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LEI COMPLEMENTAR Nº 014, DE 21/12/1993 - Suzano / SP - Legisla... http://leis.camarasuzano.sp.gov.br/szn/legislacao/leis/1993/Lc0014.

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LEI COMPLEMENTAR Nº 014, DE 21/12/1993


Consolida e altera as Leis de polícia administrativa, higiene pública, segurança, ordem, bem-estar coletivo,
localização e funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, e de prestadores de serviços, além
das demais normas atinentes, consubstanciando-as no Código de Posturas do Município, e dá outras
providências.

AUTÓGRAFO Nº 103-93/94, DE 20/12/1993


Projeto de Lei Complementar nº 011-93/94
Autor: Executivo Municipal
PAULO FUMIO TOKUZUMI, Prefeito Municipal de Suzano, Estado de São Paulo, usando das
atribuições legais que lhe são conferidas;

Faz saber que a Câmara Municipal de Suzano aprovou e ele promulga a seguinte Lei Complementar:

LIVRO ÚNICO - TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


Art. 1º Esta Lei Complementar consolida a legislação pertinente, consubstanciando o Código de Posturas do
Município de Suzano.

Art. 2º Este Código tem como finalidade instituir as medidas de polícia administrativa a cargo do Município em
relação à higiene pública, segurança, ordem, bem-estar coletivo, localização e funcionamento de estabelecimentos
comerciais, industriais, e de prestadores de serviços, bem como as correspondentes relações jurídicas entre o Poder
Público Municipal e os cidadãos.
Parágrafo único. A utilização do espaço do Município e o bem-estar público, quando não disciplinado por
legislação específica, serão regidos pela presente Lei Complementar.

Art. 3º Ao Chefe do Poder Executivo, aos servidores públicos municipais e aos cidadãos em geral compete cumprir e
fazer cumprir as prescrições deste Código.

Art. 4º Toda pessoa, física ou jurídica, sujeita às prescrições deste Código, fica obrigada a facilitar, por todos os
meios, a fiscalização municipal no desempenho de suas funções.

TÍTULO II - DA HIGIENE PÚBLICA


CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 5º Compete à Prefeitura zelar pela higiene pública, visando a melhoria do ambiente, a saúde, e o bem-estar da
população, favoráveis ao seu desenvolvimento social e ao aumento da expectativa de vida.
Parágrafo único. A fiscalização abrangerá especialmente a higiene e a limpeza de vias públicas, dos próprios
municipais e estaduais e federais, das habitações particulares e coletivas, da alimentação, incluindo todos os
estabelecimentos onde se fabricam ou vendam bebidas e produtos alimentícios, e dos estábulos, cocheiras e
pocilgas.

Art. 6º Em cada inspeção em que for verificada irregularidade, apresentará a fiscalização à autoridade competente
um relatório circunstanciado, sugerindo medidas ou solicitando providências a bem da higiene pública.
Parágrafo único. A prefeitura tomará as providências cabíveis ao caso ou remeterá cópia do relatório às
autoridades federais ou estaduais competentes, quando as providências necessárias forem da alçada das mesmas.

Art. 7º É proibido fazer varredura do interior dos prédios, dos terrenos e dos veículos, para os logradouros públicos.
Parágrafo único. É proibido atirar sobre qualquer pretexto, e qualquer meio, papéis, anúncios, reclamos ou outros
detritos, sobre logradouros públicos.

Art. 8º É proibido comprometer, por qualquer forma, a limpeza das águas destinadas ao consumo público ou

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particular.

Art. 9º É vedada, senão à distância de 800 (oitocentos) metros de logradouros públicos ou núcleos residenciais, a
instalação de estrumeiras, ou depósito, de qualquer porte, de estrume animal não beneficiado.

CAPÍTULO II - DA HIGIENE DE LOGRADOUROS PÚBLICOS


SEÇÃO I - DAS CONDIÇÕES DE LIMPEZA E DRENAGEM

Art. 10. Cabe à Administração Pública Municipal prestar de modo direto, ainda que por execução contratada, ou
indiretamente, através de concessão, os serviços de limpeza dos logradouros públicos e de coleta de lixo doméstico,
inclusive dos estabelecimentos comerciais e industriais.
Parágrafo único. Para que o lixo seja coletado pelo serviço público deverá:
a) estar acondicionado em recipientes apropriados de volume não superior a 100 (cem) litros;
b) ser colocado nos logradouros públicos devidamente acondicionado, na forma da alínea anterior, com a
antecedência máxima de seis (06) horas, antes do horário previsto para a coleta pública, na forma da programação
previamente divulgada.

Art. 11. Não serão considerados como lixo doméstico os resíduos de fábricas e oficinas, ou restos de materiais de
construção, os entulhos provenientes de demolições, as matérias excrementícias e os restos de forragem das
cocheiras e estábulos, as palhas e outros resíduos das casas comerciais, bem como terra, folha e galhos dos jardins
e quintais particulares, os quais terão destinação conveniente e serão removidos à custa dos respectivos inquilinos
ou proprietários, sob pena de multa.
Parágrafo único. A Prefeitura poderá proceder à remoção do entulho, bem como de outros resíduos sólidos que
ultrapassem o volume de 100 (cem) litros, em dia e horário previamente estipulados, mediante pagamento de preço
fixado pelo Poder Executivo, ou não realizar esta remoção, a seu exclusivo critério, indicando, neste caso, por escrito,
o local da destinação dos mesmos, cabendo ao munícipe interessado todas as providências nesse sentido.

Art. 12. Os lixos provenientes de hospitais, clínicas, casas de saúde, drogarias e farmácias ou similares, não
enquadráveis como doméstico, deverão ter destinação apropriada, observadas as normas sanitárias cabíveis, sob a
responsabilidade e às expensas dos respectivos geradores.
Parágrafo único. O Prefeito Municipal estabelecerá, por Decreto:
a) normas relativas aos locais onde poderão ser depositados os resíduos referidos nos artigos anteriores,
observada a legislação federal e estadual pertinente; e,
b) o uso de determinado tipo ou espécie de recipiente.

Art. 13. Os conjuntos habitacionais e prédios de habitação coletiva serão dotados de instalação coletora de lixo,
convenientemente disposta, perfeitamente vedada e dotada de dispositivos para limpeza e lavagem.

Art. 14. A limpeza do passeio fronteiriço à edificação é de responsabilidade de seus ocupantes, a qualquer título.
§ 1º A lavagem ou varredura do passeio e sarjeta será efetuada em hora conveniente e de pouco trânsito, de forma
a prevenir transtornos para a circulação de pedestres ou veículos.
§ 2º É proibido varrer lixo ou detritos sólidos de qualquer natureza para bocas de lobo ou ralos de logradouros
públicos.

Art. 15. É proibido danificar, obstruir ou dificultar com detritos ou quaisquer outros materiais, o livre escoamento das
águas, canos, valas, sarjetas, ou canais situados em logradouros públicos ou em áreas de servidão.

Art. 16. Para preservar a higiene pública é proibido:


I - deixar escoar águas servidas ou esgotos das edificações para logradouros públicos e galerias, valas ou valetas
de escoamento de águas pluviais;
II - transportar, sem as precauções devidas, quaisquer materiais que possam comprometer o asseio das vias
públicas;
III - utilizar-se de depósitos coletivos de água para uso não conforme (lavar roupas, louças, etc.);
IV - conduzir para a cidade, vilas ou povoações do Município, doentes portadores de moléstias infecto-contagiosas,
salvo com as necessárias precauções de higiene e para fins de tratamento;
V - comprometer, de qualquer forma, mesmo que não especificado, o asseio das vias ou logradouros públicos.

SEÇÃO II - DA UTILIZAÇÃO DE LOGRADOUROS PÚBLICOS

Art. 17. Nenhuma obra, inclusive demolição, quando feita no alinhamento das vias públicas, poderá dispensar o
tapume provisório, que deverá ocupar uma faixa de largura, no máximo, igual a 1/3 do passeio.
§ 1º Quando os tapumes forem construídos em esquinas, as placas de nomenclatura dos logradouros serão nelas
afixadas de forma bem visível.
§ 2º Dispensa-se o tapume quando se tratar de:
a) construção ou reparos de muros ou grades com altura não superior a 02 (dois) metros;
b) pinturas ou pequenos reparos.

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Art. 18. Os andaimes deverão satisfazer as seguintes condições:


I - apresentarem perfeitas condições de segurança;
II - terem a largura do passeio, até o máximo de 02 (dois) metros;
III - não causarem danos às árvores, aparelhos de iluminação e rede telefônica e à distribuição de energia elétrica.
Parágrafo único. O andaime deverá ser retirado quando ocorrer a paralisação da obra por mais de 30 (trinta) dias.

Art. 19. A Prefeitura poderá impedir o trânsito de qualquer veículo ou meio de transporte que possa ocasionar danos
à via pública.

Art. 20. A execução de argamassa em logradouros públicos só será autorizada em caráter excepcional e desde que
a mistura seja feita em caixa estanque, de forma a evitar o contato com o pavimento.

Art. 21. Nas obras e demolições, não será tolerado, além do alinhamento do tapume, a ocupação de qualquer parte
do passeio com materiais de construção.

Art. 22. Os serviços de colocação de tubulação para escoamento de águas pluviais, e rebaixamento ou levantamento
de guias serão executados pela Prefeitura, mediante requerimento do proprietário ou locatário e pagamento prévio do
preço público cabível, na forma da legislação vigente.

Art. 23. O rebaixamento de guia observará sempre a extensão estritamente necessária para atendimento da
finalidade pretendida, em acordo com a característica da edificação.
§ 1º Se o rebaixamento de guias implicar em remoção de postes, caixas telefônicas ou de outros equipamentos de
concessionárias de serviço público, os trabalhos somente serão executados se a transferência de local não contrariar
aspectos técnicos-operacionais da mesma.
§ 2º O rebaixamento a que alude o "caput" deste artigo não poderá ultrapassar, continua ou alternadamente, em um
mesmo imóvel, 08 (oito) metros lineares.

Art. 24. A execução dos serviços de que trata esta Lei, sem prévia licença, implicará na aplicação de multa cabível ao
proprietário do imóvel ou seu locatário, quando este o responsável.

Art. 25. Se a Prefeitura, por qualquer motivo, tiver necessidade de refazer os serviços executados clandestinamente,
o infrator, além da multa prevista, pagará o preço público referente às despesas de reconstrução acrescido de 50%
(cinqüenta por cento), a título de administração.

Art. 26. A Prefeitura poderá, em qualquer época e sem aviso ou indenização, mandar levantar o rebaixamento se:
I - ocorrer motivo de interesse público que o justifique;
II - o rebaixamento for executado em desacordo com as normas legais e regulamentares.
Parágrafo único. Verificada a hipótese do inciso II deste artigo, o levantamento das guias implicará no pagamento
do preço correspondente ao custo dos serviços, acrescidos de 50% (cinqüenta por cento) a título de administração,
sem prejuízo da multa cabível.

Art. 27. A colocação de tubulações embutidas no passeio só será autorizada para escoamento de águas pluviais e
terá a direção de descarga voltada para a jusante da rua, utilizando-se cano de material resistente, aprovado pelo
órgão competente da Prefeitura.
Parágrafo único. Verificada a colocação de tubulações em desacordo com o disposto neste artigo, a Prefeitura
providenciará o seu imediato fechamento, sem prejuízo da imposição da multa respectiva.

Art. 28. Quando da execução, pela Prefeitura, de serviços de assentamento ou reassentamento de guias nas vias
públicas, poderão ser efetuados, independentemente de requerimento do interessado, rebaixamentos defronte às
entradas de veículos, que preencham as condições estabelecidas nesta Lei ou em regulamento, sempre que essa
necessidade for evidente aos responsáveis pela obra.
Parágrafo único. No caso deste artigo, não haverá cobrança de preço público.

