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Impresso
Especial
9912215938/ 2008 DR/PR
CONSELHO REGIONAL DE
MEDICINA VETERINARIA DO
ESTADO DO PARANA
CORREIOS
Sisbi/POA
Sistema prevê equivalência entre
órgãos de inspeção municipal,
estadual e federal
04
Carta aos profissionais
05
Transparência
06
Conselho em ação
11
Zootecnistas poderão
ser contratados por
concurso público
12
CFMV cria cédula de
14 especialista
Sisbi/POA :
Sistema prevê 13
equivalência entre
órgãos de inspeção Lato Sensu ou Stricto
municipal, estadual e Sensu? Quais as
stock xper t
federal diferenças?
CRMV-PR / 2
18
Prontuário Clínico do
Médico Veterinário
16
Gestão 2008/2011
SXC.HU
toma posse
20 23
Febre Maculosa: Medicina Veterinária
Primeiros Relatos do PR e Conceitos na
Indústria da Carne
22
O Médico Veterinário
frente aos desafios
do agronegócio
Gabriela Sguarizi
24 27
Raiva: Educação Agenda
auxilia o combate à
doença
Gabriela Sguarizi
25
Serviço
3 / CRMV-PR
Editorial
Depois de um longo período seguindo a mesma linha editorial, a Revista CRMV-PR chega
aos prof issionais diferente. A par tir desta edição, a Revista CRMV-PR passa a adotar um
novo padrão gráf ico, o qual oferece uma leitura mais confor tável e leve.
Toda esta reestruturação gráf ica é resultado da nossa preocupação em oferecer aos prof is-
sionais paranaenses um veículo de comunicação de qualidade, com apelo visual agradável e
com notícias impor tantes para a carreira prof issional.
A elaboração desta edição foi especial, pois além de toda a mudança gráf ica houve a par ti-
cipação dos prof issionais na sugestão de temas a serem discutidos. Esse foi o caso da ma-
téria de capa, pois vários prof issionais encaminharam às delegacias regionais do CRMV-PR
questionamentos sobre o novo Sistema Brasileiro de Inspeção, o Sisbi/ POA . Para elucidar
o assunto, desenvolvemos a matéria de capa desta edição, a qual traz entrevistas sobre a
visão das esferas federal, estadual e municipal.
Masaru Sugai: Presidente do CRMV-PR Outro assunto de grande destaque nesta edição é sobre a Lei Municipal 12.822/ 2008, a
qual prevê a criação do cargo de zootecnista no quadro de ser vidores de Curitiba. Apesar
“Toda esta reestruturação de ainda não haver previsão para a realização de concurso público, esta foi uma impor tan-
gráfica é resultado da te vitória para a classe.
nossa preocupação em
Colega, par ticipe da Revista sugerindo pautas e escrevendo ar tigos. A Revista CRMV-PR é
oferecer aos profissionais elaborada especialmente para você!
paranaenses um veículo
de comunicação de Feliz Natal e um ótimo ano novo são os votos do CRMV-PR!
qualidade, com apelo
Boa leitura!
visual agradável e com
notícias importantes para
a carreira profissional.” Masaru Sugai
Presidente do CRMV-PR
Expediente
Diretoria Executiva: Comissão Editorial: Projeto Gráfico:
Presidência: Masaru Sugai Noemy Tellechea Pansard (presidente), Abissal Design & Comunicação
Vice-Presidência: Nestor Werner Ademir Benedito da Luz Pereira, Ivonei www.abissaldesign.com.br
Secretaria Geral: Célia Mayumi K. Trentini Afonso Vieira, Ricardo Pereira Ribeiro
Tesouraria: Oscar Lago Pessôa
Jornalista Responsável: Publicação do Conselho Regional de
Conselheiros efetivos: Gabriela Roussenq Sguarizi Medicina Veterinária do Paraná
Ademir Benedito da Luz Pereira, Ivonei jornalismo@crmv-pr.org.br
Afonso Vieira, José Carlos Calleya, Noemy Rua Fernandes de Barros, 685 - Alto da XV
Tellechea Pansard, Ricardo Maia, Ricardo Estagiária: CEP: 80040-200 - Curitiba - Paraná
Pereira Ribeiro Suelen Santos Fone/Fax: (41) 3263-2511
www.crmv-pr.org.br
Conselheiros suplentes: Tiragem:
Ailton Benini, Amauri da Silveira, Car- 10 mil exemplares
los Alberto de Andrade Bezerra, Carlos As matérias e ar tigos assinados não
Henrique Siqueira Amaral, Odete Völz Impressão: representam necessariamente a opinião
Medeiros, Paulo Amaro Lopes Perpétuo Gráfica Graciosa da Diretoria do CRMV-PR.
CRMV-PR / 4
Por dentro do Conselho
CRMV-PR
Transparência
Demonstrativo de Receitas e Despesas
Receitas R$ %
Anuidades de Pessoas Físicas 1.066.514,29 34,57%
Anuidades de Pessoas Jurídicas 1.448.858,07 46,97%
Subtotal 2.515.372,36 81,54%
Receitas com Aplicações Financeiras 123.983,45 4,02%
Receitas com Inscrições 78.193,10 2,53%
Expedição de Car teiras 19.375,00 0,63%
Expedição de Cer tidões - 0,00%
Expedição de Cer tificações 40.516,49 1,31%
Receita de Dívida Ativa 174.184,38 5,65%
Transferências do CFMV - 0,00%
Outras Receitas (*) 133.047,50 4,31%
Alienação de Bens Móveis - 0,00%
Total (A) 3.084.672,28 100,00%
Ítens Despesas R$ %
(1)* Pessoal 751.560,04 37,96%
(2)* Material de Consumo 66.768,19 3,37%
(3)* Serviços de Terceiros e Encargos 10.944,50 0,55%
(4)* Outros serviços e Encargos 1.110.572,66 56,10%
(5)* Obras/Benfeitorias e Instalações 5.550,00 0,28%
(6)* Equipamentos e Material Permanente 34.332,85 1,73%
(7)* Aquisições e Inversões - 0,00%
Total (B) 1.979.728,24 100,00%
(*) Outras Receitas: Multas p/falta inscrição/registro, Multas p/falta RT, Multas p/ausência a Eleição, Indenizações e Restituições (custas pro-
cessuais), Multas, Juros e Atual. Monet. s/anuidades PF e PJ, Taxa de Propriedade Rural e Listagens de Empresas.
(**) A relação percentual é do Superávit obtido em relação à Receita ((C/A)x100), ou seja, quanto da receita não foi comprometida pela despesa.
Detalhamento de Despesas
(1)* Salários, Gratificação por Tempo de Serviço, Gratificação de Função, Serviços Extraordinários, 13º Salário, Férias, Abono pecuniário
de férias, Gratificação 1/3-Constituição, Ajuda de Custo Alimenatação, Auxílio Creche/babá, INSS, FGTS, PIS; Indeniz;
(2)* Ar tigos de expediente, Despesas c/ Veículos, Ar t. Material Limpeza/Conser vação, Gêneros Alimentícios, Mat. Acess. p/ Máq. e
Apar., Vestuários e Uniformes, Outros Materiais de Consumo;
(3)* Prestação de Serviços de Autônomos e INSS s/Serviços Prestados;
(4)* Assessorias: Jurídica Administrativa e Trabalhista, Locação de Móveis e Imóveis, Telefone, Fax, Serviços Postais, Diárias/Passagens Dire-
toria e Conselheiros, Água/Esgoto, Energia Elétrica, Plano de Saúde, Vale Transpor te, Serviços de Informática;
(5)* Benfeitorias, Reformas e Instalações no imóvel da Sede/Delegacias Regionais do CRMV-PR;
(6)* Mobiliário em Geral e Utensílios de Escritório, Materiais Bibliográficos, Utensílios de Copa e Cozinha, Máquinas e Aparelhos de Escri-
tório, Equipamentos de Informática, Aparelhos de Intercomunicações, Veículos e Aparelhos de Foto Cinematográficos;
(7)* Aquisição de Imóveis, Tit. Represent. Capital Integralizado, Aquisição de Outros Bens de Capital.
5 / CRMV-PR
Conselho em ação
CRMV-PR Avaliação
Curitiba 24/10/08
Nota
Londrina 19/09/08 Curitiba 28/08/08
Erramos
D i fere nte m e nte do p ub li c a d o na e di -
ç ão 26 , pági na 10, na co l u na Q u e m
n os d e i xo u..., a gr a f i a co r re t a d o
n o m e d o m é di co ve ter i ná r i o é Ces a r
A ug u s to Lo ure n ço de L i ma . O p ro f i s-
si o na l f a l eceu n o di a 15 d e j a n e iro e
fo i o p r i m e iro m é di co ve ter i ná r i o d o
li to r a l pa r a nae nse.
Ponta Grossa 21/07/08 Maringá 01/07/08
CRMV-PR / 6
Conselho em ação
Reconhecimento I Siscad
Reconhecimento II
7 / CRMV-PR
Conselho em ação
Sindicato
Direito
CRMV-PR / 8
Conselho em ação
Avaliação
Profissão
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA
DO ESTADO DO PAR ANÁ STJ torna obrigatória
EDITAL apresentação de
CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL diploma
PENA DISCIPLINAR APLICADA AO MÉDICO VETERINÁRIO
MARCELO KIEFER - CRMV-PR 3.992
A Primeira Turma, do Superior Tribunal
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Paraná, no uso de suas atri- de Justiça (STJ), corte máxima na inter-
buições legais conferidas pela Lei 5.517/1968, regulamentada pelo Decreto 64.704/1969, pretação de leis federais, decidiu por una-
consoante ACÓRDÃO exarado em 21.02.2008, contido nos autos de Processo Ético-Pro-
fissional n.º 3.453/2005, vem executar a pena de “CENSURA PÚBLICA EM PUBLI- nimidade que a apresentação do diploma
CAÇÃO OFICIAL”, nos termos da alínea ‘c’ do artigo 33 da Lei 5.517/1968 ao Médico para a inscrição nos CRMVs é obrigatória.
Veterinário MARCELO KIEFER – CRMV/PR n.º 3.992 por infração ao artigo 13, IX e O relator do processo, ministro Francisco
XI; artigo 14, I, III, V e VIII e artigo 21 do Código de Ética do Médico Veterinário.
Falcão, baseou seu voto com dispositivos
Curitiba, 31 de março de 2008. da Lei 5.517/68.
9 / CRMV-PR
Por dentro do Conselho
CRMV-PR
Processos éticos
Acórdão C R M V- PR n° 0 05/ 20 0 8 Acórdão C R M V- PR n° 014/ 20 0 8 A có rd ão C R M V- PR n° 019/ 2 0 0 8
Julgamento: 18/ 06/ 20 0 8 Julgamento: 21/ 0 8/ 20 0 8 J ulg a m e nto: 17/ 07/ 20 0 8
Vot ação: Unânime Vot ação: Maioria dos votos Vot aç ão: U nâ n i m e
Ement a: Realização de abates em ani- Ement a: Denúncia de Méd. Veteri - Em e nt a: M é di co Veter i nár i o. D e nú n -
mais sem a presença de Médico Vete- nário por cobr ança de preços abaixo ci a . N ão rea liz aç ão d e e x a m e cl í n i co,
rinário. Uso de terceiros de carimbos dos valores pr aticados pelo mercado. t a m p o u co a fer i ç ão d e te m p er atur a
prof issional. Utilização de leigos par a Inexis tência de regulament ação que d o a n i ma l p o r o c a si ão d e a p li c aç ão
realização de competência s privativa s. preveja que a cobr ança dos honor á- d e v aci na . Pro b l e ma s d e a l ter açõ es
Infr ação dos A r t.13, inc.II e V I;14, inc. rios prof issionais deva seguir t abela s g a s tro - e ntér i c a s qu e l ev ar a m ao
II e III e A r t. 24, inciso I. Denúncia pré- es t abelecida s. Fixação de valores ób i to do paci e nte. Eve ntu a l n egligê n -
julgada procedente. Pena: censur a de honor ários deve seguir os ar tigos ci a . S up os t a o co r rê n ci a d e i n fr aç ão
conf idencial. 17 e 21 do Código de Ética do Médico ao Có digo d e D eo nto l ogi a d o M é di co
Veterinário. Ausência de prova s. Im- Veter i nár i o. Vot aç ão: D e nú n ci a J ulg a -
procedência da denúncia. A bsolvição da I m p ro ce d e nte.
Acórdão CRMV-PR n° 009/2008 do denunciado.
