda em
seu trajeto atmosférico. As partículas sólidas e os gases
atmosféricos de várias origens são dissolvidos pelas
águas que caem sobre a superfície da Terra em forma de
chuva, neblina ou neve.
Contudo, muitas destas características são alteradas
mesmo que inconscientemente pelo homem. O uso
intensivo de insumos químicos na agricultura, a poluição
gerada pelas indústrias e pelos grandes centros urbanos
concentram alguns gases na água das chuvas,
resultando na chamada chuva ácida, causadora de danos
ao ambiente natural e antrópico. Isso ocasiona também
a escassez de água para consumo, fazendo com que os
aspectos qualitativos da água sejam cada vez mais
preocupantes nas regiões muito povoadas.
As fontes hídricas são abundantes, porém mal
distribuídas na superfície do planeta. Em algumas áreas,
as retiradas são bem maiores que a oferta, causando um
desequilíbrio nos recursos hídricos disponíveis. Essa
situação tem acarretado uma limitação em termos de
desenvolvimento para algumas regiões, restringindo o
atendimento às necessidades humanas e degradando
ecossistemas aquáticos. Os recursos hídricos são de
fundamental importância no desenvolvimento de
diversas atividades econômicas. A água pode representar
até 90% da composição física das plantas; a falta de
água pode destruir lavouras.
Na indústria, as quantidades de água necessárias são
superiores ao volume produzido. A utilização de métodos
para o tratamento da água é viável; porém, podem
produzir problemas cujas soluções são difíceis, pois que
afetam a qualidade do meio ambiente, a saúde pública e
outros serviços. Por sua vez, as águas das bacias
hidrográficas não são confiáveis e recomendáveis para o
consumo da população por não possuírem as
características padrões de qualidade ambiental.
As fontes hídricas são abundantes, porém, mal
distribuídas na superfície do planeta. Em algumas áreas,
as retiradas são bem maiores que a oferta, causando um
desequilíbrio nos recursos hídricos disponíveis. Essa
situação tem acarretado uma limitação em termos de
desenvolvimento para algumas regiões, restringindo o
atendimento às necessidades humanas e degradando
ecossistemas aquáticos. Os recursos hídricos são de
fundamental importância no desenvolvimento de
diversas atividades econômicas. A água pode representar
até 90% da composição física das plantas; a falta de
água pode destruir lavouras; na indústria as quantidades
de água necessárias são superiores ao volume
produzido.
Água no Brasil
A interação do quadro climático com os aspectos
geológicos dominam os excedentes hídricos que
alimentam uma das mais extensas e densas redes de
rios perenes do mundo.
Em três grandes unidades hidrográficas: Amazonas, São
Francisco e Paraná estão concentrados cerca de 80% da
produção hídrica do país. Estas bacias cobrem cerca de
72% do território brasileiro, dando-se destaque à Bacia
Amazônica, que possui cerca de 57% da superfície do
País.
Embora tamanha quantidade de água doce, há um grave
problema de abastecimento no País, que é devido ao
crescimento das localidades e à degradação da qualidade
da água. O baixo nível tecnológico-organizacional está
em condições primárias de uso, recebendo a contribuição
da ocupação rural, que aumenta o desmatamento das
bacias hidrográficas. O grande desenvolvimento dos
processos erosivos do solo faz com que haja um
empobrecimento de pastagens nativas e redução das
reservas de águas do solo, assim produzindo a queda da
produtividade natural.
O conhecimento das variações de tempo, espaço das
chuvas, descargas dos rios, de fatores ambientais, sócio-
culturais, condições de uso e conservação dos seus
recursos naturais permitem planejar, evitar ou atenuar
os efeitos do excesso ou da falta de água.
O Brasil possui a maior disponibilidade hídrica do
planeta, ou seja, 13,8% do deflúvio médio mundial.
Hidrografia do Brasil
A rede hidrográfica brasileira é constituída por rios
navegados em corrente livre e por hidrovias geradas pela
canalização de trechos de rios, além de extensos lagos
isolados, criados pela construção de barragens para fins
exclusivos de geração hidrelétrica.
Alguns dos rios da Amazônia e do Centro-Oeste foram
melhorados pela dragagem de seus baixios, mas a
maioria dos rios navegáveis destas regiões são naturais.
Nas regiões Sudeste e Sul, vários rios foram canalizados,
o que permitiu o aumento da capacidade de tráfego
dessas hidrovias e da confiabilidade do transporte fluvial.
A rede hidrográfica brasileira tem elevadas condições de
umidade na maior parte do território nacional, sendo
considerada como a mais densa do planeta.
Algumas características da hidrografia do Brasil
Rica em rios, mas pobres em lagos.
O regime de alimentação dos rios brasileiros é
pluvial, não se registrando a ocorrência de regimes
nival ou glacial, sendo apenas o Rio Amazonas um
dependente do derretimento da neve da Cordilheira
do Andes, mas a sua alimentação provém
basicamente de chuvas. O período das cheias dos
rios brasileiros é no verão, com algumas exceções no
litoral do nordeste.
Grande parte desses rios é perene; apenas alguns
que nascem no sertão nordestino são intermitentes.
O destino dos rios brasileiros é exorréico, ou seja,
deságua no mar. Devido ás elevadas altitudes na
porção ocidental da América do Sul, os rios
brasileiros vão todos desaguar no Oceano Atlântico.
Mesmo os que correm para oeste fazem a curva ou
deságuam em outro rio que irá em direção ao
oceano.
Na produção de energia elétrica, o uso dos rios é
muito grande. Aproximadamente cerca de 90% da
eletricidade brasileira provém dos rios. Seu potencial
hidráulico vem de quedas d’água e corredeiras,
dificultando a navegabilidade desses mesmos rios.
Na construção da maioria das usinas hidrelétricas,
não foi levado em conta a possibilidade futura de
navegação, dificultando o transporte hidroviário.
Bacias Hidrográficas
É a área ocupada por um rio principal e todos os seus
tributários, cujos limites constituem as vertentes, que
por sua vez limitam outras bacias. No Brasil, a
predominância do clima úmido propicia uma rede
hidrográfica numerosa e formada por rios com grande
volume de água.
As bacias hidrográficas brasileiras são formadas a partir
de três grandes divisores:
Planalto Brasileiro
Planalto das Guianas
Cordilheira dos Andes
Bacia Amazônica
É a maior superfície drenada do mundo. O Rio
Amazonas, dependendo da nascente, é considerado o
segundo (6.557 Km) ou o primeiro rio mais extenso do
mundo. É o rio de maior vazão de água (100.000 m3/s),
depositando aproximadamente 15% dos débitos fluviais
totais do mundo. Possui uma largura média de 4 a 5 Km,
podendo atingir mais de 10 Km em alguns pontos. Nasce
na planície de La Raya, no Peru, com o nome de
Vilcanota, desce as montanhas, recebendo os nomes de
Ucaiali, Urubanda e Marañón. No território brasileiro,
recebe o nome de Solimões e, a partir da confluência
com o Rio Negro, próximo a Manaus, é chamado de
Amazonas. Dos seus mais de 7 mil afluentes, os
principais são: Negro, Trombetas e Jari (margem
esquerda); Madeira, Xingu e Tapajós (margem direita).