Art. 29. O estacionamento em vias públicas será gratuito e observará a legislação pertinente, salvo quando em área
especial, assim definida pelo Município em norma própria, hipótese em que sujeitará o responsável ao pagamento do
preço público correspondente.
§ 1º Nas áreas especiais, a que alude o "caput" deste artigo, o veículo não poderá permanecer por prazo superior
ao previsto no respectivo cartão de estacionamento, sob pena de multa e recolhimento ao pátio municipal.
§ 2º Quando a permanência do veículo, de qualquer natureza, ocorrer por mais de 05 (cinco) dias ininterruptos em
qualquer via pública, desde que não enquadrável no parágrafo anterior, também ensejará aquelas providências.

Art. 30. É proibida a ocupação, a qualquer título, de logradouros e prédios públicos.


§ 1º Exclue-se do disposto no "caput" deste artigo a utilização regular, por intermédio de concessão, permissão ou
autorização do Poder Público, e pagos os valores correspondentes, na forma prevista pela Tabela "A" do Código
Tributário Municipal.
§ 2º Além das sanções previstas nesta Lei, os infratores estarão sujeitos a imediata remoção.

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Art. 31. Poderão ser armados coretos ou palanques provisórios nos logradouros públicos, para comícios políticos,
festividades religiosas, cívicas ou de caráter popular, desde que sejam observadas as seguintes condições:
I - ter a sua localização aprovada pela Prefeitura;
II - ser previamente autorizado pelas autoridades competentes;
III - não perturbarem ou interromperem o trânsito público;
IV - não prejudicarem o calçamento nem o escoamento das águas pluviais, correndo por conta dos responsáveis
pelos eventos a indenização pelos estragos eventuais verificados;
V - serem removidos no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, a contar do encerramento dos festejos.

Art. 32. Nas curvas das estradas municipais existentes em que as condições de visibilidade encontrarem-se
prejudicadas por elementos localizados em terrenos particulares, o Executivo Municipal executará as obras
necessárias à desobstrução, para manter as condições de visibilidade da estrada.

Art. 33. É proibido aos proprietários dos terrenos marginais às vias e logradouros públicos ou a quaisquer outras
pessoas, sob qualquer pretexto:
I - obstruir, modificar ou dificultar de qualquer modo o livre trânsito nas estradas, sem autorização da Prefeitura;
II - destruir ou danificar o leito das vias, pontes, bueiros e canaletas de escoamento das águas pluviais, inclusive
seu prolongamento fora da estrada;
III - abrir valetas, buracos ou escavações nos leitos das estradas;
IV - impedir ou dificultar o escoamento de águas pluviais das estradas para o interior das propriedades lindeiras;
V - colocar mata-burros, porteiras ou quaisquer outros obstáculos que prejudiquem o livre fluxo de veículos, ou que
dificultem os trabalhos de conservação nas estradas municipais;
VI - permitir que as águas pluviais concentradas nos imóveis rurais lindeiros atinjam a pista carroçável das vias
públicas, seja por falta de valetas ou curvas de nível mal dimensionadas, seja por erosões existentes nos referidos
imóveis.

Art. 34. Junto a estradas municipais cujas condições dificultem a drenagem na faixa de domínio da via, a Prefeitura
poderá executar obras para conduzir águas pluviais e conter a erosão às margens das estradas, em áreas de
propriedade privada.

Art. 35. A administração pública municipal poderá executar a conservação de estradas ou caminhos rurais
particulares, desde que justificada a necessidade de apoio à produção agrícola e mediante recolhimento antecipado
aos cofres públicos do valor dos serviços a executar.

Art. 36. É proibido nas estradas da malha oficial do Município o transporte de qualquer material em forma de arrasto
ou outra modalidade que danifique o leito das mesmas.

Art. 37. Os postes telegráficos, de iluminação e força, as caixas postais e as cabines telefônicas só poderão ser
instalados nos passeios públicos no estrito espaço correspondente à junção dos terrenos.
§ 1º Caberá à Administração Municipal, em casos excepcionais, mediante requerimento da entidade responsável
pela instalação desses equipamentos, autorizar a sua instalação fora dos parâmetros exigidos no caput deste artigo.
§ 2º A Administração Pública ou as concessionárias ou permissionárias de serviços públicos responsáveis por
equipamentos que estiverem em desacordo com a exigência estabelecida no caput deste artigo deverão proceder a
regularização no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sem ônus para os respectivos proprietários dos imóveis.

Art. 38. As colunas ou suportes de anúncios, as caixas de papéis usados, os bancos ou os abrigos de logradouros
públicos somente poderão ser instalados mediante anuência da Prefeitura, na forma da legislação própria.

Art. 39. As bancas para vendas de jornais e revistas somente serão permitidas, nos logradouros públicos, observada
a legislação própria, desde que satisfaçam às seguintes condições:
I - terem sua localização aprovada pela Prefeitura;
II - apresentarem bom aspecto quanto à sua estrutura e visual;
III - não perturbarem o trânsito público;
IV - serem de fácil remoção.

Art. 40. Os estabelecimentos comerciais poderão ocupar, com mesas e cadeiras, parte do passeio correspondente à
testada, do edifício, desde que fique livre para o trânsito público uma faixa de largura mínima de 2,00 (dois) metros.

Art. 41. Os relógios, estátuas, fontes e quaisquer monumentos somente serão colocados nos logradouros públicos se
comprovado o seu valor artístico ou cívico, a juízo da Prefeitura e observada a legislação própria.
§ 1º Dependerá, ainda, de aprovação do órgão municipal competente, o local escolhido para a fixação dos
monumentos.
§ 2º No caso de paralisação ou mau funcionamento de relógio instalado em logradouro público, seu mostrador
deverá permanecer coberto.

SEÇÃO III - DO TRÂNSITO NOS LOGRADOUROS PÚBLICOS

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Art. 42. O trânsito, de acordo com as leis vigentes, é livre, e sua regulamentação tem por objetivo manter a ordem, a
segurança e o bem estar dos transeuntes e da população em geral.

Art. 43. É proibido embaraçar ou impedir, por qualquer meio, e por qualquer motivo, o livre trânsito de pedestres ou
veículos nas ruas, praças, passeios, estradas e caminhos públicos, exceto para efeito de obras públicas; festejos
cívicos e populares, ou quando exigências policiais assim o determinarem.
Parágrafo único. Sempre que houver necessidade de interromper o trânsito será colocada sinalização adequada,
claramente visível de dia e luminosa à noite.

Art. 44. Tratando-se de materiais cuja descarga não possa ser feita diretamente no interior dos imóveis, será tolerada
a descarga e permanência no passeio, com o mínimo de prejuízo ao trânsito, por tempo não superior a duas (02)
horas, salvo quando se tratar de materiais de construção, hipótese em que o prazo máximo será de 06 (seis) horas.
§ 1º Nos casos previstos no "caput" deste artigo, os responsáveis pelos materiais depositados na vida pública
advertirão os veículos, à distância conveniente, dos prejuízos causados ao livre trânsito.
§ 2º O horário para carga e descarga será disciplinado por Decreto do Executivo.

Art. 45. É expressamente proibido nos logradouros públicos:


I - conduzir animais em disparada ou veículos acima da velocidade máxima permitida;
II - conduzir animais bravios sem a necessária precaução;
III - conduzir rebanhos de animais na área urbana, salvo em veículos apropriados;
IV - atirar nos logradouros públicos corpos ou detritos que possam incomodar os transeuntes.

Art. 46. É expressamente proibido danificar ou retirar sinais de trânsito colocado nas vias, praças, estradas ou
caminhos públicos.

Art. 47. A Prefeitura impedirá o trânsito de qualquer veículo ou meio de transporte que possa ocasionar danos à via
pública.

Art. 48. É proibido embaraçar o trânsito ou molestar os pedestres por meios como:
I - transportar, pelos passeios, volumes de grande porte;
II - dirigir ou conduzir, pelos passeios, veículos de quaisquer espécies;
III - ocupar qualquer parte do passeio, fora dos tapumes com materiais de construção, mesmo que sobras de
demolição e construção;
IV - colocar suportes, fixos ou removíveis, para acomodar lixo domiciliar de forma a embaraçar a circulação de
pedestres;
V - conduzir ou conservar animais sobre os passeios e jardins;
VI - andar de patins, "skates", carrinhos de rolemã, ou congêneres, a não ser nos logradouros a isso destinados;
VII - amarrar animais em postes, árvores, grades ou portas.
Parágrafo único. Excetuam-se ao disposto no inciso II deste artigo, carrinhos de crianças ou de deficientes físicos
e, em ruas de pequeno movimento, triciclos e bicicletas de uso infantil.

SEÇÃO IV - DOS TERRENOS, DA SUA VEDAÇÃO E DOS PASSEIOS


Art. 49. Os proprietários de imóveis situados na zona urbana do Município, em vias e logradouros públicos dotados
de guias, sarjetas ou calçamento, são obrigados a construir, reconstruir ou reparar os respectivos passeios e a
mantê-los em perfeito estado de conservação.
Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo, consideram-se inexistentes os passeios se:
a) construídos ou reconstruídos em desacordo com as especificações técnicas ou regulamentares;
b) o mau estado de conservação exceder a 1/5 (um quinto) da à área total; ou,
c) mesmo sendo inferior à parcela indicada na alínea anterior, quando os consertos prejudicarem o aspecto
estético ou harmonioso do conjunto, a critério da fiscalização.

Art. 50. Os imóveis situados na zona urbana do Município, com frente para via ou logradouro público, dotados de
guias ou pavimentação, serão obrigatoriamente, fechados, nos respectivos alinhamentos, através de muros, grades
ou cercas, de acordo com o padrão instituído pela legislação própria.
§ 1º A construção de muro na divisa de logradouro público depende de alinhamento, a ser fornecido pela Prefeitura
mediante requerimento dos proprietários.
§ 2º A obrigação, a que se refere o "caput" deste artigo, é extensível aos proprietários de terrenos dotados de muro
que estejam:
a) em precárias condições de conservação;
b) considerados em desacordo com as normas técnicas legais e regulamentares;
c) em desacordo com o alinhamento do logradouro público;
d) apresentando danos que inviabilize a vedação do imóvel.
§ 3º O alinhamento, a que alude o "caput" deste artigo será dispensado, a juízo da Prefeitura, no caso de imóvel
que acompanhe o alinhamento existente, em vias ou logradouros dotados de todos os melhoramentos públicos e não
atingidos por planos urbanísticos.
§ 4º Os lotes edificados, arquitetonicamente resolvidos, estão isentos do fechamento de que trata o "caput" deste

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artigo.
§ 5º Serão fixadas, por Decreto, normas a serem observadas na construção de muros e passeios, quanto a seu
tipo, forma, tamanho e característica, bem como critérios quanto ao entendimento de estado de conservação dos
mesmos, e locais prioritários da aplicação da Lei.

Art. 51. A Prefeitura, ouvido o órgão técnico competente, poderá dispensar a construção de muro de fecho quando os
terrenos se localizarem junto à córregos ou apresentarem acentuado desnível ao leito dos logradouros, que não
permitam a execução da obra.
Parágrafo único. Dispensar-se-á, igualmente, a construção de muros em terrenos com alvará de construção,
desde que a obra se inicie dentro de noventa (90) dias contados da data de expedição do respectivo alvará.

Art. 52. Os terrenos rurais, na divisa com os logradouros públicos serão fechados, optativamente, com:
I - cercas de arame farpado ou liso, com 03 (três) ou mais fios, e, no mínimo, 1,40m (um metro e quarenta
centímetros) de altura;
II - cercas vivas, de espécies vegetais adequadas e resistentes;
III - telas de fios metálicos com altura mínima de 1,40m (um metro e quarenta centímetros);
IV - muros de alvenaria, com altura mínima de 1,40m.

