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Realismo defende que a ciência pode fazer afirmações sobre entidades ou leis
inobserváveis.
O realismo filosófico
O Realismo
É a tese de que uma teoria bem confirmada deve ser considerada literalmente
verdadeira ou falsa, no mesmo sentido em que um enunciado particular é considerado
verdadeiro ou falso.
Assim, as entidades postuladas pela teoria teriam realidade, no mesmo sentido em que
objetos cotidianos são reais, mesmo que elas não sejam observáveis como quarks cordas
ou partículas virtuais, as leis teóricas e princípios gerais seriam verdadeiros ou falsos,
exprimindo a estrutura da realidade.
Realismo de entidade
Realismo estrutural
É a visão de que devemos ser realistas, não em conexão com as descrições das
naturezas de objetos como entidades e processos inobserváveis) encontrados em
nossas melhores teorias, mas sim no que diz respeito à sua estrutura. Ainda não
convergiram sobre o que seria
Qualquer posição que desacorde com o realismo é considerada antirrealista. Para isso,
basta opor-se a um dos compromissos realistas (metafísico, semântico,
epistemológico). Tradicionalmente, o instrumentalismo acredita que as entidades
inobserváveis não existem e só podem ser utilizadas como ferramentas.
Tipos de Realismo
“ O conhecimento não é uma cópia do real, um mero registo passivo, mas uma
interpretação, uma construção.” Ao sustentara tese de que o objecto existe
independentemente do sujeito, o realismo crítico usa, de acordo com J. Hessen, três
argumentos para a provar:
O Fenomenalismo
É a tese de que uma teoria científica refere-se apenas àquilo que é observável, ou seja,
ao fenômeno. Em oposição ao “númeno” ou “coisa-em-si”, que estaria para além do
alcance da razão pura (como colocava o filósofo Immanuel Kant).
Em outras palavras, para o fenomenalismo não faz sentido afirmar que um termo não-
observacional (como quark, etc.) corresponda a uma entidade real.
«O fenomenalismo (de phaenomenon= fenómeno, aparência) é a teoria segundo a qual
não conhecemos as coisas como são em si, mas como se nos apresentam. Para o
fenomenalismo, há coisas reais mas não podemos conhecer a sua essência. Só podemos
saber «que» as coisas são, mas não «o que» são. O fenomenalismo coincide com o
realismo quando admite coisas reais; mas coincide com o idealismo quando limita o
conhecimento à consciência, ao mundo da aparência, do que resulta imediatamente a
impossibilidade de conhecer as coisas em si».
E quanto a Kant, este nunca afirmou que a matéria é real, ao contrário do que pensava
Hessen e do que pensam os catedráticos de filosofia actuais. Kant escreveu:
«Devíamo-nos, contudo, lembrar de que os corpos não são objectos em si, que nos
estejam presentes, mas uma simples manifestação fenoménica, sabe-se lá de que objecto
desconhecido; de que o movimento não é efeito de uma causa desconhecida, mas
unicamente a manifestação fenoménica da sua influência sobre os nossos sentidos; de
que, por consequência, estas duas coisas não são algo fora de nós, mas apenas
representações em nós; de que, portanto, não é o movimento da matéria que produz em
nós representações, mas que ele próprio (e portanto também a matéria que se torna,
assim, cognoscível) é mera representação.»
«Desta maneira, não temos já perante nós a coisa em si, mas a coisa como se nos
apresenta, ou seja o fenómeno.»
1. A coisa em si é incognoscível.
Neste texto acima, não há nem uma palavra sobre a natureza da matéria física, se é real
ou irreal, que é aquilo que distingue realismo de idealismo.
Fenomenalismo não é uma posição ontológica, como realismo e idealismo. É uma
posição gnosiológica. Não é, portanto, um intermédio de realismo e idealismo mas uma
corrente ou qualidade colateral adicionável a qualquer uma delas. Em termos
metafóricos: se idealismo e realismo produzem juízos sobre a existência da cadeira «que
está ali», fenomenalismo é a cortina que oculta ou desvela a cadeira. Há o ser (realismo,
idealismo) e o ver (fenomenalismo/ naturalismo). Há um fenomenalismo realista - o
realismo crítico de Descartes, por exemplo, a matéria é exterior mas não tem peso, nem
cor, nem grau de dureza, nem cheiro. E um fenomenalismo idealista - o idealismo
transcendental de Kant, a matéria é ilusão dentro da sensibilidade, os númenos não são
matéria. Há ainda um fenomenalismo céptico - a fenomenologia de Heidegger que,
apesar de formular os conceitos de ser e ser-aí e de mundo, não se decide sobre a
realidade da matéria.