Julgamento: 18/06/ 2008
Votação: Unânime Acórdão C R M V- PR n° 021/ 20 0 8
Ementa: Médica Veterinária. Cirurgia Acórdão CRMV-PR n° 015/2008 Julgamento: 21/ 0 8/ 20 0 8
de ovário em animal com complexo Julgamento: 17/07/ 20 08 Vot ação: Maioria de Votos
hiperplásico endometrial cístico com Votação: Maioria dos votos Ement a: A nimal ví tima de tr auma por
pós-operatório mal sucedido. Pratica de Julg: 17/07/ 20 08 queda de objeto sobre o mesmo.
valores abaixo do mercado. Imprudência Ementa: Denúncia em face de irregula- Suspei t a de fr atur a no membro pél-
e Negligencia. Violação dos Ar ts. 6º, in- ridades nos exames para diagnóstico de vico direi to. Prof issional que deixou
ciso X; 14, inc. I e VI. Denúncia julgada tuberculose realizado com a aplicação de identif icar fr atur a e não solicitou
procedente. Pena: censura confidencial. de tuberculina, porém sem retorno exame r adiogr áf ico, adminis tr ando
para posterior leitura; Emissão de lau- medicação antiinf lamatória e analgési-
dos de exames de brucelose e tubercu- ca. Cons t at ada fr atur a complet a tr ans-
A c ó r d ã o C R M V- P R n° 012 / 2 0 0 8 lose sem os mesmos terem sido feitos; ver sa de região dis t al de tí bia e f í bula
J u l g a m e n to: 19/ 0 6/ 20 0 8 Exames realizados na época que o de membro pélvico direi to com desvio
Vo t a ç ã o: M a i o r i a d e vo to s produtor não tinha adquirido os animais de eixo ósseo em ou tr a clínica. Ausên-
E m e n t a : M é d. Ve t . S u p o s t a c i ê n - e com laudo de repetição em dezem- cia de prontuário. Procedência da
c i a d e e xe r c í c i o i l e g a l d a p r o f i s s ã o bro. Negligência: infração aos ar ts. 13, denúncia. Condenação do prof issional
p o r t e r ce i r o s s e m co m u n i c a ç ã o a o s inciso XII, 14 incisos I e VII e 24 inciso I à penalidade de censur a conf idencial,
ó r g ã o s co m p e t e n t e s . A u s ê n c i a d e do Código de Ética do Médico Veteri- pos to que o exame f ísico do animal
r e g i s t r o d o co n s u l tó r i o n o C R M V/ nário. Pena: Censura conf idencial. é procedimento padr ão e o exame
P R . I n f r a ç ã o a o s a r t s . 6º, i n c i s o X I . r adiogr áf ico é recur so fundament al em
D e n ú n c i a j u l g a d a p r o ce d e n t e . Pe n a: ca sos de suspei t a de fr atur a.
A d ve r t ê n c i a co n f i d e n c i a l. Acórdão C R M V- PR n° 016/ 20 0 8
Julgamento: 17/ 07/ 20 0 8
Vot ação: Unânime A có rd ão C R M V- PR nº 02 2 / 2 0 0 8
Acórdão C R M V- PR n° 013/ 20 0 8 Ement a: Denúncia. Não recomenda- J ulg a m e nto: 11/ 0 9/ 20 0 8
Julgamento: 19/ 06/ 20 0 8 ção de Repar ação Cir úrgica, Fato da Vot aç ão: U nâ n i m e
Vot ação: Unânime não consolidação da fr atur a face do Em e nt a: D i v ulg aç ão de p ro ce di m e n -
Ement a: Denúncia contr a Médico tr at amento adot ado, Fal t a de orien - to d e i m p l a nt aç ão d e di sp osi t i vo d e
Veterinário, o qual vem a ssinando t ação sobre a condição ter apêu tica i de nt i f i c aç ão (m i cro chip) p o r i nter-
ates t ados em br anco e deixando com do tr at amento propos to, possível m é di o d e m e ns age m e l e t rô n i c a . Va l o r
terceiros par a preenchimento pos te - negligencia diante da reclamatória de a ba i xo d o p r at i c a d o p e l o m erc a d o.
rior. Negligência: infr ação ao ar t. 4º, § odor putrefato proveniente do mem - A u sê n ci a de co n ot aç ão de p ro pa -
3º da Resolução do CFM V nº 84 4 e ao bro fr atur ado. Negligência. Supos t a g aç ão. A ç ão i so l a da p o r pa r te da
ar t. 6º, inciso XI do Código de Ética ocorrência de infr ação ao código de d e nú n ci a . I n e x i s tê n ci a d e p rej u ízo à
do Médico Veterinário. Pena: A dver- Deontologia do Médico Veterinário. co n co r rê n ci a . I m p ro ce dê n ci a da d e -
tência conf idencial. Denúncia Julgada Improcedente. nú n ci a . A rqui v a m e nto d o p ro cesso.
CRMV-PR / 10
Por dentro do Conselho
Curitiba
No dia 13 de maio,
profissionais, acadêmicos
e diversas autoridades
participaram da solenidade,
Curitiba
11 / CRMV-PR
CRMV-PR
Resolução
O Conselho Federal de Medicina De acordo com a Comissão Mista que o requerente não for por ta-
Veter inár ia (CFM V ) publicou no d e E s p e c i a l i d a d e s d o C F M V, “ e s - dor de qualquer dos títulos men-
D i á r i o O f i c i a l d a U n i ã o , n o d i a 15 pecialista é o profissional que se cionados anteriormente.
de abril de 2008, a Resolução 880 consagra com par ticular interesse
que institui cédulas de identidade e cuidado a cer to estudo; pessoa O profissional poderá requerer a
profissional para especialista e dá que se dedica a um ramo de sua concessão de até dois títulos de
outras providências. prof issão, com habilidade e práti- e s p e c i a l i s t a s j u n t o a o C R M V, n o
ca especial em determinada coisa; entanto apenas terá uma especia-
Essa resolução difere os profissio- c o n h e c e d o r ; p e r i t o ”. lidade principal em sua cédula.
nais de forma conceituada no ato
da apresentação do documento, Mas para se obter o título de es- Apesar da Resolução CES/CNE
considerando a necessidade do pecialista, é preciso seguir à risca 0 0 1/ 2 0 0 1 d e f i n i r c r i t é r i o s o b r i g a -
profissional especialista compro- as normas da Resolução 756/ 20 03, tórios para a realização de cursos
var que sua especialidade tem o a qual es tabelece “os critérios de pós-graduação com duração
re co n h e ci m e n to d o C FM V/ C R M Vs . para a concessão de títulos de mínima de 360 horas, o Conselho
“A n o v a r e s o l u ç ã o v e m d e m a n e i r a especialista por uma determinada Federal apenas aceita os cursos
positiva para os profissionais, pois s o c i e d a d e , a s s o c i a ç ã o o u c o l é g i o ”. lato sensu com duração superior a
valoriza ainda mais os especia- 500 horas para a homologação da
l i s t a s ”, c o m e n t a o m é d i c o v e t e r i - A resolução determina que “so- cédula de especialista.
nário e presidente da Comissão mente poderão contar com a
Estadual de Ensino da Medicina h o m o l o g a ç ã o d o C F M V, q u a n d o o Te r á a i n d a q u e a p r e s e n t a r c l a r a -
Veter inár ia do CR M V- PR , Ít alo título conferido estiver condicio- mente todos os dados teóricos
Minardi. n a d o a o s s e g u i n t e s i n s t r u m e n t o s”: e práticos do curso, inclusive a
carga horária igual ou superior
Na opinião do presidente do - título de doutor conferido na a 500 horas. E por final deverá
C F M V, m é d i c o v e t e r i n á r i o B e n e d i - área específica, conferido por ins- constar como será executada a
to Fortes de Arruda, “a precarie- tituição de ensino superior reco- revalidação qüinqüenal do título
dade do ensino fundamental brasi- nhecida pela C APES/MEC; pela entidade concedente.
leiro apresenta reflexos profundos
e significativos no futuro de todas - título de mestre na área especí-
a s g e r a ç õ e s . “A c u l p a n ã o é s ó d o fica, conferido por instituição de
Entidades habilitadas
governo atual, é herança da gestão ensino superior reconhecida pela
anterior que permitiu o cresci- C APES/MEC; Atualmente as entidades habilitadas e
mento desordenado de cursos de em vias de habilitação para a concessão
graduação. - cer tificado de curso de especia- de títulos de especialistas são: Associa-
lização na área específica conferi- ção Médico Veterinária Homeopática
O resultado já começa aparecer: do por instituição de ensino supe- Brasileira; Colégio Brasileiro de Médicos
má qualidade de ensino, que gera rior reconhecida pelo CNE/MEC Veterinários Higienistas de Alimentos;
grande contingente de egressos ou entidades de especialistas, Colégio Brasileiro de Cirurgia e Aneste-
de universidades desempregados cujo curso atenda aos requisitos siologia Veterinária; Academia Brasileira
ou, quando muito, no subempre- previs tos na Resolução 756/ 20 03; de Medicina Veterinária Intensiva; Socie-
go, promove um nivelamento por dade Brasileira de Dermatologia Veteri-
b a i x o ”, d i z B e n e d i t o , a c r e s c e n t a n - - cer tificado de conclusão de Pro- nária e a Associação Nacional de Clínicos
do que “agrega-se a este quadro grama de Residência em Medicina Veterinários de Pequenos Animais.
a disseminação de cursos par ti- Ve t e r i n á r i a ( R1 e /o u R 2), d e s d e
culares de qualidade duvidosa em que atenda às exigências previstas Essas entidades deverão estar obriga-
nível de pós-graduação. n a R e s o l u ç ã o C F M V n º 7 5 2 , d e 17 toriamente habilitadas no CFMV para
de outubro de 20 03; tal concessão, apresentando, previa-
A cautela é necessária, pois alguns mente, estatuto aprovado e registrado
têm utilizado universidades que - resultado de prova de conheci- em car tório específ ico, constando nele
nem possuem curso de Medicina mento específico fornecido pela como uma de suas f inalidades, a emis-
Veter inár ia par a for necer diplo - sociedade, associação ou colégio são de tais títulos.
m a s ”, a p o n t a B e n e d i t o . credenciado pelo CFMV sempre
CRMV-PR / 12
CRMV-PR
Pós-graduação
SXC.HU
O profissional graduado em Medi- A d m i n i s t r a t i o n) o u e q u i v a l e n t e s , obtiverem um conceito mínimo.
cina Veter inár ia cur sa a f aculdade que podem ser oferecidos por “A n u a l m e n t e é f e i t o a c o l e t a d e
durante cinco anos. Após esse instituições de ensino superior dados sobre as informações refe-
período, muitos procuram a espe- ou por instituições credencia- rentes ao curso, mas a avaliação
cialização em uma área específica. das. Oferecido aos por tadores de é realizada a cada três anos, e
Surge então a dúvida Lato Sensu d i p l o m a d e c u r s o s u p e r i o r, t ê m a s m é d i a s v a r i a m d e 1 a 7. P a r a
ou St r icto Sensu. Q uais a s di feren - usualmente umo bjetivo técnico- ser reconhecido, o curso deverá
ças dessas modalidades? prof issional específ ico. Estes apresentar média igual ou superior
cursos são regulamentados pela a 3 ”, r e s s a l t a o d i r e t o r d e b o l s a d a
Os cursos de pós-graduação lato R e s o l u ç ã o C E S / C N E 0 0 1/ 2 0 0 1 , Capes, Emídio Cantídio de Olivei-
sensu são voltados para o nível de que define os critérios obrigató- ra Filho.
especialização, mais direcionados rios para sua ofer ta: carga horária;
à área profissional de mercado e trabalho ou monografia de final de Um curso de pós-graduação stricto
com caráter de educação conti- curso, corpo docente constituído sensu exige que o acadêmico de-
n u a d a . Te m c a r g a h o r á r i a m í n i m a por 50% de mestres e doutores. senvolva um trabalho com alguma
de 360 horas, não computando o c o n t r i b u i ç ã o ( i n o v a ç ã o) à s u a á r e a
tempo de estudo individual ou em Já os cursos de Stricto Sensu são de pesquisa. No mestrado, deve-
grupo sem assistência docente e direcionados para a continuidade se desenvolver um projeto de
àquele destinado à elaboração de da formação científica e acadê- p e s q u i s a q u e re su l te n u m a d i s se r-
monografia ou trabalho de conclu- mica, como mestrado e douto- tação, que deve apresentar contri-
são de curso. rado. É de ex trema impor tância buições introdutórias na área. No
a avaliação da Coordenação de doutorado, o prof issional deve de-
O curso de pós-graduação apre- A per feiçoamento de Pessoal de senvolver um projeto de pesquisa
senta um horário mais flexível. N í v e l S u p e r i o r (C a p e s) q u a n t o à que resulte numa tese com contri-
N e s t a c a te g o r i a e s t ã o o s cu r- regulamentação do curso. Serão buições significativas e consisten-
sos de MBA (Master Business apenas reconhecidos aqueles que tes à sua área de pesquisa.
13 / CRMV-PR
Capa
Inspeção comercializados em todo o território nacional,
Sisbi/POA
o que era proibido anteriormente pela Lei
7.889/89. Esta lei, ainda em vigor, estabelece
que os produtos com SIM podem ser comer-
cializados apenas na jurisdição do município de
origem e os que são identificados com o SIP,
Sistema prevê equivalência entre órgãos de vendidos no território do Estado.
inspeção municipal, estadual e federal
“Em 2005, houve um movimento para alterar
o artigo que restringe o comércio entre
municípios e/ou estados, mas na época não se
ofereceu nenhuma contrapartida para proteger
os interesses do consumidor. Como uma
alternativa para esta situação, após análise e es-
tudo, o Mapa sugeriu a criação do Sisbi/POA”,
contextualiza Nelmon. O diretor ressalta que o
Sisbi/POA vai proporcionar um avanço para o
comércio estadual e municipal, pois possibili-
tará a abertura de novos mercados, e também
será um ganho para a população, já que com a
equivalência dos serviços de inspeção a quali-
dade dos produtos tende a melhorar.
Adesão
CRMV-PR / 14
avaliar quais estabelecimentos se enquadram e local de atenção à sanidade agropecuária, a
Com a chancela do Sisbi/ podem aderir ao Sisbi/POA”. qual estará vinculada à instância intermediária,
POA, os produtos podem na forma definida pelo Ministério da Agricultu-
Municípios ra, Pecuária e Abastecimento, como instância
ser comercializados
central e superior, e poderá abranger uma ou
em todo o território “Vemos o Sisbi com bons olhos, porém mais unidades geográficas básicas, municípios,
nacional, o que antes existem impedimentos legais e estruturais para incluindo microrregião, território, associação de
era proibido pela Lei aderirmos ao sistema”, avalia a médica veteriná- municípios, consórcio de municípios ou outras
7.889/89. ria Ana Valéria de Almeida Carli, coordenadora formas associativas de municípios”.
do Serviço de Inspeção Municipal de Produtos
de Origem Animal de Curitiba (SIM-Curitiba). Na opinião de Valdir Picolotto, proprietário de
de executar a inspeção e avaliar a qualidade Segundo Ana Valéria, “a estrutura requerida um estabelecimento de embutidos em Vitorino,
e a sanidade dos produtos de origem animal pelo Sisbi demanda investimentos por parte região Sudoeste do Estado, o Sisbi é uma ótima
com a mesma eficiência do Ministério. dos municípios, já que haverá a necessidade de possibilidade para o pequeno produtor. “Ele
contratar profissionais e oferecer infra-estrutu- vai fixar o homem no campo, pois possibili-
No Paraná quem está coordenando a integra- ra para o desenvolvimento das atividades”. tará uma maior rentabilidade da propriedade
ção do Estado ao Sisbi/POA é o médico vete- com a abertura de novos mercados”, acredita
rinário João Carlos Rocha Almeida, chefe da Em Curitiba, expõe a profissional, ainda Picolotto, que também é o prefeito de Vitorino.