Art. 53. São responsáveis pela construção dos passeios, muros e cercas:
I - o proprietário, o titular do domínio útil ou possuidor do terreno;
II - o concessionário ou permissionário de serviço público que, ao prestar serviço público, cause danos;
III - o Município, em próprio de seu domínio ou que esteja sob sua guarda ou, ainda, quando da execução de
melhoramentos públicos resultar danos nos passeios, muros ou cercas particulares; e,
IV - as empresas contratadas para a execução de obras públicas.
Parágrafo único. Os próprios da União e do Estado, bem como de suas entidades paraestatais, ficam sujeitas às
exigências desta Lei, celebrado, se necessário, convênio para o seu cumprimento.

Art. 54. Os passeios, muros e cercas a que se refere esta Lei, deverão ser executados no prazo máximo de 60
(sessenta) dias, contados da data do recebimento da notificação da Prefeitura.
§ 1º O Município poderá executar as obras ou os serviços que compete ao proprietário ou outro responsável, se
este não os tiver realizado, cobrando-se, além das multas, os custos correspondentes.
§ 2º Na forma a ser estabelecida em Decreto, e mediante pedido fundamentado do responsável, o reembolso do
custo da obra ou do serviço de conservação ou restauração poderá ser parcelado.
§ 3º A notificação será pessoal e, quando não encontrado o destinatário, realizar-se-á por edital publicado uma vez
na imprensa local ou afixado no átrio da Prefeitura.

Art. 55. O não atendimento ao disposto no artigo anterior, ensejará a intimação para o proprietário executar, no prazo
de 15 (quinze) dias, improrrogáveis, os serviços que forem necessários ao cumprimento da exigência, sem prejuízo
da aplicação da multa prevista.

CAPÍTULO III - DA HIGIENE DAS EDIFICAÇÕES

Art. 56. As edificações urbanas e rurais deverão apresentar bom estado de conservação, inclusive com pintura
adequada, exceto quando possuírem acabamento arquitetonicamente correto.
§ 1º Além do disposto no "caput" deste artigo, as edificações de uso coletivo, com mais de 4 (quatro) pavimentos,
deverão possuir, obrigatoriamente:
a) vistoria técnica de Engenheiro, devidamente inscrito no CREA - Conselho Regional de Engenharia e
Arquitetura, atestando a segurança de sua utilização, com atualização no mínimo, a cada 4 (quatro) anos;
b) seguro contra possíveis ocorrências, inclusive desabamentos;
c) atestado de vistoria do Corpo de Bombeiros, observada a periodicidade estabelecida na legislação pertinente.
§ 2º A exigência contida na alínea "c" do parágrafo anterior, aplica-se, ainda:
a) a todos os estabelecimentos prestadores de serviço, industriais e comerciais, com área superior a 100,00m²
(cem metros quadrados); e,
b) às edificações residenciais com área superior a 750,00m² (setecentos e cinqüenta metros quadrados) ou 2
(dois) pavimentos.
§ 3º As exigências contidas nas alíneas "a" e "c" do parágrafo 1º deste artigo, aplicam-se, ainda, às edificações
que, por sua característica, atividade ou qualquer outro motivo, possam causar riscos à segurança dos usuários,
independentemente do tipo de uso ou de área construída.
§ 4º Para expedição do competente "ocupe-se", o interessado deverá apresentar além do Projeto devidamente
aprovado, pelo Município, termo de responsabilidade do profissional que atuou na execução da obra, atestando
condições de uso, segurança e estabilidade.

Art. 57. O proprietário, o titular do domínio útil e o possuidor a qualquer título de terreno urbano ou urbanizado, são
obrigados a mantê-los limpos, capinados, desinfetados, livres de águas estagnadas e de materiais nocivos à saúde
pública, tais como lixo domiciliar ou industrial.
§ 1º Não é permitida a existência de terrenos cobertos de mato, pantanosos ou servindo de depósito de lixo, dentro
do perímetro urbano ou em vilas e povoados.

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§ 2º É proibido atirar lixo, materiais velhos, resíduos industriais, entulho ou qualquer outro detrito em terrenos ou
pátios particulares, em logradouros públicos, rios, córregos e suas margens, valas e valetas.
§ 3º O escoamento das águas pluviais e de infiltração poderá ser feito através de um ou mais de um dos seguintes
meios:
a) absorção no subsolo do terreno;
b) canalização das águas para curso d'águas, sarjeta ou galerias de rede pública de drenagem;
c) aterramento em nível suficiente para o adequado escoamento das águas.

Art. 58. É proibida a pichação ou qualquer outro meio causador de danos às propriedades públicas ou às quaisquer
obras, prédios ou muros particulares.
§ 1º Os estabelecimentos comerciais que vendem tintas tipo "spray" ficam obrigados a cadastrar o usuário,
constando documentos pessoais e endereço domiciliar e comercial.
§ 2º Em caso de consumidores menores de idade, deverá ser cadastrado um responsável legalmente pelo mesmo.
§ 3º Os infratores às disposições do presente artigo, além de proceder à limpeza e/ ou pintura do imóvel objeto da
pichação às suas expensas, estarão sujeitos à multa equivalente a 20 (vinte) vezes o valor estabelecido no artigo 195
desta Lei.

Art. 59. O solo, em cada terreno, não pode ter partes em desnível, em relação a logradouros públicos e a glebas ou
lotes lindeiros, com características capazes de ocasionar carreamento de lama, pedras ou detritos, desabamento de
encostas ou outros riscos para as edificações ou benfeitorias situadas em propriedades vizinhas.
§ 1º Para evitar riscos de infiltração, carreamento de material erodido, desabamento ou congêneres, a Prefeitura
poderá exigir dos proprietários de terrenos com desníveis:
a) a construção de muros de arrimo ou de taludes adequadamente revestidos;
b) a construção de dispositivos de drenagem para o desvio de águas pluviais ou de infiltração, de forma a não
danificar as propriedades vizinhas.
§ 2º As exigências deste artigo aplicam-se aos casos em que movimentos de terra, ou quaisquer outras obras de
responsabilidade do proprietário ou possuidor do terreno, tenham modificado as condições de estabilidade
anteriormente existentes.

Art. 60. Nenhum prédio situado em via pública dotada de rede de água e esgoto, será habitado sem que disponha
dessas utilidades e seja provido de instalações sanitárias.
§ 1º Os prédios de habitação coletiva terão abastecimento de água e instalações sanitárias em número proporcional
ao dos seus moradores, observada a legislação específica.
§ 2º Não será permitida a ligação de condutores de águas pluviais na rede pública de esgoto.
§ 3º Quando o imóvel apresentar cota inferior ao eixo da rua, em decorrência de situação geográfica local, é
obrigatório aos lotes lindeiros, se o projeto assim o exigir, autorizar saída de águas pluviais e/ou servidas, mediante
tubulação adequada, de acordo com as normas técnicas cabíveis.
§ 4º Todas as construções destinadas ao uso industrial, comercial ou residencial, deverão possuir caixas d'água
e/ou reservatórios apropriados para atender a atividade ou os moradores, os quais deverão sofrer controle periódico
de limpeza, desinfecção e conservação, quando a água for utilizada para fins de consumo da coletividade.
§ 5º O controle periódico de limpeza, desinfecção e conservação mencionado no parágrafo anterior, deverá ser feito
semestralmente, por empresas especializadas que fornecerão, inclusive, certificado dos serviços executados, para
exibição à fiscalização municipal, sempre que solicitado.
§ 6º Será de responsabilidade da Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de Saúde, o credenciamento
de empresas especializadas para execução desses serviços, desde que provem suas condições técnicas, com
profissionais responsáveis na área.

Art. 61. As chaminés de qualquer espécie de fogões de casas particulares, de restaurantes, pensões, hotéis e de
estabelecimentos comerciais e industriais de qualquer natureza, terão altura suficiente para que a fumaça, a fuligem
ou outros resíduos que possam expelir não incomodem os vizinhos.
Parágrafo único. Em casos especiais, a critério da Prefeitura, as chaminés poderão ser substituídas por
aparelhamento eficiente que produza idêntico efeito.

Art. 62. É proibido fumar em recintos de uso coletivo, fechados, destinados a atividades que impliquem permanência
obrigatória ou prolongada de grupo de pessoas, assim considerados, entre outros, os seguintes locais:
I - elevadores;
II - transportes coletivos municipais;
III - auditórios, circos, teatros ou cinemas;
IV - museus;
V - estabelecimentos comerciais;
VI - hospitais e casas de saúde;
VII - estabelecimentos de ensino de 1º e 2º graus;
VIII - restaurantes; e
IX - prédios públicos.
§ 1º Nos locais descritos no "caput" deste artigo serão afixados avisos indicativos da proibição em pontos de ampla
visibilidade ao público.

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§ 2º Os restaurantes poderão reservar até 50% (cinqüenta por cento) das acomodações para fumantes.
§ 3º Serão considerados infratores deste artigo os fumantes e os estabelecimentos onde ocorrer a infração, na
pessoa de seu responsável.
§ 4º A critério dos proprietários e/ou responsáveis, poderão ser criados espaços próprios para fumantes nos
estabelecimentos dispostos nos incisos III a IX deste artigo.

CAPÍTULO IV - DA HIGIENE DA ALIMENTAÇÃO

Art. 63. A Prefeitura exercerá, em colaboração com as autoridades sanitárias do Estado, severa fiscalização sobre a
produção, o comércio e o consumo de gêneros alimentícios em geral.
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, consideram-se gêneros alimentícios todas as substâncias, sólidas
ou líquidas, destinadas à ingestão humana, excetuados os medicamentos.

Art. 64. Não será permitida a produção, exposição ou venda de gêneros alimentícios deteriorados, falsificados,
adulterados ou nocivos à saúde, os quais serão apreendidos pelo funcionário encarregado da fiscalização e
removidos para o local destinado à inutilização dos mesmos.
§ 1º A inutilização dos gêneros não eximirá a indústria, o comércio e o prestador de serviços do pagamento das
multas e demais penalidades que possam sofrer em virtude da infração.
§ 2º A reincidência na prática das infrações previstas neste artigo determinará a interdição do funcionamento do
comércio, da indústria ou do prestador de serviços, ou, ainda, a cassação da licença de funcionamento.

Art. 65. Toda água que tenha de servir na manipulação ou preparo de gêneros alimentícios, desde que não provenha
do abastecimento público, deverá ser comprovadamente pura.

Art. 66. O gelo destinado ao uso alimentar será fabricado com água potável, isenta de qualquer contaminação.

CAPÍTULO V - DA HIGIENE DOS ESTABELECIMENTOS


SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 67. Nenhum estabelecimento comercial, industrial, ou prestador de serviços, funcionará no Município, sem a
prévia constatação de conformidade com as normas próprias e, desde que obtida a licença da Prefeitura, a qual deve
ser solicitada a requerimento dos interessados, mediante o pagamento dos tributos devidos.
Parágrafo único. Quando a atividade necessitar da utilização de chaminés, estas deverão trazer nitidamente a
identificação da empresa que a utiliza.

Art. 68. Não será fornecida licença num raio de 100,00 m (cem metros) de educandários para o funcionamento de
estabelecimentos comerciais que:
I - negociem bebidas alcoólicas a varejo, tais como bares, botequins, lanchonetes, etc.;
II - desenvolvam diversões eletrônicas, vídeo-games, snookers, bailes, ou similares.
Parágrafo único. Não terá, também, a sua licença renovada, o estabelecimento existente nestas condições,
sempre que ocorra qualquer alteração contratual em sua constituição.

Art. 69. Para efeito de fiscalização, o proprietário do estabelecimento licenciado colocará o alvará de localização em
lugar visível e o exibirá à autoridade competente sempre que esta o exigir.

Art. 70. Para mudança de local de estabelecimento industrial, comercial ou prestador de serviços será solicitada a
necessária licença à Prefeitura, que verificará se o novo local satisfaz às condições exigidas.

Art. 71. O funcionamento do comércio varejista em geral, inclusive aos sábados, domingos e feriados será livre, na
forma da legislação vigente, desde que estabelecidos em acordo ou em convenção coletiva de trabalho, respeitadas
as normas de proteção ao trabalho e de limite de poluição sonora, conforme disposto na legislação pertinente, em
todos os níveis.

