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Escrito por:
Penny Tompkins
James Lawley
Publicado em:
qua, 08/10/2014
Modelagem Simbólica
Existem três características que distinguem a Modelagem Simbólica dos outros processos de
metáforas e visualização. Primeiro é a confiança do individuo, e somente o indivíduo, ao usar
seus sintomas para identificar uma metáfora pessoal, autógena para a sua doença. Segundo, é
um meio para questionar essas metáforas. Esse processo de questionamento foi originado por
David Grove e é chamado de “Linguagem Clara”. E terceiro, enquanto as metáforas são
comumente expressas como imagens, a Modelagem Simbólica também faz uso das outras
maneiras pelas quais as pessoas representam suas doenças ou processos de cura:
expressões corporais, sensações, sons, desenhos, objetos físicos, etc.
O uso da metáfora autógena pode ser particularmente conveniente nas doenças “funcionais ou
relacionadas ao estresse, aquelas nas quais nenhum micro-organismo específico foi
identificado como fonte do colapso fisiológico. Essa categoria da disfunção inclui tanto os
maiores problemas de saúde como as doenças cardiovasculares, algumas formas de câncer, e
as chamadas doenças autoimunes, bem como aquelas que são menos catastróficas, como
úlceras gástricas, muitas condições alérgicas, síndromes miofaciais, enxaquecas e TPM.
Estima-se que de 50 a 80 por cento de todas as doenças físicas que exigem atenção médica
estão relacionadas ao estresse ou são funcionais por natureza”.nota2
As pessoas, muitas vezes, usam espontaneamente na conversa uma metáfora para descrever
seus sintomas. A Dra. Sheila Stacey diz: “Meus pacientes descrevem classicamente a dor com
metáforas como nodoso, compressão, penetrante ou queimação. Eu descobri que os pacientes
com câncer usam particularmente metáforas vívidas: “Ela está me destruindo pouco a pouco”
ou “Eu estou assustado porque ela se espalha rapidamente.”
Além do uso espontâneo de metáforas para descrever seus sintomas, os clientes podem se
beneficiar da eliciação e das técnicas de revelação das metáforas. Nesses casos, é importante
que o facilitador use a linguagem “clara” porque desse modo ele não contamina a experiência
do cliente com suas próprias preferências (muitas vezes inconscientes) por certo tipo de
metáforas.
Quando as enfermeiras fizeram essa pergunta, elas obtiveram respostas como “É como
formigas correndo por todo o meu corpo” e “É como um arame enrolado como queijo derretido
em volta das minhas pernas”. Mais perguntas claras, como “Existe alguma coisa a mais sobre
(a metáfora do paciente)”? ou “E que tipo de (a metáfora do paciente) é essa?”, encorajaram os
pacientes a descrever essas estranhas sensações em detalhes nota3. As enfermeiras ficaram
surpresas em como esses pacientes se sentiram aliviados quando puderam explicar seus
sintomas dessa maneira. Alguns pacientes disseram que foi a primeira vez que eles sentiram
que alguém realmente entendia como era experimentar a doença deles.
Metáforas evoluídas
Uma dermatologista que faz uso da Modelagem Simbólica, a Dra. Justina Cladatus, relata: “Um
dos meus pacientes tinha um problema de alopecia areata (perda de cabelo ou de pelos).
Sua metáfora inicial para os seus sintomas era uma montanha árida com neve no cume.
Quando o processo se desdobrou, ele se descobriu amarrado numa parede com cordas
marrom num quarto escuro, com chão de cimento e uma pequena janela gradeada.
A metáfora dele evoluiu até ele estar de pé ao lado de um poço branco situado num lindo vale
cheio de flores amarelas e vegetação verde. O poço era uma fonte de água fresca. Enquanto
isso, a neve derreteu e a montanha se tornou uma pequena colina com árvores crescendo
nela. E o cabelo dele começou a crescer preto!”.nota4
Peter Hettel foi diagnosticado com câncer nos seios da face. Depois da cirurgia, seu câncer
retornou e por isso ele se voltou para as abordagens alternativas, incluindo a PNL. Num outro
exemplo da natureza individual da metáfora, Peter descobriu que suas células imunológicas
brancas eram como “coelhinhos se banqueteando num campo de cenouras-câncer laranjas, o
que aumentava a energia e o apetite sexual deles, com isso faziam mais sexo e mais
coelhinhos que também estavam com fome e comiam mais”. Uma manhã ele percebeu, para
sua surpresa, que não tinha cenouras suficientes para todos os seus coelhos! Algumas
semanas depois, ele havia literalmente cuspido o seu tumor. Seu médico disse “Foi como se o
seu corpo tivesse rejeitado um objeto estranho, como a rejeição de um transplante, realmente
expelido do seu corpo. Eu não posso responder por isso”.nota5
Para concluir
Nós nos habituamos a pensar que a mente não tivesse nenhum efeito sobre o corpo. Agora,
até o mais tradicional médico admite que a mente e o corpo estão ligados e que as mudanças
num afetam o outro. É possível ir até mais longe e reconhecer que mente e corpo são
simplesmente expressões diferentes da mesma unidade, e que toda doença é uma doença
mente corpo, e que toda cura é uma cura mente corpo. A Modelagem Simbólica, a Linguagem
Clara e a metáfora autógena formam um processo congruente para trabalhar com os sintomas
mente corpo.nota6
Notas
1 Com a Vida de Novo, O. C. Simonton, S. Mathews-Simonton and J. L. Creighton.
2Arun Hejmadi e Patricia Lyall, 'Autogenic Metaphor Resolution ', em Leaves Before the
Wind, Charlotte Bretto e outros, pp. 99-122.
3As restantes “9 perguntas claras básicas” estão disponíveis no artigo: "Less is More ... The
Art of Clean Language" (The Basic Questions).
4Esse exemplo foi retirado do Experts Forum do website de Caroline
Myss www.myss.com ('Resources').
5Como relatado em Remarkable Recovery por Caryle Hirshberg e Marc Ian Barasch, pp. 287-
293.
6Quando usamos a Modelagem Simbólica nas manifestações físicas dos sintomas, nós sempre
recomendamos que os clientes procurem seguir as orientações do seu médico.
O artigo sob o título “Healing Metaphors” foi publicado pela primeira vez em 2001 pela The
Magic Lamp, newsletter da Organisational Healing Ltd e atualmente não se encontra
disponível. É uma parte de um artigo mais longo: The Mind, Metaphor and Health que se
encontra no site www.cleanlanguage.co.uk
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