Divisão de Inspeção de Produtos de Origem ocorre outra situação. “Quanto foi criado No entanto, ele frisa que em um primeiro
Animal, da SEAB. “No dia 28 de março, foi em 2001, o SIM-Curitiba foi implantado momento os produtores terão certa dificuldade
entregue à Superintendência do Mapa toda a dentro da Secretaria de Saúde. Em virtude em virtude dos custos de investimento. “Por
documentação para solicitar a adesão do nosso disto, hoje enfrentamos dificuldades, pois a exemplo, é muito custoso bancar a estrutura de
estado ao Sisbi. O Mapa já avaliou e aprovou mesma equipe é responsável pelas inspeções um abatedouro sozinho, além disso, é preciso
as informações apresentadas. Agora, estamos da vigilância sanitária e do SIM-Curitiba. ter um movimento para o investimento retor-
aguardando por uma auditoria do Ministério Mas, estamos estudando a possibilidade de nar”. A solução, aponta Picolotto, “poderia ser
para aferição in loco”, comenta Almeida. mudança do SIM-Curitiba para a Secretaria uma espécie de abatedouro regional, mantido
de Abastecimento, que demonstrou interesse por uma cooperativa ou por uma parceria entre
Até agora os municípios paranaenses que em assumir o serviço. Caso esta mudança se o estado e os produtores”.
mostraram interesse de se juntar ao novo concretize acredito que o município venha
sistema são Cascavel e Cianorte. “Os pe- aderir ao Sisbi”. A capital do Estado tem “A organização dos municípios na forma de
didos estão sendo analisados pelo Serviço atualmente 13 fiscais médicos veterinários, consórcio ou a criação de cooperativas são sa-
de Inspeção do Paraná (SIP) e assim que a responsáveis pelas inspeções dos 63 estabe- ídas para situações desta natureza, as quais o
Secretaria tiver o seu pedido de adesão ao lecimentos chancelados pelo SIM e parte das Sisbi/POA, inclusive, tem o intuito de estimu-
Sisbi aceito pelo Ministério da Agricultura, os inspeções da vigilância sanitária de alimentos. lar”, declara Nelmon, acrescentando que “não
municípios passarão pelo mesmo processo há previsão do Estado em financiar estruturas
de credenciamento do estado: envio de do- Talvez uma alternativa, sugere Ana Valéria, se- para esta finalidade, até porque o governo
cumentação e auditoria in loco. Só que desta jam os convênios com os municípios da região tem outras prioridades. Mas, em áreas onde
vez, a responsabilidade da avaliação será do metropolitana, “pois muitas vezes acabamos não existem abatedouros próximos, por
Estado”, explica João Carlos Rocha Almeida. encontrando os produtos desta região sendo exemplo, há possibilidade de o Mapa intervir,
Toda a legislação municipal, condutas e pro- comercializados nos estabelecimentos de Curi- por isso ser uma questão de saúde pública”,
cedimentos do órgão de inspeção municipal, tiba, sendo adotadas as medidas legais cabíveis finaliza o diretor do Dipoa.
continua o médico veterinário, precisam como apreensão e inutilização dos produtos”,
estar consoantes com que o estabelece o justifica. O Decreto 5741/06, em seu artigo
Ministério. “Como cada cidade possui uma 23, prevê este tipo de situação. “As atividades Gabriela Sguarizi
legislação diferenciada, podem ocorrer de instância local serão exercidas pela unidade jornalismo@crmv-pr.org.br
diferenças de posturas. Se isto acontecer, o
município terá obrigatoriamente que padro-
nizar todos os procedimentos e regulamen-
tos para se integrar ao sistema”, frisa.
15 / CRMV-PR
Por dentro do Conselho
Eleições
A gestão que conduzirá a administração o CRMV-PR com a necessária austeridade Veterinária e da Zootecnia através da outorga
do CRMV-PR pelos próximos três anos foi e transparência que todo o serviço público do Diploma de Honra ao Mérito.
empossada no mês de setembro. O pleito exige”, comenta Masaru Sugai.
que reelegeu Masaru Sugai à presidência da Diretoria Executiva
Autarquia Pública Federal aconteceu no dia Para Sugai, “é necessário tornarmos os nossos
16 de maio, com aprovação de 76% dos serviços de fiscalização cada vez mais ágeis, Presidente: Masaru Sugai
votos válidos. “Agradecemos profundamen- eficazes e eficientes, averiguando todas as Paulis t a da cidade de Piedade (SP),
te o apoio e a confiança depositados em irregularidades detectadas, corrigindo os erros f o r m o u - s e e m 19 7 8 e m M e d i c i n a Ve -
nossa chapa concorrente na última eleição e, quando necessário, punindo os seus autores, terinária pela UFPR . É pós-graduado
por todos. Asseguramos que não decepcio- visando manter o bom conceito dos demais em Desenvolvimento Rural - Co-
naremos e continuaremos administrando profissionais atuantes no Estado do Paraná”. mercialização Agrícola e Piscicultura.
Tr a b a l h o u p o r s e i s a n o s n o M i n i s t é r i o
Neste ano foram realizadas duas solenidades d o I n t e r i o r, c o m s e d e e m B r a s í l i a ,
Propostas para a Gestão de posse: uma para os diretores executivos e e m 19 8 4 r e t o r n o u a o P a r a n á p a r a
2008/2011: em Ponta Grossa e outra para os conselhei- i n g r e s s a r n a E m a t e r- P R . E m 19 9 6 ,
ros efetivos e suplentes em Curitiba. Ambas foi convidado pela SE AB -PR para
• Consolidação das ações que estão em as cerimônias marcaram o Dia Nacional do coordenar programas de piscicultura
desenvolvimento pela gestão atual. Médico Veterinário. A posse dos membros da e bovinocultura de leite. Em 20 02,
• Ampliação do mercado de trabalho, em diretoria executiva foi promovida na Churras- foi elei to presidente do C R M V- PR
conjunto com outras entidades de classe, caria Papai Cogo, no dia 8 de setembro. Após e reconduzido à presidência para a
através das ações de regularização do exer- a solenidade oficial, os profissionais assistiram ges t ão 20 05/ 20 0 8.
cício profissional. a uma palestra sobre Bem-Estar Animal pro-
• Apoio a eventos técnicos em parceria com ferida pela médica veterinária Carla Maiolino V i c e - P r e s i d e n t e : N e s t o r We r n e r
entidades de classe. Molento, docente da Universidade Federal N a t u r a l d e P a s s o Fu n d o ( R S ), g r a d u o u -
• Fiscalização de empresas clandestinas. do Paraná e coordenadora do Laboratório de s e e m M e d i c i n a Ve t e r i n á r i a e m 197 2
• Combate ao charlatanismo. Bem-Estar Animal da instituição. p e l a U n i ve r s i d a d e F e d e r a l d e S a n t a
• Treinamento dos responsáveis técnicos. Maria (UFSM). Representante da região
• Encaminhamento de denúncias protocoladas. Já a cerimônia para empossar os conselheiros S u d o e s t e d o E s t a d o, N e s t o r r e s i d e e m
Agilizar os processos administrativos. aconteceu em Curitiba, no dia 12 de setembro, P a to B r a n co h á 20 a n o s . C o m p ó s - g r a -
• Contratação de novos funcionários/fiscais. e teve a presença de diversas autoridades, pro- duação em Administração Pública, pela
• Descentralização administrativa, através de fissionais e familiares, os quais lotaram o Salão Fu n d a ç ã o G e t ú l i o Va r g a s ( F G V ), f o i co -
delegacias e delegados. Bellagio, do Restaurante Madalosso. Durante ordenador de Defesa Sanitária e chefe
• Modernização no atendimento ao público. o evento, que teve o apoio da Big Frango e do do Núcleo da SE AB na cidade, além de
• Integração com as instituições de ensino. Sindicato dos Médicos Veterinários do Paraná responder anos mais tarde pela dire-
• Ampliação e renovação da frota de veículos. (Sindivet-PR), também foram homenagea- to r i a d a C l a s p a r. A p o s e n t a d o d o s e t o r
das todas as entidades de classe da Medicina p ú b l i co, a t u a l m e n t e é e m p r e s á r i o.
CRMV-PR / 16
Secretária-Geral: Célia M. K. Trentini para o cargo de fiscal federal agropecuário. em Reprodução Animal, atualmente é
Paulista de Pirapózinho (SP), é Médica Atualmente, tem suas ações focadas em coordenador da Fazenda Experimental da
Veterinária desde 1985 pela UFPR. Depois auditoria de leite. UEM. Na Gestão 2008/2011 representa os
de graduada, permaneceu em Curitiba, onde profissionais da região de Maringá.
prestou concurso público para a SEAB. No Noemy Tellechea Pansard
Departamento de Fiscalização e Defesa Agro- Gaúcha, natural de Uruguaiana, é Médica Carlos Alberto de Andrade Bezerra
pecuária coordena a área de fiscalização de Veterinária formada pela UFRGS em 1973. Natural de Nova Esperança (PR) é Médico Ve-
eventos agropecuários, responsável por definir Após a graduação, já em 1974, começou a terinário (UFPR - 1992) da Secretaria Municipal
os procedimentos a serem cumpridos pelos dar aulas de Anatomia Patológica na PUC da Saúde de Campo Mourão, atuando na área
promotores de eventos agropecuários, pelos de Uruguaiana. Em 1976, ingressou por de vigilância sanitária de alimentos. Pela UFLA,
responsáveis técnicos de eventos e pelos pro- concurso público no Mapa para a função concluiu a pós-graduação em Produção de
prietários de recintos. Com especialização em de fiscal federal agropecuário, desempe- Ruminantes. Nas atividades ligadas ao CRMV-
Agronegócio, pela FAE Business School, e em nhando funções no Serviço de Inspeção PR foi o primeiro delegado regional em Campo
Bioética, pela Universidade Federal de Lavras Federal. No ano de 1981 concluiu mestra- Mourão, em 1998, exercendo até 2005.
(UFLA), já atuou nas áreas de piscicultura e do em Clínica da Reprodução. Atualmente, Atualmente, preside a Comissão de Responsa-
sericicultura. Pela primeira vez integra uma sua atuação é de inspeção nos Terminais bilidade Técnica do CRMV-PR.
gestão do CRMV-PR. Por tuários da Ponta do Félix, em Antonina.
Carlos Henrique Siqueira Amaral
Tesoureiro: Oscar Lago Pessôa Ricardo Maia Médico Veterinário graduado pela UEL,
Nascido em Marabá Paulista (SP), formou-se em Nasceu em Ponta Grossa (PR) e se formou em 1998, integra o Serviço de Inspeção de
1978 pela UFPR. Médico veterinário da SESA- em Medicina Veterinária pela UFPR, em Produtos de Origem Animal, da SEAB-PR,
PR, desde 1983, desempenha atividades ligadas 1997. Com especialização em Clínica Médica na região de Jacarezinho. Natural de Ouri-
à vigilância sanitária. Também foi responsável Cirúrgica e Mestrado em Patologia Animal, nhos (SP), na gestão CRMV-PR 2008/2011
pelo Laboratório Central do Estado por 11 é professor de clínica cirúrgica e fisiologia representa os profissionais de Jacarezinho
anos. A partir de 2006, assumiu a área de zoo- veterinária na Universidade Tuiuti do Paraná e Cornélio Procópio.
noses. Possui pós-graduação em Saúde Pública. (UTP) e Faculdade Evangélica. No CRMV-PR
representa os profissionais de Curitiba. Odete Völz Medeiros
Conselheiros Efetivos Formou-se no ano de 1994 em Medicina
Ricardo Pereira Ribeiro Veterinária, pela UFPel. Gaúcha de Pelotas, é
Ademir Benedito da Luz Pereira Zootecnista formado pela UEM, em 1987, é fiscal de Sanidade Avícola da SEAB-PR na cida-
Médico veterinário formado pela UEL, em natural de Bauru (SP). Mestre em Genética e de de Cascavel. Pós-graduada em Nutrição e
1978, é paranaense de Sertanópolis. Ingres- Melhoramento Animal pela UNESP Jaboticabal Melhoramento Genético em Suínos, Bovinos e
sou no quadro de docentes da UEL em 1979, e doutor em Ecologia de Ambientes Aquáticos Aves, pela UFPR, pelos próximos três anos vai
como professor auxiliar, passando pelos Continentais (UEM - 1999). Atualmente, é pro- representar os profissionais da região oeste.
cargos de professor assistente e adjunto. No fessor adjunto da UEM e dedica-se à piscicultura
ano 2000, concluiu o doutorado em Epide- de água doce. No CRMV-PR é representante Paulo Amaro Lopes Perpétuo
miologia Experimental Aplicada às Zoonoses dos zootecnistas, já tendo exercido a função de Natural de Icaraíma (PR), é Médico Veterinário
pela USP. Desde 2002, é professor asso- delegado regional de Maringá, de 1999 a 2005. na região de Umuarama, atendendo nas áreas
ciado da UEL. Ano este em que se tornou de Clínica de Pequenos e Grandes Animais,
conselheiro do CRMV-PR, representando os Conselheiros Suplentes além de responder pelo Serviço de Inspeção
profissionais da região de Londrina. Municipal e pelo Programa de Inseminação
Ailton Benini Artificial. Formado pela Unoeste em 1995, fez
Ivonei Afonso Vieira Nasceu em Londrina e é graduado em pós-graduação em Reprodução Animal. Já foi
Mineiro de Ibitiura de Minas, é Médico Veteri- Medicina Veterinária pela UEL, em 1992. presidente do Núcleo de Médicos Veterinários
nário - desde 1979 pela UEL - e administrador Atualmente reside em Paranavaí. Médico de Umuarama e delegado regional do CRMV-
de empresas pela UEPG, com pós-graduação veterinário da 14ª Regional da Saúde atua na PR na cidade. Integra pela primeira vez o corpo
em administração geral e estratégia. Represen- vigilância sanitária de alimentos e vigilância da de conselheiros da Autarquia.
tando os profissionais dos Campos Gerais na qualidade de água para o consumo humano.