SEÇÃO II - DAS ATIVIDADES COMERCIAIS, INDUSTRIAIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS


Art. 72. Além das disposições gerais concernentes aos estabelecimentos comerciais, deverão ser observado o
seguinte:
I - as quitandas e estabelecimentos similares deverão ter:
a) os depósitos de verduras que devam ser consumidas sem cocção deverão ser acomodados em recipientes ou
dispositivos de superfície impermeável e a prova de moscas, poeiras e quaisquer contaminações;
b) as frutas à venda serão colocadas sobre mesas ou estantes rigorosamente limpas e afastadas 1,00m (um
metro), no mínimo, das ombreiras das portas externas;
c) as gaiolas para aves serão de fundo móvel, para facilitar a sua limpeza, que serão feitas diariamente;
d) é vedado utilizar-se para qualquer outro fim os depósitos de hortaliças, legumes ou frutas.
II - as Drogarias deverão ter afixada em local de fácil visualização e consulta pelo usuário, relação de todos os
genéricos já aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

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Art. 73. É proibido ter em depósito ou exposto à venda:


I - aves doentes;
II - frutas não sazonadas;
III - legumes, hortaliças, frutas ou ovos deteriorados.

Art. 74. As indústrias de doce e de massas, as refinarias, padarias, confeitarias e os estabelecimentos congêneres,
terão:
I - o piso e as paredes das salas de elaboração dos produtos revestidos de barra impermeabilizante até a altura
mínima de 2,00 m (dois metros); e,
II - as salas de preparo dos produtos com as janelas e aberturas teladas e à prova de moscas.

Art. 75. Os hotéis, restaurantes, bares, cafés, botequins e estabelecimentos congêneres observarão o seguinte:
I - a lavagem de louças e talheres far-se-á em água corrente, não sendo tolerada, sob qualquer hipótese, a lavagem
em baldes, tonéis ou vasilhames;
II - a higienização da louça e talheres será feita com água fervente;
III - os guardanapos e toalhas serão de uso individual;
IV - os açucareiros serão do tipo que permitam a retirada do açúcar sem o levantamento da tampa;
V - as louças e os talheres deverão ser guardados em armários, com portas e ventilados, não podendo ficar
expostos à poeiras e às moscas.

Art. 76. Os estabelecimentos, a que se refere o artigo anterior, são obrigados a manter seus empregados ou garçons
limpos, convenientemente trajados, de preferência uniformizados.

Art. 77. Os restaurantes, lanchonetes, bares, casas de diversões noturnas com jantar dançante, "show" artístico e
estabelecimentos congêneres, ficam obrigados a afixar, em local visível, à frente da porta de entrada ou vitrina "Carta
de Preços" que conterá, além do preço unitário das comidas preparadas - prato do dia ou "à la carte" - "couvert",
salgadinhos, consumação obrigatória e prestação de serviços das refeições, os componentes de cada um.
Parágrafo único. Os preços inseridos na "Carta de Preços", a que se refere este artigo, acompanharão,
obrigatoriamente, os preços do cardápio apresentado na mesa, constituindo infração a disparidade entre ambos.

Art. 78. A licença para o funcionamento de açougues, padarias, confeitarias, leiterias, cafés, bares, restaurantes,
hotéis, pensões e outros estabelecimentos congêneres, depende de exame do local e da aprovação da autoridade
sanitária competente.

Art. 79. Nos salões de barbeiros e cabeleireiros é obrigatório o uso de toalhas e golas individuais.
Parágrafo único. Os oficiais empregados usarão, durante o trabalho, blusas brancas, apropriadas, rigorosamente
limpas.

Art. 80. As cocheiras e estábulos existentes deverão, além da observância de outras disposições deste Código, que
lhes forem aplicadas, obedecer ao seguinte:
I - possuir muros divisórios com 3,00 m (três metros) de altura mínima, separando-os dos terrenos limítrofes;
II - conservar a distância mínima de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) entre a construção e a divisa do
lote;
III - possuir sarjetas de revestimento impermeável para água residuais e sarjetas de contorno para as águas das
chuvas;
IV - possuir depósito para estrume, à prova de insetos e com a capacidade para receber a produção de 24 (vinte e
quatro) horas, a qual deve ser diariamente removida para local apropriado;
V - possuir depósito para forragens, isolado da parte destinada aos animais e devidamente vedado aos retos;
VI - manter completa separação entre os possíveis compartimentos para empregados e a parte destinada aos
animais;
VII - obedecer a um recuo de, pelo menos, 20,00m (vinte metros) de alinhamento de qualquer logradouro público.

Art. 81. Nos hospitais, casas de saúde e maternidades, além das disposições gerais deste Código, que lhes forem
aplicáveis, é obrigatório:
I - a existência de uma lavanderia à água quente com instalação completa de desinfecção;
II - a existência de depósito apropriado para roupa servida;
III - a instalação de necrotérios;
IV - a instalação de uma cozinha com, no mínimo, 03 (três) peças, destinadas respectivamente, a depósito de
gêneros, o preparo e distribuição de comida e lavagem e esterilização de louças e utensílios, devendo todas as peças
ter os pisos e paredes revestidas de materiais impermeabilizantes até a altura de, no mínimo, 2,00m (dois metros).

Art. 82. A instalação de necrotérios e capelas mortuárias será feita em prédio apropriado.

SEÇÃO III - DO COMÉRCIO AMBULANTE

Art. 83. Para os fins desta Lei, considera-se ambulante a pessoa física, regularmente matriculada na Prefeitura, que

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exerça atividade comercial de modo itinerante, sem estabelecimento fixo, na forma da legislação própria.

Art. 84. O exercício do comércio ambulante dependerá sempre de licença que será fornecida de conformidade com
as prescrições da legislação fiscal do Município.

Art. 85. É proibido ao vendedor ambulante, sob pena de multa:


I - estacionar nas vias públicas e outros logradouros, fora dos locais previamente determinados pela Prefeitura;
II - impedir ou dificultar o trânsito nas vias públicas ou outros logradouros;
III - transitar pelos passeios conduzindo cestos ou outros volumes grandes;
IV - comercializar:
a) medicamentos e quaisquer produtos farmacêuticos;
b) óculos de grau e outros dispositivos que dependam de receituário médico;
c) agrotóxicos, venenos e produtos que produzam dependência física;
d) gasolina, querosene, fogos artifício e qualquer outra substância inflamável ou explosiva;
e) armas e munições de qualquer espécie;
f) animais silvestres;
g) gêneros falsificados, deteriorados ou impróprios para o consumo por qualquer outro motivo; e,
h) produto ou mercadoria de circulação irregular ou não permitida no território nacional.
V - comercializar seus produtos num perímetro de 50m (cinqüenta metros) a partir do ponto mais próximo de:
a) hospitais, casas de saúde, prontos-socorros e ambulatórios públicos ou particulares;
b) estabelecimentos de ensino, públicos ou privados;
c) templos de qualquer culto;
d) prédios públicos.

Art. 86. Os vendedores ambulantes de gêneros alimentícios, além das prescrições deste Código, que lhes forem
aplicáveis, deverão, ainda:
I - terem carrinhos de acordo com os modelos oficiais aprovados pela Prefeitura;
II - terem os produtos expostos à venda conservados em recipientes apropriados, para isolá-los de impurezas e de
insetos;
III - usarem vestuário adequados e limpos;
IV - manterem-se rigorosamente asseados.
§ 1º Os vendedores ambulantes não poderão vender frutas descascadas, cortadas ou em fatias.
§ 2º Ao vendedor ambulante de gêneros alimentícios de ingestão imediata, é proibido tocá-los com as mãos, sob
pena de multa, sendo a proibição extensiva à freguesia.
§ 3º Os vendedores ambulantes de alimentos preparados não poderão estacionar em locais que seja fácil a
contaminação dos produtos expostos à venda.

Art. 87. A venda ambulante de sorvetes, refrescos, doces, guloseimas, pães e outros gêneros alimentícios de
ingestão imediata, só será autorizada em carros apropriados, caixas ou outros receptáculos fechados, devidamente
vistoriado pela Prefeitura, de modo que a mercadoria seja inteiramente resguardada da poeira e da ação do tempo ou
de elementos maléficos de qualquer espécie, sob pena de multa e de apreensão de mercadorias.
§ 1º É obrigatório que o vendedor ambulante justaponha, rigorosamente, e sempre, as partes das vasilhas
destinadas à venda de gêneros alimentícios de ingestão imediata, de modo a preservá-los de qualquer
contaminação.
§ 2º O acondicionamento de gêneros alimentícios providos de envoltórios poderá ser feito em vasilhas abertas.

SEÇÃO IV - DAS FEIRAS LIVRES


Art. 88. As feiras livres do Município observarão a legislação própria, as normas sanitárias e demais dispositivos
incidentes, para a regular comercialização de hortifruti-granjeiros, bem como outros gêneros de primeira necessidade
e miudezas e artigos de utilidade geral.

Art. 89. O feirante afixará em local bem visível ao público consumidor a tabela de preços máximos a serem
observados nas vendas de mercadorias.
Parágrafo único. Desde que o comprador ofereça o preço da tabela, não poderá ser recusada a venda da
mercadoria, salvo de esta se apresentar deteriorada, hipótese em que será recolhida imediatamente.

Art. 90. O Poder Executivo manterá 01 (uma) balança, no mínimo, em cada uma das feiras - livres realizadas no
Município, para fins de constatação, pelos consumidores interessados, da regularidade do peso das mercadorias
adquiridas.
Parágrafo único. Havendo irregularidade comprovada, ficará o feirante infrator sujeito à sanção prevista nesta
legislação, sem prejuízo das demais constantes da norma reguladora da atividade.

TÍTULO III - DA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE


CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

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Art. 91. No interesse do controle da poluição do ar e da água, a Prefeitura exigirá parecer técnico do órgão estadual
competente, sempre que lhe for solicitada licença de funcionamento para estabelecimentos industriais ou quaisquer
outros que se configurem em eventuais fontes poluidoras do meio ambiente.
Parágrafo único. Exclui-se do disposto no "caput" deste artigo as microempresas, assim definidas pela Lei
Estadual nº 6.267/88, de 15 de dezembro de 1988.

Art. 92. A ninguém é permitido atear fogo em matas, capoeiras, lavouras ou campos.
Parágrafo único. Mediante acordo entre os interessados, é facultado queimar campos e plantações, desde que
comprovadamente imprescindível, observadas as normas federais e estaduais pertinentes e desde que:
I - preparem aceiros de, no mínimo, 7,00m (sete metros) de largura;
II - mandar aviso aos confinantes, com antecedência mínima 12 (doze) horas, marcando dia, hora e lugar para
lançamento do fogo.

Art. 93. Fica proibida a formação de pastagens na zona urbana do Município.

Art. 94. A derrubada de mata dependerá de licença da Prefeitura, observada as restrições constantes do Código
Florestal Brasileiro e ouvidos os órgãos pertinentes, a nível federal, estadual e municipal.

Art. 95. É proibido comprometer, por qualquer forma, a limpeza das águas destinadas ao consumo público ou
particular.

CAPÍTULO II - DA ARBORIZAÇÃO

Art. 96. É proibido podar, cortar, danificar, derrubar, remover ou sacrificar árvores situadas em logradouros públicos,
sem consentimento expresso da Prefeitura, obedecidas as disposições da legislação pertinente, a nível federal,
estadual e municipal.
Parágrafo único. Para que não seja prejudicada a arborização do logradouro, cada remoção de árvore importará
no imediato plantio da mesma ou de nova árvore em ponto tão próximo quanto possível da antiga posição.

Art. 97. O órgão competente da Prefeitura poderá fazer remoção ou sacrifício de árvores a pedido de particulares,
desde que seja imprescindível, mediante indenização arbitrada pelo referido órgão.

Art. 98. Não é permitida a utilização de árvores situadas em logradouros públicos como suporte de cartazes,
anúncios, cabos ou fios, ou de outros quaisquer objetos e instalações.

