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Notificação de
violências interpessoais
e autoprovocadas
Brasília DF 2017
1
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos
não Transmissíveis e Promoção da Saúde
Notificação de
violências interpessoais
e autoprovocadas
Brasília DF 2017
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2017 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição
– Não Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É
permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em
Saúde do Ministério da Saúde: <www.saude.gov.br/bvs>.
Ficha Catalográfica
____________________________________________________________________________________
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças
e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde.
Notificação de violências interpessoais e autoprovocadas [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis
e Promoção da Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017.
22 p.: il.
Modo de acesso: World Wide Web: <http://bvsms.saude.gov.br/publicacoes/notificacao_violencias_
interpessoais_autoprovocadas.pdf>
1. Violência. 2. Notificação. 3. Vigilância em Saúde. I. Título.
Leonardo Boff
3
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 5
NOTIFICAÇÃO DE
VIOLÊNCIAS INTERPESSOAIS 7
E AUTOPROVOCADAS
REFERÊNCIAS 19
BIBLIOGRAFIA 21
4
APRESENTAÇÃO
5
A notificação de violências interpessoais e autoprovocadas é uma das ações
de vigilância em saúde, sendo um dos passos da linha de cuidado.
6
NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIAS
INTERPESSOAIS E AUTOPROVOCADAS
7
A notificação está contemplada em normas técnicas do Ministério da
Saúde, tais como a Norma Técnica de Atenção Humanizada às Pessoas
em Situação de Violência Sexual com registro de informações e coleta de
vestígios (BRASIL, 2016), entre outras. Também está priorizada em algumas
políticas de saúde, como as Políticas Nacionais de Atenção Integral à Saúde
Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, instituída pela
Portaria nº 2.836, de 1º de dezembro de 2011; a Política Nacional de Saúde
Integral da População Negra, instituída pela Portaria nº 992, de 13 de maio
de 2009; a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e
da Floresta, instituída pela Portaria n° 2.866, de 2 de dezembro de 2011.
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Por que é necessário notificar os casos de violências?
• Para conhecer a magnitude e a gravidade das violências e identificar os
casos que permanecem “ocultos” nos espaços privados e públicos.
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Todos(as) profissionais de saúde devem notificar. A notificação é compulsória
em conformidade com a legislação. Ela não se restringe a uma ou outra
categoria profissional. O ideal é que o(a) profissional que fez o atendimento
também faça a notificação. Todavia, a equipe ou o serviço de saúde tem
autonomia para definir qual profissional preencherá a ficha de notificação
de violência interpessoal e autoprovocada, de acordo com o contexto de
cada caso.
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Estar diante de um caso de violência, significa estabelecer um encontro com
o outro. A pessoa em situação de violência pode apresentar manifestações
comportamentais que alteram a rotina dos serviços de saúde, como
por exemplo, agressividade direcionada aos(às) profissionais. Todavia, é
importante ressaltar que esses comportamentos não são um ataque pessoal
a um(a) determinado(a) profissional, mas sim manifestações decorrentes da
vivência traumática. Por isso, o primeiro cuidado em saúde ao se atender
uma pessoa é acolhê-la com respeito e empatia. É importante acalmá-la e
estabelecer um vínculo afetuoso buscando resolutividade no atendimento.
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A postura acolhedora e resolutiva precisa ser uma prática de todos(as) os(as)
profissionais que entram em contato com as pessoas que são atendidas
pelo serviço de saúde, incluindo a equipe de recepção, segurança e equipe
multiprofissional – (médico(a), enfermeiro(a), psicólogo(a), assistente social,
fisioterapeuta, dentista, fonoaudiólogo(a), agente de saúde, entre outros.
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Atitudes do(a) profissional no acolhimento
• Receber a pessoa de forma discreta, sem alardes que possam constrangê-la.
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• Assumir uma atitude cuidadosa ao tratar as questões referentes à
orientação sexual e identidade de gênero em todas as situações,
principalmente quando a pessoa em situação de violência for uma
criança ou adolescente, pois ainda está em desenvolvimento; não sendo
adequado fazer definições ou generalizações quanto à sexualidade.
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• Deixar explícito no campo das observações as informações que julgar
relevantes ao processo de acompanhamento e seguimento do caso.
• Informar à pessoa atendida que ela sempre poderá voltar à unidade, caso
sinta necessidade de mais informações ou orientações.
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Acolhimento da pessoa em situação de violência com classificação
de risco
O Acolhimento da pessoa em situação de violência com classificação
de risco é um trabalho participativo compartilhado entre gestores(as),
trabalhadores(as) e usuários(as), na identificação de risco e definição
de prioridades de atendimento. Todas as pessoas são atendidas, mas há
atenção ao grau de sofrimento físico e psíquico da pessoa e agilidade no
atendimento a partir dessa avaliação.
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É preciso identificar as situações de maior vulnerabilidade a
fim de elaborar estratégias preventivas de atuação. Nos casos de
famílias em situação de violência, deve-se observar a história da
pessoa agredida, o histórico de violência na família e a descrição
dos atos de violência. A equipe de saúde deve avaliar os riscos
de repetição ou agravamento, visando à prevenção de novos
episódios (BRASIL, 2011c).
1
Notificação imediata é aquela realizada em até 24 horas após o atendimento, pelo meio mais
rápido disponível.
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REFERÊNCIAS
19
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção á Saúde. Departamento
de Ações Programáticas e Estratégicas. Prevenção e tratamento dos agravos
resultantes da violência sexual contra mulheres e adolescentes: norma técnica. 3.
ed. atual. e ampl. Brasília, 2011c.
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BIBLIOGRAFIA
21
______. Ministério da Saúde. Portaria MS/GM nº 2.866, de 2 de dezembro de 2011.
Institui no âmbito do Sistema Único de Saúde, a Política Nacional de Saúde Integral
das Populações do Campo e da Floresta. Diário Oficial da República Federativa do
Brasil, Brasília, DF, n. 232, 5 dez. 2011. Seção 1, p. 93.
22
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
www.saude.gov.br/bvs