Gestão 2008/2011, Vieira é chefe do Núcleo Integra o PAMvet-PR, o Grupo Técnico-
Regional da SEAB em Ponta Grossa. Científico do Ovo, do PAMvet Nacional, e a Gabriela Sguarizi
Comissão Técnica de Resíduos Químicos em jornalismo@crmv-pr.org.br
José Carlos Calleya Alimentos, do Conesa-PR, e o Núcleo dos
Graduado em Medicina Veterinária (1973), Médicos Veterinários de Paranavaí. Agradecimento especial
pela UFSM, reside em Guarapuava. Porto- ao incentivo da empresa
alegrense, sua carreira profissional teve início Amauri da Silveira Big Frango e ao apoio
na SEAB-PR, onde desempenhava atividades Zootecnista, formado em 1986 pela UEM, e do Sindivet-PR.
ligadas à defesa agropecuária. Em 1984, Médico Veterinário, pelo Cesumar em 2002,
ingressou por concurso público no Mapa é natural de Maringá. Com pós-graduação
17 / CRMV-PR
Ar tigo
Jurídico
Prontuário Clínico
do Médico Veterinário
SXC.HU
A r e l a ç ã o d e co n s u m o s e c a r a c t e r i z a para que se preste entre outras N os p ro ntu á r i os e m sup o r te d e pa p e l
n a p r e s t a ç ã o d e s e r v i ço s d e s a ú d e d o funções, como prova documental no é o b r ig ató r i a a l egib ili da d e da l e t r a d o
m é d i co ve t e r i n á r i o e d ev i d o à s i g n i f i - caso de processo judicial. p ro f i ssi o na l qu e ate n d eu o paci e nte, a
c a t i v a evo l u ç ã o d e s t a á r e a n o s ú l t i m o s a ssi natur a e o resp ec t i vo nú m ero d o
a n o s , a l t e r a çõ e s l e g i s l a t i v a s r e o r d e - Prontuário Clínico regi s t ro p ro f i ssi o na l. Co m o av a n ço da s
n a r a m a r e l a ç ã o p r o f i s s i o n a l /c l i e n t e tecn o l ogi a s, o p ro ntu á r i o e l e t rô n i co
f avo r e ce n d o a p a r t e co n s i d e r a d a m a i s O C ó d i g o d e É t i c a d o M é d i co Ve t e - te m i nte n ç ão d e subs t i tuir o sup o r te
f r a c a , q u a l s e j a , o co n s u m i d o r, p r o - r i n á r i o – R e s o l u ç ã o 7 2 2 / 20 02 , p r evê e m pa p el e m e lh o r ar a lg u ma s li m i t a-
prietário do paciente. q u e co n s t i t u i i n f r a ç ã o é t i c a “ d e i x a r d e çõ es i m p os t a s p o r es te co m o: a co l e t a
e l a b o r a r p r o n t u á r i o e r e l a t ó r i o m é d i co i n co m p l e t a d e i n fo r maçõ es so b re o
A s prof issões da área da saúde são tidas ve t e r i n á r i o p a r a c a s o s i n d i v i d u a i s e d e paci e nte, p ro du ç ão e a rqui v a m e nto d e
como de risco, t anto par a quem exerce r e b a n h o, r e s p e c t i v a m e n t e” e “ d e i x a r vo l u m e f ísi co excessi vo de d o cu m e ntos,
como para quem recebe, des t ar te, pelos d e f o r n e ce r a o c l i e n t e , q u a n d o s o l i c i t a - f a l t a d e pa dro n iz aç ão n o reco lh i m e nto
preceitos legais consagrados pelo Código d o, l a u d o m é d i co ve t e r i n á r i o, r e l a t ó - de dados e di f i cul dade de co m pa r t ilha -
de Defesa do Consumidor (CDC) uma r i o, p r o n t u á r i o, a t e s t a d o, ce r t i f i c a d o, m e nto e nt re p ro f i ssi o na i s.
falha no atendimento deve ser atribuído b e m co m o d e i x a r d e d a r e x p l i c a çõ e s
a um responsável, o qual tem o dever de n e ce s s á r i a s à s u a co m p r e e n s ã o.” O prontuário eletrônico surgiu com a
repar ar o prejuízo causado. f inalidade de oferecer mais recursos ao
A responsabilidade pelo preenchimen- prof issional da área da saúde, sendo que
Neste contex to, a documentação to, g u a r d a e m a n u s e i o d o p r o n t u á r i o o mercado dispõe de alguns sof t wares
produzida na prática clínica do médi- c a b e a o m é d i co ve t e r i n á r i o e e s t e que auxiliam na rotina de tr abalho, pro -
co veterinário deve compor o pron- co n j u n to d e d o c u m e n t o s d eve o b s e r- pondo inovações como: uma linguagem
tuário do paciente, obser vando os v a r a l g u n s i t e n s q u e d eve r ã o co n s t a r padronizada e melhor es trutur ada, maior
critérios técnicos, administrativos, o b r i g a to r i a m e n t e , q u e r s e j a co n f e cc i o - velocidade na recuper ação da informa-
legais e de arquivamento adequado, n a d o e m s u p o r t e e l e t r ô n i co o u p a p e l. ção, possibilidade de uso simult âneo
CRMV-PR / 18
entre vários usuários em diferentes nem sempre exis te concordância entre com a ressalva que, ao prof issional, é
lugares e transmissão de dados. Para prof issionais sobre o melhor procedi- permitido desis tir do contr ato desde
maior segurança, sugere-se a obser vân- mento, vis to as limit ações da ciência, que não tr aga prejuízos ao paciente e
cia de alguns requisitos para a utilização habilidade técnica ou formação f ilosóf ica. que não tenha pré-f ixado com o cliente
de prontuário digit al como a necessida- um result ado determinado com dat a
de de cópia de segurança dos dados do O p l a n o d e t r at a m e nto é o d o cu m e nto previs t a. Quando as condições es t abele-
prontuário pelo menos a cada 24 horas e qu e ju s t i f i c a a técn i c a a d ot a da , li m i tes, cidas nes te documento forem cumpridas,
o sis tema de informações possuir meca- r i scos e obj e t i vos d o t r at a m e nto e se ex tinguir-se-á o contr ato.
nismos de acesso res trito e limit ado para ex i s te m o u t r a s a l ter nat i v a s pa r a o c a so.
manter a privacidade, conf idencialidade S u a rel ev â n ci a es t á n o f ato d e p rov a r O descumprimento das obrigações con-
dos dados e sigilo prof issional. se o p ro f i ssi o na l fo i p er i to tecn i c a m e n - tr atuais impõe a obrigação de repar ação
te dur a nte a co n du ç ão d o t r at a m e nto. do dano t anto por par te do prof issional
Documentos Clínico - Legais Po r es te m ot i vo, su a au sê n ci a resul t a quanto pelo propriet ário do paciente,
e m di f i cul da d e d e p rov a pa r a o m é di co caso, por exemplo, da possibilidade de
O s d o cu m e ntos clí ni cos qu e co mp õ e m veter inár i o. E s te d o cu m e nto t a m b é m cobr anças dos honor ários não pagos
o p ro ntu ár i o do paci e nte do m é di co re qu er a a nu ê n ci a (a ssi natur a) d o nes te documento discriminado.
ve ter i nár i o deve m a p rese nt ar a lg u ns p ro p r i et ár i o d o paci e nte, ace i t a n d o a
re qui si tos bá si cos par a qu e te nha m e fet i v aç ão d o t r at a m e nto, co nh ece n d o E xames Complementares: E xames de
re l ev â n ci a l eg a l. seu s r i scos e co nse nt i n do na a p li c aç ão imagem, exames de labor atório devem
da técni c a descr i t a . ser processados corret amente par a sua
Ficha Clínica: No caso de litígio judi- utilização e dur abilidade, identif icados e
cial, a f icha clínica é, provavelmente, o Consentimento Informado: O dever de anexados ao prontuário do paciente.
documento mais impor t ante e muit as informação é uma prioridade na área da
vezes o único, para comprovar o es t ado saúde, além de obrigatório pelo Código Autorização de Imagem do Paciente:
inicial do paciente, ra zão pela qual se su- de Defesa do Consumidor, pois o pa- Quando o prof issional deseja utilizar a
gere contenha alguns requisitos mínimos ciente não pode se sujeit ar ao tr at amen- imagem de um paciente par a ilus tr ar ar ti-
par a es te f im. Deve incluir a identif ica- to sem amplo conhecimento de todas as go científ ico ou compor apresent ações, é
ção complet a do paciente como nome, suas intercorrências pelo seu propriet á- necessário que o propriet ário do mesmo
espécie, raça, por te, sexo, idade real ou rio. A ssim, o consentimento informado é consint a assinando uma autorização. Tal
presumida, pelagem, além da identif ica- uma condição indispensável a cons t ar do documento deve es t abelecer o f im exato
ção do propriet ário (cliente), com tele- prontuário do paciente. Es te documento a que se des tina e o pr a zo dur ante o
fone e endereço completo, para o caso prova uma decisão volunt ária, realiza- qual a imagem do paciente poder á ser
de situações emergenciais e cont ato para da pelo propriet ário do animal após veiculada, pois o não cumprimento dessa
autorizações de internamento e procedi- ser bem informado sobre seu animal diretriz pode dar origem a um processo
mentos cirúrgicos. submeter-se a tr at amento específ ico. A por uso indevido da imagem.
prática do consentimento informado livre
A f icha clínica t ambém deve conter a e esclarecido reduz a desigualdade entre Planilha de Ser viços E xecutados:
queixa principal relat ada pelo proprie- o prof issional e o cliente e gar ante o Refere-se ao regis tro da evolução do tr a-
t ário do paciente, o his tórico de saúde direito de escolha na tomada de decisão t amento do paciente, com dat a e hor a,
do animal, que pode indicar limit ações sobre a ter apia a ser aplicada ao pacien- discriminação de todos os procedimentos
e cuidados durante a terapia, sendo te, salient ando que a informação deve aos quais o mesmo foi submetido, pre-
responsabilidade do propriet ário do ser suf icientemente clar a. ferencialmente, com assinatur a (rubrica)
paciente fornecer informações idône- do cliente a cada consult a.
as e corret as. A inda, deve conter os Contrato de Prestação de Ser viços
sinais clínicos, manifes t ações f ísicas na Á rea da Saúde: O contr ato é o S ob re l ev a co nsig nar, p o r f i m, qu e to da
verif icadas no exame clínico inicial pelo acordo de vont ades que es t abelece obri- d o cu m e nt aç ão p ro duzi da p o r i n i ci at i v a
médico veterinário, as quais devem ser gações e direitos recíprocos entre pro - d o p ro f i ssi o na l (o r i e nt açõ es, ates t a-
descrit as em det alhes. Sugere-se que o f issional e cliente. Os contr atos devem d os) d eve ser re digi da e m du a s có p i a s,
propriet ário do animal (cliente), assine ser personalizados par a as car ac terís ticas l egí vel, co nte n do i de nt i f i c aç ão d o p ro -
a f icha clínica impressa para sus tent ar a dos ser viços, caso contr ário, pouca f i ssi o na l (t i m b re) e d o paci e nte, se n d o
idoneidade das informações cedidas nos relevância ter ão no momento de sua qu e u ma có p i a ser á dat a da e a ssi na da
campos a que lhe compete. principal utilidade, os litígios judiciais. p e l o p ro p r i et ár i o do paci e nte co m p ro -
v a n d o seu receb i m e nto e f a r á pa r te d o
Plano de Tratamento: O prof issional Entre as car ac terís ticas genéricas dos p ro ntu ár i o do m esm o.
da área da saúde é carac terizado como contratos, as cláusulas devem es t ar acor-
liber al, ou seja, aquele que tem liberda- dantes com o Código de Ética da prof is-
de de convicção para def inir a melhor são. O contr ato pode ser rescindido a Giorgia Malacarne
condut a terapêutica a adot ar. Todavia, qualquer hor a por qualquer das par tes, Procur ador a do CR M V- PR
19 / CRMV-PR
Ar tigo
Febre Maculosa:
Primeiros Relatos do PR
A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é cau- a março existe o predomínio de adultos de hospedeiros primários e (2) as condições
sada principalmente pela bactéria Ricket- A. cajennense, e estes por terem uma picada ambientais favoráveis às fases de vida livre
tsia rickettsii e é uma zoonose de grande dolorosa são facilmente percebidos e retira- do carrapato. Atualmente o processo de
importância em saúde pública. Trata-se dos. Este fato caracteriza a sazonalidade da urbanização de áreas antes consideradas
de uma bactéria intracelular obrigatória da doença, com maior ocorrência em humanos rurais tem aproximado o homem do contato
Ordem Rickettsiales, Família Rickettsiaceae, no segundo semestre do ano (LABRUNA, com animais selvagens, aumentando o risco
encontrada em células intestinais, glândulas 2002; SANGIONI, 2003). de contaminação. Mesmo ocorrendo casos
salivares e ovários de artrópodes. Depen- fatais da doença em humanos em regiões
dem de células eucariontes de hospedeiros Casos humanos têm sido descritos desde endêmicas, a literatura pertinente a FMB é
e ou vetores artrópodes para se multiplicar. a década de 20, principalmente na região escassa. Porém, para o conhecimento do
Morfologicamente caracteriza-se como Sudeste. Sua ocorrência e principalmente seu complexo ciclo epidemiológico da doença
cocobacilos gram-negativos medindo 0,3cm correto diagnóstico vem aumentando pro- no Brasil, faz-se necessário maiores estudos
de largura por 1,5cm de comprimento. gressivamente nos últimos anos e já abrange em áreas não endêmicas com potencial
grande parte do território nacional. Dados biótico para o estabelecimento do vetor.