Art. 99. A Prefeitura colaborará com o Estado e a União para evitar a devastação das florestas e estimular a
plantação de árvores.

CAPÍTULO III - DA MANUTENÇÃO E DA CONSERVAÇÃO DE PRAÇAS E JARDINS


Art. 100. A manutenção e a conservação de praças e jardins compete ao Município.
§ 1º A Prefeitura, excepcionalmente, poderá transferir a particulares, pessoas físicas ou jurídicas, observadas as
normas pertinentes, a conservação de que trata o "caput" deste artigo.
§ 2º As empresas que se responsabilizarem pela manutenção e conservação das áreas ajardinadas poderão vir a
fixar, dentro de suas delimitações, placas e tabuletas de divulgação do seu trabalho de cooperação com o Município,
os quais obedecerão a dimensão máxima de 0,40m (quarenta centímetros) por 0,60m (sessenta centímetros), na
proporção de uma placa ou tabuleta para cada 1.000,00m² (um mil metros quadrados) de área conservada.
§ 3º Na hipótese do parágrafo anterior, havendo sobra superior a 500,00m² (quinhentos metros quadrados), ou,
ainda, quando o local conservado contiver área inferior a 1.000,00m² (um mil metros quadrados), corresponderá uma
placa.

TÍTULO IV - DA POLÍCIA DE COSTUMES, SEGURANÇA E ORDEM PÚBLICA


CAPÍTULO I - DA PUBLICIDADE E DAS ATIVIDADES RUIDOSAS
SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 101. Depende de licença da Prefeitura e do pagamento do tributo respectivo a exploração de meios de
publicidade em logradouros públicos ou em locais que, embora de propriedade particular, sejam visíveis de
logradouros públicos.
Parágrafo único. A Prefeitura poderá isentar de licenciamento e tributação mensagens e imagens bidimensionais,
conforme se dispuser em Decreto, quando aplicadas sobre estruturas ou objetos de propriedade privada, tais como
muros, paredes, tapumes ou veículos, e desde que estejam desprovidas de estrutura própria de suporte.

Art. 102. O licenciamento de mensagens ou imagens que constituam elementos tridimensionais ou aplicadas a
estruturas próprias de suporte, só será autorizado se houver profissional responsável pela estabilidade e segurança
da estrutura.

Art. 103. A instalação de anúncios ou letreiros luminosos intermitentes ou equipados com luzes ofuscantes, bem

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como a veiculação de mensagens sonoras por meio de equipamentos ampliadores de som, poderão ser proibidos
pela Prefeitura em zonas definidas por Lei Municipal como de uso estrita ou predominantemente residencial.

Art. 104. Toda e qualquer forma de publicidade, particular ou oficial, quando escrita em língua estrangeira deverá
conter, também, obrigatoriamente, a sua respectiva tradução na língua portuguesa.

SEÇÃO II - DOS ANÚNCIOS E CARTAZES

Art. 105. Não será permitida a colocação de anúncios, letreiros, luminosos, cartazes ou outros processos de
publicidade nas ruas, quando:
I - pela sua natureza provoquem aglomerações prejudiciais ao trânsito público;
II - de alguma forma prejudiquem os aspectos paisagísticos da cidade, seus panoramas naturais, monumentos
típicos, seus patrimônios artísticos, históricos, culturais e tradicionais;
III - sejam ofensivos à moral ou contenham dizeres desfavoráveis a indivíduos, crenças e instituições;
IV - obstruam, interceptem ou reduzam o vão das portas e janelas e respectivas bandeiras;
V - nas caixas de correio e coleta de lixo;
VI - pelo seu número ou má distribuição, prejudiquem o aspecto das fachadas;
VII - diminuam a visibilidade de veículos em trânsito ou da sinalização de tráfego;
VIII - desfigurem bens de propriedade pública;
IX - nas guias de calçamento, passeios e revestimentos das ruas;
X - quando em linguagem incorreta ou com dizeres dúbios, se tornarem ofensivos à moral ou desfavoráveis a
indivíduos, instituições ou crenças; ou,
XI - estiverem em desacordo com as boas normas ditadas pela gramática da língua portuguesa.
Parágrafo único. Os anúncios luminosos, placas e painéis, fixos ou móveis, serão colocados a uma altura mínima
de 2,50 metros do passeio.

Art. 106. Os anúncios e letreiros deverão ser conservados em boas condições, renovados ou consertados, sempre
que tais providências sejam necessárias para seu bom aspecto e segurança.
Parágrafo único. Desde que haja modificações de dizeres ou de localização, os consertos ou reparações de
anúncios e letreiros dependerão apenas de comunicação e/ou solicitação escrita à Prefeitura, conforme o caso.

Art. 107. Os anúncios encontrados sem que os responsáveis tenham satisfeitas as formalidades desta Lei, serão
apreendidos e retirados pela Prefeitura, até a satisfação daquelas normas, além do pagamento da multa devida.

CAPÍTULO II - DOS LOCAIS DE REUNIÃO


SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 108. Para realização de divertimentos e festejos coletivos em recintos fechados ou em logradouros públicos, de
livre acesso a todos os interessados, tais como espetáculos, bailes ou festas, será obrigatória a licença prévia da
Prefeitura.
§ 1º Excetuam-se das disposições do "caput" deste artigo as reuniões de qualquer natureza, sem convites ou
entradas pagas, levadas a efeito por clubes ou entidades de classe, em sua sede, ou as realizadas em residências
particulares.

Art. 109. Qualquer casa de diversão depende de licença para funcionamento.


Parágrafo único. O requerimento para a licença da atividade mencionada neste artigo será instruído com a prova
de terem sido satisfeitas as exigências regulamentares referentes à construção e higiene de edifícios e procedidas as
vistorias pertinentes.

Art. 110. Em todas as casas de espetáculos e diversões públicas serão observadas as seguintes disposições, além
das estabelecidas pelas demais legislações federal, estadual e municipal vigentes:
I - tanto as salas de entrada como as de espetáculos serão mantidas higienicamente limpas;
II - as portas e os corredores para o exterior conservar-se-ão sempre livres de móveis ou quaisquer objetos que
possam dificultar a retirada rápida do público, em caso de emergência;
III - todas as portas de saída serão encimadas pela inscrição "SAÍDA", legível à distância e luminosa de forma
suave, quando se apagarem as luzes da sala;
IV - os aparelhos destinados à renovação do ar serão conservados e mantidos em perfeito funcionamento;
V - possuirão bebedouro de água filtrada em perfeito estado de funcionamento;
VI - durante os espetáculos as portas conservar-se-ão abertas, vedadas apenas por cortinas;
VII - a abertura ao público de salas com ventilação artificial será proibida, caso os aparelhos destinados a
renovação de ar não estejam funcionando adequadamente;
VIII - haverá instalações sanitárias independentes para cada sexo;
IX - serão tomadas todas as precauções necessárias para evitar incêndios, sendo obrigatória a adoção de
extintores em locais visíveis, de fácil acesso, e mantidos em perfeito estado de funcionamento;
X - possuirão material de pulverização de inseticidas;
XI - o mobiliário será mantido em perfeito estado de conservação;

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XII - deverá haver placas identificadoras de capacidade máxima de lotação do local.


§ 1º Antes do início de qualquer espetáculo, será divulgada todas as medidas de segurança disponíveis em caso de
quaisquer sinistros, indicando para todos os expectadores procedimentos a serem observados e locais em que se
encontram.
§ 2º É proibida a comercialização de qualquer bebida ou gênero alimentício em recipientes que possam ser
arremessados ao palco, à quadra e/ou ao picadeiro, sendo apenas permissível a utilização para tal fim de materiais
descartáveis e maleáveis.

Art. 111. Nas casas de espetáculos de sessões consecutivas, que não tiverem exaustores ou estes forem em número
insuficiente, deve decorrer lapso de tempo mínimo necessário entre a saída e a entrada dos expectadores
possibilitando a renovação do ar.

Art. 112. Os programas anunciados serão executados integralmente, não podendo os espetáculos iniciar-se em hora
diversa da marcada.
§ 1º Em caso de modificação do programa ou de horário, o empresário devolverá aos espectadores o preço integral
da entrada.
§ 2º As disposições deste artigo aplicam-se inclusive à competições esportivas para as quais se exija o pagamento
de entradas.

Art. 113. Em todos os teatros, circos ou salas de espetáculos, serão reservados quatro lugares sendo 02 (dois)
destinados às autoridades policiais e 02 (dois) às municipais, encarregados da fiscalização.

Art. 114. Os bilhetes de entrada não poderão ser vendidos por preço superior ao anunciado e em número excedente
à lotação do teatro, cinema, circo, estádio, sala de espetáculos ou de reuniões, etc.
Parágrafo único. Não será autorizada a permanência de espectadores nos corredores destinados à circulação,
dentro das salas de espetáculos e congêneres.

Art. 115. É proibido assistir a espetáculos de qualquer natureza usando vestimentas ou adornos que prejudiquem a
visibilidade de terceiros.

Art. 116. Não serão fornecidas licenças para a realização de jogos ou diversões ruidosas em locais compreendidos
em área formada por um raio de 100,00 metros de hospitais, casas de saúde ou maternidade, estabelecimentos de
ensino oficiais ou particulares e prédios públicos.

Art. 117. Para funcionamento de teatros, além das demais disposições aplicáveis deste Código, observarão as
seguintes:
I - a parte destinada ao público será inteiramente separada da parte exclusiva dos artistas, não havendo, entre as
duas mais que as indispensáveis comunicações de serviço;
II - a parte destinada aos artistas deverá ter, quando possível, fácil e direta comunicação com as vias públicas, de
maneira que assegure saída ou entrada franca, sem dependência da parte destinada à permanência ao público.

Art. 118. Para funcionamento de cinemas observar-se-ão, ainda, as seguintes disposições:


I - devem ter fácil acesso;
II - os aparelhos de projeção ficarão em cabines de fácil saída, construídas de materiais incombustíveis;
III - no interior das cabines não poderá existir maior número de películas do que as necessárias para as sessões de
cada dia e, ainda assim, deverão elas estar depositadas em recipientes especiais, incombustíveis, hermeticamente
fechados, que não sejam abertos por mais tempo que o indispensável ao serviço.

Art. 119. A instalação de tendas, traillers, e outros equipamentos para feiras, circos, parques de diversões ou
congêneres só será autorizada em locais previamente estabelecidos pela Prefeitura.
§ 1º A autorização de funcionamento dos estabelecimentos de que trata este artigo não poderá ser por prazo
superior a 90 (noventa) dias.
§ 2º As condições de segurança dos equipamentos de circos, parques de exposições ou diversões e congêneres
são de responsabilidade de seus proprietários ou gerentes, podendo a Prefeitura exigir laudos de peritos antes de
conceder a autorização de funcionamento das instalações.
§ 3º Os circos e parques de diversões, embora autorizados, só poderão ser franqueados ao público depois de
vistoriados em todas as suas instalações pelas autoridades da Prefeitura.
§ 4º Ao conceder a autorização, poderá, a Prefeitura, estabelecer as restrições que julgar conveniente, no sentido
de assegurar a ordem e a moralidade dos divertimentos e o sossego da vizinhança.
§ 5º A seu juízo, poderá a Prefeitura não renovar a autorização de um circo ou parque de diversões ou obrigá-los a
novas restrições ao conceder-lhes a renovação pedida.

Art. 120. Na localização de "dancings", ou de estabelecimentos de diversões noturnas, a Prefeitura terá sempre em
vista o sossego da população.

Art. 121. É expressamente proibido, durante os festejos carnavalescos, atirar água ou outra substância, líquida ou
sólida, que possa molestar os cidadãos.

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Parágrafo único. Fora do período destinado aos festejos carnavalescos, a ninguém é permitido apresentar-se
mascarado ou fantasiado nas vias públicas, salvo com licença especial das autoridades.