Os Estados que mantém vigilância epide- do Ministério da Saúde de 2005 relatam 345 Estes conhecimentos gerados teriam grande
miológica da doença são Minas Gerais, novos casos da doença observados entre os importância para o subsidio do diagnóstico
São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. anos de 1995 a 2004 em alguns municípios precoce, considerando que a magnitude dos
Entretanto há pouca informação sobre a de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, casos deva ser maior que a encontrada a
epidemiologia da doença em áreas não Rio de Janeiro e Santa Catarina, com letalida- partir de registros de casos clínicos.
endêmicas. A sintomatologia em humanos de de 42, 22, 37, 27 e 0%, respectivamente.
é semelhante a várias doenças purpúricas e O primeiro relato da presença de bactéria do Transmissão
o sucesso do tratamento está diretamente grupo da febre maculosa no Paraná foi des-
ligado à precocidade. Destaca-se ainda pela crito em eqüinos de carroceiros, no ano de A transmissão da FMB é através da salivação
importância qualitativa, sendo que o índice 2006, no município de São José dos Pinhais do carrapato infectado no momento do
de letalidade varia de 25 a 80% em casos (FREITAS et al., 2006). repasto sanguíneo quando no hospedeiro.
não tratados, tratados tardiamente ou ainda Isto ocorre em um período de mínimo de 4
tratados com antibióticos não específicos. Hospedeiros a 6 horas após se fixar, quando o artrópode
secreta a saliva contendo a bactéria, que
A transmissão se dá através do carrapato Am- Para que um vertebrado seja considerado infecta o hospedeiro. O microorganismo é
blyomma sp. (A. cajennense e A. aureolatum) bom hospedeiro amplificador de R. rickettsii carreado pela via linfática, invadindo então
infectado. Os chamados carrapatos duros, da na natureza, este deve preencher alguns re- seu alvo principal nos vertebrados, que são
família Ixodidae atuam como vetores, reser- quisitos como: ser susceptível à infecção; man- as células endoteliais. Nas Américas, a taxa
vatórios ou amplificadores de rickettsias do ter a bactéria circulante em níveis plasmáticos de infecção em carrapatos está ao redor de
grupo febre maculosa. No Brasil, o carrapato suficientes para infectar vetores; ter alta taxa 1%, inclusive em áreas consideradas endê-
A. cajennense é vulgarmente conhecido como de renovação populacional; ser abundante na micas, o que pode ser justificado devido ao
carrapato “estrela” e é considerado o princi- área endêmica e ser bom hospedeiro do car- efeito letal que a R. rickettsii tem sobre o
pal vetor da FMB ao homem, sendo o cavalo, rapato vetor em condições naturais. Eqüinos vetor artrópode. É possível que os estádios
a capivara e a anta considerados hospedeiros e cães que vivem no peri-domicílio humano, adultos do Amblyomma sp. tenham maior
primários de todos os seus estádios. O car- são considerados animais sentinela para FMB, chance de ser encontrados infectados devido
rapato pode permanecer infectado durante atuando também como amplificadores da ao maior número de repastos sanguíneos
todo seu ciclo de vida em condições naturais, população de carrapatos. Em uma área en- ocorridos ao longo de suas vidas.
que dura no mínimo 12 meses, e a partir daí, dêmica de São Paulo, Horta e colaboradores
pode disseminar o organismo para gerações (2004) encontraram 77,3% de soropositivi- O período de incubação da FMB em hu-
posteriores através de transmissão transova- dade em cavalos, e 31,3% em cães. Freitas e manos é de aproximadamente sete dias. A
riana. No Brasil, em geral nos meses de abril colaboradores (2006) encontraram 6,52% de forma grave da doença caracteriza-se por
a junho (predomínio de larvas) e de julho a soropositividade em cavalos de carroceiros no febre alta, cefaléia, mialgia intensa, con-
novembro (predomínio de ninfas), o homem município de São José dos Pinhais, Paraná. gestão das conjuntivas, podendo ocorrer
é infestado de maneira maciça pelas larvas e exantema máculo-papular principalmente
ninfas dos carrapatos e é quando há maior Há dois aspectos que devem ser consi- nas regiões plantar e palmar, por vezes
ocorrência de casos. Estudos brasileiros derados na epidemiologia da FMB em evoluindo para petéquias, hemorragias e
esclarecem que entre os meses de novembro relação ao vetor, sendo (1) a presença de necrose devido a vasculite generalizada.
CRMV-PR / 20
Diagnóstico O treinamento dos profissionais de saúde Foi confirmada a atividade riquetsial no
para o diagnóstico e tratamento precoce é um local e a exposição dos animais reagentes
O diagnóstico da FMB em humanos inicia-se ponto relevante no controle e prevenção da com riquetsias do grupo febre maculosa.
confrontando os sinais clínicos com os acha- doença, visando minimizar sua ocorrência. No Os resultados obtidos com o programa
dos laboratoriais e o histórico do paciente. caso de áreas de transmissão não reconhecida de vigilância ativa em caninos e eqüinos
Além do histórico de contato deste e é recomendado trabalho de orientação por demonstraram a vulnerabilidade da região,
carrapatos, o paciente pode apresentar febre parte das Secretarias Municipais de Saúde em sinalizando uma grande necessidade de
alta e letargia. No exame laboratorial de san- grupos específicos de risco, como médicos monitoramento constante e a continuidade
gue encontra-se trombocitopenia, leucocito- veterinários, médicos, enfermeiros, agentes das parcerias e pesquisas.
se, hipoalbuminemia, aumento da fosfatase de saúde, carroceiros, produtores rurais,
alcalina e aumento do tempo de coagulação. tratadores de animais e pescadores. Além das
A confirmação laboratorial pode ser através medidas preventivas citadas, vale ressaltar Marta O. Freitas, Marcelo B. Molento e
de isolamento do agente em amostras de que quanto maior a população de carrapatos, Alexander Welker Biondo
sangue ou biópsia de pele, pesquisa de maior o risco de se contrair a doença. Lab. de Epidemiologia Molecular e
anticorpos específicos no soro do paciente Zoonoses UFPR
através de sorologia pareada, e detecção do FMB em São José dos Pinhais
agente por técnicas moleculares. Marcelo Labruna
O Paraná teve seu primeiro registro da FMB Dep. de Med. Vet. Preventiva e
Atualmente o diagnóstico laboratorial de em humanos em abril de 2005. Um homem Saúde Animal USP
eleição segundo a Organização Mundial de de 47 anos foi infectado em uma chácara no
Saúde se dá através da sorologia pela técni- município de São José dos Pinhais. Firmou- José Bonacin
ca da reação da imunofluorescência indireta se então uma parceria entre as secretarias CCZ São José dos Pinhais
(RIFI), e deve ser considerado confirmatório estadual e municipal de saúde e a UFPR
um aumento no título de no mínimo quatro a fim de elucidar o status epidemiológi- Bibliográficas:
vezes numa segunda amostra (GALVÃO et co da região. O estudo foi então iniciado 1. FREITA S, M. O.; MOLENTO; M. B. L ABRUNA; M. B. SILVEIR A ,
al., 2005). O teste de hemolinfa, RIFI, ELISA naquele município cuja hidrografia é vasta, I.; BIONDO, A . Pesquisa de anticorpos específ icos anti-ricket tsia
e PCR são utilizados para detectar a taxa sendo os principais rios encontrados na ricket tsii em cavalos carroceiros em São José dos Pinhais, PR . In: 14º
de infecção da bactéria no vetor. Guedes e região: o Rio Iguaçu, Rio Miringuava, Rio CONGRESSO BR A SILEIRO DE PAR A SITOLOGIA VETERINÁRIA ,
colaboradores (2005) detectaram taxa de de Una, Rio Castelhanos, Rio São João, Rio SIMPÓSIO L ATINO - AMERIC ANO DE RICKET TSIOSES, R ibeirão
infecção rickettsial em adultos de Amblyom- Miriguava-Mirim, Rio Despique e Represa Preto. Editora Yvan Zucareli, p. 361, 20 06.
ma sp. de 1,28% através da PCR, valor do Vossoroca. São José dos Pinhais tem em 2. FREITAS, M. O. Detecção de ricket tsias do grupo febre maculosa em
considerado alto se comparado a estudos torno de 40% de seu território considerado cães e eqüinos em São José dos Pinhais, PR . Disser tação (Mestrado em
semelhantes realizados nos EUA. como área de preservação ambiental, sendo Ciências Veterinárias), UFPR , 73 f., 2008.
zado com antibioticoterapia específica e seu As propriedades estudadas se encontravam 4. HORTA , M. C.; L ABRUNA , M. B.; SANGIONI, L. A .; VIANNA , M.
sucesso está diretamente ligado à preco- na área urbana e tinham características C. B.; GENNARI, S. M.; GALVÃO, M. A . M.; MAFR A , C. L.; VIDOT TO,
cidade. Os fármacos de eleição são os da propícias ao estabelecimento do vetor da O.; SCHUMAKER , T.; WALKER , D. H. Prevalence of antibodies to spot-
família das tetraciclinas. As drogas lipossolú- FMB, sendo próximas ao foco humano. ted fever group ricket tsiae in humans and domestic animals in a brazilian
veis como doxiciclina tem se mostrado mais Todas apresentavam na ocasião da visita, spot ted fever-endemic área in the state of São Paulo, Brazil: serologic
efetivas, demonstrando ter menos efeitos pastagem “suja”, co-habitação de diferentes evidence for infection by Ricket tsia ricket tsii and another spot ted fever
adversos no tratamento em humanos, e espécies animais no mesmo ambiente e group ricket tsia. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene,
são considerados de eleição para todos os relato de presença de roedores silvestres Nor thbroock, v. 71, n. 1, p. 93-97, 2004.
pacientes suspeitos ou confirmados. como a capivara, que par ticipa ativamente 5. L ABRUNA , M. B.; Ticks (Acari: Ixodidae) on Wild Animals from the
do ciclo da doença. Por to-Primavera Hydroeletric Power Station Area, Brazil. Memórias do
Foram realizados exames sorológicos 6. SANGIONI, L. A . Pesquisa de infecção por ricket tsias do grupo febre
A prevenção para a maioria das rickettsio- através da técnica de RIFI em 16 caninos maculosa em humanos, cães, eqüídeos e em adultos de Amblyomma
ses consiste em combater o vetor através e 8 eqüinos de 4 propriedades considera- cajennense, em região endêmica e não endêmica no estado de São
de tratamentos com produtos ectopara- das foco. Posteriormente foi incluída uma Paulo. 86 f. Tese (Doutorado em epidemiologia experimental aplicada à
siticidas nos animais, manter a pastagem amostragem de 75 eqüinos de carroceiros zoonoses) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
21 / CRMV-PR
Ar tigo
O Médico Veterinário
frente aos desafios do
agronegócio
Tuberculose – PNCEBT, a primeira tentativa
de uma Parceria Público-Privada, no setor da
saúde animal. Esta foi certamente a me-
lhor e mais moderna iniciativa do Mapa em
termos de programa sanitário no Brasil, mas
infelizmente seu desempenho está aquém das
expectativas e isto talvez se deva ao fato da
pouca compreensão dos objetivos de um pro-
grama deste tipo, por parte da nossa classe.
Gabriela Sguarizi
Temos que mudar nossa postura frente às
questões relativas às cadeias produtivas. Um
ponto importante é a relação entre médicos
veterinários da iniciativa privada e os do
serviço oficial, esta deve ser uma relação
O agronegócio vai segurar a economia internacional, o que acabou retrocedendo, pela sinérgica e não antagônica. Afinal, todos
brasileira em 2008. Esta é a previsão dos eco- falta de credibilidade do produto brasileiro. As buscam ou deveriam buscar a mesma coisa,
nomistas e o que se pode perceber quando exportações de carne bovina enfrentaram uma saúde animal de qualidade. E neste sentido
analisamos o comportamento deste setor nos série de dificuldades, em função do episódio da o perfeito entendimento das ações oficiais
últimos anos. Vamos tomar como exemplo febre aftosa e do problema com a rastreabilida- pelos veterinários da iniciativa privada e vice-
a carne bovina, produto em que o Brasil é de e certificação de propriedades. versa é fundamental, para que assim cada
líder mundial em volume de exportação. O profissional, independente da sua ligação
crescimento deste setor foi vertiginoso nos Talvez tenhamos cumprido nossa tarefa ao cor- funcional, torne-se um fiscal da sanidade
últimos cinco anos em virtude do apareci- rigir os problemas, mas isso não basta, quando animal e passe a colaborar efetivamente com
mento de mega empresas no setor, desde fazemos parte de uma cadeia econômica nós o agronegócio brasileiro. Se isso estivesse
confinamentos com mais de 100 mil animais necessariamente temos que estar presentes acontecendo, talvez não tivéssemos que
a até indústrias frigoríficas, que aumentaram antes, prevenindo, denunciando e evitando assistir a reentrada da febre aftosa em áreas
suas plantas e ampliaram fronteiras, tornando- que o dano ocorra. Pois, construir credibilida- do território nacional já livres da doença.
se multinacionais. Enfim, o negócio da carne de demora muito tempo, destruir é rápido e
bovina brasileira tornou-se grande, movimen- recuperá-la muitas vezes é impossível. Quando O Médico Veterinário é sem dúvida um
tando volumes impressionantes de dinheiro. nosso setor é afetado, todos o são. profissional fundamental no desenvolvimento
Certamente de alguma forma a Medicina das cadeias produtivas, sobretudo quando
Veterinária contribuiu para este crescimento, O Estado não será capaz de resolver todos os elas tomam a dimensão que vem tomando
mas será que realmente estamos preparados problemas da saúde animal no Brasil, e isto no Brasil, uma vez que a sanidade animal tem
para participar de maneira efetiva no cresci- pode ser exemplificado pela a febre aftosa, grande importância na expansão e conquista
mento dos setores animais do agronegócio? com a qual se luta há décadas e a enfermi- de mercados para nossos produtos. Mas,
dade, ainda não foi controlada de maneira nós temos que assumir o desenvolvimento
No que diz respeito à produção animal, adequada. Hoje existe um enorme efetivo de da parte da cadeia que nos cabe, sugerindo,
certamente estamos bastante ativos e incor- médicos veterinários, que certamente, não cobrando e participando do planejamen-
porando novas tecnologias para aumentar o serão absorvidos pelos serviços oficiais, mas to econômico, pois somente desta forma
desempenho e a qualidade dos animais. No que podem colaborar de maneira muito im- vamos ocupar de maneira efetiva nosso lugar
entanto existem setores em que a evolução se portante para que possamos garantir produtos no desenvolvimento econômico do País,
faz lenta (ou não existe), “crise do leite” no final de qualidade aos consumidores, sejam eles do cumprindo nosso papel social e valorizando a
do ano passado mostrou algumas destas falhas. mercado interno ou externo. Medicina Veterinária diante da sociedade.
A cadeia do leite estava passando por um dos
melhores momentos de sua história, com boas Um passo importante neste sentido foi
perspectivas de preços e possibilidades de dado com a criação do Programa Nacional Felipe Pohl de Souza
ingressar de maneira importante no mercado de Controle e Erradicação da Brucelose e Méd. Vet. e Docente da PUCPR
CRMV-PR / 22
Ar tigo
Medicina Veterinária e
Conceitos na Indústria
da Carne
Gabriela Sguarizi
A M e di cina Veter inár i a é u ma ci ê nci a Preventiva, gar antindo a obtenção ao qu e es t a m os b u sc a n d o e/o u u m
p r at i c a da e m v ár i a s área s e os c a mp os desses índices fenomenais de produ ti- p rogr a ma d e b i osseg ur i da d e fr ágil pa r a
d e atu aç ão co nt inu a m cresce n d o, p r in - vidade.Os indicadores ou medida s em p reve n ir d o e n ç a s o u não co n fo r m i da d es
cipa l m e nte e m s a ni dade e seg ur a nç a nossa atividade são fundament ais. Ca so s a n i t á r i a s. Co r r igi n d o ess a s c au s a s o
a li m e nt ar. H á ma i s de 2 5 a n os t r a ba- contr ário seria o equivalente a dirigir e fei to ser á o desejável e es te é o r aci o -
lha n d o co m av i cul tur a , at i v i dad e es t a d e um carro sem obser var o velocímetro, cí n i o co r re to qu e d eve ser e xerci d o p o r
gr a n d e imp o r t â nci a ao B r a sil – o ma i o r a ssociado ao consumo de combus tível. u m m é di co veter i nár i o.
e x p o r t a do r dess a p roteí na e o terce iro Todo gerenciamento é alvo de medida s,
ma i o r p ro du to r mu n di a l – d es t ac a - por t anto devemos ter indicadores ao A li d er a n ç a é o úl t i m o co n ce i to, ma s d e
m os qu atro imp o r t a ntes co nce i tos qu e bem- es t ar, nu trição, genética, e, princi - e x t re ma i m p o r t â n ci a pa r a d ese nvo l ver
u m p ro f i ssi o na l deve l ev ar se mp re e m palmente, saúde avícola. Se aplicar mos os d e ma i s j á ci t a d os. J a m es H u nter,
co nsi d er aç ão: Preve nç ão, I n di c ado res um plano de biosseguridade, teremos au to r do li vro o “ M o nge e o E xecu t i -
o u M e di da s, Rel aç ão de C au s a o u E fe i to que ter a s medida s correspondentes, vo”, de f i n e li der a n ç a a ssi m: “ H a b ili da d e
e L i d er a nç a . A seg uir, gos t ar ía m os de como: moni tor ar a sorologia da s aves d e i n f l u e n ci a r p essoa s a t r a ba lha re m
d e t a lha r c ada u m del es par a m elh o r diante do seu progr ama de vacinação, e ntu si a s t i c a m e nte, v i s a n d o o bj e t i vos
e l u ci da r su a imp o r t â nci a na co n du ç ão controle de Salmonela em toda a cadeia co m u ns, g a r a nt i n d o co n f i a nç a p e l a fo rç a
e/o u o b te nç ão da s aú de dos a nima i s o u de produção com foco nos alimentos d o seu c a r áter”. Co n co rda m os co m a
p l a nté i s, dos qu a i s so m os resp o ns áve i s produzidos, medida s par a micotoxina s d e f i n i ç ão p o r acha r qu e a co m p e tê n ci a
co m o M é di cos Veter inár i os. nos insumos u tilizados na r ação, qua- i n di v i du a l ser á p erceb i da so m e nte se
lidade de água ingerida pelos animais, co nseg uir m os u m o bj e t i vo co l e t i vo, sej a
A prevenção na avicultur a tem um car á- dentre mui tos ou tros. nu ma o r g a n iz aç ão p úb li c a o u p r i v a da .
ter fundament al, já que fr angos de cor te N es te li vro, H u nter, t a mb é m, di fe -
hoje são abatidos com idade má xima de A re l aç ão d e c au s a e e fe i to é o u t ro re n ci a gerê n ci a d e li d er a n ç a; dize n d o
45 dia s. Es t a tenr a idade, ainda nos fa z co ncei to d e gr a n d e v a li a na d e f i n i ç ão qu e se gere n ci a co i s a s – i n di c a d o res/
ouvir absurdos por uma pequena parcela d o p ro b l e ma a ser at ac ado e reso l v i do. re l ató r i os – e se li d er a p essoa s. L i d er a r
desinfor mada da sociedade, que logo M ui t a s vezes n os d e te m os n o e fe i to p essoa s é o gr a n de des a f i o d o m o m e n -
pensam no uso de Hormônio de Cres- e não atu a m os na s c au s a s qu e es t ão to e d eve m os t r a ba lha r, a rdu a m e nte,
cimento par a obtenção de mais de dois ger a n do es te e fe i to i n d esej áve l. U ma pa r a m e lh o r a r n oss a p er fo r ma n ce e da s
2kg de peso vivo com o consumo de e n fer mi da de, qu e é u m e fe i to i n desejá - o r g a n iz açõ es na s qu a i s tr a ba lha m os.
menos de 4kg de r ação. A r a zão verda- vel, te m v á r i os f ato res p re di sp o n e ntes,
deir a, porém, é o tr abalho cons t ante da qu e p o de m ser ma n ej o i na d e qu a d o,
genética a ssociada à nutrição, boa s pr á- nu tr i ç ão d e f i ci e nte o u d esba l a n cea da , Valter Bampi
tica s de criação e Medicina Veterinária ge n ét i c a co m c a r ac ter ís t i c a s i m p ró p r i a s Méd. Vet. e Diretor do Grupo Big Fr ango
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Especial
Raiva:
Educação auxilia o combate
à doença
A raiva é considerada uma zoonose de de atingir nossos objetivos: visitamos escolas,
grande importância na saúde pública, tanto promovemos encontros com professores,
Raiva Desmodina
pela evolução letal quanto pelo custo social entregamos folders, cartilhas e gibis às crian-
Vários focos de raiva têm surgido no Paraná,
e econômico. No Brasil, a doença pode ser ças. As crianças são muito importantes neste principalmente, nas regiões Norte (Paranavaí),
considerada endêmica e em graus diferencia- processo, pois elas levam o assunto para casa Oeste (Cascavel, Três Barras do Paraná, Santa
dos. De acordo com a médica veterinária da e discutem com os pais”, explica. Tereza do Oeste, Boa Vista da Aparecida,
Matelândia) e Sudoeste. Nestas localidades a
Defesa Sanitária Animal Elzira Jorge Pierre, Secretaria de Estado da Agricultura, através da
a SEAB já cadastrou mais de 730 abrigos de Pré-exposição Defesa Sanitária Animal (DSA), vem proce-
morcegos hematófagos da espécie Desmodus dendo a vacinação e a revacinação dos animais
domésticos, uma vez que é muito importante
rotundus em todo o Estado e está atuando “Os profissionais que se expõem de forma o reforço da dose, em animais acima de três
para o controle populacional, com auxílio de permanente ao risco de contágio precisam meses de idade. Tarefa esta um tanto difícil
informações da população. Em cada abrigo fazer o tratamento profilático anti-rábico”, devido à falta de informação dos proprietários.
Aliás, são muito poucas as informações reais
convivem de 50 a 200 indivíduos. O único ressalta a enfermeira sanitarista Vânia Osna, sobre morcegos hematófagos, até mesmo sobre
órgão competente para atuar no controle do Setor de Profilaxia de Raiva Humana da o trabalho diário da DSA.
populacional do Desmodus rotundus é a SEAB. SESA-PR. Apesar do Paraná não registrar
O Desmodus rotundos é o principal transmissor
raiva humana desde 1988, outros estados da raiva em herbívoros e suínos. O médico
No primeiro semestre de 2008, foram con- do Brasil ainda confirmam casos de morte veterinário e o zootecnista são atores impor-
firmados no Paraná 53 casos de raiva animal pela doença. No Brasil, em 2006, foram re- tantes neste cenário, pois atuam diretamente no
campo e têm qualificação técnica para informar
em 47 focos diferentes. Os animais conta- gistrados seis casos de raiva humana, época os proprietários sobre quais procedimentos
minados foram 35 bovinos, oito eqüinos, 3 em que foi registrada a morte um médico devem ser tomados.
ovinos e sete morcegos não hematófagos. veterinário mineiro que não havia sido
Durante visita de rotina a uma pequena proprie-
“Em virtude do nosso trabalho de educação vacinado de forma preventiva, nem após o dade rural, a DSA detectou que alguns animais
sanitária em áreas endêmicas, a população contato com o animal infectado. estavam morrendo e os proprietários não
tem nos auxiliado e informado sobre as áreas sabiam a causa dos óbitos. Conforme relatos,
várias providências haviam sido tomadas, no
de abrigo de morcegos. Com isso, estamos O tratamento profilático pré-exposição é entanto sem acompanhamento de um médico
procedendo o controle populacional do gratuito e pode ser efetuado em unidades de veterinário e, portanto, sem notificação à DSA
Desmodus rotundus com a pasta vampiricida saúde de todo o Estado. “No ano passado por puro desconhecimento. Após a avaliação
pelos técnicos, foram capturados morcegos he-
e fazendo a vigilância das áreas de risco”, 1310 pessoas fizeram pelo menos a primei- matófagos e programado controle populacional.
afirma Pierre. Em 2007, foram detectados ra etapa”, informa Vânia. A terceira etapa O resultado foi visível: os animais tornaram-se
210 focos de raiva animal em 47 municípios acontece 28 dias da segunda dose, quando é sadios e a produção voltou a crescer.
paranaenses. O Núcleo Regional de Cascavel aplicado o reforço da vacina. Depois de duas A troca de informações entre profissionais é
teve o maior número de casos confirmados, semanas é efetuado o exame de sorologia muito importante para que as posturas adotadas
76 no total, dentre bovinos, eqüinos, ovinos, para se avaliar se a pessoa está ou não com em diferentes situações sejam padronizadas.
Este intercâmbio de dados poderia acontecer,
suínos e morcegos não hematófagos. anticorpos. Caso o resultado seja insatisfa- por exemplo, por meio da internet num fórum
tório é necessário aplicar mais uma dose de específico para discutir as condições gregárias
A educação em saúde, na opinião da médica reforço e reavaliar após 14 dias. de certas espécies de morcegos, sinantropismo,
curiosidades científicas e práticas sobre controle
veterinária, tem se mostrado uma importante e captura, etc. Discussões desta natureza po-
aliada no combate à raiva. “Através de pales- “A sorologia deve ser efetuada anualmente, deriam evitar condutas ineficazes e impróprias,
tras, reuniões e visitas, explicamos à comuni- pois o controle sorológico é a exigência como a colocação de redes nas cabeças de vaca
para capturar o Desmodus rotundos ou ainda
dade todos os cuidados necessários, formas básica para a correta avaliação da pessoa explodir furnas, para impedir a entrada e saída
de contágio, ciclo epidemiológico, métodos de vacinada. Atualmente a vacina utilizada é de dos morcegos, fazendo com que morram asfi-
controle, forma correta de coletar morcegos e ótima qualidade, sem apresentar reações. É xiados e/ou de fome. Nós profissionais somos
importantes neste processo de mudança de
a importância vacinação, a qual não é realizada aplicada via intramuscular, em duas a cinco comportamento, através do esclarecimento e da
como rotina nos herbívoros domésticos, mas doses, dependendo da indicação”, frisa. conscientização da população.
é fundamental para o controle da doença.