SEÇÃO II - DOS LOCAIS DE CULTO

Art. 122. As igrejas, os templos e as casas de culto são locais tidos e havidos por sagrados e, por isso, devem ser
respeitados sendo proibido pixar suas paredes e muros, ou neles, colocar cartazes.

Art. 123. Nas igrejas, templos ou casas de culto, os locais franqueados ao público serão conservados limpos,
iluminados e arejados.

Art. 124. As igrejas, templos e casas de culto não contarão com maior número de assistentes, a qualquer de seu
ofícios, do que a lotação comportada por suas instalações.

CAPÍTULO III - DOS SONS URBANOS E SEUS NÍVEIS


Art. 125. É proibido perturbar o sossego, o bem-estar público e da vizinhança com ruídos e sons de qualquer
natureza que ultrapassem os níveis previstos para as diferentes zonas de uso e horários.
Parágrafo único. Vistorias para verificação da perturbação poderão ser solicitadas à Prefeitura mediante carta
assinada por mais de 75% (setenta e cinco por cento) dos proprietários ou ocupantes das edificações situadas num
círculo de 25m (vinte e cinco metros) de raio e centro no ponto de origem dos ruídos ou sons.

Art. 126. A veiculação de propaganda sonora em lugares públicos, por meio de amplificadores de som, alto-falantes
fixos ou móveis ou propagandistas, está sujeita a licença prévia e o pagamento do respectivo tributo, bem como
limitar-se ao nível máximo permitido na zona em que atuará.
§ 1º É proibida tal propaganda nos locais próximos a hospitais, casas de repouso para tratamento de saúde,
sanatórios, pronto-socorros, clínicas, estabelecimentos de ensino, bibliotecas, fórum e outros edifícios públicos,
conforme sinalização específica que delimitará a área.
§ 2º Ficam as instituições e estabelecimentos comerciais proibidos de veicular propagandas sonoras e músicas nos
seus estabelecimentos, por meio de amplificadores de som, cujas caixas acústicas ou alto-falantes propagandistas
estejam direcionados ao ambiente externo de onde funcionam.

Art. 127. Fica proibido o trânsito de veículos que não possuam dispositivo silencioso de escapamentos, conforme o
fornecido pelos fabricantes.

Art. 128. Os estabelecimentos comerciais, industriais, prestadores de serviços e institucionais, bem como os
residenciais se adaptarão aos níveis de sons estabelecidos pra as diferentes zonas de uso e horários.

Art. 129. Nenhum alvará poderá ser fornecido se o estabelecimento não comprove, após a vistoria do órgão técnico
competente, ter tratamento acústico compatível com os níveis da zona em que se situa.

Art. 130. Em qualquer local do Município não serão admitidos sons provocados por criação, tratamento e comércio
de animais, de modo que venham a incomodar a vizinhança.

Art. 131. Exclui-se da proibição aqui previstas:


I - aparelhos sonoros usados durante propaganda eleitoral, conforme disposto em legislação própria, e respeitado o
limite da zona em que se encontrar;
II - sereias ou aparelhos sonoros de viaturas quando em serviço de socorro;
III - comemorações cívicas e de títulos conquistados por equipes locais;
IV - os de apitos ou silvos de sirene de fábrica, cinemas ou estabelecimentos outros, por, no máximo, 30 (trinta)
segundos entre as 06 (seis) e 22 (vinte e duas) horas.

Art. 132. As fixações de valores numéricos para os níveis máximos de sons nas diversas zonas de uso serão
definidas por Decreto do Poder Executivo.

Art. 133. Nas igrejas, conventos e capelas, os sinos não poderão tocar antes das 5:00 horas e depois das 22:00
horas, salvo os toques de rebates por ocasião de incêndios ou inundações.

Art. 134. As instalações elétricas só poderão funcionar quando tiverem dispositivos capazes de eliminar, ou pelo
menos reduzir ao mínimo, às correntes parasitas, diretas ou induzidas; as oscilações de alta freqüência, chispas e
ruídos prejudiciais à radiorecepção.
Parágrafo único. As máquinas e aparelhos que, a despeito da aplicação de dispositivos especiais, não
apresentarem diminuição sensível das perturbações, não poderão funcionar aos domingos e feriados, nem antes das
oito (08) e nem depois das dezoito (18) horas, nos dias úteis.

CAPÍTULO IV - DA MORALIDADE PÚBLICA

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Art. 135. É expressamente proibido ao comércio ou aos ambulantes, a exposição de gravuras, livros, revistas, jornais
ou fitas de vídeo, pornográficos ou obscenos, especialmente aqueles classificados como tais pela legislação federal.
§ 1º É facultado a exposição em comércio especializado, conforme disposto no "caput" deste artigo, desde que:
a) devidamente acondicionado; e,
b) em espaços para esse fim reservados.
§ 2º A reincidência na infração deste artigo determinará a apreensão do material e interdição do estabelecimento e,
em persistindo, na cassação da licença de funcionamento.

CAPÍTULO V - DAS MEDIDAS REFERENTES AOS ANIMAIS


SEÇÃO I - DOS ANIMAIS EM GERAL
Art. 136. É proibida a permanência de animais em qualquer logradouro público.
Parágrafo único. A permanência de gado bovino, eqüino, ovino ou caprino é proibida na zona urbana, sendo
tolerada na zona rural desde que os animais fiquem presos em terrenos totalmente cercados.

Art. 137. É proibido o trânsito de cães nas vias e logradouros públicos, exceto com o uso adequado de coleira e guia,
desde que conduzidos por pessoas com idade e força suficiente para controlar os movimentos do animal.

Art. 138. Os proprietários dos animais encontrados nos logradouros públicos deverão recolhê-los imediatamente, sob
pena de multa.
Parágrafo único. O não cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, quando da não localização do
proprietário ou a sua recusa, ensejará a apreensão do animal.

Art. 139. A apreensão de todo e qualquer animal, se dará:


I - quando não atendido o disposto no artigo 138;
II - quando suspeito de raiva ou outra zoonose;
III - cuja criação ou uso não seja compatível com a zona urbana.

Art. 140. O animal cuja apreensão for impraticável poderá, a juízo da autoridade sanitária competente, ser sacrificado
"in loco".

Art. 141. O animal recolhido em virtude do disposto nesta Lei deverá ser retirado dentro do prazo máximo de 03 (três)
dias, mediante pagamento da taxa de manutenção e multa respectiva.

Art. 142. Os animais apreendidos e não resgatados no prazo previsto no artigo anterior terão a seguinte destinação,
a critério do órgão sanitário responsável:
I - leilão em hasta pública;
II - adoção;
III - doação;
IV - sacrifício.
§ 1º O sacrifício de animais será feito por métodos não cruéis, tais como câmara de monóxido de carbono ou
injeção de anestésico.
§ 2º A Prefeitura não responde por indenização nos casos de dano ou óbito do animal apreendido, ou, ainda,
eventuais danos materiais ou pessoais causados pelo animal no ato da apreensão.
§ 3º Sem prejuízo das penalidades previstas nesta Lei, o proprietário do animal apreendido ficará sujeito ao
pagamento de despesas de transporte, alimentação, assistência veterinária e similares.

Art. 143.Os animais capturados por três vezes no período de um ano não mais poderão ser resgatados, tendo seu
destino conforme disposto no artigo anterior, a critério da autoridade municipal.

Art. 144. Não será tolerada a passagem ou estacionamento de tropas ou rebanhos na Cidade, exceto em datas e
logradouros para isso designados.

Art. 145. Ficam proibidos:


I - os espetáculos de feras e as exibições de cobras e quaisquer animais perigosos, sem as necessárias
precauções para garantir a segurança dos expectadores;
II - a realização de eventos, públicos ou privados, que envolvam maus tratos e crueldades aos animais;
III - a utilização de feras ou quaisquer animais perigosos em circos ou outros espetáculos que não sejam
exclusivamente para tal finalidade e que não tenham todo o aparato de segurança.
§ 1º O aparato de segurança de que trata o inciso III deste artigo, será comprovado, conjuntamente por:
a) Laudo do Corpo de Bombeiros;
b) Laudo de Responsável Técnico de Segurança;
c) Laudo de Vigilância Sanitária.
§ 2º Todos os laudos deverão ser acompanhados do registro em Conselho respectivo.

Art. 146. É expressamente proibido:


I - criar abelhas nos locais de maior concentração urbana;

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II - criar galinhas nos porões e no interior das habitações;


III - criar pombos nos forros das casas e residências.

Art. 147. É expressamente proibido a qualquer pessoa maltratar os animais ou praticar de crueldade contra os
mesmos, tais como:
I - transportar, nos veículos de tração animal, carga ou passageiros de peso superior às suas forças;
II - carregar o animal com peso superior a 150 (cento e cinqüenta) quilos;
III - montar animais que já tenham o limite máximo da carga permitida;
IV - fazer trabalhar animais doentes, feridos, extenuados, aleijados, enfraquecidos ou extremamente magros;
V - obrigar qualquer animal a trabalhar mais de 8 (oito) horas contínuas sem descanso e mais de 6 (seis) horas sem
água ou alimento apropriado;
VI - martirizar animais para deles alcançar esforços excessivos;
VII - castigar de qualquer modo o animal caído, com ou sem veículo, fazendo-o levantar à custa de castigo e
sofrimento;
VIII - castigar, com rancor e excesso, qualquer animal;
IX - conduzir animais com a cabeça para baixo, suspensos pelos pés ou asas, ou em qualquer posição anormal que
lhes possa ocasionar sofrimento;
X - transportar animais amarrados à traseira de veículos ou atados um ao outro pela cauda;
XI - abandonar, em qualquer ponto, animais doentes, extenuados, enfraquecidos ou feridos;
XII - amontoar animais em depósitos insuficientes ou sem água, ar, luz e alimentos;
XIII - usar de instrumento diferente do chicote leve, para estímulo e correção de animais;
XIV - empregar arreios que possam constranger, ferir ou magoar o animal;
XV - usar arreios sobre partes feridas, contusões ou chagas do animal;
XVI - praticar todo e qualquer ato, mesmo não especificado neste Código, que acarretar violência e sofrimento para
o animal.

SEÇÃO II - DA RESPONSABILIDADE DO PROPRIETÁRIO DE ANIMAIS

Art. 148. Os atos danosos praticados pelos animais são de inteira responsabilidade de seus proprietários.
Parágrafo único. Quando o ato danoso for cometido sob a guarda de preposto, estender-se-á a este a
responsabilidade a que alude o presente artigo.

Art. 149. É de responsabilidade dos proprietários a manutenção dos animais em perfeitas condições de alojamento,
alimentação, saúde e bem-estar, bem como as providências pertinentes à remoção dos dejetos por eles deixados nas
vias públicas.

Art. 150. É proibido abandonar animais em qualquer área, pública ou privada.


Parágrafo único. Os animais não mais desejáveis para seus proprietários, serão encaminhados ao órgão
competente para as providências cabíveis, conforme disposto no artigo 142.

Art. 151. O proprietário fica obrigado a permitir o acesso da autoridade municipal, quando no exercício de suas
funções, às dependências de alojamento do animal, sempre que necessário, bem como a acatar as determinações
dele emanadas.

Art. 152. A manutenção de animais em edifícios e condomínios será regulamentada pelas respectivas convenções.

Art. 153. Todo o proprietário de animal é obrigado a mantê-lo permanentemente imunizado contra a raiva.

Art. 154. Em caso de falecimento do animal, cabe ao proprietário a disposição adequada do cadáver, ou seu
encaminhamento ao serviço municipal competente, arcando o mesmo com os encargos respectivos.

Art. 155. É proibida a permanência de animais nos recintos e locais públicos ou privados, de uso coletivo, tais como
cinemas, teatros, clubes esportivos e recreativos, estabelecimentos comerciais, industriais e de saúde, escolas,
piscinas, feiras, etc.
Parágrafo único. Excetuam-se das obrigações deste artigo as feiras, exposições, clubes, etc., voltados à
atividades específicas com animais, desde que não envolvam maus tratos e estejam em acordo com as normas
pertinentes.