Nestes encontros aprendemos a respeitar a José Carlos do Amaral Gonçalves
crendice e as necessidades da comunidade. Gabriela Sguarizi Médico Veterinário SEAB-PR
Para isso desenvolvemos diferentes formas jornalismo@crmv-pr.org.br
CRMV-PR / 24
Serviço
Novos inscritos
00982.ZP - ELIANE LEMES MOREIR A 08146.VP - BELISA KRIEGER 08230.VP - TIAGO SCHENKEL 08318.VP - FERNANDA K AERCHER
00983.ZP - LEOPOLDO BR A Z LOS 08147.VP - JOELMA P. DA SILVA SC AR ABELLI 08231.VP - WAGNER SOUZ A JULIO 08319.VP - CINTIA NORONHA DA LUZ
00984.ZP - JORGE LUIS DUARTE DE C AMARGO 08148.VP - C AMIL A LESEUX 08232.VP - RENATA C. FERNANDES SANTOS 08320.VP - TIAGO VENDR AMIN CHAVES
00985.ZP - ELCIO NUNES JUNIOR 08149.VP - FERNANDA K ARIYA NISHITANI 08233.VP - ALINE SILVA FUJITA 08321.VP - DANIEL S TR ANQUILINO DE SOUZ A
00986.ZP - FABIANE KLUPPEL RIEKES 08150.VP - LIANE PIETROBELLI 08234.VP - PAUL A A . ASSUMPC AO MALHADAS 08322.VP - JOAO GALDINO NETO
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00994.ZP - MARCIA REGINA COALHO 08165.VP - K ALINK A MARESSA DE OLIVEIR A 08244.VP - ANDREO ECKEL 08337.VP - JOYCE C AROLINA BIANCONI
00995.ZP - ANETE C. GOUVE A GABARDO BLINI 08166.VP - NINA DA CUNHA MEDEIROS 08245.VP - ANTONIO RODRIGUES LEITE NETO 08338.VP - JOICE BIERNASKI BUENO PERES
00996.ZP - K ATIA FERNANDA GOBBI 08167.VP - MARINA LOUREIRO C ALDAS 08246.VP - DAIANE ANDREOL A 08339.VP - GISL AYNE DENARDI
00997.ZP - FR ANCIELE APARECIDA BERTAGLIA 08168.VP - ADRIANA MYLL A PAVONE 08247.VP - VALDEMIR ALC ARRIA JUNIOR 08340.VP - GRE YCE C. BARBOSA AL ARC AO
00998.ZP - JOAO EDUARDO DIB FABRE 08169.VP - FL AVIA BIONDI 08248.VP - HIGOR LIMA GUEDES 08341.VP - MAIR A MELUSSI
00999.ZP - ANDRE FELIPE LONGEN 08170.VP - CESAR AUGUSTO PANTE NETO 08249.VP - THIAGO PEREIR A DE OLIVEIR A DIAS 08342.VP - FR ANCIELI WATANABE
01000.ZP - LUCIMAR A DALL ARMI 08171.VP - EDY SHINITI MUR AI 08250.VP - LE ANDRO BAGGIO 08343.VP - ANGEL A MARCIA REQUENA
01003.ZP - R AFAEL PESSOA DA MOT TA 08172.VP - JOAO H. A . DE C ARVALHO LEITE 08251.VP - DENIS RODRIGUES 08344.VP - PRISCIL A VIRGINIA BERNARDI
01004.ZP - WILLIAN CESAR BEDENDO BUENO 08173.VP - DAUTON LUIZ ZULPO 08252.VP - DAVI SANTOS AGUIARI 08345.VP - FELIPE WEIGERT PENC AI
01005.ZP - REGIS F. PASTORELO MEURER 08174.VP - VICTOR C AMPIOLO SANCHES 08253.VP - FERNANDO SLEUTJES 08346.VP - R AFAEL BASTARRIC A SOARES
01006.ZP - ANA C AROLINA MULLER CONTI 08175.VP - MARCOS MAGALHAES 08254.VP - VANIA HAMESSI VALERIO 08347.VP - R AFAEL CRUZ SALGADO DE SOUZ A
01007.ZP - LUCIANE SILVESTRI AR AUJO 08176.VP - DIONE C A Z ANTI 08255.VP - JULIANA TOSC ANO MOSER 08348.VP - TIAGO HERCUL ANO FURONI LIMA
01008.ZP - ANGELITA X AVIER DOS SANTOS 08177.VP - FERNANDO FAVERO 08256.VP - K ATIA JUNKO MIZOTE 08350.VP - DARCI ELIAS FURL AN
01009.ZP - VALDECIR DE SOUZ A C ASTRO 08178.VP - FR ANCISCO JOSE DEFAVERI 08257.VP - RODRIGO MANTOVANI DE OLIVEIR A 08351.VP - CLE VERSON CHARLES SEGATI
01010.ZP - FABIO CESAR BR AT TI 08179.VP - PAULO E. PIEMONTEZ DE OLIVEIR A 08258.VP - LUANNA C AROLINE BECKER 08361.VP - TIBERIO A . DE QUEIROS LOBO
01011.ZP - MATEUS MOR A 08180.VP - MURILO SANTOS DE OLIVEIR A 08259.VP - SERGIO R . GUZELL A TOK ARSKI 08362.VP - K ARINA BE VIL ACQUA
01012.ZP - LEONARDO LOPES DOS SANTOS 08181.VP - GL AUBER LUIZ PINHEIRO FRITIZ 08260.VP - FERNANDO DAMBROS PEREIR A 08363.VP - PRISCIL A TANAMATI
01013.ZP - SUSANA GIL AVERTE 08182.VP - WILLIAN F. DE VASCONCELOS 08261.VP - DIEGO ANTONIO LE AO 08364.VP - BRUNO BORSAT TI PEDROSO
01014.ZP - AMERICO FROES GARCEZ NETO 08183.VP - EDUARDO CONSTANTINO PEREZ 08262.VP - POLIANE SILVEIR A GARCIA 08365.VP - HANNELORE JENSEN
01015.ZP - K ARINE REGINA ALVES 08184.VP - VINICIUS SALLES CERCI 08263.VP - MIRIAN ASAI 08366.VP - R AFAEL PALHANO DA LUZ
08097.VP - ROBERTO BAGATINI DE MOR AES 08186.VP - ANDREI DE SOUSA SANTOS 08264.VP - MARIO DE LUC A NETO 08367.VP - AMARILDO APARECIDO GABRIEL
08098.VP - L ARISSA BL ANSKI DE MENEZES 08187.VP - MARCELO ROSC AMP 08266.VP - R AFAEL BOVE FAGAN 08368.VP - NILCELENE SATIKO TAK AYAMA
08100.VP - MIRIAM DUARTE DA COSTA 08188.VP - ESTEL A DE ALMEIDA 08267.VP - BRUNO BUENO SA AB 08369.VP - RIC ARDO POSSAT TO
08103.VP - ANA PAUL A DENCZUK DE OLIVEIR A 08189.VP - PATRICIA YUKIKO MONTANO 08268.VP - R AFAEL TOMADON GUIRELLI 08370.VP - PAULO BONINI DE SOUZ A JUNIOR
08104.VP - DIOGO GIUBLIN TEIXEIR A SANCHES 08190.VP - C AMIL A FR ANCO DE C ARVALHO 08271.VP - ROSA CRISTINA ALVES DE A ZE VEDO 08371.VP - DIEGO ANDRE Y DE RE
08105.VP - ROGERIO DINIZ ALVES 08191.VP - PATRICIA PEREIR A DA SILVA 08273.VP - ANGEL A MAR A DALLO 08374.VP - RENATA PAES COR A Z Z A
08107.VP - JAIDSON PERET TI 08192.VP - ANGEL A LOUISE SUHR REGHELIN 08274.VP - FERNANDO VICTOR GIONGO 08375.VP - JOAO ANDRE DE MATOS OLIVEIR A
08108.VP - WINSTON ROBERT WILT 08193.VP - ANGELIC A SPINDOL A BR ANDAO 08275.VP - DAYANNE HAUAGGE BISOL 08376.VP - JAMILE ZUNINO
08109.VP - SAMUEL FELIPE BECEGAT TO 08194.VP - ANGEL A MAR A COR AIOL A 08276.VP - GILBERTO HENRIQUE SIMOES 08377.VP - GUSTAVO FERNANDES
08110.VP - ELPIDIO GONC ALVES SERR A 08195.VP - PRISCIL A SANDRINI AQUIM 08277.VP - BRUNA SC AR AMELO SILVA 08378.VP - TATIANE R AQUEL C ARDOSO
08111.VP - FERNANDO BECKER 08196.VP - LETICIA FR ANTZ BOSCHILIA 08278.VP - C ARLOS MULLER SLUPSKI 08379.VP - C AMIL A FABIOL A MOERS
08112.VP - LUIS F. SGUISSARDI C ALEGARI 08197.VP - NEREU A . STORMOWSKI JUNIOR 08279.VP - VANESSA DO VALLE N. BELLONI 08380.VP - SAMAR A VIEIR A SILVERIO FONSEC A
08113.VP - MARIO CELL A NETO 08198.VP - AYRTON BENTO MARIA 08280.VP - GUILHERME DE A . MATUELL A 08381.VP - CINTIA C AROLINA DA FONSEC A
08114.VP - EDUARDO HIDEO MORIYA 08199.VP - DJALMA C ARDOSO CHUEIRE 08281.VP - R AFAEL MANN FILUS DE OLIVEIR A 08382.VP - ANDRESSA BORBA C ARNEIRO
08115.VP - WILSON WINTER JUNIOR 08200.VP - RENATA PRESTES ANTONANGELO 08282.VP - RITA MARIA AGR A DE OLIVEIR A 08383.VP - C AROLINA DE MAT TOS MEHL
08116.VP - MARCOS CEZ AR SANT ANNA 08201.VP - JAQUELINE MARIA COLDEBELL A 08283.VP - Z AIR A BISPO FERREIR A 08384.VP - EDINEIA TEREZINHA BR ANCO
08117.VP - R AFAEL SANCHES SPURIO 08202.VP - FABIO C ARRILHO ERNANDES 08284.VP - E VENISE C AMARGO DELLE 08385.VP - MAR A LUCIA AYUSO
08118.VP - DIOGO ANTIGNANI COUTINHO 08203.VP - PAULO SERGIO NOGUEIR A BILL AT TI 08285.VP - REGIANE APARECIDA DE OLIVEIR A 08386.VP - LEONARDO STELLE
08119.VP - ALL AN PATRICK C ALGAROTO 08204.VP - MARIANA LOPES MOR AES DE PAIVA 08286.VP - LUCIENNE VIRGINIA BOSO 08387.VP - AMANDA SOTELLO
08120.VP - EDSON RODRIGO PANSER A 08205.VP - ALESSANDR A SOARES GREGORIO 08287.VP - LUCIANA APARECIDA SANGA 08388.VS - ANDRE PARIZOT TO SIMON
08121.VP - ROBISON SAVANHAGO 08206.VP - JOSE RODOLFO DOS SANTOS 08288.VP - EDER FL AVIO CHINOT TI ELOI 08394.VP - PAULO VIANEI BECEGATO
08122.VP - DIEGO BOMBONAT TO DA SILVA 08207.VP - ANDRE LOPES EMYGDIO 08289.VP - PAULO VINICIUS BASTIANI 08395.VP - THOMAS ANDERSON OSORIO
08123.VP - MARCIO ORO 08208.VP - ADRIANO DE ABREU CORTEZE 08290.VP - JOSE A . PEREIR A NAVARRO LINS 08401.VP - THIAGO ALVES DE PAIVA
08124.VP - C ARLOS EDUARDO LOUREIRO 08209.VP - FELIPHE GIUSTI 08291.VP - R AFAEL NADAL GOMES 08402.VP - FABIANO C ARNEIRO DE OLIVEIR A
08125.VP - EZEQUIEL CHIAR ANI C ARBONARI 08210.VP - GUILHERME EUGENIO MA ZUREK 08295.VP - PRISCILL A BE ATRIZ C ARNEIRO 08403.VP - THALES E VER ALDO TOMASELL A
08126.VP - MARCIO JOSE BACH 08211.VP - R AFAEL VITOR MEC A 08296.VP - MARIO C ARLOS C ARNEIRO JUNIOR 08404.VP - NAIR A R . ANDREOLLI DE OLIVEIR A
08127.VP - R AQUEL GODOY CR AVEIRO 08213.VP - MARIANA GOIS KRUGER 08299.VP - GUILHERME SCHIESS C ARDOSO 08405.VP - ANA PAUL A ROSSITO DE A ZE VEDO
08128.VP - SIMONE CRISTINA MACHADO 08214.VP - MARCO A . MULLER DO COUTO 08302.VP - ADOLFO RODRIGUES JUNIOR 08406.VP - LUIZ HENRIQUE PALL AR L AU
08129.VP - ANGEL A PAUL A SCHROEDER 08215.VP - ANDRE CORBUCCI TAMUR A 08303.VP - VINICIUS HERNANDES 08407.VP - ANA CL AUDIA GRITZ
08130.VP - JULIANA VICENTE PEREIR A 08216.VP - ANA C. PINTO LIMA GR A ZIANO 08304.VP - KLEITON TAK ASHI UEHAR A 08408.VP - MARCELO H. GIORDANO NUNES
08131.VP - MARIANNE DOLTS 08217.VP - DANIELE CRISTINE ROT TA BALSAN 08305.VP - FABRICIA MATEUS PICOLI 08409.VP - TIAGO ANDRE FRIGOT TO
08132.VP - PRISCIL A JOBEZ MARCOS DA SILVA 08218.VP - RENATA TRENTO GORSKI 08306.VP - MARISA G. DE OLIVEIR A QUEIROZ 08410.VP - C AMIL A S. PACHECO DA SILVA
08133.VP - PAUL A MARIA Z ANET TE 08219.VP - JOSE PAOLO C AMILLO 08307.VP - FL AVIA MITIE K AGUE YAMA 08411.VP - HENRIQUE DIOGO MOCELLIN