Art. 156. Os proprietários de animais que perturbem o sossego público à noite serão multados de conformidade com
a legislação vigente, desde que, dentro de 24 (vinte e quatro) horas da notificação não tenham sido tomadas as
necessárias providências.

SEÇÃO III - DA EXTINÇÃO DE INSETOS NOCIVOS

Art. 157. Todo proprietário de terreno, cultivado ou não, dentro dos limites do Município, é obrigado a extinguir os
formigueiros existentes dentro de sua propriedade.

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Parágrafo único. A obrigatoriedade de que cuida este artigo refere-se além das formigas que causem danos à
agricultura, apicultura e avicultura, às que prejudiquem a habitabilidade local ou qualquer outro ramo de atividade.

Art. 158. Verificada, pelos fiscais da Prefeitura, a existência de formigueiros, será feita a notificação ao proprietário do
terreno onde o mesmo estiver localizado.

Art. 159. Recebida a reclamação de um proprietário que esteja sendo prejudicado pelas formigas oriundas de
formigueiro existente no terreno vizinho, será o proprietário deste obrigado a proceder a sua extinção e, se não o fizer
em um prazo de 05 (cinco) dias, será a mesma feita pela Prefeitura, cobrando-se do infrator as despesas
decorrentes, independentemente das sanções cabíveis.

SEÇÃO IV - DOS ANIMAIS SINANTRÓPICOS

Art. 160. É proibido o acúmulo de lixo, materiais inservíveis ou outros materiais que propiciam a instalação e
proliferação de animais sinantrópicos.
Parágrafo único. Entende-se por sinantrópico os animais que coabitam indesejavelmente com o homem, tais como
roedores, baratas, moscas, pernilongos, pulgas, etc.

Art. 161. Os estabelecimentos que estoquem ou comercializem pneumáticos, são obrigados a mantê-los
permanentemente isentos de coleções de líquidos, de forma a evitar a proliferação de mosquitos.

Art. 162. Na obras de construção civil é obrigatória a drenagem permanente de coleções líquidas, originadas ou não
pelas chuvas, de forma a impedir a proliferação de mosquitos.

CAPÍTULO VI - DOS INFLAMÁVEIS E EXPLOSIVOS

Art. 163. É absolutamente proibido:


I - fabricar explosivos sem licença especial e em local não determinado pela Prefeitura;
II - manter depósito de substâncias inflamáveis ou de explosivos sem atender as exigências legais, quanto à
construção e segurança;
III - depositar ou conservar nas vias públicas, mesmo provisoriamente, inflamáveis ou explosivos.
§ 1º Aos varejistas é permitido conservar, em cômodos apropriados, em seus armazéns ou lojas, a quantidade
fixada pela Prefeitura, na respectiva licença de material inflamável ou explosivo, que não ultrapasse à venda provável
de 15 (quinze) dias.
§ 2º Os fogueteiros e exploradores de pedreiras manterão depósito de explosivos correspondentes ao consumo de
30 (trinta) dias, desde que os depósitos estejam localizados a uma distância mínima de 250 metros da habitação
mais próxima e a 150 metros das ruas ou estradas.
§ 3º O disposto nos parágrafos anteriores não exime do prévio licenciamento pela corporação de bombeiros local.

Art. 164. São considerados inflamáveis:


I - o fósforo e os materiais fosforados;
II - a gasolina e demais derivados do petróleo;
III - os éteres, álcoois, aguardentes e os óleos em geral;
IV - os carburetos, o alcatrão e as matérias betuminosas líquidas;
V - toda e qualquer outra substância cujo ponto de inflamabilidade seja acima de cento e trinta e cinco graus
centígrados (135º).

Art. 165. Consideram-se explosivos:


I - os fogos de artifício;
II - a nitroglicerina, seus compostos e derivados;
III - a pólvora e o algodão-pólvora;
IV - as espoletas e os estopins;
V - os fulminatos, cloratos, formiatos e congêneres;
VI - os cartuchos de guerra, caça e minas.

Art. 166. Os depósitos de explosivos e inflamáveis serão construídos em locais especialmente designados com
licença especial da Prefeitura, observado o contido no parágrafo 2º do artigo 163.
§ 1º Os depósitos serão dotados de instalação para combate ao fogo e de extintores de incêndio portáteis, em
quantidade e disposição convenientes.
§ 2º Toda as dependências e anexos do depósito de explosivos inflamáveis serão construídos de material
incombustível, admitindo-se como emprego de outro material apenas os caibros, ripas e esquadrias.

Art. 167. Não será permitido o transporte de explosivos ou inflamáveis, sem as precauções devidas.
§ 1º Não poderão ser transportados simultaneamente, no mesmo veículo, explosivos e inflamáveis.
§ 2º Os veículos que transportarem explosivos ou inflamáveis não poderão conduzir outras pessoas além do
motorista e dos ajudantes.

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Art. 168. É expressamente proibido:


I - queimar fogos de artifícios, bombas, busca-pés, morteiros e outros fogos perigosos, nos logradouros públicos ou
em janelas e portas que deitarem para os mesmos logradouros;
II - fazer fogueiras, nos logradouros públicos, sem prévia autorização da Prefeitura;
III - soltar balões, em toda a extensão do Município;
IV - utilizar, sem justo motivo, armas de fogo dentro do perímetro do Município;
V - fazer fogos ou armadilhas com armas de fogo.
§ 1º A proibição de que tratam os incisos I e II poderá ser suspensa mediante licença da Prefeitura, em dias de
regozijo público, festividades religiosas ou de caráter tradicional.
§ 2º Os casos previstos no parágrafo 1º serão regulamentados pela Prefeitura, que poderá, inclusive, estabelecer,
para cada caso, as exigências que julgar necessárias ao interesse da segurança pública.

Art. 169. A instalação de postos de abastecimento de veículos, bombas de gasolina e depósito de outros inflamáveis
fica sujeita às normas especiais, conforme disposto em legislação municipal pertinente.
§ 1º A Prefeitura poderá negar a licença se reconhecer que a instalação do depósito ou da bomba irá prejudicar, de
algum modo, a segurança pública.
§ 2º A Prefeitura poderá estabelecer, para cada caso, as exigências que julgar necessárias ao interesse da
segurança.

CAPÍTULO VII - DA EXPLORAÇÃO DE PEDREIRAS, CASCALHEIRAS, OLARIAS E DEPÓSITOS DE


AREIA, SAIBRO E TERRA
Art. 170. A exploração de pedreiras, cascalheiras, olarias e depósitos de areia, saibro ou terra, depende de licença
da Prefeitura, precedida da manifestação dos órgãos públicos federais e estaduais competentes, além de obedecer a
legislação municipal pertinente.
Parágrafo único. As licenças para exploração a que alude o "caput" deste artigo serão sempre por prazo fixo.

Art. 171. A licença será processada mediante apresentação de requerimento assinado pelo proprietário do solo, ou
pelo explorador e instruído de acordo com os parágrafos deste artigo.
§ 1º Do requerimento constará, no mínimo, as seguintes indicações:
a) nome e residência do proprietário do terreno;
b) nome, residência ou sede do explorador, pessoa física ou jurídica, se este não for o proprietário;
c) localização precisa da entrada do terreno;
d) declaração do processo de exploração e da qualidade do explosivo a ser empregado, se for o caso;
e) alvará, portaria ou licença do órgão federal competente.
§ 2º O requerimento de licença deverá ser instruído com os seguintes documentos:
a) prova de propriedade do terreno;
b) autorização para, exploração, passada pelo proprietário em cartório, no caso de não ser ele o explorador;
c) planta de situação, com indicação do relevo do solo, por meio de curvas de nível, contendo a delimitação exata
da área a ser explorada com a localização das respectivas instalações e indicando as construções, logradouros, os
mananciais e cursos d'água situados em toda a faixa de largura de 100 (cem) metros em torno da área a ser
explorada;
d) perfis de terreno em 03 (três) vias.
§ 3º No caso de se tratar de exploração de pequeno porte poderá ser dispensado, a critério da Prefeitura, os
documento indicados nas alíneas "c" e "d" do parágrafo anterior.

Art. 172. As licenças para exploração serão sempre por prazo fixo.
Parágrafo único. Será interditada a pedreira ou parte da pedreira que, embora licenciada pela Prefeitura,
demonstre posteriormente que a sua exploração acarreta perigo ou dano à vida ou à propriedade.

Art. 173. Ao conceder as licenças, a Prefeitura poderá fazer as restrições que julgar convenientes.

Art. 174. Os pedidos de prorrogação de licença para a continuação da exploração serão feitos por meio de
requerimento e instruídos com o documento de licença anteriormente concedida.

Art. 175. O desmonte das pedreiras pode ser feito a frio ou a fogo.

Art. 176. Não será autorizada a exploração de pedreiras na zona urbana.

Art. 177. A exploração de pedreiras a fogo fica sujeita às seguintes condições:


I - declaração expressa da qualidade e quantidade do explosivo a empregar;
II - intervalo mínimo de 30 (trinta) minutos entre cada série de explosões;
III - içamento, antes da explosão, de uma bandeira à altura conveniente para ser vista à distância;
IV - toque por 03 (três) vezes, com intervalos de 02 (dois) minutos, de uma sineta e o aviso em brado prolongado,
dando sinal de fogo.

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Art. 178. A instalação de olarias no Município obedecerá às seguintes prescrições:


I - as chaminés serão construídas de modo a não incomodar os moradores vizinhos pela fumaça ou emanações
nocivas;
II - quando as escavações facilitarem a formação de depósitos de águas, o explorador será obrigado a fazer o
devido escoamento ou a aterrar as cavidades, à medida que for retirado o barro, visando principalmente a
preservação do meio ambiente.

Art. 179. A Prefeitura poderá, a qualquer tempo, determinar a execução de obras no recinto da exploração de
pedreiras ou cascalheiras, depósitos de areia, saibro ou terra, com o intuito de proteger propriedades particulares ou
públicas, ou evitar a obstrução das galerias de águas.

Art. 180. É proibida a extração de areia em todos os cursos de águas do Município, quando:
I - a jusante do local em que recebem contribuições de esgotos;
II - modifiquem o leito ou as margens dos mesmos;
III - possibilitem a formação de locais ou causem por qualquer forma a estagnação das águas;
IV - de algum modo, possam oferecer perigo a pontes, muralhas ou qualquer obra construída nas margens ou
sobre leitos dos rios.

Art. 181. O serviço funerário é de competência municipal, podendo ser explorado por particulares, mediante prévia
permissão da Prefeitura, a título precário, conforme se dispuser em legislação própria.

Art. 182. A permissão de que trata o artigo anterior só será deferida desde que o permissionário se obrigue, dentre os
demais requisitos, a atender:
I - a requisição de caixões para sepultamentos de indigentes;
II - prestar serviço de atendimento popular obrigatório ao munícipe de baixa renda, conforme preço público
estabelecido em ato próprio do Poder Executivo; e,
III - manter plantão permanente de atendimento.
§ 1º O fornecimento de caixões para indigentes será gratuito e obedecerá a rodízio que será estabelecido por
Decreto do Executivo entre os diversos permissionários dos serviços.
§ 2º As requisições de que trata o inciso I deste artigo emanarão exclusivamente da autoridade policial, do Prefeito
Municipal ou pessoa por este indicada.
§ 3º O permissionário que não dispuser para pronto atendimento do serviço disposto no inciso II deste artigo, será
obrigado a fornecer o serviço que possuir pelo preço estipulado para aquele, conforme tabela do poder permitente.

Art. 183. O Poder Público local, observada a legislação própria, liberará o uso de sepulturas nas necrópoles
municipais da seguinte forma:
I - permissão provisória, por prazo mínimo de 03 (três) e não superior a 05 (cinco) anos; e,
II - concessão perpétua, assim entendidas aquelas concedidas em caráter permanente, enquanto existir o
respectivo cemitério.
Parágrafo único. Independentemente do pagamento do preço público cabível, incube ao respectivo permissionário
ou concessionário a regular manutenção e conservação do local, sob pena de extinção da mesma.

CAPÍTULO IX - DOS DEFICIENTES FÍSICOS, DOS IDOSOS E DAS GESTANTES

Art. 184. Os órgãos de Administração Pública, direta ou indireta, deverão adequar seus projetos, suas edificações,
suas instalações e seu mobiliário à utilização dos portadores de deficiência, observadas as normas legais pertinentes
ao assunto.
§ 1º A Prefeitura Municipal adotará mecanismos de estímulos a fim de eliminar as barreiras arquitetônicas e
ambientais que dificultem o acesso dos portadores de deficiência aos edifícios, estacionamentos e logradouros,
públicos ou particulares, na forma do artigo 244 da Constituição da República.
§ 2º A Municipalidade criará dispositivos para, gradativamente, ir adequando o sistema viário urbano municipal à
utilização dos deficientes físicos.

Art. 185. As construções, ampliações e reformas de próprios municipais, ou que estejam sob sua guarda, ou seu uso,
somente poderão ser utilizadas se incluírem as adequações exigidas no artigo anterior.

Art. 186. Incluem-se no disposto nos artigos anteriores as edificações, mesmo que de iniciativa privada, que, direta
ou indiretamente, se destinem ao uso coletivo.

Art. 187. Todos os estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços e aqueles que, embora não enquadrados
nessas categorias de uso, desenvolvam atividades que impliquem atendimento ao público, darão tratamento
diferenciado a gestantes, mães com crianças de colo, idosos e pessoas portadoras de deficiências.
Parágrafo único. O atendimento especial a que alude este artigo compreende:
a) prioridade de atendimento às pessoas ali especificadas;
b) destinação de espaços e instalações para essa finalidade;
c) garantia de fácil e rápido acesso a esses locais;
d) manutenção de funcionários devidamente informados quanto aos procedimentos a serem adotados nessas

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LEI COMPLEMENTAR Nº 014, DE 21/12/1993 - Suzano / SP - Legisla... http://leis.camarasuzano.sp.gov.br/szn/legislacao/leis/1993/Lc0014.htm

ocasiões.

TÍTULO V - DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO


CAPÍTULO I - DA NOTIFICAÇÃO E DA INTIMAÇÃO

Art. 188. A notificação e/ou a intimação será dada, antes da autuação e/ou apreensão, a critério da Prefeitura,
conforme estabelecido no Código Tributário do Município.

CAPÍTULO II - DOS AUTOS DE INFRAÇÃO

Art. 189. Auto de infração é o instrumento por meio do qual a autoridade municipal apura a violação das disposições
deste Código e de outras leis, decretos e regulamentos pertinentes.

Art. 190. O auto de infração deverá conter, obrigatoriamente:


I - local, data e horário de lavratura;
II - nome, estabelecimento e domicílio do autuado e das testemunhas, se houver e for o caso;
III - número de inscrição cadastral do autuado, se houver;
IV - descrição do fato que constitui infração e circunstâncias pertinentes;
V - aplicação da penalidade, com o respectivo cálculo;
VI - citação dos dispositivos infringidos da legislação específica, bem como dos que embasaram a penalidade
aplicada;
VII - indicação dos tributos e acréscimos, com menção às datas em que deveriam ter sido recolhidos, quando for o
caso;
VIII - outras informações cabíveis;
IX - intimação ao infrator para cumprir a penalidade de que lhe foi aplicada ou oferecer defesa no prazo de 15
(quinze) dias;
X - nome e função ou cargo do autuante.
§ 1º O auto será assinado pelo autuante e pelo autuado, seu representante ou preposto.
§ 2º As omissões ou incorreções do auto não acarretarão nulidade quando do processo constarem elementos
suficientes para a determinação da infração e do infrator.
§ 3º A assinatura do autuado não constitui formalidade essencial à validade do auto, assim como não implica em
confissão e nem a sua recusa agravará a pena.
§ 4º A Administração poderá adotar sistema de lavratura de autos por processos mecânicos ou eletrônicos,
dispensando a assinatura do autuante.
§ 5º Quando a lavratura do auto ocorrer na ausência do autuado ou de seu representante, a Prefeitura intimá-lo-á,
remetendo-lhe a respectiva cópia.

Art. 191. Dará motivo à lavratura de auto de infração qualquer violação das normas deste Código, que for levada ao
conhecimento do Prefeito, ou dos Chefes de Serviço, por qualquer servidor municipal ou qualquer pessoa que a
presenciar, devendo a comunicação ser acompanhada de prova devidamente testemunhada.
§ 1º Recebendo tal comunicação, a autoridade competente ordenará, sempre que couber, a lavratura do auto de
infração.
§ 2º São competentes para lavrar o auto de infração os fiscais ou outros servidores para isso designados por ato do
Chefe do Poder Executivo.

Art. 192. É competente para confirmar os autos de infração e estabelecer a multa o Secretário Municipal da Receita.

CAPÍTULO III - DAS INFRAÇÕES E DAS PENAS

Art. 193. Constitui infração toda ação ou omissão contrária às disposições deste Código ou de outras Leis, Decretos,
Resoluções ou atos baixados pelo Governo Municipal no uso de seu poder de polícia, conforme disposto no Código
Tributário Municipal.

Art. 194. A infração, conforme disposto no artigo anterior, ensejará, sem prejuízo das medidas de natureza civil e
criminal cabíveis, notificação ao infrator para regularização da situação no prazo que lhe for determinado.

Art. 195. O decurso do prazo da notificação à que se refere o artigo anterior, sem que tenha sido regularizada a
situação que lhe deu causa, sujeitará o infrator às seguintes multas, aplicadas em dobro, cumulativamente, nas
reincidências, até a normalização da irregularidade:

I - parágrafo único do artigo 7º 1000 UF


II - artigo 12 5000 UF
III - § 2º do artigo 14 500 UF
IV - artigo 15 500 UF
V - artigo 19 500 UF
VI - artigos 49 a 62 200 UF

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VII - artigos 163 a 169 500 UF


VIII - demais artigos 50 UF

Art. 196. A imposição de multa não prejudica a ação administrativa cabível, como se dispuser em Decreto, visando:
I - a cassação:
a) da concessão;
b) da permissão;
c) da autorização;
d) do alvará ou licença.
II - a apreensão;
III - o embargo judicial ou a interdição;
IV - a paralisação total da atividade e/ou serviço;
V - a cobrança judicial de eventuais débitos.

Art. 197. O disposto nos artigos anteriores aplica-se, também, ao infrator que danificar ou prejudicar terceiros, por
qualquer meio ou dispositivo previsto nesta Lei.

CAPÍTULO IV - DO PROCESSO DE EXECUÇÃO

Art. 198. O infrator terá o prazo de 30 (trinta) dias para apresentar defesa, devendo fazê-la em requerimento dirigido
ao Prefeito Municipal, através da Secretaria Municipal da Receita.
§ 1º O prazo será contado a partir da data do recebimento da cópia do auto de infração ou da intimação.
§ 2º Quando houver a exigência de sanar a irregularidade em prazo menor que o definido no "caput" deste artigo, o
infrator terá, para apresentar defesa, o prazo ali estabelecido.

Art. 199. Julgada improcedente ou não sendo a defesa apresentada no prazo previsto, será imposta a multa ao
infrator, o qual será intimado a recolhê-la dentro do prazo de 05 (cinco) dias.

CAPÍTULO V - DAS APREENSÕES

Art. 200. Nos casos de apreensão, a coisa apreendida será recolhida ao Depósito da Prefeitura; quando a isto não se
prestar a coisa, poderá ser depositado em mãos de terceiros, ou do próprio detentor, se idôneo, observadas as
formalidades legais.
Parágrafo único. A devolução da coisa apreendida só se fará depois de paga a multa que tiver sido aplicada e de
indenizada a Prefeitura das despesas que tiverem sido feitas com a apreensão, o transporte e o depósito.

Art. 201. No caso de não ser reclamado e retirado, em 15 (quinze) dias, o material apreendido será:
I - vendido em hasta pública pela Prefeitura;
II - doado para entidade assistencial declarada de utilidade pública pelo Município.
§ 1º O saldo porventura existente no caso do inciso I será entregue ao proprietário.
§ 2º Caso o valor apurado no inciso I, não atinja o montante das despesas, ou ocorra o disposto no inciso II, a
Municipalidade poderá, mediante processo administrativo e/ou ajuizamento de ação, cobrar a diferença apurada.
§ 3º Em caso de coisas perecíveis, o prazo previsto no presente artigo é reduzido para 24 (vinte e quatro) horas.

TÍTULO VI - DISPOSIÇÕES FINAIS


Art. 202. Os agentes públicos que concorrerem, direta ou indiretamente, isolada ou conjuntamente, por ação ou
omissão, de modo a causar prejuízos à arrecadação municipal, bem como a observância deste Código, serão
responsabilizados, na forma da lei.

Art. 203. O desrespeito ou desacato ao fiscal ou servidor para esse fim designado, ou, ainda, a obstaculização ao
exercício das funções plenas deste, sujeitarão o infrator às penalidades desta Lei.

Art. 204. Os responsáveis por atividades e/ou serviços atualmente existentes deverão adequar-se em um prazo
máximo de 90 (noventa) dias ao disposto na presente Lei, sob pena de sofrerem as sanções aqui impostas.

Art. 205. Revogam-se as disposições em contrário, em especial todas Leis de posturas do Município, inclusive as de
nºs 08, de 23 de maio de 1949; 17, de 08 de junho de 1949; 49, de 09 de dezembro de 1949; 89, de 24 de abril de
1951; 90, de 02 de junho de 1951; 143, de 25 de setembro de 1953; 170, de 18 de dezembro de 1953; 246, de 23 de
novembro de 1955; 248, de 23 de novembro de 1955; 285, de 26 de maio de 1956; 297, de 05 de julho de 1956; 299,
de 05 de julho de 1956; 300, de 05 de julho de 1956; 302, de 27 de agosto de 1956; 303, de 27 de agosto de 1956;
311, de 28 de setembro de 1956; 312, de 28 de setembro de 1956; 313, de 28 de setembro de 1956; 314, de 28 de
setembro de 1956; 326, de 18 de outubro de 1956; 342, de 06 de dezembro de 1956; 348, de 06 dezembro de 1956;
364, de 02 de maio de 1957; 367, de 02 de maio de 1957; 375, de 12 de junho de 1957; 488, 02 de outubro de 1959;
493, de 10 de dezembro de 1959; 498, de 10 de dezembro de 1959; 558, de 30 de novembro de 1960; 605, de 24 de
junho de 1961; 672, de 30 de junho de 1962; 683, de 14 de setembro de 1962; 719, de 18 de maio de 1963; 750, de

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28 de setembro de 1963; 788, de 24 de dezembro de 1963; 857, de 21 de setembro de 1965; 904, de 27 de agosto
de 1966; 1.222, de 03 de junho de 1971; 1.338, de 07 de maio de 1973; 1.419, de 13 de dezembro de 1974; 1.611, de
24 de junho de 1977; 1.655, de 18 de maio de 1978; 1.671, de 25 de agosto de 1978; 1.685, de 05 de dezembro de
1978; 1.940, de 22 de outubro de 1982; 2.288, de 1º de dezembro de 1988; 2.340, de 30 de maio de 1989; 2.438, de
19 de maio de 1990; 2.450, de 21 de junho de 1990; 2.502, de 17 de dezembro de 1990; 2.655, de 30 de junho de
1992.

Art. 206. Esta Lei Complementar entra em vigor no dia 1º de janeiro de 1994.

Prefeitura Municipal de Suzano, 21 de dezembro de 1993.

_______________________
PAULO FUMIO TOKUZUMI
Prefeito Municipal

Registrado na Secretaria Municipal de Administração,


publicado na portaria do Paço Municipal e demais
locais de costume.

_____________________
JOSÉ FELIPE DA SILVA
Secretário Municipal de Administração

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