08134.VP - STEPHANIE CHRISTINIE ALBERTI 08220.VP - ANTONIO JOAO PINHEIRO TESTA 08308.VP - THIAGO C. BRUNASSI DA CUNHA 08412.VP - DANIELLI CRISTINE SCHEUER
08135.VP - VANESSA FEDALTO 08221.VP - ANDRE LUIS GR ANDO PR AT TO 08309.VP - LE ANDRO BISATO CUNHA 08413.VP - ERIK A RENA HIKIDA
08136.VP - MARIA A . PIANOVSKI PACHECO 08222.VP - DANIEL NUNES GOMES 08310.VP - PAULO SERGIO SCUDELER 08414.VP - MELISSA GUIMAR AES SLOMPO
08137.VP - ISABELLE SEHN 08223.VP - VANESSA VERONESE ORTUNHO 08311.VP - EDGAR BELO C. DE SOUZ A JUNIOR 08415.VP - JOAO PAULO BENEDET
08138.VP - FERNANDA MOREIR A HOHMANN 08224.VP - ROSSANA SCHIAVONI 08312.VP - R AFAEL BILLO 08416.VP - GER ALDO BROERING ALVES
08140.VP - THAIS A . HERNANDES ARREBOL A 08225.VP - FABIO LUIZ BIM C AVALIERI 08313.VP - LIA SOARES DOS ANJOS 08417.VP - CLEITON RIBEIRO FREITAS
08142.VP - JAQUELINE FR ANC A DOS SANTOS 08226.VP - LUCIANA DAL A ZEN DOS SANTOS 08314.VP - TIAGO A ZE VEDO MARTINEZ GARCIA 08418.VP - BRUNO NINNO SOARES DIAS
08143.VP - LUCIANA C. NOL ASCO C ARVALHO 08227.VP - JE AN ALVARO GAGLIOT TO 08315.VP - TIAGO JUSTINO AR ANTES 08419.VP - WELINGTON O. DE C. E S. JUNIOR
08144.VP - DANIEL A DOS SANTOS CORRE A 08228.VP - ANDRE JAYR C ASAGR ANDE 08316.VP - RODRIGO HENRIQUE BORDIGNON 08420.VP - C AMIL A C ARDOSO ROLO
08145.VP - ADRIANA FUJINAMI OMINE 08229.VP - R AFAEL COSTA TAVARES 08317.VP - FELIPE C AVALLI 08421.VP - RENATA SARQUIS DE C ASTRO
25 / CRMV-PR
Serviço
08423.VP - MARLUS GUILHERME SEIDEL KNIES 08440.VP - MARIANA CORDEIRO DE OLIVEIR A 08458.VP - ALINE BENITEZ 08469.VP - R AFAEL GABARDO SILVEIR A
08424.VP - ANDRESSA FERNANDES FONSEC A 08447.VP - CRISTIANI EFFGEN 08459.VP - K AREN DA SILVA DUNGA 08470.VP - JAQUELINE DIAS DE MOR AES
08427.VP - FABRICIA MEDEIROS BIA ZON 08448.VP - FELIPE PITANGA TORRES 08460.VP - FERNANDA RONCHI PINHEIRO 08471.VP - DAPHINE MACIEL ALBINO
08428.VP - AILTON MA ZIERO SOETHE 08449.VP - C AMIL A DE O. C. C. SANCHES 08461.VP - IRMA PAES DE BARROS C ARSTENS 08472.VP - LIGIA VALERIA NASCIMENTO
08431.VP - MICHEL RODRIGUES BAR AN 08450.VP - GILMAR A ADADA 08462.VP - FABRIELLY M. T. DA SILVA VIANA 08473.VP - THAIS MARIANE DA COSTA
08433.VP - RENATA C ARLINI PEREIR A DA SILVA 08451.VP - GIORGEO JOSE SPAGNOL 08463.VP - ALICE GONGOR A ESTANO 08474.VP - THACIANE C. PIRES MARTINS
08434.VP - R AFAEL A C ARL A DE PAUL A 08452.VP - GUSTAVO B. ALVES DE OLIVEIR A 08464.VP - THALLITHA SAMIH WISCHR AL JAYME 08475.VP - FERNANDA SILVA FORTES
08435.VP - MARIO SERGIO DELIBER ADOR 08453.VP - GUILHERME TREME A 08465.VP - MAYL A GONQALVES TAVARES
08437.VP - PAULO DA SILVA 08455.VP - LIVIA AIRES LISBOA 08466.VP - L ARISSA RODRIGUES GALER A
08438.VP - C AMIL A KUSTER CORDEIRO 08456.VP - MARIA B. O. C. DE MENDONQA 08467.VP - ERIK A MESQUITA KRETZSCHMAR
08439.VP - JOAO SAVIO POLTRONIERI 08457.VP - JOAO IVO PERUSSO DE LIMA 08468.VP - JOSIANE BATISTA MENDES
Prima Cancelada
00003.ZP - HUMBERTO C. VIEIR A CODAGNONE 00845.ZP - JUSBERTO MANAR A JUNIOR 03723.VP - ADRIANA MARTINS VIEIR A QUERINO 05958.VP - LINCOLN K ANZI KOJIMA
00134.VP - AGENOR WESTPHALEM 00855.ZP - GISELE APARECIDA TRINOSKI 04418.VP - ANGELO RONALDO SILVA 06266.VP - FABIANE B. VAN DER BROOCKE
00282.VP - PEDRO JAMUR 00857.ZP - ALESSANDR A NOVAK BENTES 04642.VP - ANIBAL BALL AROT TI NASCIMENTO 06311.VP - EDUARDO DE C AMPOS C ARDOZO
00326.ZP - EUCLENIO VENDR AMET TO JUNIOR 00887.ZP - FABIANE DE FREITAS 04783.VP - BRUNO DE OLIVEIR A FERRONATO 06954.VP - MARINADE PAUL A PER ARO
00451.ZP - LEONARDO G. MOMMENSOHN 00910.ZP - EDUIL R . DA SILVEIR A BENDLIN 04800.VP - DENIS CHRISTIANO DYCK 07070.VP - CRISTIANE LOVIS
00466.ZP - FERNANDO AMAR AL ROCHA 00931.ZP - MAIGEL DRE YER 04904.VP - C AROLINE TEIXEIR A DE MELO 07248.VP - ANA MARCIA DE SA GUIMAR AES
00495.VP - VALDEMIRO FORL AN 00951.ZP - LETIANE DE SOUZ A 05164.VP - ABEL MARIO DOS REIS 07263.VP - JAQUELINE MORON COTRIM
00507.VP - JAYME RODRIGUES DOS ANJOS 00959.ZP - ALETEIA MARGULISKI P. DE SOUZ A 05184.VP - GR A ZIELE GARCIA BREDA 07264.VP - DIEGO DA SILVA C AMARGO
00516.VP - FR ANCISCO C ARVALHO MADRUGA 01030.VP - LUCIA KEIKO YOSHIDA 05257.VP - LILIAN MA ZURECHEN 07562.VP - VIVIANE FOGAC A BERNARDON
00556.ZP - OSWALDO OK AMOTO 01177.VP - FR ANCISCO MARCILIO VIEIR A NETO 05262.VP - KIYUMI ICHINOMIYA SALINAS 07563.VP - K ARYNA IZ ABEL MALUF HARTMANN
00642.ZP - C AROLINA SATIE KOTAK A 01186.VP - MARILIA M. DE QUEIROZ LUSTOSA 05302.VP - VIVIANE ROSSINI 07674.VP - ALYNE SANT’ANA
00664.ZP - EDSON ROBERTO MARINI JUNIOR 01956.VP - MARCO ANTONIO C ARDOSO 05628.VP - RODRIGO RICHTER 07702.VP - ISABEL CRISTINA RUTHES
00742.ZP - FABIO LUIZ BIM C AVALIERI 02022.VP - LEDA BAPTISTA VAN DER BROOCKE 05646.VP - GUSTAVO BETIOL 08230.VP - TIAGO SCHENKEL
00759.ZP - VL ADIMIR DE OLIVEIR A 02696.VP - DANIEL TADASHI K ARIYA 05656.VP - RIVAIL FERREIR A C ALDIERI 08269.VP - NEIDE DANIL A ME YER
00788.ZP - REGINA AUGUSTO FL ANDOLI 02751.VP - ARILDO FAVERSANI 05658.VP - MELISSA SABO SILVA 08270.VP - ANDERSON LUIS GARL A OLIVEIR A
00801.ZP - JULIO CEZ AR BARRETO 03523.VP - LUIZ RIC ARDO VICENTE VIEIR A 05815.VP - CHADIA Z ANET TI PIROL A
00828.ZP - R AUL FERNANDO TEIXEIR A ZENI 03619.VP - CRISTIANE QUEIROZ A . DE BARROS 05936.VP - LUIZ CESAR PEREIR A SANTOS
03574.VP - ARTURO MARTIN BARMANN 05518.VP - MARCOS K A ZUIUKI YAMA Z ATO 06825.VP - ETIANE TANISE SONEGO 08353.VS - THAISA G. R ADIN MAGALHAES TELES
03596.VP - MARCOS ANTONIO C ARESIA 08099.VS - PAULO RIC ARDO SILVA GRIEBELER 08354.VS - LIVIA CREPALDI ZUCHIERI
04529.VP - KRISHINA E. PIMENTA MANDUC A 08106.VS - JACKSON PIASECKI 08355.VS - MAURO GALET TI PR ATA
Transferência Recebida
00989.ZP - ANTONIO JOAO SC ANDOLER A 08239.VP - JOVIANO SAMUEL DURIGON 08358.VP - LUCIANO MONTEIRO REIS E SILVA 03040.VP - FATIMA ELISABETE MARINHO
00990.ZP - ANDRE DIAS LOPES 08240.VP - EDMILSON SANTOS DE FREITAS 08359.VP - DARCI ALBINO BONISSONI FILHO 03146.VP - NELSON J. DA ROCHA IANCOSKI
01001.ZP - ERIK A BARBOSA DE FARIA 08241.VP - ANA PAUL A PAVAO BAT TAG LI N I 08360.VP - WANESSA BL ASCHI 04625.VP - CLE ANDRO PA ZINATO DIAS
01002.ZP - SIMAR A MARCIA MARC ATO 08242.VP - TATIANA L ASNE AUX OLIVEIR A 08390.VP - HUGO VIRGILIO 04747.VP - CLEBER GREGORIO DA SILVA
06132.VP - LIDIANE MARCELE SC ANDEL AI 08293.VP - AVELINO M. FIGUEIREDO CORRE A 08391.VP - VICENTE GARCIA FREGONESI 05108.VP - ANDRE SKOWRONEK ROCHA
06825.VP - ETIANE TANISE SONEGO 08294.VP - JOAO C ARLOS GANDAR A MARTINS 08392.VP - JUVILDE JULIANA BORDIN 05319.VP - MARCEL PONTES R A ZER A
06851.VP - ADRIANNE K ARL A BONILHA 08297.VP - RENATO C AMILO PASQUAL 08393.VP - PRISCIL A MENEZES HENRIQUE 05458.VP - ADRIAN AL AVER FERNANDES
07225.VP - GEORGE LUIZ LOWEN 08298.VP - TATIANA B. BARONI C ARDOSO 08397.VP - PERICLES F. VIRMOND NET TO 05768.VP - CRISTIANO M. BEGNINI TERHA AG
07305.VP - CLOVIS A . VERSALLI SER AFINI 08300.VP - FABIO LUIZ FERREIR A 08398.VP - EUNICE AKEMI KITAMUR A 05902.VP - JOYCE DENISE WARKEN DE SOUZ A
08101.VP - EDUARDO GONC ALVES PINHEIRO 08301.VP - TALLES AUGUSTO CR AVEIRO X AVIER 08400.VP - ARTHUR WADA 06075.VP - CL AUDIA PIES
08156.VP - VANESSA YURI DE LIMA 08327.VP - GUILHERME M. C AETANO DE LIMA 08441.VP - MANUEL A SCHUT TEL 06530.VP - CIR ANO TULIO
08157.VP - DANIELE MANGUEIR A SALES 08328.VP - RODRIGO EZEQUIEL NAGEL 08442.VP - RENATA B. ROSSET TI TORTORELLO 06559.VP - MARILU CONSTANTINO MA X
08158.VP - FERNANDA VIGORITO PENA 08329.VP - C ARL A MARIA MENDES 08443.VP - PAULO A . BARQUET C ARNEIRO 07451.VP - KENNI MIESSA FIGUEIREDO STOFEL A
08160.VP - CRISTIAN RODRIGUEZ ARMENDARIS 08330.VP - HELOISA GODOI BERTAGNON 08444.VP - PEDRO A . U. M. COSTA ANTUNES 08102.VP - JANICE DE SOUZ A SPRICIGO
08161.VP - MARIANE ALINE WEISER 08332.VP - RUGNAN HUGUENIN DA SILVEIR A 08446.VP - MARIA ODETE FARIA 08399.VP - SERGIO E. LEMOS DA SILVA
08162.VP - GL AUBER SARTORI MAIER 08334.VP - FABIO PAR ADIZO DE MELLO 08477.VP - NETANIA IGNEZ VICENTINO 08445.VP - JULYANA S. C. A . CODOGNOT TO
08163.VP - PATRICIA CRISTINA SAMPAIO 08356.VP - C ARLOS GABRIEL ALMEIDA DIAS 08478.VP - HEDER DO NASCIMENTO
08185.VP - LILIAN BE VIL ACQUA 08357.VP - BRUNO G. SORIANO MOUR A 00802.VP - ANTONIO C. DO NASCIMENTO
CRMV-PR / 26
Agenda
Eventos 2009
Show Rural COOPAVEL IV Simpósio Internacional do
Cavalo Atleta – VI Semana
Data: 9 a 13 de fevereiro de 2009 do Cavalo
Local: Cascavel (PR)
Informações: Data: 15 a 17 de abril de 2009
www.showrural.com.br Local: Belo Horizonte (MG)
Informações:
www.vet.ufmg.br/eventos
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